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LEIA NO PANORAMA GERAL Expointer, o palco da agricultura familiar começa a ser montado LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Produtores iniciam semeadura das lavouras no RS. N.º 1.410 11 de agosto de 2016 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Expointer, o palco da agricultura familiar começa a ser montado Agosto recém iniciou e é quando se intensificam os preparativos para a 39ª edição da Expointer, a maior feira de animais, máquinas, implementos e produtos agropecuários, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, de 27 de agosto a 04 de setembro. Vitrine do agronegócio, a Expointer é também palco da agricultura familiar, que a cada ano atrai maior público, ávido por saborear e adquirir as delícias da colônia, como sucos, biscoitos, embutidos, mel, vinhos, queijos e geleias, entre diversos outros produtos, além de ser um espaço de divulgação e valorização da cultura das nossas etnias, seja através do artesanato rural e das comunidades tradicionais, e de proporcionar às pessoas levar para casa ao menos uma das muitas espécies que compõem nossa rica flora, exposta por floriculturas que encantam os visitantes. No espaço da Emater/RS-Ascar o foco está na diversidade da produção agropecuária. Na nova área, ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, ainda sendo estruturada, a Instituição abordará temáticas que fazem parte do cotidiano do agricultor familiar, incentivando práticas que diminuem a penosidade e melhoram a renda das famílias rurais, promovendo a permanência dos jovens no campo com informação e qualidade de vida. Entre as temáticas, destaque para a das Energias Alternativas, com exposição de painéis de energia fotovoltaica, maquetes de usinas para produção de etanol e biodiesel (bioenergias) e um modelo de biodigestor modular. O Programa Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, desenvolvido na região de Frederico Westphalen, será divulgado, assim como no espaço da Gestão Ambiental serão demonstradas tecnologias de saneamento e educação ambiental, agrofloresta e agroecologia. Os visitantes também poderão saber um pouco mais sobre a Bovinocultura de Leite; a redução das aplicações de agrotóxicos através do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e de Controle Biológico de Pragas; manutenção da qualidade e recuperação do solo; Policultivo de Carpas; Classificação e Certificação de produtos vegetais; Unidades de Cooperativismo; hortas domésticas e em pequenos espaços, plantas bioativas e produção comercial em estufa serão demonstradas no espaço da Olericultura; Segurança e Soberania Alimentar, através da Cozinha Didática. Como no dia a dia dos nossos extensionistas, a atuação socioassistencial da Emater/RS-Ascar estará presente em todas as temáticas e ações propostas durante a Expointer. Portanto, prestigie o espaço da Emater/RS-Ascar na Expointer e conheça as ações que a nossa Instituição desenvolve no Estado! Aguardamos sua visita!! Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Expointer, o palco da agricultura familiar

começa a ser montado

LEIA NESTA EDIÇÃO

Milho: Produtores iniciam semeadura das lavouras no RS.

N.º 1.410

11 de agosto de 2016

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Expointer, o palco da agricultura familiar começa a ser montado

Agosto recém iniciou e é quando se intensificam os preparativos para a

39ª edição da Expointer, a maior feira de animais, máquinas, implementos

e produtos agropecuários, que acontece no Parque de Exposições Assis

Brasil, em Esteio, de 27 de agosto a 04 de setembro.

Vitrine do agronegócio, a Expointer é também palco da agricultura

familiar, que a cada ano atrai maior público, ávido por saborear e adquirir

as delícias da colônia, como sucos, biscoitos, embutidos, mel, vinhos,

queijos e geleias, entre diversos outros produtos, além de ser um espaço

de divulgação e valorização da cultura das nossas etnias, seja através do

artesanato rural e das comunidades tradicionais, e de proporcionar às

pessoas levar para casa ao menos uma das muitas espécies que

compõem nossa rica flora, exposta por floriculturas que encantam os

visitantes.

No espaço da Emater/RS-Ascar o foco está na diversidade da produção

agropecuária. Na nova área, ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar,

ainda sendo estruturada, a Instituição abordará temáticas que fazem

parte do cotidiano do agricultor familiar, incentivando práticas que

diminuem a penosidade e melhoram a renda das famílias rurais,

promovendo a permanência dos jovens no campo com informação e

qualidade de vida.

Entre as temáticas, destaque para a das Energias Alternativas, com

exposição de painéis de energia fotovoltaica, maquetes de usinas para

produção de etanol e biodiesel (bioenergias) e um modelo de biodigestor

modular.

O Programa Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, desenvolvido na

região de Frederico Westphalen, será divulgado, assim como no espaço

da Gestão Ambiental serão demonstradas tecnologias de saneamento e

educação ambiental, agrofloresta e agroecologia.

Os visitantes também poderão saber um pouco mais sobre a

Bovinocultura de Leite; a redução das aplicações de agrotóxicos através

do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e de Controle Biológico de Pragas;

manutenção da qualidade e recuperação do solo; Policultivo de Carpas;

Classificação e Certificação de produtos vegetais; Unidades de

Cooperativismo; hortas domésticas e em pequenos espaços, plantas

bioativas e produção comercial em estufa serão demonstradas no espaço

da Olericultura; Segurança e Soberania Alimentar, através da Cozinha

Didática.

Como no dia a dia dos nossos extensionistas, a atuação socioassistencial

da Emater/RS-Ascar estará presente em todas as temáticas e ações

propostas durante a Expointer.

Portanto, prestigie o espaço da Emater/RS-Ascar na Expointer e conheça

as ações que a nossa Instituição desenvolve no Estado!

Aguardamos sua visita!!

Clair Kuhn

Presidente da Emater/RS

e superintendente geral da Ascar

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CRESCE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO PAÍS

A produção orgânica é registrada em 22,5% dos municípios brasileiros. O número foi divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A atividade vem crescendo no País. Em 2013, havia 6.700 unidades de produção orgânica. Hoje, o número chega a 14.449 unidades. Para a organização da produção orgânica brasileira o Ministério conta com as Comissões de Produção Orgânica (CPOR) nas unidades da federação. Essas comissões coordenam ações de fomento à essa agricultura, sugerem adequação das normas de produção e controle da qualidade, ajudam na fiscalização e propõem políticas públicas para o desenvolvimento do setor. Elas são formadas por 578 entidades públicas e privadas. Com essa rede abre-se um espaço para dialogar e melhorar a participação social no mercado e o consumo de orgânicos. Anualmente, autoridades do mercado mundial de orgânicos se reúnem em São Paulo para debater tendências, desafios, expansão do setor, novos canais de vendas, ampliação da oferta de produtos, entre outros temas, com participação de instituições como Ifoam (International Foundation for Organic Agriculture) Ecocert América Latina, Organis (Conselho Brasileiro de Produção Orgânica e Sustentável) e Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Fonte: MAPA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental faz parte de um processo educativo mais amplo e tem papel preponderante na mudança de postura dos indivíduos e da sociedade, contribuindo para a compreensão da interdependência social, econômica, política e ecológica, promovendo o desenvolvimento de atitudes, capacidades e condutas éticas que permitam uma melhor relação com o ambiente natural. É uma ferramenta para a compreensão de ideais de desenvolvimento sustentável, incorporados à missão institucional e para a prática da gestão ambiental. Assim, a Emater/RS-Ascar vem atuando com o objetivo de apoiar, estimular, orientar e promover ações de sensibilização e mobilização voltadas para a compreensão e melhoria das relações entre as pessoas e entre elas e o meio em que vivem, articulando e construindo eventos numa integração de ações com parcerias locais e estaduais. Fonte: Emater/RS-Ascar

CAI OBRIGATORIEDADE DO PROAGRO PARA CUSTEIO ACIMA DE R$ 300 MIL

O Diário Oficial da União publicou resolução do Banco Central, atendendo pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que altera normas do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), referentes à obrigatoriedade de enquadramento, ao limite de cobertura e à remuneração de serviços de comprovação de perdas. Com isso, as operações de crédito de custeio acima de R$ 300 mil não estão mais sujeitas à obrigatoriedade de contratação do Proagro. A medida vale para agricultores familiares ou para a agricultura empresarial, na safra 2016/2017. Somente as operações de crédito de custeio abaixo de R$ 300 mil estarão sujeitas a essa exigência de adesão ao Proagro. Fonte: MAPA

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA

SEMANA DE 05/8/2016 A 11/8/2016

A semana entre 05 e 11 de agosto apresentou um comportamento típico do inverno em todo RS. Na sexta-feira (05/8) e no sábado (06/8), o tempo permaneceu firme na maior parte do Estado e o predomínio do ar quente favoreceu a ocorrência de temperaturas elevadas, e apenas na Zona Sul ocorreram pancadas de chuva, associadas a propagação de uma área de baixa pressão no Uruguai. No dia 07/8 (domingo), o deslocamento de uma frente fria provocou chuva em todas as regiões. Entre a segunda (08/8) e a quinta-feira (11/8), o ar mais seco e frio predominou e manteve o tempo firme com temperaturas mais baixas, porém a circulação de umidade do mar para o continente gerou nebulosidade e provocou chuvas fracas e isoladas em áreas mais próximas ao Litoral. No período os totais registrados oscilaram entre 20 e 30 mm na maioria das localidades da Metade Leste, com valores próximos a 40 mm em municípios da Zona Sul e da Região Metropolitana; no restante do Estado os valores oscilaram entre 5 e 20 mm. Os totais mais significativos, observados nas estações do INMET, ocorreram em Canguçu (30 mm), Encruzilhada do Sul (31 mm), Caçapava do Sul (33 mm), Campo Bom e Pelotas (40 mm) e Camaquã (41 mm). A temperatura mínima foi registrada no dia 10/8 em Quaraí (1,0 °C) e a máxima ocorreu em Campo Bom (31,1 °C) no dia 05/8.

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PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE 12/8/2016 A 18/8/2016

O período compreendido de 12 a 18 de agosto deverá apresentar chuva significativa sobre grande parte do RS. Entre a sexta-feira (12/8) e o domingo (14/8), ocorrerão nevoeiros ao amanhecer, mas o tempo permanecerá firme e o predomínio de uma massa de ar quente e úmido favorecerá a elevação das temperaturas em todas as regiões. Na segunda (15/8), os valores de temperatura superarão os 25°C na maioria das áreas e poderão ocorrer chuvas fracas e isoladas no Alto Vale do Uruguai, Planalto Médio e nos Campos de Cima da Serra. Entre a terça (16/8) e a quarta-feira (17/8), a propagação de uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. A partir da quinta-feira (18/8), o ingresso de uma massa de ar frio afastará a nebulosidade e provocará o declínio acentuado da temperatura. Os totais esperados oscilarão entre 10 e 20 mm na maior parte do Estado; no Extremo Sul, Litoral Norte, Serra do Nordeste e no Planalto os valores poderão superar os 30 mm na maioria das localidades.

Fonte: CEMETRS – INMET/FEPAGRO

GRÃOS

Milho - Na grande maioria dos municípios está em andamento o preparo do solo para realizar o plantio, sendo que para os próximos dias essa prática deverá se intensificar. Produtores estão realizando a dessecação das culturas de cobertura – aveia preta e nabo forrageiro. Na área compreendida entre o Centro e o Noroeste da metade Norte do Estado (regiões da Fronteira Noroeste, Missões, Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial), já iniciou em algumas localidades o plantio dessa safra com a implantação da cultura, em conformidade com o zoneamento agroclimático e características climatológicas locais. Na microrregião de Santa Rosa/Três de Maio, a lavoura apresenta boa germinação e formação de stand. Em muitos municípios as prefeituras e sindicatos já disponibilizam as sementes do troca-troca da SDR. Há forte indicativo de ampliação da área cultivada para a colheita de grãos; porém, para a silagem, há tendência de permanecer a mesma área ou mesmo apresentar pequena diminuição, devido, entre outros problemas, ao abandono da atividade de bovinos de leite em algumas propriedades. Agricultores que obtêm renda da comercialização de milho verde já iniciaram a semeadura no intuito claro de ofertar o mais cedo possível aos consumidores e auferir melhores lucros.

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Culturas de Inverno As condições climáticas têm sido favoráveis ao bom desenvolvimento das lavouras de cereais de inverno e canola, especialmente na parte Norte do Rio Grande do Sul, proporcionando nessas regiões uma paisagem com áreas de verde intenso das lavouras de trigo e aveia, intercaladas com áreas de coloração amarelado intenso das lavouras de canola em floração. O clima favorável também tem permitido o plantio antecipado do milho, sua boa germinação e desenvolvimento inicial. Trigo – Com a continuidade das condições climáticas favoráveis, proporcionando temperaturas baixas, principalmente à noite, boa insolação durante o dia e precipitações suficientes ao bom desenvolvimento da cultura, o trigo se encontra em final de estádio vegetativo com excelente potencial produtivo. As lavouras semeadas no cedo já atingem as fases de elongamento e florescimento. Os produtores realizaram os tratos culturais pertinentes ao período e continuam realizando o monitoramento de pragas e doenças. Em muitas áreas de lavouras, está em andamento a aplicação da segunda adubação nitrogenada em cobertura, principalmente nas lavouras implantadas no tarde. Nas demais, essa operação já foi concluída com bons resultados em relação ao perfilhamento e crescimento vegetativo. Também em andamento os primeiros tratamentos com fungicidas para controle de doenças foliares, além da aplicação de herbicida para controle de nabo, azevém e buva nas lavouras semeadas no final do período recomendado para o plantio de trigo. Nos Campos de Cima da Serra, uma das últimas regiões onde a cultura é semeada, esta já foi concluída; lavouras apresentam germinação muito boa e as plantas apresentam bom desenvolvimento com ótimo aspecto de cor e uniformidade, indicando uma perspectiva de bons rendimentos na safra. Cevada - Lavouras apresentam aspecto sanitário muito bom no Norte do RS; cultura em início do estádio de reprodução e com bom potencial produtivo, com boa área folhar. Alguns produtores realizaram controle de oídio e manchas folhares, em decorrência da alta umidade relativa do ar. Também estão realizando as aplicações de fertilizantes nitrogenados em cobertura. Preço: R$ 42,00/sc de 60 kg. (classe 1)

Canola - A maioria das lavouras de canola se mantém nos estádios de crescimento, floração e frutificação. As síliquas se formam de baixo para cima, enquanto que na extremidade superior continua a floração. No momento, o desenvolvimento geral da cultura é bom, apresentando boa resposta às adubações de cobertura nitrogenada já concluídas. Em algumas áreas de lavouras, especialmente no Planalto Médio, as plantas estão com porte menor do que o normal devido a geadas e frios intensos na fase de desenvolvimento vegetativo. Nas regiões do Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, a cultura vem apresentando um dos melhores potenciais produtivos dos últimos anos, projetando bom rendimento de lavoura e animando os produtores. O risco da canola daqui para frente é com a ocorrência de geada; se ocorrer, será fatal para a cultura. Preço médio praticado nas regiões de produção entre R$ 69,60 e R$ 70,00/sc 60 kg. Aveia branca - As lavouras encontram-se em fase final de desenvolvimento vegetativo e majoritariamente em fase de floração. O aspecto geral das lavouras é considerado muito bom, beneficiado pelas condições meteorológicas dos últimos períodos. Mesmo assim, está ocorrendo pequena incidência de manchas foliares e pulgões em lavouras da região de Ijuí. Finalizada a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura e, em andamento, a aplicação de fungicida para controle de doenças foliares. Linhaça - Lavoura apresenta bom desenvolvimento inicial no Noroeste do Estado. Em andamento, os tratos culturais de controle de invasoras e a aplicação de adubação nitrogenada. Estimativa de produtividade atual varia de 900 a 1.200 quilos por hectare.

Painço - A decisão para a implantação da cultura nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste está na dependência dos preços do milho, que podem direcionar maior área para esta cultura. Porém com o preço variando de R$ 75,00 a R$ 87,00 e contratos para dezembro a R$ 100,00, intensificou-se a procura por sementes. A perspectiva de área de plantio é em torno de três mil hectares na região, no entorno do município de Tucunduva, dependendo da disponibilidade de sementes. Produtores que planejaram antecipadamente a lavoura já iniciaram sua implantação.

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HORTIGRANJEIROS

Situações Regionais

As hortaliças, de maneira geral, estão se desenvolvendo bem nos últimos dias, em função das condições climáticas ocorridas nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste. Os produtores hidropônicos estão satisfeitos, pois as temperaturas mais amenas da solução nesta época beneficiam o desenvolvimento das plantas. Melhorou o aspecto das folhosas ofertadas para comercialização e ocorreu leve redução dos preços para o consumidor. Alguns agricultores relatam lagarta na couve, sendo orientado o controle natural e plantas companheiras, tanto para controle de pragas como melhoria de sabor e crescimento. Algumas famílias cultivaram cavalinha como forma de repelente natural de insetos em canteiros. No município de Alecrim, produtores beneficiários da chamada da agroecologia estão se organizando para produção de olerícolas destinadas a uma feira ecológica com início da comercialização em setembro. Em Porto Vera Cruz está em elaboração uma proposta de R$ 480.000,00 para o fornecimento de produtos para o PAA. A melhoria de pomares e as orientações sobre poda continuam ao longo da semana, e cochonilhas e formigas são um dos problemas mais encontrados no momento. Em alguns citros, há fumagina no interior da copa, doença que impede as folhas de realizarem fotossíntese, além de perderem a seiva. Assim, os agricultores são orientados para a realização correta da poda, a fim de entrar maior luminosidade na copa. Algumas formigas cortadeiras estão causando danos severos em alguns pomares, com indicação de uso de armadilha com garrafa pet ou caixas de leite. Algumas famílias utilizam esterco de ovinos para adubação em seus pomares. Seguem em andamento as práticas de poda, principalmente na videira. Em muitos escritórios municipais ocorre a entrega de mudas frutíferas, oriundas de pedidos ou de programas municipais, com a devida orientação para plantios, condução e realização de podas, principalmente de uva e pêssegos. Os pessegueiros já estão quase floridos, enquanto que a ameixeira, a macieira, o caquizeiro, ainda não estão emitindo flores. Nas espécies em que a dormência ainda é observada, há orientação com relação à utilização da calda sulfocálcica.

No Litoral Norte, as culturas estão com bom desenvolvimento em virtude do clima favorável. A maior oferta de brócolis condicionou a queda do

preço no mercado. Porém, há falta de couve-flor, cuja oferta diminuiu em função da preferência do produtor em plantar brócolis, brássica com maior preço na época. As lavouras de alface e outras folhosas também estão sendo colhidas. Os produtores de tomate e pimentão a campo iniciaram o preparo de solo para a nova safra. Os produtores do Vale do Rio Três Forquilhas que cultivam no sistema protegido ainda estão produzindo e comercializando dentro da normalidade tempero verde, rúcula, alface, pimentão, tomate longa vida e tomate tipo cereja, além de outras folhosas, alface e rúcula.

Frutícolas Citros - Estão em colheita as cultivares mais tardias entre as frutas cítricas no Vale do Caí. Entre as bergamoteiras, a cultivar que está sendo colhida é a Montenegrina, a fruta cítrica mais exportada pelo Rio Grande do Sul para outros estados. Dessa cultivar, a quantidade de frutas colhidas e ofertadas no mercado aumentou significativamente na última quinzena e já atinge 20% do total a ser colhido (veja quadro). Entrou em colheita o tangor Murcott, também comercializado com o nome aportuguesado de Morcote ou Morgote. Trata-se de um híbrido natural de tangerina com laranja, cuja denominação tangor é formada a partir do inglês tangerine + orange. O volume colhido da variedade Murcott está em 5%. Os preços recebidos pelos citricultores pela bergamota Montenegrina está estável desde o início da colheita, em média a R$ 26,00 pela caixa de 25 quilos. Os valores recebidos pelos citricultores pelas primeiras frutas do tangor Murcott ficaram na média de R$ 25,00/cx. Em relação às laranjas, também estão em colheita as cultivares tardias: Céu Tardia, laranja sem acidez; umbigo Monte Parnaso, laranja para consumo ao natural por excelência; e Valência, a fruta cítrica com maior área de cultivo no Rio Grande do Sul, destinada para confecção de suco, tanto em casa, em lancherias e restaurantes, como pela indústria de sucos. Os preços recebidos pelos citricultores tiveram pequeno aumento (veja quadro), reflexo das temperaturas mais amenas da última quinzena, que favoreceram o consumo de frutas e sucos. Entretanto, conforme informação de citricultores de Harmonia, para a laranja do Céu Tardia o mercado está devagar para mesa, e os produtores estão com receio de que com a entrada da Valência para o suco, passem a ter dificuldades maiores para comercialização.

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Além do mercado para o consumo ao natural, os citricultores comercializam laranjas para a indústria de suco. No município de Brochier, a colheita da laranja Valência segue em um bom ritmo, e os produtores tentam adiantar a colheita com receio de que a temperatura mude nas próximas semanas e tenham perdas. Os pomares apresentam muita carga de frutas, superando as expectativas de colheita desta variedade, que também apresenta um bom aspecto fitossanitário, sendo comercializada na propriedade a R$ 7,00/cx.; se o citricultor leva o produto na indústria, recebe em média R$ 8,00/cx. Segundo citricultores de Pareci Novo, neste ano as vendas da fruta para suco estão boas, mas tanto a comercialização no Ceasa como para mesa, junto aos comerciantes “está muito fraca”, ou seja, a venda para suco está sendo determinante para o escoamento da safra. Em relação à lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, que tem floração durante todo o ano, e, portanto, colheita também durante todo o ano, o preço recebido pelos citricultores teve reação na última quinzena, passando de R$ 30,00 para os atuais R$ 35,00/cx. O mercado continua sendo abastecido em maior volume com o Tahiti proveniente de São Paulo, que está com coloração mais verde que a fruta gaúcha, coloração esta preferida pelos consumidores. Este fator faz com que a fruta paulista seja mais valorizada, recebendo melhores preços.

Fruta %

colhido 05.08.16

R$/cx. em 22.07

R$/cx. em

05.08

Bergamota Montenegrina

20% 26,00 26,00

Tangor Murcott 05% s/comerc. 21,00

Laranja Céu Tardia 65% 11,00 12,00

Laranja Umbigo Monte Parnaso

30% 25,00 26,00

Laranja Valência 15% 11,00 12,00

Lima ácida Tahiti 60% 30,00 35,00

Em Rosário do Sul, na cultura das laranjas, as variedades mais precoces encontram-se em fase inicial de maturação e início de colheita, sendo que a variedade que está sendo colhida no momento é a Navelina. Já para as bergamotas, a colheita está mais adiantada, sendo que já foram colhidas as variedades Satsuma e Clemenules; a variedade colhida agora é a Clemenville. Após a colheita ocorrem o beneficiamento e a comercialização das frutas, sendo destinadas para o comércio local e também exportadas.

Os produtores de bergamota estão realizando tratos culturais e poda nos pomares. Já foi concluída a colheita das variedades Okitsu e Ponkan, e há previsão de reiniciar a colheita da variedade Montenegrina a partir da segunda quinzena de agosto. Na região Nordeste do Estado, em Maximiliano de Almeida, já terminou a safra das variedades precoces de laranja, e a partir desta semana começa a ser comercializada a variedade Valência; espera-se uma safra boa para a laranja Valência. Mesmo com as geadas severas e a queixa sobre o preço, a safra será muito boa embora o mercado um pouco travado. Os preços praticados na semana passada foram os seguintes:

Laranjas Rubi, Iapar 73 e Salustiana: R$ 11,00/cx.

Laranja Umbigo Monte Parnaso: R$ 14,00/cx.

Laranja do Céu - R$ 12,00/cx.

Laranja indústria - R$ 300,00/t Terminou a safra da bergamota Ponkan; somente está sendo comercializada a variedade Montenegrina; a qualidade está boa e a safra é normal. A bergamota Montenegrina é comercializada a R$12,00/cx de 25 kg. Morango - Chega ao final mais um período de transplantio de mudas da cultura, atividade essa que inicia em abril nos mesoclimas mais quentes, como o Vale do Rio Caí, e se finda agora, nos pomares instalados em regiões altas dos Campos de Cima da Serra. O longo período de frio e de pouca precipitação nos meses de maio e junho retardou o pegamento e o desenvolvimento inicial das mudas. Plantios posteriores foram favorecidos pelas adequadas condições climáticas. De modo geral, a cultura se encontra em bom estado vegetativo e fitossanitário. Houve uma desaceleração na aquisição de mudas, resultando em 20% a menos do que na safra anterior. Dentre os motivos deste movimento, podem-se destacar o valor da muda importada, ficando próximo de R$ 0,90 a unidade, a menor taxa de crescimento absoluto de novas áreas, e, principalmente, o cultivo das duas principais variedades serem de dias neutros – Albion e San Andreas, possibilitando a manutenção das mesmas plantas por duas ou mais safras. Essa prática era inviável há poucos anos, pois se cultivava basicamente variedades de dias curtos, que requeriam renovação anual. Pomares de segundo ano já em

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plena floração, perspectivando boas produtividades a serem colhidas.

Olerícolas Alho – As áreas implantadas por último na Serra se encontram em fase de emergência de plântulas. Semelhante às estabelecidas em primeiro lugar, estas também demonstram boa uniformidade e vigor. No período, ocorreram condições bastante favoráveis para o incremento da massa foliar e radicular das plantas nas lavouras já em desenvolvimento. Não houve registros de problemas de incidência de fitopatias ou de ataque de pragas, mas pulverizações de prevenção vem sendo efetivadas. Nas lavouras mais do cedo, a primeira adubação nitrogenada em cobertura já está concluída, e o controle de ervas espontâneas passa a ser a prática cultural prioritária. Mantém-se expectativa de boa colheita, assim como a manutenção de preços remuneradores, como ocorrido na última safra.

Batata - Em Silveira Martins, na região Central, a colheita da batata está finalizada e a produtividade alcançada foi de 30 toneladas por hectare. O Escritório Municipal local encerrou a encomenda de batata semente. Nesta semana foram entregues oito toneladas de batata semente para 23 produtores. Os agricultores estão realizando o preparo de solo para o plantio da próxima safra de batata.

Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, no período entre 02/08/2016 a 09/08/2016, tivemos 21 produtos estáveis em preços, 05 em alta e 09 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Um produto destacou-se em alta: Mamão Formosa: de R$ 2,50 para R$ 4,50/kg (+80%). Em período passado as regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais sofreram com a intensidade de chuvas e temperaturas abaixo das tradicionais proporcionando queda demasiada da floração nos mamoeiros. A reduzida frutificação diminuiu a oferta nestas regiões. Neste momento a procura está concentrada principalmente nos Estados do Espírito Santo e Bahia, ocasionando a elevação nos preços. O volume médio em dias fortes no

mês de agosto do triênio 2013/2015 foi 126.980kg, enquanto que nesta última terça-feira acessaram somente 81.896kg de Mamão Formosa. Na Ceagesp a fruta está sendo comercializada por R$ 6,22/kg, evidenciando a possibilidade de maior elevação nesta nossa praça.

Nenhum produto destacou-se em baixa.

PRODUTOS EM ALTA

02/08 (R$)

09/08 (R$)

Aumento (%)

Abacate (kg) 2,75 3,00 + 9,09

Banana Caturra/Nanica (kg)

2,00 2,25 + 12,50

Mamão Formosa (kg)

2,50 4,50 + 80,00

Tomate Caqui Longa Vida (kg)

2,40 2,75 + 14,58

Ovo branco (dúzia) 3,50 3,67 + 4,86

PRODUTOS EM BAIXA

02/08 (R$)

09/08 (R$)

Baixa (%)

Laranja suco (kg) 1,05 1,00 - 4,76

Morango (kg) 10,71 8,57 - 19,98

Brócolis (unidade) 1,25 1,00 - 20,00

Couve-flor (cabeça) 2,08 1,67 - 19,71

Repolho verde (kg) 0,85 0,75 - 11,76

Chuchu (kg) 2,50 2,00 - 20,00

Milho verde (scl 3 esp)

3,00 2,50 - 16,67

Alho importado (kg) 22,00 20,00 - 9,09

Batata (kg) 3,60 3,20 - 11,11 Fonte: Ceasa/RS

OUTRAS CULTURAS

Silvicultura Reflorestamento - preços praticados na região do Vale do Taquari

Mudas de eucalipto Grandis, Urophylla e Dunni (em tubetes): R$ 180,00/milheiro

Mudas de eucalipto Grandis, Urophylla e Dunni (em laminado): R$ 160,00/milheiro

Mudas de acácia-negra (em laminado): R$ 140,00/milheiro

Lenha de acácia-negra: em média R$ 55,00/m

st, dependendo da localização e,

principalmente da qualidade da lenha. Lenha de eucalipto: entre R$ 30,00 a R$

35,00/mst, dependendo da qualidade,

localização e comprador. Geralmente, o pagamento de valor maior é com prazo de 60 a 90 dias.

Toretes de eucalipto para paletes e lâminas: entre R$ 45,00 a R$ 50,00/m

st

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(cheque para 60 dias). Peças serradas com tamanho uniforme de 1,20 ou 1,25 metros, conforme a empresa laminadora solicitar.

Casca de acácia-negra: R$ 0,18 a R$ 0,20/kg

Carvão vegetal de acácia: R$ 0,65/kg Carvão vegetal de eucalipto: R$ 0,50 a R$

0,55/kg Tora de eucalipto para serraria: R$ 60,00/m³ (se precisar trator para retirar da lavoura) a R$ 80,00/m³ (se está encostado na estrada). O mercado retraído dificulta a comercialização de todos os derivados da silvicultura. Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, os agricultores preparam as áreas para efetuar o plantio após o inverno. Da mesma forma que na erva-mate, não se espera muitos plantios novos nesse ano. A lenha de eucalipto está sendo vendida em pé de R$ 25,00/m³ a R$ 30,00/m

3. Muitos produtores

enfrentam problema com a comercialização do produto, principalmente os que têm a lenha em pontos com difícil acesso. O preço pago pela madeira (toras) de eucalipto fica em torno de R$ 130,00/m³. As serrarias têm preferência por eucaliptos das espécies grandis, saligna e pinus. Em Santa Margarida do Sul, na Campanha, as florestas da Celulose Rio-grandense cultivam 3.927 hectares. Destas florestas, estão em fase de colheita mil hectares. Serrarias da Serra procuram por bosques antigos de eucalipto das espécies tereticornis, citriodora e saligna para a confecção de dormentes. Os produtores estão satisfeitos com a produtividade alcançada nas florestas e com a remuneração obtida. As maiores produtividades têm ocorrido em Caçapava do Sul, com valores de 300 a 400 m³/ha e renda líquida por hectare de R$ 6.000,00 a R$ 9.100,00. Alguns produtores estão manifestando o interesse em conduzir a brotação para dar continuidade à atividade de silvicultura. Continua a colheita mecanizada da madeira que está sendo armazenada no pátio de madeiras localizado na beira da BR em Hulha Negra. Preços: eucalipto R$ 34,50/m³ em pé aos 7,5 anos para produtores da poupança florestal (fonte Fibria). Para a lenha, o comércio local paga R$ 55,00 metro empilhado, posto no local, e remuneração líquida ao produtor de R$ 15,00/m empilhado.

Para a acácia-negra os preços da casca são de R$ 300,00/tonelada (posto em Montenegro ou Estância Velha) e madeira a R$ 75,00/m empilhada (posto em Rio Grande) (fonte Tanac e Seta). Como os preços da madeira e casca melhoram bastante nos últimos dois anos devido ao equilíbrio na oferta de acácia, estamos orientando aos produtores que esperem mais um ou dois anos para a comercialização a fim de receberem melhores preços. Erva-mate – O produto está sendo comercializado em torno de R$ 12,00/arroba, posta na ervateira. As condições climáticas atuais favorecem o desenvolvimento da cultura nas regiões do Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí. Segue a colheita nos ervais. Não se espera aumento na área de produção de erva-mate nesse ano.

Cana-de-açúcar - As áreas implantadas com cana-de-açúcar na região das Missões estão com desenvolvimento normal, sem ataques de pragas que necessitassem de controle. Quanto ao monitoramento de fungos, há ocorrência de ataque em várias áreas, principalmente da ferrugem, nas quais os controles e pulverizações são dificultados, em razão de não se disponibilizar de máquinas para aplicação em canaviais adultos. As geadas ocorridas não causaram danos nos canaviais da região de maior produção, em Porto Xavier, conforme relatos de agricultores e da indústria. Mas segundo a cooperativa regional, está se confirmando, até o momento, a perda de produção em torno de 10% em razão das geadas, nas áreas totais de abrangência da indústria, principalmente em função das perdas nas lavouras do município de Roque Gonzales. As lavouras estão em estádio de maturação e colheita. As atividades da indústria estão a pleno vapor, tendo alcançado até o momento percentual em torno de 27% das lavouras já colhidas. Atualmente a indústria está operando com moagem de cerca de quatro mil toneladas de cana por semana. O rendimento médio, para as áreas de abrangência da cooperativa, está se confirmando em 55 toneladas de cana por hectare. O rendimento de álcool obtido na indústria está na média de 66 litros de álcool por tonelada de cana. O valor pago para o produtor pela tonelada de cana está em R$ 60,00. Já as lavouras destinadas ao corte para agroindústrias de melado, açúcar mascavo e cachaça estão efetuando a colheita obtendo bons resultados, em torno de 55 toneladas por hectare, e com bom rendimento de produção em função de

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a cana já estar com boa maturação e com bom grau brix.

CRIAÇÕES Bovinocultura de corte - O campo nativo sem rebrote reduz a taxa de crescimento de forragem e diminui a qualidade. Por isso é importante o uso de sal proteinado, para suprir a deficiência de proteína. O rebanho bovino que não tem pastagens cultivadas de inverno disponível está sentindo a escassez alimentar deste período, durante o qual a pouca oferta disponível no campo nativo é de baixa qualidade. Apesar de as condições climáticas das últimas semanas serem favoráveis ao desenvolvimento das pastagens de inverno, a oferta do principal alimento volumoso (azevém em sobressemeadura) de uma maneira geral continua baixa. Isso se deve principalmente às condições climáticas adversas ocorridas em meados de outono (tempo seco e frio), que paralisaram o crescimento na fase inicial da pastagem. Os produtores estão disponibilizando aos rebanhos as pastagens com aveia e azevém em desenvolvimento e realizando o pastoreio com diversas categorias do rebanho. Alguns produtores vêm adotando o pastoreio controlado nas pastagens de inverno. Nessa situação é recomendada a aplicação da adubação de cobertura com nitrogênio para acelerar o desenvolvimento e dar maior suporte de carga animal sobre as pastagens. Inicia o período de parição, que deverá se estender para os próximos meses. Nas matrizes que estão no terço final de gestação, é importante realizar a imunização contra as clostridioses, conferindo assim imunidade passiva para os terneiros ao nascimento. Os animais que estão em campo nativo apresentam perda de peso em virtude do uso das reservas do animal para manutenção corporal, consequência das condições nutricionais ofertadas pelas forrageiras no campo nativo neste período. Alguns produtores estão fornecendo alternativas de alimentação, como feno de palha de arroz e sal proteinado para auxiliar na nutrição dos rebanhos. É importante manejar o rebanho realizando o dimensionamento da carga animal em função da disponibilidade forrageira, se adequando às condições presentes no momento tanto no campo nativo como nas pastagens cultivadas, para evitar perdas maiores no desempenho dos animais. Pastagens cultivadas de azevém e aveia estão sendo utilizadas pelos animais e promovendo

ganhos de peso satisfatórios. Alguns produtores estão fazendo uso de cercas elétricas dividindo as áreas em potreiros para obter melhor manejo das pastagens, com isso permitindo ampliação da oferta de forragem aos rebanhos. O estado nutricional do rebanho bovino em geral ainda é satisfatório, apesar de o campo nativo apresentar escassa oferta de forragem e pouco rebrote. Os produtores mantêm cuidados sanitários nos rebanhos e realizam monitoramento dos animais, principalmente para o combate às verminoses, realizando tratamentos estratégicos. A infestação de carrapatos foi amenizada por causa do período longo de temperaturas muito baixas e sequências de geadas. Comercialização Na região de Bagé, o gado magro de reposição apresenta preços estáveis e demanda retraída, provavelmente pelo baixo desempenho das pastagens de inverno até o momento. Preços praticados na semana: boi gordo R$ 4,60 a R$ 5,80/kg vivo e preço médio de R$ 5,30/kg vivo; vaca gorda de R$ 4,10 a R$ 5,90/kg vivo e preço médio de R$ 4,80/kg vivo; terneiro de R$ 5,00 a R$ 6,30/kg vivo e preço médio de R$ 5,50/kg vivo; vaca de invernar de R$ 3,80 a R$ 4,74/kg vivo e preço médio de R$ 4,10/kg vivo e novilho de invernar R$ 4,80 a R$ 5,40/kg vivo e preço médio de R$ 5,30/kg vivo. Na região de Caxias do Sul, começa a ser ofertado gado gordo para o abate. Criadores estão receosos quanto a prazos de pagamento, pois os compradores solicitam até 60 dias para pagar. Preços praticados na região: boi gordo a R$

5,70/kg vivo; vaca gorda a R$ 5,00/kg vivo; terneiro a R$ 5,50/kg vivo; novilho sobreano a R$ 5,20/kg vivo; novilho dois anos a R$ 5,10/kg vivo; novilho três anos a R$ 4,90/kg vivo; vaca descarte R$ 4,00/kg vivo e novilha dois anos a R$ 4,90/kg vivo.

Na região de Passo Fundo, redução de venda de novilhos para engorda, com preço entre R$ 5,50 e R$ 6,80/kg vivo; boi gordo sendo comercializado entre R$ 5,50 e R$ 5,60/kg vivo, e a vaca descarte com preço entre R$ 4,00 e R$ 4,90/kg vivo. Na região de Pelotas, preços de mercado do boi gordo de R$ 5,00 a R$ 5,40/kg vivo; vaca gorda de R$ 4,40 a R$ 4,90/kg vivo; terneiro de R$ 5,30 a R$ 6,10/kg vivo. Na região de Porto Alegre, se mantém a venda para abate de animais preparados em pastagens de inverno, com preço médio do boi gordo entre R$ 4,90 e R$ 5,00/kg vivo e da vaca entre R$ 4,80 a 4,90/kg vivo. Gado de reposição deverá ter grande oferta a partir de final de agosto com a

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retirada de gado das pastagens de azevém, para permitir a ressemeadura e início da próxima safra de verão. Na região de Santa Maria, os preços de mercado são os seguintes: boi gordo de R$ 4,80 a R$ 5,75/kg vivo e preço médio de R$ 5,36/kg vivo; vaca gorda de R$ 4,30 a R$ 5,00/kg vivo e preço médio R$ 4,71/kg vivo. Na região de Santa Rosa, começa a ser ofertado gado gordo para o abate; criadores estão receosos quanto a prazos de pagamento, e compradores

solicitam até 60 dias para pagar. Cotação: terneiro

de R$ 5,20 a R$ 5,50 kg vivo; boi gordo de R$ 5,40 a R$ 5,50 kg vivo; vaca magra R$ 4,10 a R$ 4,15/kg vivo; vaca gorda de R$ 4,90 a R$ 5,00/kg vivo. Na região de Soledade, como aumentou o período de pastoreio para a terminação dos lotes de animais, diminui a oferta de animais gordos para abate. O baixo fluxo na terminação de animais gordos também afetou a comercialização dos animais magros, caracterizando-se um ano atípico se comparado com o mesmo período do ano passado. Cotação: boi gordo de R$ 5,20 a R$ 5,55 e preço médio de R$ 5,32/kg vivo; vaca gorda de R$ 4,50 a R$ 5,00/kg vivo e preço médio de R$ 4,73 /kg vivo. Bovinocultura de leite - Os rebanhos de bovinos de leite neste período necessitam de maiores cuidados nutricionais, pois dos campos nativos apresentam-se com menor produção e redução da qualidade forrageira. Também se verifica que em algumas regiões o desempenho das pastagens cultivadas não está apresentando um desenvolvimento adequado. Porém as matrizes estão começando a melhorar o estado corporal em função da utilização das pastagens cultivadas que estão apresentando um melhor desenvolvimento, ocorrendo um acréscimo na produção. Neste período, a tendência é ocorrer uma queda na produção; para evitar essas perdas os produtores estão fornecendo silagem e rações concentradas, sorgo, farelo de arroz e casca de soja como maneiras de suplementar o déficit alimentar, pois em alguns locais as pastagens de inverno não estavam apresentando condições plenas de produção forrageira para atender os requerimentos do rebanho. Os produtores que dispõem de feno e silagem conseguem manter o nível de produção de leite na média, têm custos mais baixos e mais facilidade para manter a produção e poupar as pastagens em épocas chuvosas; do contrário, há uma queda considerável.

Produtores estão utilizando as pastagens de inverno, como azevém, trevos e cornichão, para manter o estado corporal dos animais e evitar queda maior na produção; os que estão utilizando o sistema de piqueteamento nas pastagens têm conseguido um melhor aproveitamento das forrageiras. O estado corporal e sanitário do rebanho se encontra satisfatório. Comercialização Na região de Bagé, para os produtores que têm uma boa produção e também qualidade, o preço do leite tem sido fator de estímulo nesse setor. Na região de Caxias do Sul, o preço médio do leite pago ao produtor varia bastante na região: de R$ 1,20 a R$ 1,50, dependendo de bônus por qualidade e quantidade. Preço de R$ 1,20 a 1,60/L. Na região de Erechim, os preços do litro de leite variam de R$ 1,12 a R$ 1,67/L, com média R$ 1,22/L. Na região de Ijuí, período de euforia para a atividade leiteira na região. Produtores retomaram os investimentos em alimentação do rebanho leiteiro, com fornecimento de maior volume de ração, aquisição de matrizes e adubação das pastagens, impulsionados pela oferta de preços atrativos. O preço médio praticado na região é de R$ 1,31/L. Na região de Passo Fundo, nesse período de entressafra ocorreu elevação dos preços recebidos pelo produtor. Os valores variaram de R$ 1,54 a R$ 1,64/L, enquanto que a ração com 18% de proteína bruta está sendo comercializada com preços de R$ 1,33 e R$ 1,53/kg. Na região de Porto Alegre, o preço bruto do leite entregue para as cooperativas Piá, Stefenon e Lactalis (antiga BRF) permanece no valor médio de R$ 1,10/L. Na região de Pelotas, o preço do litro do leite pago aos produtores sofreu reajuste, reanimando o setor devido às expectativas de valorização e ao aumento dos preços pagos pelo litro do leite ao produtor; estão variando na região entre R$ 0,90 e R$ 1,50/L. Na região de Santa Maria, preço variando de R$ 0,85 a R$ 1,60/L; preço médio de R$ 1,24/L. Na região de Santa Rosa, entre o final de 2015 e o primeiro semestre de 2016 houve redução na produção de leite devido à diminuição do número de produtores que pararam com a atividade em função de fatores como preço muito baixo, restrições legais e sanitárias, atividade penosa, envelhecimento e processo de aposentação e evasão dos jovens do campo. Este cenário provocou no início do segundo semestre de 2016

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uma mudança de comportamento das indústrias compradoras de leite, procurando os produtores para estimulá-los a investirem na atividade, além de pagar um preço mais elevado, variando de R$ 1,00 a R$ 1,60/L. Para os que produzem mais de 2.000 litros por dia, o valor recebido chega a R$ 1,90/L. Na região de Soledade, preço do leite em alta, variando entre R$ 0,90 a R$ 1,61/L; preço médio R$ 1,24/L.

Ovinocultura - Com a normalização das condições climáticas, as pastagens cultivadas de inverno (aveia e azevém) tiveram boa recuperação, mas a oferta continua baixa devido à pressão de pastejo. A alimentação do rebanho ovino com volumoso está sendo complementada com campos nativos que começam a se recuperar devido às chuvas regulares e ao aumento de temperaturas. Por conta da melhora da oferta de volumoso, o rebanho ganha peso e os cordeiros em amamentação também são favorecidos com maior produção de leite das matrizes. Neste período está ocorrendo o nascimento de cordeiros nas propriedades, e os ventres estão sendo colocados nos melhores potreiros. Produtores realizam cuidados especiais com os rebanhos em produção, realizando a revisão diária dos rebanhos que se encontram em pleno período de parição, principalmente para evitar mortalidade nos cordeiros recém-nascidos; a atenção especial é redobrada em dias de chuva, pois houve registros de morte de cordeiros por inanição/frio em regiões onde o clima desfavorável atinge os rebanhos. Também há relatos de ataque de javalis, zorros, caranchos e outros predadores. Os produtores realizam cuidados especiais no controle das miíases e hemoncoses. Os animais apresentam problemas de verminose, percebidos em todas as categorias do rebanho; porém os produtores estão atentos ao controle da verminose ovina. Também há relatos de ocorrência de podridão do casco em alguns rebanhos. Em propriedades onde há problemas com a verminose, o controle é manejado com o uso alternado do método Famacha – com observação da mucosa ocular e análise do hematócrito – e com o uso adequado de princípios ativos de vermífugos, através do exame de ovos por grama de fezes (OPG) realizado pelos laboratórios parceiros. Comercialização Na região de Bagé, embora os preços do cordeiro estejam atrativos, a comercialização continua lenta, com reduzida oferta. Ocorrem negócios com borregos até dois dentes; ovelhas de descarte com

difícil comercialização. Em vários municípios da região ocorre o trabalho de inscrição e identificação das ovelhas, com coletas de amostras da lã nas propriedades dos produtores que aderiram ao Programa de Desenvolvimento e Qualificação da Ovinocultura. Preços: cordeiro de R$ 4,00 a R$ 6,00/kg vivo e preço médio de R$ 5,50/kg vivo; ovelha de cria entre R$ 180,00 e R$ 300,00/cab. e preço médio de R$ 200,00/cab.; ovelha consumo R$ 150,00 a R$ 230,00/cab. e preço médio de R$ 200,00 cab.; lã Cruza 1 especial de R$ 8,00 a R$ 16,80/kg e preço médio de R$ 12,50/kg. No quadro abaixo, são apresentados os preços praticados na regional de Pelotas, a nível de produtor.

Produto/espécie Mínimo R$/kg

Máximo R$/kg

Ovelha 4,50 5,10

Cordeiro 5,50 6,00

Capão 5,00 5,80

Lã Merina 13,00 14,00

Lã Ideal (Prima A) 12,00 13,00

Lã Corriedale (Cruza 1) 11,00 12,00

Lã Corriedale (Cruza 2) 9,50 10,50

Fonte: Emater/RS-Ascar - regional Pelotas

Na região de Santa Rosa, capão a R$ 5,50/kg; ovelha a R$ 4,80 a R$ 5,00/kg; cordeiro de R$ 5,50 a R$ 6,00/kg; carne ovina de R$ 15,00 a R$ 18,00/kg diretamente com o produtor. Na região de Soledade, preço médio da comercialização do cordeiro a R$ 5,50/kg vivo. Suinocultura - Na região de Erechim, a situação da suinocultura permanece inalterada, os preços dos insumos continuam altos e o preço do quilo do suíno vivo pago pelas integradoras é menor que o custo de produção. Na região o milho está sendo comercializado de R$ 42,00 a R$ 58,00 por saca; farelo de soja de R$ 1,60 a R$ 2,10/kg e suíno a R$ 2,90/kg vivo. Os suinocultores continuam insatisfeitos com o retorno econômico obtido com o desenvolvimento da atividade. Na região de Santa Rosa, a situação continua crítica para os criadores independentes, pois os preços do milho e do farelo de soja estão muito elevados em relação ao preço do quilo vivo do suíno recebido pelos criadores neste momento. Suinocultores estão em fase de readequação e mudança de integradoras. Milho com forte valorização no mercado, fazendo com que haja aumento do custo de produção.

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Piscicultura e Pesca Artesanal - Na região de Erechim, a semana foi de temperaturas amenas e boas precipitações. A baixa insolação tem causado problemas de oxigenação da água, causando a morte de peixes em algumas propriedades. A produção de peixe da região do Alto Uruguai destina-se basicamente ao consumo familiar. O principal canal de comercialização continua sendo as feiras do peixe vivo. O peixe vivo está sendo comercializado em feiras entre R$ 8,00 e 14,00/kg. Na região de Pelotas, período de defeso na Lagoa dos Patos. A pesca do bagre está proibida. Em Rio Grande, Pelotas, São Lourenço e São José do Norte, os pescadores artesanais recebem o seguro defeso, e está proibida a pesca da Laguna dos Patos até o mês de setembro. A captura de peixes é farta pelo alto nível da lagoa Mirim, possibilitando uma pesca com menor custo para o pescador. O trabalho de organização dos pescadores na região consolidou a Cooperativa dos Pescadores de Santa Isabel – Coopesi, no município de Arroio Grande, que neste momento disponibiliza três mil quilos de filé de traíra para comercialização. Em Jaguarão relatos de diminuição da pesca. No quadro abaixo, são apresentados os preços pagos ao pescador na regional de Pelotas.

Produto/espécie Mínimo R$/kg

Máximo R$/kg

Jundiá 0,80 1,30

Peixe rei 1,50 3,20

Pintado 0,80 1,50

Tainha 3,00 5,00

Traíra 2,80 3,70

Camarão descascado - 30,00

Fonte: Emater/RS-Ascar - regional Pelotas

Na região de Santa Rosa, estão em andamento o licenciamento dos açudes e a utilização de máquinas para melhoria dos mesmos. Em Santo Cristo ocorreram novos relatos de mortalidade de tilápias devido ao intenso frio ocorrido. Ocorreu Jantar do Peixe no último sábado em Horizontina, promovido pela Associação de Piscicultores, Emater e Prefeitura Municipal. Apicultura - Período de entressafra, exigindo atenção por parte dos apicultores quanto ao manejo alimentar dos enxames. Recomenda-se realizar a alimentação energética para manutenção dos enxames de 50-60 dias antes de iniciar a florada de primavera a fim de ter uma boa

população de operárias campeiras para o incremento rápido da produção. Mantidas as condições atuais de clima, o agricultor já poderá programar o uso da alimentação proteica, com vistas ao fortalecimento e à obtenção de novas crias nas colmeias visando o próximo período de produção, pois nesta época do ano praticamente não há florada. As colmeias, devido ao frio intenso e por serem americanas, tiveram o alvado reduzido, retendo mais calor no interior. O frio tem dificultado o monitoramento dos enxames, o que foi facilitado com o aumento da temperatura desta semana. Enxames apresentam boas condições sanitárias. Apicultores monitoram seus apiários controlando o ataque dos predadores. O controle da Varroa destructo é realizado quando se observam índices acima de 3% com a contagem a partir do teste do pote com fitas de ácido oxálico, que é um produto orgânico. Na última safra tivemos uma baixa produção restando pouca reserva alimentar para as abelhas. Em alguns locais os produtores ficaram insatisfeitos com a produção obtida, considerada baixa, com quebras de 60% da produção de mel. Apicultores com habilidade no trabalho com a madeira estão aproveitando este período para construir caixas novas e reformar as usadas e caixilhos, preparando para a próxima safra. Em andamento a instalação de caixas-iscas para a captura de enxames e a troca de rainhas. Alguns produtores estão fazendo migração das colmeias para eucaliptos em floração. Comercialização Na região de Bagé, vários apicultores relatam mortandade das abelhas e redução dos enxames, e consequente redução na produção que poderá se refletir nos preços do produto. Preços acima de R$ 8,00/kg o mel a granel e de R$ 18,00 a R$ 20,00/kg para o mel embalado. Na região de Caxias do Sul, a baixa produção mantém os preços altos e já está faltando mel no mercado, mantendo os preços elevados. Mel no varejo a R$ 25,00/kg; no atacado, a R$ 12,00 /kg. Na região de Erechim, mel comercializado na venda direta ao consumidor de R$ 18,00 a R$ 25,00/kg, com pequena disponibilidade. Na região de Pelotas, preços do mel embalado seguem sem alteração, variando de R$ 15,00/kg em Arroio Grande e Jaguarão a R$ 25,00/kg em Santana da Boa Vista e Turuçu. A granel o mel está sendo comercializado de R$ 8,00/kg em Pedro Osório e Piratini a R$ 12,00/kg em São Lourenço do Sul e Pinheiro Machado.

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Na região de Porto Alegre, os preços estão variando no mercado local de R$ 18,00 a R$ 20,00 para pote de um quilo, R$ 12,00 para o pote de 500 gramas e o pote de 250 gramas por R$ 6,00. Na região de Santa Rosa, a procura em alta e a baixa produção obtida têm levado a comercialização do mel a valores de R$ 15,00 até R$ 25,00/kg. Na região de Soledade, em função da reduzida safra de mel 2015-2016, o preço do produto teve um acréscimo significativo. O preço pago ao produtor fica em torno de R$ 8,00 a R$ 9,00/kg para o mel a granel; para o mel embalado e vendido direto ao consumidor, chega a R$ 18,00/kg.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2011/2015

11/08/2016 04/08/2016. 14/07/2016 13/08/2015 GERAL AGOSTO

Arroz em Casca 50 kg 49,44 50,12 49,06 38,30 37,03 36,56

Feijão 60 kg 217,05 214,20 197,38 132,74 140,65 133,81

Milho 60 kg 45,06 44,56 44,69 26,92 29,08 28,50

Soja 60 kg 70,88 71,87 76,87 78,56 67,26 70,03

Sorgo Granífero 60 kg 39,64 39,66 39,57 22,29 24,42 23,59

Trigo 60 kg 40,16 40,13 40,24 33,05 33,54 33,89

Boi para Abate kg vivo 5,16 5,35 5,48 5,92 4,43 4,52

Vaca para Abate kg vivo 4,65 4,78 4,90 5,39 3,98 4,08

Cordeiro para Abate kg vivo 5,50 5,54 5,48 5,62 4,87 4,95

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,24 3,25 3,23 3,39 3,35 3,18/

Leite (valor liquido recebido) litro 1,26 1,21 1,15 0,99 0,91 0,94

08/08-12/08 01/08-05/08 11/07-15/07 10/08-14/08

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2011-2015 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2011-2015.