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IX Congreso Internacional sobre Patología y Recuperación de Estructuras IX International Congress on Pathology and Repair of Structures João PessoaPB (Brasil), 2 a 5 de junho de 2013 Anais do IX Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas – CINPAR 2013 Manifestações patológicas na construção Patologia em fachadas com revestimentos cerâmicos Pathology on facades with ceramic coatings Galletto, Adriana (1); Andrello, José Mario (2) Mestre em Engenharia Civil – UNICAMP, diretora Apoena Engenharia Ltda. Pós Graduado em Patologia de Obras Civis – Instituto IDD Curitiba – diretor Petra Consultoria. [email protected]; [email protected] Resumo Em fachadas de edifícios verticais, revestidas com elementos cerâmicos, o descolamento dos revestimentos tem se mostrado uma manifestação patológica bastante comum e que incide não apenas sobre edificações antigas, mas também sobre as novas. Por meio de inspeções padronizadas e ensaios não destrutivos e parcialmente destrutivos, realizado em cinco edifícios com características similares, atrelados a pesquisas bibliográficas, foi possível iniciar um levantamento sobre as causas mais prováveis e relevantes para a ocorrência desta anomalia e, com isso, propor medidas preventivas a serem adotadas nas fases de projeto, construção e manutenção predial. PalavrasChave: fachadas, revestimento cerâmico, patologia, manutenção predial. Abstract In vertical building facades, coated with ceramic elements, the detachment of the coatings have been shown to be a pathological manifestation fairly common and affects not just about old buildings, but also the new buildings. Through standardized inspections and nondestructive testing and partially destructive testing, conducted in five buildings with similar characteristics, linked to literature searches, we could start a survey on the most likely causes and relevant to the occurrence of this anomaly and, therefore, propose measures prevention to be implemented in the design, construction and building maintenance phases. Keywords: facades, ceramic coatings, pathology, building maintenance

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IX Congreso Internacional sobre Patología y Recuperación de Estructuras                                                                                                                        IX International Congress on Pathology and Repair of Structures                                                                                                                                                        João Pessoa‐PB (Brasil), 2 a 5 de junho de 2013 

 Anais do IX Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas – CINPAR 2013 

  

Manifestações patológicas na construção 

Patologia em fachadas com revestimentos cerâmicos 

Pathology on facades with ceramic coatings  

Galletto, Adriana (1); Andrello, José Mario (2)   

Mestre em Engenharia Civil – UNICAMP, diretora Apoena Engenharia Ltda.  Pós Graduado em Patologia de Obras Civis – Instituto IDD Curitiba – diretor Petra Consultoria. 

[email protected]; [email protected]  

 

Resumo  

Em  fachadas de edifícios verticais, revestidas com elementos cerâmicos, o descolamento dos  revestimentos  tem se mostrado  uma manifestação  patológica  bastante  comum  e  que  incide  não  apenas  sobre  edificações  antigas, mas também sobre as novas.  Por meio de inspeções padronizadas e ensaios não destrutivos e parcialmente destrutivos, realizado em cinco edifícios com características similares, atrelados a pesquisas bibliográficas, foi possível iniciar um levantamento sobre as causas mais  prováveis  e  relevantes  para  a  ocorrência  desta  anomalia  e,  com  isso,  propor medidas  preventivas  a  serem adotadas nas fases de projeto, construção e manutenção predial.  Palavras‐Chave: fachadas, revestimento cerâmico, patologia, manutenção predial. 

 

Abstract  

In vertical building facades, coated with ceramic elements, the detachment of the coatings have been shown to be a pathological manifestation fairly common and affects not just about old buildings, but also the new buildings. Through  standardized  inspections  and  nondestructive  testing  and  partially  destructive  testing,  conducted  in  five buildings with similar characteristics,  linked to  literature searches, we could start a survey on the most  likely causes and relevant to the occurrence of this anomaly and, therefore, propose measures prevention to be  implemented  in the design, construction and building maintenance phases. Keywords: facades, ceramic coatings, pathology, building maintenance 

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IX Congreso Internacional sobre Patología y Recuperación de Estructuras                                                                                                                        IX International Congress on Pathology and Repair of Structures                                                                                                                                                        João Pessoa‐PB (Brasil), 2 a 5 de junho de 2013 

 Anais do IX Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas – CINPAR 2013 

1  Introdução 

As  patologias  nas  fachadas,  que  afetam  tantas  edificações,  geralmente  se  dão  no  sistema  de revestimento, seja ele de concreto aparente, argamassa ou cerâmico, e se  referem aos defeitos que se originam nas paredes devido a diversos fatores que podem estar relacionados à qualidade e  à durabilidade do  acabamento, que dependem de outros  tantos  elementos que  vão desde  a qualidade  do material  utilizado,  da  parede  suporte  e  da mão  de  obra,  passando  pela  correta definição de juntas, condições de trabalho e, por fim, adequada manutenção. 

Os  sistemas  de  revestimentos,  sendo  a  parte  que  se  apresenta mais  visível,  correspondem  ao acabamento  final  de  uma  edificação  e,  dentre  diversas  funções,  a  proteção  é  a  que mais  se destaca pela sua  importância, pois visa a  resguardar as superfícies a serem  revestidas contra os agentes causadores de deterioração, dentre os quais infiltração de água de chuva, da água contida no solo, água de uso e/ou manutenção, além da ação de ventos, temperatura e umidade do ar, ação de fungos, ataque de roedores e outros agentes de carga, de uso e sobrecarga [1 ]. 

Além disso, os revestimentos também cumprem a função estética, contribuindo significativamente para a valorização do imóvel. 

A especificação de preparo das bases (substrato) que receberão os revestimentos, assim como o controle  dos  materiais  constituintes  e  a  utilização  de  mão  de  obra  qualificada  são  aspectos fundamentais para seu bom desempenho e aderência, evitando diversos problemas [2].  

No caso das  fachadas  revestidas por elementos cerâmicos, a patologia geralmente se manifesta como descolamento da cerâmica, que pode estar relacionada a fatores como: 

descuidos da mão de obra no preparo da argamassa colante,  

utilização da argamassa após excedido o tempo em aberto,  

pressão inadequada para o assentamento do elemento cerâmico na parede,  

infiltração de água,  

contaminação do tardoz por poeira, gordura ou outras sujidades, 

inexistência ou deterioração das juntas de movimentação [1 e 2].  

Ou seja, as causas que levam à ocorrência das patologias nem sempre são de fácil determinação e muitas vezes são uma combinação de diversos fatores.  

Assim,  este  artigo  tem  como  objetivo  apresentar  uma  contribuição  ao  estudo  das  causas  das patologias em  fachadas com  revestimento  cerâmico,  tendo  como base  inspeções e ensaios não destrutivos e parcialmente destrutivos, executados em cinco edifícios residenciais, do tipo vertical, e  localizados  em  áreas  centrais  de  municípios  do  interior  de  São  Paulo,  num  raio  de  35 quilômetros,  ou  seja,  próximos  entre  si  de  forma  que  fatores  como  temperatura  e  umidade ambiente não afetassem os resultados do estudo.  

2  Metodologia de trabalho 

2.1. Inspeção e teste de percussão 

Os trabalhos foram iniciados com inspeção visual, por meio de descidas com balancins individuais tipo “cadeirinha”, desde a cobertura até o pavimento térreo, de forma a abranger toda a área das fachadas,  e  com  registro  fotográfico,  o  que  permitiu  uma  avaliação  do  estado  de  conservação geral de cada um dos edifícios e uma pré‐análise das patologias existentes.  

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 Anais do IX Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas – CINPAR 2013 

Ainda durante esta inspeção foram realizados testes de percussão (figura 1) o que possibiltou um mapeamento das áreas com som cavo e, portanto, com prováveis problemas de aderência, como o exemplo mostrado na figura 2.  

 

Fig. 1 – Teste de percussão com uso de martelo 

 

Fig. 2 – Mapeamento das áreas com som cavo, determinadas pelo teste de percussão 

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Paralelamente aos  trabalhos de “campo”,  foram analisados documentos existentes e o histórico de  cada edifício,  como projetos, memoriais descritivos,  sistemas  construtivos,  idade do  imóvel, intervenções  anteriores,  critérios  e  periodicidade  de manutenções  etc,  para  que  pudesse  ser reunida a maior quantidade possível de informações sobre as edificações. 

 

2.2. Ensaio de resistência de aderência à tração (ensaio de arrancamento) 

Identificados os pontos mais deteriorados e com som cavo, foi possível determinar em quais locais das  fachadas seriam aplicados os ensaios de  resistência de aderência à  tração, com objetivo de auxiliar na identificação das causas das patologias. 

Os ensaios para determinação da resistência de aderência à tração foram realizados seguindo‐se os  procedimentos  descritos  nas  normas  da  ABNT  NBR  13528:2010  [3]  e  NBR  14084:2004  [4], vigente na época da realização dos trabalhos e hoje substituída pela NBR 14081‐4:2012 (figura 3).  

 

 

Fig. 3 – Ensaio de “arrancamento” 

 

A  finalidade  deste  ensaio  foi  avaliar  se  existiam  falhas  na  aderência  do  sistema (base/revestimento)  e  se  tais  falhas  se  davam  na  argamassa  colante,  no  emboço  ou  ainda  no chapisco,  para  tanto,  utilizou‐se  um  equipamento  de  arrancamento  de  comando manual  com manômetro,  devidamente  calibrado,  e  os  resultados  obtidos  com  os  ensaios  foram  então avaliados de acordo com as normas da ABNT NBR 13749:1996 [5] (tabela 1) e NBR 14081:2004 [6] (tabela 2), atualmente substituída pela NBR 14081‐1:2012. 

Tabela 1 – Limites de Resistência de Aderência à Tração (RA) para Emboço e Camada Única 

LOCAL    ACABAMENTO  RA (MPa) 

Parede  Interna  Pintura ou base para reboco ≥ 0,20 

Cerâmica ou laminado ≥ 0,30

Externa Pintura ou base para reboco ≥ 0,30 

Cerâmica  ≥ 0,30 

Teto  ≥ 0,20

 

 

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Tabela 2 – Requisitos de Argamassa Colante 

Propriedade Método de ensaio 

Unidade Argamassa colante industrializada 

ACI  ACII  ACIII  E 

Tempo em aberto  ABNT NBR 14083 

min  ≥ 15  ≥ 20  ≥ 20  Argamassa do tipo I, II ou III, com tempo em aberto estendido em no mínimo 10 minutos do especificado nesta tabela. 

Resistência de aderência à tração aos 28 dias em: ‐ cura normal ‐ cura submersa ‐ cura em estufa 

ABNT NBR 14084 

   

MPa MPa MPa 

   ≥ 0,5 ≥ 0,5 

‐ 

   ≥ 0,5 ≥ 0,5 ≥ 0,5 

   

≥ 1,0 ≥ 1,0 ≥ 1,0 

 

Deslizamento 1)  ABNT NBR 14085 

mm  ≤ 0,7  ≤ 0,7  ≤ 0,7 

1)  O  ensaio  de  deslizamento  não  é  necessário  para  argamassa  utilizada  em  aplicações  com revestimento horizontal. 

3  Características dos edifícios  

3.1. Edifícios “A” e “B” 

Edifícios  residenciais  com  bom  padrão  de  acabamento,  localizados  no mesmo  terreno,  porém isolados  um  do  outro,  com  pavimento  térreo  e  25  pavimentos  tipo  cada.  Idade  de  34  anos  e sistema construtivo composto por estruturas de concreto armado e vedação em blocos cerâmicos furados. Fachadas, do 1° ao 25° andar, revestidas por pastilhas cerâmicas 2x2cm, desprovidos de juntas  de  movimentação.  No  pavimento  térreo  o  revestimento  também  é  cerâmico,  porém formado por placas com dimensões 20x20cm. 

3.2. Edifício “C”  

Edifício residencial, com elevado padrão de acabamento, pavimento térreo e 17 pavimentos tipo. Idade  de  apenas  5  anos  e  sistema  construtivo  composto  por  estruturas de  concreto  armado  e vedação em blocos cerâmicos furados. Fachadas revestidas por pastilhas cerâmicas 10x10cm, com juntas de dilatação horizontal entre os andares.  

3.3. Edifício “D”  

Edifício residencial, com bom padrão acabamento, pavimento térreo e 13 pavimentos tipo. Idade de  23  anos  e  sistema  construtivo  composto por  estruturas  de  concreto  armado  e  vedação  em blocos  cerâmicos  furados.  Fachadas  revestidas  por  pastilhas  cerâmicas  2x2cm,  desprovidos  de juntas de movimentação.  

3.4. Edifício “E”  

Edifício residencial, com bom padrão acabamento, pavimento térreo e 18 pavimentos tipo. Idade de  19  anos  e  sistema  construtivo  composto por  estruturas  de  concreto  armado  e  vedação  em blocos  cerâmicos  furados.  Fachadas  revestidas  por  pastilhas  cerâmicas  2x2cm,  desprovidos  de juntas de movimentação.  

 

 

 

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4  Patologias identificadas  

Apesar da diferença de  idade e número de pavimentos entre os edifícios avaliados, as principais manifestações patológicas foram bastante similares: 

Manchas e som cavo nos revestimentos (figura 4); 

Descolamento das cerâmicas (figuras 5 e 6); 

Fissuras e falhas nos rejuntamentos entre as pastilhas cerâmicas (figuras 7 e 8).  

      

Fig. 4 – Revestimento manchado e com som cavo detectado por ensaio de percussão 

 

   

Fig. 5 e 6 – Descolamento dos revestimentos cerâmicos 

 

   

Fig. 7 e 8 – Rejuntamento com fissuras e falhas 

 

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O diferencial  se deu na  gravidade e quantidade das patologias, mas  as  causas que  levaram  ao surgimento das anomalias também se assemelham.  

O Edifício “C”, sendo o único com junta de movimentação entre os andares, apresentou, além das patologias citadas, também degradação das juntas (figura 9).  

 

 

Fig. 9 – Junta de movimentação deteriorada 

 

As figuras 10 a 14 mostram, em porcentagem, as patologias  identificadas em cada um dos cinco edifícios. 

 

Fig. 10 – Patologias nas fachadas do Edifício “A”  

 

Fig. 11 – Patologias nas fachadas do Edifício “B”  

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Fig. 12 – Patologias nas fachadas do Edifício “C”  

 

Fig. 13 – Patologias nas fachadas do Edifício “D” 

 

 Fig. 14 – Patologias nas fachadas do Edifício “E” 

 

No caso das áreas som cavo, mas ainda sem o descolamento do revestimento cerâmico, o ensaio de resistência de aderência à tração, permitiu avaliar se o problema de aderência estava na ligação cerâmica/argamassa de assentamento, no emboço ou ainda no chapisco, conforme representado nas  figuras  15  a  19.  Salientando  que  só  foram  levados  em  consideração  nos  gráficos,  os  RAs (resistências de aderência) dentro da faixa limite estabelecida pelas normas da ABNT supra citadas [5  e  6],  ou  seja,  RA  ≥  0,30  para  ruptura  referente  ao  emboço  e  RA  ≥  0,50  para  ruptura  referente  à argamassa colante. 

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Fig. 15 – Resultado do ensaio de resistência de aderência à tração ‐ Edifício “A” 

 

 

Fig. 16 – Resultado do ensaio de resistência de aderência à tração ‐ Edifício “B” 

 

Fig. 17 – Resultado do ensaio de resistência de aderência à tração ‐ Edifício “C” 

 

Fig. 18 – Resultado do ensaio de resistência de aderência à tração ‐ Edifício “D”  

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Fig. 19 – Resultado do ensaio de resistência de aderência à tração ‐ Edifício “E” 

 

5  Análise dos resultados  

No  caso  das  patologias  que  atingem  as  fachadas,  avaliando‐se  os  resultados  obtidos  nos  cinco edifícios  (excluindo‐se  a  degradação  das  juntas  de  movimentação,  que  só  existe  em  um  dos edifícios  estudados),  nota‐se  que  a  maior  incidência  de  anomalias  de  dá  no  sistema  de rejuntamento, seja por falhas ou fissuras (figura 20). 

 

Fig. 20 – Proporção das patologias agruparadas dos cinco edifícios estudados 

  

Pela análise do ensaio de resistência de aderência à tração, avaliando‐se os cinco edifícios, nota‐se a  incidência de  ruptura proporcionalmente  igual na  interface  cerâmica/argamassa  colante e no emboço,  ficando  logo  abaixo,  em  segundo  lugar,  a  ruptura  na  interface  argamassa  colante/ emboço (figura 21). 

Fig. 21 – Tipologia de ruptura agruparada dos cinco edifícios estudados 

Page 11: Patologia em fachadas com revestimentos cerâmicos · Anais do IX Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas – CINPAR 2013

IX Congreso Internacional sobre Patología y Recuperación de Estructuras                                                                                                                        IX International Congress on Pathology and Repair of Structures                                                                                                                                                        João Pessoa‐PB (Brasil), 2 a 5 de junho de 2013 

 Anais do IX Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas – CINPAR 2013 

6  Conclusões 

A maior parte das patologias nas fachadas, que se mostrou no sistema de rejuntamentos, pode ter levado a ocorrência das demais patologias,  como as manchas,  som  cavo e o descolamento das cerâmicas,  isto  porque,  no  rejuntamento  para  fachadas  cerâmicas,  a  flexibilidade  é  a  principal exigência de desempenho, pois as placas cerâmicas tendem a se movimentar segundo as variações de  temperatura  e  umidade  do  ambiente  e  caberá  ao  rejunte  possibilitar  que  essas  placas trabalhem  individualmente,  acomodando  qualquer  deformação  imposta  à  camada  externa  do conjunto aderido.  

Outra função importante do rejuntamento é conferir estanqueidade ao sistema, vedando as juntas entre  as  placas  contra  a  água  da  chuva  [2].  Assim,  com  o  desgaste  natural  do  rejuntamento, atrelado a falhas ou até mesmo a completa falta de manutenção, as infiltrações de água ocorrem possibilitando o  futuro descolamento do  revestimento  cerâmico e até mesmo a degradação do emboço.  

Com  isso,  evidencia‐se  a  importância  de  um  apropriado  projeto  de  fachadas,  a  correta especificação e aplicação dos materiais, em conjunto com manutenções adequadas e periódicas, visando a maior durabilidade das fachadas. 

Referências 

[1] Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – IBAPE – Inspeção Predial – Check‐up predial: Guia da boa manutenção. São Paulo, Editora Leud; 2005.  

[2] Campante, E. F. e Baía, L. L. M. Projeto e Execução de Revestimento Cerâmico. São Paulo, Editora O Nome da Rosa em parceria com Caixa Econômica Federal; 2003.  

[3] Associação  Brasileira  de  Normas  Técnicas.  NBR  13528:2010.  “Revestimento  de  paredes  e tetos de argamassa inorgânicas – Determinação da resistência de aderência à tração”. Rio de Janeiro, 2010.  

[4] Associação  Brasileira  de  Normas  Técnicas.  NBR  14084:2004.  “Argamassa  colante industrializada  para  assentamento  de  placas  cerâmicas  –  Determinação  da  resistência  de aderência à tração”. Rio de Janeiro, 2004.  

[5] Associação  Brasileira  de  Normas  Técnicas.  NBR  13749:1996.  “Revestimento  de  paredes  e tetos de argamassa inorgânicas – Especifcação”. Rio de Janeiro, 1996.  

[6] Associação  Brasileira  de  Normas  Técnicas.  NBR  14081:2004.  “Argamassa  colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – Requisitos”. Rio de Janeiro, 2004.