parte i - enquadramento geral do plano · por exercício de posto de comando (comand post exercise,...
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Parte I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO
1. Introdução
O Plano de Emergência Externo é um documento formal, da responsabilidade da
Câmara Municipal da Praia da Vitória, que define as principais orientações
específicas relativamente ao modo de comando e actuação dos vários organismos,
entidades e serviços relativamente ao seu envolvimento e participação em
operações de Protecção Civil, face à ocorrência de um acidente grave nas
instalações do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória.
O director do presente Plano de Emergência Externo é o Presidente da Câmara
Municipal, podendo ser substituído pelo Vereador designado.
Este Plano é aplicado às instalações do Terminal de Combustíveis da Praia da
Vitória e sua envolvente decorrente do facto desta instalação ser abrangida pelo
Decreto-Lei nº254/2007 de 12 de Julho relativo à Prevenção de Acidentes Graves
que envolvam substâncias perigosas.
A elaboração deste documento resulta das recentes alterações ao nível da
estrutura da Protecção Civil em Portugal, agora denominada Autoridade Nacional
de Protecção Civil (ANPC), e da publicação da Directiva relativa aos critérios e
normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência
de Protecção Civil (Resolução nº 25/2008, de 18 de Julho).
2. Âmbito de Aplicação
O Plano de Emergência Externo constante deste documento te como âmbito de
aplicação a caracterização das situações de emergência passíveis de ocorrer nas
instalações do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória, as quais possam ter
repercussões fora do perímetro fabril, assim como estabelecer, para esses casos,
um plano prévio de actuação que atempadamente garanta a salvaguarda das
pessoas presentes nas áreas de risco.
Assim, pretende-se circunscrever e controlar os acidentes de forma a, minimizar
efeitos e danos, bem como proteger o homem, ambiente e bens.
Este plano articula-se com o Plano Municipal de Emergência para o concelho da
Praia da Vitória, de carácter geral mais abrangente, e deve ser entendido como
uma sua extensão.
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3. Objectivos Gerais do Plano
O Plano de Emergência Externo destina-se principalmente a mitigar e limitar os
danos no exterior do estabelecimento, organizando as várias entidades e agentes
de protecção civil para a protecção da populaça, e preparando-se para:
• Providenciar através de uma resposta concentrada, as condições e os
meios indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente
grave nas instalações do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória;
• Definir as orientações específicas relativamente ao modo de actuação dos
vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de
Protecção Civil;
• Coordenar e sistematizar as acções específicas de apoio, promovendo
maior eficácia e rapidez de intervenção a todas as entidades intervenientes;
• Inventariar os meios e recursos disponíveis para ocorrer a um acidente
grave com origem nas instalações do Terminal de Combustíveis da Praia da
Vitória;
• Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes
graves e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições de
normalidade às populações do concelho;
• Definir o âmbito de intervenção das diversas entidades envolvidas no PEE
de forma a estas manterem permanentemente o seu grau de preparação e
de prontidão necessários à gestão de acidentes graves;
• Preparar as medidas mitigadoras tomadas pelo operador;
• Prestar ao público informações específicas relacionadas com o acidente e
conduta, incluindo as medidas de autoprotecção, que deverá adoptar.
4. Enquadramento Legal
A legislação geral que sustenta a elaboração deste PEE é:
• Lei nº 27/2006, de 3 de Julho – Aprova a Lei de Bases da Protecção Civil,
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• Decreto-Lei n 134/2006, de 25 de Julho – Define o conjunto de estruturas,
normas e procedimentos que asseguram todos os agentes de Protecção Civil,
actuam no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem
prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional e visa responder a
situações de eminência ou de ocorrência de acidente grave ou catástrofe;
• Decreto-Lei nº 254/2007, de 12 de Julho – Aprova o regime jurídico de
prevenção, protecção e qualidade do ambiente e a saúde humana, garantindo a
prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas e a
limitação das suas consequências através das medidas de acção preventiva,
transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº 2003/103/CE do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro;
• Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro – Define o Enquadramento Institucional e
Operacional da Protecção Civil no âmbito Municipal, estabelece a organização
dos serviços municipais de Protecção Civil e determina as competências do
Comandante Operacional;
• Resolução nº 25/2008, de 18 de Julho – Define os Critérios e Normas
Técnicas para a elaboração e operacionalização de Planos de Emergência de
Protecção Civil.
5. Antecedentes do Processo de Planeamento
O Plano de Emergência Externo é revisto bianualmente.
Em complemento, sempre que ocorra uma alteração substancial nas instalações do
Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória e, consequentemente, o operador
entregue à Câmara Municipal da Praia da Vitória uma revisão /actualização do
documento informação para elaboração do PEE, o Serviço Municipal de Protecção
Civil procede à revisão do Plano de Emergência Externo em conformidade num
prazo máximo de 120 dias.
A aprovação do PEE, a primeira versão, bem como as actualizações/revisões,
segue cronologicamente as seguintes fases:
1. Consulta pública das partes não reservadas do plano;
2. Parecer prévio da Comissão Municipal de Protecção Civil;
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3. Parecer Prévio do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos
Açores;
4. Aprovação em reunião de Câmara e Assembleia Municipal;
5. Aprovação pelo Secretário da Ciência Tecnologia e Equipamentos;
6. Publicação em Diário da República;
7. Conhecimento à Comissão Nacional de Protecção Civil.
.
6. Articulação com Outros Instrumentos de Planeamen to
O presente PEE foi elaborado em articulação com o PME, referenciando-se a esse
documento nos capítulos relativos à organização do sistema de protecção civil
municipal, inventários de meios e recursos, lista de contactos bem como outros
aspectos relacionados com modelos de relatórios e de requisições. Uma vez que o
PME condensa vários informações que servem de apoio ao PEE, ambos os
documentos deverão estar disponíveis e serem do conhecimento dos intervenientes
numa situação de acidente grave.
Considerando que a proximidade entre estabelecimentos perigosos e zonas
residenciais / industriais constitui um risco agravado, o Decreto-Lei nº 254/2007, de
12 de Julho prevê que na elaboração, revisão e alteração dos planos municipais de
ordenamento do território sejam fixadas distâncias de segurança entre os
estabelecimentos abrangidos por este decreto-lei e as zonas residenciais, vias de
comunicação, locais frequentados pelo público e zonas ambientalmente sensíveis
de modo a garantir a prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias
perigosas e a limitação das respectivas consequências.
Contudo, de acordo com o disposto no ponto 2 do artigo 5º do Decreto-Lei nº
254/2007, de 12 de Julho, a dimensão das parcelas e de parâmetros urbanísticos
que permitam acautelar as referidas distâncias dentro dos limites da parcela afecta
ao estabelecimento são definidos por portaria, a qual, até à data, ainda não foi
fixada.
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O Plano Director Municipal (PDM), aprovado em Assembleia Municipal de 28 de
Janeiro de 2005 e publicado em Decreto Regulamentar Regional n.º 11/2006/A é o
principal instrumento de gestão territorial no âmbito municipal.
Apesar da existência deste instrumento de planeamento e ordenamento do território
não é possível, nesta fase, e em sede de revisão do PDM, delimitar as parcelas e
definir os parâmetros urbanísticos que permitam acautelar as referidas distâncias,
até que seja fixada a respectiva portaria. Deve assim assegurar-se que a equipa
técnica responsável pela revisão do PDM tenha orientações no sentido de transpor
para o PDM eventuais riscos que possam ocorrer no Terminal de Combustíveis da
Praia da Vitória e envolvente, e as acções de protecção civil a desencadear no caso
de ocorrência de um acidente grave.
Este PEE é ainda articulado com o Plano de Emergência Interno (PEI) do Terminal
de Combustíveis da Praia da Vitória, devendo ser desencadeado, caso assim seja
entendido, após ter sido dado o alarme, de acordo com as indicações do PEI.
7. Activação do Plano
7.1. Competência para a Activação do Plano
A activação do Plano de Emergência Externo visa assegurar a colaboração das
várias entidades intervenientes, garantindo a mobilização mais rápida dos meios e
recursos afectos ao plano e uma maior eficácia e eficiência na execução das
ordens e procedimentos previamente definidos.
De acordo com a Lei de Bases da Protecção Civil, compete à Comissão Municipal
de Protecção Civil accionar o Plano de Emergência Externo, quando tal se
justifique.
Assim, em caso de acidente grave envolvendo substâncias perigosas, o operador
do estabelecimento, acciona de imediato os mecanismos de emergência
designadamente o plano de emergência interno, comunicando a ocorrência,
através dos números de emergência, às forças e serviços necessários à
intervenção imediata e ao serviço municipal de protecção civil.
O Serviço Municipal de Protecção Civil em resultado da activação do plano de
emergência interno, activa o plano de emergência externo sempre que entender
necessário, comunicando a activação ao Serviço Regional de Protecção Civil e
Bombeiros dos Açores (SRPCBA), nomeadamente sempre que através das
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medidas de intervenção das consequências do acidente, relatadas no Relatório de
Segurança (RS) do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória, não seja possível
controlar o acidente, e os efeitos do mesmo se comecem a reflectir para o exterior
da mesma, podendo promover o efeito dominó e a afectar toda a zona envolvente
da área afectada.
Os meios de divulgação da activação do PEE, bem como os responsáveis pela sua
elaboração são os descritos no PME, no capítulo reservado à Gestão da
Informação.
Quando se proceder à desactivação do plano de emergência externo, os
mecanismos de divulgação serão similares.
7.2. Critérios para a Activação do Plano
O Plano de Emergência Externo será activado quando existir a eminência ou
ocorrência de uma situação de acidente grave nas instalações do Terminal de
Combustíveis da Praia da Vitória, da qual se prevejam danos para as populações,
bens e ambiente e que justifiquem a adopção imediata de medidas excepcionais de
prevenção, planeamento e informação, nomeadamente a activação do Plano de
Emergência Interno do Terminal de Combustíveis.
Deste modo, o PEE é activado mediante decisão da CMPC, sob proposta do seu
Coordenador ou seu legítimo substituto, quando verificados um dos seguintes
pressupostos:
• Existência de um número considerável de vítimas: mortos e/ou feridos;
• Existam danos consideráveis nas instalações do TCPV;
• Incêndio graves e/ou explosões;
• Danos no meio ambiente (descargas de matérias perigosas em aquíferos ou
no solo, libertação de matérias perigosas para a atmosfera, etc.);
• Nas situações em que a emergência não pode ser seguida de forma eficaz
usando apenas os recursos do CMPC, sendo assim necessária a activação
do PEE para implementar e agilizar o acesso a recursos de resposta
suplementar.
• Decisão da CMPC, com base nas informações disponíveis.
A desactivação do PEE e consequente desmobilização operacional ocorrem
mediante entendimento do Coordenador do Serviço Municipal de Protecção Civil e
a Comissão Municipal de Protecção Civil.
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8. Programa de Exercícios
De acordo com o disposto no ponto 7 do artigo 19º do Decreto-Lei nº 254/2007, de 12
de Julho, o SMPC realiza exercícios de simulação do PEE com uma periodicidade
mínima de 3 anos, os quais devem ser comunicados à Secretaria Regional do
Ambiente e Mar (SRAM) e ao Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos
Açores, com uma antecedência mínima de 10 dias. Com o planeamento e realização
destes treinos o PEE poderá ser adaptado e actualizado, caso se verifique essa
necessidade.
O PEE deve ser regularmente treinado através de exercícios em que simulem cenários
de emergência. Estes poderão ser do tipo CPX (Exercício de Posto de Comando, sem
meios no terreno) e/ou do tipo LivEx (Exercício de ordem Operacional com meios no
terreno).
Por exercício de posto de comando (Comand Post Exercise, CPX) entende-se aquele
que se realiza em contexto de sala de operações e tem como objectivos testar o
estado de prontidão e a capacidade de resposta e mobilização de meios das diversas
entidades envolvidas nas operações de emergência.
Por exercício LivEx entende-se um exercício de ordem operacional, no qual se
desenvolvem missões no terreno, com meios humanos e equipamento, permitindo
avaliar as disponibilidades operacionais e as capacidades de execução das entidades
envolvidas.
Com o planeamento e realização destes treinos, poderá, por um lado, testar-se o
plano em vigor, adaptando-o e actualizando-o se for caso disso, e, por outro lado, criar
rotinas de procedimentos a adoptar em situação real de emergência.
Parte II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA
Conceito de Actuação
O conceito de actuação visa estabelecer os princípios orientadores a aplicar uma
operação de emergência de protecção civil, definindo a missão, tarefas e
responsabilidades dos diversos agentes, organismos e entidades intervenientes e
identificando as respectivas regras de actuação. Em ordem a assegurar a criação de
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condições favoráveis ao empenhamento rápido e eficiente dos recursos disponíveis
será também pertinente tipificar as medidas a adoptar para resolver ou atenuar os
efeitos decorrentes de um acidente grave ou catástrofe nas imediações da Terparque.
A Comissão Municipal de Protecção Civil é um órgão de coordenação em matéria de
protecção civil, sendo composta por elementos que auxiliam na definição e execução
da política de protecção civil. È dirigida pelo Presidente da Câmara Municipal, e
operará a partir do gabinete do Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC),
localizado no Quartel dos Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória.
Em relação ao sistema de gestão de operações, deverá se considerada a doutrina e
terminologia padronizada no Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro,
designadamente no que respeita à definição da organização dos teatros de operações
e dos postos de comando.
1. Execução do Plano
O Presidente da Câmara Municipal, enquanto Director do Plano Municipal de
Emergência, no uso das competências e responsabilidades legalmente atribuídas,
deve assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente
e coordenado dos meios. Neste âmbito consideram-se todos os meios e recursos
disponíveis no concelho, e também, os meios de reforço que venham a ser obtidos
para operações de protecção civil em situação de emergência ou acções de
prevenção. Pretende-se assim, garantir condições para prevenir riscos, atenuar ou
limitar os seus efeitos, socorrer as pessoas em perigo e repor a normalidade no mais
curto espaço de tempo.
Nestas condições, deve o Presidente da Câmara desenvolver com oportunidade e
eficiência, as seguintes acções de planeamento e conduta operacional:
1.1 Fase de Emergência
De seguida encontram-se descritas as acções a desenvolver na fase de emergência. A sua aplicação depende da gravidade da situação, não apresentando nenhuma sequência cronológica ou a obrigação de realização da totalidade destas acções.
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ACÇÃO RESPONSÁVEL PELA
EXECUÇÃOOBSERVAÇÕES
1 Activar a CMPC Presidente da Câmara
Municipal
O contacto será feito
para todos os
elementos
constituintes da CMPC
2 Alertar as populações CMPC
3 Convocação dos
Grupos CMPC
Mobilização dos
grupos necessários
4
Difundir conselhos e
medidas de
autoprotecção a
adoptar
CMPC
Através de megafone,
rádios locais, porta a
porta.
5
Promover a evacuação
dos feridos e doentes
para os locais de
tratamento
Bombeiros Auxiliados pela Cruz
Vermelha
6 Assegurar a
manutenção da lei e da
ordem
PSP Auxiliada pela GNR
7 Garantir a circulação
nas vias e acessos PSP Auxiliada pela GNR
8
Coordenar e promover
a evacuação das zonas
de risco
PSP Auxiliada pela GNR
9
Garantir medidas para
o alojamento, agasalho
e alimentação das
populações
CMPV Auxiliada pelo Grupo
da Logística
10 Solicitar apoios e meios
de reforço CMPC
Recorrer às entidades
de apoio
11
Promover acções
relacionadas com a
mortuária
Delegado de Saúde
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1.2 Fase da reabilitação
A decisão sobre o início da fase de reabilitação é tomada pelo Director do
Plano em colaboração com a CMPC.
Os procedimentos de transmissão da informação bem com o sistema de
comunicações aplicáveis a este PEE, são os constantes no Plano Municipal de
Emergência.
As acções a desenvolver são as descritas na tabela seguinte:
ACCÇÃO RESPONSÁVEL PELA
EXECUÇÃO OBSERVAÇÕES
1 Proceder ao restabelecimento dos serviços públicos essenciais
Grupo de Meios e Recursos
Auxiliado pelas Entidades de Apoio
2 Promover o regresso das populações, bens e animais deslocados
PSP Auxiliada pela GNR
3 Restabelecer a circulação
PSP Auxiliada pela GNR
4
Proceder à análise e quantificação dos danos pessoais e materiais
CMPC Auxiliada pelas Entidades de Apoio
As missões dos Agente e Organismos são as constantes no Plano Municipal de
Emergência da Praia da Vitória.
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Parte III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO
1. ADMINISTRAÇÃO DOS MEIOS E RECURSOS
Face à especificidade dos acidentes abrangidos por este Plano de Emergência,
em complemento aos meios previstos no PME da Praia da Vitória, deve ser
prevista a necessidade de recorrer a:
Equipamento de protecção individual para as equipas da estrutura operacional de
emergência, nomeadamente:
• Equipamentos de respiração autónoma;
• Fatos de protecção química;
• Máscaras panorâmicas.
2. LOGÍSTICA
Os procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação de
meios e de responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos
e entidades de apoio, destinados às actividades de logística para apoiar as forças
de intervenção e população, aplicáveis neste PEE, são os constantes no Plano
Municipal de Emergência.
3. COMUNICAÇÕES
Os procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação de
meios e de responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos
e entidades de apoio, destinados ao estabelecimento ou reforço das comunicações
entre o director do PEE, o posto de comando operacional e as forças de
intervenção aplicáveis neste PEE, são os constantes no Plano Municipal de
Emergência.
4. GESTÃO DA INFORMAÇÃO
A gesta da informação relacionada com a emergência divide-se em três grandes
componentes:
• Gestão da informação entre entidades actuantes no terreno;
• Gestão da informação às entidades intervenientes no terreno;
• Informação pública às populações e aos órgãos de comunicação social.
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4.1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO ENTRE AS ENTIDADES ACTUANT ES NAS
OPERAÇÕES
O fluxo de informação destina-se a assegurar que todas as entidades mantenham
permanentemente, os níveis de prontidão e envolvimento de acordo com a
evolução da situação.
Os procedimentos, instruções de coordenação. Bem como o sistema de
comunicações aplicáveis a este PEE, são os constantes no Plano Municipal de
Emergência.
4.2 INFORMAÇÃO PÚBLICA ÀS POPULAÇÕES
4.2.1 FASE ANTES DA EMERGÊNCIA
Os cidadãos têm direito à informação sobre os riscos a que estão sujeitos e sobre
as medidas adoptadas e a adoptar com vista a prevenir ou a minimizar os efeitos
de um acidente grave que possa ocorrer nas instalações do Parque de
Combustíveis da Praia da Vitória.
A informação visa esclarecer principalmente as populações mais afectadas, sobre
a natureza e os fins da Protecção Civil, consciencializá-las das suas
responsabilidades que recaem sobre cada instituição ou indivíduo e sensibilizá-las
em matéria de autoprotecção.
O Serviço Municipal de Protecção Civil é responsável pela elaboração e
divulgação da informação necessária quanto às medidas de autoprotecção que a
população afectada por determinado acidente deve tomar e, sobre o
comportamento a adoptar consoante o tipo de acidente ocorrido com origem nas
instalações do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória.
Uma das maneiras de sensibilização e divulgação da informação muito importante
é o envolvimento dos cidadãos na realização de exercícios de simulação do
presente Plano e também nos previstos no PME.
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4.2.2 FASES DE PRÉ-EMERGÊNCIA E EMERGÊNCIA
A Comissão Municipal de Protecção Civil prepara e garante a difusão, pelos meios
mais adequados, avisos, informações e medidas de autoprotecção das
populações.
O Grupo de Manutenção da Lei e da Ordem colabora nas acções de aviso e alerta
às populações.
Para a difusão da informação às populações são utilizados os meios seguintes:
• Viaturas com som;
• Rádios locais;
• Porta a porta.
4.3 INFORMAÇÃO PÚLICA AOS ORGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOC IAL
Os procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação de meios
e de responsabilidades no âmbito da informação aos órgãos de comunicação social,
aplicáveis a este PEE, são os constantes no Plano Municipal de Emergência.
5. PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO
Os procedimentos específicos, bem como a identificação dos meios e
responsabilidades dos serviços, agentes de Protecção Civil, organismos e
entidades de apoio associados à movimentação das populações, são os
constantes no Plano Municipal de Emergência.
As áreas de evacuação são definidas consoante o acidente ocorrido.
Os itinerários de evacuação, são definidos em função das consequências do
acidente e das zonas abrangidas.
6. MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
A manutenção da ordem pública, de acordo com o PME, é da responsabilidade do
Grupo de Manutenção da Ordem Pública.
Faz parte das suas atribuições entre outras:
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• Reencaminhar o tráfego rodoviário em redor do teatro de operações, de
modo a não interferir com a movimentação das populações a evacuar, nem
com a mobilidade das forças de intervenção;
• Criar barreiras de encaminhamento que garantam a segurança do fluxo da
movimentação de pessoas nos itinerários de evacuação;
• Impedir o acesso à zona de sinistro a pessoas não autorizadas;
• Criar barreiras de encaminhamento de tráfego que permitam desimpedir
percursos de emergência para passagem das viaturas de socorro.
7. SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Os procedimentos e instruções de coordenação geral associados aos serviços
médicos e transporte de vítimas, são os seguintes entre outros:
• Coordenar a evacuação secundária de feridos ou doentes graves para os
postos médicos ou de triagem e socorro;
• Realizar a triagem e prestar os cuidados primários de saúde e, em caso de
necessidade, promover as acções necessárias ai seu transporte para outras
estruturas de saúde;
• Informar a direcção do PEE das necessidades de reforço de pessoas e
meios.
8. SOCORRO E SALVAMENTO
Os procedimentos e instruções de coordenação geral associados às operações de
socorro e salvamento são os seguintes entre outros:
• Coordenar as operações de combate a incêndio;
• Coordenar as operações de busca e salvamento;
• Coordenar as acções de evacuação primária;
9. SERVIÇOS MORTUÁRIOS
As responsabilidades das acções de mortuária, são as constantes no Plano Municipal
de Emergência.
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PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
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COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL
A composição, convocação e competências da Comissão Municipal de Protecção Civil
é organizada em conformidade com a Lei n.º27/2006, de 3 de Julho.
A Comissão Municipal de Protecção Civil do Concelho da Praia da Vitória é constituída
em conformidade com o Art.º3 da Lei n.º65/2007, de 12 de Novembro, pelas seguintes
entidades:
- Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória;
- Coordenador do Serviço Municipal de Protecção Civil;
- Comandante dos Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória;
- Comandante da Polícia de Segurança Pública da Praia da Vitória;
- Comandante da Guarda Nacional Republicana da Praia da Vitória;
- Capitão do Porto da Praia da Vitória;
- Representante do Comando da Zona Aérea dos Açores;
- Comandante da Unidade de Socorro da Cruz Vermelha
- Delegado de Saúde do Concelho;
- Presidente do Conselho de Administração do Centro de Saúde da Praia da Vitória;
- Representante da Directora Regional da Solidariedade e Segurança Social;
- Delegado da Secretaria Regional da Ciência Tecnologia e Equipamentos;
- Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória;
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Secção II
1. Caracterização do Estabelecimento
O Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória, integrando os Parques da Terparque
e da Bencom, encontra-se instalado na Zona Industrial da freguesia de Cabo da Praia,
ocupando uma área total de 45.641 m2. Os acessos ao TCPV são assegurados
através do Parque Industrial da Praia da Vitoria, sendo disponíveis duas vias
alternativas com ligação à Estrada Regional Nº 1-1ª. É uma infra-estrutura que, apesar
de ser constituído por dois Parques de armazenagem de combustíveis propriedade de
duas entidades juridicamente autónomas – a Terparque – Armazenagem de
Combustíveis, Lda e a Bencom – Armazenagem e Comércio de Combustíveis, SA –
foi, desde o seu projecto, concebido como uma unidade integrada.
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Imagem 1 - Zona de implantação do TCPV
No que respeita à ocupação do solo, este requisito foi analisado com referência às
Cartas de Uso dos Solos constantes do Plano Director Municipal da Praia da Vitória,
nomeadamente as Plantas de Condicionantes nº 1 e nº 2 e a Planta de Ordenamento.
Estes documentos, embora datados de Dezembro de 2004, já na sua elaboração
contemplaram a implantação na zona da Pedreira do Cabo da Praia, do projecto do
Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória.
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De acordo com as Cartas de Uso de Solos, constantes do Plano Director da Praia da
Vitória, a localização do TCPV, na Planta de Condicionantes nº1 está inserido na Zona
Industrial do Porto, coincidindo desta forma os Usos definidos com a utilização
pretendida. A própria Carta de Condicionantes, datada de Dezembro de 2004,
considera a implantação do Parque de Combustíveis
Assim, entende-se que:
• Existe um conjunto de valências que são comuns aos dois Parques (ex.
sistema de combate a incêndios, rede eléctrica, sistema de segurança e
controlo de acessos, sistema de tratamento de efluentes, etc.);
• A gestão da segurança dos dois Parques será integrada como se
encontra patente no presente documento;
• Todos os sistemas de segurança e operacionais são compatíveis;
• O contrato celebrado entre as duas entidades proprietárias dos Parques e
a Administração dos Portos da Terceira e Graciosa, SA, relativo à
cedência dos terrenos para implantação do Terminal, encontra-se
condicionado à integração das duas unidades;
• A Bencom, SA participa no capital social da Terparque, Lda.
A Terparque possui um Parque de Combustíveis, para armazenagem de Combustíveis
Brancos e GPL (Gasolinas, Gasóleo, Marine Diesel, Jet A1 e Butano).
A Bencom possui um Parque de Combustíveis para armazenamento de Produtos
Pretos (Fuelóleo, Betumes, Águas Oleosas e Óleos Usados).
O Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória possui um conjunto de infraestruturas
e facilidades comuns aos dois Parques que, estando sob a responsabilidade da
Terparque, são utilizadas e partilhadas pelos dois Parques. Estas facilidades
abrangem, nomeadamente:
• ETARI;
• Serviço de Incêndios;
• Ar Comprimido;
• Tanques Armazenagem de Água do Serviço Incêndios;
• Rede de distribuição de água;
• Posto de Transformação;
• Grupo Gerador de Emergência;
• Rede de distribuição de energia eléctrica;
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• Posto Médico;
• Portaria;
• Báscula;
• Arruamentos;
• Vedação.
Sendo o Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória uma infraestrutura destinada
à recepção, armazenagem e expedição de:
• Parque de Combustíveis de Produtos Brancos e GPL – Terparque
Combustíveis Líquidos derivados do Petróleo (Gasolinas, Gasóleo, Marine
Diesel e Jet A1) e de Gases de Petróleo Liquefeitos (GPL) (Butano);
• Parque de Combustíveis de Produtos Pretos – Bencom
Combustíveis Líquidos derivados do Petróleo (Fuelóleo), de Betumes,
Águas Oleosas e Óleos Usados;
a sua actividade consiste na:
• Recepção de produtos do Terminal Portuário do Porto Comercial da Praia
da Vitória, através de “pipeline”;
• Recepção de Betumes, Águas Oleosas e Óleos Usados descarregados por
veículos de transporte;
• Armazenagem dos produtos recebidos: GPL, Produtos Brancos e Produtos
Pretos;
• Enchimento de Carros Tanque de GPL, Produtos Brancos e Produtos
Pretos;
• Fornecimento dos produtos à navegação marítima via “pipeline”; Gasóleo,
Marine-Diesel e Fuel-Oil;
• Enchimento de Garrafas de Butano.
Refira-se ainda que algumas das actividades realizadas no TCPV são realizadas numa
zona exterior ao Terminal: o Terminal Portuário, interligado ao TCPV por oleodutos
(“pipelines”) para recepção e expedição do produto. Neste terminal Portuário
encontram-se quatro “pits”, através das quais é efectuada a interligação, através de
mangueiras flexíveis, aos navios.
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2. Caracterização da Envolvente
2.1. Caracterização Física
Condições Geológicas
a) Geologia da Zona
A Ilha Terceira, vulcânica na sua totalidade, parece ter evoluído na sua génese, de
Este para Oeste, alicerçando-se sobre quatro estrato-vulcões com inúmeros cones
secundários. Estes Vulcões estão localizados ao longo de uma proeminente zona de
fissura que atravessa a ilha de NW para SE, e, por ordem cronológica são os
seguintes: o vulcão dos Cinco Picos, na extremidade Este da Ilha, os Vulcões de
Guilherme Moniz e do Pico Alto, respectivamente no Centro e Centro-Norte e, por
último, o Vulcão de Santa Bárbara, o mais recente, que constitui a parte Oeste da Ilha.
Do ponto de vista geomorfológico, a área envolvente do local de implantação do
Terminal, uma antiga pedreira de rocha basáltica, forma uma zona aplanada,
delimitada a Sul pelo Pico do Capitão, a Oeste pela extremidade da Serra do Cume, a
Norte pela Praia e a Este pela linha de costa.
Na zona de implantação do TCPV, verifica-se a existência de cotas altimétricas baixas,
variando entre cerca de 4 e 0,2 metros (Fig. 2.1). No limite SW do Terminal está
localizado um talude de rocha basáltica, praticamente vertical, com cerca de 20 metros
de altura.
No que respeita à componente Geológica, em virtude da sua génese vulcânica, a Ilha
Terceira é composta por materiais geológicos do tipo piroclástico (basálticos e
traquíticos), escoadas piroclásticas, lahars, ignibritos e escoadas lávicas.
A área específica de implantação do TCPV, é constituída por uma escoada basáltica,
recoberta por materiais piroclásticos .
Na zona da Pedreira, verifica-se a existência de piroclastos constituídos
essencialmente por pedras-pomes e escória basáltica, bem como rocha basáltica de
aspecto bastante são, cor cinzenta, medianamente fracturada e muito pouco alterada
(Estudo de Impacte Ambiental do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória – 2001
in Relatório de Segurança do terminal de Combustíveis da Praia da Vitória).
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b) Sismicidade
Pode considerar-se que os sismos nos Açores têm dois tipos de origem:
i- Origem Vulcânica
Os fenómenos sísmicos de origem vulcânica ocorrem num período antecedente à
ocorrência da erupção vulcânica, aumentando gradualmente de intensidade e
frequência. Momentos antes do início da erupção o sismo intensifica-se e nos últimos
instantes os abalos apresentam grande intensidade. Esta sismicidade é, no entanto,
sentida apenas nas imediações do local da erupção vulcânica.
ii - Origem Tectónica.
Os fenómenos sísmicos de origem tectónica, são caracterizados por abalos
premonitórios, seguidos de abalos mais fortes a preceder o abalo principal. É
geralmente sentido numa área mais vasta que o sismo de origem vulcânica.
Imagem 2 - Zona de implantação do TCPV
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A histórica geológica dos Açores está directamente ligada à actividade vulcânica
submarina associada à Crista Média do Atlântico (MAR- “Medium Atlantic Ridge”) e às
suas falhas transformantes.
Os Açores, encontram-se sobre uma vasta plataforma com cerca de 130 Km de
largura, centrada sobre a linha do Rifte da Terceira e definida pela batimétrica dos
2.000 metros. Esta plataforma, de forma grosseiramente triangular, está associada aos
acidentes tectónicos que delimitam, nesta Região três grandes placas litosféricas: a
Americana, que se desenvolve para Oeste da MAR, e onde se encontram as Ilhas das
Flores e do Corvo, e a Euro-Asiática e a Africana que, migrando para Leste,
comportam as restantes Ilhas.
Na Ilha Terceira verificam-se nitidamente duas orientações mais significativas nas
direcções das falhas. A direcção dominante é NNW-SSE, paralela ao alinhamento da
Crista da Terceira, enquanto que a outra é WNW-ESSE, paralela à zona central do
rifte. Relativamente à zona de implantação do TCPV, na Planta de Condicionantes nº
2 – Proposta da Reserva Ecológica Regional, que integra o Plano Director Municipal
da Praia da Vitória, estão representadas as linhas de falha mais próximas. (Estudo de
Impacte Ambiental do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória – 2001 in
Relatório de Segurança do terminal de Combustíveis da Praia da Vitória).
�Figura 1 - Placa litosférica dos Açores
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A sismicidade histórica da Praia da Vitória é caracterizada pela ocorrência de sismos
violentos, com particular incidência na Cidade da Praia da Vitória e localidades
adjacentes.
De acordo com a análise do historial sismológico da Ilha Terceira, a sismicidade está,
principalmente, relacionada com a actividade vulcânica. No entanto, a avaliação
integrada da globalidade do Arquipélago, relaciona a actividade sísmica com os
movimentos tectónicos decorrente da junção tripla das Placas Europeia, Americana e
Africana.
Na Ilha Terceira pode considerar-se que a actividade sísmica ocorre com um
periodicidade da ordem dos 10 anos.
c) Actividade Vulcânica
A Ilha Terceira mostra evidências de um acentuado histórico de erupções vulcânicas,
caracterizadas por erupções plinianas, com escoadas piroclásticas, as quais
produziram pelo menos cinco ignimbritos.
Estas erupções alternaram com outras mais frequentes do tipo sub-pliniano e
stromboliano explosivo, com efusão de lavas a variar a sua composição desde o
basalto até ao pantelerito.
Actualmente, dos quatro grande estrato-vulcões que constituem a ilha, dois são
considerados activos (Pico Alto e Santa Barbara) e outros dois (Guilherme Moniz e
Cinco Picos) extintos.
O vulcão do Pico Alto corresponde ao que, historicamente, tem demonstrado um nível
de violência mais relevante, correspondendo a um vulcão de elevado risco para a
totalidade da Ilha Terceira.
Embora o período médio entre erupções varie entre amplos limites, no caso do vulcão
do Pico Alto pensa-se que poderão ocorrer erupções num período inferior a 700 anos.
Características climáticas
Os dados climáticos apresentados de seguida, foram retirados do relatório de
Segurança do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória, tendo sido fornecidos
pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, pelo instituto de Meteorologia e através das
consulta da base de dados on-line do Projecto Climaat
(http://www.climaat.angra.uac.pt/).
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As informações de climatologia resultaram dos dados recolhidos pela estação das
Lajes, uma vez que corresponde à estação de monitorização mais próxima da
localização do TCPV.
O clima dos Açores e particularmente da Praia da Vitória, advém directamente da
latitude em que as ilhas se encontram e do seu afastamento em relação aos
Continentes. As massas de ar que invadem a região do Atlântico são grandemente
modificadas durante longos trajectos sobre o mar, amenizando a temperatura e
aumentando a humidade.
Relativamente à Praia da Vitória, o clima é afectado pela disposição dos maciços
montanhosos que se alinham no interior da ilha e condicionam a circulação das
massas de Ar.
Temperatura Média do Ar
De acordo como os dados obtidos, a temperatura média anual registada nas Lajes é
de 17,1 ºC, sendo as máximas de 19,6ºC e as mínimas de 14,6 ºC. A temperatura
média mensal mais elevada ocorre em Agosto (21,8 ºC) e a mais baixa em Fevereiro
(13,5 ºC), pelo que se verifica uma amplitude térmica anual de 8,3 ºC. Os valores mais
extremos de temperatura ocorrem em Agosto, com 30,5 ºC, e em Fevereiro, com 4,2
ºC. A tendência registada na análise histórica foi validada pelos dados referentes ao
ano de 2007 obtidos com base no Projecto Climaat.
Como se pode verificar na Figura seguinte, a zona de implantação do TCPV é
caracterizada por, de acordo com os valores de referência para a Terceira, como um
local onde são registados os valores médios de temperatura mais elevados para a ilha.
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�Figura 2 - Valores Médios Anuais de Temperatura – di stribuição geográfica
Precipitação : Valores extremos de duração de precipitação em 24 h (valores em
horas)
Para o ano de 2007 a precipitação normal acumulada, correspondeu a 1.243,7 mm
correspondendo, quando comparada com a realidade da ilha Terceira, a um dos locais
em que são registados valores médios de precipitação mais reduzidos.
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Humidade Relativa
No Concelho da Praia da Vitória, de acordo com os dados obtidos pela estação
Meteorológica do Porto da Praia da Vitória Lajes, a humidade relativa média é de 80%,
variando entre um máximo de 97% (Janeiro) e um mínimo de 62% (Março). O valor
absoluto mais elevado de humidade Relativa foi de 98% registado nos meses de
Junho e Outubro.
Relativamente ao local específico de implantação do TCPV, de acordo com a Carta de
Distribuição Geográfica da Humidade Relativa para a Ilha Terceira, corresponde a um
dos locais que regista valores médios mais baixos.
Figura 3 - Valores de precipitação acumulada – distribuição geográfica
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�Figura 4 - Valores de Humidade Relativa Média Anual – distribuição geográfica
Vento
No Concelho da Praia da Vitória, os ventos predominantes são de NW (18,4%)
durante quase todo o ano, sendo também desse rumo a maioria das intensidades
médias mais elevadas (21,6 %). Os períodos de vento calmo, constituem 8,7 % do
total e a velocidade média anual é de 14,9 Km/h. Os ventos com velocidade superior a
36 Km/h ocorrem em média 42,7 dias por ano com maior frequência em Março (7
dias).
Os ventos com velocidade superior a 55 Km/h são observados, em média 3,6 dias por
ano, com uma maior incidência em Janeiro (0,7 dias).
Esporadicamente podem ocorrer ventos fortes originados por ciclones de origem
tropical, geralmente no final do verão.
Os ventos dominantes distribuíram-se do seguinte modo:
• De Janeiro a Fevereiro, predominante de Sudoeste;
• De Março a Abril, predominante de Nordeste;
• De Maio a Dezembro, predominante de Sudoeste.
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Classes de Estabilidade
Relativamente às classes de estabilidade, apresenta-se de seguida um quadro,
presente no Manual do Utilizador do Programa Informático PHAST (Process Hazard
Analysis Software Tools) da DNV Technica Limited e no Manual do Utilizador do
Programa informático WHAZAN da Technica International Ltd, para determinar a
categoria de estabilidade ambiental, em função da velocidade do vento e de outras
condições climáticas, retirado do Relatório de Segurança do TCPV.
Frequência de Ocorrência de Classe de Estabilidade
De acordo com os dados meteorológicos e os valores anteriores, e uma vez que não
se encontram disponíveis as informações relativas à Classe de Estabilidade
Atmosférica na região da Praia da Vitória, optou-se, de acordo com o Relatório de
Segurança do TCPV, por estimar os seus valores (com base no quadro e tabelas
anteriores), que se apresentam na tabela abaixo:
Águas Superficiais e Subterrâneas
A área em estudo situa-se na bacia hidrográfica da Ribeira de Santa Catarina, que se
encontra a menos de 1 Km a Norte da implantação do TCPV. No entanto, a orografia
do local de implantação do TCPV, não indica a possibilidade de perturbação deste
recursos pela actividade do Terminal
Não são verificadas, na imediação do TCPV, quaisquer nascentes e/ou captações de
água para abastecimento.
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No que respeita à existência de águas superficiais, na área de influência do projecto, o
único registo corresponde a uma área de “Zona Húmida”, que historicamente é
utilizada por diversas espécies de aves nas suas rotas migratórias. Este local reveste-
se de um significativo interesse ornitológico, em virtude da sua utilização por espécies
de aves com origem Paleárticas e Neoárticas. Estas características convertem-no num
ecossistema bastante particular.
É referido no Relatório de Segurança do TCPV que, durante o período de exploração
do TCPV irá ser assegurada a implementação de um Plano de Monitorização, de
carácter ambiental, que, entre outros parâmetros irá garantir o acompanhamento da
evolução da Qualidade Ambiental da Zona Húmida.
Neste enquadramento, será assegurada a monitorização dos seguintes parâmetros:
• Qualidade da Água da Zona Húmida;
• Monitorização das Avifauna;
Ambiente Costeiro e Marítimo
Tal como já caracterizado no ponto referente à identificação da localização do TCPV, o
estabelecimento encontra-se numa área imediatamente adjacente à Linha de Costa.
De acordo com os Estudos de base efectuados no âmbito do Estudo de Impacte
Ambiental, bem como no decursos dos trabalhos decorrentes do procedimento de AIA,
não foi possível identificar no ambiente costeiro adjacente ao TCPV, características
bióticas que limitassem a exploração do Terminal, isto segundo o Relatório de
Segurança.
Áreas de Conservação da Natureza
A sul do TCPV encontra-se uma área protegida de interesse ornitológico, conhecida
por Paul da Pedreira.
Instalações e actividades que possam apresentar ris co de acidente grave
Os equipamentos e infra-estruturas existentes no TCPV susceptíveis de provocar um
acidente, durante o seu funcionamento são:
• Pipelines/Tubagens e Tanques de Combustíveis Líquidos e GPL;
• Ilhas de Enchimento de Carros Tanques;
• Linhas de Enchimento de Garrafas de GPL;
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• Zona de Bombagem de Produtos (Brancos, Pretos e GPL).
2.2. Caracterização demográfica
Nos pontos seguintes são identificados os estabelecimentos que se encontram
no raio de influência do TCPV, definido como 5 Km. Relativamente aos
estabelecimentos industriais, foi complementada a informação relativa à sua
Natureza e Distância relativamente ao TCPV.
1- Matadouro Municipal:
Natureza: Abate e desmancha de suínos e Bovinos
Distância ao TCPV – Adjacente ao TCPV;
2- ETAR (Saneamento Básico da Praia da Vitória):
Natureza: Tratamento de águas residuais domésticas da Praia da Vitória;
Distância ao TCPV – 0,25 Km;
3- Posto de Transformação:
Natureza: Transformação de energia eléctrica de MT em BT
Distância ao TCPV – 0,21 Km;
4- Forte de Stª Catarina:
5- Porto Oceânico da Praia da Vitória:
Natureza: Operações de Carga e descarga d Navios;
Distância ao TCPV – 0,76 Km;
6- APTG - Administração dos Portos da Terceira e Graciosa;
7- Capitania do Porto;
8- Unicol:
Natureza: Produção de Lacticínios;
Distância ao TCPV – 0,61 Km;
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9- Cimentaçor:
Natureza: Recepção, embalagem e expedição de Cimentos;
Distância ao TCPV – 0,88 Km;
10- Porto de Pesca;
Natureza: Operação de carga e descarga de embarcações de pesca;
Distância ao TCPV – 1,13Km;
11- EDA – Escritórios + Central Termoeléctrica:
Natureza: Produção de Energia Eléctrica;
Distância ao TCPV – 2,15 Km;
12- “Tank Farm” (USAF):
Natureza: Armazenagem de Combustível;
Distância ao TCPV – 3,98 Km;
13- Hipermercado Modelo;
14- Bombeiros Voluntários Praia Vitória;
15- Tribunal;
16- Lar D. Pedro V;
17- Escola Secundária Vitorino Nemésio;
18- Supermercado Guarita;
19- Oficinas e Serviços Administrativos da CMPV;
20- PSP;
21- Centro de Saúde;
22- Mercado Municipal;
23- Terminal da USAF;
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24- Estádio Municipal;
25- Marina;
26- Hotel Varandas do Atlântico;
27- Hotel Praia Marina;
28- GNR;
29- CTT;
30- Igreja Matriz;
31- Residencial Salles;
32- Câmara Municipal da Praia da Vitória;
33- Biblioteca Municipal;
34- Auditório do Ramo Grande;
35- Residencial Teresinha;
36- Cemitério.
37- Casa do Povo do Cabo da Praia;
38- Igreja do Cabo da Praia;
39 – Creche do Cabo da Praia;
40- Igreja da Fonte do Bastardo;
41 – Escola Primária da Fonte do Bastardo;
42- Centro Social e casa do povo da Fonte do Bastardo;
43- Casa do Povo, Igreja e Junta de Freguesia de Porto Martins;
Toda a cidade da Praia da Vitória, toda a freguesia do Cabo da Praia, bem
como partes das freguesias das Fontinhas e S. Sebastião, e toda a freguesia
da Fonte do Bastardo, ficam dentro do círculo definido com raio de 5 km.
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Figura 5 - Envolvente do TCPV num raio de 5km
(imagem retirada do Relatório de Segurança do TCPV – cópia do original
em Anexo)
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3. Caracterização do Risco
3.1. Identificação e Caracterização de Perigos
Seguidamente apresenta-se uma identificação dos perigos relacionados com as
substâncias, equipamentos e processos presentes e que se desenvolvem no TCPV.
Nesta análise descrevem-se, de forma sumária, as diferentes causas que podem
conduzir a acidentes graves.
A análise efectuada neste ponto, deve considerar-se como preliminar, tendo sido
fundamentalmente baseada na identificação dos perigos genéricos que as infra-
estruturas, equipamentos e substâncias que se encontram nas instalações podem
apresentar.
Os riscos de acidentes graves, com origem em fontes internas, derivam principalmente
de perdas de contenção dos produtos armazenados presentes no TCPV. A
perigosidade dependerá basicamente do tipo de substância manipulada:
• Produtos Brancos: Gasolina S/Chumbo 95, Gasolina S/Chumbo 98, Gasóleo,
Marine Diesel e Jet A1;
• Gás de Petróleo Liquefeito (GPL): Butano;
• Produtos Pretos: Fuel-Oil e Asfalto.
O processo de análise e avaliação do risco de acidentes graves no Terminal de
Combustíveis da Praia da Vitória realiza-se, de acordo com a seguinte metodologia:
1. Análise Preliminar de Perigos, na qual se analisam de forma genérica os riscos
da actividade e os perigos das substâncias existentes.
2. Identificação de Perigos, na qual se realiza uma análise detalhada dos
acontecimentos e condições que podem ocasionar um acidente grave,
identificando as medidas de prevenção existentes para dar resposta às
circunstâncias identificadas.
3. Análise de Cenários de Acidente, a partir da materialização de um
acontecimento acidental, onde se analisa a resposta do sistema (equipamento,
instrumentação e pessoal) e se estabelecem as condições base para a
estimativa das consequências dos acidentes. Para além disso, os acidentes
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são avaliados em termos de probabilidade de ocorrência dos mesmos e das
suas possibilidades de evolução (Árvore de Acontecimentos).
4. Avaliação de Consequências de Acidentes. Cada um dos acidentes é analisado
com o objectivo de determinar a gravidade e extensão das suas consequências
para as pessoas e os equipamentos e, realizar uma avaliação do impacto no
meio ambiente.
5. Hierarquização de Riscos de acordo com sua frequência esperada e
probabilidade de ocorrência. Partindo de uma Matriz de Avaliação do Risco,
cada um dos acidentes identificados é comparado com os critérios de
aceitabilidade estabelecidos para o Terminal de Combustíveis da Praia da
Vitória, definindo, nos caso que seja necessário, medidas necessárias para
reduzir ou controlar o risco.
Análise Preliminar de Perigos
A Análise Preliminar de Perigos tem os seguintes objectivos:
• Identificar e descrever os riscos potenciais do Terminal;
• Fundamentar as metodologias de análise;
• Servir de base para a análise detalhada posterior.
Para tal, esta análise foi constituída pelos seguintes pontos:
1. Caracterização básica das substâncias perigosas em termos da sua reactividade,
inflamabilidade, toxicidade e perigosidade para o meio ambiente.
2. Identificação geral de possíveis causas de acidente grave de acordo com as
características dos produtos, dos processos e da envolvente do Terminal.
3. Análise histórica de acidentes em instalações similares, utilizando para isso
bases de dados reconhecidas internacionalmente.
4. Estudo HAZOP (Hazard & Operability Risk Analisys) às diversas instalações do
Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória, decorrente da fase de projecto.
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Análise de Substâncias
As substâncias manuseadas no estabelecimento e as suas características são as
seguintes:
Assim, as propriedades destas substâncias poderão ter os seguintes efeitos
relativamente aos acidentes graves passíveis de ocorrerem no Terminal de
Combustíveis da Praia da Vitória:
• Os Gases de Petróleo Liquefeitos (Butano) são substâncias armazenadas em
estado líquido sob pressão, em equilíbrio com vapor. Dadas as suas
características de perigosidade (gases extremamente inflamáveis), os seus
efeitos físicos (radiação ou sobrepressão) manifestar-se-ão devido à perda de
contenção de produto, na presença de qualquer fonte de ignição.
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• No caso das Gasolinas (95 e 98), embora os reservatórios de armazenagem e
as tubagens sejam fechadas, encontrando-se o produto normalmente acima do
limite superior de inflamabilidade, poderão formar-se, nas proximidades dos
reservatórios, zonas com atmosfera explosiva relevantes, em caso de uma
eventual fuga de produto.
• À temperatura ambiente, a perda de contenção de gasolinas origina um
derrame com vaporização de líquido, formando uma nuvem de vapores mais
pesados que o ar. Devido ao baixo ponto de inflamação das Gasolinas, na
presença de uma fonte de ignição estes vapores podem incendiar-se e, em
elevadas concentrações com o ar podem mesmo originar uma explosão.
• O Jet A-1, dado o seu ponto de inflamação ser superior à temperatura
ambiente normal (devido aos requisitos de segurança da aviação), só será
possível a sua ignição, salvo condições ambientais extremas, em presença de
fontes de ignição. Estas terão de provocar o seu aquecimento, não se
prevendo a possibilidade de formação de atmosferas explosivas relevantes no
ambiente exterior.
Dadas as características de perigosidade das Gasolinas e do Jet A-1 (produtos
inflamáveis), os seus efeitos manifestar-se-ão devido à perda de contenção de
produto, na presença de uma fonte de ignição, com uma energia de activação
significativa.
• O Gasóleo e o Marine Diesel são substâncias armazenadas em estado líquido
à pressão e temperatura ambiente. Estes produtos são combustíveis,
possuindo um ponto de inflamação superior a 55ºC e 60º C, respectivamente, o
que faz com que seja necessário aquecer o produto para iniciar a sua
combustão. Em contacto com a pele ou com os olhos produz irritação. Em
concentrações elevadas têm efeito anestésico, produzindo náuseas, dor de
cabeça e vómitos. Uma vez que estes dois produtos têm características físico-
químicas muito semelhantes, passaremos a partir deste ponto a tratá-los em
conjunto (inclusivamente, estes encontram-se armazenados na mesma bacia
de retenção).
• No caso de ocorrer um derrame de Gasolinas, Gasóleo, Marine Diesel ou Jet
A-1 no solo, pode ocorrer uma contaminação de níveis freáticos e aquíferos,
dificultando a transferência de oxigénio, provocando efeitos ambientais
negativos nos organismos aquáticos. Um derrame na Zona próxima do
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Manifold de Recepção de Produtos, poderá causar uma contaminação de
solos.
• O Fuelóleo e o Asfalto são substâncias em estado líquido, com coeficiente de
viscosidade relativamente alto, o que faz com que tenha de ser armazenado e
movimentado a temperatura superior à ambiente, através do seu aquecimento.
Estes produtos são combustíveis, possuindo um ponto de inflamação superior
a 60ºC e 230ºC, respectivamente, o que faz com que seja necessário aquecer
o produto para que entre em combustão. Assim, às condições ambientes, uma
fuga de Fuelóleo ou Asfalto será circunscrita e o produto tenderá a arrefecer,
não produzindo vapores.
• Para que o Fuelóleo e o Asfalto se tornem perigosos será necessário aquecê-
los a temperaturas muito elevadas. Uma vez que estes produtos não
representam riscos ambientais e não estão classificados no âmbito do Decreto-
Lei Nº 254/2007 de 12 de Julho, estes não serão considerados na Análise de
Riscos do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória.
• No que respeita ao Etilmercaptano, os quantitativos disponíveis no TCPV,
relativamente a esta substância são significativamente reduzidos, um total de
65 Kg, não tendo sido considerado com, uma fonte de perigo.
Dimensões dos equipamentos
Na tabela seguinte são apresentadas as dimensões dos principais
equipamentos/estruturas do TCPV mais sensíveis em termos de segurança (retirado
do RS do TCPV).
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Os perigos internos podem ter a sua origem em falhas mecânicas ou falhas humanas,
das infraestruturas e equipamentos onde se manipulam as substâncias perigosas,
nomeadamente:
a) Pipeline:
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Fonte de Perigo Interna Medida Preventiva
Rotura (parte enterrada, em galeria ou
aérea);
Certificação do pipe-line; Plano de
Inspecção e Ensaio; Sistema de
Protecção Catódica; Sistema de
esvaziamento por lançamento de pigs;
Implantação conhecida;
Incêndio no “pipeline”
Certificação do pipe-line; Plano de
Inspecção e Ensaio; Sistema de
Protecção Catódica; Sistema de
esvaziamento por lançamento de pigs;
Implantação conhecida; Montagem e
utilização de equipamentos anti-
deflagrantes;
b) Reservatórios de combustível:
Fonte de Perigo Interna Medida Preventiva
Rotura num Reservatório de
Combustível
Certificação dos tanques; Construção
de acordo com requisitos legais e
normativos; Plano de Inspecção e
Ensaio, Bacia de retenção, Sistemas
de detecção de fugas através do
fundo; Gestão de stocks e controlo de
variações; Sistema de medição
electrónica de nível com detecção de
fugas; Controlo da descarga das
bacias de retenção; Interligação de
Tanques para resposta a cenário de
emergência;
Sobre-enchimento de um
Reservatório;
Sistema Automático de Medição de
Nível, dotado de vários níveis de
Alarmes; Interligação ao autómato da
instalação; Bacia de retenção; Gestão
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de stocks;
Incêndio num Reservatório;
Sistema de Detecção de incêndio,
Sistema de extinção de incêndio e
sistemas de arrefecimento; Ligação à
terra; Montagem e utilização de
equipamentos anti-deflagrantes;
Não funcionamento de equipamentos
do Reservatório; Plano de Inspecção e Ensaio;
Rotura de tubagem, válvula ou junta
de dilatação;
Plano de Inspecção e Ensaio; Bacia
de retenção;
c) Ilhas de Enchimento de Produto (Pretos, Brancos e GPL):
Fonte de Perigo Interna Medida Preventiva
Rotura de tubagem, mangueiras;
Plano de Inspecção e Ensaio; Carro
de Combate à Poluição, Rede de
drenagem de líquidos contaminados
(ETARI); Sistema de paragem de
emergência;
Quebra da estanquicidade nas
ligações (de produto e/ou aditivos);
Plano de Inspecção e Ensaio; Carro
de Combate à Poluição, Rede de
drenagem de líquidos contaminados
(ETARI); Sistema de paragem de
emergência;
Incêndio em Ilha de Enchimento de
Produto;
Sistema de Detecção de incêndio,
Sistema de extinção de incêndio e
Sistema de paragem de emergência;
Corte Geral de Energia, ligação à
Terra; Montagem e utilização de
equipamentos anti-deflagrantes;
Sobre-enchimento de Carro Tanque. Sistema de Controlo e alarme de
Sobreenchimento de Carro-Tanque;
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Plano de Inspecção e Ensaio; Carro
de Combate à Poluição, Rede de
drenagem de líquidos contaminados
(ETARI); Sistema de paragem de
emergência;
d) Linha de Enchimento de Garrafas de GPL:
Fonte de Perigo Interna Medida Preventiva
Rotura de tubagem
Sistema de Detecção de Gás; Plano
de Inspecção e Ensaio; Sistema de
Paragem de Emergência; Sistema
Automático de fecho dos tanques de
armazenagem;
Incêndio em Linha de Enchimento
Sistema de Detecção de incêndio,
Sistema de extinção de incêndio;
Sistema de Paragem de Emergência;
Sistema Automático de fecho dos
tanques de armazenagem; Montagem
e utilização de equipamentos anti-
deflagrantes;
Rebentamento de garrafa(s)
Plano de Inspecção e Ensaio;
Procedimento de verificação do estado
das garrafas;
e) Bombas de Produto:
Fonte de Perigo Interna Medida Preventiva
Rotura de tubagem da Bomba
Projecto de acordo com
especificações técnicas e normativas;
Plano de Inspecção e Ensaio;
Paragem de Emergência; Casas das
bombas em bacia de retenção; Rede
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de drenagem de líquidos
contaminados (ETARI)
Incêndio em Bomba;
Sistema de Detecção de incêndio,
Sistema de extinção de incêndio;
Paragem de emergência; Manutenção
preventiva; Montagem e utilização de
equipamentos anti-deflagrantes;
Quebra de Estanquicidade da Bomba Manutenção preventiva; Paragem de
emergência;
Rebentamento do corpo de uma Bomba
Manutenção preventiva; Paragem de emergência;
f) Edifícios:
Fonte de Perigo Interna Medida Preventiva
Incêndio
Sistema de Detecção de incêndio,
Meios e Sistema de extinção de
incêndio; Rotinas de rondas;
Manutenção preventiva;
Desmoronamento de Edifício.
Construção de acordo com
regulamentos técnicos, Registo de
rondas;
g) Situações Especiais:
Fonte de Perigo Interna Medida Preventiva
Inoperacionalidade dos sistemas de
Telecomunicações e Informática;
Manutenção Preventiva; Sistema de
Alimentação de energia em
emergência - Gerador/UPS,
Inspecções Legais aos Reservatórios
de Combustíveis.
Sistema de Autorizações de
Trabalhos, Processo de selecção de
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entidades;
Como medidas preventivas e de minimização de carácter geral e abrangentes à
totalidade dos perigos identificados, deverão ser considerados o Plano de Emergência
Interno, a Formação e Treino dos Colaboradores bem como a definição detalhada de
Procedimentos e Instruções de Trabalho, integrados no Sistema de Gestão da
Segurança, do TCPV, que se articula integralmente com o presente documento.
3.2. Cenários
Uma vez realizada a análise de identificação de perigos, foram seleccionados
diferentes cenários de acidentes com potencialidade de originar acidentes graves. De
salientar que, para os objectivos deste documento, não foram considerados os
cenários com consequências internas ao TCPV.
Os objectivos da análise de cenários de acidente são os seguintes:
a) Identificar possíveis acidentes graves que poderão ocorrer no Terminal de
Combustíveis da Praia da Vitória e as causas que podem originá-los.
b) Identificar os meios materiais e humanos para reduzir as fontes ou as
possibilidades de evolução posterior.
c) Dispondo de condições específicas para a ocorrência de um cenário
determinado, avaliar a ordem de grandeza da frequência esperada do
acontecimento, a partir de uma frequência por unidade (por metro, hora, etc.),
baseada na bibliografia técnica ou na estimação razoável, e na estimativa da
quantidade (unidades, distâncias, etc.).
d) Identificar as possíveis evoluções dos mesmos.
3.2.1 Selecção de Cenários de Acidentes
Uma vez identificadas as actividades, os equipamentos implicados, bem como as
causas que podem conduzir a perdas de contenção de produto seleccionaram-se os
acontecimentos iniciadores de acidentes mais significativos.
Para tal, consideraram-se as conclusões de cada um dos pontos descritos no
Relatório de Segurança do TCPV (Perigosidade de substâncias, Análise Histórica de
Acidentes, Hazop).
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Os cenários de acidente seleccionados foram os identificados pela análise do Estudo e
HAZOP constante do RS do TCPV. Os cenários seleccionados representam as perdas
de contenção mais significativas com influência no exterior da instalação, devido às
condições de operação (pressão e temperatura). Considerando o RS do TCPV, as
numerações dos cenários mantêm-se idênticas à existente nesse documento.
Assim, os cenários de acidentes considerados foram os seguintes:
• Cenário 1: Rotura na Linha de Recepção de Navio de Butano;
• Cenário 3: Fuga na linha de expedição de Butano para o centro de enchimento
de garrafas;
• Cenário 5: Rotura na linha de entrada de produto no Terminal, com fuga de
Gasolina;
• Cenário 8: Rotura na linha de entrada de produto no Terminal, com fuga de Jet
A-1;
• Cenário 12: Rotura na linha de entrada de produto no Terminal, com fuga de
Gasóleo;
• Cenário 13: Sobre enchimento de um reservatório de Gasóleo;
• Cenário 14: Fuga de Gasóleo no interior da Bacia de Retenção;
Seguidamente, e para cada um dos cenários considerados, identificaram-se as
condições de operação, as possíveis causas de acidente e a sua provável evolução.
3.2.2 Árvore de Acontecimentos
A Árvore de Acontecimentos ou Análise de Sequências de Acontecimentos é um
método indutivo que descreve a evolução de um acontecimento iniciador sobre a base
de resposta de distintos sistemas tecnológicos ou condições externas, portanto, a sua
finalidade é identificar as diferentes possibilidades de evolução a partir do
acontecimento inicial.
Posteriormente é necessário identificar a ocorrência (sim/não) de cada um deles.
Colocam-se em cada uma das Árvores as condições identificadas como cabeçalhos e
partindo do acontecimento inicial desenvolvem-se sistematicamente, para cada uma
delas, duas possibilidades: na parte superior reflecte-se a evolução no sentido de que
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“sim” se dá a condição, enquanto que na parte inferior reflecte-se que “não” se
apresenta tal condição.
A disposição horizontal dos cabeçalhos efectua-se por ordem cronológica da evolução
do acidente, se bem que, este critério pode não ser de aplicável nalguns casos.
Com a Análise através de Árvores de Acontecimentos pretende-se determinar as
possíveis evoluções das perdas de contenção de equipamentos, com emissão de
substâncias perigosas. Partindo de um acontecimento iniciador obter-se-á uma série
de acidentes em função dos acontecimentos que podem ocorrer a partir desse instante
(presença de pontos de ignição, proximidade de equipamentos, corte de fuga, etc.).
Partindo de diferentes tipologias de acontecimentos iniciadores, desenvolveram-se
árvores de acontecimentos para analisar os distintos comportamentos das fugas.
A seguir apresentam-se as diferentes Árvores de Acontecimentos, que conduzem aos
acidentes que se consideraram como relevantes para este documento (retiradas do
RS do TCPV).
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A seguir identificam-se em fichas, para cada um dos acontecimentos iniciadores
considerados, os cenários acidentais que podem ocorrer e as probabilidades de
ocorrência estimadas. Incluem-se também as medidas preventivas e correctivas
disponíveis para prevenir o acidente e minimizar os seus efeitos.
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3.3 Análise da vulnerabilidade
Para aplicar os critérios de qualificação de consequências foram determinadas as
distâncias (em metros) aos pontos vulneráveis, relativamente a cada Cenário de
Acidente. A próxima tabela representa essas mesmas distâncias. Note-se que o “efeito
dominó” no interior da instalação é bastante considerável, podendo decorrer de
diversos factores retratados no RS do TCPV. Ao invés, e devido à sua localização
geográfica, não é expectável a ocorrência do referido efeito às instalações na
proximidade do TCPV. De notar que não existem elementos para poluição aérea (a
contaminação do ar não está abrangida pela Directiva Seveso, reguladora do RS do
TCPV). O que poderia estar em causa seria a exposição da população a uma nuvem
tóxica No entanto, as substâncias presentes no Parque da Praia da Vitória não são
tóxicas.
O Aeroporto das Lajes encontra-se a mais de 5 km do Parque da Praia da Vitória, pelo
que não será afectado por um acidente grave. No entanto, poderão gerar-se nuvens
de fumo que condicionarão a circulação no espaço aéreo. Assim, e na sua ocorrência,
deverá existir a articulação com o comando da Zona Aérea dos Açores (ZAA) no
sentido de minimizar as suas consequências.
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Tabela III - Distância de Pontos Vulneráveis face à s origens de acidentes
Com o objectivo de uniformizar os efeitos para as pessoas e, qualificar os efeitos dos
acidentes, de acordo com o processo geral da avaliação do risco, aplicam-se os
seguintes critérios de qualificação de consequências, comparando os alcances das
consequências de acidentes com as distâncias entre os equipamentos onde têm
origem os acidentes e, outros locais na sua envolvente:
Tabela IV - Critérios de Qualificação de Consequênc ias
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3.3.1 Determinação do risco de acidentes graves ide ntificados
Os riscos dos cenários de acidente grave determinados na fase de Identificação de
Perigos do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória são classificados em função
da frequência de ocorrência das respectivas causas (Índice de Frequência Base) e do
Índice de Qualificação de Consequências. A classificação dos riscos é baseada na
seguinte Matriz de Risco (retirada do Relatório de Segurança do TCPV):
A partir desta Matriz o resultado do risco para os diversos cenários identificados é
graduado nos seguintes critérios de aceitabilidade:
• Risco Não Aceitável : Valor de risco elevado, com graves consequências para
a população ou o ambiente e/ou cuja frequência de ocorrência é insustentável,
para o ambiente, para a população e para as actividades do Terminal. Este
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nível de risco implica uma revisão aprofundada da segurança do processo,
equipamentos ou actividades, através de medidas preventivas ou correctivas
profundas;
• Risco a Reduzir (A.L.A.R.P. – “As Low As Reasonably Possible”): Risco
frequente, sem consequências graves para o ambiente ou para a população na
envolvente do Parque ou, com consequências graves para o ambiente e a
população da envolvente mas cuja frequência é muito baixa, com
consequências ligeiras para a população ou para o ambiente e/ou cuja
frequência de ocorrência é muito baixa ou moderada. Embora não aceitável, a
sua redução, para um Risco Aceitável é possível através de algumas medidas
de prevenção ou protecção, que em simultâneo não ponham em causa a
continuidade da actividade;
• Risco Aceitável: Valor de risco reduzido ou residual, com consequências
ligeiras para a população ou o ambiente na envolvente do Terminal e/ou cuja
frequência de ocorrência é muito baixa, sendo possível controlá-lo através de
medidas de gestão pela melhoria continua da segurança do Terminal.
O diagnóstico dos cenários identificados e avaliados, relativamente aos requisitos da
matriz anterior, apresenta-se na tabela seguinte (só deverão ser considerados os
cenários 1; 3; 5; 8; 12; 13; 14):
3.3.2 Conclusões sobre a Aceitabilidade do Risco
Em seguida apresenta-se o enquadramento dos resultados finais na Matriz de Riscos:
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Enquadramento dos resultados finais
Resultados para Jet Flame
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Resultados para incêndios de charco
Resultados para Flash Fire
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Resultados para Explosão
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Nas tabelas incluída no ponto anterior, determinou-se o risco dos diferentes acidentes
identificados, tendo em conta a probabilidade de ocorrências e as consequências dos
acidentes que podem produzir.
Tendo em conta os critérios de estimativa de risco (probabilidade x consequências),
onde se delimitam 3 zonas (ver matriz de risco), verifica-se que 13 dos acidentes
analisados, encontram-se dentro da zona definida como ACEITÁVEL (cor verde).
Apenas 2 acidentes se encontram na zona de Risco a Manter ou Reduzir (cor
amarela).
Quando se analisam as ocorrências por tipo de acontecimento acidental, verificam-se
12 incêndios tipo charco, 12 incêndios de Jacto, 11 situações associadas a flash-fire e
7 cenários com explosão.
3.4. Estratégias para a mitigação de riscos
As estratégias para mitigação dos riscos são as apresentadas no ponto 3.2 do
presente documento.
4. Cartografia
As cartas relativas à representação gráfica dos alcances, em consequência de
diferentes cenários são apresentadas de seguida (Retiradas do RS do TCPV).
As isolinhas representam os seguintes alcances:
• Incêndios (Pool fire e Jet Flame) - níveis de radiação de: 37.5 kW/m2 interior,
12.5 kW/m2 intermédio e 4 kW/m2 exterior;
• Explosões – níveis de explosão de: 300 mbar interior, 100mbar intermédio e 30
mbar exterior;
• Limite de inflamabilidade – concentrações de ½ do Limite Inferior de
inflamabilidade para cada substância perigosas (os limites e o ponto de
inflamabilidade das substâncias existentes no PCPV podem ser encontradas
na Tabela I, na página 55).
As próximas tabelas indicam os efeitos sobre as pessoas e as estruturas quando
sujeitos aos níveis de radiação e sobrepressão determinados nos cenários
apresentados (Este valores são obtidas da bibliografia de referência, nomeadamente:
Det Norske Veritas Activity Responsible Function, Technical Library, 1994):
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Tabela V - Efeitos de sobrepressão sobre edifícios
Tabela VI - Percentagem de mortalidade, consoante o tempo de exposição e o nível
de radiação
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Secção III
1. Inventário de meios e recursos
O Inventário de Meios e Recursos é o Constante no Plano municipal de Emergência da Praia da Vitória.
2. Lista de contactos
A Lista de Contactos é a constante no Plano Municipal de Emergência da Praia da Vitória.
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3. Modelos de comunicados
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INFORMAÇÃO / COMUNICADO N.º DATA:
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O Presidente da Câmara Municipal
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4. Lista de controlo de actualizações do Plano
Data Responsável Paginas Substituidas por
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A lista de controlo de actualizações do plano, tem como objectivo identificar, de forma expedita para quem a consulta, as alterações que foram introduzidas no plano. Deverá existir um responsável pela distribuição e verificação dos exemplares distribuídos, de modo a que cada entidade possua a última versão disponível, devendo ser destruídas as cópias obsoletas.
Esta lista deverá incluir:
• Número da versão;
• Identificação da alteração;
• Data de alteração;
• Data de aprovação da nova versão e indicação da autoridade que realizou tal aprovação.
5. Lista de registo de exercícios do Plano
Data Nome / Tipo de Exercício Entidades / Organism os Participantes Responsável
A realização de exercícios tem como finalidade testar a operacionalidade do PEE,
manter a prontidão e assegurar a eficiência de todos os agentes de protecção civil e
garantir a manutenção da eficácia do plano e das organizações intervenientes. Nos
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termos do disposto do Decreto-Lei nº 254/2007, de 12 de Julho, os planos de
emergência externos devem ser objecto de exercícios pelo menos uma vez a cada
três anos.
6. Lista de distribuição do Plano
1. Secretaria Regional da Ciência e Tecnologia e Equipamentos
2. Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores
3. Comissão Municipal de Protecção Civil
4. Comando da Base Aérea Nº4
5. Comando da Zona Marítima dos Açores
6. Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória
7. Câmara Municipal da Praia da Vitória
8. Capitania do Porto da Praia da Vitória
9. Secretaria Regional da Ciência e Tecnologia e Equipamentos (Delegação da Ilha
Terceira)
10. Polícia Marítima
11. Centro de Saúde da Praia da Vitória
12. Cruz Vermelha Portuguesa
13. E.D.A. - Empresa de Electricidade dos Açores
14. Guarda Nacional Republicana
15. Polícia de Segurança Pública da Praia da Vitória
16. Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo
17. Instituto de Acção Social
18. Junta Autónoma dos Portos
19. Junta de Freguesia de Santa Cruz
20. Junta de Freguesia do Cabo da Praia
21. Junta de Freguesia da Fonte Bastardo
22. Junta de Freguesia do Porto Martins.
23. Tertúlia de Radioamadores da Praia da Vitória
A lista distribuição do PEE, deverá manter-se constantemente actualizada. Deverá ser
assegurada a distribuição do plano aos estabelecimentos potencialmente afectados
pelo “efeito dominó”.
7. Bibliografia
A elaboração deste Plano de Emergência Externo teve por base bibliográfica, além da Legislação que o enquadra legalmente, os seguintes documentos:
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• Plano Municipal de Protecção Civil do Concelho da Praia da Vitória (2009);
• Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória – Cabo da Praia – Terceira. Edição 01 (Setembro de 2007);
• Relatório de Segurança do Terminal de Combustíveis da Praia da Vitória – Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas (2008);
• Plano Director Municipal da Praia da Vitória (2005);
• Caderno Técnico PROCIV n.º 2 “Guia da Informação para a Elaboração do Plano de Emergência Externo (Directiva “Seveso II”). Autoridade Nacional de Protecção Civil. (Setembro de 2008);
• Caderno Técnico PROCIV n.º 7 “Manual de Apoio à Elaboração de Planos de Emergência Externos (Directiva “Seveso II”)”. Autoridade Nacional de Protecção Civil. (Junho de 2009);
• Plano de Emergência Externo da Repsol, Resinal S.A. Câmara Municipal de Leiria (Maio de 2009);
• Plano de Emergência Externo do Estabelecimento de Armazenagem de Produtos Explosivos da MaxamPor, S.A. Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar (2009);
• Plano de Emergência Externo para o Complexo Industrial do Barreiro. Câmara Municipal do Barreiro 2008).
8. Glossário
ACIDENTE GRAVE (ENVOLVENDO SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS)
Um acontecimento, designadamente uma emissão, um incêndio ou uma explosão de graves proporções, resultante do desenvolvimento não controlado de processos durante o funcionamento de um estabelecimento abrangido pelo presente Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, que provoque um perigo grave, imediato ou retardado, para a saúde humana, no interior ou no exterior do estabelecimento, ou para o ambiente, que envolva uma ou mais substâncias perigosas.
ARMAZENAGEM
A presença de uma certa quantidade de substâncias perigosas para efeitos de entreposto, depósito à guarda ou armazenamento.
ESTABELECIMENTO
A totalidade da área sob controlo de um operador onde se verifique a presença de substâncias perigosas, numa ou mais instalações, incluindo as infra-estruturas ou actividades comuns ou conexas.
ESTABELECIMENTO DE NÍVEL SUPERIOR DE PERIGOSIDADE
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O estabelecimento onde estejam presentes substâncias perigosas em quantidades iguais ou superiores às quantidades indicadas na coluna 3 das partes 1 e 2 do anexo I do Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, que dele faz parte integrante, ou quando a regra da adição assim o determine;
INSTALAÇÃO
Uma unidade técnica dentro de um estabelecimento onde sejam produzidas, utilizadas, manipuladas ou armazenadas substâncias perigosas, incluindo todo o equipamento, estruturas, canalizações, maquinaria, ferramentas, entroncamentos ferroviários especiais, cais de carga, pontões de acesso à instalação, molhes, armazéns ou estruturas semelhantes, flutuantes ou não, necessários ao funcionamento da instalação.
OPERADOR
Qualquer pessoa singular ou colectiva que explore ou possua o estabelecimento ou instalação ou qualquer pessoa em quem tenha sido delegado um poder económico determinante sobre o funcionamento técnico do estabelecimento ou instalação.
PERIGO
A propriedade intrínseca de uma substância perigosa ou de uma situação física susceptível de provocar danos à saúde humana ou ao ambiente.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO
Plano de controlo de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas e de limitação das suas consequências para o homem e para o ambiente, elaborado pela Câmara Municipal com os seguintes objectivos:
a) Circunscrever e controlar os incidentes de modo a minimizar os seus efeitos e a limitar os danos no homem, no ambiente e nos bens;
b) Aplicar as medidas necessárias para proteger o homem e o ambiente dos efeitos de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas;
c) Comunicar as informações necessárias ao público e aos serviços ou autoridades territorialmente competentes;
d) Identificar as medidas para a reabilitação e, sempre que possível, para a reposição da qualidade do ambiente, na sequência de um acidente grave envolvendo substâncias perigosas.
PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO
Plano de controlo de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas e de limitação das suas consequências para o homem e para o ambiente, elaborados pelo operador do estabelecimento de nível superior de perigosidade com os seguintes objectivos:
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a) Circunscrever e controlar os incidentes de modo a minimizar os seus efeitos e a limitar os danos no homem, no ambiente e nos bens;
b) Aplicar as medidas necessárias para proteger o homem e o ambiente dos efeitos de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas;
c) Comunicar as informações necessárias ao público e aos serviços ou autoridades territorialmente competentes;
d) Identificar as medidas para a reabilitação e, sempre que possível, para a reposição da qualidade do ambiente, na sequência de um acidente grave envolvendo substâncias perigosas.
RISCO
A probabilidade de ocorrência de um efeito específico dentro de um período determinado ou em circunstâncias determinadas;
SUBSTÂNCIAS EXPLOSIVAS
Substâncias e preparações sólidas, líquidas, pastosas ou gelatinosas que podem reagir exotermicamente e com uma rápida libertação de gases, mesmo sem a intervenção do oxigénio do ar, e que, em determinadas condições de ensaio, detonam, deflagram rapidamente ou, sob o efeito do calor, explodem em caso de confinamento parcial.
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
As substâncias, misturas ou preparações enumeradas na parte 1 do anexo I do Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, ou que satisfaçam os critérios fixados na parte 2 do mesmo anexo e presentes ou previstas sob a forma de matérias-primas, produtos, subprodutos, resíduos ou produtos intermédios, incluindo aquelas para as quais é legítimo supor que se produzem em caso de acidente.