trabalho cerÂmicos e polÍmeros

Upload: alina-carvalho

Post on 14-Jul-2015

667 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Sumrio

.........................................................................................................2 Introduo........................................................................................3 Polmeros ........................................................................................4 Propriedades Mecnicas dos Materiais Polimricos...................8 Polmeros Usados na Construo Civil......................................10 Cermicos .....................................................................................15 Propriedades Mecnicas dos Materiais Cermicos...................17 Polmeros Usados na Construo Civil......................................20Gesso .......................................................................................................21

Concluso .....................................................................................25 A experincia humana est intimamente ligada as suas relaes com os materiais. A partir do momento que o homem forjou sua primeira ferramenta e esta definiu a sua atuao no planeta; descobrindo novas possibilidades de moldar o ambiente, e desenvolver desde as atividades mais primrias at as mais surpreendentes tecnologias. ..................................25 No universo da construo civil deve-se buscar o melhor uso dos materiais, que permitir a racionalizao das necessidades e da oferta, viabilizando o prprio conjunto e sua adequao ao conforto humano. Para isso deve-se conhecer suas caractersticas gerais e suas propriedades mecnicas............25 Deve-se atentar tambm para a facilidade e obteno desses produtos , alm da relao custo beneficio e com as premissas do desenvolvimento sustentvel de minimizar os rejeitos, usar produtos locais e quando possvel reciclados...........................25

Referncias ...................................................................................26 LINO, F. Jorge. 2006. Materiais de Construo. http://www.ecocasa.pt/userfiles/file/TIJOLO%20CERAMICO.pdf ........................................................................................................26

2

Introduo

Os materiais slidos tm sido convenientemente agrupados em trs classificaes bsicas: metais, cermicos e polmeros. Esse trabalho versar a respeito do comportamento mecnico dos cermicos e dos polmeros. Os cermicos so compostos entre os elementos metlicos e no metlicos;eles so frequentemente xidos, nitretos e cerbetos.A grande variedade de materiais que se enquadra nesta classificao inclui cermicos que so compostos por minerais argilosos, cimento e vidro.Estes materiais so tipicamente isolantes passagem de eletricidade e calor, e so mais resistentes a altas temperaturas e ambientes abrasivos do que os metais e polmeros.Com relao ao comportamento mecnico, os cermicos so duros, porm muito quebradios. J os polmeros compreendem os materiais comuns de plstico e borracha.Muitos deles so compostos orgnicos que tm sua qumica baseada no carbono, no hidrognio e em outros elementos no-metlicos; alm disso, eles possuem estruturas moleculares muito grandes.Estes materiais possuem tipicamente baixas densidades e podem ser extremamente flexveis.

3

Polmeros

So macromolculas formadas por molculas pequenas (monmeros) que reagem entre si formando uma longa sequncia de unidades repetitivas, por meio de uma reao denominada polimerizao. Existem vrias formas de classificar polmeros, algumas delas so: a) Quanto ocorrncia os polmeros podem ser naturais ou sintticos: Naturais - Os polmeros naturais, em geral, possuem estruturas mais complexas que os sintticos e, normalmente, j existem na natureza. Dentre os mais importantes esto os carboidratos (celulose, amido, glicognio etc), as protenas (existentes em todos os seres vivos) e os cidos nuclicos (existentes no ncleo das clulas vivas e responsveis pelas caractersticas genticas dos seres vivos). Sintticos - So polmeros fabricados pelo homem, a partir de molculas simples. Dentre eles esto a poliamida, o polietileno, o poli(cloreto de vinila), o policarbonato etc.

b) Quanto

s

caractersticas

de fusibilidade

so denominados

termoplsticos, os polmeros que fundem por aquecimento e solidificam no resfriamento, em um processo reversvel. Os polmeros que no so capazes de tornarem-se fluidos porque as cadeias macromoleculares esto unidas entre si por ligaes qumicas so denominados termorrgidos.

c) Quanto ao comportamento mecnico existem trs classes principais, que so: plsticos, borrachas ou elastmeros e fibras. Plsticos so materiais que se tornam fluidos e moldveis por ao isolada ou conjunta de calor e presso. Borrachas ou elastmeros so materiais macromoleculares que exibem elasticidade em longa faixa temperatura ambiente.

4

As fibras se caracterizam por uma razo elevada entre o comprimento e as dimenses laterais,so resistentes deformao e caracterizadas por alto valor de mdulo de elasticidade e baixo valor de porcentagem de alongamento.

d) Quanto ao mtodo de preparao - Os polmeros podem ser classificados pelo tipo de reao que lhe d origem, sendo divididos em polmeros de adio e de condensao, conforme ocorra uma simples reao de adio, sem subprodutos, ou uma reao onde ocorre a liberao de pequenas molculas (H2O, CO2, entre outras).

e) Quanto ao grupo funcional os polmeros podem ser classificados em famlias, de acordo com o grupo funcional presente no mero. Existem diversas classificaes de polmeros relatadas na literatura. Algumas das famlias de polmeros so mostradas abaixo: Poliolefinas, poliestirenos, poliamidas, poliacrilatos, poliuretanos, resinas epoxdica, resinas fenlicas, polisteres e policarbonatos

F) Peso molecular talvez a caracterstica mais importante de um polmero e que o distingue das espcies de baixo peso molecular. Os polmeros apresentam uma distribuio de comprimentos de cadeia e, portanto, de diferentes graus de polimerizao e peso molecular. O peso molecular dos polmeros depende, para cada monmero, das condies de polimerizao. Para uma mesma estrutura polimrica, as propriedades variam progressivamente com o peso molecular. A variao torna-se pouco expressiva quando os pesos atingem ou excedem a ordem de grandeza de 105. O aumento do peso molecular provoca aumento nas seguintes propriedades: - Resistncia trao - Alongamento na ruptura - Tenacidade - Resistncia ao impacto - Ponto de fuso - Viscosidade5

- Resistncia fluncia - Dificuldade de processamento.

g) Estado cristalino Os polmeros exibem 2 tipos de morfologia no estado slido: amorfo e semicristalino. Nos materiais polimricos amorfos, as molculas esto orientadas aleatoriamente e esto entrelaadas. Nos polmeros semicristalinos, as molculas exibem um empacotamento regular, ordenado, em determinadas regies. Como pode ser esperado, este comportamento mais comum em polmeros lineares, devido a sua estrutura regular. Devido s fortes interaes intermoleculares, os polmeros semicristalinos so mais duros e resistentes. Os materiais polimricos podem ser cristalinos mas, face ao tamanho e complexidade das cadeias, so normalmente, semicristalinos. Uma condio necessria, mas no suficiente, para a cristalizao de um polmero uma estrutura de cadeia regular, que possibilita a formao de cristais em uma rede cristalina . O grau de cristalinidade de um polmero depende da velocidade de resfriamento durante a solidificao e da velocidade de cristalizao. A cristalizao dificultada quando o polmero resfriado em velocidades muito altas. O grau de cristalinidade de um polmero diminui com a velocidade de cristalizao. O estado cristalino em um polmero modificado quando, no aquecimento ou no resfriamento, ele atinge uma temperatura de transio, fuso (Tm) ou cristalizao (Tc). O estado cristalino envolve arranjos ordenados de molculas, ao invs de tomos ou de ons isolados, como ocorre nos metais e cermicos. Portanto, em polmeros, os arranjos atmicos so mais complexos.

6

O efeito da cristalinidade sobre as propriedades de um polmero no simples e, portanto, no pode ser analisado de forma genrica. A influncia da cristalinidade nos polmeros depende fundamentalmente da temperatura. Para analisar o comportamento mecnico, os polmeros devem ser divididos em categorias, de acordo com o grau de cristalinidade e com a temperatura de emprego .

Tabela 1. Principais diferenas entre polmeros amorfos e semi-cristalinos

Tabela 2 .Influncia da temperatura e cristalinidade nas propriedades mecnicas dos polmeros

As melhores propriedades do ponto de vista das aplicaes em engenharia so obtidas na faixa de cristalinidade intermediria. Quando a temperatura muito inferior a Tg, no h movimento molecular e o material se

7

comporta como um slido duro e vtreo, independente de ser cristalino ou amorfo. O aumento da cristalinidade tambm influencia outras propriedades. A transparncia, em geral, diminui. Polmeros semi-cristalinos parecem opacos devido diferena no ndice de refrao entre os domnios amorfos e cristalinos, que leva ao espalhamento da luz. A permeabilidade de pequenas molculas tambm diminui com o aumento da cristalinidade.

Propriedades Mecnicas dos Materiais Polimricos

Os materiais polimricos apresentam comportamento mecnico pouco uniforme e so detalhadas atravs do mdulo de elasticidade, o limite da resistncia trao e as resistncias ao impacto e fadiga.A estrutura molecular do polmero influencia diretamente seu comportamento mecnico, podendo apresentar deformao elstica, plstica ou mista. A deformao elstica pode ocorrer pelo estiramento das ligaes covalentes. O alinhamento das cadeias principais pode provocar deformao elstica ou plstica. A deformao plstica tambm pode acontecer pelo deslizamento das cadeias. A deformao mista acontece quando a deformao ocorre por meio de combinao dos mecanismos anteriores. Exemplificando, um material termorgido ou um termoplstico vtreo (como o poliestireno) apresentam um comportamento to frgil que lembra o comportamento mecnico de um material cermico. Enquanto os elastmeros apresentam um comportamento atpico, por possurem uma regio elstica muita extensa. Alm disto, esta regio elstica no totalmente linear, ao contrrio da maioria dos slidos, como pode ser observado no seguinte grfico onde a curva A tpica de uma resina termorgida,a curva B tpica de um termoplstico parcialmente cristalino e a curva C tpica de um elastmero.

8

Figura1. Curvas tensoX deformao obtidos no ensaio de trao de diferentes tipos de polmeros : comportamento frgil(A), comportamento dctil(B), e comportamento elastico

Para muitos materiais polimricos, o ensaio simples tenso-deformao empregado para a caracterizao de alguns desses parmetros mecnicos. As caractersticas mecnicas dos polmeros, em sua maioria, so muito sensveis taxa de deformao, temperatura e natureza quimica do ambiente(a presena de gua, oxignio, solventes orgnicos, etc.). So necessrias para os polimros algumas modificaes em relao s tcnicas de ensaio e s configuraes dos corpos de provas que so usados para os metais, especialmente no caso dos materiais muito elsticos, como as borrachas.

9

Polmeros Usados na Construo Civil

Nylon 6 um termoplstico, obtido a partir da poliamida 6, cujas excelentes propriedades mecnicas, eltricas e trmicas, permitem as mais variadas aplicaes, nos mais diversos ramos da indstria mecnica, eltrica e qumica. Sua substituio aos metais como materiais estruturais e/ou de construo, onde leva-se em considerao leveza, baixo coeficiente de atrito, isolao eltrica, boas resistncia fadiga e a agentes qumicos, o torna vantajoso. Outra vantagem de sua utilizao a sua versatilidade e baixo custo na construo civil. O nylon pode ser moldado nos mais diversos formatos para interligar os tubos, sendo possvel encontrar tambm buchas e parafusos, conexes, engrenagens, roscas e vedaes, entre outros. As suas propriedades mecnicas so apreciadas em aplicaes que precisam de um material resistente a determinadas condies, como a corroso. outro material que no propaga chamas, por exemplo, com um ponto de fuso elevado e que amortece vibraes e pesos.

Figura 1. Tubo de nylon

10

PVC Os componentes em PVC ganham destaque no mundo contemporneo por sua versatilidade, leveza, esttica, economia em escala, durabilidade e sustentabilidade. Tais atributos fizeram deste material o plstico mais consumido na construo civil no Brasil e no mundo. Isto significa que 73% de todo o PVC produzido so empregados neste setor. Na infraestrutura, o PVC vem reduzindo custos de manuteno e proporcionando longa vida til. Inicialmente reconhecido pelo sucesso nas aplicaes de tubos e perfis em instalaes em geral, hoje o PVC ganha um novo espao nas solues arquitetnicas mais sofisticadas e modernas, conquistando arquitetos e engenheiros por sua versatilidade, leveza, esttica, economia em escala, durabilidade, sustentabilidade, baixa manuteno, resistncia mecnica, leveza, fcil transporte, fcil montagem e desmontagem, antichama, baixa manuteno, resistncia corroso e resistncia qumica. Deixando de estar apenas do lado de dentro das construes, o PVC hoje uma soluo para proteger, revestir e decorar que faz a diferena no mercado da construo civil.

Figura 2. Forro de PVC

11

Resina epxi Resina epxi uma das mais importantes classes de polmeros termorrgidos, amplamente usados para aplicaes adesivas e estruturais. As resinas epxi so convertidas em polmeros termorrgidos por um processo chamado reao de cura pela ao de endurecedores (agentes de cura). A reao de cura pode ser realizada tanto temperatura ambiente como altas temperaturas, dependendo dos produtos iniciais utilizados no processo ou das propriedades desejadas do produto final. As resinas epxi transformam-se em um slido termorrgido tendo como ponto de partida o estado lquido, logo a viscosidade um parmetro de particular importncia em resinas lquidas, pois sendo funo da temperatura, determina os parmetros de processo. As resinas epxi so base para diversas aplicaes e produtos industriais, sendo empregadas na fabricao de tintas, adesivos e materiais compsitos, a exemplo dos reforados com fibra de carbono e fibra de vidro. Como adesivos as resinas so comumente chamadas de adesivos de engenharia, sendo adesivos de alta performance utilizados na fabricao de avies, automveis, bicicletas, barcos, snowboards. Suas caractersticas mecnicas permitem a mesma ser utilizada como aditivo que agrega resistncia na fibra utilizada pela indstria aeroespacial. Propriedades Mecnicas Resistncia flexo 124 (MPa) Resistncia ao cisalhamento - 19,3(MPa) Dureza - 69(MPa) Limite de Elasticidade - 207(MPa)

12

. Figura 3. Uso da resina epxi na construo civil em reparao de fissuras

Policarbonato O policarbonato um termoplstico, que de alta transparncia e resistncia a impactos. Mais leve que o vidro, pode ser curvado a frio e tem proteo contra raios ultravioleta. indicado para coberturas e fechamentos que exigem iluminao natural, pois seu nvel de transparncia chega a 89%. Por sua alta resistncia a impactos (em mdia 200 vezes superior do vidro e trinta vezes maior que a do acrlico), recomendado para cobrir reas externas como gazebos, jardins de inverno, garagens, estufas e piscinas. As vantagens em se usar o policarbonato so inmeras em relao aos seus similares como vidros, acrlicos e outros plsticos. A resistncia a impactos do material, por exemplo, pode ser de 30 a 250 vezes maior que o vidro,ao mesmo tempo que e cerca de 80% mais leve que o vidro. Alm disso, a facilidade de manuseio, a leveza, a possibilidade de curvatura e luminosidade do policarbonato, e por no propagar chama, so atributos que contribuem para expanso de uso nas construes. Devido ao alto coeficiente de expanso trmica , recomenda-se deixar um espao para dilatao durante a instalao. Outra caracterstica a sensibilidade do material abraso. Menos rgido do que o vidro, ele risca facilmente. Assim, para reas que exigem limpeza constante, recomenda-se a colocao de uma pelcula anti-abrasiva. Alguns produtos j vm com esta pelcula. Para limpar, basta gua e sabo neutro; produtos abrasivos ou alcalinos fortes so proibidos.13

Figura 4. Cobertura de Policarbonato.

Isopor Poliestireno expandido, um plstico celular e rgido, que pode apresentar numa variedade de formas e aplicaes. Apresenta-se como uma espuma moldada, constituda por um aglomerado de grnulos.O isopor uma espuma formada a partir de derivados de petrleo e suas aplicaes na construo civil so extraordinariamente variadas, suas maiores caractersticas so: baixa condutibilidade trmica, leveza (apesar de muito leve, o isopor tem uma resistncia mecnica elevada), baixa absoro de gua, fcil manuseio e por no servir de alimento a nenhum organismo, no apodrece e no sofre ataque de insetos sendo assim resistente ao envelhecimento.

Figura 5. Uso do Isopor na Construo Civil..

14

Cermicos

Materiais inorgnicos, no metlicos, formados por elementos metlicos e no metlicos, ligados quimicamente entre si fundamentalmente por ligaes inicas e/ou covalentes, os materiais cermicos conquistou posies de destaque dentre os materiais graas a sua facilidade de conformao, baixo custo e densidade, resistncia corroso e a temperaturas elevadas, aliadas a resistncia corroso e a temperaturas elevadas. Apesar disso os cermicos apresentam aplicabilidade limitada em certos aspectos devido s suas propriedades mecnicas, que em muitos aspectos so inferiores quelas apresentadas pelos metais. Sua principal desvantagem uma disposio fratura catastrfica de uma maneira frgil, leva a pesquisas que visam minimizar esses problemas. Sua dureza e fragilildade aliada a baixa tenacidade e ductilidade, podem ser explicadas devido existncia de planos de deslizamento independentes, ligaes inicas e/ou covalentes e ordem a longa distncia.Os carbonetos (carboneto de silcio - SiC), os nitretos (nitreto de silcio-

Si3N4), xidos (alumina-Al2O3), silicatos (silicato de zircnio-ZrSiO4), entre outros, so exemplos destes materiais Os materiais cermicos so geralmente divididos em dois grandes grupos, os cermicos tradicionais e os cermicos tcnicos ou de engenharia. Normalmente, os cermicos tradicionais so obtidos a partir de trs componentes bsicos, a argila (silicato de alumnio hidratado (Al2O3.SiO2.H2O) com aditivos) a slica (SiO2) e o feldspato (K2O.Al2O3.6SiO2). Classificao dos Materiais Cermicos A maioria dos materiais cermicos se enquadra em um esquema de aplicao-classificao que inclui os seguintes grupos: vidros, produtos estruturais a base de argila, louas brancas, refratrios, abrasivos e cimentos. Os vidros so um grupo familiar de materiais cermicos; recipientes,15

janelas e as lentes

representam aplicaes tpicas deste grupo.Durante o

resfriamento, no ocorre cristalizao, o volume ir diminuir e a viscosidade aumentar at que o mateiral comee a apresentar o comportamento mecnico de um slido.O principal tipo de vidro o vidro de slica. Uma da matrias-primas cermicas mais amplamente utilizadas a argila.Esse ingrediente muito barato, encontrado naturalmente e em grande abundncia, usado frequentemente na forma como extrado, sem qualquer melhoria na sua qualidade. A argila pode ser trabalhada misturada com gua, secada para remover parte da umidade e cozida a uma temperatura elevada para melhorar a sua resistncia mecnica.A maioria dos produtos a base de argila se enquadra dentro de duas classificaes abrangentes: os produtos estruturais a base de argila (tijolos, azulejos e as tubulaes de esgoto) e as louas brancas (porcelanas, louas de barro, louas para a mesa, louas vitrificadas e louas sanitrias). As argilas so aluminossilicatos, sendo compostas por alumina e slica, as quais contm gua quimicamente ligada. Os minerais argilosos desempenham dois papis muito importantes nos corpos cermicos. Em primeiro lugar, quando a gua adicionada, eles se tornam muito plticos, uma condio conhecida por hidroplasticidade. Alm disso, a argila se funde ou se derrete ao longo de uma faixa de temperaturas, dessa forma uma pea cermica resitente pode ser produzida durante o cozimento sem que ocorra a sua fuso completa, de forma tal que a sua forma desejada seja mantida. Os cermicos refratrios possuem a capacidade de resistir a temperaturas elevadas sem fundir ou decompor, alm de permanecer noreativo e inerte quando so expostos a ambientes severos. Os materiais refratrios so comercializados em uma grande variedade de formas, mas os tijolos so a forma mais comum. Dentre as suas aplicaes tpicas, podemos citar revestimentos de fornos para o refino de metais, a fabricao de vidro, tratamento trmico metalrgico e a gerao de energia. Existem vrias classificaes, quais sejam: a argila refratria, slica, bsica e refratrios especiais. As cermicas abrasivas so usadas para desgastar por abraso, esmerilhar ou cortar outros materiais que sejam necessariamente mais moles. Portanto, a exigncia principal para esse grupo de materiais a dureza ou16

resistncia ao desgaste, alm disso um elevado grau de tenacidade essencial para assegurar que as partculas abrasivas no sejam fraturadas com facilidade.Ademais, podem ser produzidas altas temperaturas a partir das foras abrasivas de atrito, de modo tal que so desejveis algumas propriedades refratrias. Os materiais cermicos abrasivos mais comuns incluem o carbeto de silcio, o carbeto de tungstnio, o xido de alumnio e a areia de slica. Vrios materiais cermicos familiares so classificados como cimentos inorgnicos: cimento, gesso-de-paris e cal,os quais, como um grupo, so produzidos em quantidades extremamentes grandes. A caracterstica especial desses materiais que quando eles so misturados com gua formam uma pasta que, subseqentemente pega e endurece. Esse comportamento especialmente til no sentido de que estruturas slidas e rgidas com praticamente qualquer forma podem ser rapidamente moldadas.

Propriedades Mecnicas dos Materiais Cermicos

Os materiais cermicos, de uma maneira genrica, apresentam alto mdulo de elasticidade, so frgeis e muito duros. A resistncia trao dos materiais frgeis muito menor que as respectivas resistncia compresso e mdulo de ruptura (MOR). O alongamento plstico da maioria dos materiais cermicos na temperatura ambiente praticamente desprezvel. Por outro lado, alguns monocristais como por exemplo NaCl, MgO e KBr apresentam considervel alongamento plstico quando ensaiados em flexo. O alongamento plstico dos materiais cermicos cresce com o aumento da temperatura de ensaio. Muitos materiais cermicos quando ensaiados em altas temperaturas e com cargas baixas (e constante) deformam-se plasticamente por fluncia. A presena de fase vtrea e porosidade nas cermicas tradicionais reduz consideravelmente a resistncia mecnica. Por exemplo, a resistncia

17

mecnica da alumina contendo 25% em volume de poros cerca de um tero da resistncia mecnica da mesma alumina contendo 5% de porosidade. As fibras de vidro apresentam um comportamento mecnico pouco usual, quando comparado com amostras normais, isto , com dimetro superiora 1mm. A resistncia mecnica das fibras aumenta acentuadamente com a diminuio do dimetro das mesmas. A explicao para este comportamento que a diminuio da seco da fibra faz com que as dimenses e o nmero dos defeitos superficiais diminuam. Fibras com dimetro por volta de 1 tm resistncia mecnica prxima da resistncia mecnica m terica. As fibras de vidro so muito utilizadas como reforo nos materiais compsitos de matriz polimrica. De uma maneira geral, os mecanismos de aumento de resistncia dos vidros envolvem a diminuio de defeitos superficiais e a introduo de tenses de compresso na superfcie.

Os materiais cermicos, de uma maneira genrica, apresentam alto mdulo de elasticidade, so frgeis e muito duros. A resistncia trao dos materiais frgeis muito menor que as respectivas resistncia compresso e mdulo de ruptura (MOR). O alongamento plstico da maioria dos materiais cermicos na temperatura ambiente praticamente desprezvel. Por outro lado, alguns monocristais como por exemplo NaCl, MgO e KBr apresentam considervel alongamento plstico quando ensaiados em flexo. O alongamento plstico dos materiais cermicos cresce com o aumento da temperatura de ensaio. Muitos materiais cermicos quando ensaiados em altas temperaturas e com cargas baixas (e constante) deformam-se plasticamente por fluncia. A presena de fase vtrea e porosidade nas cermicas tradicionais reduz consideravelmente a resistncia mecnica. Por exemplo, a resistncia mecnica da alumina contendo 25% em volume de poros cerca de um tero da resistncia mecnica da mesma alumina contendo 5% de porosidade. As fibras de vidro apresentam um comportamento mecnico pouco usual, quando comparado com amostras normais, isto , com dimetro

18

superior a 1mm. A resistncia mecnica das fibras aumenta acentuadamente com a diminuio do dimetro das mesmas. A explicao para este comportamento que a diminuio da seco da fibra faz com que as dimenses e o nmero dos defeitos superficiais diminuam. Fibras com dimetro por volta de 1m tm resistncia mecnica prxima da resistncia mecnica terica. As fibras de vidro so muito utilizadas como reforo nos materiais compsitos de matriz polimrica. De uma maneira geral, os mecanismos de aumento de resistncia dos vidros envolvem a diminuio de defeitos superficiais e a introduo de tenses de compresso na superfcie.

Consideraes mecnicas diversas Influncia da porosidade: A porosidade exerce um efeito negativo sobre a resistncia a flexo por dois motivos: Os poros reduzem a rea de seo reta atravs da qual uma carga aplicada e eles tambm atuam como concentradores de tenses. Dureza: utilizada com frequncia quando se exige uma ao de abraso ou de esmerilhamento;de fato, os materiais mais duros conhecidos so materiais cermicos.Somente eles apresentam durezas Knoop de aproximadamente 1000 ou superiores so utilizados em funo das suas caractersticas abrasivas. Fluncia: Frequentemente, os materiais cermicos experimentam deformao por fluncia como resultado da exposio a tenses (geralmente compressivas) a temperatura elevadas.Em geral, o comportamento de fluncia tempodeformao apresentado pelos materiais cermicos semelhante aquele representado pelos metais;entretanto, a fluncia ocorre a temperaturas mais altas nos materiais cermicos.

19

Polmeros Usados na Construo Civil

Azulejo O termo azulejo designa uma pea de cermica de pouca espessura,geralmente quadrada, em que uma das faces vidrada, resultado da cozedura

de um revestimento geralmente denominado como esmalte. Sua matria-prima quase isenta de xido de ferro, ou seja, "louas brancas", com granulometria fina, uniforme e com alto grau de compacidade de vitrao da superfcie, que tem como caracterstica principal a impermeabilizao (baixa absoro de gua). So placas de loua de pouca espessura, podendo levar corantes e possuir padro liso ou decorado, sendo utilizados para revestimento e proteo das paredes. A face posterior e as arestas so porosas, a fim de garantir melhor aderncia das placas ao paramento. O azulejo geralmente usado em grande nmero como elemento associado arquitetura em revestimento de superfcies interiores ou exteriores ou elemento decorativo isolado.

Figura 6. Azulejo

20

Tijolo O tijolo um produto cermico, tradicionalmente fabricado com argila e de cor avermelhada e pode ser macio ou furado. Atualmente, por motivos ecolgicos, est se voltando a ateno para o adobe e bloco de terra comprimida, por no precisarem de cozimento e poderem ser feitas no local. A sua aplicao em alvenarias de grande importncia na construo civil. Com ele, a obra ganha rapidez e economia. Por se apresentar em vrios tamanhos gera economia no tempo de execuo. Outra vantagem e que este tipo de material dispensa a etapa de abertura de rocos nas paredes, pois as instalaes eltrica e de guas podem ser embutidas durante a execuo da alvenaria. Alem de ser resistente a compresso e por ser furado, gera alvenarias leves. Gera resduos em obra, que podem ser valorizados na fabricao de outros materiais.

Figura 7. Tijolos

Gesso O gesso um material muito utilizado em construo devido s suas propriedades de aderncia. A sua maleabilidade fazem da argamassa deste ligante um bom material para a execuo de pormenores decorativos em paredes e tectos. um bom isolante trmico e acstico devido ao facto de ter uma baixa condutividade trmica e um elevado coeficiente de absoro acstica. Contudo, a sua fraca resistncia quando posto em contacto com gua, faz do gesso um mau material para ser utilizado em exteriores. tambm utilizado como barreira corta-fogo, pois como tem um baixo coeficiente

21

de conductibilidade trmica, impede que o fogo alastre a outras zonas do local onde o gesso est aplicado, normalmente em habitaes; para alm do baixo coeficiente de conductibilidade trmica possui ainda a caracterstica de libertar gua quando exposto ao calor do fogo (calcinao a 160C). O gesso pode ser aplicado como moldura, barrado, rodap,

rebaixamento de teto e como contorno em volta de batentes de portas e janelas. O gesso tambm pode ser aplicado direto na parede de bloco de tijolo sem as etapas do chapisco, reboco, massa fina e massa corrida.(neste caso a parede deve ser previamente preparada para o seu uso,para se obter boa qualidade no resultado final). conhecido popularmente como "gesso liso". Quando aplicado direto na parede fica com um acabamento fino seelhante ao da massa corrida. O gesso tambm utilizado como piso protetor de porcelanatos granitos e outros pisos sensveis, com a utilizao de estopa lona plstica e gesso por cima para trafego pesado e mdio.

Figura 8. Detalhe em gesso

22

Telha cermica um dos itens de maior utilizao na construo civil, ainda uma das opes mais populares, adequando-se muito bem ao clima tropical e oferecendo uma tima relao de custo-benefcio. Tem como principais caractersticas o isolamento trmico (a argila queimada ou cozida tem bom comportamento trmico, atuando como isolante tanto para o frio como para o calor), isolamento acstico (inibe a propagao externa de sons areos), difuso do vapor (graas sua porosidade, a argila cozida absorve a umidade interior das coberturas nos dias midos e chuvosos, eliminando-a em condies mais adequadas sob a ao do calor ou vento), variao de volume (a expanso por umidade e a expanso trmica so reduzidas ao mnimo quando se usa argilas convenientemente processadas e submetidas queima em condies controladas) e resistncia ao fogo (produtos concebidos da argila, por sua natureza, no so inflamveis).

Figura 9. Telha

Vidro Temperado O vidro temperado considerado um vidro de segurana, pois quando fraturado se fragmenta em pequenos pedaos, com arestas menos cortantes que o vidro comum. Tem resistncia mecnica cerca de quatro a cinco vezes superior do vidro comum. Entretanto, depois de acabado, no permite novos processamentos de cortes, furos ou recortes. At mesmo opacificaes podem reduzir a resistncia do material.

23

Os vidros temperados so amplamente utilizados em box e instalaes com ferragens. Durante o processo de fabricao, o vidro temperado submetido a um tratamento trmico de tmpera, que torna este tipo de vidro mais resistente a choques mecnicos e trmicos, preservando suas caractersticas de transmisso luminosa e de composio qumica. No processo de tmpera, o vidro submetido a aquecimento controlado que eleva sua temperatura a cerca de 650 C e , logo em seguida, passa por resfriamento brusco, resultando em um choque trmico responsvel pelo aumento de sua resistncia mecnica. O processo de tmpera horizontal, com os vidros transportados em roletes evitam marcas de pinas caractersticas da tmpera vertical em suas laterais. O sistema de tmpera horizontal tambm permite a produo de vidro temperado em grandes chapas e pequenas espessuras. Uma de suas desvantagens que apesar de sua maior dureza e rigidez, ele menos flexvel que o vidro comum ou o vidro laminado

Figura 10 Vidro Temperado

24

Concluso

A experincia humana est intimamente ligada as suas relaes com os materiais. A partir do momento que o homem forjou sua primeira ferramenta e esta definiu a sua atuao no planeta; descobrindo novas possibilidades de moldar o ambiente, e desenvolver desde as atividades mais primrias at as mais surpreendentes tecnologias. No universo da construo civil deve-se buscar o melhor uso dos materiais, que permitir a racionalizao das necessidades e da oferta, viabilizando o prprio conjunto e sua adequao ao conforto humano. Para isso deve-se conhecer suas caractersticas gerais e suas propriedades mecnicas. Deve-se atentar tambm para a facilidade e obteno desses produtos , alm da relao custo beneficio e com as premissas do desenvolvimento sustentvel de minimizar os rejeitos, usar produtos locais e quando possvel reciclados.

25

Referncias

ALMEIDA , Cleber Nogueira de. .PROPRIEDADES MECNICAS E TRMICAS DO SISTEMA EPXI DGEBA/ETILENODIAMINA MODIFICADO COM NANOPLATAFORMAS DE SILSESQUIOXANO SUBSTITUDAS COM GRUPOS STERES. Dissertao apresentada ao Curso de Ps-Graduao do Departamento de Fsica e Qumica, como requisito para obteno do ttulo de Mestre em Cincia dos Materiais. Ilha Solteira SP. 2005. Disponvel em: http://www.dfq.feis.unesp.br/pos/teses/disser-36.pdf Acesso: 15/11/2010. ARAUJO, Rodrigues & Freitas. Produtos cermicos . Disponvel em :http://www.ufrrj.br/institutos/it/dau/profs/edmundo/Materiais%20cer %E2micos.pdf Materiais de Construo CALLISTER, William D.. Cincia e engenharia de materiais: uma introduo. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, c2002. 589p., [4]p. de estampas ISBN 8521612885 (broch.) LINO, F. Jorge. 2006. Materiais de Construo. http://www.ecocasa.pt/userfiles/file/TIJOLO%20CERAMICO.pdf AUTOR DESCONHECIDO. a era dos plsticos. Disponvel em: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/polimeros.html. Acesso: 15/11/2010. Policarbonato. Disponvel em: http://www.guiadaobra.net/forum/arquiteturagenharia/sobre-policarbonato-t402.html. Acesso: 15/11/2010.

26