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Parecer n° 01/2016 Coordenadoria Regional da Bacia Litorânea Contribuição dos Professores da Universidade Federal do Paraná - Centro de Estudos do Mar - Camila Domit e Daniel Hauer Queiroz Telles. Objeto: Análise da Minuta de Resolução Conama que dispõe sobre critérios e diretrizes gerais para o licenciamento ambiental e proposta de alteração, no Processo CONAMA n° 02000.001845/2015-32. 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS “Pedimos legitimamente ao pensamento que dissipe as brumas e as trevas, que ponha ordem e clareza no real, que revele as leis que o governam. A palavra complexidade só pode exprimir nosso incômodo, nossa confusão, nossa incapacidade para definir de modo simples, para nomear de modo claro, para ordenar nossas ideias.” (MORIN, 2011, p. 5) 1. Inicialmente, observa-se a ínfima divulgação e o exíguo pra- zo, concedido pelo Ministério do Meio Ambiente, entre os dias 04 e 14 de fevereiro de 2016, justamente no meio do Carnaval, para que os cidadãos tivessem conhecimento da alteração das Resoluções CONAMA nº 01/86 e 237/97, que tratam do licenciamento am- biental e efetuassem sugestões de alteração e complementação, especialmente, após a tragédia ocorrida na cidade histórica de Mariana, que apontou as fragilidades, não apenas da metodologia de licenciamento ambiental, como do próprio monitoramento e da fiscali- zação das atividades de maior impacto ambiental, de forma que a consulta pública encon- tra-se eivada de nulidade, por violar, inclusive, os princípios da publicidade e participação (Lei nº 9.784/1999, arts. 31 a 35). 2. Segundo, o patrimônio público ambiental é Patrimônio Natu- ral da Humanidade, e deve ser protegido como espaço público, à luz dos princípios inscul- pidos na Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, de 1972 (Declaração de Estocolmo); Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992; Agenda 21: Diretrizes para o desenvolvimento sustentável a longo prazo, a partir de temas prioritários, tais como: desmatamento, lixo, clima, solo, de - sertos, água, biotecnologia, etc.; Princípios para a Administração Sustentável das Flores- tas; Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), de 1992; Convenção sobre Mudan- ça do Clima, de 1992; Resolução da Assembleia Geral da ONU: criando a Comissão de Desenvolvimento Sustentável; Convenção para Prevenção da Poluição do Mar por Navios - Preservação do meio ambiente marinho contra poluição por óleo e outras substâncias, visando a diminuição do despejo incidental, de 1973; Convenção para Prevenção da Po - luição Marinha por Fontes Terrestres - Conjunto de medidas para proteção do meio ambi- ente marinho, de 1974; Convenção Regional do Kuwait sobre Proteção do Ambiente Mari- nho - Prevenir, combater a poluição do meio ambiente marinho, de 1978; Decreto nº 76.623/75 - Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Sel - vagens em Perigo de Extinção (1973); Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção de 2003 (Decreto nº 5.687/2006) (Mérida); Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado de 2004 (Palermo) (Decreto nº 5.015/2004); UNODC - Resolução nº 16/07 – aplicação da Convenção de Palermo para prevenção e combate ao tráfico ilícito internaci- onal de produtos florestais, da fauna silvestre e de outros recursos biológicos das flores- tas; Conselho da Europa - Decisão-Marco 2008/841/JAI: (i) harmonização dos tipos pe- nais dos Estados-membros para definir a ação de crime organizado; (ii) pessoas jurídicas

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Parecer n° 01/2016 – Coordenadoria Regional da Bacia LitorâneaContribuição dos Professores da Universidade Federal do Paraná - Centro de Estudos doMar - Camila Domit e Daniel Hauer Queiroz Telles.Objeto: Análise da Minuta de Resolução Conama que dispõe sobre critérios e diretrizesgerais para o licenciamento ambiental e proposta de alteração, no Processo CONAMA n°02000.001845/2015-32.

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

“Pedimos legitimamente ao pensamento que dissipe as brumas e as trevas,que ponha ordem e clareza no real, que revele as leis que o governam. Apalavra complexidade só pode exprimir nosso incômodo, nossa confusão,nossa incapacidade para definir de modo simples, para nomear de modoclaro, para ordenar nossas ideias.” (MORIN, 2011, p. 5)

1. Inicialmente, observa-se a ínfima divulgação e o exíguo pra-zo, concedido pelo Ministério do Meio Ambiente, entre os dias 04 e 14 de fevereiro de2016, justamente no meio do Carnaval, para que os cidadãos tivessem conhecimento daalteração das Resoluções CONAMA nº 01/86 e 237/97, que tratam do licenciamento am-biental e efetuassem sugestões de alteração e complementação, especialmente, após atragédia ocorrida na cidade histórica de Mariana, que apontou as fragilidades, não apenasda metodologia de licenciamento ambiental, como do próprio monitoramento e da fiscali-zação das atividades de maior impacto ambiental, de forma que a consulta pública encon-tra-se eivada de nulidade, por violar, inclusive, os princípios da publicidade e participação(Lei nº 9.784/1999, arts. 31 a 35).

2. Segundo, o patrimônio público ambiental é Patrimônio Natu-ral da Humanidade, e deve ser protegido como espaço público, à luz dos princípios inscul-pidos na Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano,de 1972 (Declaração de Estocolmo); Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambientee Desenvolvimento, de 1992; Agenda 21: Diretrizes para o desenvolvimento sustentável alongo prazo, a partir de temas prioritários, tais como: desmatamento, lixo, clima, solo, de-sertos, água, biotecnologia, etc.; Princípios para a Administração Sustentável das Flores-tas; Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), de 1992; Convenção sobre Mudan-ça do Clima, de 1992; Resolução da Assembleia Geral da ONU: criando a Comissão deDesenvolvimento Sustentável; Convenção para Prevenção da Poluição do Mar por Navios- Preservação do meio ambiente marinho contra poluição por óleo e outras substâncias,visando a diminuição do despejo incidental, de 1973; Convenção para Prevenção da Po-luição Marinha por Fontes Terrestres - Conjunto de medidas para proteção do meio ambi-ente marinho, de 1974; Convenção Regional do Kuwait sobre Proteção do Ambiente Mari -nho - Prevenir, combater a poluição do meio ambiente marinho, de 1978; Decreto nº76.623/75 - Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Sel -vagens em Perigo de Extinção (1973); Convenção das Nações Unidas contra a Corrupçãode 2003 (Decreto nº 5.687/2006) (Mérida); Convenção das Nações Unidas contra o CrimeOrganizado de 2004 (Palermo) (Decreto nº 5.015/2004); UNODC - Resolução nº 16/07 –aplicação da Convenção de Palermo para prevenção e combate ao tráfico ilícito internaci-onal de produtos florestais, da fauna silvestre e de outros recursos biológicos das flores-tas; Conselho da Europa - Decisão-Marco 2008/841/JAI: (i) harmonização dos tipos pe-nais dos Estados-membros para definir a ação de crime organizado; (ii) pessoas jurídicas

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responsáveis pelos delitos de associação criminosa; (iii) aplicação da Unidade Europeiade Cooperação Judiciária (Eurojust) (crimes ambientais e associação criminosa); Princí-pios do Equador.

Complementando estas iniciativas, tem-se ainda a instituiçãodo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), implementado, em conjunto, pelo BancoMundial, pelo Programa de Desenvolvimento da ONU (PNUD) e pelo Programa Ambientaldas Nações Unidas (UNEP) (1991); Declaração do Direito ao Desenvolvimento (1986);Painel da ONU sobre Biodiversidade (1993); Declaração e Programa de Ação de Viena de1993; Conferência sobre População e Desenvolvimento (Cairo) (1994); Convenção daONU sobre o Combate à Desertificação (Paris) (1994); Segunda Conferência Mundial so-bre Assentamentos Humanos (Habitat II) (Istambul) (1996); Protocolo de Kyoto (1997);Conferência Mundial do Milênio da ONU (Nova York) (2000); Protocolo de Biossegurançade Cartagena (Canadá) (2000); Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio(Doha) (2001); Conferência Internacional da ONU sobre Financiamento para o Desenvol -vimento (Monterrey) (2002).

No mesmo sentido, o arcabouço legislativo brasileiro de prote-ção ao meio ambiente: Constituição Federal (artigo 5º, LXXIII, 23, I, III, IV, VI, VII, IX, XI,24, VI, VII e VIII, 129, III, 170, VI, 186, II, 200, VIII, 220, § 3º , II e 225); Lei Federal nº6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente; Decreto Federal nº 99.274/90; Lei Federalnº 9.605/98 - Lei de Crimes Ambientais; Decreto Federal nº 6.514/08; Lei nº 9.985/2000 -Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza; Lei nº 11.428/2006 - MataAtlântica; a Lei nº 11.284/2006 - Gestão de florestas públicas para a produção sustentá-vel; Lei nº 12.651/2012 - Código Florestal; Resolução CONAMA nº 01/1986 e 237/97 - Li -cenciamento Ambiental; Portaria MMA no 09/2007 – Reconhecimento de áreas prioritáriaspara a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidadebrasileira; Banco Central: Resolução nº 4.327/2014 - Responsabilidade Socioambiental;Protocolo Verde: Instituições Financeiras Públicas Brasileiras e Ministério do Meio Ambi-ente; BNDES: Guias Socioambientais de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitá-rio e Carta de Princípios para o Desenvolvimento Sustentável de 1995 (Protocolo Verde);Conselho Federal de Contabilidade (CFC): critérios para o exercício contábil dos passivose ativos socioambientais das pessoas jurídicas empresariais (Resolução nº 751/1993 eNBC T nº 15/2004); Lei nº 12.850/2013; Lei Complementar nº 101/00 - Lei de Responsabi-lidade Fiscal; Lei Complementar nº 131/09 - Lei da Transparência; Lei nº 12.527/11 - Leide Acesso à Informação; Lei nº 10.650/03 - Lei da Transparência do SISNAMA. No Esta-do do Paraná, a Lei nº 10.066/1992, cria a Secretaria de Estado do Meio Ambiente –SEMA e a entidade autárquica Instituto Ambiental do Paraná – IAP. A Lei nº 10.247/1993dispõe que é competência do IAP, a fiscalização pelo cumprimento de normas de prote-ção da flora e da fauna no Estado do Paraná. O Decreto Estadual nº 1.502/1992 aprova oRegulamento do Instituto Ambiental do Paraná – IAP e a Instrução Normativa n° 001/2011– IAP/GP estabelece critérios para a instrução de procedimentos administrativos junto aoIAP.

3. Terceiro, na esteira da reflexão de Edgar Morin, “o conheci-mento científico também foi durante muito tempo e com frequência ainda continua sendoconcebido como tendo por missão dissipar a aparente complexidade dos fenômenos a fimde revelar a ordem simples a que eles obedecem” (MORIN, 2011, p. 5), de forma que sedeve reconhecer a complexidade, a abrangência e a interdisciplinaridade das normas edo próprio conhecimento científico que subjaz a esfera do desenvolvimento e da proteçãoambiental.

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Por esta razão, “os modos simplificadores de conhecimentomutilam mais do que exprimem as realidades ou os fenômenos de que tratam, torna-seevidente que eles produzem mais cegueira do que elucidação” (MORIN, 2011, p. 5). Issosignifica a necessidade dos órgãos ambientais, componentes do SISNAMA (Sistema Na-cional de Meio Ambiente), e demais instituições de planejamento, controle interno e exter-no, monitoramento e fiscalização, se fortalecerem, no sentido de capacitar a equipe técni-ca, integrar as instituições geradoras de conhecimento técnico, melhorar os métodos eprocedimentos analíticos envolvidos em seu trabalho, planejamento, fiscalização, aplica-ção de sanções e orientação dos cidadãos, administrados e jurisdicionados, pessoas físi-cas e jurídicas, para permitir procedimentos administrativos e processos judiciais eficazes,impessoais e transparentes, em respeito aos princípios da eficiência, prevenção, precau-ção, poluidor-pagador e proibição de retrocesso ou não regressão (stand still, cliquet anti-retour, cláusula de status quo, eternity clause, entrenched clause, prohibición de regresivi-dad/retroceso).

No cerne deste princípio, reside um dever de não regressão im-posto ao Poder Público, traduzido, inclusive, na fórmula positiva, como um princípio deprogressão (PRIEUR, 2012, p. 13-15). Ademais, o princípio de não regressão permeia ainterpretação constitucional, a edição de leis e a consolidação da jurisprudência, e, porisso, deve ser fundado em sólida argumentação jurídica, agregando-se a outros princípioscomo prevenção, precaução, poluidor-pagador e participação pública. O corolário, portan-to, da compreensão deste princípio é jamais perder de vista a finalidade protetiva do Direi-to Ambiental, amparada pela universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direi -tos humanos, insculpidas na Declaração de Direitos Humanos de Viena de 1993. Logo,além da impossibilidade do retrocesso, deve-se progredir na prevenção, precaução e fis-calização das infrações ambientais.

A normativa supra exposta esclarece que a fiscalização ambi-ental é o cerne das atribuições das instituições e dos servidores públicos que compõem oSISNAMA e consiste em desenvolver ações de controle e vigilância destinadas a impediro estabelecimento ou a continuidade de atividades consideradas lesivas ao meio ambien-te, ou ainda, aquelas realizadas em desconformidade com o que foi autorizado pelo PoderPúblico. Em caso de lesão ao bem jurídico ambiental, contudo, cabe ao infrator reparar odano causado, nas esferas administrativa, cível e criminal. Os prejuízos patrimoniais e ex-trapatrimoniais, assim, devem ser ressarcidos (art.1º, I, da Lei nº. 7.347/85). A reparaçãointegral do dano ambiental não se confunde com a reconstituição do bem lesado, havendouma presunção da necessidade de cumulação dessa reconstituição (restauração ou recu-peração) com o dever de indenização/compensação do dano ambiental, em decorrênciada sua complexidade, do amplo espectro de impacto na flora, fauna e ser humano e dodesestímulo à degradação ambiental, do dano real post factum e do dano provável.

4. Quarto, o desenvolvimento deve ser sustentado em três pi-lares: (i) o respeito ao Estado de Direito Ambiental, (ii) a obediência aos Princípios Repu-blicanos e (iii) o respaldo Democrático, baseado na cooperação humana, o que significa,inclusive, o incentivo a mecanismos democráticos como participação pública, aprendizadosocial, sustentabilidade e empoderamento. Esta abordagem se coaduna com a teoria deAmartya Sen do desenvolvimento como liberdade e expansão das capacidades. Portanto,a partir da Constituição de 1988, buscou-se estruturar um sistema normativo de proteçãoaos direitos fundamentais, sociais e ambientais, e de deveres correspectivos, dentre eles,o dever de prevenção, fiscalização e punição das infrações ambientais, impondo-se aoPoder Público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente, punindo-se os respectivos infratores, e destinando-se os recursos auferidos à restauração e recu-

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peração do dano ambiental. Neste contexto, o adequado e prudente licenciamento ambi-ental tem guarida na Constituição Federal, que exige, para instalação de obra ou atividadepotencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo préviode impacto ambiental, a que se dará publicidade (CF 1988, art. 225, §1o, IV).

Neste sentido, constrói-se e mantém-se o Estado de DireitoAmbiental, alicerçado sobre a eficácia das normas ambientais e impulsionado pelo seuefeito concretizador, com a conservação, preservação e recuperação dos bens jurídicosambientais. Existe, portanto, um dever constitucional, chancelado sob a perspectiva inter-nacional, de que o Estado busque formas lícitas de unir esforços para aprimorar a eficáciae a transparência da fiscalização e recuperação do dano ambiental. O planejamento, atransparência, a fiscalização e o devido processo legal, na aplicação das sanções, visa,inclusive, ao cumprimento do princípio da eficiência, pois a Administração Pública deveprimar pela gestão dos bens e serviços públicos, pautada pelo respeito à legalidade, emseu sentido formal e material, pois submetida aos princípios constitucionais, pilares do sis-tema jurídico brasileiro, bem como pela observância ao interesse público. Este princípioimpõe à Administração Pública, e aos seus agentes, o desempenho de suas atribuiçõescom imparcialidade, neutralidade, transparência, participação da comunidade e eficácia,visando obter o melhor proveito social dos recursos públicos que lhe sejam disponíveis,evitando-se desperdícios, para, com melhor qualidade, buscar atingir o bem comum, ouseja, a maximização dos recursos disponíveis, para que se possa alcançar os melhoresresultados possíveis.

O corolário do Estado Democrático é a pluralidade e a partici-pação da sociedade civil nas decisões acerca do planejamento da instalação de empreen-dimentos e aplicação dos recursos para a proteção, recuperação dos bens lesados, re-composição do dano e compensação ambiental. A condição humana da pluralidade cor-responde justamente à ação respeitosa dos seres enquanto identidades singulares quecompartilham um mundo comum, sem coação, e, a partir do diálogo, estatuem o direito le-gítimo (ARENDT, 2001, p. 189).

O Estado de Direito Ambiental estrutura-se nas Convenções In-ternacionais, na Constituição da República e na Legislação infraconstitucional, que exigeo respeito às normas ambientais como sustentáculo da autoridade do Estado soberano.Salientando-se que o desenvolvimento nacional e a promoção do bem de todos são obje-tivos fundamentais da República Federativa do Brasil, cujas relações internacionais de-vem ser baseadas na prevalência dos direitos humanos e na cooperação entre os povospara o progresso da humanidade.

Os Princípios Constitucionais, consolidados também nos trata-dos internacionais, pautam-se na República e na Democracia. A Res publica é prevista nopreâmbulo da Constituição Federal e constitui fundamento do Estado Democrático de Di-reito (art. 1º, caput, 3º, caput e 4º, caput). A Democracia também é instituída no preâmbu-lo como forma de assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, asegurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supre-mos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia soci -al e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das contro-vérsias (art. 1º, caput e § único). O desenvolvimento, sustentado nos pilares acima, e ver-dadeiramente sustentável, requer a cooperação do sistema internacional (OrganizaçõesInternacionais, Estados, associações e sociedades civis) e a cooperação interinstitucional,das diversas agências governamentais, inclusive do Ministério Público, que pode estimu-lar a articulação das diversas instituições de cooperação para promover o desenvolvimen-to sustentado e humano e defender o patrimônio público ambiental.

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2. PROPOSTA DE REDAÇÃO

Utilizou-se, como metodologia de trabalho, a análise dos arti-gos da minuta da resolução e, logo abaixo de cada artigo, a proposta de redação em con-sonância com a construção legislativa nacional e internacional de proteção ao meio ambi-ente em sua complexa interação.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA

Dispõe sobre os critérios e diretrizes gerais do 1 licenciamento ambiental, disciplina suasmodalidades, 2 estudos ambientais, bem como seus procedimentos, e 3 dá outras provi-dências.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuiçõesque lhe conferem o art. 8º da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e o art. 7º do Decretonº 99.274, 6 de 06 de julho de 1990, e 7

Considerando o artigo 225, caput, da Constituição Federal que propugna que todos têmdireito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e es-sencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o deverde defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

Considerando as normas fixadas pela Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de2011 para a 8 cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípiosnas ações administrativas 9 decorrentes do exercício da competência comum relativas àproteção das paisagens naturais 10 notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate àpoluição em qualquer de suas formas e à 11 preservação das florestas, da fauna e da flo-ra; 12

Considerando a necessidade de harmonizar as ações administrativas dos órgãos do Sis-tema 13 Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA na execução da Política Nacional doMeio Ambiente, 14 em conformidade com as respectivas competências; 15 Considerando a necessidade de estabelecer as definições, as responsabilidades, os crité-rios básicos 16 e as diretrizes gerais para o licenciamento ambiental e a apresentação deestudos ambientais, ambos 17 instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente; 18

Considerando a necessidade de aumentar a transparência, modernizar e dar eficiênciaaos 19 procedimentos de licenciamento ambiental, bem como promover o desenvolvimen-to sustentável, 20 por meio do equilíbrio entre a proteção do meio ambiente e o desenvol -vimento socioeconômico, 21 observando a dignidade da pessoa humana, a erradicaçãoda pobreza e a redução das desigualdades 22 sociais e regionais, resolve: 23

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CAPÍTULO I 24DISPOSIÇÕES GERAIS 25

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os critérios e diretrizes gerais do licenciamento ambi-ental, 26 disciplina suas modalidades, estudos ambientais, bem como seus procedimen-tos. 27

Art. 2º Para efeitos desta Resolução são adotadas as seguintes definições: 28

Original - I – Licenciamento Ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenci-ar 29 empreendimentos ou atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou po-tencialmente 30 poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambi-ental; 31

Proposta - I - Licenciamento Ambiental: o procedimento administrativo pelo qual o órgãoambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de ativi -dades e empreendimentos utilizadores de recursos ambientais e do patrimônio natural,consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma,possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamen-tares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

II – Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, esta-belece as 32 condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obe-decidas pelo 33 empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar eoperar empreendimentos 34 ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais considera-das efetiva ou potencialmente 35 poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possamcausar degradação ambiental. 36

Original - III – Impacto ambiental: alteração da qualidade ambiental que resulta da modi-ficação de processos 37 naturais ou sociais provocada por ação humana. 38

Proposta - III – Impacto ambiental: alteração da estrutura, dinâmica e qualidade ambien-tal, que resulta da modificação de processos 37 naturais ou sociais, provocada por açãohumana, a curto, médio ou longo prazo, de efeito agudo, crônico e/ou sinérgico, 38 quedireta ou indiretamente afetam: (i) a saúde, a segurança e o bem-estar da população; (ii)as atividades sociais e econômicas; (iii) a biota; (iv) as condições culturais, estéticas, his-tóricas, paisagísticas e sanitárias do meio ambiente; (v) a qualidade dos recursos ambi-entais. IV – Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambien-tais, 39 referentes à localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimen-to ou atividade, 40 apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, com-preendendo: 41

Original - a) estudos de avaliação de impacto ambiental: estudos ambientais elaboradosde forma a subsidiar 42 a análise da viabilidade ambiental de um empreendimento ou ati-vidade, contemplando a avaliação 43 da extensão e intensidade dos potenciais impactosambientais decorrentes da sua instalação e 44 operação, e a proposição de medidas miti -

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gadoras, compensatórias e de monitoramento para a 45 viabilização do projeto, tais comoRelatório Ambiental Simplificado ou Preliminar, Estudo 46 Ambiental Simplificado ou Preli-minar, e Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EIA/RIMA. 47

Proposta - a) estudos de avaliação de impacto ambiental: estudos ambientais elaboradosde forma a subsidiar 42 a análise da viabilidade ambiental e social de um empreendimen-to ou atividade, contemplando a avaliação 43 da extensão e intensidade dos potenciaisimpactos ambientais, efeitos e consequências decorrentes da sua instalação, ampliaçãoe 44 operação, e a proposição de medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias,além dos fatores de monitoramento e acompanhamento das alterações e impactos pre-vistos, desta forma, 45 viabilizando o projeto, tais como Relatório Ambiental Simplificadoou Preliminar, Estudo 46 Ambiental Simplificado ou Preliminar e Estudo (Prévio) de Im-pacto Ambiental (EIA/RIMA). 47

Original - b) demais estudos ambientais: estudos técnicos necessários para subsidiar, noâmbito do 48 licenciamento, as atividades de controle, mitigação e monitoramento do em-preendimento ou 49 atividade, tais como estudo de análise de risco, plano de controleambiental, plano de recuperação 50 de área degradada, estudo de dispersão de poluen-tes e relatório de auditoria ambiental. 51 Proposta - b) demais estudos ambientais: estudos técnicos necessários para subsidiar,no âmbito do 48 licenciamento, as atividades de prevenção, controle, mitigação e monito-ramento do empreendimento ou 49 atividade, tais como estudo de análise de risco, planoe programa de controle ambiental, plano de recuperação 50 de área degradada, estudode dispersão de poluentes, relatório de auditoria ambiental, 51 diagnóstico ambiental,plano de manejo, plano de gerenciamento de resíduos sólidos – PGRS, plano de gerenci -amento de efluentes líquidos – PGEL, programa de monitoramento da qualidade do ar,programa de controle e monitoramento de ruído, programa de controle e monitoramentode efluentes líquidos, programa de gerenciamento de risco – PGR e plano de ação deemergência – PAE, programa de monitoramento da flora, programa de controle da su-pressão vegetal, programa de reposição florestal, programa de plantio compensatório,programa de resgate de fauna, programa de monitoramento de fauna, programa de patri-mônio histórico e arqueológico, programa de comunicação social, programa de educaçãoambiental, elaboração de mapas de risco e de sensibilidade ambiental, dentre outros;

Proposta - V - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo re-latório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadualcompetente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificado-ras do meio ambiente, tais como: (i) Rodovias; (ii) Ferrovias; (iii) Portos e terminais de mi-nério, petróleo e produtos químicos; (iv) Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, ar-tigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; (v) Oleodutos, gasodutos, minerodutos, tron-cos coletores e emissários de esgotos sanitários; (vi) Linhas de transmissão de energiaelétrica, acima de 230KV; (vii) Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos,tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irriga-ção, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursosd'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; (viii) Extraçãode combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); (ix) Extração de minério, inclusive os daclasse II, definidas no Código de Mineração; (x) Aterros sanitários, processamento e des-

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tino final de resíduos tóxicos ou perigosos; (xi) Usinas de geração de eletricidade, qual-quer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; (xii) Complexo e unidades in -dustriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de ál-cool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); (xiii) Distritos industriais e zonas es-tritamente industriais – ZEI; (xiv) Exploração econômica de madeira ou de lenha, quandoatingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vistaambiental; (xv) Projetos urbanísticos, em áreas consideradas de relevante interesse am-biental, bem como projetos de loteamentos e de implantação de vias estruturais, especi-almente indutores da expansão do perímetro urbano, a critério da SEMA e dos órgãosmunicipais e estaduais competentes, e em observação ao Art. 2º do Estatuto da Cidade,especialmente em seus itens IV, VI, VII, VIII e IX; (xvi) Qualquer atividade que utilize car -vão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia e outras atividades, confor-me determinação do órgão ambiental; (xvii) Outras atividades conforme determinação doórgão ambiental.

CAPÍTULO II 52DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL 53

Seção I 54Das Disposições Gerais 55

Original - Art. 3º A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e opera-ção de 56 empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva oupotencialmente 57 poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental dependerão de prévio 58 licenciamento ambiental, sem prejuízo de outros atosautorizativos exigíveis. 59

Proposta - Art. 3º A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e opera-ção de 56 atividades e empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva oupotencialmente 57 poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental ou alteração na dinâmica e estrutura ecológica local, dependerão de prévio 58licenciamento ambiental, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§1º Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades relaci-onadas no 60 Anexo Único, parte integrante desta Resolução. 61

Original - §2º O detalhamento e a complementação do Anexo Único, incluindo a indica-ção de porte mínimo, 62 poderão ser realizados pelos (entes federativos/conselhos demeio ambiente), a partir de iniciativa 63 dos órgãos ambientais licenciadores, levando emconsideração os critérios de porte, potencial 64 poluidor/degradador e a natureza da ativi -dade ou empreendimento. 65

Proposta - §2º O detalhamento e a complementação do Anexo Único, incluindo a indica-ção de porte mínimo, 62 poderá ser realizado pela União (Conselho Nacional de MeioAmbiente), a partir de iniciativa 63 dos órgãos ambientais licenciadores e do ICMBio, le-vando em consideração os critérios de porte, potencial 64 poluidor/degradador, a nature-za da atividade ou empreendimento, os riscos ambientais e o impacto sinérgico65, que

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servirá de parâmetro para os Estados e Municípios, que poderão complementar o rol deempreendimentos e atividades, visando-se a maior proteção do patrimônio natural.

Original - §3º Poderão ser objeto de cadastro, a juízo do órgão ambiental licenciador, osempreendimentos 66 ou atividades que não sejam considerados efetiva ou potencialmen-te poluidores ou capazes, sob 67 qualquer forma, de causar degradação ambiental, le-vando em consideração os critérios de porte, 68 potencial poluidor/degradador ou nature-za. 69

Proposta - §3º Poderão ser objeto de cadastro, a juízo do órgão ambiental licenciador, osempreendimentos 66 ou atividades que não sejam considerados efetiva ou potencialmen-te poluidores ou capazes, sob 67 qualquer forma, de causar degradação ambiental, le-vando em consideração os critérios de porte, 68 potencial poluidor/degradador ou nature-za 69, as especificidades, os riscos ambientais, o impacto sinérgico e outras característi -cas do empreendimento ou atividade.

Original - Art. 4º. Constituem modalidades de licenciamento ambiental, dentre outras: 70I – licenciamento ambiental trifásico; 71II – licenciamento ambiental unificado; 72III – licenciamento ambiental por adesão e compromisso; e 73IV – licenciamento ambiental por registro. 74

Proposta - Art. 4º. Constituem modalidades de licenciamento ambiental, dentre outras: 70I – licenciamento ambiental trifásico; 71II – licenciamento ambiental unificado; 72III – licenciamento ambiental por adesão e compromisso; e 73IV – licenciamento ambiental por registro. 74 - EXCLUIR

Original - Art. 5º Os (entes federativos/conselhos de meio ambiente), no âmbito de suascompetências, 75 deverão definir, em ato normativo, o enquadramento do empreendi-mento ou atividade, 76 observados, dentre outros, os critérios de porte, potencial polui-dor/degradador e natureza, que 77 estabelecerá: 78

Proposta - Art. 5º A União (Conselho Nacional de Meio Ambiente) 75 deverá definir, emato normativo, o enquadramento do empreendimento ou atividade, 76 observados, dentreoutros, os critérios de porte, potencial poluidor/degradador, a natureza, os riscos ambien-tais e o impacto sinérgico do empreendimento, que 77 servirá como parâmetro para osEstados e Municípios, e estabelecerá: 78

I – a modalidade de licenciamento ambiental a ser adotada; 79II – o estudo ambiental e respectivo procedimento de licenciamento ambiental. 80

Original - Parágrafo único. Para fins do enquadramento de que trata o caput deste arti-go, também poderão 81 ser considerados critérios locacionais. 82

Proposta - Parágrafo único. Para fins do enquadramento de que trata o caput deste arti -go, também deverão 81 ser considerados critérios locacionais e a Avaliação AmbientalEstratégica e Integrada da Bacia Hidrográfica. 82

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Seção II 83Das Modalidades de Licenciamento Ambiental 84

Art. 6º O licenciamento ambiental trifásico avalia, em etapas, a viabilidade ambiental,quanto à 85 concepção e localização, a instalação e a operação de um empreendimentoou atividade, resultando 86 na concessão de licenças ambientais específicas: 87I – Licença Prévia (LP): atesta sobre a viabilidade ambiental do empreendimento ou ativi -dade quanto à 88 sua concepção e localização, com o estabelecimento dos requisitosbásicos e condicionantes a 89 serem atendidos nas próximas fases de sua implementa-ção, pontuando-se a necessidade de um compromisso técnico acerca dos requisitos detodo o procedimento; 90II – Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou atividade, deacordo 91 com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprova-dos, incluindo as 92 medidas de controle ambiental e demais condicionantes; 93III – Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou empreendimento,após a 94 verificação do efetivo cumprimento das licenças anteriores, com as medidas decontrole ambiental 95 e condicionantes determinados para a operação e, quando neces-sário, para a sua desativação. 96

Original - Parágrafo único. As licenças de que trata este artigo poderão ser emitidas iso-lada, sucessiva ou 97 concomitantemente, de acordo com a natureza, características efase do empreendimento ou 98 atividade, e os procedimentos definidos pelo órgão ambi-ental licenciador. 99

Proposta - Parágrafo único. As licenças de que trata este artigo poderão ser emitidas iso-lada ou sucessivamente 97, de acordo com a natureza, característica, impacto e fase doempreendimento ou 98 atividade, e os procedimentos definidos pelo órgão ambiental li-cenciador 99, exigindo-se avaliação, fiscalização e monitoramento continuados das eta-pas do licenciamento ambiental.

Art. 7º O licenciamento ambiental unificado avalia conjuntamente, em uma única etapa, a100 viabilidade ambiental, quanto à concepção e localização, a instalação e a operaçãodo 101 empreendimento ou atividade, resultando na concessão de uma Licença Ambien-tal Única (LU). 102

Art. 8º O licenciamento ambiental por adesão e compromisso será realizado, preferencial-mente, 103 por meio eletrônico, em uma única etapa, por meio de declaração de adesãoe compromisso do 104 empreendedor aos critérios e pré-condições estabelecidos pelo ór-gão ambiental licenciador para a 105 instalação e operação do empreendimento ou ativi -dade, resultando na concessão de uma Licença 106 Ambiental por Adesão e Compromis-so (LAC). 107

Original - Art. 9º O licenciamento ambiental por registro, de caráter declaratório, consisteem registro, 108 preferencialmente em meio eletrônico, no qual o empreendedor insereos dados e informações 109 relativos ao empreendimento ou atividade, a serem especifi-cados pelo órgão licenciador, 110 resultando na emissão de uma Licença Ambiental porRegistro. 111

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Proposta - Art. 9º O licenciamento ambiental por registro, de caráter declaratório, consisteem registro, 108 preferencialmente em meio eletrônico, no qual o empreendedor insereos dados e informações 109 relativos ao empreendimento ou atividade, a serem especifi-cados pelo órgão licenciador, 110 resultando na emissão de uma Licença Ambiental porRegistro. 111EXCLUIR

CAPÍTULO III 112DOS ESTUDOS AMBIENTAIS 113Seção I 114Disposições Gerais 115

Original - Art. 10. O órgão ambiental licenciador exigirá, para fins do licenciamento deque tratam os incisos 116 I e II do art. 4º e com base no enquadramento realizado na for-ma do art. 5º, ambos desta Resolução, 117 a elaboração de estudos ambientais, com oobjetivo de subsidiar a identificação e avaliação dos 118 potenciais impactos ao meio am-biente e das respectivas medidas mitigadoras e compensatórias. 119

Proposta - Art. 10. O órgão ambiental licenciador exigirá, para fins do licenciamento deque tratam os incisos 116 I, II e III, do art. 4º e com base no enquadramento realizado naforma do art. 5º, ambos desta Resolução, 117 a elaboração de estudos ambientais, como objetivo de subsidiar a identificação, mensuração e avaliação dos 118 potenciais impac-tos ao meio ambiente, diretos, indiretos, agudos, crônicos e/ou sinérgicos e das respecti -vas medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias. 119

Original - §1º Os estudos ambientais necessários ao processo de licenciamento deverãoser realizados por 120 profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreende-dor. 121 sob o princípio da transparência.

Proposta - §1º Os estudos ambientais necessários ao processo de licenciamento deverãoser realizados por 120 profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreende-dor, mas acompanhados, fiscalizados e supervisionados, pelos órgão licenciador 121,respeitando-se o princípio da transparência.

Original - §2º O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos ambientaisserão responsáveis 122 pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções pre-vistas na legislação. 123 5

Proposta - §2º - O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos previs-tos no caput deste artigo serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujei-tando-se às sanções administrativas, civis e penais.

Proposta§3º Os profissionais que subscrevem os estudos ambientais devem possuir independên-cia técnica, em relação à empresa e ao grupo econômico contratante, e preencher umadeclaração acerca da existência de conflito de interesses.

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§4º Os estudos ambientais realizados pelos profissionais são dirigidos ao órgão ambien-tal e custeados pelo empreendedor, de forma que o órgão ambiental terá amplo acesso aqualquer estudo, parecer ou relatório, que forneça subsídio ao licenciamento ambiental.§5º Os servidores públicos que analisarão o licenciamento ambiental e os estudos devemser concursados, não podem ter recebido qualquer vantagem do empreendedor do em-preendimento e do grupo econômico, e apresentar antecedentes que demonstrem apti -dão para o exercício da função, e devem preencher uma declaração acerca da existênciade conflito de interesses.§6º As informações geradas nos estudos ambientais e os mapas deverão ser tornadaspúblicas e disponibilizadas no Portal da Transparência dos órgãos ambientais em tempohábil para a realização das audiências públicas, inclusive os relatórios e pareceres quelhe derem suporte técnico.

Original - Art. 11. Para fins do enquadramento de que trata o art. 5º desta Resolução, o(ente 124 federativo/conselho de meio ambiente) definirá os tipos de estudos de avalia-ção de impacto 125 ambiental, a serem exigidos em função da magnitude dos impactosesperados, considerando os 126 critérios de porte, potencial poluidor/degradador, nature-za e localização do empreendimento ou 127 atividade. 128

Proposta - Art. 11. Para fins do enquadramento de que trata o art. 5º desta Resolução aUnião (Conselho Nacional de Meio Ambiente) definirá os tipos de estudos de avaliaçãode impacto 125 ambiental, a serem exigidos em função da magnitude dos impactos espe-rados, considerando os 126 critérios de porte, potencial poluidor/degradador, natureza elocalização do empreendimento ou 127 atividade, riscos ambientais e impacto sinérgico128, que servirá de parâmetro para os Estados e Municípios, que poderão aumentar o rolde exigências, visando-se a maior proteção do patrimônio natural.

Original - §1º O licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades, efetiva oupotencialmente 129 causadoras de significativa degradação do meio ambiente, conformedefinido pelo (ente 130 federativo/conselho de meio ambiente) no enquadramento de quetrata o art. 5º desta Resolução 131 dependerá de Estudo Prévio de Impacto Ambiental erespectivo Relatório de Impacto Ambiental 132 (EIA/RIMA), aos quais se dará publicida-de. 133

Proposta - §1º O licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades, efetiva oupotencialmente 129 causadoras de significativa degradação do meio ambiente, conformedefinido pela União (Conselho Nacional de Meio Ambiente) no enquadramento de quetrata o art. 5º desta Resolução 131 dependerá de Estudo (Prévio) de Impacto Ambiental erespectivo Relatório de Impacto Ambiental 132 (EIA/RIMA), aos quais se dará publicidade133, garantindo-se a realização de audiências públicas.

Original - §2º A existência de instrumentos estratégicos de planejamento e gestão ambi-ental, tais com o 134 Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE, Avaliação Ambiental Inte-grada e Avaliação Ambiental 135 Estratégica, autorizará o órgão ambiental licenciador arealizar enquadramento específico, 136 independentemente daquele estabelecido combase no art. 5º desta Resolução. 137

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Proposta - §2º A existência de instrumentos estratégicos de planejamento e gestão ambi-ental, tais com o 134 Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE, Avaliação Ambiental In-tegrada e Avaliação Ambiental 135 Estratégica, deverá ser utilizada como parâmetro téc-nico para o órgão ambiental licenciador a realizar enquadramento específico, 136 em ali -nhamento ao estabelecido no art. 5º desta Resolução 137 e prevalecendo-se, sempre, anorma mais protetiva à conservação do patrimônio natural.

Original - Art. 12. O órgão ambiental licenciador deverá definir e disponibilizar Termos deReferência, para 138 fins de orientação, de forma clara e objetiva, do conteúdo dos estu-dos ambientais, considerando as 139 especificidades do empreendimento ou atividade.140 Proposta - Art. 12. O órgão ambiental licenciador deverá definir, sob aprovação de seurespectivo Conselho de Meio Ambiente, e disponibilizar Termos de Referência, para 138fins de orientação, de forma clara e objetiva, do conteúdo dos estudos ambientais, consi -derando as 139 especificidades do empreendimento ou atividade140, os riscos ambien-tais e o impacto sinérgico.Parágrafo Único: os tópicos mínimos a serem exigidos para os estudos de impacto ambi -ental devem constar em Termos de Referência, para cada atividade, os quais devem serpadronizados pela União, podendo-se as Unidades da Federação aumentar o rol de exi-gências, visando-se a maior proteção ao patrimônio natural, principalmente quando setratar de área reconhecida como prioritária para a conservação de espécies e ambientese próximas a Unidades de Conservação.

Seção II 141Do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambien-tal 142

Original - Art. 13. O licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades efetivaou potencialmente 143 causadoras de significativa degradação do meio ambiente, confor-me definido pelo ente 144 federativo/conselho de meio ambiente no enquadramento deque trata o art. 5º desta Resolução, 145 dependerá de Estudo Prévio de Impacto Ambien-tal e respectivo Relatório de Impacto Ambiental 146 (EIA/RIMA), aos quais se dará publi-cidade. 147 (Observação: redação igual ao art. 11, § 1o).

Proposta - Art. 13. O licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades efetivaou potencialmente 143 causadoras de significativa degradação do meio ambiente, con-forme definido pela União (Conselho Nacional de Meio Ambiente), no enquadramento deque trata o art. 5º desta Resolução, 145 dependerá de Estudo (Prévio) de Impacto Ambi-ental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental 146 (EIA/RIMA), aos quais se dará pu-blicidade, em prazo hábil para apreciação, 147 garantindo-se a realização de audiênciaspúblicas.

Original - Parágrafo único. A elaboração do EIA/RIMA previsto no caput deste artigodeve ser será realizada 148 por equipe multidisciplinar devidamente habilitada nas res-pectivas áreas de atuação. 149

Proposta

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§1º A elaboração do EIA/RIMA previsto no caput deste artigo deve ser realizada 148 porequipe multidisciplinar devidamente habilitada nas respectivas áreas de atuação 149.§2º Os profissionais que subscrevem os estudos ambientais devem possuir independên-cia técnica, em relação à empresa e ao grupo econômico e preencher uma declaraçãoacerca da existência de conflito de interesses.§3º O Estudo (Prévio) de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental146 (EIA/RIMA) são dirigidos à sociedade civil, guardados pelo órgão ambiental e custea-dos pelo empreendedor, de forma que o órgão ambiental terá acesso à qualquer estudo,parecer ou relatório que forneça subsídio ao licenciamento ambiental.§4º Os servidores públicos que analisarão o Estudo (Prévio) de Impacto Ambiental e res-pectivo Relatório de Impacto Ambiental 146 (EIA/RIMA) e os demais estudos devem serconcursados, não podem ter recebido qualquer vantagem do empreendedor, do em-preendimento ou do grupo econômico e devem preencher uma declaração acerca daexistência de conflito de interesses.§5º O Estudo (Prévio) de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental146 (EIA/RIMA) estarão disponíveis no Portal da Transparência dos órgãos ambientais,inclusive os estudos, relatórios e pareceres que lhe derem suporte técnico.

Original - Art. 14. O Estudo Prévio de Impacto Ambiental, além de atender à legislação,em especial os 150 princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do MeioAmbiente, obedecerá às 151 seguintes diretrizes gerais: 152

Proposta - Art. 14. O Estudo (Prévio) de Impacto Ambiental além de atender à legislação,em especial, os 150 princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do MeioAmbiente, obedecerá às 151 seguintes diretrizes gerais: 152

Original - I – Caracterizar o empreendimento ou atividade no local proposto, contemplan-do as alternativas 153 tecnológicas viáveis do ponto de vista ambiental e econômico; 154

Proposta - I – Caracterizar o empreendimento ou atividade no local proposto e descreveras atividades de impacto em seu entorno, contemplando as alternativas 153 locacionais etecnológicas viáveis para sua instalação e operação do ponto de vista ambiental, sociale econômico; 154

Original - II – Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nasfases de instalação 155 e operação do empreendimento ou atividade; 156

Proposta - II – Identificar e avaliar sistematicamente e sinergicamente os impactos ambi-entais e sociais potenciais e reais a serem gerados, considerando os efeitos agudos,crônicos e sinérgicos, nas fases de instalação 155, ampliação e operação do empreendi-mento ou atividade; 156

Original- III – Definir os limites das áreas geográficas a serem direta ou indiretamenteafetadas pelos 157 impactos, denominadas áreas de influência do empreendimento ouatividade, considerando, em 158 todos os casos, a bacia hidrográfica nas quais se locali -zam; 159 6

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Proposta - III – Definir, criteriosamente, com argumentos conceituais, que contemplem osmeios e os limites das áreas geográficas, a serem direta ou indiretamente afetadas, pelos157 impactos, denominadas áreas de influência do empreendimento ou atividade, consi -derando, em 158 todos os casos, a bacia hidrográfica nas quais se localizam e a proximi-dade com áreas determinadas como prioritárias para a conservação (Unidades de Con-servação e Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade - MMA); 159

Original - IV – Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em im-plantação na área de 160 influência do empreendimento ou atividade, e sua compatibili-dade. 161

Proposta - IV – Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em im-plantação na área de 160 influência do empreendimento ou atividade, bem como a Avali -ação Ambiental Estratégica e Integrada da Bacia Hidrográfica, e sua compatibilidadequanto aos quesitos ambientais e sociais. 161 Original - Parágrafo único. Os empreendimentos ou atividades lineares, tais como rodo-vias, ferrovias, dutos 162 e linhas de transmissão, bem como os portos, aeroportos, e ou-tros a serem definidos em ato 163 normativo do órgão ambiental licenciador, em funçãode sua natureza e características, devem 164 contemplar propostas de alternativas loca-cionais no EIA. 165

Proposta - Parágrafo único. Todos os empreendimentos devem 164 contemplar propos-tas de alternativas locacionais no EIA. 165

Art. 15. O EIA desenvolverá as seguintes atividades técnicas: 166

Original - I – Diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento ou ativida-de, conforme Termo 167 de Referência, englobando a completa descrição e análise dosrecursos ambientais e suas 168 interações, tal como existem, de modo a caracterizar asituação ambiental da área, antes da 169 instalação do projeto, considerando o meio físi -co, o meio biológico e os ecossistemas naturais e o 170 meio socioeconômico. 171

Proposta - I – Diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento ou ativida-de, conforme Termo 167 de Referência, englobando a completa descrição e análise dosrecursos ambientais e suas 168 interações ecológicas e de uso, tal como existem, demodo a caracterizar a situação ambiental prévia e atual da área 169, servindo como pa-râmetro de base antes da 169 instalação do projeto, considerando o meio físico, o meiobiológico e a dinâmica integrada dos ecossistemas naturais e do 170 meio socioeconômi-co. O diagnóstico deve apresentar o cenário atual integrado a uma caraterização das ati -vidades impactantes na área de forma sinérgica. 171

Original - II – Análise dos impactos ambientais do empreendimento ou atividade, consi-derando a localização 172 proposta e suas alternativas tecnológicas, através de identifi-cação, previsão da magnitude e 173 interpretação da importância dos prováveis impactosrelevantes, discriminando, além da 174 metodologia adotada, os impactos positivos e ne-gativos, diretos e indiretos, imediatos e a médio e 175 longo prazos, temporários e per-

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manentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades 176 cumulativas e sinérgicas;e a distribuição dos ônus e benefícios sociais. 177

Proposta - II – Análise dos impactos ambientais do empreendimento ou atividade, consi -derando a localização 172 proposta e suas alternativas locacionais e tecnológicas, atra-vés de identificação, previsão da magnitude e 173 interpretação da importância dos pro-váveis impactos relevantes, discriminando, além da 174 metodologia adotada, os impac-tos positivos e negativos, diretos e indiretos, imediatos, a médio e 175 longo prazos, tem-porários e permanentes; seu grau de reversibilidade; magnitude espacial, suas proprieda-des 176 cumulativas e sinérgicas; e a distribuição dos ônus e benefícios sociais, detalha-damente especificados. 177

Original - III – Definição das medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos sociaise ambientais negativos, 178 entre elas os equipamentos de controle e sistemas de trata -mento, avaliando a eficiência de cada 179 uma delas. 180

Proposta - III – Definição das medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias refe-rente aos impactos ambientais negativos, 178 entre elas os equipamentos de controle emonitoramento, e sistemas de tratamento, avaliando a eficiência de cada 179 uma delas.180

Original - IV – Proposição de programa de acompanhamento e monitoramento dos im-pactos positivos e 181 negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considera-dos, com vistas a avaliar a 182 efetividade das medidas mitigadoras e compensatóriaspropostas. 183

Proposta - IV – Proposição de programa de acompanhamento e monitoramento dos im-pactos positivos e 181 negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considera-dos, com vistas a avaliar a 182 efetividade das medidas preventivas, mitigadoras e com-pensatórias propostas, 183 com a inclusão de ferramentas e sistemas tecnológicos deacompanhamento das condicionantes propostas, obstando-se a fase seguinte ou a reno-vação do licenciamento ambiental sem o seu integral cumprimento.

Original - V – Informações necessárias para a determinação do grau de impacto e cálcu-lo da compensação 184 ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julhode 2000. 185

Proposta - V – Informações necessárias para a determinação do grau de impacto e cál -culo da compensação 184 ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julhode 2000 185 e o art. 17 da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

Original - Parágrafo único. O órgão ambiental licenciador poderá fixar, no Termo de Re-ferência, atividades 186 técnicas adicionais a serem desenvolvidas no Estudo Prévio deImpacto Ambiental, que, pelas 187 peculiaridades do projeto e características ambientaisda área, julgue necessárias. 188

Proposta - Parágrafo único. O órgão ambiental licenciador poderá fixar, no Termo de Re-ferência, atividades 186 técnicas adicionais a serem desenvolvidas no Estudo (Prévio) de

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Impacto Ambiental, que, pelas 187 peculiaridades do projeto e características ambientaisda área 188 e considerando-se as Unidades de Conservação e Áreas Prioritárias para aConservação da Biodiversidade, julgue necessárias.

Original - Art. 16. Correrão por conta do proponente do empreendimento ou atividade to-das as despesas e 189 custos referentes à realização do EIA/RIMA, tais como coleta eaquisição dos dados e informações, 190 trabalhos e inspeções de campo, análises de la-boratório, estudos técnicos e científicos e 191 acompanhamento e monitoramento dos im-pactos, e disponibilização de cópia, impressa e/ou 192 digital dos estudos, bem como oscustos da realização da audiência pública. 193

Proposta - Art. 16. Correrão por conta do proponente do empreendimento ou atividade to-das as despesas e 189 custos referentes à realização do EPIA/EIA/RIMA, tais como cole-ta e aquisição dos dados e informações, 190 trabalhos e inspeções de campo, análisesde laboratório, estudos técnicos e científicos, 191 acompanhamento e monitoramentodos impactos, e disponibilização de cópia, impressa e/ou 192 digital dos estudos, bemcomo os custos da realização da audiência pública 193, com pleno acesso, pelo órgãoambiental, de todas as informações, estudos, pareceres e relatórios que o subsidiaram.

Original - Art. 17. O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA refletirá as conclusões doEstudo Prévio de 194 Impacto Ambiental e deverá ser apresentado de forma objetiva eadequada à sua compreensão, de 195 7 modo que o público afetado ou interessado pos-sa entender as vantagens e desvantagens do 196 empreendimento ou atividade, bemcomo todas as consequências ambientais de sua instalação e 197 operação. 198

Proposta - Art. 17. O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA refletirá as conclusões doEstudo (Prévio) de 194 Impacto Ambiental e deverá ser apresentado de forma objetiva eadequada à sua compreensão, de 195 7 modo que o público afetado ou interessado pos-sa entender as vantagens e desvantagens do 196 empreendimento ou atividade, os po-tenciais danos e sua valoração, bem como todas as consequências ambientais de suainstalação, ampliação e 197 operação. 198

Original - Parágrafo único. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessí-vel ao público leigo, 199 ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técni-cas de comunicação visual. 200

Proposta§1º O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impactoambiental e conterá, no mínimo: (i) Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação ecompatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais; (ii) Adescrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando paracada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias pri-mas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os pro-váveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a seremgerados, bem como a prospecção demográfica decorrente da implantação do empreendi-mento ou atividade; (iii) A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientalda área de influência do projeto; (iv) A descrição dos prováveis impactos ambientais daimplantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os hori-

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zontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critériosadotados para sua identificação, quantificação e interpretação; (v) A caracterização daqualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações daadoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;(vi) A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos im-pactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alte-ração esperado; (vii) O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;(vii) Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de or-dem geral).

§2º As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível ao público leigo, 199ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual.200

Art. 18. O EIA/RIMA será acessível ao público, sendo que suas cópias, impressas e/ou di-gitais, 201 permanecerão à disposição dos interessados no órgão ambiental licenciador eno seu sítio 202 eletrônico na internet. 203§1º Os órgãos públicos que manifestarem interesse receberão cópia digital do EIA/RIMA,§2º Após o recebimento formal do EIA/RIMA, o órgão ambiental licenciador estipularão oprazo 206 para recebimento dos comentários a serem feitos pelos órgãos públicos e de-mais interessados, e 207 promoverá a realização de audiência pública, nas hipóteses pre-vistas em regulamentação 208 específica, para informação sobre o empreendimento ouatividade e seus impactos ambientais e 209 para discussão do EIA/RIMA. 210

Proposta§3º As audiências públicas ocorrerão em local acessível ao público e em horário que nãoprejudique a participação popular, devendo a empresa, caso necessário, disponibilizarmeio de transporte para amplo acesso da população ao local.§4º Em caso de impacto regional do empreendimento, serão realizadas audiências públi -cas nos diferentes Municípios onde haja influência direta ou indireta;§5º Durante a audiência pública, será realizado um painel de revisão, em que a socieda-de civil apresentará considerações orais e/ou escritas acerca dos estudos, que devem in-tegrar a avaliação do órgão ambiental acerca do EIA/RIMA apresentado, com a devidapublicidade.§6º Após a audiência pública, por requerimento das partes, poderá haver um painel demediação para avaliação conjunta do EIA/RIMA, com a participação de um mediadorisento, com capacidade técnica e escolhido de comum acordo pelas partes que possaconduzir possíveis conflitos.§7º O EIA/RIMA e demais estudos, pareceres e relatórios de controle e monitoramentoambiental comporão plataforma tecnológica dos órgãos ambientais, com plena integra-ção dos dados e, respectivas coordenadas geográficas, de forma a permitir a avaliaçãocomparativa com empreendimentos semelhantes e a avaliação sinérgica do impacto am-biental.

Observação: no que concerne ao EIA/RIMA, sugere-se que seja conduzido pelo órgãoambiental e financiado pelo empreendedor, da seguinte forma:- O órgão ambiental terá uma lista de pessoas físicas e jurídicas, pré cadastradas, que sehabilitarão, consoante sua capacidade técnica, para participar do procedimento de análi-

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se dos estudos, consignando-se eventual conflito de interesses e a responsabilidade ad-ministrativa, cível e criminal;- Os profissionais serão supervisionados pelo órgão ambiental na condução dos traba-lhos, com absoluta isenção e independência em relação ao empreendedor e ao em-preendimento;- Todo o processo será conduzido de forma transparente, por sistema eletrônico e digital,com ampla publicidade aos estudos, relatórios e pareceres.- Os estudos já realizados, bem como os relatórios de monitoramento e controle ambien-tal poderão ser utilizados de forma integrada e comparativa.

Seção III 211Da Base de Dados e Informações Ambientais Georreferenciadas 212

Original - Art. 19. Os órgãos ambientais poderão criar Base de Dados e InformaçõesAmbientais 213 Georreferenciadas, com vistas à racionalização dos estudos exigidospara fins dos estudos de 214 avaliação de impacto ambiental, inclusive do Estudo Préviode Impacto Ambiental e Relatório de 215 Impacto Ambiental - EIA/RIMA, bem como am-pliar a publicidade e o controle social nos 216 procedimentos de licenciamento ambiental.217

Proposta - Art. 19. Os órgãos ambientais deverão criar Base de Dados e InformaçõesAmbientais 213 Georreferenciadas nacionais, estaduais e municipais integradas, paraque as informações sejam georreferenciadas de forma sistêmica e abastecê-la com Infor-mações Ambientais 213 Georreferenciadas atualizadas, tendo como objetivo suprir avali-ações integradas e estratégicas e racionalizar os resultados dos estudos de 214 avalia -ção de impacto ambiental, inclusive do Estudo (Prévio) de Impacto Ambiental e Relatóriode 215 Impacto Ambiental - EIA/RIMA, bem como ampliar a publicidade e o controle soci-al nos 216 procedimentos de licenciamento ambiental. 217

Parágrafo único. A União disponibilizará às Unidades da Federação plataforma tecnológi-ca padronizada e integrada com os dados mínimos que devem constar no sistema, po-dendo as unidades aumentar o rol de exigências, visando-se a maior proteção do patri-mônio natural.

Art. 20. A Base de Dados e Informações Ambientais Georreferenciadas poderá ser consti-tuída por 218 dados e informações, validadas pelo órgão ambiental, oriundos de: 219I – Estudos ambientais apresentados nos processos de licenciamento ambiental conduzi-dos pelos 220 membros do SISNAMA; 221II – Estudos, planos e projetos produzidos pelos órgãos do SISNAMA, do Sistema Nacio-nal de 222 Gerenciamento de Recursos Hídricos - SNRH, Sistema Nacional de Unidadesde Conservação – 223 SNUC, e pelos demais órgãos e entidades públicas federais, distri-tais, estaduais e municipais; 224III – Estudos de instituições de ensino e pesquisa, pelas organizações não-governamen-tais e 225 instituições privadas. 226

Proposta - IV - Outras instituições públicas.

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Original – Paragrafo único. Os dados e informações constantes da Base de Dados e In-formações Ambientais 227 serão sistematizados pelo órgão ambiental de forma georrefe-renciada, podendo levar em conta, 228 dentre outros, a divisão territorial e as bacias hi -drográficas, devendo ser integrados com outras 229 bases de dados estratégicas gover-namentais. 230 8

Parágrafo único. Os dados e informações constantes da Base de Dados e InformaçõesAmbientais 227 serão sistematizados pelo órgão ambiental de forma georreferenciada,devendo levar em conta, 228 dentre outros, a divisão territorial, as bacias hidrográficas,as Unidades de Conservação e as Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversi -dade, devendo ser integrados com outras 229 bases de dados estratégicas governamen-tais. 230

Original - Art. 21. As informações da Base de Dados e Informações Ambientais Georre-ferenciadas serão 231 disponibilizadas para acesso público na internet. 232

Proposta - Art. 21. As informações da Base de Dados e Informações Ambientais Georre-ferenciadas serão 231 disponibilizadas para acesso público na internet, considerando cri-térios de acessibilidade e uso das informações. 232

Original - Art. 22. O órgão ambiental licenciador poderá dispensar o empreendedor deapresentar nos estudos 233 ambientais, inclusive no Estudo Prévio de Impacto Ambientale Relatório de Impacto Ambiental 234 - EIA/RIMA, dados e informações de temas já co-nhecidos e publicizados na Base de Dados e 235 Informações Ambientais Georreferenci-adas. 236

Proposta - Art. 22. O órgão ambiental licenciador poderá dispensar o empreendedor deapresentar nos estudos 233 ambientais, inclusive no Estudo (Prévio) de Impacto Ambien-tal e Relatório de Impacto Ambiental 234 - EIA/RIMA, dados e informações de temas jáconhecidos e publicizados na Base de Dados e 235 Informações Ambientais Georrefe-renciadas, desde que os dados e informações estejam inseridos no mesmo cenário ambi-ental (espaço e tempo) e o empreendimento/atividade seja estritamente o mesmo avalia-do durante a obtenção dos dados da base . 236§ 1o - O órgão ambiental licenciador poderá requerer do empreendedor a atualização da237 Base de Dados e Informações Ambientais Georreferenciadas, por meio de atividadesde 238 monitoramento ambiental 239 e como condicionante do licenciamento ambiental.§ 2o - Esta medida será possível apenas se comprovada constante e consistente fiscaliza-ção dos órgãos ambientais.

CAPÍTULO IV 240DO PROCEDIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL 241

Seção I 242Do Procedimento do Licenciamento Ambiental Trifásico e do Licenciamento Ambi-ental 243 Unificado 244

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Art. 23. O procedimento ordinário, aplicável às modalidades de licenciamento ambientalprevistas 245 nos incisos I e II do art. 4º e, observado o enquadramento de que trata o art.5º, ambos desta 246 Resolução, obedecerá às seguintes etapas: 247

PropostaI - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dosdocumentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenci-amento correspondente à licença a ser requerida;

II – Cadastro do empreendedor, do empreendimento e do imóvel, no sistema de gestãoambiental, com dados como: (i) nome, data de nascimento/constituição, RG/RNE, CPF eCNPJ; (ii) endereço, matrícula do imóvel, localização do imóvel no Plano Diretor Munici-pal, na Bacia Hidrográfica e no ZEE e coordenadas geográficas; (iii) inscrição municipal,estadual e federal; (iv) contrato social, objeto social e responsável legal; (v) a extensão epolígono, do imóvel e, se houver, do dano; (vi) a extensão e polígono, da reserva legal e,se houver, do dano, informando-se a sua inscrição na matrícula do imóvel;(vii) a existên-cia de passivo ambiental a ser resolvido, extensão e valor; (viii) a existência de área depreservação permanente, extensão e dano, se houver; (ix) a existência de bioma (MataAtlântica Amazônia, Caatinga, Cerrada, Pampas e Pantanal, etc), e, em caso positivo, seé floresta primária ou secundária, e em estágio inicial, médio ou avançado de regenera-ção, extensão e dano, se houver; (x) a existência de vegetação nativa, extensão e dano,se houver; (xi) a existência de vegetação considerada em extinção, extensão e dano, sehouver; (xii) a existência de área úmida e seus entornos, extensão e dano, se houver;(xiii) a existência de área de manancial, extensão e dano, se houver; (xiv) se o imóvel seencontra dentro ou em área de amortecimento de Unidade de Conservação federal, esta-dual ou municipal; (xv) outros esclarecimentos que permitam identificar o imóvel, o danoe a infração; (xvi) histórico de acidentes ambientais anteriores; (xvii) riscos do empreendi-mento; (xviii) destinação dos resíduos sólidos e efluentes líquidos, da instalação e opera-ção; (xix) empresa transportadora dos resíduos e efluentes, nas fases de instalação eoperação; (xx) empresa destinatária dos resíduos e efluentes, nas fases de instalação eoperação; (xxi) existência de termo de compromisso/ajustamento de conduta, termo decompromisso de compensação de reserva legal e plano de recuperação de área degra-dada e o seu cumprimento; (xxii) reincidência em infrações ambientais; (xxiii) a proximi-dade a terras indígenas, comunidades tradicionais, quilombolas e sítios arqueológicos;(xxiv) a existência de áreas embargadas/interditadas; (xxv) o valor devido de multas am-bientais e termos de compromisso/ajustamento de conduta; (xxvi) a existência de açõescivis públicas, criminais e de improbidade administrativa contra o imóvel, empreendimen-to e empreendedor; (xxvii) histórico processual cível e criminal do imóvel, empreendimen-to e empreendedor (Justiça Federal, Estadual, Eleitoral e do Trabalho); (xxviii) a existên-cia de Boletins de Ocorrência lavrados pela Polícia (Ambiental) em face do imóvel, em-preendimento e empreendedor; (xxix) outros esclarecimentos. Original - I – Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dosdocumentos, 248 projetos e estudos ambientais pertinentes; 249 Proposta - III – Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhadodos documentos, 248 projetos e estudos ambientais pertinentes 249, disponibilizando-se

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as ferramentas e as métricas de avaliação dos impactos potenciais para acompanhamen-to pelo órgão ambiental licenciador;

Original - II – Análise pelo órgão ambiental licenciador dos documentos, projetos e estu-dos ambientais 250 apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessá-rias; 251

Proposta – IV – Análise pelo órgão ambiental licenciador dos documentos, projetos e es-tudos ambientais 250 apresentados e a realização de vistorias técnicas, sendo estas con-duzidas, necessariamente, ao menos uma vez, durante os estudos da LP, LI, LO e LU,sempre que necessárias 251, acompanhando-se a evolução dos estudos e intervindo-sequando os impactos reais não inseridos nos estudos forem detectados;

Original III – Solicitação, quando couber, de complementação de informações pelo órgãoambiental 252 licenciador; 253

Proposta V - Solicitação, quando couber, de complementação de informações pelo órgãoambiental 252 licenciador; 253

Proposta - VI - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação perti-nente;

Proposta - VII - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambientalcompetente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver reitera-ção da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido sa-tisfatórios;

Original - IV – Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;254

Proposta VIII- Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

Original - V – Deferimento ou indeferimento do pedido de licença. 255

Proposta - IX - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devidapublicidade.

§1º O ente federativo poderá estabelecer critérios para a realização de consulta préviapelo 256 empreendedor, quando não houver instrução específica já formalizada, acercados documentos, 257 projetos ou Termo de Referência para o estudo ambiental, necessá-rios ao início do processo de 258 licenciamento. 259

Original - §2º Para fins de concessão da primeira licença ambiental, o empreendedor de-verá apresentar ao 260 órgão ambiental licenciador, obrigatoriamente, manifestação daPrefeitura Municipal, declarando 261 que o local e o tipo de empreendimento ou atividadeestão em conformidade com a legislação 262 aplicável ao uso e ocupação do solo. 263

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Proposta - §2º Para fins de concessão da primeira licença ambiental, o empreendedordeverá apresentar ao 260 órgão ambiental licenciador, obrigatoriamente, (i) manifestaçãoda Prefeitura Municipal, declarando 261 que o local e o tipo de empreendimento ou ativi-dade estão em conformidade com a legislação 262 aplicável ao uso e ocupação do solo263; (ii) a anuência do órgão gestor da Unidade de Conservação, da FUNAI, doIPHAN/Secretaria da Cultura/Fundação Cultural Palmares, do Comitê de Bacia Hidro-gráfica, do DNPM, da Autoridade Portuária, e outras instituições, conforme o impacto doempreendimento (iii) outorga pelo uso da água pela Agência da União ou Unidade da Fe-deração e a (iv) a autorização para supressão vegetal, emitida pelo órgão competente.

§3º A exigência de complementação referida no inciso III, oriunda da análise dos docu-mentos, 264 projetos ou estudos relativos ao empreendimento ou atividade, deve ser co-municada pelo órgão 265 ambiental licenciador de uma única vez ao empreendedor, res-salvadas aquelas decorrentes de fatos 266 novos. 267

§4º A exigência de complementação feita pelo órgão ambiental licenciador suspende oprazo de 268 análise do requerimento de licença, que continua a fluir após o seu atendi-mento integral pelo 269 empreendedor. 270

§5º Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publica-dos no 271 jornal oficial, bem como em periódico regional ou local de grande circulação,ou em meio 272 eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental competente.273

Art. 24. O órgão ambiental licenciador estabelecerá Roteiros ou Manuais contendo a indi-cação 274 das informações e documentos necessários à instrução do processo de licenci-amento ambiental, 275 bem como das normas e aspectos técnicos e jurídicos aplicáveis.276

Proposta - Parágrafo único. A União disponibilizará às Unidades da Federação Roteiro ouManual padronizado, podendo as unidades aumentar o rol de exigências, visando-se amaior proteção do patrimônio natural.

Art. 25. O órgão ambiental licenciador poderá estabelecer prazos de análise diferenciadospara 277 cada tipo de licença, desde que observado o prazo máximo de 06 (seis) mesesa contar da 278 formalização do requerimento da licença até seu deferimento ou indeferi-mento, ressalvados os 279 casos em que houver EIA/RIMA, quando o prazo será de até12 (doze) meses. 280

§1º A contagem do prazo previsto no caput deste artigo somente será iniciada se o reque-rimento 281 da licença estiver instruído com todos os documentos e informações de quetrata o inciso I do art. 282 23 desta Resolução e será suspensa durante a elaboração dosestudos complementares ou 283 preparação de esclarecimentos pelo empreendedor. 284

Original - §2º Os prazos estipulados no caput deste artigo poderão ser alterados, desdeque justificados pelo 285 órgão ambiental licenciador e com a concordância do empreen-dedor. 286

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Proposta - §2º Os prazos estipulados no caput deste artigo poderão ser alterados, desdeque justificados pelo 285 órgão ambiental licenciador. 286

§3º O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não im-plica 287 emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra. 288

Proposta - §4º O sistema de gestão ambiental controlará os prazos e indicará a ordemcronológica dos requerimentos, que deve ser seguida, salvo justificado interesse socialou utilidade pública.

Art. 26. O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complemen-tações, 289 formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro do prazo máximo de 04(quatro) meses, a 290 contar do recebimento da respectiva notificação, sob pena de ar-quivamento do processo de 291 licenciamento. 292

Parágrafo único. O prazo estipulado no caput deste artigo poderá ser prorrogado, desdeque 293 justificado, e com a concordância do órgão ambiental licenciador. 294

Original - Art. 27. O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apre-sentação de novo 295 requerimento de licença, mediante a abertura de processo admi-nistrativo, que deverá obedecer aos 296 procedimentos estabelecidos no art.23 desta Re-solução, mediante pagamento de nova taxa de 297 licenciamento ambiental ou valor cor-respondente aos custos da nova análise. 298

Proposta - Art. 27. O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apre-sentação de novo 295 requerimento de licença, mediante a abertura de processo admi-nistrativo, que deverá obedecer aos 296 procedimentos estabelecidos no art.23 destaResolução, mediante pagamento de nova taxa de 297 licenciamento ambiental ou valorcorrespondente aos custos da nova análise, 298 apensando-se, sempre, no sistema degestão ambiental ou processo físico, os procedimentos anteriores.

§1º – O órgão licenciador, ao analisar o requerimento de licenciamento ambiental, deve,necessariamente, verificar o histórico infracional do imóvel, empreendimento e empreen-dedor, inclusive nos órgãos federal, estadual e municipal integrantes do Sisnama;

§2º Os sistemas de gestão ambiental da União e das Unidades da Federação devem serintegrados, permitindo-se o compartilhamento de informações e do histórico do imóvel,do empreendedor e do empreendimento.

Original - Art. 28. O órgão ambiental licenciador poderá simplificar o procedimento pre-visto para o 299 licenciamento ambiental trifásico e licenciamento ambiental unificado,para determinadas 300 tipologias de empreendimentos ou atividades, em razão de suaspeculiaridades, mediante a redução 301 de etapas, custos ou tempo de análise, podendoser realizado eletronicamente, desde que atendidas 302 as condições, restrições e medi-das de controle ambiental estabelecidas. 303

Proposta - Art. 28. O órgão ambiental licenciador poderá simplificar o procedimento pre-visto para o 299 licenciamento ambiental trifásico e licenciamento ambiental unificado,

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para determinadas 300 tipologias de empreendimentos ou atividades, em razão de suaspeculiaridades, mediante a redução 301 de etapas, custos ou tempo de análise, podendoser realizado eletronicamente, desde que atendidas 302 as condições, restrições e medi-das de controle ambiental estabelecidas 303, realizadas as vistorias técnicas e verificadoo cumprimento de todas as condicionantes, com constante e contínua fiscalização, ob-servados os requisitos dos artigos 22 e 23.

Parágrafo único. A União disponibilizará às Unidades da Federação o procedimento sim-plificado, podendo as unidades aumentar o rol de exigências, visando-se a maior prote-ção do patrimônio natural.

Original - Art. 29. Deverão ser definidos critérios para agilizar e simplificar os procedi-mentos de 304 licenciamento ambiental dos empreendimentos ou atividades que imple-mentem planos e 305 programas voluntários de gestão ambiental, visando à melhoriacontínua e ao aprimoramento do 306 desempenho ambiental. 307

Proposta - Art. 29. Deverão ser definidos critérios para agilizar e simplificar os procedi-mentos de 304 licenciamento ambiental dos empreendimentos ou atividades que imple-mentem planos e 305 programas voluntários de gestão ambiental, visando à melhoriacontínua e ao aprimoramento do 306 desempenho ambiental, desde que estes progra-mas e atividades tenham direto efeito de prevenção, mitigação e compensação de impac-tos ambientais detectados em estudos ambientais prévios e que este processo não inten-sifique a consequência de impactos de maior severidade a médio e longo prazo 307 eque haja constante e contínua fiscalização, vistorias e parecer técnico periódico do órgãoambiental, bem como validação dos dados e das medidas apresentadas, observados osrequisitos do artigo 22 e 23.

Parágrafo único. A União disponibilizará às Unidades da Federação a definição dos crité-rios, podendo as unidades aumentar o rol de exigências, visando-se a maior proteção dopatrimônio natural.

Original - Art. 30. O licenciamento de empreendimento ou atividade proposto para a áreade influência e em 308 condições similares às de outros já licenciados, autorizará o órgãoambiental licenciador a realizar 309 enquadramento específico, independentemente da-quele estabelecido com base no art. 5º desta 310 Resolução, ou, ainda, a adotar procedi -mento simplificado. 311

Proposta - Art. 30. O licenciamento de empreendimento ou atividade proposto para aárea de influência e em 308 condições espaço-temporais similares, da mesma modalida-de e menor impacto às de outros já licenciados, autorizará o órgão ambiental licenciadora realizar 309 enquadramento específico, independentemente daquele estabelecido combase no art. 5º desta 310 Resolução, ou, ainda, a adotar procedimento simplificado, des-de que seja mantida a execução por parte do empreendedor do monitoramento ambientaldos impactos durante a instalação, ampliação e operação do novo empreendimento 311e que haja constante e contínua fiscalização, vistorias e parecer técnico periódico do ór-gão ambiental, bem como validação dos dados e das medidas apresentadas, obser-vando-se os requisitos do artigo 22 e 23.

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Original - Art. 31. Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambientalpara 312 empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para aqueles integrantesde planos de 313 desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão governamentalcompetente, desde que 314 definida a responsabilidade legal pelo conjunto de empreen-dimentos ou atividades. 315

Proposta - Art. 31. Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambientalpara 312 empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para aqueles integrantesde planos de 313 desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão governamentalcompetente, desde que 314 definida a responsabilidade legal pelo conjunto de empreen-dimentos ou atividades 315, e tenha por base Avaliação Ambiental Estratégica e Integra-da da Bacia Hidrográfica e sua compatibilidade quanto aos quesitos ambientais e sociais,observados os requisitos dos artigos 22 e 23.

Seção II 316Do Procedimento do Licenciamento Ambiental por Adesão e Compromisso 317

Original - Art. 32. O Licenciamento Ambiental por Adesão e Compromisso será efetuadopreferencialmente 318 por meio eletrônico, em uma única etapa, por meio de declaraçãode adesão e compromisso do 319 empreendedor aos critérios e pré-condições estabele-cidos pelo órgão ambiental licenciador, para 320 a instalação e operação de empreendi-mentos ou atividades definidos como de baixo e médio 321 potencial poluidor/degrada-dor, observado o enquadramento de que trata o art. 5º desta Resolução, 322 desde que:323

Proposta - Art. 32. O Licenciamento Ambiental por Adesão e Compromisso será efetuadopreferencialmente 318 por meio eletrônico, em uma única etapa, por meio de declaraçãode adesão e compromisso do 319 empreendedor aos critérios e pré-condições estabele-cidos pelo órgão ambiental licenciador, exigindo-se as necessárias vistorias ao local doempreendimento, para 320 a instalação e operação de atividades e empreendimentosdefinidos como de baixo 321 potencial poluidor/degradador, observado o enquadramentode que trata o art. 5º desta Resolução, com a padronização de critério mínimos pela Uni-ão, que servirão de parâmetro para os Estados e Municípios, que poderão aumentar o rolde exigências, visando-se a maior proteção do patrimônio natural 322, com a realizaçãode consistente e contínua fiscalização, desde que: 323

Original - I – se conheçam previamente seus potenciais impactos ambientais, ou; 324

Proposta - I – se conheçam previamente seus potenciais impactos ambientais e sociais,inseridos em um contexto atual, regional e sistêmico, e; 324

Original - II – se conheçam com detalhamento suficiente as características de uma dadaregião e seja possível 325 estabelecer os requisitos de instalação e operação de em-preendimentos ou atividades, sem 326 necessidade de novos estudos ambientais. 327

Proposta - II – se conheçam com detalhamento suficiente, em escala de espaço e tempo,as características e dinâmicas de uma dada região e seja possível 325 estabelecer os re-quisitos de instalação e operação de empreendimentos ou atividades, sem 326 necessi-

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dade de novos estudos ambientais 327 e desde que haja prévia e anterior Avaliação Am-biental Estratégica e Integrada; Original - Art. 33. O órgão ambiental licenciador definirá previamente, considerando asespecificidades de 328 uma dada região, as características e os potenciais impactos am-bientais associados à instalação e 329 operação dos empreendimentos ou atividadessubmetidos a esta modalidade de licenciamento. 330

Proposta - Art. 33. A União (Conselho Nacional do Meio Ambiente) definirá previamente,considerando as especificidades de 328 uma dada região, as características e os poten-ciais impactos ambientais associados à instalação e 329 operação dos empreendimentosou atividades submetidos a esta modalidade de licenciamento 330, que servirão de parâ-metro para os Estados e Municípios, que poderão aumentar o rol de exigências, visando-se a maior proteção do patrimônio natural.

Original - Art. 34. O órgão ambiental licenciador deverá disciplinar antecipadamente asmedidas 331 preventivas, mitigadoras, compensatórias, bem como as ações de monitora-mento ambiental 332 relacionadas à instalação e operação dos empreendimentos ou ati -vidades submetidos a esta 333 modalidade de licenciamento. 334

Proposta - Art. 34. A União (Conselho Nacional do Meio Ambiente) deverá disciplinar an-tecipadamente as medidas 331 preventivas, mitigadoras, compensatórias, bem como asações de controle e monitoramento ambiental 332 relacionadas à instalação e operaçãode atividades e empreendimentos submetidos a esta 333 modalidade de licenciamento334 que servirão de parâmetro para os Estados e Municípios, que poderão aumentar orol de exigências, visando-se a maior proteção do patrimônio natural.

Original - Art. 35. O empreendedor deverá realizar a descrição da atividade, a caracteri-zação da área, bem 335 como apresentar projeto acompanhado da devida Anotação deResponsabilidade Técnica - ART, 336 ou equivalente. 337 11

Proposta - Art. 35. O empreendedor deverá realizar a descrição da atividade, relacio-nando-se potenciais impactos, efeitos e consequências ao meio ambiente (matriz de ris-co ambiental), a caracterização da área quanto aos quesitos físicos, bioquímicos, ecoló-gicos e sociais, bem 335 como apresentar projeto acompanhado da devida Anotação deResponsabilidade Técnica - ART, 336 ou equivalente. 337

§1º O empreendedor, ao realizar o licenciamento ambiental por adesão e compromisso,deverá 338 observar as condições impostas nos prazos previamente estipulados pelo ór-gão ambiental 339 licenciador. 340

Original - §2º A prestação de informações falsas ou o não cumprimento do compromissoassumido implicará 341 na aplicação de sanções administrativas, sem prejuízo da obriga-ção de reparar eventuais danos 342 ambientais.

Proposta - §2º A prestação de informações falsas ou o não cumprimento do compromissoassumido implicará 341 a aplicação de sanções administrativas e o imediato cancela-

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mento da licença irregular, sem prejuízo da obrigação de reparar eventuais danos 342ambientais e da responsabilização cível e criminal.

Seção III 344Do Procedimento do Licenciamento por Registro 345

Original - Art. 36. O licenciamento ambiental por registro poderá ser realizado para osempreendimentos ou 346 atividades de baixo potencial poluidor/degradador, observado oenquadramento de que trata o art. 347 5º desta Resolução. 348

Proposta - Art. 36. O licenciamento ambiental por registro poderá ser realizado para osempreendimentos ou 346 atividades de baixo potencial poluidor/degradador, observado oenquadramento de que trata o art. 347 5º desta Resolução. 348 EXCLUIR

Original - Art. 37. O empreendedor é responsável por registrar os dados e informaçõesrequeridas, 349 preferencialmente em meio eletrônico, conforme regulamento a ser esta-belecido pelo órgão 350 ambiental licenciador. 351Parágrafo único. A prestação de informações falsas implicará na aplicação de sanções352 administrativas, sem prejuízo da obrigação de reparação de eventuais danos ambi-entais. 353

Art. 37. O empreendedor é responsável por registrar os dados e informações requeridas,349 preferencialmente em meio eletrônico, conforme regulamento a ser estabelecido peloórgão 350 ambiental licenciador. 351Parágrafo único. A prestação de informações falsas implicará na aplicação de sanções352 administrativas, sem prejuízo da obrigação de reparação de eventuais danos ambi-entais. 353 EXCLUIR

Seção IV 354Da Regularização do Licenciamento de Empreendimentos ou Atividades 355

Original - Art. 38. Os empreendimentos ou atividades que se encontrem implantados ouem operação sem o 356 prévio licenciamento ambiental deverão requerê-lo junto ao ór-gão ambiental licenciador 357 competente, a fim de verificar a possibilidade de regulari -zar sua situação, sem prejuízo das sanções 358 administrativas cabíveis. 359

Proposta - Art. 38. Os empreendimentos ou atividades que se encontrem implantados ouem operação sem o 356 prévio licenciamento ambiental deverão requerê-lo junto ao ór-gão ambiental licenciador 357 competente, a fim de verificar a possibilidade de regulari -zar sua situação, sem prejuízo das sanções 358 administrativas cabíveis, 359 embargo einterdição do empreendimento irregular.

Original - Art. 39. A regularização de empreendimento ou atividade deverá obedecer aprocedimento 360 específico disciplinado pelo órgão ambiental licenciador. 361Parágrafo único. O estudo ambiental a ser apresentado para fins de regularização deveguardar 362 proporcionalidade com aquele previsto no enquadramento de que trata o art.5º desta Resolução. 363

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Proposta - Art. 39. A regularização de empreendimento ou atividade deverá obedecer aprocedimento 360 específico disciplinado pela União (Conselho Nacional do Meio Ambi-ente), que servirá de parâmetro para os Estados e Municípios, que poderão aumentar orol de exigências, visando-se a maior proteção do patrimônio natural.

Seção V 364Do Prazo de Validade das Licenças Ambientais 365

Art. 40. O órgão ambiental licenciador estabelecerá os prazos de validade para cada tipode 366 licença, especificando-os no respectivo documento, levando em consideração asseguintes 367 diretrizes: 368

I – O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo369 cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendi-mento ou 370 atividade, não podendo ser superior a 06 (seis) anos. 371

II – O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabeleci-do pelo 372 cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo sersuperior a 06 (seis) 373 anos. 374

Original - III – O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar osplanos de controle 375 ambiental e será de, no mínimo, 04 (quatro) anos. 376

Proposta - III – O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar osplanos de controle 375 ambiental e será de, no mínimo, 04 (quatro) anos e, máximo, de 6(seis) anos. 376

IV – O prazo de validade da Licença Única (LU) será de, no mínimo, 4 (quatro) anos, de-vendo 377 estabelecer-se prazo limite para o início da instalação do empreendimento ouatividade. 378

V – O prazo de validade da Licença por Adesão e Compromisso (LAC) será de, no míni-mo, 4 379 (quatro) anos devendo estabelecer-se prazo limite para o início da instalaçãodo empreendimento 380 ou atividade. 381

Original - VI – O prazo de validade da Licença por Registro será de, no mínimo, 4 (qua-tro) anos. 382

Proposta - VI – O prazo de validade da Licença por Registro será de, no mínimo, 4 (qua-tro) anos. 382 - EXCLUIR

Original - §1º Na renovação da Licença de Operação (LO), Licença Única (LU), Licençapor Adesão e 383 Compromisso (LAC) e Licença por Registro de uma atividade ou em-preendimento, o órgão 384 ambiental competente poderá, mediante decisão motivada,aumentar ou diminuir o seu prazo de 385 validade, após avaliação do desempenho ambi-ental da atividade ou empreendimento no período 386 de vigência anterior. 387

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Proposta - §1º Na renovação da Licença de Operação (LO), Licença Única (LU), e Licen-ça por Adesão e 383 Compromisso (LAC) de uma atividade ou empreendimento, o órgão384 ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir oseu prazo de 385 validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ouempreendimento no período 386 de vigência anterior. 387

§2º A renovação de licenças ambientais deverá ser requerida com antecedência mínimade 120 388 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respecti -va licença, ficando 389 este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva doórgão ambiental competente. 390

Original - §3º Os órgãos ambientais licenciadores poderão estabelecer procedimentospróprios visando à 391 renovação automática das licenças ambientais. 392

Original - §3º Os órgãos ambientais licenciadores poderão estabelecer procedimentospróprios visando à 391 renovação automática das licenças ambientais. 392 EXCLUIR

Proposta - §3º Após protocolado o requerimento de renovação de licença ambiental, o ór-gão ambiental terá até 90 (noventa) dias para realizar vistoria e fiscalização no empreen-dimento.

Seção VI 393Da Taxa, dos Custos de Análise do Licenciamento Ambiental e Outros ServiçosAfins 394

Art. 41. A taxa ou os custos correspondentes à análise do licenciamento ambiental e ou-tros 395 serviços afins deverá ser estabelecido por dispositivo normativo. 396

Original - Parágrafo único. Os valores a que se refere o caput deste artigo devem guar-dar relação de 397 proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestadopelo órgão ambiental 398 licenciador. 399

Proposta - Parágrafo único. Os valores a que se refere o caput deste artigo devem guar-dar relação de 397 proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestadopelo órgão ambiental 398 licenciador 399 e devem ser destinados ao Fundo do Meio Am-biente.

Seção VII 400Da Modificação, Suspensão ou Cancelamento da Licença Ambiental 401

Art. 42. O órgão ambiental licenciador, mediante decisão motivada, poderá modificar as402 condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma li-cença expedida, 403 quando ocorrer: 404 13

Original - I – descumprimento de normas legais ou condicionantes imprescindíveis àadequada instalação 405 e/ou operação da atividade ou empreendimento; 406

Proposta - I – Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais.

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II – omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expediçãoda licença; 407

III – superveniência de graves riscos ambientais e de saúde; 408

IV – superveniência de norma legal. 409

PropostaV - conflito de interesses entre equipe técnica independente, servidores públicos, o em-preendedor/grupo econômico e seus funcionários;

VI - o envolvimento dos servidores públicos em crimes contra a administração públicaambiental ou improbidade administrativa relacionada ao imóvel, empreendimento, em-preendedor e grupo econômico.

Original - Parágrafo único. O órgão ambiental licenciador poderá, mediante decisão mo-tivada, alterar, 410 suprimir ou acrescentar condicionantes, quando constatar que aquelasestabelecidas na licença 411 ambiental são insuficientes ou inadequadas para o corretocontrole dos impactos ambientais do 412 empreendimento ou atividade. 413

Proposta - Parágrafo único. O órgão ambiental licenciador poderá, mediante decisão mo-tivada, após a realização de vistoria, 410 suprimir ou acrescentar condicionantes, quandoconstatar que aquelas estabelecidas na licença 411 ambiental são insuficientes ou inade-quadas para o correto controle dos impactos ambientais do 412 empreendimento ou ativi -dade. 4

CAPÍTULO V 414DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 415

Art.43. O acesso e a disponibilização de informações obtidas no processo de licencia-mento 416 ambiental regem-se pelo disposto na Lei nº 10.650, de 16 de abril de 2003.417

§1º O órgão licenciador deverá disponibilizar em meio digital, ressalvado o disposto no§3º deste 418 artigo, informações completas sobre o processo de licenciamento ambien-tal, como forma de zelar 419 pela transparência e publicidade dos atos administrativossob sua responsabilidade. 420

§2º A publicação das informações referentes ao processo de licenciamento ambiental, in-cluindo 421 os pedidos de licença, sua renovação e sua respectiva concessão, seu inde-ferimento ou 422 arquivamento, deverá preferencialmente se realizar por meio eletrônicode comunicação mantido 423 pelo órgão licenciador. 424

Original - §3º É assegurado o sigilo comercial, industrial, financeiro ou qualquer outro si-gilo protegido por 425 lei, bem como o relativo às comunicações internas dos órgãos eentidades governamentais. 426

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Proposta§3º Respeitado o sigilo industrial, o procedimento de licenciamento ambiental, inclusiveestudos, pareceres e relatórios, o EIA e o RIMA serão acessíveis ao público em platafor-ma eletrônica e digital.

§4º A União fornecerá termos de referência e documentos padronizados integrantes dosprocedimentos de licenciamento ambiental cuja matriz será utilizada pelos órgãos esta-duais e municipais, cujas normas jamais poderão ser menos protetivas;

Art. 44. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando seus efeitosaos 427 requerimentos de licenças ambientais realizados a partir de sua vigência. 428 Art. 45. Os entes federativos deverão, no prazo de um ano, a partir da publicação destaResolução, 429 adequar-se às regras e diretrizes nela estabelecidas. 430Original - Art. 46. Revogam-se as Resoluções CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de1986 e nº 237, de 19 431 de dezembro de 1997. 432

IZABELLA TEIXEIRAPresidente do Conselho

ANEXO ÚNICO 433

EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADES SUJEITOS AO LICENCIAMENTO 434 AMBI-ENTAL 435 436NATUREZA / TIPOLOGIADESCRIÇÃO437EXTRAÇÃO E TRATAMENTO DE MINERAIS- pesquisa mineral com guia de utilização; lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ousem beneficiamento; lavra subterrânea com ou sem beneficiamento, lavra garimpeira, per-furação de poços e produção de petróleo e gás natural.438INDÚSTRIA DE PRODUTOS MINERAIS NÃO METÁLICOS- beneficiamento de minerais não metálicos, não associados a extração; fabricação e ela-boração de produtos minerais não metálicos tais como produção de material cerâmico, ci-mento, gesso, amianto, vidro e similares.439INDÚSTRIA METALÚRGICA- fabricação de aço e de produtos siderúrgicos, produção de fundidos de ferro e aço, forja-dos, arames, relaminados com ou sem tratamento; de superfície, inclusive galvanoplastia,metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro;produção de laminados, ligas, artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento desuperfície, inclusive galvanoplastia; relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas,produção de soldas e anodos; metalurgia de metais preciosos; metalurgia do pó, inclusivepeças moldadas; fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície,inclusive; galvanoplastia, fabricação de artefatos de ferro, aço e de metais não-ferrososcom ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia, têmpera e cementação deaço, recozimento de arames, tratamento de superfície.440

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INDÚSTRIA MECÂNICA- fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamen-to térmico ou de superfície.441INDÚSTRIA DE MATERIAL ELÉTRICO, ELETRÔNICO E COMUNICAÇÕES- fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores, fabricação de material elétrico,eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática; fabricação de aparelhoselétricos e eletrodomésticos.442INDÚSTRIA DE MATERIAL DE TRANSPORTE- fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios; fabri -cação e montagem de aeronaves; fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutu-antes.443INDÚSTRIA DE MADEIRA- serraria e desdobramento de madeira; preservação de madeira; fabricação de chapas,placas de madeira aglomerada, prensada e compensada; fabricação de estruturas de ma-deira e de móveis.444INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE- fabricação de celulose e pasta mecânica; fabricação de papel e papelão; fabricação deartefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada.445INDÚSTRIA DE BORRACHA- beneficiamento de borracha natural, fabricação de câmara de ar, fabricação e recondici-onamento de pneumáticos; fabricação de laminados e fios de borracha; fabricação de es-puma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive látex.INDÚSTRIA DE COUROS E PELES- secagem e salga de couros e peles, curtimento e outras preparações de couros e peles;fabricação de artefatos diversos de couros e peles; fabricação de cola animal.446INDÚSTRIA TÊXTIL, DE VESTUÁRIO, CALÇADOS E ARTEFATOS DE TECIDOS- beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos; fabricação eacabamento de fios e tecidos; tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças dovestuário e artigos diversos de tecidos; fabricação de calçados e componentes para calça-dos.447INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE MATÉRIA PLÁSTICA.- fabricação de laminados plásticos, fabricação de artefatos de material plástico.448INDÚSTRIA DO FUMO- fabricação de cigarros, charutos, cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do

fumo. 449INDÚSTRIAS DIVERSAS- usinas de produção de concreto e de asfalto.450INDÚSTRIA QUÍMICA- produção de substâncias e fabricação de produtos químicos, fabricação de produtos de-rivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira; fabricação

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de combustíveis não derivados de petróleo, produção de óleos, gorduras, ceras, vegetaise animais, óleos essenciais, vegetais e produtos similares, da destilação da madeira, fa-bricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos,fabricação de pólvora, explosivos, detonantes, munição para caça e desporto, fósforo desegurança e artigos pirotécnicos; recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vege-tais e animais; fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos; fa-bricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas efungicidas; fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventese secantes; fabricação de fertilizantes e agroquímicos; fabricação de produtos farmacêuti-cos e veterinários; fabricação de sabões, detergentes e velas; fabricação de perfumarias ecosméticos; produção de álcool etílico, metanol e similares.451INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS- beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares; matadouros,abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal; fabricação de con-servas; preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados; beneficiamentoe industrialização de leite e derivados; fabricação e refinação de açúcar; refino e prepara-ção de óleo e gorduras vegetais; produção de manteiga, cacau, gorduras de origem ani -mal para alimentação; fabricação de fermentos e leveduras; fabricação de rações balan-ceadas e de alimentos preparados para animais; fabricação de vinhos e vinagre; fabrica-ção de cervejas, chopes e maltes; fabricação de bebidas não-alcoólicas, bem como en-garrafamento e gaseificação e águas minerais; fabricação de bebidas alcoólicas.452

Original - OBRAS CIVISRodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos; barragens e diques; canais para drena-gem; retificação de curso de água; abertura de barras, embocaduras e canais; transposi-ção de bacias hidrográficas;

Proposta: Outras obras de arte, como, por exemplo, eclusas, muros de sustentação, ni-chos, passagens nos cruzamentos com outras vias de comunicação, pavimentação, pon-tes, pontilhões, túneis, viadutos. 453

SERVIÇOS DE UTILIDADE- produção de energia termoelétrica; tratamento e destinação de resíduos industriais líqui-dos e sólidos; disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas emba-lagens; usadas e de serviço de saúde e similares; destinação de resíduos de esgotos sa-nitários e de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas; draga-gem e derrocamentos em corpos d’água; recuperação de áreas contaminadas ou degra-dadas.454TRANSPORTE, TERMINAIS, DEPÓSITOS E COMÉRCIO- transporte de cargas perigosas, transporte por dutos; marinas, portos e aeroportos; ter-minais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos; depósitos de produtos quí-micos e produtos perigosos; comércio de combustíveis, derivados de petróleo e produtosquímicos e produtos perigosos.455TURISMO- complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos.

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456USO DE RECURSOS NATURAIS- silvicultura; exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais; impor-tação ou exportação da fauna e flora nativas brasileiras; atividade de criação e exploraçãoeconômica de fauna exótica e de fauna silvestre; utilização do patrimônio genético natural;exploração de recursos aquáticos vivos; introdução de espécies exóticas ou geneticamen-te modificadas; uso da diversidade biológica pela biotecnologia.

Proposta – ATIVIDADES DIVERSAS- parcelamento do solo, especialmente em municípios com ampliação do perímetro urba-no influenciados pela proliferação de segundas residências- distrito e polo industrial

ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS- projeto agrícola- criação de animais- projetos de assentamentos e de colonização

Priscila da Mata CavalcantePromotora de Justiça

Coordenadora Regional da Bacia Litorânea