parte 5 - infiltracao

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11/5/2011 1 Departamento de Engenharia Civil e Ambiental Disciplina Hidrologia Aplicada - 166405 Infiltração Prof. Néstor Aldo Campana Primeiro semestre de 2011. Nota ao Usuário: Algumas das informações constantes nesta apresentação foram obtidas na rede Internet e sua origem inicial é desconhecida. Se alguém entende que foram infringidos os direitos de autor que possam pertencer-lhe ou afeta-o de alguma forma, favor faça contato (mnestor@unb br) Assim esses conteúdos faça contato (mnestor@unb.br). Assim, esses conteúdos serão retirados ou colocados os correspondentes créditos. Esta apresentação não têm qualquer finalidade comercial, apenas pretende contribuir para a divulgação de conhecimentos sobre Hidrologia e Recursos Hídricos. Advertência: os conteúdos aqui publicados são uma versão preliminar das exposições de aula, assim que podem conter erros. Ainda estão em processo de revisão, são parciais e constituem apenas um resumo. O autor não se responsabiliza pelo uso que seja feito deste material. Bibliografia Maidment, D.R. (1992). Handbook of Hydrology. Ed. McGraw Hill. USA. Righetto, A.M. (1998). Hidrologia e Recursos Hídricos. Ed. EESC- USP. São carlos-SP. 819 p. Tucci, C.E.M. (1993). Hidrologia: Ciência e Aplicação. Ed. da Universidade/ EDUSP. Coleção ABRH de Recursos Hídricos. Porto Alegre-RS. 944 p. Vi W L i G L (2003) I t d ti t Hd l 5 ta Viessman, W. e Lewis, G.L. (2003). Introduction to Hydrology. 5 ta Edição, Ed.Prentice Hall. USA. 610 p. Conceitos Gerais Infiltração: é o fenômeno de penetração da água no solo nas camadas próximas a superfície do terreno. O ingresso da água no solo ocorre segundo um movimento predominantemente vertical. Capacidade de infiltração: é a quantidade (lâmina) máxima de água que o solo pode absorver sob máxima de água que o solo pode absorver sob determinadas condições na unidade de tempo, se a disponibilidade de água não for limitante. Geralmente é expressa em mm/h. Taxa de infiltração: é a quantidade real de água que infiltra no terreno na unidade de tempo. Também, é expressa em mm/h.

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    Departamento de Engenharia Civil e AmbientalDisciplina Hidrologia Aplicada - 166405

    Infiltrao

    Prof. Nstor Aldo Campana

    Primeiro semestre de 2011.

    Nota ao Usurio:

    Algumas das informaes constantes nesta apresentao foram obtidas na rede Internet e sua origem inicial desconhecida.

    Se algum entende que foram infringidos os direitos de autor que possam pertencer-lhe ou afeta-o de alguma forma, favor faa contato (mnestor@unb br) Assim esses contedos faa contato ([email protected]). Assim, esses contedos sero retirados ou colocados os correspondentes crditos.

    Esta apresentao no tm qualquer finalidade comercial, apenas pretende contribuir para a divulgao de conhecimentos sobre Hidrologia e Recursos Hdricos.

    Advertncia: os contedos aqui publicados so uma verso preliminar das exposies de aula, assim que podem conter erros. Ainda esto em processo de reviso, so parciais e constituem apenas um resumo. O autor no se responsabiliza pelo uso que seja feito deste material.

    Bibliografia Maidment, D.R. (1992). Handbook of Hydrology. Ed. McGraw Hill.

    USA. Righetto, A.M. (1998). Hidrologia e Recursos Hdricos. Ed. EESC-

    USP. So carlos-SP. 819 p. Tucci, C.E.M. (1993). Hidrologia: Cincia e Aplicao. Ed. da

    Universidade/ EDUSP. Coleo ABRH de Recursos Hdricos. Porto Alegre-RS. 944 p.Vi W L i G L (2003) I t d ti t H d l 5ta Viessman, W. e Lewis, G.L. (2003). Introduction to Hydrology. 5taEdio, Ed.Prentice Hall. USA. 610 p.

    Conceitos Gerais

    Infiltrao: o fenmeno de penetrao da gua no solo nas camadas prximas a superfcie do terreno. O ingresso da gua no solo ocorre segundo um movimento predominantemente vertical.

    Capacidade de infiltrao: a quantidade (lmina) mxima de gua que o solo pode absorver sob mxima de gua que o solo pode absorver sob determinadas condies na unidade de tempo, se a disponibilidade de gua no for limitante. Geralmente expressa em mm/h.

    Taxa de infiltrao: a quantidade real de gua que infiltra no terreno na unidade de tempo. Tambm, expressa em mm/h.

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    Diferenas entre Capacidade de Infiltraoe Taxa de Infiltrao

    Diferenas entre Capacidade de Infiltraoe Taxa de Infiltrao

    Determinao Experimentalda Capacidade de Infiltrao de um Solo

    utilizado o Infiltrmetro de Anis, que consiste em dois anis metlicos concntricos de 16 e 40 cm de dimetro e 15 cm de altura. Esses anis so cravados verticalmente no solo.cravados verticalmente no solo.

    Aplica-se gua em ambos os anis mantendo uma lmina de gua de aprox. 5 cm, sendo que no cilindro interno mede-se o volume aplicado a intervalos fixos de tempo.

    Tempo Volume Lmina

    t1 V1 h1t2 V2 h2

    . . .

    . . .

    . . .

    tn Vn hn

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    Mtodo do ndice Este mtodo supe uma taxa de infiltrao constante ao longo do tempo. Embora seja uma aproximao grosseira da taxa real de infiltrao, pode ser utilizado sem introduzir grandes erros em estudos de cheias pois usualmente ocorrem quando o solo j foi umedecido por chuvas anteriores.

    O d P i it t t l

    O SCS prope calcular a precipitao efetiva (Pe) como segue:

    ( )aIPSP

    SPPe >+=

    8,02,0 2

    Modelo do Soil Conservation Service-SCS

    SIa = 2,0

    Onde: P a precipitao total (acum.), em mm; Pe a precipitao efetiva total, em mm; Ia a perda inicial, em mm; e S a capacidade de armazenamento de gua no solo, em mm.

    Estudando os resultados de diversas bacias, o SCS chegou a seguinte relao:

    ( )

    = 10CN

    10004,25mmS

    A capacidade de armazenamento de gua no solo (S) est relacionada com um parmetro adimensional, chamado CN(Curve Number):

    O t CN d d d ti d l d di d O parmetro CN depende do tipo de solo; da condio de umidade antecedente; e do uso e ocupao do solo.

    0 CN 100

    CN = 0 :para superfcies totalmente permevel.CN = 100 :para superfcies impermeveis.

    Relao entre P e Pe

    CN=100

    CN=80

    CN=60

    CN=90

    CN=70

    CN 60

    CN=50

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    Valores do Parmetro CNGrupos Hidrolgicos de Solos

    Grupo A (muito permevel):Solos arenosos, com baixo teor de argila total (inferior a 8%), sem rochas, sem camada argilosa e nem mesmo densificada at a profundidade de 1,5m. O teor de hmus muito baixo, no atingindo 1%.

    Grupo B:Grupo B:Solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porm ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas este limite pode subir a 20% graas a maior porosidade. Os dois teores de hmus podem subir, respectivamente, a 1,2% e 1,5%. No pode haver pedras e nem camadas argilosas at 1,5m, mas quase sempre presente uma camada mais densificada que a camada superficial

    Grupos Hidrolgicos de Solos

    Grupo C:Solos barrentos, com teor de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas impermeveis ou contendo pedras at a profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas, estes dois limites mximos podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se, a cerca de 60cm de profundidade, camada mais d ifi d G B i d l d densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condies de impermeabilidade.

    Grupo D:Solos argilosos (30 a 40% de argila total) e com camada densificada a uns 50cm de profundidade ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase impermevel ou horizonte de seixos rolados.

    Condies de Umidade Antecedente do Solo

    Condio I:Solos secos: as chuvas nos ltimos 5 dias no ultrapassaram 15mm

    Condio II:Situao mdia na poca das cheias: as chuvas nos ltimos 5 dias totalizaram entre 15 e 40mm

    Condio III:Solo mido (prximo da saturao): as chuvas nos ltimos 5 dias foram superiores a 40mm e as condies meteorolgicas foram desfavorveis a altas taxas de evaporao

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    Alterao do valor do Parmetro CNPara as Condies I e III

    de Umidade Antecedente do Solo

    Os valores de CN apresentados anteriormente referem-se sempre condio II. Para converter o valor de CN para as condies I e III existem as seguintes expresses:

    ( ) ( )( )

    ( ) ( )( )IICNIICNIIICN

    IICNIICNICN

    +=

    =

    13,01023

    058,0102,4

    Procedimento para Estimar o Valor do Parmetro CN

    Classificar o tipo de solo existente na bacia.

    Determinar a ocupao predominante.

    C t b l d SCS C di d U id d II Com a tabela do SCS para a Condio de Umidade II determinar o valor de CN.

    Corrigir o CN para a condio de umidade desejada.

    No caso de existirem na bacia diversos tipos de solo e ocupaes, determinar o CN pela mdia ponderada.

    Exemplo 2:Para a mesma chuva do exemplo 1 calcular a infiltrao e a chuva excedente usando o mtodo do SCS. Adotar CN=70.

    ( ) 8,02,0

    8,219,108.2,0.2,0

    9,10810070

    2540010025400

    2

    SPSPPe

    mmImmSI

    mmSCN

    S

    aa

    +=

    ======

    t(h)

    t(h)

    P(mm)

    Pacum(mm)

    Pe(mm)

    Pe(mm)

    Infiltrao(mm)

    0-1 1 5 5 0 0 5

    1-2 2 15 20 0 0 15

    2-3 3 20 40 2,6 2,6 17,4

    3-4 4 25 65 12,3 9,7 15,3

    4-5 5 15 80 20,3 8,0 7

    Modelo de Horton

    tkbb eIIItI

    .0 ).()(

    += (Vlida para intensidadede precipitao maior capacidade de infiltrao)

    )1()(.)( .0 tkbb ekIItItF += keh =

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    Modelo de Horton

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    0 0 25 0 5 0 75 1 1 25 1 5 1 75 2

    Cap

    acac

    idad

    e In

    filtr

    ao

    (mm

    /h)

    Solo ASolo BSolo CSolo D Valores tpicos dos parmetros

    da equao e Horton para os diferentes tipos de solos, segundo a Classificaodo SCS

    Solo A B C D

    I0 (mm/h)

    250 200 125 75

    Ib (mm/h)

    25 12 6 3

    K (h-1)

    2 2 2 2

    020406080

    100120140160180

    0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75 2

    Tempo (horas)

    Infil

    tra

    o A

    cum

    ulad

    a (m

    m) Solo A

    Solo BSolo CSolo D

    0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75 2

    Tempo (horas)

    Exemplo 1: Numa bacia hidrogrfica, com a predominncia de solo do

    tipo B, ocorreu a chuva mostrada na tabela. Determinar a parcela infiltrada e a chuva excedente usando o modelo de Horton.

    IntervaloTempo (h)

    0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 4 4 - 5

    P(mm)

    5 15 20 25 15

    Soluo:Para solo tipo B: Ib=12 mm/h

    I0=200 mm/hk=2 h-1

    I(t)=Ib+(I0-Ib).e-k.t

    F(t)=Ib.t+(I0-Ib).(1-e-k.t)/k

    t(h)

    t(h)

    P(mm)

    I(t)(mm/h)

    F(t)(mm)

    F(t)(mm)

    Infiltrao(mm)

    Pefet. (mm)

    0-1 1 5 37,4 93,3 93,3 5,0 0

    1-2 2 15 15,4 116,3 23,0 15,0 0

    2-3 3 20 12,4 129,8 13,5 13,5 6,5

    3-4 4 25 12,1 142,0 12,2 12,2 12,8

    4-5 5 15 12,0 154,0 12,0 12,0 3,0

    Modelo de BerthelotEste modelo visa simular a recuperao da capacidade de

    infiltrao do solo, que ocorre nos perodos sem precipitao.

    )(

    ).()( 0t

    bb

    tdS

    hIIItI += (1)

    ]1.[)(

    ).()(

    )()()(

    )(

    )(

    0

    0

    ttb

    ttbccb

    hItT

    hIIItI

    tTtIdttdS

    =

    +=

    =

    I(t): infiltraoT(t): percolaoS(t): armazenamento de gua

    no solo.

    (2)

    (3)

    (4)

    Substituindo as equaes (3) e (4) na equao (2) se obtem uma equao para o armazenamento da gua no solo (S):

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    )()(

    )(.)(

    :(5) em dosubstituin e (4) e (3) equaes das h isolando

    ]1.[)ln(

    )(

    )t-(t

    )(0

    0

    0

    tTbatS

    tIbatS

    hh

    IStS

    ii

    ttcc

    +=

    +=

    += (5)

    (6)

    (7)

    )ln(. ;

    )).(ln(

    ;)).(ln(

    )(.)(

    0

    2

    0

    hIIb

    IIhIb

    SaIIh

    ISa

    tTbatS

    b

    ccT

    bcc

    cci

    Tbcc

    cci

    TT

    ==

    ==

    += (7)

    })(])(ln[.{)ln(

    1)(

    : temos(3), equao pela I dosubstituin e (2) equao na 0T fazendoEnto, ).(S campo de capacidade entecorrespond quantidade menor (S) solo no gua de quantidade a pois percolao existe no t tPara

    00

    0

    0

    ItIIIItII

    htS

    b

    bb +

    =

    =