palestra doutora fabiana rodrigues cruvinel -pnaic 2013

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Alfabetização numa perspectiva discursiva Dra. Fabiana Rodrigues Cruvinel [email protected] 14/07/2013

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Secretaria Municipal da Educação de Marília - SP

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Page 1: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Alfabetização

numa

perspectiva

discursivaDra. Fabiana Rodrigues

Cruvinel

[email protected]

14/07/2013

Page 2: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Para iniciar a conversa...o

discurso das crianças

Vamos começar analisando as seguintes

situações com crianças de 6 anos

(Último ano da Educação Infantil)

Page 3: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

[...] A professora explica que farão uma atividade de leitura.

Entrega a cada aluno um pequeno texto retirado de um manual

de alfabetização. Á medida que entrega, pede que eles o colem

no caderno. As crianças colam e por alguns instantes olham

fixamente para o pequeno texto. Quando todos terminam de

colar o escrito, a professora pede que circulem as palavras que

começam com a letra L. Enquanto isso, ela copia esse texto na

lousa. A-15 ao meu lado diz, “Aqui está escrito leão, não está?”,

confirmo com um gesto que sim, e imediatamente A-15 me

pergunta: “Você já viu um leão? Eu já, foi no zoológico de Bauru”.

Respondo que também já vi, e nesse momento a professora

pergunta se estão conseguindo achar as palavras. Ela começa a

transmissão vocal da leitura do texto, e logo é interrompida por A-

6, “Credo ,prô, o éle está no leão? Como assim?” A-8 com

expressão de admiração diz “Ele foi pra lua também, nooossa!”“.

A professora tenta explicar que não é no leão e na lua de

verdade, é no nome deles, na palavra escrita. Percebo que as

crianças ficam confusas [...] (Protocolo 7 de observação - 10/05)

Page 4: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

POR QUE AS CRIANÇAS FICARAM

CONFUSAS?

Page 5: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Uma outra situação...

[...] Os alunos tentam ler com aprofessora: “A quinta-feira gostava deagrião”. A-7 interrompe: “Gostava dequê, prô? De gavião?” A-11 intervém:“Que gavião, é de agrião! Gavião é devoar! Agrião é de farinha”. A professorasorri e diz: Agrião é uma verdura parafazer salada e os alunos em coroproduzem um: “Ah!”.

(Protocolo 4 de observação -12/04)

Page 6: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

A palavra „Agrião‟ parece serdesconhecida pelas crianças, querapidamente se manifestam na buscapor sua significação, pois não é a rima, asonoridade da palavra que está em jogopara os sujeitos da pesquisa, mas seusentido na produção do ato discursivo.

A atitude das crianças revela que desdeo início a linguagem está relacionada deforma indissociável ao sentido.

Page 7: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

A professora diz aos alunos que irão ouvir umamúsica diferente. Escreve o nome da música nalousa: “Outono” e a pronuncia em voz alta. A-19pergunta: “O que é isso”?”, A-14 responde: “ É onome do homem que tira foto”. A professora diz:“Não, é o nome de uma estação do ano. Vocêssabem as estações do ano?” Alguns alunosrespondem afirmativamente dizendo: Primavera,verão, frio... A professora intervém: “Mas comochama a estação do frio?” A-7 diz: “Frio”. A-15 diz:“Não, é inverno”. A-6 se manifesta dizendo: “O Prô,que nem no jornal disse que ia fazer frio e fez mesmona minha casa”. A Professora pede silêncio aosalunos e diz: “Agora vou escrever quem fez amúsica. E escreve: “Vivaldi”, em seguida A-1 diz

“Que nome estranho!”E a professora explica que onome é diferente porque é italiano. Ela coloca amúsica e A-6 pergunta: É para dormir? A-16intervém: “É a música do Harry Potter!”A professorachama atenção das crianças e pede silêncio [...](Protocolo 8 de observação - 18/05)

Page 8: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

As crianças tecem relações a todo instante com seuconhecimento de mundo e a linguagem.

Apenas uma palavra e os discursos são produzidosna tentativa de encontrar o sentido do que estãovivenciando.

Procuram a significação das palavras outono,inverno e Vivaldi operando com a língua escrita numprocesso vivo, dinâmico, que é possível porquefazem da aula espaço de diálogo, de interlocução.

Page 9: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

São 8h35. As crianças entram na sala. A-11 é ajudante do dia e ajudaa professora a distribuir o caderno de atividades. A professora avisa atodos que vão ler uma poesia. Diz que entregará o texto a cada umpara que colem no caderno e tentem ler. A-14 recebe o texto, masantes de colar no caderno procura ler o título da poesia. Para isso,observo que ele não faz uso da estratégia de oralização, utilizaapenas os olhos e após uns instantes se levanta, vai até a professora ediz baixinho “Eu já sei o nome da poesia, é engraçado né, prô?”. Aprofessora ouve, balança a cabeça em sinal de afirmação e pedeque ele volte a seu lugar e continue a ler o texto. Ele volta, mas antesde sentar diz a A-18 sentado à sua frente: “Você sabe o que estáescrito aqui?”, apontando para o título do texto. A-18, olhando para otexto, diz “Não, eu ainda não sei ler”, A-14 se propõe ajudá-lo: “Aquiestá escrito A chácara do Chico Bolacha”. A-18 sorri, acha tambémengraçado o título do texto e diz “Eu já fui numa chácara!”, A-14responde: “Eu também, mas não era do Chico Bolacha, era do amigodo meu tio, quer que eu te ajude a ler?”.

Page 10: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

A-18 concorda e então A-14 diz apontando para aprimeira estrofe do texto: “Tente ler o que estáescrito aqui.” A-18 olha fixamente para o texto.Percebo que ele também não faz uso daoralização, sua primeira atitude é comparar aspalavras da estrofe às palavras do titulo, pois diz:“Aqui tem as mesmas palavras que você leu paramim. Está escrito na chácara do Chico bolachatem piscina?”. A-14 responde: “Não, aqui estáescrito assim: na chácara do Chico Bolacha o quese procura [...]” Nesse momento, a professorainterrompe o diálogo, advertindo A-14 porque eleainda não tinha colado no caderno e ela já iacomeçar a atividade sobre o texto. A-14 senta emsua carteira e a professora começa a perguntaraos alunos que letras e sílabas eles conseguiramidentificar na poesia [...] (Protocolo 10 deobservação - 13/08/).

Page 11: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Enquanto o foco da escola é o ler comoidentificação de letras, sílabas, palavras, aatitude das crianças indica que para elas oler envolve o diálogo com o escrito, apossibilidade de ao compreendê-lo tecercom ele uma relação de interlocução.

A primeira atitude das crianças na educaçãoinfantil é a de lidar com a linguagem escritaem perspectiva dialógica; elas procuramoperar com enunciados. (BAKHTIN, 2003).

Page 12: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

As crianças não procuravam a letra, asílaba ou os sons das palavras,

procuravam sua significação de

acordo com sua teoria do mundo.

Alfabetização discursiva: ensinar a ler ea escrever com e para produzir

discursos.

Page 13: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Mais vozes das crianças.... 6 anos

Page 14: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Perguntas Respostas dos alunos Nº de alunos

O que você faz de

"atividade" de leitura

na sala de aula?

De ler, uma vez a gente leu

o livro “Menina Bonita do

Laço de Fita”, e livrinhos

quando a gente acaba. 1

Às vezes eu leio livrinhos. 2

De ler, não sei, de escrever é

um monte. 3

A gente lê livros da

professora. 4

Não sei. 1

Nada. 1

Livros de história . 6

Atividade para aprender a

escrever e livro. 1

Page 15: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Perguntas Respostas dos alunos Nº de

alunos

Só livros de história? E

outros textos vocês não

leem?

Não. Só escreve. 6

Lê, mas é para aprender a escrever 5

A gente só escreve. 4

(Ficaram em silêncio) 4

Mas eu vejo vocês

lendo poesias, músicas

que a professora entrega

para vocês...

É para ensinar a gente a escrever. 3

Não, é para escrever certo. 1

Aquelas atividade? É para colar no nosso caderno e

escrever. 1

(Ficam em silêncio). 5

Não, tem que ler para escrever. 5

A gente só escreve, todo dia. 4

Page 16: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Por que as crianças afirmam isto em

relação à aprendizagem da leitura e da

escrita?

Page 17: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Parece que, para as crianças, aprender a

relação entre letra-som, as famílias

silábicas e a junção de sílabas para

formar palavras, era aprender a escrever.

Assim, concebiam o trabalho com textos

não como “atividade de leitura”, mas

como “atividade” para lhes ensinar a

escrever.

Page 18: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Mas, então quem está ensinando você a

ler?

Page 19: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Respostas dos alunos. Nº. de

Alunos

Família

Eu aprendi a ler com o meu pai. (2)

Minha mãe está me ensinando. (7)

Minha irmã me ensina, ela lê para mim. (2)

Aprendi na minha casa com minha mãe.

Minha mãe e meu pai. (2)

Meu pai está me ensinando, no meu aniversário ele

leu comigo.

Minha mãe e minha irmã. Elas leem comigo e eu

repito.

16

Professor

A professora. Ela fala umas letrinhas e depois eu tenho

que juntar e escrever como que forma.

1

Nenhum mediador

Ninguém está me ensinando... não sei nada ainda.

2

Page 20: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Mas, e a professora não ensina a ler?

Respostas dos alunos à pergunta: Mas, e a professora,

não ensina a ler?

Nº.

de

Alun

os

A prô ensina escrever. 15

A professora não. 2

Às vezes, mas é difícil. 1

Page 21: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Como você está aprendendo

a ler?Respostas das crianças em relação a como os familiares as

ensinam a ler.

Nº de

Aluno

s

Situações a partir dos livros literários

Minha irmã lê histórias para mim e vai me ensinando a ler

também.

Ela lê histórias comigo. (2)

Com os livrinhos pequenos que eu tenho em casa. (3)

Minha mãe me ensina a juntar as palavras da história e ler.

Ah, não sei... Lendo livros, ué!

Lendo... histórias. (5)

13

Situações a partir de contextos diversos

Ele me ensinou a ler com as coisas da televisão, nos desenhos.

Minha mãe me ensina a ler as placas... Eu pergunto: “Mãe, o que

está escrito, aí ela diz, e eu vou aprendendo.

Quando eu vou com ela no mercado ela me ajuda a ler o nome

das coisas, aí eu ajudo ela comprar as coisas.

3

Page 22: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Na perspectiva das crianças... Ensinar a ler e a escrever inserindo o aprendiz no

fluxo da linguagem.

De acordo com as crianças, é assim que ocorre oaprendizado dessa atividade, pois, ao atribuíremo ensino do ler à família, indicaram queaprenderam a ler lendo histórias infantis, placasnas ruas, informações na TV, embalagens desupermercados, enfim, participando junto comum parceiro mais experiente de vivências com aleitura como valor de comunicação, como defato essa atividade é objetivada nas relaçõessociais.

Page 23: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Alfabetizar na perspectiva dos

aprendizes: ensinar a ler e a

escrever como práticas

culturais.

O ensino parte de uma

situação discursiva e chega a

uma situação discursiva.

Page 24: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Por exemplo....

Experiência da EMEF Prof. Olímpio Cruz

- Proposta inicial: “Leitura do livro Os Dez

Sacizinhos” (Antes, durante e depois-Leitura)

(Trabalho discursivo- linguagem como

enunciado)

- A proposta de dramatização; (A oralidade)

Page 25: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

- A proposta de dramatização à outra

turma: CONVITE – Produção de texto.

- Produzir o convite (A sistematização do

trabalho com a apropriação do sistema

de escrita- relação fonema-grafema e as

convenções da língua portuguesa)

- A concretização da apresentação: se a

outra turma foi, o convite fora bem feito

(Valorização da cultura Escrita)

Page 26: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Foto- EMEF Prof. Olímpio Cruz

Page 27: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

PORTANTO,

Alfabetizar na perspectiva discursiva:

Trabalhar semanalmente os cinco eixos da

alfabetização:

- Oralidade

- Leitura

- Apropriação do sistema de escrita.

- Produção de texto.

- Valorização da cultura escrita.

Page 28: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

ALERTA DAS CRIANÇAS...

Não cair na armadilha de utilizar uma propostaartificial, focada no código escrito.

Se nossa prioridade é o código não criamosnecessidades autênticas de leitura/escrita noaprendiz, uma vez que essa atividade ficaesvaziada de sentido, perde-se o contexto deprodução, a situação discursiva.

(BAKHTIN, 2005).

Page 29: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Vamos esclarecer...

Considerar o ensino do sistema alfabético

de escrita como parte do processo de

ensino da linguagem escrita, não como

ponto de chegada nem como ponto de

partida.

Page 30: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Importantíssimo...

A reflexão sistemática sobre o

funcionamento do sistema de escrita não

constitui-se em um trabalho

fundamentado na perspectiva

tradicional;

1° ano: não pode abrir mão deste

momento, eixo.

Page 31: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

A Crítica...

Embora muitos alunos da educaçãobrasileira domine o funcionamento dosistema de escrita (saiba as relações letra-som), não compreendem ou produzemtextos.

Alfabetização: ensino da leitura(compreensão) e da produção de textos-Esperança da sociedade.

Page 32: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Nosso trabalho...

Trabalhar a apropriação do sistema de

escrita de forma contextual numa

situação discursiva da linguagem escrita.

Como prevê o Programa Pacto pela

Alfabetização na Idade Certa.

Page 33: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

A concepção de

alfabetização no PNAIC

Letramento: conjunto de práticas de leitura ede produção de textos escritos que aspessoas realizam em nossa sociedade, nasdiferentes situações cotidianas formais einformais.

Alfabetização: domínio do sistema de escritaalfabética- Apropriação do sistema deescrita.

Alfabetização discursiva: não há separação.

Page 34: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

A concepção de

alfabetização no PNAIC

- Crítica aos antigos métodos dealfabetização: fônico, silábico, alfabético.

- Memorização fonema/grafema;

- Memorização das famílias silábicas;

- Crianças: memorizam sílabas, nomeiam letrasmas, ainda assim, não conseguem ler: nãocompreendiam como nosso sistema deescrita funciona.

Page 35: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Para o PNAIC:

Alfabetizar letrando/Alfabetizar: ensinar a ler

e a escrever como prática cultural

Ao final do 2° ano todos os alunos devem ter

conquistado a compreensão do sistema de

escrita alfabético em situação discursiva;

3° ano: consolidação do processo: leitura e

produção de diversos gêneros;

Page 36: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Como estes textos nos

mostram...

1. SAREM/3° ANO

2. EMEF Prof.ª GERALDA CÉSAR

VILLARDI-PROF. ANDERSON

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Page 40: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Na perspectiva discursiva:

O que as crianças já sabem sobre a linguagem

escrita? Que pistas usam para desvendar o

mundo escrito?

Organizar cada semana de trabalho a partir dos

cinco eixos de acordo com o nível de

desenvolvimento real dos alunos – Semanário-

Zona de Desenvolvimento Potencial.

Page 41: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Ao chegar no 1° ano as crianças

possuem pistas e muitas informações!

Page 42: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

As vozes dos aprendizes... A-15: Professora, nós vamos fazer isso de

novo? (21/02)

A-1: Professora, eu já sei essas letras com as vogais, posso pular esta atividade? (20/03)

A- 15: Eu também já sei o ma me mi mo mu, mas tem que fazer, não é professora? (20/03)

A-6: Credo, professora, isso aqui é muito babinha! Coisa de pré! (referindo-se à situação de pintar palavras com E- 21/02).

A-18: Professora, nós já aprendemos o alfabeto o ano passado. (21/02).

Page 43: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Na Educação Infantil:

Oralidade

Leitura

Produção de texto

Apropriação do sistema de escrita

Valorização da cultura escrita

Page 44: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Projeto com Professor Bajard

Desde a entrada na Educação Infantil:

- Linguagem escrita: sessão de mediação

com a literatura infantil;

- A descoberta do nome;

- A descoberta do texto em busca da

autonomia com a linguagem escrita.

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Contação de História

- História contada: domínio da língua

oral/enriquece a língua oral do ouvinte.

Oralidade

Page 46: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Linguagem Escrita: Sessão de

Mediação

Iniciada por uma brincadeira;

Transmissão do livro para o grupo;

Livro ao alcance das mãos;

Guarda dos livros

Final da sessão de mediação: roda deconversa, música ou brincadeira.

Page 47: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Foto

O Brincar: início da sessão de mediação

Page 48: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Foto

A Sessão de mediação

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O cuidado com os livros

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Mediadores:

Pais da EMEI Sementinha

Alunos da EMEF Prof. Paulo Freire na EMEISementinha

Alunos da EMEF Prof. Antônio Moral naEMEI BEM TE VI

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Page 56: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

A mediação em outros

lugares...

O Pé de livro!!!

Convite a todos: vamos plantar um em cada uma de nossas

escolas?

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EMEI BEM TE VI

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A descoberta do nome...

O trabalho com a apropriação dosistema de escrita...

A cerimônia da entrega do crachá comfoto(Letra maiúscula e minúscula)

O crachá com uma figura

O crachá sem figura- filipetas

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Imagem do nome no quebra

cabeça

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Báu das Letras: nome com

modelo, sem modelo, nome

dos colegas

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Produção de Texto

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A Descoberta do texto Texto apresentado aos alunos: lousa, cartaz,

projetado.

1ª leitura silenciosa/visual

Questionamentos do professor: Do que se trata o texto? Como você sabe? As perguntas seguem...as crianças sublinham, grifam, realizam destaques no texto.

Síntese do conteúdo/leitura

Transmissão vocal do texto/leitura em voz alta.

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Prof.ª. Rose- EMEF Paulo R. N.

Freire

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Produção de texto

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Aula passeio na sorveteria

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A caixa baixa...

Page 83: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

São inúmeras as possibilidades

de ensino da língua escrita...

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Page 87: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Alfabetização- Alfabetizar na perspectiva dos aprendizes:

ensinar a ler e a escrever como práticasculturais.

- Ensinar na perspectiva do letramento ativo.

- Ler, escrever, desenhar, falar, ouvir einvestigar são as pedras angulares desseprocesso: as idéias e pensamentos dos alunossão considerados...

Page 88: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Falamos para eles ou com

eles?

Page 89: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

OUVIMOS OS APRENDIZES?

Page 90: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Seus pensamentos são

Explicitados?

Page 91: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Atividade para ou com Eles?

Page 92: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Letramento ativo Professores não são os únicos a falar e

dar opiniões...

Fala-se com...

Sujeitos em atividade...

Page 93: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Os aprendizes

conversam entre si, dialogam com o texto,

deixam pistas de seus pensamentos...

Questionam fazendo conexões, inferindo,

discutindo, debatendo.

Os professores

Ensinam estratégias de leitura e escrita

desde a educação infantil, ou seja....

Page 94: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

As atividades relacionadas a esse ensinoiniciam com crianças ainda nãoalfabetizadas, mas em contato direto com oslivros e os diversos suportes de textos para aspráticas de leitura/escrita.

É por meio da inserção na linguagem escritaque os aprendizes melhor aprendem e sedesenvolvem. (VYGOTSKI, 1995).

Page 95: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Alfabetizar é responsabilidade

de todos

Apropriação do sistema de escrita não éresponsabilidade da Educação Infantil nemdo 1º ano!

Essas crianças do 2° ano não sabem porqueo 1° ano não fez nada, só brincou, agoracomo trabalho tudo?

Ah, o 2º ano não alfabetizou agora no 3° nãotem como dar jeito em tudo não.

Page 96: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Vídeo

Page 97: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Para concluir...

Ensinar a ler e a escrever formar leitores e

produtores de textos.

Page 98: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Avaliação Nacional da

Alfabetização- A.N.A

- Será realizada pela primeira vez no Brasil;

- Todos os alunos de 3° ano;

- 11 a 21/11/2013

- Língua Portuguesa e Matemática (todos

farão uma produção escrita)

Page 99: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Documento referência

Fundamentado no PNAIC;

Capacidade discursiva do aluno ao final do 3° ano;

Domínio de leitura e escrita;

Importante: todos conhecerem asmatrizes de referência

Page 100: Palestra doutora Fabiana Rodrigues Cruvinel -PNAIC 2013

Língua Portuguesa: Eixos (leitura e escrita)

Matemática: Eixos (Numérico, Geometria,

Grandezas e Medidas, Tratamento da

Informação)