parte 1 - a cronica da luva

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  • 7/24/2019 Parte 1 - A Cronica Da Luva

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    PARTE 1

    A CRONICA DA LUVA

    1

  • 7/24/2019 Parte 1 - A Cronica Da Luva

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    INTRODUO

    Barin um planeta distante. Poucos da Orden Galactica Sofir o conhecem. umplaneta miservel, onde animais primitivos existem em abundncia. !s "ltimas rvoresnaturais ainda existem l. S#o rvores $ue descendem do planeta m#e, a%ora es$uecido elembrado apenas nas festas re%ionais, ou existente nos livros dos %randes sbios $ue osescondem com ale%ria e temor.

    o existe pa's em Barin, apenas colonias $ue vivem umas em harmonia, outras em%uerras constantes. Guerras civis acontecem na colonia dos ()*!&*+S+&+-+/0OS, %uerras ideol2%icas acontecem entre os 34)+ 0+5!( + -O&G+6com os 3/O-)&!S + 7OGO6. (as existem re%i8es de /ondados onde a pa9 reina, e nasmontanhas apenas cresce a %rama verde da esperan:a e n#o o san%ue vivo das %uerras.amos falar de uma tribo onde reinava a pa9, reinava di%amos, pois os dias futurosreservavam al%o violento para a tribo B050O&, l onde moram os ultimos /-+5OS de

    ;O7!5, a seita ma%ica $ue dominava politicamente a$uela tribo. +les sempre pre%avam apa9 e por isso a tribo de B050O& era respeitada pelos seus vi9inhos.

    !s casas de B050O& eram feitas de metais enferru

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    CAPITULO 1

    o

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    mer%ulhar na cama a minha for:a deve ter a tlacL?bam. ! placa estava ruindo e pendendo parabaixo. +m um movimento rpido *atam deu um pulo mas foi em v#o. ! placa ruiu parabaixo levando poeira, pedras e uma parte ras%ada do carpete $ue o rapa9 se%uravadesesperadamente. +le sentiu o ch#o com uma batida seca. )ma nuvem de poeira se estendeao seu redor. +m cima dele a placa ainda pende mas n#o cai. +ntre tosses e supiros eleavan:a para frente para evitar o pior. (as a placa n#o cai. !penas balan:a levemente paracima e para baixo como se nada estivesse acontecido. 3Pelos %randes /leros di9 *atam63(ais um pouco e eu estaria morto6.

    +le para um pouco para respirar, a lu9 $ue vem da fenda aberta forte e palidamostrando part'culas de poeiras dan:ando ao redor. *rata?se de uma sala $ue se%ueexatamente as medidas do seu $uarto. !s paredes s#o feitas de metal provacando um vis#osombria e desoladora. ! ferru%em

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    -o%o ele

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    !ndou para diante da fenda. Sua cama podia ser vista de l e a escurid#o

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    a re%i#o ele poderia fa9er com $ue a maioria dos seus ami%os $ue %o9avam dele fechassemsuas bocas p"tridas diante de tanta ma

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    o pensamento de te acordar para ver $ual malandra%em voc tinha feito de novo mas desisti.!final de contas em um planeta onde se tem dois sois o retorno do dia n#o t#o demoradoassim n#o senhor *atan.M

    )m frio sobreveio na espinha do rapa9. Ser $ue ele percebeuM N pensou ele. /omoo seu sono estava pesado ele poderia muito bem ter caminhado at o $uarto e notado todaa$uela ba%un:a. isto o buraco e $uem sabe at a$uele livro misterioso. Bem a verdadedeveria ser lo%o contada e lo%o n#o haveria mais o $ue esconder.?(eu vF tem uma coisa para lhe contar.?Sim eu sei, muitas coisas eu acredito. /om certe9a mais uma irresponsabilidade da suaparte. + eu como sou compassivo vou lhe dar uma pe$uena bronca, al%uns conselhos evamos nos abra:a feli9es e sorridentes meu primoroso neto N Seu avF disse esta frase emtom de ironia. *ossiu um pouco. Sua respira:#o ?*atan, *atan Se voc tivesse me ouvido mais ve9es. Se tivesse escutado apenas uma frasede meus conselhos n#o estaria a%ora mer%ulhado no mar de confus8es $ue voc se meteu.5oubar lin%Rs dos vi9inhos, dar rasteiras em seu primo Omnit, a%redir o filho do marechal,9ombar dos velhos clri%os. meu neto, como %ostaria $ue voc fosse um dos de9enove

    Se voc mer%ulha?se em estudos sobre os mares distantes de Barin, ou sobre os %randespoetas e cantores da nossa re%i#o. 4uantas ale%rias voc poderia me dar *atanM (as voc s2$uer aventura pensando $ue ser um dia um %rande %uerreito. )m libertador de nossaaldeia. /omo se n#o basta?se voc odeia os %rande /lri%os tambm. 2 $uanta amar%uravoc me deu e $uantas voc me dar no futuro. 7ale a%ora meu %rande neto e di%a $ual foi oseu novo feito para me causar mais des%osto. 7ale, eu estou esperando

    +n$uanto di9ia isso os olhos de ai 5omanael brilhavam de emo:#o. Parecia $ueiam saltar de desespero diante do mar de l%rimas. Seu avF era muito sentimental mas$uando $ueria se endurecer com as suas palavras, ni%um o se%urava. *atan n#o entendia.Por $ue seu avF $ueria tanto $ue ele fosse um dos de9enove. Por$ue tanto 9elo por seufuturoM

    ?eixe?me di9er vF ai.?7ale?me e se

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    ?Pare meu avF, com todo o respeito pare o lhe di9er nada, s2 vou lhe mostrar. !%uardeum pouco. S2 al%uns minutos e ver $ue minha 3nova peripcia6 como o senhor di9 n#o t#o ruim assim. +u melhorei e muito. + vou melhorar mais se o senhor a?enha comi%o meu %rande avF, lhe mostrarei uma coisa.

    D

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    Seu avF teve $ue ser carre%ado e $uando ele che%ou no $uarto seus olhos searre%alaram diante da ba%uan:a $ue estava ali. ?Pelos %randes clri%os ? Gritou ele com apouca for:a $ue tinha. *atan o a

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    puni:#o onde al%uns traidores condenados ap2s terem tomado o 3veneno da

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    pularam em todas as dire:8es diante de uma chama pavorosa. Pessoas desesperads sa'ram%ritando diante do estrondo infernal, entre elas um senhor $ue mancando exibia uma m#ototalmente carboni9ada.

    *atan continuava inerte, sentido?se desesperado diante da$uela cena chocante. (sfaltava ainda um inimi%o. ! outra nave ainda continuou parada como se nada tivesseacontecido. )m sentimento de revolta tomou o seu corpo. 4uando ele ia apontar a luva umavo9 ,saindo dela, cortou a sua a:#o e %elou todo o seu esp'rito>?Pare

    +ra uma vo9 pesada, $ue ao mesmo tempo tra9ia medo, desespero e autoridade.*atan reparou $ue a marca vermelha do /onselho /lerical brilhava imponente na frente danave. +staria tudo perdido se ele recua?se. o, n#o podia dar ouvido a$uela ordem.-evantou sua m#o com se%uran:a mas um tiro saiu antes do inimi%o atin%indo?o. Seu peitocome:ou a $ueimar. Sentiu suas pernas perderem a for:a, o seu copo esfriou diante de umsuor cansado. )ma tontura o abateu e ele tentou de novo levantar o bra:o. )m novo tiro oatin%iu e ele n#o %overnava mais suas for:as. Sua vis#o lentamente come:ou a ficardesfocada e pensamentos desconexos invadiram a sua alma. !

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    /!PQ*)-O K

    O

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    O $uarto era sombrio. Sua ilumina:#o era escassa. )ma umidade percorria a paredecoberta de fun%os e su

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    ?(e perdoe mestra Brima, ms estou nervoso e confuso, se tiver $ue aceitar o meu destinona morte ,$ue a%ora

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    Os %uardas pararam imediatamente e colocaram uma al%ema eletrFnica em *atan.+ra um artefato parecido como um bloco $ue deixava dois buracos para serem colocados ospulsos. !o ser colocado *atan sentiu $ue dentro destas al%emas uma pe:a se encaixouperfeitamente ao seus pulsos tirando?lhe o movimento das suas m#os sem lhe causar dor. 7oipuxado com violncia at a sa'da do $uarto en$uanto Brima se%uia atrs.

    !o sa'r notou $ue estava em um corredor repleto de calabou:os i%uais ao $ueestava. (#os sa'am dos port8es de ferros enferru

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    ilustra:#o do primeiro dia oficial de Barin, com o primeiro conselho dos de9enove. Os vitraiseram formados por uma textura em forma de pe$uenos pent%onos $ue brilhavamaleat2riamente, comprados da distante cidade de (e%uel tinham uma tcnolo%ia sin%ular>conse%uiam aumentar muitas ve9es a intensidade dos poderosos raios de sol de Barin.

    +m volta da c"pula uma %rossa barra de pedra a sustentava. +la a

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    O se%redo de sua imortalidade n'n%um sabia, di9iam se tratrar de um ritual $ue ele fa9iatodos os cliclos de ms nas profunde9as do templo mas nada certo e nem comfirmado.

    escansava ele altivo, ele%ante e mesmo sentado lembrava um deus. Suas roupaseram i%uais aos de9oitos restantes a n#o ser por uma corrente dourada $ue repousava emseu peito, nela uma pedra verde relu9ia demonstrando uma transparencia sin%ular. +stavacom o capu9 de sua t"nica colocado, apenas metade do seu rosto podia ser visto. Possuialbios finos e enrru%ados, nada mais in$uietante era demontrado na$ueles lbios $ueamaldi:oram fam'lias e aben:oram na:8es. ! idade e as ru%as os fi9eram pender um poucopara baixo, ms uma a$uele $ue concorda com tudo.

    *atan foi %arre%ado violentamente at o primeiro de%rau da escada em frente aotrono. o a%uentava ma's ficar de p e caiu a (atm este Gan$u' a%ora *raidorfilho de um *rorim eixem sua carne ressecar no deserto. !l%uns batiam palmas, outrospulavam, muitos assobiavam e di9iam palavras de louvor a ;ofar> Salve arin, o %rande!l%uns ob

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    Brima se levantou e olhou a sua volta, estava com o rosto tenso exibindo um ar desuperioridade. entre muitos $ue estavam na multid#o ela olhou fixamente para um homem.+le estava vestido com uma t"nica cin9enta, botas ne%ras e o capu9 colocado. Sua boca eratapada por um len:o deixando apenas dois olhos ne%ros a brilhar. O ser misterioso moveuum pouco a cabe:a em sinal de cumprimento, Brima fin%iu n#o ver.

    ! ?! hist2ria lon%a e muito se tem a di9er irm#os, *atam um rapa9 sa%a9 e n#o representaa$uilo $ue . &a conversa $ue tivemos demonstrou se um rebelde $ue n#o d valor as leis de;ofar. &a minha opini#o ele ?Onde est seu vF pe$ueno assassinoM*atam n#o respondeu, apenas olhou para o mestre.?+st me fa9endo de parvo %arotoM o tem no:#o do peri%o $ue correM destrui homens

    mais cora

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    ?-o%o mais encontraremos seu avF, vivo ou morto e acredite ter a mesma sorte $ue voc./omo voc

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    ?+ eis a$ui sua condena:#o> ser o misterioso homem vestido de cin9a. Pelo contrrio demonstrava raiva ou umforte 2dio capa9 de destruir todos $ue estavam l. +le n#o parava de olhar para *atam, asve9es se desviando dos ombros in$uietos das criaturas, outras ve9es tendo $ue se livrar dasm#os de al%uns $ue ousavam usar seu corpo para apoio. 7oi a' $ue o rapa9 o percebeu,$uandos seus olhos se cru9aram uma intimidade anti%a parecia existir. *udo pareceu lentona$uele momento e as fortes vo9es dos $ue estavam em redor sumiram como $ue umam%ica da mente de *atam. Parecia $ue estava passando apenas por um pesadelo e $ue lo%omais iria acordar e tudo estaria bem. (as uma vo9 cortou seus pensamentos, era Brima>?!mi%os deste tribunal pe:o?lhes li:en:a para poder falar. + todos se calaram na$uelemomento.

    /ontinuou com vo9 altiva>?5espeito a sua decis#o mestre ari, ms acredito $ue ele mere:a um destino melhor.

    *atam se surpreendeu e uma ponta de esperan:a o deixou ansioso. 4ual seria este3destino melhor6 $ue Brima ira di9erM *alve9 trabalhos for:ado nas ruas de Birion ou ficarem al%uns siclos de ms nos horrendos calabou:os de *entar. 4ual$uer coisa seria melhor$ue a fornalha.?Su%iro $ue ele se o direito de falar. + se a$uelas eram as suas "ltimas palavras $uefosse ent#o proferiada com a mais severa verdade, al%o $ue poucos l entendiam ao seu ver.

    J1

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    -evantou?se com um esfor:o cora

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    *atam ficou caido al%um tempo no ch#o at ser levantado pelos %uardas do templo$ue os levaram novamente para o calabou:o. (as antes de sair *atam olhou para mestraBrima. +la tentou falar com ele ms as suas palavras n#o davam para ser entendidas.*odavia era al%o muito estranho pois pela express#o do seu rosto e o mover dos seus lbiosa mestra parecia lhe implorar perd#o ou al%o parecido. Seria apenas uma vis#o ou uma minterpreta:#o da abatida mente de *atamM

    +n$uanto isso o *emplo de ;ofar se tornou uma %rande festa, a morte de um infielira acontecer e o %randioso mestre imortal ;ofar mostrara mais uma ve9 o seu poder e a sua

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    (uitas ma$uinas escavadeiras tiveram $ue ser usadas para fa9er este primoroso feitoar$uitetFnico.

    7oram fixadas %randes torres em toda a sua extens#o. Baluartes de prote:#o $uepossu'am no seu "ltimo andar precisas metralhadoras $ue prote%iam a cidade tanto no arcomo na terra. /ada torre mais parececia um %rande prdio pois os seus elevadores davamacesso a todos os andares $ue podiam ser habitados por de9enas de %uardas prontos aomenor sinal de ata$ue usarem seus fu9is laser nas pe$uenas era a base de pouso de Birion,o lu%ar onde todas as naves vindas de pa'ses e cidadelas distantes pousavam para tra9ereml'deres pol'ticos, via

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    + assim disse ;ofar>?Bem ami%os a%ora o tempo ur%e, vou terminar com isto de maneira bem rpida. &etemomento ;ofar olhou para *atam.?Saiba infiel $ue este veneno apenas uma se%uran:a. Para $ue seu veredicto possacontinuar caso se

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    ?-evem?no N isse o senhor de Birion mas antes de os %randes %uardas o pe%arem elese%urou o rapa9 com a m#o $ue estava a luva e lhe disse>?-embre?se *atam, as coisas muitas ve9es n#o s#o o $ue parecem. N + o empurrou com umafor:a descomunal.

    Portanto *atam foi levado ao elevaro da torre $ue desceu at a porta. 4uando amesma se abriu ele pode ver a multid#o sendo se%urada pelos %uardas. +ram %ritos de 2dioe reprova:#o, com certe9a ali estava muitos da$ueles $ue di9iam se seus ami%os e outrasde9enas de clientes seus. *at ele era chamado por a$ueles ao $ual tinha uma ami9ade maior.(as a%ora estava so9inho Taonde estaria o seu avF pensava eleU e nin%um poderia o a?/alem?se povo imundo N + depois disso deu um tiro $ue assustou a todos mas $ue foiem v#o, os %ritos aunentavam mais ainda.?amos rapa9 ,o seu caminho lon%o e infinito isse o soldado $ue lhe apresentou com onome de 5aimax, estava vestido com uma t"nica ocre, padr#o da farda clerical do deserto.+m seu cinto se destacavam al%uns apetrechos diferents como um cantarou e uma espada

    curta mas afiada. Outros bolsos estavam l provavelente contendo remdios e outrosmedicamentos para suportar o calor do deserto. (etade do seu rosto estava coberto comum len:o escuro. (as pelos seus olhos *atam notou $ue era um homem bom.?+stou te levando para l N apontou o %uarda para duas %uaritas em forma de esfera $ue sedistanciavam um pouco da estrada.? l $ue voc ir me abondonarM?&a verdade n#o N respondeu 5aimax N ou di9er a senha para os %uardas da %uarita e lev?lo um pouco mais adiante nas dunas. )ma moto voadora me dar cobertura.?*odos est#o contra mim N 5eclamou *atam.?&em todos N isse 5aimax.?/omo assimM?Bem... Ga%ue

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    )m soldado $ue continha a multid#o come:ou a %ritar e 5aimax tentou dar aten:#oa ele. )sou o comunicador $ue era acionado em um dedal no seu pole%ar direito. )ma vo9sur%iu mas *atam n#o soube destin%uir da onde viria. era provvel $ue estava em ummicrofone $ue se alo

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    metralhadoras refor:avam o ar amea:ador da$uela arma de combate. O s'mbolo da seita de;ofar estava na sua frente como um aviso para a$ueles $ue o ousassem desafiar.

    /ontinuaram a caminhada a%ora %uardados pela moto. *atam sentiu um vento forteo atin%ir. Seus dedos se enterravam na areia $ue era fina e constitu'da de uma maneira $uefa9ia o soldado e o rapa9 se afundarem. *atam se afundava mais pois seu can:a:o e sua faltade experienciam o fa9iam proceder da$uele modo. podia sentir a $ueimaduras dos seusps mas nada podia ser feito a%ora. Subiram por uma %rande eleva:#o e desceram para n#omais verem a cidade e nem as %uaritas. S2 um peda:o do %rande *+(P-O de ;ofar podiaser reconhecido, a %i%antesca ab2boda de vidro, linda em sua aparencia ms $ue para orapa9 tomava uma forma mortal. 5aimax parou e disse para *atam>?!%ora te deixo a$ui cora

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    /!PQ*)-O H

    *atam olhou para o hori9onte. a$uela parte do deserto conse%uiu avistarmontanhas $ue antecediam (er%uel e sim...(er%uel 3a cidade da evolu:#o6. - %randiososarranha cus se formavam

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    + todas as dores resolveram aparecer na$uele esfor:o, os hematomas na cabe:a, osrochos $ue estavam na sua barri%a e tambm um novo tipo de fla%elo> as caminhar mais deva%ar para poupar ener%ia e economi9ar a%ua $ue era escassa.+nt#o ele come:ou a diminuir os passos e controlar mais a respira:#o. !ssim $ue sentia $uesuas pernas n#o a%uentavam ele parava um pouco ou at se sentava dependendo dasitua:#o. Pensou $ue se tivesse sorte talves encontraria um rio mais a frente ou at umnFmade sobrevivente. Sentiu?se mais coro

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    para $ue n#o fosse usada. /orreu at l, o caminho fora escavado no solo talve9 por animais$ue passaram a muitos e muitos anos por al' levando especiarias de Birion para (er%uel.

    ! trilha forneceu um certo conforto para *atam, as pedrinhas

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    da cidade perdida. )ma cidade $ue fora formada no meio do deserto conforme dissera seuavF e era rica, poderosa o bastante para causar a f"ria de ;ofar.

    !t ho

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    (ais adiante ele viu uma %rande cova escavada em uma via lar%a> a cu abertocadveres de homens, mulheres e crian:as da$uela espcie foram postos ali. 7oi uma cenat#o forte $ue fe9 *atam se a duasossadas de crian:as, apesar de desfi%uradas era evidente $ue morreram abra:adas sees$uivando de um fim cruel ms impiedoso. Suas ossadas se misturavam em meio a tecidosempoeirados cercados de terra batida, terra $ue outrora foi uma ben:#o mas a%ora maldi:#o.

    !o se deitar em um muro destru'do *atam reparou $ue a escurd#o avan:ava e comela um vento %elado e h"mido. (s uma ve9 com muita dificuldade resolvel pe%ar umanal%sico do bolso e deu um leve sorriso se lembrando da bondade de 5aimax. (s seuspensamentos come:aram a se%uir lon%e, $uando destruibuia as a%uas nas feiras de Birion.*ambm se lembrou de como usava o purificador com per'cia transformando a %ua cheia delodo em um l'$uido cristalino suficiente para matar a sede de $ual$uer animal.

    (as *atam o veneno de ;ofar

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    ?o para saber a%ora valente mole$ue, isto para o futuro, para $uando vocestiver preparado com as espadas em punho pronto para destruir o inimi%o. Por isso n#o seapresse, o si%nificado deste sonho lo%o saber mas antes bom $ue se saiba> tortuosos ocaminho do Garbo mas no finalters carne fresca misturada a doces %uas.

    ?/ontinuo a n#o entender nada se velho maluco N +sclamou *atam N +u $uero sairdeste lu%ar, deste lu%ar maldito cheio de podrid#o, medo e dor

    ?o se preocupe 3 *enha medo darealidade *atam, ssa sim ira lhe entre%ar um pavor de verdade.

    epois disto ambos continuaram a se olhar um para o outro em um %rande silencioonde o som dos %alhos secos e do vento $ue come:ava a cantar nas pedras n#o passavam deum mes$uinho burburinho. + o velho deu um sorriso simples para o rapa9, um sorriso $ueparecia lembrar os lbios finos de ;ofar e ele estremeceu ao sentir isto.

    + de subito o anci#o sentado na$uele trono a%ourento come:eu a tremer e setransformou em um ser de lu9, lu9 ma era umGan$u' do deserto. Bicava a sua perna com muito %osto se deliciando da$uele saborosoban$uete.? Saia da$ui Gan$u' in"til.

    O Gan$u' soltou um %rito fino como $ue se protesta?se da$uela bronca repentina e$ue a$uele alimento era seu por direito ms se afastou um demosntrando estar com medo.+ra uma criatura de E@cm de altura, se apoiava por dois ps tendo assim as pernasinvertidas. Sua pele era ressecada coberta por uma textura de circulos ocres amarron9adosalm de possuir escamas $ue se destribuiam pelo seu corpo por diversos tamanhos. Suacabe:a era fina terminada em um bico castanho e liso. ! 2rbita de seus olhos estava todane%ra refletindo um brilho intenso. +ste pe$ueno animal era parente dos Gan$uis da cidadems diferente dos seus primos $ue se alimentavam apenas de lixo, estes comiam carni:a etambm os pe$uenos roedores mim%rons $uando os mesmos estavam doentes ou eramfilhotes.

    *atam %ritou novamente e pe%ou uma pedra para atacar no bicho e este resolveucorrer e se esconder em uma pedra mostrando apenas sua cabecinha e os seus olhosfamintos. 3+ra s2 o $ue faltava6 murmurou *atam em vo9 alta N 3Ser comido por esteanimal idiota, com certe9a um final nada di%no6 O Gan$u' pareceu ouvir a reclama:#o esoltou um %runido como $ue se estivesse di9endo> 3oc meu6.

    KE

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    (as $uando *atam se deu pFr si percebeu $ue o frio )m frio intenso $ue che%ava aos ossos de*atam pois $uando os sois partiam %elada era noite no deserto.

    +nt#o percebeu $ue teria de arran

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    seu instinto> a curiosidade de ver os cus, obeservar a cidade abandonada e seus destro:osmesmo estando coberto de dor.

    Caminhando mais alguns quartir!s a"istou uma #ra$a% &ora dsnhada 'omoum '(r'ulo 'ortado m quatro #arts)+m cada parte deste c'rculo um pilar destro:ado sefixava, $uando olhou de maneira mais atenta *atam percebeu $ue a$ueles pilares nada maiseram do $ue bases para estatuas. !ssim ele che%ou a conclus#o $ue a$uela pra:aprovavelmente fora um altar para 'dolos pois caidos ao ch#o perto de cada base seencontravam esttuas destro:adas. Seus bra:os, pernas e cabe:as foram destru'dos eespalhados. 7oram entalhadas de maneira sublime com pedra Glauditas e em suas baseshaviam inscri:8es escavadas em dourado pertencentes a uma l'n%ua $ue ele n#o conhecia.!o passar para a$uele lu%ar sombriu uma sensa:#o de 3estar sendo vi%iado6 o perturbou.Olhou para tr9 e viu um vulto se mover. Parecia ser maior $ue o Gan$u' $ue o perse%uiamas veio?lhe a mente $ue poderia ser al%uma vis#o $ue o veneno de ;ofar o tinha imposto.+nt#o continuou a sua caminhada mas a%ora olhando para os lados e de maneira aflita.

    O medo aumentava conforme o tempo passava e ?GrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiM + fa9endo isso olhou para es$uerda em uma porta $ue dava caminho auma cmara subterranea.- , ent#o voc $uer me

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    !s trevas amentavam en$uando ele descia a escada s2 sendo $uebradas por um%rande faxo de lu9 branca $ue sa'a de uma

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    canto escuro da cmara onde s2 os seus olhos apareciam, brilhantes, fixos ao rapa9 como seesperando um momento oportuno.

    XSe amanh# eu estiver vivo ele $ue ser o meu almo:oX e depois deste pensamento*atam retomou o seu sono, imediatamente, n#o um sono %ostoso $uando se fa9 em um diafeli9 de trabalho, mas um desmaio t'pico dos moribundos.

    + em seus sonhos *atam viu uma %rande lu9. Parecia uma estrela. O seu n"cleo erabranco o bastante para ce%ar e dele cinco pontas de um amarelo dourado se sobressa'am.+m sua volta um halo a9ulado a envolvia diante de um eterno e sombrio silncio. Xsta alu9 do fimX pensou o rapa9 em seu sonho. X a lu9 $ue muitos veem antes do finalX + umasensa:#o de al'vio o tocou. X +u n#o $uero ir embora a%ora, tinha tantos planos...X

    *odavia depois disto *atam sentiu um leve to$ue em seu rosto. /ome:ou bem lon%ecomo um sonho profundo at se tornar forte o bastante para acord?lo. XO maldito Gan$u'de novoX pensou. + virou para o lado tamanho era o seu cansa:o. (as os to$uescontinuaram cada ve9 mis fortes at o rapa9 reunir for:as para atacar o animal. + $uandoabriu os olhos viu $ue o $ue estava em sua frente n#o era um Gan$u' mas sim um homem,um homem vestido de cin9a.

    Primeiramente *atam ficou pasmo, e n#o sabia o $ue di9er. XO veneno est a%indo

    novamente, s2 $ue mais forte do $ue antesX. 7oi o "nico pensamento $ue lhe veio na suacabe:a. 7echou os olhos de novo e decidiu retornar a dormir. (as outro to$ue foi sentido.!o abriur os olhos viu $ue o homem ainda estava l. +le o viu de baixo para cima dando aimpress#o $ue se tratava de um %i%ante. ! lu9 moldava o seu corpo formando assim umalve aurea. *inha em seu rosto uma express#o de

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    O

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    ele n#o trouxe al%um tipo de ant'doto com certe9a sua morte seria mais tran$Vila ao lado doseu mui amado avF.

    era de manh# $uando *atam acordou. o sentia mais frio, pelo contrrio, sentia?se$uente, mais $uente do $ue o normal. Seu cobertor estava a uma certa distancia, a noitetinha sido a%itada para ele, muitos pesadelos acompanhados de suor e del'rios. (s se sentiarevi%orado e at animado. 4uando olhou para sua volta pode notar com mais detalhes olu%ar onde estava pois a lu9 do deserto

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    n#o tinha uma refei:#o descente e a$uele alimento desidratado e duro parecia o mais%ostoso dos man Xlhe dei de tudoa%ora e ainda voc vai me desobedecer.MX?*udo bem vo a', tudo bem. + *atam come:ou a falar para seu avo tudo o $ue tinhapassado, desde $uando fora capturado pelos %uardas at passar pelo

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    + depois de di9er isto vo a' tomou o rumo da conversa>?4uando nos despedimos em Birion sa' pela !fastem?se iditotas !fasten?se pois a f"ria de ;ofar che%a a estepovo miservel + vi dois %randes carros cheios de %uardas todos com um rosto srio como

    se perse%uisem um %rande ladr#o. *entei esconder meu rosto para n#o ser reparado ms elespassaram sem me notar apenas espalhando poeira por todos os lados.?+ntrei pela es$uerda na rua onde morava Gressem e vi al%o $ue fe9 meu cora:#o acelerarde medo> uma batalh#o inteiro de %uardas /lericais todos entrando nas casas, arrombando,batendo nas pessoas, velhos, homens, adultos, criancas, nin%um era poupado de seuscasti%os.+ ent#o eu vi um deles se aproximar de mim com tom raivoso tendo um fu9il nasm#os e di9endo> X4uem voc velho idiota, identifi$ue?se lo%oX. +ra uma situa:#o de risco,eu via $ue ele estava ansioso para apertar a$uele %artiho. Xo aponte esta dro%a de armana minha dire:#oYY isse isto para ele se surpreender e abaixei o seu fu9il com a m#o comose fosse um comandante. Xoc al%um louco seu velho no X-ouco voc $ue importuna o mais velhos,

    aonde est o seu respeitoM &'%uem no templo te ensinou a respeitar a$ueles $ue tem barbase cabelos brancosM +u $ue $uero saber $uem voc a%ora, seu numero e sua companhiapara lhe dar um casti%o bem %randeX 7i9 ele entender $ue eu era al%um muito conhecido epoderoso. X(eu nome *e$uel sou da componhia !1K, nossa miss#o achar *atam5omanael e o seu avF a' 5omanael, $ue por conhecidencia parece?se muito com o seuperfil. !%ora fale $uem vocMX +uM, respondi para ele em vo9 irFnica> +u sou (ar *e$uimpai de 5amar *e$uim $ue porventura o chefe desta companhia, e se voc duvida o numerode meu filho !AD@KHJ To n"mero eu chuteiU, e mais vou falar para ele dos modoshorrendos com $ue voc me tratou inclusive a frase Xvelho no este a$ui prote me perdo?e senhor *e$uim, eu n#o sabia ms por favorn#o conte nada ao comandante 5amar, voc sabe $ue ele muito impiedosoX. Saia lo%o daminha frente pois tenho muito o $ue fa9er 5espindi para ele, %ritando em alto e bom som e$ual ele saiu sorrateiramente sem per%untar mais nada?Pelos /lri%os meu avF oc teve bastante sorte por ter encontrado a companhia de5amar e tambm por ter encontrado um soldado t#o burro pois sabemos $ue sua companhiaatira e depois per%unta

    EJ

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    ?Sim meu neto, estas s#o as vanta%ens de conhecer os menbros do templo. + tive sortepor$ue 5amar n#o estava ali ms em outro lu%ar provavelmente me ca:ando. (s deixa eucontinuar... -o%o depois encontrei acasa de Gressem, era uma casa pe$uena e miservel,toda destru'da pelo tempo e pela solid#o, como a porta estava aberta entrei sem bater pois odesespero tinha tirado a minha educa:#o. + $uando o vi esta sentado em sua poltrona,pensativo como sempre. &os cumprimentamos e ele me disse $ue os %uardas tentaramespamca?lo ms $uando viram o simbolo dourado de ;ofar pendendo em sua parede,simbolo dado apenas aos %randes membros dos de9enove pediram desculpas e falaram desua miss#o. + lhes respondeu $ue $ual$uer informa:#o $ue ele soubesse seria dada e elessairam sem provocar nenhum mal.?+ voc contou para ele a verdadeM Per%untou *atam.?(eu neto conhe:o Gressem antes at de voc nascer, e ele te conheceu $uando erape$ueno e tambm os seus pais. (as isto n#o vem ao caso, pedi para ele me esconder poral%uns tempos e ele concordou, me deu roupas novas, comida e pude tambm raspar minhabarba para dificultar a minha identifica:Io. Passado al%um tempo che%uei a conclus#o $ueprescisava de al%um muito importante no templo para poder me a

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    estava arrombada e a lu9 apa%ada. Senti um frio na barri%a e um prescentimento n#omuito a%radvel. 4uando adentrei em sua casa vi o $ue n#o $ueria ver> o pobre velhoGresem ca'do no ch#o com os olhos estalados, morto sem nenhma piedade. !maldi:oeitodos os soldados na$uele momento e che%uei a conclus#o $ue a hist2ria do pai de5amar n#o tinha durado muito tempo. +nt#o pe%uei o livro $ue estava em seu sof e mevirei para correr o mais rpido poss'vel. (as antes de virar as costas um %uardaapareceu na porta da sala $ue dava acesso a outro comodo e me pediu rendi:#o. otentei desperdi:ar o meu tempo com ele e sai correndo pela porta da sa'da com ocora:#o na m#o. )m tiro saiu pela porta e passou por rasp#o nos meus ouvidos. + a'ent#o.... ent#o...... onde eu estava mesmoM (e deu um branco a%ora, acho $ue estoufalando demais...*atam deu uma risada e falou> voc estava na parte $ue fu%ia do soldado da casa deGresem, esta ficando velho em vovFM?Ora seu mole$ue atrevido comporte?se, passei todas estas dificuldades para te a

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    ?Bem...Os soldados falaram isso ao oficial vermelho e disseram tambm $ue o homem$ue tra XOlhem paraminha patente, sou oficial maior dos soldados de Brima, a senhora da voc nIo passam de palermas e est#o buscando as pessoas erradas edi%o tambm $ue perca de tempo falar desto ocorrido para (assar, ele um homemmuto competente para ouvir palha:adas de bastardos idiotas como vocs !%ora v#oembora e n#o olhem para tra9X + dito isso todos os soldados de (assar sairam mas umolhou para o oficial vermelho e disse> X(assar ir saber disso, e saberemos $uem ir%ritar com $uemX?Pelos /lri%os meu vF, se n#o fosse este oficial voc

  • 7/24/2019 Parte 1 - A Cronica Da Luva

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    a' 5omanael olhou de maneira fero9 para o seu neto, como se o repreendesse maisuma ve9 a respeito de sua curiosidade desmedida. (as depois virou as costas e apa%ou afo%ueira com uma tbua $ue ele havia conse%uido nos escombros da cidade perdida

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    ?/omo assimM?-o%o mais ir saber, ms vamos as per%untas mais breves, o nome desta cidade era/5+*+-. /5+*+- a cidade dos vasos assim era chamada, pois em nenhum lu%ar desteplaneta existiu uma cidade $ue fi9esse vasos t#o bons, a prova disso foi a fbricadesolada $ue voc viu ao $ual eu tambm passei por l para pe%ar as madeiras parafo%ueira. Provavelmente uma das vrias fbricas de vasos $ue existiam por a$ui. (asisso n#o vem ao caso...?! verdade $ue o %rande lider desta cidade se chamava ion e era um %rande ami%o de;ofar. Biron e /retel eram cidades pr2speras e ami%as, mestre ;ofar visitou muitas ve9esesta cidade e ion visitou vrias ve9es Birion. (as uma sombra ne%ra pairou por a$ui en#o sabemos $uando e por$ue ;ofar se desentedeu com ion, a rixa entre os dois setornou t#o forte $ue mestre ;ofar posicionou /retel como a cidade da XidolatriaX edeclarou uma Guerra santa neste lu%ar, pois /retel tamb mera conhecida pela totaldevo:#o h milhares de idolos de pedra.?Sim meu avF, a%ora posso entender as vrias esculturas de pedras $ue vi por a'...0nterrompeu *atam.?+ tambm esta fi%uara desenhada na parede, $uerido neto, provavelmente um deus da

    %ua.?a %uaM?Sim, da %ua, eles possuiam deuses para todo tipo de coisa> cu, %ua, fo%o et... +falando em %ua, esta cidade foi a primeira a fornecer %ua a Birion, foi isto al'ais umdos motivos de se tornarem ami%as.?(as at ho

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    levavam. XProvavelmente neste dia macabro todos estavam se%uindo a sua vidanormalmente, vendendo seus vasos aos estran%eiros, tomando a refrescante %ua dascisternas, fa9endo outros of'cios como artesanato e outras coisas mais. + derrepente omau che%ou na forma de um homem> ;ofar, $ue destriuiu a todos sem perd#o n#o dandochance a n'n%um. X.., pensou o a maneira como ele iria falara%ora com *atam, a not'cia $ue seria dada era muito importante mas ao mesmo tempotraria uma an%"stia indecisa ao

    EA

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    ?/omo voc tambm sabe ;ofar n#o acredita $ue devemos fa9er cisternas como estaa$ui pois no futuro, como di9 sua profecia, o povo de Birion estrar na sua X+ra daBele9aX e ter um corpo puro livre da %ua e dos alimentos. Brima acredita $ue devemosfa9er %randes reservat2rios em nossa cidade e n#o buscar a %ua do XPantano Sa%radoX.?+ s2 por isso ele acha $ue todo o povo deve passar fome e sede, ele totalmente loucoe luntico, somos o povo mais atrasado de todo o sistema ;ofir, s2 estamos vivos pelaa

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    - &Io seu %aroto teimoso, eu vim a$ui a mando de Brima pois a respeito muito por$uesalvou a minha vida, e mesmo assim eu prometi para voc $ue n2s nos encontrar'amosno deserto e a$ui estou para cumprim minha promessa, mesmo desafiando a lei do%rande (estre pois eu te amo muito ? 5esponseu vo a' com amar%ura.

    - + o $ue a$uela maldita $uer comi%oM +la me condenou com o pior dos casti%os, morrerno deserto coisa para traidores e eu nunca fui um trairdor

    - Brima sempre soube de sua inocencia *atam pois lhe contei com detalhes a$uilo $ueacontecera conosco, ela sabe da corrup:#o de al%uns soldados do templo principalmenteos da tropa de nononono, e foi por isso $ue ela deu a$uela condena:#o pois se vocfosse

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    ! mente de *atam foi lon%e e ele percebeu o $ue seu avo $ueria di9er. /onhecia?o mutobem para enternder estas palavras. ! miss#o seria para ele. /om certe9a a Xsenhora da?O $ue $uer a$uela maldita?!calme?se *atam, ela salvou sua vida e a minha tambm. 7a9er um favor para ela n#o custanada e eu acredito $ue n#o de todo um favor ruim.?O $ue ela $uer a' 5omanael, di%a lo%o...?Primeiro de tudo o meu nome par voc vo a' e n#o a' 5omanael, n#o se deixe levarpelas emo:8es. Brima dese o nome da primeira vocn#o conhece e o nome da se%unda talve9 voc se lembre.?+stou tentando controlar minhas emo:8es vo a' mas fale lo%o pois sei $ue lo%o mais vouexplodir em raiva?Garoto teimoso ? disse vo a' para ele mesmo e continuou ? 4uando falei de nossasaventuras para Brima lhe mostrei o livro $ue voc tinha achado. +la se lembrou de umnome $ue estava no bilhete dento do livro> *ell. oc se lembra do $ue o bilhete di9iaM

    ?o...?!calme?se *atam ou serei obri%ado a lhe dar um remdio para dormir. Bem

    continuado o bilhete di9ia> [)uerido *arcan leia este livro com bastante paci+cnia ecuidado. le vai l!e mostrar muitos camin!os a seguir. ,embre-se do que l!e falei e saibaque apesar de tudo eu sempre l!e amarei muito meu querido irmo - Abra$os. %ell.

    + para refrescar a mem2ria de *atam vo a' tirou o livro e o bilhete $ue estavambem %uardados em sua mochila. 4uando olhou para a$uelo ob a luva, o livro, o brilhete e o $uarto destruido. Se ele continuassemais talve9 choraria de terror diante de tudo o $ue passou.

    a' 5omanael entre%uou o livro nas m#os de *atam $ue o acariciou com cuidado elo%o em se%uida lhe revelou o bilhete>

    ? este a$ui est lembradoM?Sim estou e $uanto ao livroM?O livro uma outra hist2ria, pelo $ue sabemos ele foi escrito em uma l'%ua perdida

    mas existem al%uma rplicas na biblioteca de Brima, ela o conhece, mas n#o entendenenhuma palavra $ue fora escrita ali. (as $uanto a este nome> *ell, isso ela se lembra muitobem. /om certe9a foi al%uem conhecido de ;ofar pois $uando os ami%os ou soldados domestre pronunciam este nome os seus olhos brilham de raiva e nin%um mais comenta oassunto.

    ?+ o $ue ela $uerM?Se voc notar no verso deste bilhete existe um mapa.?Sim, a re%i#o proibida de (anar como voc tinha me dito na$uele dia.?+xatamente meu pe$ueno teimoso *rata?se de uma re%i#o proibida onde muitos

    soldados de ;ofar fa9em %uarda por l. !%ora ve se este mapa esta no verso dobilhete por$ue provavelmente este homem de nome *ell %ostaria $ue o seu suposto irm#oo visita?se.

    ?Sim, e a$ui o lu%ar onde ele mora seria marcado com um X\X apoiado por umafrase $ue di9> !$ui se encontra a X..........X . o consi%o entender este nome, suas letras s#odiferentes das nossas.

    H1

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    ?(uito bem $uerido neto, estamos che%ando ao meu ob

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    ?+nt#o ele conhece *ellM?ou me experssar melhor $uerido curioso, hipotticamente ele conhece um lu%ar

    $ue seria a casa de *ell, uma casa abandonada debaixo da areia $uente. (as se%undo medisse Brima ele n#o conhece este tal de *ell...4uando *atam ouviu $ue poderia ir para (er%uel seu cora:#o saltou de al%ria. Sempre $uisconhecer a$uele lu%ar. )ma cidade forte e %i%ante, sua tecnoli%ia era extrema o bastantepara fa9er Biron corar de ver%onha. Seria para ele uma ponte para os outros mundos daordem Galactica pois l saim naves todos os dias para todos os cantos dos sistema. )mlu%ar controlado por um %rande computador sendo $ue suas impotarntes decis8es s2 eramaprovadas mediante um conselho de K humanos. X, a misteriosa (er%uel, sera $ue meusonho vai virar realidadeMX

    a' 5omanael cortou os pensamentos de *atam di9endo>?e

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    )ma tempestada se iniciou no peito de *atam, Xcomo ele podeMX, primeiro uma surpresaimediata, depois um $uestionamento para che%ar a v# conclus#o $ue n#o passava de umabrincaderia, Xcomo ele podeMX, n#o, era al%o srio, al%o muito srio $ue ele tinha dito>Xvoc ir sem os mantimentosX O $ue ele $ueria di9er com istoM X-2%ico. *atam seuidiotaX, pensou o rapa9, Xele $uis di9er $ue $uer $ueria $uer n#o voc ir ir. (as comoele podeMY o, talve9 se?+u n#o estou brincando, pode ir para onde $uiser ms sem os mantimentos, se vocre

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    era manh# $uando *atam acordou. Pela primeira ve9 depois $ue encontrou seuavF sentiu o seu corpo %rudar> era suor. *odo este tempo ele lutara a favor dasobrevivncia e se es$uecera das coisas simples como por exemplo XbanhoX. Os banhosem Birion eram raros mas existiam. o pela falta de costume do povo mas sim pelaescasse9 de %ua. ! maioria da X%ua de banhoX] consumida vinha de (er%uel atravsde %randes containers. +ra comprada atravs do dinheiro padr#o da Ordem Galactica outambm por escambo aliais um atividade muito comum nesta cidade. Seu principalproduto de escambo eram as roupas vendidas para muitas cidades, pa'ses e at planetas.

    Seu avF ainda estava dormindo como se na discu:#o do dia anterior tivesse usadotodas as for:as poss'veis. O dia estava $uente e *atam resolvel levantar, sentiu suaspernas mais fortes do $ue antes. !s dores no corpo, lembran:as o oito de ;ofar. )ma lembran:a cruel de aviso para a$ueles $ue ousasemdesafiar o senhor imortal. X4uantas maldades mais fe9 este homemMX Pensou *atam,com certe9a a$uilo era a XpontaX de al%o ainda maior. ! ra9#o do por$ue da destrui:#ode /retel ainda lhe assolava, mas outras coisas ainda mais importantes voavam na suamente.

    *atam ficou por um al%um tempo sentado em uma %uia semi?destruida do $uarteir#oonde estava a camara da sisterna. Sentiu o ar $uente mas doce da manh#. O sol expandiaos seus raios $ue seriam fracos na$uele momento mas mortais $uando che%assem nametade do dia. O cu estava repleto de nuvens para um deserto, mas n#o tantas $uehabitaram a noite interior. O rapa9 pensou $ue lo%o mais poderia haver uma Xtempestadede areia t#o comum nas imedia:8es da$uele lu%ar. (as depois come:ou a mer%ulhar emoutros pensamentos, t#o distantes para a$uele lu%ar e t#o febris $uanto um deserto.

    epois de al%um tempo ele ouviu a vo9 do seu avF. Ou melhor, a' 5omanael comoele dinha prometido.?*atam, *atam, aonde voc est

    Seu avF pensou em %ritar antes de ir verificar la fora aonde estava o %aroto. !finalde contas ele o conhecia e sabia $ue depois de uma discu:#o ele ficava pensativo, o

    HH

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    bastante para n#o ir saciar a sua curiosidade a respeito da cidade destu'da. *atam desceucom pressa, es$uecendo as amar%uras $ue lo%o voltariam $uando ele visse o $ue teria dever> um Xcomunicador de tela virtualX mais chamado de vansir. *ratava?se de umpe$ueno bloco retan%ular feito de fibra. &o seu meio se pro

    - Senhor *atam primeriamente pe:o?lhe desculpas por o $ue aconteceu ms fi9 o poss'velpara lhe deixar vivo. Se isto n#o foi o bastante ou se voc tinha uma idia melhor lhepe:o desculpas novamente ms diante do fato e na rapide9 das decis8es $ue tive detomar esta foi a decis#o mais plaus'vel.

    - (s voc me chamou de maldito*atam passou a frente de a' 5omanael e encarou a ima%em de Brima $ue se pro olhaem $ue situa:#o voc me deixou. + depois se virou e disse>?+u concordei em ir senhora Brimam mas confesso $ue n#o estou nada disposto a ir.?Bem *atam, como

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    suprimentos como em ve'culos. Sei muito o bem o $ue passou e tenho certe9a de $uemerece uma recompensa a.. se voc+ no quiser no vou l!e obrigar pois ten!o muitos profissionais competentesdispon/veis para esta misso estava no fundo $uerendo di9er> se voc+ no se ac!acompetente vou ac!ar com certe#a alguem mais competente do que voc+. + aspromessas de lhe prover suprimentos e ve'culos mesmo sendo sua resposta ne%ativaseria uma maneira de deixar *atam constran%ido ou at coa%ido ao aceitar a miss#o por%rantid#o.?o sei se sou capa9 senhora Brima...?Bem pelo $ue eu vi de voc at a%ora voc foi muito capa9 mas se n#o $uiser ir...?+u acho...$ue vou senhora Brima.?oc achaM?o, com certe9a eu vou?Bem melhor a%ora *atam. isse Brima com um lindo sorriso no rosto.?(as continuando, me despulpe pela rapide9 *atam mas voc sabe o motivo, 5umus

    um %rande ami%o meu e com certe9a vai lhe receber muito bem. - ele lhe forneceruma nave e as coordenadas corretas para voc che%ar a 9ona proibida de (anar.

    )m frio na espinha percorreu o rapa9, ele n#o sabia pilotar muito, o pouco $ue tinhaaprendido fora nas aulas de voo bsico na escola de Birion.?+ isto senhor *atam, os detalhes para se che%ar at os port8es de (er%uel ser#odados pelo seu avF. (as al%uma per%untaM?o senhora Brima, acho $ue

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    esertoX foram separadas para ele. +ram botas preparadas para $ual$uer tipo de via%em$uente tendo um sistema de refri%era:#o perfeito para os cinco dias de caminhada $uese%uiriam pela frente. X(eu pobre netoX pensou a' 5omanael, Xser a%ora ele irentenderMX.

    4uando che%ou a noite avF e neto prepararam um banho, a' 5omanael tinhaseparado especialmente um cantaro para este fim. +sparramaram %ua em um panoslimpos e os esfre%aram em seus corpos desnudos. ! noite estava fria como de costuma ea a%ua %elada percorria os seus corpos provocando frio e tirando?lhes a respira:#o. *odaa rotina de remdios e aplica:#o de pomadadas foram cumpridas novamente pelo seuavF. (as ambos continuavam apenas falando o nescessrio.

    a' 5omanael explicou tudo o $ue era necessrio para se precaver durante a via%em,os lu%ares onde ele n#o devia passar e os animais $ue ele deveria evitar. isse tambmsobre tudo $ue estava na mochila $ue seria dada para ele. 7alou?lhe para economi9ar%ua e tomar os remdios e pomadas na hora certa. X4uando vir $ue vai che%ar umatempestade de areia tente procurar um lu%ar se%uroX disse ele. X(as isso obvio.XPensou *atam mas nem ousou responder.

    +nfim avF e neto foram dormir. O avo pensando nos peri%os $ue seu neto teria de

    enfrentar mas na li:#o $ue ele poderia tomar disso tudo. Seu cora:#o estava amar%urado arespeito do tratamento a $ue lhe fora dado pelo seu neto depois da discuss#o, Xmas deixepara lX pensou ele, Xos

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    a' 5omanael pe%ou o seu cetro e o se%urou bem firme9a, depois olhou para *atame viu $ue ele

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    ?)m Gan$ui do deserto. 4ue se +scada das -amenta:8es, um nome muitoapropriado paro o $ue viram, e era enfeitada com duas %randes e %rossas colunas $uetinham em seu fuste vrias inscri:8es.

    emorou um pouco at che%arem a via propriamente dita. *iveram $ue passar poral%umas casas destru'das e al%umas pe$uenas ruas de ascesso ms $uando che%aram ficaramestupefados> era uma avenida muito lar%a feita de pedras Xgeracom" um material car'ssimos2 usado por %randes civili9a:8es. O sol resplandescia maravilhosamente no meio daavenida. istruibuia os seus raios de maneira uniforme na$uele ch#o $ue se a%radava emrefleti?lo. X/om certe9a esta cidade foi pro

  • 7/24/2019 Parte 1 - A Cronica Da Luva

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    muros foram feitos de um tipo de pdra marm2rea $ue mesmo %astas e arranhadasreverberavam um brilho delicado. !rmaduras foram vistas no ch#o indicando $ue umabatalha san%renta tinha ocorrido, alm de armas $uebradas e ve'culos destru'dos. XPor$uen'n%uem veio a$ui para rouvar pelo menso o resto $ue sobrouX pensou *atam, X mas n#o... omedo de ;ofar maior do $ue a ambi:#o dos lad8es a$ui da re%i#o, a destui:#o do %randemestre era eternaX.

    !o andar mais um pouco *atam viu as ru'nas do $ue fora um ma%estoso templo.*udo estava ca'do menos um peda:o de um muro e uma coluna $ue por incr'vel $ue pare:acontinuava intacta. X bem provvel $ue uma bomba tenha feito este estra%oX pensou *atampois uma fuli%em ne%ra se espalhara pelo local. &o muro vrias inscri:8es e desenhos do $ueforam os anti%os deuses se destacavam. &itidamente um deus com um semblante furiosose%uirando um ca

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    +ram palavras escavadas em um metal cor ocre imune as intempries do tempo.*atam seaproximou mais um pouco para saber do $ue se tratava. +stava escrito assim no idioma%eral de Sofir>X0O& P5O(0S ? *5!0O5 + 0_-!*5!.X?Pelos /lri%os ? exclamou *atam ? ent#o verdade, este o lu%ar onde foi pre%ado ion?&em os Globans1 dos cus comeram a carne dele ? isse o avo.

    /omo de sempre *atam come:ou a ficar curioso com o fato e reparou bem no $uefora escrito ali> ion Promis ? *raidor e 0d2latra. +nt#o ele se lembrou muito bem daconversa $ue teve com seu avo a respeito de /retel e tambem veio?lhe a mente a suspostaacusa:#o de ion> 0dolatria. (as estava claro ali> a primeira palavra $ue fora usada na$uelaplaca era XtraidorX. *raidor diferente de 0dolatra, pela sua boa mem2ria *atam constatou$ue seu avo n#o lhe disse $ue ion era um XtraidorX. /omforme muitos

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    4uando *atam passou assombrado por este resto de monumento viu onde realmente estava,sim eles tinham che%ado a S!Q! PO+&*+, um lu%ar $ue antes

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    ?Bem, ent#o isso vo...?o me chame de vF a%ora, n#o necessrio, s2 me chame $uando toda a sua raivapassar,tudo bemM?Sim a', sentirei muita saudade, na verdade nem sei se eu vou voltar...?4ue a sorte dos cliri%os te acompanhe meu neto, $ue a sorte dos clri%os te acompanhe.

    +les se abra:aram com seus cora:8es tristes e $uebrantados. epois *atam se%urou nosombros de seu avF e disse um X!t lo%oX rouco e seco como o deserto. )m n2 se apossou deseu peito.

    *atam se virou e n#o olhou mais para tra9, se seu avF olha?se para ele na$uele instante veriaseus olhos vermelhos, mare

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    /!PQ*)-O 1@

    )m vento forte vinha do Oeste e a%redia o rosto de *atam. fa9ia al%um tempo $ueele tinha se despedido de seu avF. Sua alma ainda sofria ms al%o estranho aparecia na sua

    mente> a ima%em do livro e do mapa. o parecia um pensamento vindo dele, era umsentimento semelhante a uma premoni:#o ou al%o deste tipo. *atam tentou usar a l2%icadi9endo para ele mesmo $ue se tratava apenas de sua curiosidade em saber do $ue se tratavaa$uilo tudo mas n#o. X/om certe9a eu n#o vou para a 5e%i#o de (anar e tambm n#o voufa9er nada $ue o meu vF e a$uela XSenhora da usti:aX $uerX. isse o rapa9 em vo9 alta.

    *atam tambm sentia outra sensa:#o estranha> a de estar sendo se%uido, mas comoMSer $ue seu avF tinha decidido vi%ia?lo at um lu%ar suspostamente se%uro. o, ele n#oera uma pessoa deste tipo, se ele $uisesse fa9er al%o fa9ia claramente para $ue todossoubessem. (as depois da$uele dia em $ue ele o Xfor:ou a aceirar a miss#oX tudo eraposs'vel.

    ! estrada $ue ele pe%ou era instavel, umas ve9es estreita outras ve9es lar%a o

    bastante para acomadar vinte pessoas lado a lado. O piso da estranda tambm mudou, n#oera mais a$uelas pedras suntuosas de mer%uel ms paralelepipedos disformes alinhados demaneira tosca cobertos pela areia e tendo entre suas

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    aumentar cada ve9 mais. Para se prote

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    teria a%uardado nos destro:os das casas rente a estrada. - era um lu%ar se%uro. (as aexperiencia real s2 vem atravs da dor. + esta pelo XGriiiiiiiiX Para seu desespero o %an$u' tambm tinha se safado.

    a onde vinha a$uela lu9M +ra uma lu9 amarelada, clara e plcida. !$uilo n#o eranatural. Pelo contrrio, era sobrenatural. 4uando *atam olhou para cima notou o tamanhoda sua intensidade, era como um pe$ueno sol pairando em cima da tempestade. XO $ue eraa$uilo tudoM )ma conse$uencia do veneno $ue ele tinha tomado de ;ofarM (as seu avF n#otinha lhe dado o ant'dotoM +staria ele sonhando, dormindo ou tendo uma vis#oM + como eleiria se safarM Pois a tempestdade ainda continuava, ele estava no olho dela mas ela aindacontinuava.

    C

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    *odavia o ar vibrou e a lu9 $ue estava acima da tempestade come:ou a seintensificar. + depois de al%uns minutos al%o come:ou a se mover l em cima. O pe$ueno sol$ue pairava ali foi ficando com uma cor cada ve9 mais icandescente e pe$uenas esferascomo eletrons em volta de um tomo principiaram?se a cintilar. +las eram de um amareloclaro tendo em seu n"cleou uma colora:#o branco intensa pr2pria das %randes lu9es.

    !l%o come:ou a sair de l, tratava?se de um peda:o flame%ante parecido com umovo. 4uando ele come:ou a descer ,*atam reparou estupefad, $ue muistas chamas a9uis sedestacavam envolta dele como uma capa protetora. -o%o mais a$uele corpo desconhecidofoi transformando em uma forma humana. !s pe$uenas esferas de lu9 o acompanhavamcomo ave9 em volta de um castelo.

    /onforme ele baixava> ps, pernas, abdomem, torax, bra:os, m#os foram aparecendosempre de forma luminosa e incandescente terminando em uma cabe:a onde dois olhoscintilantes apareceram.

    O corpo de lu9 se mostrou em uma posi:#o onde sua perna es$uerda estava dobradaen$uando sua perna direita estava esticada. Os seus bra:os estavam abertos como $ue se ele$uisesse usa?los para e$uilibrar a aterrisa%em. Seus dedos encontravam?se dobrados como$ue se $uisessem se%urar al%uma coisa. &a$uele memento sua cabe:a estava enclinada com

    a$ueles olhos vermelhos fixos no rapa9, o ser parecia n#o ter nunhuma espcie de boca ounari9,s2 os olhos se revelavam.

    O ser tocou o ch#o, uma leve nuvem de poeira se levantou com bradura. ! lu9 estavat#o intensa $ue deixava a face do rapa9 mais branca do $ue o normal, sua pupilas seretra'ram. +le tentava colocar as m#os para se prote os (utantes +nvelhecidos, os 4ueieram de -on%e, (aronianos, *ermonitas, endora9es, mas todos eram teitos de carne eosso ms a$uele n#o era. O $ue era a$uilo, al%um tipo de...deusM

    eu?se uma pausa. ! "nica coisa aud'vel na$uele momento era a respira:#o ofe%antede *atam. !$uela criatura olhava de maneira determinada para o rapa9. +ram olhosestranhos...assustadores. O ser de lu9 recome:ou o dialo%o>?/omo a nescidade de sua ra:a saber de al%o e procurar l2%ica em tudo vou come:ardi9endo o $ue n#o sou para voc ter pelo menos uma pe$uena idia do $ue realmente eusou.?o sou um deus embora muitos da sua ra:a $uisessem $ue eu fosse. o sou um carrascoembora outros da sua ra:a tambm ima%inassem isso. o sou mortal. o sou feito damatria $ue vocs conhecem. o possuo esta forma embora tenho $ue us?la para $uemuitos de vocs realmente entendessem al%o de mim.?+nt#o voc n#o ira...me matar.

    A

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    ?+ntenda, n#o pretendo fa9er mau a sua carne, mas tenha cora%em, poucos tiveram oprivil%io $ue voc tem a%ora.?+nt#o fale?me o $ue $uer... ? 7alou resi%nado o rapa9.?0mpaciencia, uma outra caractrisica da sua espcie. !calme?se, tudo ser revelado na horaexata. /onhe:o seus ancestrais a muito tempo. i?os nascerem e crescerem. i muitos devocs oferecere ofertas para os deuses. *ambm presenciei cenas de ci"me, inve?ocs realmete acham $ue a %alxia de ;ofir o "nico lu%ar $ue existe vidaM oc

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    ?Simples, vocs se destroem mutuamente. 7a9 parte de voc mIs eu pensava $ue ao lon%odos anos vocs conse%uiram amainar esta semente de destrui:Io nos vossos cora:8es. 0ssotem me dado muito trabalho. (as tenho ordens a cumprir e n#o ouso $uestiona?las.?e $uem voc obedece ordensM?o posso di9er a%ora, um ser muito poderoso e alm das suas con

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    - oc sabe tudo, de todas as coisasM- o *atam, n#o sou t#o poderoso assim, sei apenas o necessrio. !t mais. + boa

    escolha.- +spere + esta tempestadeM /omo vou sair delaM- umanos, ansiosos como sempre.

    O ser de lu9 er%ueu o seu bra:o direito va%arosamente e fe9 com $ue sua m#oapontasse com o dedo indicador para cima. *odo o redemoinhio, a %rossa e revoltadacamadae de areia, as pedras, os animais mortos como:aram a baixar obedecendo ao seucomando. O barulho ensurdercedor voltou derrpente ms come:ou a desaparecer. &a suas$uedas as %randes pedras nachucaram a areia do deserto er%uendo uma pe$uena nvoa. Osanimais destro:ados e a ve Xeu vou cumprir a miss#o de Brima, pormais $ue esse ser se

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