revestimentos cerâmicos teoria

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1 Revestimento Cerâmico É o conjunto composto por placas cerâmicas, argamassa de fixação e de rejuntamento. Este conjunto deve apresentar um comportamento monolítico aderido ao substrato (emboço) e este à base ( alvenaria ou concreto armado ). Funções: -proteger os elementos de vedação do edifício; -auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções: isolamento térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases, segurança contra o fogo, etc ; -regularizar a superfície dos elementos de vedação; -proporcionar acabamento final aos revestimentos de pisos e paredes. Propriedades: -aderência; -resistência mecânica; -capacidade de absorver deformações; -isolamento térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases, segurança contra o fogo; -características superficiais e de permeabilidade compatíveis com as condições de uso; -durabilidade e eficiência. A obtenção dessas propriedades está relacionada: às características da placa cerâmica, ao tipo de material usado para a fixação da placa à base, ao tipo de rejunte, às características da base de aplicação, aos detalhes de projeto e, ao procedimento de execução. O conjunto chamado de revestimento cerâmico é composto pelas placas cerâmicas, argamassa colante e o rejunte no caso de juntas de assentamento, ou selante no caso das juntas de controle ou movimentação.

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Revestimentos ceramicos e sua maneira de aplicaçao

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Page 1: Revestimentos cerâmicos teoria

1

Revestimento Cerâmico

É o conjunto composto por placas cerâmicas, argamassa de fixação e de rejuntamento.

Este conjunto deve apresentar um comportamento monolítico aderido ao substrato (emboço)

e este à base ( alvenaria ou concreto armado ).

Funções:

-proteger os elementos de vedação do edifício;

-auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções: isolamento térmico e acústico,

estanqueidade à água e aos gases, segurança contra o fogo, etc ;

-regularizar a superfície dos elementos de vedação;

-proporcionar acabamento final aos revestimentos de pisos e paredes.

Propriedades:

-aderência;

-resistência mecânica;

-capacidade de absorver deformações;

-isolamento térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases, segurança contra o fogo;

-características superficiais e de permeabilidade compatíveis com as condições de uso;

-durabilidade e eficiência.

A obtenção dessas propriedades está relacionada:

às características da placa cerâmica,

ao tipo de material usado para a fixação da placa à base,

ao tipo de rejunte,

às características da base de aplicação,

aos detalhes de projeto e,

ao procedimento de execução.

O conjunto chamado de revestimento cerâmico é composto pelas placas cerâmicas,

argamassa colante e o rejunte no caso de juntas de assentamento, ou selante no caso

das juntas de controle ou movimentação.

Page 2: Revestimentos cerâmicos teoria

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Argamassas colantes

As argamassas colantes são compostas por cimento Portland, grãos inertes de

granulometria fina e resinas orgânicas ( garantem retenção de água, plasticidade e aumento

da extensão de aderência ).

Características das argamassas colantes:

-tempo de vida útil ( tempo de uso da argamassa durante o qual ela permanece com suas

características de uso, iniciado logo após a mistura da argamassa em pó e água ).

-tempo de abertura ( é o tempo entre o espalhamento da argamassa colante e a criação de

uma película esbranquiçada sobre os cordões, que denuncia a perda da capacidade de

aderência da argamassa colante);

-tempo de ajustabilidade ( tempo em que após o assentamento das cerâmicas elas podem

ter suas posições corrigidas sem que haja redução na capacidade de aderência);

-plasticidade e coesão: para o espalhamento e o ajuste das placas sem escorregamento;

-retenção de água compatível com o substrato e a placa;

-espessura, para contato sem introdução de tensões nas interfaces de assentamento.

Tipos de argamassas colantes, segundo a NBR 14081. São 4 tipos: as de alta resistência e

as especiais que são indicadas para fachadas de edifícios e placas de grandes dimensões

pois tem maior resistência de aderência e de tempo em aberto maior. As especiais são

indicadas também para assentamentos sob condições adversas. Também para o

assentamento dos porcelanatos por terem porosidade muito baixa. Tabela 1.

Page 3: Revestimentos cerâmicos teoria

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Placas Cerâmicas

Fabricados a partir de argilominerais, vidrados, óxidos metálicos e outros minerais, que após

misturados e moldados são queimados em fornos sob altas temperaturas. Classificam-se :

-quanto ao tipo de moldagem : extrudadas (A) e prensadas(B), sendo as prensadas as mais

frequentes.

-quanto ao acabamento superficial: esmaltadas ( recebem camada superficial de material

vítreo) e não esmaltadas .

-quanto a textura: lisas ( < capacidade de absorção térmica, melhor escoamento de

resíduos) ou rugosas ( < reflexão dos raios solares, > distribuição de fluxos de água).

-quanto a cor: placas claras ( > reflexão de raios solares) ou escuras ( > absorção dos raios

solares, pode atingir elevadas temperaturas, e no caso de um choque térmico pode ocorrer o

aumento de tensões induzidas).

Propriedades das placas cerâmicas:

-absorção de água: ligada a porosidade da placa;

-resistência mecânica: resistência à flexão e à carga de ruptura;

-resistência à abrasão ou ao desgaste superficial: abrasão superficial nas peças esmaltadas

ou PEI( PORCELAIN ENAMEL INSTITUTE), abrasão profunda para peças não esmaltadas.

Tabelas 2 e 3.

Page 4: Revestimentos cerâmicos teoria

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-dilatação térmica e expansão por umidade;

-resistência à gretagem;

-resistência ao choque térmico;

-resistência ao gelo;

-resistência a manchas;

-resistência ao ataque químico;

-resistência ao escorregamento.

Tabelas 4.5 ( NBR 13818) e 6.

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Page 6: Revestimentos cerâmicos teoria

6

Juntas

Espaços entre os componentes: juntas de assentamento, juntas de trabalho ou de

movimentação e as juntas estruturais.

1.Juntas de assentamento:

-para aumentar a capacidade do revestimento de absorver deformações vindas das

variações térmicas e higroscópicas e das deformações da base;

-para absorver as variações dimensionais entre as placas;

-alinhar as peças;

-harmonizar o conjunto.

Para estas juntas o material de preenchimento são os rejuntes , que são classificados de

acordo com o local de uso: tipo I e tipo II. Tabela A.

Também deverão ter características de: impermeabilidade, resistência à abrasão,

durabilidade, capacidade de absorver deformações e resistência a fungos.

2.Juntas de trabalho (ou de movimentação)

-para dissipar tensões induzidas pelas deformações do próprio revestimento, somadas às da

base;

-para funcionar como juntas de controle, colocadas em locais passíveis de aparecimento de

fissuras ou trincas (ENCONTRO DE ALVENARIA E ESTRUTURA) , de modo que

dissipando as tensões existentes estas não sejam transmitidas ao revestimento cerâmico.

Page 7: Revestimentos cerâmicos teoria

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Estas juntas são executadas seccionando-se toda ou parte da espessura do substrato, e

preenchendo o espaço com selantes sobre material de enchimento a ser colocado no fundo

da junta. Segundo a NBR 13754, nas paredes internas devem ser executadas sempre que

haja paredes com área > ou =32m² ou sempre que uma das dimensões dela for maior que

8m. Em locais expostos à insolação e/ou umidade , dever-se-á executar juntas para áreas >

ou = 24m² ou sempre quando uma dimensão for > ou =a 6m.Também as juntas deverão ser

executadas nos encontros do revestimento cerâmico com pisos, forros, com outros tipos de

revestimentos que compõem a parede.

Nas fachadas o posicionamento das juntas de movimentação deve considerar a amplitude

de tensões que possam vir a ocorrer. Como regra geral as juntas horizontais devem ser

executadas a cada pavimento, 3m, o mais próximo possível do encontro dos componentes

estruturais e da alvenaria (região de encunhamento). As juntas verticais devem delimitar

painéis de 9m² ( uso de placas grandes, cores quentes, fachadas com insolação alta diária e

em estruturas muito deformáveis) a 30m² ( quando as placas são de pequenas dimensões,

de cores claras, local com baixo índice de insolação, edifício com estrutura rígida), de acordo

com as condições de exposição e tipo de revestimento utilizado, limitando o espaçamento de

6m entre elas.

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Prazos mínimos entre as etapas:

Chapisco+3 dias....emboço (abertura da junta)+.7 dias.. membrana impermeabilizante* e 14

/15 dias assentamento da cerâmica+3 dias... rejuntamento+7 dias... preenchimento das

juntas: limpeza+imprimação+selamento.

*membrana impermeabilizante: primer+véu de poliester+demãos da mistura de resina

acrílica e cimento ou produto industrializado.

Tabela 5.3 do livro “Juntas de Movimentação em Revestimentos Cerâmicos de Fachadas“ :

(Autoras: Fabiana Andrade Ribeiro e Mercia Maria S. B. de Barros)

Principais tipos de selantes empregados : acrílico, poliuretano monocomponente, poliuretano

multicomponente e silicones. Esta tabela fala das vantagens e desvantagens de cada

produto, bem como apresenta características de comportamento, dureza, tempo de cura e

expectativa de vida.

Page 10: Revestimentos cerâmicos teoria

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3.Juntas estruturais ( ou de dilatação)

-definidas durante a elaboração do projeto estrutural, para absorver as tensões surgidas com

a deformação de todo o edifício. Se caso este tipo de junta exista na região a ser revestida

com placas cerâmicas, OBRIGATORIAMENTE a junta do revestimento deverá respeitar a

posição e a abertura da junta estrutural.

PROJETO DE REVESTIMENTO CERÂMICO

Para a escolha do revestimento cerâmico observar:

-características da base (tipos de alvenaria, vedação e elementos estruturais)

-características das camadas constituintes ( chapisco e emboço)

-solicitações do revestimento

-condições de exposição (revestimentos internos ou externos)

-geometria dos painéis (posição das juntas de movimentação): modulações. Figura 3

-técnica de execução: convencional e racionalizado.

Page 11: Revestimentos cerâmicos teoria

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EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO CERÂMICO

Materiais protegidos. Empilhamento máximo das caixas de placas cerâmicas com 1,5m

sobre base resistente. Sacos de argamassa sobre estrados com 15 sacos empilhados no

máximo.

Page 12: Revestimentos cerâmicos teoria

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Etapas de execução:

1º-preparo do substrato: limpeza, verificação da qualidade do emboço, planeza (DESVIOS

MÁXIMOS DE 3MM) e textura (MEDIANAMENTE ÁSPERA, OBTIDA COM

DESEMPENADEIRA DE MADEIRA).

-recomenda-se prazo mínimo de 7 dias de cura do emboço para revestimentos internos e 15

dias para os externos. Utilizar ferramentas adequadas:

EQUIPAMENTOS & FERRAMENTAS

EQUIPAMENTOS DE CORTE Cortadores de vídia manuais

São mais utilizados para cortes retos, embora possam também ser usados para a execução de cortes curvos. Nestes casos aconselha-se a colocação de uma peça cerâmica auxiliar embaixo daquela a ser cortada, para facilitar o giro do equipamento.

Serra elétrica portátil com disco de corte diamantado

Também usada para cortes retos, a serra elétrica produz linhas de corte mais limpas, sem o problema de fendilhamento do esmalte dos cortadores manuais.

Page 13: Revestimentos cerâmicos teoria

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Torquês A torquês produz cortes irregulares, deixando cantos denteados. Portanto, use-a somente para pequenos cortes nos cantos das placas cerâmicas, a serem assentadas em áreas menos visíveis.

Serra Circular Para cortes irregulares. Cantos mais limpos e precisos que a torquês.

DESEMPENADEIRAS Desempenadeira de aço denteada

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Ferramenta utilizada para a aplicação da argamassa colante. As desempenadeiras, usadas para calçadas, possuem dentes de forma quadrada ou semi-circulares, e cujas dimensões variam de acordo com a área da placa cerâmica a ser assentada, como mostra a tabela.

Desgaste da Desempenadeira: Quando os dentes da desempenadeira se desgastarem em

1 mm na altura, eles deverão ser refeitos com uma lima, ou a desempenadeira deverá ser substituída por uma nova. (cm2) Desempenadeira de madeira Utilizada para o acabamento superficial da camada de regularização.

Desempenadeira Emborrachada ou Fugalizador Usada para pressionar o rejunte dentro das juntas existentes entre as placas cerâmicas. Segure a desempenadeira a aproximadamente 90 graus e a arraste diagonalmente com movimentos de vai e vem. Use a desempenadeira de canto, lado reto, para remover o excesso de argamassa de rejunte.

ACESSÓRIOS

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Martelo de Borracha

O martelo de borracha ou o vibrador mecânico é utilizado para pressionar a placa cerâmica contra a base a qual será colada.

Espaçadores Espaçadores são pequenas peças de plástico, na forma de cruz ou T. Estas peças são colocadas entre placas cerâmicas adjacentes, e servem para manter uniforme a largura das juntas, e o alinhamento das placas cerâmicas.

Furadeira Elétrica

A furadeira elétrica com serra copo acoplada é usada para fazer furos circulares em revestimentos cerâmicos mais resistentes, como o a cerâmica grês.

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Broca Tubular Usada para fazer furos circulares em revestimentos cerâmicos porosos

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

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O assentador não deverá descuidar de sua segurança pessoal. Portanto, no assentamento do revestimento, deverá usar equipamentos de proteção, como, capacete, óculos de segurança, luvas de borracha e outros que se fizerem necessário.

2º-preparo da argamassa colante: a mistura do pó com água deve seguir as indicações do

fabricante da argamassa, com 15 minutos de descanso após a mistura Espalhar no máximo

1m² para que não se vença o tempo em aberto da argamassa colante.

-não é necessário molhar a base exceto em condições de insolação direta, temperaturas

muito altas ou baixa umidade do ar.

-usando-se argamassa colante no assentamento, não se deve molhar as placas cerâmicas

em hipótese alguma, caso o verso das placas estejam sujos ou com engobe deve-se limpar

com escova de aço ou pano seco.

-a desempenadeira dentada deve ter saliências conforme o tamanho das peças e do local de

assentamento. Nas placas com área superior a 900 cm² deve-se usar a técnica da dupla

colagem: aplicação da argamassa na superfície do assentamento e no tardoz da placa.

3º-assentamento das placas: deve ser colocada a cerca de 2 cm da posição final e então

arrastada com movimentos de vai e vem sob pressão.

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-galgamento do painel: marcação da posição de assentamento. Projetar os cortes, os

acabamentos e os níveis para cada parede. O correto é a peça inteira ficar no nível da laje

ou forro e o pedaço no nível do piso. Pode-se paginar o assentamento para evitar pedaços,

alterando o nível do forro se preciso for.

4º-o rejuntamento se dará após 72 horas do assentamento das placas. A argamassa do

rejuntamento deverá ser preparada conforme indicação do fabricante e aplicada com

desempenadeira de borracha. As juntas poderão ser frisadas logo após a aplicação da

argamassa, com frisador plástico ou acrílico. A limpeza da área rejuntada deve ser feita

entre 10 e 15 minutos, quando se utilizar rejuntes comuns. Para rejuntes epóxi a limpeza

deve ser imediata e nunca frisada. As juntas de trabalho são preenchidas por selantes

elastoméricos como silicones, acrílicos, poliuretanos e polissulfetos. (fotos pág. 80, 81 e 82).

PATOLOGIAS NOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS

Dentre as patologias dos revestimentos cerâmicos estão:

-destacamento de placas (instabilidade do suporte, deformação lenta da estrutura,

ausência de detalhes construtivos, argamassa colante utilizada com tempo em aberto

vencido, assentamento sobre superfície contaminada, imperícia da mão de obra.)

-trincas: rupturas no corpo da placa ( variações térmica e/ou de umidade gerando estado

de tensão que ultrapassa o limite de resistência da placa).

-gretamento: fissuras que ocorrem na superfície esmaltada das placas como uma teia de

aranha (variações térmicas e/ou de umidade geram um estado de tensões internas

ultrapassando o limite de resistência da camada de esmalte).

-eflorescências: depósitos cristalinos de cor esbranquiçada que surgem na superfície do

revestimento. Estes depósitos surgem quando os sais solúveis nas placas cerâmicas, nos

componentes da alvenaria, nas argamassas de emboço, de fixação ou de rejuntamento, são

transportados pela água utilizada na construção, ou vinda de infiltrações, através dos poros

dos componentes do revestimento. Estes sais em contato com o ar se solidificam, causando

os depósitos.

Page 19: Revestimentos cerâmicos teoria

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-deterioração das juntas: perda de estanqueidade da junta e envelhecimento do material

de preenchimento. Podem ser causas o procedimento de limpeza inadequada que somados

a ataques de agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitações mecânicas por

movimentações estruturais que provocam a fissuração ou trincas bem como infiltrações.

Também em juntas de trabalho a utilização de selantes inadequados ou falta de manutenção

após período de garantias podem implicar na ocorrência de patologias.

Fonte:

“ Projeto e execução de revestimento cerâmico “ Autores: Edmilson Freitas Campante e Luciana Leone Maciel Baía Editora: O Nome da Rosa Porcelanatos

São placas cerâmicas para revestimento compostas por argilas, feldspatos e outros

materiais inorgânicos, usadas para revestir pisos e paredes. O porcelanato pode ser:

Técnico: não esmaltado, polido ou natural, retificado ou não retificado, caracterizado pela

absorção de água menor ou igual 0,1%;

Esmaltado: retificado ou não retificado, caracterizado pela absorção de água menor ou igual

a 0,5%

CERÂMICA OU PORCELANATO?

A diferença fundamental entre o revestimento cerâmico e o porcelanato está na tecnologia

que existe por trás da manufatura destes produtos. O porcelanato possui um processo

tecnologicamente mais complicado e um resultado mais controlado do que a cerâmica

comum. Ele é feito com uma mistura de porcelana e diversos minerais, passando por uma

queima a mais de 1200 graus Celsius.

O resultado é mais homogêneo, muito denso, vitrificado e mais resistente do que as

cerâmicas convencionais, além de ser menos poroso e, portando, ter um índice de absorção

de água muito baixo. Sua durabilidade é realmente excelente por conta disto. Isso o torna

adequado a locais com alto tráfego, como aeroportos, estações ou shopping centers. Mas

isso quer dizer que o porcelanato é sempre melhor do que a cerâmica? Definitivamente, não.

O porcelanato é um material com tecnologia mais avançada e, em geral, possui maior

resistência e durabilidade e permite rejuntes menos espessos. No entanto, as cerâmicas são

muitas vezes mais charmosas e com um acabamento mais interessante do que o

porcelanato. O resultado estético está além das qualidades técnicas do produto e depende

do padrão da peça, do tamanho, dos rejuntes e de como o material se harmonizará no

ambiente em que será aplicado.

Page 20: Revestimentos cerâmicos teoria

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Fachadas ventiladas

Com eficiência termo energética comprovada e amplamente utilizadas em países da Europa

há mais de 30 anos, as fachadas ventiladas são um sistema de revestimento externo e

atuam como uma camada isolante à edificação onde são instaladas. As principais vantagens

são:

1. Conforto térmico aos usuários

2. Redução no consumo de energia com aparelhos de ar condicionado

3. Redução nos custos de manutenção, já que a fachada protege a edificação contra ações

do tempo

4. Redução na geração de entulho na obra, já que o assentamento dispensa o uso de

rejunte e argamassa

5. Estética diferenciada

6. Agilidade e limpeza em obras de reforma

Como funciona?

A fixação oculta dos grampos traz maior beleza à fachada. As juntas mínimas de 3 mm,

propositalmente não rejuntadas, são necessárias para permitir a circulação do ar entre

fachada / ambiente externo

.

Page 21: Revestimentos cerâmicos teoria

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1. RÁPIDA APLICAÇÃO: Perfis de alumínio são fixados à edificação através de ancoragens

para dar suporte às placas de porcelanato.

2. SEGURANÇA: Instalação de uma tela de segurança evia que a placa se estilhasse e caia

em casos de impactos severos.

3. BELEZA E TECNOLOGIA: As placas de porcelanato são fixadas a grampos de inox,

conferindo estabilidade ao conjunto e proporcionando um acabamento diferenciado. Juntas

de 3 mm permitem a circulação do ar entre ambiente externo e fachada.

4. CONFORTO TÉRMICO: As placas utilizadas no sistema, instaladas a uma distância de 10

a 15 cm da parede, evitam a incidência direta dos raios solares no edifício, além de

possibilitarem a circulação de ar ao longo da superfície da edificação. Isto oferece maior

conforto térmico aos usuários, reduzindo a utilização de aparelhos de ar-condicionado.

Fonte: Villagres sistemas construtivos

Para revestimentos de fachadas com placas aderidas de grandes formatos

Para o assentamento de fachada com placas de grandes formatos, recomendamos o

seguinte:

- placas de 45x45cm em edifícios com altura até 12 pavimentos (36m de altura) com a

argamassa Ultraflexível Monocomponente;- placas de 45x45cm em edifícios com altura até

20 pavimentos (60 metros) com a argamassa Ultraflexível Bi-Componente Cura Rápida;

- placas de 60×60 e 45×90 cm em edifícios com altura até 8 pavimentos (24 metros) com a

argamassa Ultraflexível Bi-Componente Cura Rápida;

- placas de 80×80 e 60x120cm em edifícios com altura até 4 pavimentos (12 metros) com a

argamassa Ultraflexível Bi-Componente Cura Rápida;

- placas de 90x90cm em edifícios com altura de 3 pavimentos (9 metros) com a argamassa

Ultraflexível Bi-Componente Cura Rápida.

Em edifícios mais altos dos que o que foram acima mencionados, o assentamento deverá

acontecer com o auxílio de fixação mecânica + argamassa Bi-Componente.

Fonte: Portobello

PLACAS DE PEDRAS (MÁRMORES OU GRANITOS) EM FACHADA ( responde IPT )

O uso de placas de pedra em fachadas envolve muita responsabilidade, pois o

descolamento pode causar acidentes sérios. O mais recomendado é utilizar inserts

Page 22: Revestimentos cerâmicos teoria

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metálicos que sejam presos à estrutura ou alvenaria e possam receber as placas de pedra

natural já preparadas com sulcos onde serão encaixadas e fixadas ao inserts. Se a opção for

pela fixação com argamassa, deve-se utilizar argamassas prontas do tipo III, bem mais

caras que as argamassas colantes comuns, mas que agregam adesivos químicos que

garantem a colagem, mesmo de materiais pouco porosos como as pedras. Para reposição

de peças em revestimentos antigos, recomenda-se o uso da mesma argamassa do tipo III.

A fixação de mármores e granitos com inserts metálicos surgiu da necessidade de melhoria

nas condições de segurança, qualidade no assentamento das peças, proporcionar maior

conforto térmico e garantir maior agilidade em revestimentos externos de fachadas.

As primeiras obras executadas com esse sistema surgiram na Europa e nos Estados Unidos

da América a mais de 40 anos tendo surgido no Brasil a cerca de 15 anos. Desta época até

os nossos tempos este sistema tem sido difundido por todo o mundo e as técnicas foram

evoluindo com o desenvolvimento da tecnologia de fixação e metodologia de aplicação.

Existem duas metodologias básicas para a realização da fixação de placas de rochas

ornamentais em fachadas com inserts metálicos:

-Aplicação individual das placas ao prédio, com elementos de fixação para todas as

unidades utilizadas na fachada (sistema europeu),

-Confecção de painéis onde as placas individuais são fixadas individualmente e posterior

aplicação dos painéis à estrutura do prédio (sistema americano).

Entre as características do sistema de fixação por inserts metálicos pode-se citar:

-Rapidez na montagem das placas.

-Evita-se as manchas nas placas ocasionadas pela cal e pela umidade.

-Dispensa o uso de salpique sendo a prumada corrigida com a regulagem dos inserts.

-Maior segurança em termos de fixação e aderência a estrutura do prédio.

-Juntas bitoladas.

-Dispensa colocação de escoramento nas placas no assentamento, bem como a mão-de-

obra do carpinteiro.

Page 23: Revestimentos cerâmicos teoria

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Devido a essas características do sistema de fixação por inserts metálicos é consenso no

setor que esse sistema substituirá por definitivo o método tradicional de assentamento de

mármores e granitos em fachadas através de argamassa.

OUTROS REVESTIMENTOS EM PAREDES

Pedras irregulares

Revestimentos de paredes com pedras irregulares tipo arenito, pedra madeira, pedra são

tomé, etc: deverão ser assentadas nas paredes chapiscadas com areia grossa , com

argamassas convencionais de cimento e areia média no traço 1:4 e pequena adição de cal (

1 cal para 12 argamassas de cimento e areia) . Chapar pequena área e comprimir a pedra

nesta argamassa. Deve-se limpar o excedente da argamassa com uma escovinha algumas

horas após. Quando optar por junta a seco não deve-se colocar argamassas no contorno.

Lambris de madeira

Revestimentos de paredes com lambris de madeira maciça: deverão ser chumbados caibros

com perfil trapezoidal ao longo da parede no sentido contrário ao do assentamento do

lambri, a cada 50 cm de eixo a eixo. Entre os caibros poderá ser feito um emboço. As

tábuas do lambri com encaixe macho fêmea, deverão ser parafusadas aos caibros

respeitando um padrão de alinhamento e com no mínimo 2 parafusos por régua de 10cm ou

3 por réguas mais largas. As cabeças dos parafusos deverão ficar rebaixadas das réguas

para posteriormente receberem pequenos discos de madeira, as cavilhas, coladas para

escondê-las.

Colados

Revestimentos em paredes colados ( colas de contato): placas vinílicas, placas de cortiça,

papéis de parede, etc. Cada qual tem seu método de aplicação e tipo de cola. Normalmente

são vendidos com a colocação já que a mão de obra de cada um é especializada. O

importante nestes casos é a base do revestimento, ou seja, o emboço ou o reboco que

servirá como base: a composição do traço, sua cura , bem como a perfeição no prumo, o

tipo de acabamento requerido, mais liso ou mais áspero, tudo isto deverá ser pesquisado

junto ao fabricante do revestimento para a sua plena garantia. Sem esquecer do tipo de

exposição permitido ( ambientes úmidos, internos, externos ).

Tijolos aparentes

Vem em placas ou em peças inteiras (tijolo). As placas podem ser assentadas com

argamassa colante especial sobre emboço. As peças , tijolos, normalmente tem friso no

meio para partir em duas partes o revestimento. Normalmente são assentadas com

argamassa convencional ( cimento:cal:areia) sobre chapisco. As juntas poderão ser frisadas

para compor o painel ou no sistema junta seca que necessita ajustes de tamanhos uma a

Page 24: Revestimentos cerâmicos teoria

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uma das peças para não fugir nem do nível nem do prumo. É muito importante que as peças

antes do assentamento recebam proteção , pode ser um silicone, para que a massa de

assentamento não suje as peças causando manchas e dificultando a limpeza. Sempre

durante o assentamento remover os excessos de massa e cerca de 2 horas após já frisar a

junta. Não deve se alterar a composição da massa nem o cimento pois isto pode alterar a

coloração da massa. A limpeza deverá ser feita com material apropriado e posteriormente a

superfície deverá receber pintura de proteção apropriada ( silicones , resinas acrílicas, ..etc).

Quando adotar junta seca verificar o problema de chuvas no painel ,o que pode causar

infiltração entre as peças.

REVESTIMENTOS DE PISOS

1.Utilizando Pisos Cerâmicos

2.Utilizando Pedras

3.Utilizando madeiras

4.Utilizando pisos colados , têxteis ( carpetes ), vinílicos ( tipo paviflex), de borracha ( tipo

plurigoma )

5.Monolíticos do tipo granilite

6.Utilizando ladrilhos hidráulicos ( calçadas)

7.Utilizando placas de concreto

8.Utilizando pedras portuguesas

9.Elevados

10. Intertravados

Page 25: Revestimentos cerâmicos teoria

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1. Utilizando placas cerâmicas

-o contrapiso deve estar regularizado a pelo menos 14 dias ;

-os materiais verificados, como tipo de argamassa colante, lote do piso, junta de

assentamento mínima proposta pelo fabricante, tipo de rejunte ,espessura dos dentes da

desempenadeira e demais orientações;

-limpeza do contrapiso;

-paginação para o assentamento com definição dos pedaços, alinhamentos e forma de

assentamento;

-prever as juntas de assentamento na paginação, juntas de trabalho como as de

dessolidarização no encontro com as paredes, e ao redor de elementos como pilares e

verificar se existem juntas de dilatação estruturais;

-a utilização do espaçador é fundamental para garantir perfeição no alinhamento;

-o piso não deve ser molhado;

-aplicar a argamassa sobre a base para panos de no máximo 2m²;

-com as linhas, esquadros e espaçadores, justapor as peças, sobre os cordões de

argamassa feitos com o lado dentado da desempenadeira, a seguir deverão ser batidas uma

a uma com martelo de borracha. Para peças grandes a argamassa deverá ser aplicada no

tardoz da peça livre de engobe ou pó. Deixar as juntas completamente isentas de

argamassa.

-bloquear a passagem por 72 h sobre o piso;

-rejuntar após as 72 h, limpando 15min após se o rejunte for comum ou imediatamente após

a aplicação se for rejunte epóxico. O rejunte comum pode ser levemente frisado para

melhorar o acabamento.

-nas juntas de movimentação deverão ser aplicados selantes resilientes, e as juntas de

dilatação estruturais deverão receber tratamento específico para não permitir passagem de

água por entre elas.Os pisos serão interrompidos sobre estas juntas estruturais,

conservando o espaço das mesmas. Posteriormente poderão receber acabamento em

chapas finas de alumínio fixadas apenas em um dos lados das juntas.

Obs. Para evitar eflorescências verificar se nas áreas úmidas drenos e impermeabilizações

foram executados.

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2. Utilizando pedras

Teremos duas situações: pedras como mármores e granitos normalmente vem bitoladas, ou

seja com espessura definida e padronizada. Se este for o caso deverão ser assentadas com

argamassa colante para tal. Normalmente a junta de assentamento será da ordem de 2 a

3mm. Logo após assentadas deverão ser limpas e protegidas. Quando as pedras não

tiverem uma espessura bitolada como as pedras mais rústicas do tipo mineira, São Tomé,

goiana ou ainda a ardósia , deverão ser assentadas com argamassa feita na obra direto no

lastro de concreto ou sobre a laje. Esta argamassa terá traço 1:0,5:4 e espessura entre 2 e 3

cm ( conforme espessuras das placas). Deverá ser estendida sobre nata com adesivo para

melhor aderir à base.

3. Utilizando madeiras

Parquets e tacos normalmente serão colados com cola própria sobre regularização. Após

deverão ser lixados, calafetados com cola e pó da própria madeira, e, novamente lixados.

Após a superfície estar perfeita, lixada e calafetada, poderá receber cera, sinteko, verniz

acrílico ou alguns dos variados materiais que hoje dão acabamento e resistência aos pisos

de madeira.

Assoalhos , que são tábuas maciças de madeiras de lei, normalmente de espessuras entre 2

e 2,5cm, e larguras entre 10cm e 20cm, com comprimentos variados, só deverão ser

adquiridos com comprovante de tratamento (secagem e imunização). Podem ser colados e

parafusados diretamente nas regularizações . Os parafusos deverão ter distâncias de no

máximo 50cm e no caso de assoalhos com 15 e 20cm de largura deverão ter sempre 2 em

cada tábua. Os parafusos deverão ter suas cabeças rebaixadas para a colocação das

cavilhas de madeira coladas sobre eles para esconderem o metal e dar acabamento

adequado. Após 14 dias de assentados poderão receber lixamento e calafetes nas juntas

com o próprio pó da madeira misturado a colas especiais. Quando a superfície receber a

última lixa bem fina , deverá ser aspirado o pó de toda a superfície e só então poderá ser

encerado ,sintekado ou outro tipo de acabamento.

Outra forma de assentamento dos assoalhos é quando são chumbados os granzepes de

caibros chanfrados e com prego para ancoragem a cada 50cm no sentido transverso ao do

assentamento de assoalho. Os granzepes deverão ser de madeira de lei e imunizados.

Entre eles poderá ser feita uma regularização com um nível uma pouco mais baixo que o

topo deles, ou rebaixar a regularização de 1 cm e colocar folhas de isopor entre os

granzepes o que amortecerá o atrito entre assoalho e piso. Os assoalhos serão fixados nos

granzepes por meio de parafusos que também deverão receber as cavilhas para esconder

suas cabeças. O resto do processo será o mesmo: lixamentos, calafetagens e proteção final.

Carpetes de madeira, são normalmente colados ou encaixados sobre uma manta de fibra,

presos apenas pelos rodapés, neste caso diz-se pisos flutuantes. Devem ser colocados

quando a obra estiver pronta pois já vem acabados e não podem receber nenhum tipo de

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avaria após assentados. Vem com espessuras e acabamentos diferentes, na linha

residencial e na linha comercial (+ resistente) para tráfego maior.

4. Pisos colados

O mais importante nestes assentamentos é a verificação do traço da regularização, pois as

diferentes colas para cada tipo de piso, carpete têxtil, placas vinílicas ou de borracha,exigem

substratos e bases resistentes. Normalmente os pisos em placas vinílicas requerem uma

regularização própria de compostos que uniformizarão a regularização de massa, como uma

massa aplicada com desempenadeira sobre a argamassa de regularização. Somente após

isto são coladas as placas. É importante saber antes de regularizar o lastro ou a laje ,

exatamente qual revestimento será aplicado sobre a argamassa. O fornecedor e o fabricante

deverão orientar este preparo para que o serviço alcance o desempenho esperado.

5. Piso granilite

É um piso antigo que por propriedades como resistência e facilidade de manutenção ainda é

bastante usado em obras comerciais, escolas, hospitais, etc. É também chamado de

marmorite, porque utiliza cimento e granilhas de mármore e granito na sua composição. As

cores variam conforme as granilhas e quando se pretende que fique claro deve se usar

cimento branco do tipo estrutural na sua execução. O granilite é fundido sobre base de

concreto regularizada com massa de 1:3 de cimento e areia somente sarrafeada. Após a

regularização os ambientes são divididos em quadros de 1x1, ou no máximo 1,2x1,2m ,e

chumbados juntas de perfis de pvc ou latão na altura de 10mm até 25mm definindo os

quadros. Os quadros então recebem a pasta de cimento, mármore triturado e areia que após

preencher o espaço são comprimidos por um rolo de 30 a 50kg que compacta a massa

eliminando vazios e auxiliando na fusão com o substrato. Fica proibido o trânsito sobre a

massa nas primeiras 24h e durante 6 dias no mínimo precisa ser curada. Após a cura se

darão os polimentos que iniciam com lixas especiais acopladas a máquinas e água. As lixas

vão sendo trocadas progressivamente. Após o primeiro polimento as superfícies deverão ser

estucadas com cimento e corante na cor do piso. O polimento junto as rodapés será a seco

com máquina portátil. O polimento final será feito com abrasivos de grãos mais finos.

Imediatamente após o polimento é preciso aplicar uma camada protetora de cera branca

comum. Existem hoje substâncias líquidos a base de resinas acrílicas e silicones que

passados sobre o granilite, o tornam impermeável e com aspecto polido.

.

6. Pisos de ladrilhos hidráulicos

São pisos fabricados com cimento e areia, prensados, planos, com arestas vivas .Podem ter

acabamento liso para áreas cobertas e com relevo para áreas descobertas. Suas dimensões

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são de 20x20cm ou 15x15cm com 2 cm de espessura. Devem ser assentados sobre

regularização com argamassa colante. As juntas serão de 1,5mm. A cada 5m deverá ter

junta de dilatação inclusive no contrapiso. Para áreas expostas com muita insolação

aproximar as juntas. São resistentes ao desgaste e à abrasão, por isso bastante usados em

calçadas, passeios e escadas (com relevo).

7. Pisos de placas de concreto

Normalmente assentados com argamassa convencional pois as espessuras variadas destes

pisos impedem que o mesmo seja “colado”. A base, lastro de concreto deve ser resistente e

quando for em ambiente externo possuir juntas de dilatação em torno de 3x3. Existem

placas armadas para estacionamentos ou garagens. O importante é que o lastro de concreto

tenha resistência suficiente para as cargas. As juntas de assentamento normalmente são de

1 cm pois existem variações dimensionais nas peças. Muito usado em calçadas, áreas

externas de tráfego normal.

8. Pedras portuguesas ou mosaico português

Assentadas sobre base de concreto com boa resistência . Sobre este concreto será feito um

colchão de uma mistura seca de cimento e areia de 3 cm sobre o qual as pedras serão

assentadas obedecendo desenho de projeto em função das cores: basalto preto, vermelho,

bege ou branco. Essas pedras são cubos com h mínima de 4 cm. As pedras após o

assentamento, deverão ser molhadas e fortemente apiloadas com soquete de madeira.

9. Pisos Elevados

Piso elevado da laje de 7cm a 1,20cm, utilizado em edifícios de serviços (escritórios),

criando um espaço (entrepiso) para a instalação de cabos elétricos, de telefonia e de

informática bem como dutos de ar condicionado possibilitando a flexibilização do layout dos

ambientes de trabalho. Pode ser confeccionado com duas chapas de aço com um miolo de

concreto celular, revestido de carpete, laminado melamínico,placas vinílicas, madeira,

granito ou outros acabamentos. Os pisos são modulados com placas removíveis (para

manutenção) em geral de 60cm x 60cm, apoiadas em pedestais reguláveis de aço,que

possibilitam o nivelamento milimétrico do piso. Os pisos elevados devem suportar as

mesmas cargas que as lajes onde estão apoiados e podem precisar de reforços em áreas

sujeitas a grandes cargas localizadas, como cofres. Para manutenção as placas de piso

elevado só podem ser sacadas ou recolocadas na modulação mediante o uso de um ou dois

sacaplacas especiais (ventosas) que agem por sucção.

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10.Pisos intertravados

Normalmente são blocos em concreto ditos blockrets pré fabricados em diversas dimensões

e formas. Normalmente assentados em um colchão de areia sobre solo compactado

fortemente . São justapostos e batidos a princípio levemente e depois com placa de

compactação elétrica em cima de uma proteção ( chapa metálica ou de compensado). Após

são “rejuntados” com pó de pedra . São ditos permeáveis já que a água filtra pelas juntas.

São encontrados em mais de uma espessura e resistência para atender diferentes

solicitações.