oxe! - maio de 2013
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Mas nem só de aniversário é feito o Ôxe! desse mês: tem também bate-papo com Eliane Federzoni e Maria do Socorro que são as responsáveis pelo Fundo Social de Solidariedade do município, falando sobre a atuação do fundo e da campanha do agasalho deste ano; tem texto do Danilo Góes sobre o amor materno; Beto Belinati e a dúbia estória da Princesa Min; Messias Silva e Bianca Oliveira em texto sobre as cotas e a dívida do Brasil com os afrodescendentes; Eduardo Bartolomeu e as oficinas de teatro no Espaço Eco's; o gari, nosso homenageado desse mês; o Mestre Sampaio apresentando o grupo Cordão de Ouro, dicas da Helltattoo para você não se arrepender de sua tatuagem; Guilherme Fernandes e o Ecocriando que acontecerá no CIC; a belíssima homenagem do sempre afiado Betto Souza ao Informativo Ôxe!; mais, frases da vida, Registro de Abril, seis super dicas NaFaixa, festas, planos, esboços e muita solidariedade contra o frio e a indiferença.TRANSCRIPT
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ANO IV − Numero 485.000 ExemplaresFrancisco Morato - São Paulo
Brasil
CCoommppoorrttaammeennttooSSoocciieeddaaddeeCCuull ttuurraaee ffeessttaannççaa!!
MMaaiioo// 220011 33 VVeennddaa PPrrooiibbiiddaa DDiissttrriibbuuiiççããoo GGrraattuuii ttaa ggrraaççaass aaoo aappooiioo ddoo ccoomméérrcciioo llooccaall
OO IInnffoorrmmaattiivvoo ÔÔxxee!! ee oo TTeeaattrroo GGii rraannddoolláá,, dduuaass iinniicciiaattiivvaass mmoorraatteennsseess qquuee vvooccêê tteemmaaccoommppaannhhaaddoo ppoorr eessttaass ppáággiinnaass,, ccoommeemmoorraamm mmaaiiss uumm aanniivveerrssáárriioo ee aa ffeessttaannççaa vvaaii
dduurraarr oo mmêêss ttooddoo.. CCaapprriicchhaa nnoo CCoorreeggaa qquuee aa cchhaappaa vvaaii vvooaarr!!
VVAAII TTEERR FFEESSTTAA!!
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Maio / 20131
ProgramasUbuntu 10.10 (ubuntu.com)BrOffice.org 3.2.1 (broffice.org)Gimp 2.6.10 (gimp.org)Scribus 1.3.3.13 (scribus.net)InkScape 0.48 (inkscape.org)Mozilla Firefox 3.6.13 (br.mozdev.org)Banshee 1.8.0 (banshee-project.org)
::. O que a gente usou nessa edição
::. Colaboraram nesta edição:
Beto Bellinati([email protected])Betto Souza(subjetividadeematividade.blogspot.com.br)Danilo Góes([email protected])Eduardo Bartolomeu([email protected])Guilherme Fernandes([email protected])Messias Silva([email protected])Mestre Sampaio(entregue pessoalmente)
O informativo Ôxe! é uma iniciativa daÔxe! Produtora Comunitária que visapropiciar à população de Francisco Mo-rato e região, um veículo de jornalismocidadão e produção, difusão e divulga-ção de ideias e informações na área cul-tural. Todas as informações, ilustraçõese imagens são de responsabilidade deseus respectivos autores e obedecem alicença Creative Commons 2.5 BrasilAtribuição-Uso Não-Comercial-Com-partilhamento pela mesma Licença(acesse o blog para maiores detalhes),salvo indicações do(a) autor(a) em con-trário. Para ver uma cópia desta licença,visite http://creativecommons.org/li-censes/by-nc-sa/2.5/br/ ou envie umacarta para Creative Commons, 171 Se-cond Street, Suite 300, San Francisco,California 94105, USA.
AEquipe Ôxe! é: Fabia Pierangeli,Gilberto Araújo, Mari Moura e RogerNeves ([email protected])
::. Diga, Ôxe! Eliane e Socorro, do Fundo Social de Solidariedade
Ôxe!: Pra quem não conhece, quem éEliane?
Eliane: Eu sou Eliane Federzoni Cecchet-tini, casada com Marcelo Cecchettini, presi-dente do Fundo Social de Solidariedade eprimeira dama, isso enquanto figura pública,mas eu sou mais tanta coisa... sou mãe, ad-ministradora, sou muito família, trabalhodesde muito cedo. Sou formada em Admi-nistração de Empresas e Contabilidade, cuidodos negócios da família, ajudo o marido naempresa e agora, ajudo o marido também napolítica. Estamos aí, quem está na chuva, épra se molhar.Ôxe!: E a Socorro?
Socorro: Meu nome é Maria do Socorro,sou professora e hoje estou no Fundo Socialde Solidariedade, assessorando a Eliane. Pro-curo colocar em prática todos os projetos, so-mando força em ações solidárias.Ôxe!: E pra começar, o que é o Fundo So-cial de Solidariedade?
Eliane: É um serviço da Prefeitura Muni-cipal ligado ao Fundo Social de Solidariedadedo Estado de São Paulo. Como somos mari-nheiras de primeira viagem, temos nos inspi-rado e aprendido muito com o FundoEstadual, abraçando tudo o que nos chega deinformação, com boas práticas sociais. Esta-mos com a mão na massa, avaliando o queestá dando certo ou não, para uma ação con-tínua fazendo o melhor possível. O trabalhodo Fundo Social é atender famílias e pessoasem situação de risco social e buscar a qualifi-cação profissional, com projetos de geraçãode emprego e renda. Hoje oferecemos cursos,frutos da nossa parceria com o Fundo Esta-dual: corte e costura, panificação, cabeleireiro,entre outros. Logo ampliaremos nossas ativi-dades para capacitarmos cada vez mais pes-soas e dar oportunidade para oaperfeiçoamento as profissões. Sabemos quenossa cidade tem indicadores sociais que pre-cisam melhorar e é para isso que trabalhamos.Ôxe: E qual é a diferença entre o FundoSocial e a Assistência Social?
Socorro: A Assistência inclui as famíliasnos programas sociais que o governo muni-cipal, estadual e federal oferecem, como:Bolsa Família, Renda Cidadã, entre outros. Éuma atuação mais ampla que repercute alongo prazo. O Fundo atende as emergênciassociais identificadas como risco social. Mas,Fundo e assistência atuam em parceria.Eliane: A Assistência faz a triagem e ins-
creve a família nos programas. Nós, aqui noFundo, não temos formação pra avaliar umafamília e suas reais necessidades, mas pron-tamente atendemos e acolhemos com a cola-boração de todos.Ôxe!: Onde e como funciona o Fundo So-cial de Solidariedade?
Eliane: O Fundo ainda não tem uma sede,estamos pleiteando. Atualmente funcionadentro do CRI (Centro de Referência do Ido-so) com doações e com a colaboração de to-da sociedade, através das doações. O Fundonão tem verba, tudo é feito com as parcerias.Socorro: Temos tido muita sorte, todas as
secretarias tem nos ajudado e alguns comerci-antes também estão sensibilizados com asnossas causas e compreendem nossa demanda.Ôxe!: Qual a importância do Fundo Socialde Solidariedade pra uma cidade comoFrancisco Morato?
Eliane: É bem importante. Nossa cidadetem muitas necessidades sociais. Eu pudeperceber em minhas visitas o quanto necessi-tamos trabalhar com ações efetivas e quepromovem nossa Cidade e nossa população.Eu sempre vivi no centro da cidade, moroaqui há 38 anos. Na campanha do Marcelo,ano passado, conheci bem os bairros e pensoque é lá que devemos atuar. Meu desejo é dedesenvolver práticas. Percebo muitas desi-gualdades, crianças passando fome, criançaspequenas que ficam sozinhas em casa. E issome faz crescer, temos que trabalhar muitopela questão social. Eu nunca pensei, na mi-nha vida que seria primeira dama, nem gostomuito desse rótulo, mas agora sou e não que-ro ser aquela primeira dama que fica de bra-ço cruzado, por isso, arregaço as mangasjunto com minha equipe. O meu trabalhoaqui é voluntário, primeira dama não recebesalário, mas estou assumindo essa causa.Ôxe!: Como as pessoas podem contribuircom o Fundo Social de Solidariedade deFrancisco Morato?
Eliane: Ah, é muito fácil! É só nos procu-rar no CRI, na Rua José Benedito Ryan, 85,no centro de Francisco Morato. Nosso tele-fone é 4608-1665. Pode contribuir comqualquer tipo de ajuda: roupa, alimento, col-chão, cobertor, móveis, qualquer coisa. A do-ação em dinheiro deve ser depositada numaconta do Fundo Social, no Banco do Brasil,ag. 2792-8, c/c 9165-0, o depósito deve seridentificado e essa conta é administrada eprestamos conta. Qualquer doação e muitobem vinda, sempre!Ôxe!: Quem precisa de ajuda, como podeter acesso as doações do Fundo Social?
Eliane: A pessoa que precisa deve procu-rar a Assistência Social, lá ela vai passar poruma triagem.Socorro: A Assistência Social atende e in-
clui a família nos programas sociais, e quan-do necessário, nos encaminha para umatendimento mais emergencial.Ôxe!: Então seu eu quero doar, procuro di-retamente o Fundo e se eu preciso de ajuda,procuro a Ação Social?
Eliane: Certo. É importante lembrar que
pra participar dos programas sociais, as cri-anças precisam estar na escola.Ôxe!: E a campanha do agasalho?
Eliane: Iniciamos a campanha no final deabril, num jantar com caldos para os funcio-nários da prefeitura e a entrada foi um co-bertor. Arrecadamos 255 cobertores, paranossa felicidade, mas necessitamos de umnúmero maior. A campanha continua equem quiser doar cobertor, edredom, roupase sapatos em bom estado, estamos receben-do. É importante ressaltar que o slogan danossa campanha é “Roupa boa a gente doa”,então, pedimos para quem deseja doar queobserve: se eu ganhasse essa roupa, usaria?Ela ainda está em condições de uso? Se esti-ver boa, doe.Ôxe!: Nesse caso, de roupa, agasalho,quem precisar pode procurar diretamenteo Fundo?
Socorro: Nesse caso sim. Os agasalhos ecobertores podem ser retirados aqui. A cam-panha faremos o ano inteiro.Eliane: No inverno, as pessoas acabam
precisando mais, mas a ideia é que as pesso-as possam doar e receber roupas o ano intei-ro. E um outro projeto que estamos iniciandoé o de arrecadação de brinquedos - “Doe umbrinquedo que você gosta à uma criança ”.Ôxe!: O Fundo tem parcerias com o co-mércio local?
Eliane: Sim, o comércio é um grande par-ceiro. Sempre pedimos colaboração e acredi-to que pelo fato de eu sempre ter trabalhadono comércio e de conhecer muita gente, temcolaborado pra que muitos comerciantes sesensibilizem e se tornem parceiros. Eu e oMarcelo viemos de famílias de empresários etemos feito esse trabalho de sensibilizaçãocom nossos próprios familiares.Ôxe!: Você acha que a parceira com os em-presários locais é uma saída paraMorato?
Eliane: A arrecadação do município émuita baixa. A arrecadação de IPTU não ésuficiente pra pagar nem a coleta de lixo dacidade. Então, a cidade depende de parceria,seja com os empresários e comércio local,seja com governo estadual, federal, com de-putados. Pra Morato, parceria é fundamental.
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Saiba: blogduoxe.blogspot.comSiga: @informativo_oxeCurta: Produtora Ôxe!
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Maria do Socorro (dir. ) e Eliane (esq. ), a dupla que tomaconta do Fundo Social de Solidariedade de Morato.
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em:Fa
biaPiera
ngeli
2Maio / 2013
Espetáculo Teatral no Espaço Ecos, emFrancisco Morato
No próximo dia 16/05 (quinta-feira) às 21h30, acon-tece no Espaço Ecos (Rua João Mendes Júnior, 542,Centro, Francisco Morato) o monólogo “Brain Storm”,inspirado na biografia e obra de Clarice Lispector, comtexto de Alyne Arins, o espetáculo nos provoca a pen-sar sobre o ato de escrever e o processo de criação in-trínseco a ele. Os ingressos já estão a venda no EspaçoEcos, custam R$ 10,00 antecipado e R$ 15,00 na hora.Corra e adquira logo o seu, são só 50 lugares.
Temporada do Grupo Pandora de Teatro,no CEU Perus
Desde o ano passado, o Grupo Pandora de Teatro estámergulhado numa intensa e bonita pesquisa sobre a histó-ria da Greve dos Queixadas, um movimento dos trabalha-dores da Fábrica de Cimento Portland Perus, que culminounuma das maiores greves da história mundial. O projeto,apoiado pela 20º Edição do Programa de Fomento aoTeatro Para a Cidade de São Paulo, resultou no espetá-culo “Relicário de Concreto”, uma narrativa onde passadoe presente apresentam-se em uma única trajetória lírica,poética, onde a dualidade Queixada/Pelego é extrapoladaem cenas e fragmentos de uma complexa rede de relações.
Quando? Até 30 de junho, todos os sábados e domingosàs 18h30 Onde? CEU Perus - Rua Bernardo José de Lore-na, S/N – Perus – São Paulo/SP (Ao lado da estação Perus– CPTM). Duração: 60 minutos / Lotação: 40 lugares.Mais informações: grupopandora.blogspot.com.br
Girandolá Recebe... Núcleo Pavanelli, emMorato e Franco
O Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo atua nazona norte de São Paulo e nesse mês vem para nossa re-gião, trazendo 2 espetáculos de seu repertório. Com apoioda Funarte, no dia 25/05, sábado, eles integrarão a progra-mação da Maratona Cultural em Francisco Morato, como espetáculo “Aqui não, senhor patrão!”, às 20h, em fren-te ao CIC (em caso de chuva, a apresentação acontecerádentro do CIC). E no domingo, 26/05, também às 20h,eles apresentam em Franco da Rocha, o espetáculo “O bá-sico do circo”, no calçadão em frente a estação (em caso dechuva, a apresentação acontecerá no Centro Cultural). Os 2espetáculos são livres para toda a família e serão apresenta-dos gratuitamente. O projeto “Girandolá Recebe. . .” é umarealização do Teatro Girandolá e da Confraria PoéticaMarginal, e nessa edição conta com o apoio das Prefeitu-ras de Francisco Morato e Franco da Rocha, através desuas Secretarias de Cultura. Mais informações: www.tea-trogirandola.com.br ou pelo telefone 4488-8524
Projeto Circuito Cultural em Franco da RochaA partir do mês de maio a cidade de Franco da Rocha
passa a compor a programação do projeto Circuito Cultu-ral, da Secretaria de Estado da Cultura. Através desseprojeto, diversas cidades do estado de São Paulo, são con-templadas, mensalmente, com apresentações artísticas, quesão oferecidas gratuitamente para a população, numa par-ceria com as prefeituras das cidades atendidas pelo Circuito.E o grupo que abre a programação do Circuito em Francoda Rocha é o Caminhão Trapézio “Brasil Lux”, com oespetáculo “Picadeiro Aéreo”, que será apresentado no dia24 de maio, sexta-feira, às 21h, no Parque da Cidadania,
no centro da cidade. Mais informações: 4443-7050
Maratona Cultural em MoratoNo dia 25/05, das 9 às 22h, acontece a 1ª Maratona
Cultural de Francisco Morato, com uma série de atividadesculturais acontecendo em diversos pontos da cidade.
9 às 12h –Associação Amigos do Bairro Jardim - Oficinade máscaras16h – Praça do Coreto – Shows Musicais, com as participa-ções de: Nivaldo Baiano e as bandas Stig, Katrash, Easy-Bruxo, Chá D'Kôco, Estilo Novo, Casulo de Rudá, Show Ti-me.com, Nosso Momento, GRADI, Alex & Breno e SUCS– Sistema 157.18h – Teatro Laura Bressane – Desfile com as alunas docurso de Postura/Modelo e Vitrine Viva, da Casa de CulturaVinícius de Moraes.18h – Escola de Samba Unidos de Vila Belém – Roda deSamba e Capoeira18h – Escola de Samba Estação Primeira de Francisco Mo-rato – Roda de Samba e Flash Back (Vinil)19h – Igreja CCNA – Encontro de Bandas Gospel20h – Em frente ao CIC – Girandolá Recebe... Núcleo Pava-nelli, com o espetáculo teatral “Aqui não, senhor patrão!”20h – Igreja Sagrado Coração de Jesus – Espetáculo de Ballet
Todas as atividades são gratuitas. Participe!!! Mais in-formações: 4488-2145
Projeto Vocacional Dança, no CEU PerusPra você, que gosta de dançar, e é maior de 14 anos, estão
abertas as inscrições para o Vocacional Dança do CEUPerus. As aulas acontecem às quintas-feiras, das 18h30 às21h30, e às sextas-feiras, das 15h30 às 18h30. Faça já suainscrição, pessoalmente ou pelo telefone: 3915-8753 .::
O Registro está todo colorido com a OficinaRodopiar – a casa aberta pra brincar, o GirandoláRecebe... Coro dos MAUS ALUNOS, nosso VIISarau CONPOEMA e o primeiro Vitrine do Som,com muito rock em Franco da Rocha!
"Viver é a coisamais rara domundo. A maio-ria das pessoasapenas existe."
Oscar Wilde
::. Na Faixa Por: Fabia Pierangeli
Maio / 20133
"A verdadeira
base da vida
está nas rela-
ções humanas."
Henry Moore
Nós, do Informativo Ôxe! ainda somos um bebê de 4anos de idade, e como toda criança nessa fase, já damossinais de independência, conseguimos fazer escolhas, es-colher a roupa que vamos usar, realizar diversas funçõessozinhos, já não precisamos tanto da ajuda da mãe e deoutras pessoas, sabemos dos sentimentos dos outros e jápodemos perceber quando estamos sendo enganados, em-bora ainda tenhamos alguns medos, mas essa fase é dascuriosidades, agora queremos saber e falar sobre questõesmais complexas. Já o Girandolá, é um pouco mais velho,irá completar 6 anos de existência, e daqui a pouco vai praescola, porém já possui diversas habilidades, consegue dis-tinguir grupos e tipos de coisas, nessa fase ele tem umgrande desenvolvimento intelectual, apresenta uma boanoção da realidade e já distingue o que é faz de conta darealidade e sabe se comportar em diversas situações, esta-mos juntos nessa, e ainda vamos descobrir e vivenciarmuitas experiências.
A nossa história juntos, começou em 2009, quando foiinaugurado o Espaço Girandolá e também onde funcio-nam as atividades da Ôxe! Produtora Comunitária, nossoescritório de produção coletiva. Desde o início, pegamosuns nas mãos dos outros e estamos realizando atividadesculturais por essas bandas de forma independente, ondeconseguimos com o tempo, até porque ainda estamos emfase de crescimento, fazer diversas parcerias e amigos eonde labutamos na concretização de um sonho, que é pro-duzir arte e cultura na nossa terra, engrandecendo as nos-sas almas e as dos outros com esses momentos de troca,de fruição artística, de conversas e também, de muitasbrincadeiras, porque não? Recheando e transformando arealidade que vivemos.
Por falar em realidade, do ano passado pra cá, realiza-mos alguns desejos que vieram pra fortalecer nosso cami-nho, o Girandolá Recebe... continuou a todo vapor, edesde julho de 2012, já recebeu 32 apresentações teatrais,incluindo uma programação de 16 espetáculos diferentesdentro da programação da Franco Mostra Teatro, que
acontece em Franco da Rocha; em outubro de 2012, colo-camos dentro da roda, o Teatro em Carne e Osso e a MáCia de Teatro e nos constituímos como ONG (Organiza-ção Não Governamental), fundando uma Associação Cul-tural, a nossa querida Confraria Poética Marginal, que estárecém-nascida, mas todos estaremos lá no momento emque ela começar a andar e a falar, e olha que nós temosmuito a dizer, todos nós somos protagonistas, inclusivevocê que está lendo esse informativo, e foi nesse espíritoque desde a nossa fundação, aconteceu o primeiro SarauCONPOEMA, que surgiu pra comemorar essa nova etapapro nosso coletivo, que já aconteceu 8 vezes em Franco daRocha; do Sarau, surgiu outra ação, o lançamento do pro-jeto Livro Livre, onde deixamos os livros soltos em diver-sos lugares das cidades e eles não tem dono, quemencontrá-los, pode levar pra casa, ler e passar pra frente,com a intenção de que ele circule por muitos lugares, quenão fique parado na estante e fique livre para quem apre-cia a leitura; fizemos um intercâmbio cultural, onde rece-bemos duas ativistas culturais da Espanha, GeraldineGuerrero e Chusa Pérez, que nos mostraram seus traba-lhos e plantaram uma sementinha no coração do Girando-lá, que está com o desejo de ir pra lá aprender as técnicasdo Teatro de la Escucha; nós, do Informativo Ôxe, publi-camos 10 edições do nosso informativo impresso, commais de 20 autores diferentes, que entendem que o nossoespaço é assim mesmo, aberto pra quem tem o que falar, egraças a essa participação da população, tivemos o prazerde escrever e aprovar o projeto para a publicação de umacoletânea de livros que reúne todos os autores que publi-caram nas nossas edições de 2009 a 2012. E estamosmuito felizes com mais essa realização...
E nessa época do ano, perto de junho, mês do nossoaniversário, sempre avaliamos o ano que passou e relem-bramos nossos desejos e projetos já realizados, pra saber-mos também o que pedir na hora de assoprar as novasvelinhas, né?! E como somos novos, podemos criar outrasideias e consequentemente, temos mais expectativas e cor-remos atrás de mais realizações, uma delas é o nosso festi-
val de artes Oxandolá [In] Festa, que no ano passado,terminou no clima “mas louco é quem me diz, que não éfeliz...” e somos felizes mesmo, teve muito teatro, música,artes plásticas, poesia e festa, pra celebrarmos todo essetempo de companheirismo e encontros, onde conhecemosdiversos grupos de teatro, artistas plásticos, músicos, poe-tas e diversas iniciativas culturais que contribuíram e con-tribuem na nossa caminhada, até porque se juntar é amelhor maneira de chegar mais longe e é isso que quere-mos, principalmente sabendo da triste realidade que anossa região vive, onde o poder público trata com descasoas questões essenciais pra população, e mesmo sabendoque nos falta o mínimo, insistimos e resistimos no nossoideal, de que a cultura faz diferença na vida de cada cida-dão daqui e de qualquer outro lugar do mundo.
E é nessa vibe de novas ideias e metas, que vamos fes-tejar mais um ano da nossa jornada, e faremos isso daforma que mais gostamos, com apresentações teatrais,oficinas, música, bate papo e muita festa, pra dançarmostodos esses momentos que foram significativos e atrair-mos muitos outros, que venham mais e mais trocas, abra-ços e parcerias que o fazer artístico nos proporciona. Pelasegunda vez, o Oxandolá [In] Festa, será financiado peloProAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Es-tado da Cultura e será realizado no CIC Francisco Morato,que desde sempre é parceiro e apoia as nossas atividades.
E você também ajudou nos nossos primeiros passos,ainda estamos no começo e já temos lembranças que sãoeternas, com o tempo vamos adquirindo muitos aprendi-zados, daqui a pouco estaremos na adolescência e quere-mos todos vocês festejando com a gente esse percurso quesó nos faz feliz. Confira a nossa programação na contra-capa e se esbalde com a gente! .::
“Sonho que se sonha sóÉ só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade”Raul Seixas
Por: Equipe Ôxe! ii ll uuss ttrr aaçç ããoo ::
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E pra fechar a programação do Oxandolá [In] Festa 201 3 comchave de ouro, no dia 30 de junho, em frente ao CIC, uma dobradinhamusical pra lá de especial: Coral da Aldeia Tekoa Pyau e OrquestraExperimental da Pró-Morato.
A tarde de encerramento dessa grande festa terá início às 1 6h, com osjovens indígenas, pertencentes ao povo Guarani Mbyá, do Coral da AldeiaTekoa Pyau, entoando canções, cantadas há séculos e passadas de gera-
ção em geração. Para nós, é uma alegria imensa receber essecoral e poder comparti lhar com a população moratense,um pouquinho de tudo o que vivemos e aprendemoscom esses nossos irmãos, que conhecemos e com osquais convivemos desde o início de 201 1 . O povo Gua-rani é um povo muito festivo e religioso. Suas cançõesfazem parte do dia a dia da comunidade e geralmente sãoentoadas para louvar e agradecer aos deuses. Ouvi-loscantar é também uma forma de entrarmos em sintonia comnossa ancestralidade, de conhecermos um pouco mais so-bre a nossa própria história. Não perca essa chance.. .
E logo na sequência, entra em cena a Orquestra Experi-mental da Pró-Morato – OEXP: 40 músicos, regidos pelomaestro Adriano Aragão, apresentando um repertório variadoentre composições clássicas e eruditas. A OEXP completa 1 0anos de existência nesse ano de 201 3 e é um projeto da Pró-Morato, associação moratense que aposta na Arte como um ca-minho eficaz para o desenvolvimento de pessoas e também deuma comunidade. Durante esses 1 0 anos, foram mais de 1 50
apresentações para um público de mais de 50 mil pessoas, tanto em Francisco Morato, como emdiversas outras localidades do estado de São Paulo. Em Morato, a Orquestra exerce um papelimportante na formação de público para a música e também na formação e profissionalizaçãode músicos moratenses. Venha prestigiar e apreciar esse belíssimo trabalho.
Produzir Arte e Cultura no Brasil, não é tarefa dasmais fáceis. Essa dificuldade aumenta ainda mais quando se fala em produzir Arte eCultura na periferia. A falta de espaços, tanto físicos como sociais, é um dos grandesfantasmas que assombram os realizadores culturais em todos os cantos do nosso país.A Arte e a Cultura, durante muito tempo foram tratadas como artigo de luxo em nos-sa sociedade e por esse motivo, durante muito tempo nós, moradores da periferia, ti-vemos o acesso a essas manifestações, negado. Porém, felizmente esse quadro vemmudando. Cada vez mais, se produz Arte e Cultura na periferia. Diversos realizadoresculturais, artistas, coletivos, vem se organizando, produzindo, resistindo, criando.
E é por isso que, no dia 28/06, às 20h, estaremos reunidos no CIC Francisco Mo-rato, para um (De) Bate-Papo sobre Produção Cultural na Periferia, com os artis-tas e coletivos que integram a programação do Oxandolá [In] Festa 2013. O objetivodessa conversa é a troca de experiências: queremos contar como estamos fazendo pranos virar, pra continuar desenvolvendo nossas atividades e também queremos ouvircomo nossos parceiros fazem pra continuar resistindo através da Arte e da Cultura emsuas quebradas. Queremos falar de parcerias, de processos colaborativos, de redes.
Queremos vislumbrar e fechar outras par-ceiras, outras ações conjuntas que possamfortalecer esse movimento, esse esboçopara um novo mundo.
Não fique de fora desse encontro. Par-ticipe, venha contribuir com suas ideias! ! !
O corpofala, c
omunicatodo
o tempo, mesmo quandonão in-
tencionamos fazê-lo
e muitas
vezesele o faz poetica
mente.
Não há uma só palavra, porém,
mesmo que por um instante mí-
nimo, sentimos e vemos poesia
em um pequeno gesto.
E o “gesto
é anterior à Palavra
. Dedos e bra-
ços falaram milênio
s antesda voz.
As áreasdo entend
imentomímico
são infinitamente
superiores às da
comunicação
verbal.A Mímica
não
é complementar
mas uma provoc
a-
ção ao exercício da oralida
de”, como disse
Câmara Cascudo
em A História dos no
ssos Gestos.
Drummond também escreve,
“Gastei uma h
ora pensando
em um verso /que a
pena não que
r
escrever. / N
o entantoele está cá dentro
/ inquieto, vivo
. / Ele
está cá dentro/ e não quer s
air. /Mas a poesia
deste momento
/ inunda minh
a vidainteira”
.
A partir dessas
provocações,
exploraremos as possib
i l idades
de movimento do corpo(suport
e físico,emociona
l e cultural) ,
descobrindo,
a partir dessamultipl ici
dade expressiva, suas po-
tencial idades
poéticas e, em fusão
com a poesiade Carlos
Drummond de Andrade, Pau
lo Leminski eManoel d
e Barros, en-
tre outros,que por pri
ncípioé constru
ída atravésda palavra
, que-
remos despertar um corpo
poético, um corpo
vivo, animado e
impulsionado pela intuiçã
o, imaginação. Um corpo que transce
n-
de instrumental id
a-
des, que possase
despirda palavra
ao
olhar, aproveit
ar o susto,
surpreender o
instante fugaz.
Venhase permitir ensaio,
se des-
construir em proces
sos, desdizer
silên-
cios, corpoetiz
ar palavras sons
sonhos.
Trocando ideias sobre a produçãocultural na periferia
Imagem
:Divulgação
Imagem
:MariM
oura
Imagem
:MariM
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:MariM
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:MariM
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:MariM
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Imagem: Fabia Pierangeli
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:AgênciaBrasil -EBR
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:AgênciaBrasil -EBR
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:FabiaPierangeli
O Ôxe! você conhece. Éesse informativo cultural quevocê tem agora nas mãos. Éclaro que você também sabeque este é um espaço abertopara todas as pessoas pode-rem se expressar, sem pre-cisar pagar nada para isso esem intermediários. Querfalar da ação que você e oscolegas desenvolvem no
seu bairro? Reclamar das condiçõesda sua rua? Mostrar o show que sua
banda fez? Quer mostrar seu poema, texto, foto, ilustração oupensamento? Manda que a gente publica! O espaço é de todo mundo e cada um podepublicar o que quiser, o limite obviamente é a ética e o bom-senso. Mas isso não é tudo:além de dividir com a população (você aí e quem mais quiser) este espaço de informa-ção, livre expressão e troca de ideias; a gente também divide o modo como realizamos eas principais decisões envolvendo este veículo cidadão.
Todo ano, durante o nosso aniversário, abrimos espaço para que as pessoas que curtemo Ôxe! possam dar suas opiniões sobre os rumos que o informativo vai tomar até o próximoaniversário. É o Pauta Aberta. Apesar de parecer meio genérico, a coisa é bem mais sim-ples: em geral, mostramos o que andamos fazendo, com direito a um balanço anual resumi-do, falamos sobre os planos para o próximo ano, discutimos questões pertinentes a atuaçãodo Ôxe! na cidade e quem aparece também nos ajuda a eleger os temas que gostaríamos dever na capa e sugestões para entrevistas. O diferencial desta edição do Pauta Aberta serácertamente o próximo ano e a simbólica marca de cinco anos do Informativo Ôxe!.
Com este aniversário iniciamos um momento de reavaliação de tudo o que fizemosaté agora (tanto os erros quanto os acertos), dos caminhos que trilhamos, as liçõesaprendidas, o que resultou disso e o mais importante, o que iremos fazer com tudo issoe quais caminhos iremos tomar. Se você não acha legal como as coisas são feitas noÔxe! , pensa que ele deveria ser de outra maneira ou pelo contrário acha que nada devemudar que as coisas devem continuar como estão; então apareça, dê sua opinião, inter-fira e faça com que o Ôxe! tenha a sua cara. Afinal, este espaço também é seu.Anota aí então, dia 20 de Junho, às 19h, no Espaço Girandolá (Av. São
Paulo, 965 - Vila Suíça – Francisco Morato) tem Pauta Aberta e uma ótima chancede ver as coisas mudarem no Ôxe! . Tem ponto de ônibus pertinho, lugar para estacionar
na rua e de quebra, você ainda pode tomar um cafezinho com a gente.
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Imagem:MariMoura
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O Ôxe! você conhece. Éesse informativo cultural quevocê tem agora nas mãos. Éclaro que você também sabeque este é um espaço abertopara todas as pessoas pode-rem se expressar, sem pre-cisar pagar nada para isso esem intermediários. Querfalar da ação que você e oscolegas desenvolvem no
seu bairro? Reclamar das condiçõesda sua rua? Mostrar o show que sua
banda fez? Quer mostrar seu poema, texto, foto, ilustração oupensamento? Manda que a gente publica! O espaço é de todo mundo e cada um podepublicar o que quiser, o limite obviamente é a ética e o bom-senso. Mas isso não é tudo:além de dividir com a população (você aí e quem mais quiser) este espaço de informa-ção, livre expressão e troca de ideias; a gente também divide o modo como realizamos eas principais decisões envolvendo este veículo cidadão.
Todo ano, durante o nosso aniversário, abrimos espaço para que as pessoas que curtemo Ôxe! possam dar suas opiniões sobre os rumos que o informativo vai tomar até o próximoaniversário. É o Pauta Aberta. Apesar de parecer meio genérico, a coisa é bem mais sim-ples: em geral, mostramos o que andamos fazendo, com direito a um balanço anual resumi-do, falamos sobre os planos para o próximo ano, discutimos questões pertinentes a atuaçãodo Ôxe! na cidade e quem aparece também nos ajuda a eleger os temas que gostaríamos dever na capa e sugestões para entrevistas. O diferencial desta edição do Pauta Aberta serácertamente o próximo ano e a simbólica marca de cinco anos do Informativo Ôxe!.
Com este aniversário iniciamos um momento de reavaliação de tudo o que fizemosaté agora (tanto os erros quanto os acertos), dos caminhos que trilhamos, as liçõesaprendidas, o que resultou disso e o mais importante, o que iremos fazer com tudo issoe quais caminhos iremos tomar. Se você não acha legal como as coisas são feitas noÔxe! , pensa que ele deveria ser de outra maneira ou pelo contrário acha que nada devemudar que as coisas devem continuar como estão; então apareça, dê sua opinião, inter-fira e faça com que o Ôxe! tenha a sua cara. Afinal, este espaço também é seu.Anota aí então, dia 20 de Junho, às 19h, no Espaço Girandolá (Av. São
Paulo, 965 - Vila Suíça – Francisco Morato) tem Pauta Aberta e uma ótima chancede ver as coisas mudarem no Ôxe! . Tem ponto de ônibus pertinho, lugar para estacionar
na rua e de quebra, você ainda pode tomar um cafezinho com a gente.
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E pra fechar a programação do Oxandolá [In] Festa 201 3 comchave de ouro, no dia 30 de junho, em frente ao CIC, uma dobradinhamusical pra lá de especial: Coral da Aldeia Tekoa Pyau e OrquestraExperimental da Pró-Morato.
A tarde de encerramento dessa grande festa terá início às 1 6h, com osjovens indígenas, pertencentes ao povo Guarani Mbyá, do Coral da AldeiaTekoa Pyau, entoando canções, cantadas há séculos e passadas de gera-
ção em geração. Para nós, é uma alegria imensa receber essecoral e poder comparti lhar com a população moratense,um pouquinho de tudo o que vivemos e aprendemoscom esses nossos irmãos, que conhecemos e com osquais convivemos desde o início de 201 1 . O povo Gua-rani é um povo muito festivo e religioso. Suas cançõesfazem parte do dia a dia da comunidade e geralmente sãoentoadas para louvar e agradecer aos deuses. Ouvi-loscantar é também uma forma de entrarmos em sintonia comnossa ancestralidade, de conhecermos um pouco mais so-bre a nossa própria história. Não perca essa chance.. .
E logo na sequência, entra em cena a Orquestra Experi-mental da Pró-Morato – OEXP: 40 músicos, regidos pelomaestro Adriano Aragão, apresentando um repertório variadoentre composições clássicas e eruditas. A OEXP completa 1 0anos de existência nesse ano de 201 3 e é um projeto da Pró-Morato, associação moratense que aposta na Arte como um ca-minho eficaz para o desenvolvimento de pessoas e também deuma comunidade. Durante esses 1 0 anos, foram mais de 1 50
apresentações para um público de mais de 50 mil pessoas, tanto em Francisco Morato, como emdiversas outras localidades do estado de São Paulo. Em Morato, a Orquestra exerce um papelimportante na formação de público para a música e também na formação e profissionalizaçãode músicos moratenses. Venha prestigiar e apreciar esse belíssimo trabalho.
Produzir Arte e Cultura no Brasil, não é tarefa dasmais fáceis. Essa dificuldade aumenta ainda mais quando se fala em produzir Arte eCultura na periferia. A falta de espaços, tanto físicos como sociais, é um dos grandesfantasmas que assombram os realizadores culturais em todos os cantos do nosso país.A Arte e a Cultura, durante muito tempo foram tratadas como artigo de luxo em nos-sa sociedade e por esse motivo, durante muito tempo nós, moradores da periferia, ti-vemos o acesso a essas manifestações, negado. Porém, felizmente esse quadro vemmudando. Cada vez mais, se produz Arte e Cultura na periferia. Diversos realizadoresculturais, artistas, coletivos, vem se organizando, produzindo, resistindo, criando.
E é por isso que, no dia 28/06, às 20h, estaremos reunidos no CIC Francisco Mo-rato, para um (De) Bate-Papo sobre Produção Cultural na Periferia, com os artis-tas e coletivos que integram a programação do Oxandolá [In] Festa 2013. O objetivodessa conversa é a troca de experiências: queremos contar como estamos fazendo pranos virar, pra continuar desenvolvendo nossas atividades e também queremos ouvircomo nossos parceiros fazem pra continuar resistindo através da Arte e da Cultura emsuas quebradas. Queremos falar de parcerias, de processos colaborativos, de redes.
Queremos vislumbrar e fechar outras par-ceiras, outras ações conjuntas que possamfortalecer esse movimento, esse esboçopara um novo mundo.
Não fique de fora desse encontro. Par-ticipe, venha contribuir com suas ideias! ! !
O corpofala, c
omunicatodo
o tempo, mesmo quandonão in-
tencionamos fazê-lo
e muitas
vezesele o faz poetica
mente.
Não há uma só palavra, porém,
mesmo que por um instante mí-
nimo, sentimos e vemos poesia
em um pequeno gesto.
E o “gesto
é anterior à Palavra
. Dedos e bra-
ços falaram milênio
s antesda voz.
As áreasdo entend
imentomímico
são infinitamente
superiores às da
comunicação
verbal.A Mímica
não
é complementar
mas uma provoc
a-
ção ao exercício da oralida
de”, como disse
Câmara Cascudo
em A História dos no
ssos Gestos.
Drummond também escreve,
“Gastei uma h
ora pensando
em um verso /que a
pena não que
r
escrever. / N
o entantoele está cá dentro
/ inquieto, vivo
. / Ele
está cá dentro/ e não quer s
air. /Mas a poesia
deste momento
/ inunda minh
a vidainteira”
.
A partir dessas
provocações,
exploraremos as possib
i l idades
de movimento do corpo(suport
e físico,emociona
l e cultural) ,
descobrindo,
a partir dessamultipl ici
dade expressiva, suas po-
tencial idades
poéticas e, em fusão
com a poesiade Carlos
Drummond de Andrade, Pau
lo Leminski eManoel d
e Barros, en-
tre outros,que por pri
ncípioé constru
ída atravésda palavra
, que-
remos despertar um corpo
poético, um corpo
vivo, animado e
impulsionado pela intuiçã
o, imaginação. Um corpo que transce
n-
de instrumental id
a-
des, que possase
despirda palavra
ao
olhar, aproveit
ar o susto,
surpreender o
instante fugaz.
Venhase permitir ensaio,
se des-
construir em proces
sos, desdizer
silên-
cios, corpoetiz
ar palavras sons
sonhos.
Trocando ideias sobre a produçãocultural na periferia
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:Divulgação
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Imagem: Fabia Pierangeli
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:AgênciaBrasil -EBR
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4Maio / 2013
Há muito tempo atrás, numa terra distante, existia um próspero reino.Lá, governava o Governador Al-Qui Min, eleito pelo próprio povo.O Governador tinha uma esposa muito bem relacionada, que transitava muito
bem entre todos os nobres do reino.Não havia nenhuma dúvida que a filha do casal era, de fato, filha do Governa-
dor com a Primeira-dama.Poderoso que era, o Governador tinha muitos empregados, que eram bem re-
compensados financeiramente.A Filha do Governador nunca arrumou a cama. Nem lavou louça.Um dia, já crescida, em meio a uma discussão acerca das cotas raciais e sociais
(ela achava um Absurdo ter existido escravidão em seu país), encantou-se comuma jovem que não usava sutiã que discursava em favor da universalização dasvagas no ensino superior.
TODOS DEVEM ENTRAR!Gritava.A Filha do Governador não entendia o que a bela jovem dizia.Não entendia como seria possível um país em que todos fossem médicos ad-
vogados arquitetos engenheiros professores bibliotecários geólogos biólogos psi-cólogos tecnólogos nutricionistas jornalistas músicos atores artistas economistasadministradores etc.
Era necessário haver uma seleção,a ver quem ocuparia tão importantes cargos.O vestibular era o meio para isso e as cotas tornavam-no injusto, pois, os mais
inteligentes, de fato, não poderiam ocupar o lugar que lhes é de direito.
No meio da discussão, seu namorado ligou.A Filha do Governador não atendeu.Queria continuar a ouvir a voz encantadora da moça.Estava com tesão.Estava com raiva.Não entendia o que dizia a bela jovem sem sutiã. .::
A L E N D APrincesaMin
Por: Beto Bellinati
A sala de aula está cheia de dizeres sobre oDia Das Mães e a atividade de hoje é recortare pintar um cartãozinho com os seguintes di-zeres: “Mamãe, eu sou seu maior presente”.
Todos os alunos interagindo e no fundo umaaluna nem havia tirado a bolsa das costas. Aprofessora levou Cleidilene para a direção, devi-do seus resmungos, não queria fazer a atividade.
Cleidilene nos últimos meses tornou-seuma aluna reservada e fechada. A professoravendo sua mudança, começou a questionar osalunos na ausência dela.
Segundo os alunos ela estava morando coma tia, e a mãe de Cledilene, deveria manteruma distância mínima de 200 metros dela,Ordem Judicial.
Alguns meses antes...
Cleidilene ficava a cargo do trabalho do-méstico e era um inferno arrumar a casa, poissempre tinha algo sujo, pois seu padrasto vi-via em casa deitado pedindo as coisas. No co-meço não fazia nada, mas após ele falar comsua mãe, e isso rendeu a ela uma surra, pas-sou a atender os caprichos do “pai”.
Era praxe ele assistir filme pornô, sem oucom a mãe em casa. E as crianças ali por per-to brincando, impossível não assistirem algu-mas cenas daqueles filmes, até por que a casaera um “ovo”.
Na hora do banho sempre teve a sensaçãode que alguém a espionava pelas frestas daporta e estranhou um dia quando acordou comseu padrasto bem próximo da sua cama.
Ele tentou, só os dois em casa, ele tentou.
Na tela o ator pornô pedindo posição de qua-tro, e mais posições eróticas, puxando cabe-lo... Do outro lado da tela alguém querendofazer um remake do filme. E forçando aqui,resistência de lá, lagrimas a derramar e fôlegoainda para gritar.
Sorte! Vizinha escuta “O que tá aconte-cendo, vou chamar a policia”.
Ele para e ameaça “se contar pra alguémmato todo mundo”. Mas a policia já havia si-do acionada.
Ao chegar em casa a mãe recebeu a noticiade que o marido havia saído de casa. Ligapara ele e recebe a noticia “sua filha estragoutudo, inventou umas paradas, tá tudo acabado,fique com sua vadiazinha mentirosa”, sente omundo desmoronar.
Amor é só de mãe, será? Conceito que nãose a aplica a vida da Cledilene, sentiu na pelea fúria da mãe, quase morreu com o espanca-mento. Inacreditável, né? Mas foi uma açãopassional, sobre as cabadas de vassoura diziacomo a filha pode fazer isso com ela, que oamor da sua vida foi embora por suas menti-ras, “demônio” foi o xingamento mais doce.Até hoje nutre um ódio pela filha. Depressãopós-parto é uma explicação para abandono deum recém-nascido, e o que explicaria a trocado amor materno por um carnal?
Ela volta da Direção e começa a pintar o car-tãozinho. Na parede próxima a sua cadeira umdizer “Mãe Búfalo defende sua cria atacandocom os chifres os leões, age pelo instinto”.Agindo por instinto ou ressentimento, Cleidileneamassa o cartãozinho e joga na lata de lixo. .::
Por: Danilo Góes
"Vivem somente
os que lutam."
Victor Hugo
Amor é Só deMãe, Será?
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Saiba: blogduoxe.blogspot.comSiga: @informativo_oxeCurta: Produtora Ôxe!
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Maio / 20135
Cotas para negros em Universidadesadotado inicialmente no Rio de Janeiroo poder na caneta governo em ambiguidade. . .conquista que por lá chegou primeiro.
Implemento também no Distrito Federalinclusão racial e etniaa primeira Instituição Nacionalem Brasília Departamento de Antropologia.
Setenta por cento de brasileiros são negrosdiz: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicadao negro tem direito ao melhor empregonão viver de forma discriminada.
A anos passaram em escolas públicas arruinadasao negro pobre difícil ensino superiorDemétrio Magnoli: que, para o negro, melhores vagasna ideia do investimento público defensor.
Falam em abolir a ideia de raçaque: direciona à conflitos, a cisãonão vêem que o racismo é que ultrapassao inconformismo da existência da miscigenação.
Negros, índios, brancos, amarelos todos iguaispagamos altos tributos por nossa cidadaniaa natureza é sábia, a todos os pobres,direitos sociaisque todos sejamos iguais um dia. . .
O intolerante diz que o negro é inferiorpor isso necessita de cotasvale, ver, no intolerante, o Q.I. interior!?ou, virar-lhe as costas?!
A estudante do Mackenzie diz:respeitemos as pessoassuas crenças, etnias
Bianca diz:Nossa nação precisa,Combater o preconceito,Todos nós somos iguais,É necessário respeito.
Igualdade racial,É o que tem que existir,Porque a desigualdade,Não pode mais mandar aqui.
Frases preconceituosas,Não existirão mais,O melhor a fazer,É um acordo de paz.
Chega de diferenças,De tanta confusão,Um dos grandes problemas,É a desinformação. .::
Por: Messias Silva e Bianca OliveiraCOTA, UM RESGATE ANCESTRAL
A oficina acontecerá de maio a novembro de 2013,com encontros aos sábados, das 9h as 12h, no EspaçoEco's. Podem se inscrever pessoas com ou sem experi-ência em teatro, com idade acima de 14 anos.
Através dos encontros os participantes poderão vivenci-ar o teatro e seus elementos (o jogo, o brincar, a artesania,a reflexão). De uma forma lúdica, construindo bonecos,personagens, aprimorando a relação no coletivo e a des-coberta das próprias expressividades físicas e vocais.
Inscrições no Espaço Eco's (Rua João Mendes Júni-or, 542 - Francisco Morato), nos dias e horários de fun-cionamento do bar (de quarta a domingo, a partir das15h), até o dia 23 de maio.
Início dos encontros: 25 de maio
Investimento: R$ 75,00 (por mês) – Recorte essetexto, apresente no ato da inscrição e ganhe 15% dedesconto em todas as mensalidades.
Mais informações: [email protected]/ 94127-5452
Ministrante: Eduardo Bartolomeu - ator e professor,iniciou seus estudos em 1994 na Escola Livre de Teatrode Jales. De lá para cá vem participando de criações deespetáculos em grupos como Teatro Girandolá, TeatroVentoforte e no Núcleo Paralelo da Cia do Tijolo. Parti-cipou do primeiro Corpo Estável de Teatro de Jundiaí ecomo ator convidado da Cia Quanta. Também é Coorde-nador Artista-Educador do PIÁ (Programa de IniciaçãoArtística) na Biblioteca Padre José de Anchieta. .::
Oficina de teatro "Ecoar"Inscrições abertas
Por: Eduardo Bartolomeu
OFERCIMENTOS: Maria Carvalho e família
Em 201 3 estamos novamente oferecendo o que háde melhor para você que deseja adquirir sua
habilitação. Venha conhecer nossas instalações econferir nossos preços!
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6Maio / 2013
::. BETTO SOUZA
Por: Mestre Sampaio
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No dia 6 de abril, o Grupo Cordão de Ouro rea-lizou uma grande roda de capoeira no centro deFrancisco Morato, com mestres, professores e alu-nos da cidade e também de diversos locais do es-tado de São Paulo.
Teve Capoeira diferenciada, de Angola Regionale Contemporânea. A roda, cheia de muito Axé,comemorou os 31 anos de trabalho Brasil, EUA eEuropa, e contou com a presença de mestres reno-mados da Cordão de Ouro: Xavier, Sidnei, Santo,Geraldinho e Paulão, e também com a participa-ção de formados de Francisco Morato: Veinho,Edson, Bahia, Contra Mestre Junior, entre outros,formados de municípios vizinhos.
Agradeço ao público moratense pelo carinho erespeito ao meu trabalho e também ao apoio daCasa de Cultura, através de André Drummes e daRádio Criativa FM, através de Alfredo Garapeiro.
Sou grato a todos vocês, que Deus abençoe atodos. .::
Quem pretende fazer uma tatuagem, deve seguir três conselhosdos tatuados e tatuadores:
1 . Visite o estúdio antes e cheque se os instrumentos são esterilizados.2. Siga a regra básica que vale para quase tudo (até para as liquida-ções de verão) e não aja por impulso. Pense por um bom tempo noque quer fazer - e onde exatamente será.3. Prefira desenhos personalizados. As modas passam. Se a tattooestiver relacionada de alguma maneira à sua essência, é mais provávelque você continue gostando dela. 'A tatuagem éa memória de ummomento', diz Giancarlo Pincelli que tem 5 espalhadas pelo corpo.
Os arrependimentos mais clássicos são aqueles ligados a relacio-namentos que terminam. Háduas soluções possíveis: re-correr a um tratamento comlaser para apagá-la ou clare-ar e fazer outra por cima.'Recebo muita gente no meuestúdio que quer cobrir ouapagar, mas não por nãogostar mais de tatuagem.Apenas mudou de ideia equer algo diferente'. .: :
Pra não se arrepender...::. Dicas Helltattoo
No dia 15 de junho aconteceem Francisco Morato o ECO-CRIANDO, um evento que serárealizado pela Prefeitura deFrancisco Morato em parceriacom a ONG CARE Brasil,ECOAR e a marca SEDA, paraconscientizar a população sobre aimportância do papel do catadorna sociedade. Dentre as atividadesque serão realizadas, estão oficinasde confecção de materiais recicla-dos, peças teatrais, shows, desfilede moda reciclável, rodas de con-versas, exibição de filmes e muitomais. Venha despertar seu ladocriativo e mostrar o seu potencialde agente de mudança.
Vamos fazer barulho por estacausa, pois é co-criando que seFAZ A DIFERENÇA! .::
ECOCRIANDO::. Rapidinha
Por: Guilherme Fernandes
Saiba: blogduoxe.blogspot.comSiga: @informativo_oxeCurta: Produtora Ôxe!
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Galera registrou a atividade que começou na casae tomou o calçadão no centro de Morato
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Tatuagens feitas para namorados(as) e as "damoda" são mais comuns de gerar arrependimento.
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