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Missão:comunhão e partilha

O�� M�� 2010

Pedidos a:

OBRAS MISSIONÁRIAS PONTIFÍCIASPe. Manuel Durães BarbosaRua Ilha do Príncipe, 191170-182 LisboaTelef. 218 148 428 - Fax 218 139 611E.mail: [email protected] Homepage:www.opf.pt

comunhão e partilhaMissão:

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Executado em Escola Tipográfica das Missões - Cucujães

Depósito Legal: 198176/03

Í N D I C E

Apresentação .................................................................. 3

Finalidade deste Guião .................................................... 4

Mensagem do Santo Padre .............................................. 5

Mensagem de D. António Couto ...................................... 9

Mensagem do Presidente dos IMAG ................................ 11

Santa Teresinha, padroeira das Missões ........................... 13

Oração ............................................................................ 17

Sacri�cio ......................................................................... 21

Par�lha ........................................................................... 26

Vocação ........................................................................... 29

Oração Universal ............................................................ 32

O olhar da fé sobre a pobreza e o desenvolvimento ........ 34

“Uma aparente debilidade que é força” .......................... 37

Missão 2010 ................................................................... 40

Vigília Missionária ........................................................... 42

Rosário Missionário ......................................................... 48

Via Sacra Missionária ...................................................... 64

Preces Diárias .................................................................. 75

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ApresentaçãoBento XVI visitou-nos e reforçou a vocação missionária

de Portugal. Os Bispos Portugueses publicaram uma Carta Pastoral a

‘obrigar-nos’ a par�r em Missão. São apenas mais duas boas razões para que este Outubro seja especial. Esperamos que o Guião ajude a aprofundar e viver mais e melhor a dimen-são missionária das nossas vidas e das nossas comunidades cristãs.

Este ‘Outubro Missionário’ não mexeu na estrutura de base, mantendo as cinco semanas com Reflexões, a Vigília Missionária, as Meditações das Leituras Dominicais, o Rosá-rio, a Via-Sacra e as Preces Diárias. Mas introduzimos alguns elementos novos: um esquema de Oração Universal, uma reflexão sobre a Visita do Papa, um texto sobre o projecto ‘Missão 2010’ que envolve toda a Diocese do Porto, uma apresentação da Rede Fé e Desenvolvimento, no âmbito do Ano Europeu da luta contra a pobreza.

Tudo excelentes razões para que este ‘Outubro’ seja cada vez mais ‘Missionário’.

Colaboradores do GuiãoD. António Couto, Alberto Silva, Zacarias Pinho, Aura Miguel,J. Antunes da Silva, Vítor Mira, A. Patrícia Fonseca, Tony Neves, Samuel Mendonça, J. Cláudio Fernandes, Grupo Teresa Saldanha, Franciscanas Missionárias de Maria, Sector de Animação Missionária – Lisboa, Almiro Mendes, Margarida Alvim, Grupo Ondjo Yetu – Leiria - Fá�ma, Grupo Kuala Kumoxi - Famões, Grupo J. Paulo II – Coimbra, Clare�anos, Fidesco, Manuel Rito Dias.

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F�� G��

1. Dinamizar o mês de Outubro através de reflexões, momentos de oração e celebrações de modo a torná-lo um mês especialmente dedicado à Missão.

2. Oferecer material de reflexão, oração e acção para o encontro semanal do grupo, movimento ou comunidade – escolher o dia e hora mais conveniente. É de toda a vantagem que a reflexão realizada e o compromisso assumido pelo grupo sejam par�lhados com a comunidade paroquial no âmbito da Eucaris�a dominical.

3. Orientar as comunidades para a par�cipação ac�va na Vigília Missionária e na celebração do Dia Missionário Mundial.

4. Aprofundar o espírito e a prá�ca da oração paroquial, comunitária, familiar e pessoal – com preocupações universais – nomeadamen-te através das «preces diárias».

5. Sensibilizar as comunidades eclesiais, no sen�do de desperta-rem vocações consagradas e laicais para o serviço missionário universal.

6. Criar uma consciência viva de solidariedade, comunhão e co-operação entre as Igrejas, através de propostas de es�los de vida simples, seguindo critérios de sobriedade alegre e fraterna par�lha de bens.

7. Mo�var o conhecimento da realidade missionária de modo a descobrir o entusiasmo e vitalidade das jovens Igrejas assim como os valores das outras culturas.

8. Propor a�tudes e gestos que levem a um maior espírito de abertura, diálogo, colaboração e compreensão entre as pessoas, grupos e comunidades.

9. Favorecer um maior conhecimento, colaboração, entreajuda e par�lha entre os cristãos, comunidades, associações missio-nárias laicais, ins�tuições missionárias diocesanas e ins�tutos missionários.

10. Promover, na Igreja e na sociedade em geral, a par�cipação ac�va em acções e campanhas que visem a dignidade de todas as pessoas, a solidariedade para com os mais pobres, excluídos e injus�çados, e a proposta de causas a favor da jus�ça e da paz entre pessoas, grupos e nações.

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Mensagem do Santo Padre

A construção da comunhão eclesialé a chave da missão

Prezados irmãos e irmãs!

Com a celebração do Dia Missionário Mundial, o mês de Outubro oferece às Comunidades diocesanas e paroquiais, aos Ins�tutos de Vida Consagrada, aos Movimentos Eclesiais, a todo o Povo de Deus, a ocasião para renovar o compromisso de anunciar o Evangelho e dar às ac�vidades pastorais um ímpeto missionário mais amplo. Este encontro anual convida-nos a viver intensamen-te os percursos litúrgicos e catequé�cos, carita�vos e culturais, mediante os quais Jesus Cristo nos convoca à mesa da sua Palavra e da Eucaris�a, para saborear o dom da sua Presença, formar-nos na sua escola e viver cada vez mais conscientemente unidos a Ele, Mestre e Senhor. É Ele mesmo quem nos diz: “Aquele que me ama será amado por meu Pai: Eu amá-lo-ei e manifestar-me-ei a ele” (Jo 14, 21). Só a par�r deste encontro com o Amor de Deus, que muda a existência, podemos viver em comunhão com Ele e entre nós, e oferecer aos irmãos um testemunho credível, explicando a razão da nossa esperança (cf. 1 Pd 3, 15). Uma fé adulta, capaz de se confiar totalmente a Deus com a�tude filial, alimentada pela oração, pela meditação da Palavra de Deus e pelo estudo das verdades da fé, é uma condição para poder promover um novo humanismo, fundamentado no Evangelho de Jesus.

Além disso, em Outubro, em muitos países retomam-se as várias ac�vidades eclesiais depois da pausa de Verão, e a Igreja convida-nos a aprender de Maria, mediante a oração do Santo Rosário, a contemplar o desígnio de amor do Pai sobre a huma-nidade, para a amar como Ele a ama. Não é porventura este o sen�do da missão?

Com efeito, o Pai chama-nos a ser filhos amados no seu Filho, o Amado, e a reconhecer-nos todos irmãos naquele que é Dom de Salvação para a humanidade dividida pela discórdia e pelo pecado, e Revelador do verdadeiro Rosto daquele Deus que

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“amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16).

“Queremos ver Jesus” (Jo 12, 21), é o pedido que, no Evan-gelho de João, alguns gregos que chegaram a Jerusalém para a peregrinação pascal, dirigem ao Apóstolo Filipe. Ele ressoa tam-bém no nosso coração neste mês de Outubro, que nos recorda como o compromisso do anúncio evangélico compete a toda a Igreja, “missionária por sua própria natureza” (Ad gentes, 2), convidando-nos a tornarmo-nos promotores da novidade de vida, feita de relacionamentos autên�cos, em comunidades fundadas no Evangelho. Numa sociedade mul�étnica que experimenta cada vez mais formas preocupantes de solidão e de indiferença, os cristãos devem aprender a oferecer sinais de esperança e a tornar-se irmãos universais, cul�vando os grandes ideais que transformam a história e, sem falsas ilusões nem medos inúteis, comprometer-se para fazer com que o planeta seja a casa de todos os povos.

Como os peregrinos gregos de há dois mil anos, também os homens do nosso tempo, talvez nem sempre conscientemente, pedem aos crentes não só que “falem” de Jesus, mas que “façam ver” Jesus, façam resplandecer o Rosto do Redentor em cada ângulo da terra diante das gerações do novo milénio e sobretudo diante dos jovens de cada con�nente, des�natários privilegiados e agentes do anúncio evangélico. Eles devem sen�r que os cristãos levam a Palavra de Cristo porque Ele é a Verdade, porque n’Ele encontraram o sen�do, a verdade para a sua vida.

Estas considerações remetem para o mandamento missio-nário que todos os bap�zados e a Igreja inteira receberam, mas que não se pode realizar de maneira credível sem uma profunda conversão pessoal, comunitária e pastoral. De facto, a consciência da chamada a anunciar o Evangelho es�mula não só cada fiel indi-vidualmente, mas todas as Comunidades diocesanas e paroquiais a uma renovação integral e a abrir-se cada vez mais à cooperação missionária entre as Igrejas, para promover o anúncio do Evan-gelho no coração de cada pessoa, de cada povo, cultura, raça, nacionalidade, em todas as la�tudes. Esta consciência alimenta-se através da obra de Sacerdotes Fidei Donum, de Consagrados, de

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Catequistas, de Leigos missionários, numa busca constante de promover a comunhão eclesial, de modo que também o fenó-meno da “interculturalidade” possa integrar-se num modelo de unidade, no qual o Evangelho seja fermento de liberdade e de progresso, fonte de fraternidade, de humildade e de paz (cf. Ad gentes, 8). De facto, a Igreja “é em Cristo como que sacramento, ou seja, sinal e instrumento da união ín�ma com Deus e da unidade de todo o género humano” (Lumen gen�um, 1).

A comunhão eclesial nasce do encontro com o Filho de Deus, Jesus Cristo que, no anúncio da Igreja, alcança os homens e cria comunhão com Ele próprio e por conseguinte, com o Pai e com o Espírito Santo (cf. 1 Jo 1, 3). Cristo estabelece a nova relação entre o homem e Deus. “É Ele quem nos revela “que Deus é caridade” (1 Jo 4, 8) e, ao mesmo tempo, nos ensina que a lei fundamental da perfeição humana e, portanto, da transformação do mundo, é o mandamento novo do amor. Assim, aos que crêem no amor divino dá-lhes a certeza de que abrir o caminho do amor a todos os homens e instaurar a fraternidade universal não são coisas vãs” Gaudium et spes, 38).

A Igreja torna-se “comunhão” a par�r da Eucaris�a, na qual Cristo, presente no pão e no vinho, com o seu sacri�cio de amor edifica a Igreja como seu corpo, unindo-nos ao Deus uno e trino e entre nós (cf. 1 Cor 10, 16ss). Na Exortação apostólica Sacramen-tum carita�s escrevi: “não podemos reservar para nós o amor que celebramos neste sacramento: por sua natureza, pede para ser comunicado a todos. Aquilo de que o mundo tem necessidade é do amor de Deus, é de encontrar Cristo e acreditar n’Ele” (n. 84). Por esta razão a Eucaris�a não é só fonte e ápice da vida da Igreja, mas também da sua missão: “Uma Igreja auten�camente eucarís�ca é uma Igreja missionária” (ibid.), capaz de levar todos à comunhão com Deus, anunciando com convicção: “o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão connosco” (1 Jo 1, 3).

Caríssimos, neste Dia Missionário Mundial no qual o olhar do coração se dilata sobre os imensos espaços da missão, sintamo-nos todos protagonistas do compromisso da Igreja de anunciar o Evangelho. O es�mulo missionário foi sempre sinal de vitalidade para as nossas Igrejas (cf. Carta enc. Redemptoris missio, 2) e a

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sua cooperação é testemunho singular de unidade, de fraterni-dade e de solidariedade, que nos torna críveis anunciadores do Amor que salva!

Por conseguinte, renovo a todos o convite à oração e, não obstante as dificuldades económicas, ao compromisso da ajuda fraterna e concreta em apoio das jovens Igrejas. Este gesto de amor e de par�lha, que o serviço precioso das Pon��cias Obras Missionárias, à qual manifesto a minha gra�dão, providenciará à distribuição, apoiará a formação de sacerdotes, seminaristas e catequistas nas terras de missão mais distantes e encorajará as jovens comunidades eclesiais.

Como conclusão desta mensagem anual para o Dia Mis-sionário Mundial, desejo expressar, com par�cular afecto, o meu reconhecimento aos missionários e às missionárias, que testemunham nos lugares mais distantes e di�ceis, muitas vezes com a vida, o advento do Reino de Deus. Para eles, que repre-sentam a vanguarda do anúncio do Evangelho, peço a amizade, a proximidade e o apoio de todos os fiéis. “Deus (que) ama quem dá com alegria” (2 Cor 9, 7) vos encha de fervor espiritual e de profunda alegria.

Como o “sim” de Maria, toda a resposta generosa da Comu-nidade eclesial ao convite divino para amar os irmãos suscitará uma nova maternidade apostólica e eclesial (cf. Gl 4, 4.19.26); esta abrindo-se à surpresa do mistério de Deus amor, o qual “ao chegar a plenitude dos tempos... enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher” (Gl 4, 4), será fonte de confiança e de audácia para os novos apóstolos. Tal resposta tornará todos os fiéis capazes de serem “alegres na esperança” (Rm 12, 12) ao realizarem o projecto de Deus, que deseja “a congregação de todo o género humano no único Povo de Deus, a sua união no único Corpo de Cristo, a sua edificação no único templo do Espírito Santo” (Ad Gentes, 7).

Va�cano, 6 de Fevereiro de 2010.

BENEDICTUS PP. XVI

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Igreja de Portugal, é tempo de renascer!

1. A Conferência Episcopal Portuguesa tornou pública no passado dia 17 de Junho deste ano de 2010 uma Carta Pastoral in�tulada «Como Eu vos fiz, fazei vós também». Para um rosto missionário da Igreja em Portugal. A presente Carta Pastoral surge como resposta a uma proposta do Congresso Missionário Nacional, realizado nos dias 3 a 7 de Setembro de 2008, em que se solicitava à CEP uma Carta de orientação da Missão em Portugal, no sen�do de avivar a vocação missionária de todos os cristãos.

2. A Carta agora publicada, e que recolhe as melhores e mais incisivas orientações do magistério Conciliar e Papal, das Congregações Romanas, de importantes acontecimentos eclesiais (Aparecida, CAM 3 / COMLA 8), assenta em cinco traves-mestras fundamentais e significa�vas: 1) «O primado da missão do amor»; 2) «Evangelização: o primeiro e o melhor serviço»; 3) «Todos evangelizados, todos evangelizadores»; 4) «Igrejas locais, sujeito primeiro da missão»; 5) «Fiéis leigos: contributo indispensável no coração do mundo».

3. Compulsando a documentação referida e recolhendo a sensibilidade missionária de outras Conferências Episcopais que mais se têm debruçado nos úl�mos anos sobre esta temá�ca, vê-se bem que a missão ad gentes aparece cada vez mais como o horizonte permanente e o paradigma por excelência de toda a dinâmica e empenhamento pastoral. Neste sen�do, é cada vez mais claro que a missão ad gentes não é tanto uma maneira de demarcar espaços a que haja que levar o primeiro anúncio do Evangelho, mas é mais o modo feliz, ousado, pobre, despojado e dedicado de o cristão sair de si mesmo por amor para, por amor, levar Cristo ao coração de cada ser humano, seja quem for, seja onde for.

4. É aqui que incide, porventura abrindo feridas na nossa compreensão empoeirada, o �tulo desta Carta Pastoral, situan-do-nos no inevitável seguimento modelar de Cristo: «Como Eu

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vos fiz, fazei vós também» (Jo 13,15). É o como que nos desafia; não é o onde. Portanto, aqui também, e desde aqui, se pode e deve fazer como fez Cristo. A missão ad gentes não é tanto o que fazer; é o modo, o como fazer. E aí não nos resta senão ser cristãos e missionários ao jeito de Cristo: pobres e felizes e livres, sem coisas atrás, para que o anúncio do Evangelho seja mesmo «primeiro» e credível. É também aqui que se compreende que as comunidades europeias, de an�ga tradição cristã, estejam a tomar consciência deste modo novo e primeiro de serem missio-nárias ad gentes. E também se compreende que tenham chegado a este caminho depois de verificarem o rela�vo (ou completo) insucesso da chamada «nova evangelização». Uma comunidade rica e parada, com estruturas ricas e pesadas, dificilmente será credível, não é mesmo credível.

5. Também é preciso tomar consciência de que é toda a Igreja que é missionária, e que, portanto, ser cristão implica necessariamente ser missionário. Que o cristão não necessita de outra vocação para ser missionário: basta a vocação que tem. Que «cristão» e «missionário» não iden�ficam duas figuras dis�ntas nem duas vocações dis�ntas, mas são qualificações incindíveis do discípulo de Jesus. Que ninguém pode pensar que se pode ser, em primeiro lugar, cristão, e depois, se se sen�r chamado e se quiser, vir também a ser missionário. Para o cristão, ser mis-sionário é a sua maneira de ser, a sua iden�dade, a sua graça, é uma necessidade, é de fundo e não um adereço faculta�vo. A sua referência permanente é Jesus Cristo, e o seu horizonte são todos os corações.

É claro. Já não basta converter ou reconverter estruturas. É mesmo necessário e preliminar que comecemos por nos con-vertermos nós ao es�lo de Cristo, ao como de Cristo. Igreja de Portugal, é tempo de renascer!

† António Couto Presidente da Comissão Episcopal das Missões

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DOS IMAG

A Missão renova a Igreja

Neste mês missionário que se abre diante de nós, vem-me espontaneamente a recordação vivida do acolhimento demons-trado pelo povo Português ao Santo Padre, quando nos visitou em Maio. Como peregrino, no meio de nós, a sua viagem começou e acabou sob o signo da Missão, não só evocando as façanhas do passado missionário de Portugal, mas sobretudo encorajando-nos a dar novo vigor à missão aqui e além fronteiras porque a Igreja ou vive em estado de missão ou acabará por morrer. Baseados na esperança, o Papa convidou os cristãos à missão pela fidelidade e testemunho, num tempo onde persistem ves�gios de um velho “republicanismo” e num ambiente de grande rela�vismo. Foi uma lufada de ar fresco para toda a Igreja Portuguesa!

A mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, neste ano, corre na mesma direcção, exortando-nos a uma vida cristã que seja testemunho credível do amor de Deus porque “somente a par�r deste encontro com o Amor de Deus, que muda a existência, podemos viver em comunhão com Ele e entre nós, e oferecer aos irmãos um testemunho credível, dando razão da nossa esperança.”

Bento XVI recorda também a cada cristão a necessidade de uma “fé adulta, capaz de entregar-se totalmente a Deus com uma a�tude filial, alimentada pela oração, pela meditação da Palavra de Deus e pelo estudo das verdades da fé” para “promover um humanismo novo, fundado no Evangelho de Jesus”.

Neste mês de Outubro - mês missionário - é a Igreja toda que cresce, ano após ano, na consciência da sua iden�dade missioná-ria e consequentemente, renova o seu compromisso de anunciar o Evangelho, pelo envolvimento organizado não apenas dos fiéis, mas de todas as comunidades diocesanas e paroquiais dando às suas ac�vidades pastorais “uma ampla conotação missionária”. Sob o impulso missionário, o Papa exorta que se promova nas paróquias a “novidade de vida, feita de relações autên�cas”, capazes de “oferecer sinais de esperança e a tornarem-se irmãos universais”.

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A celebração deste ano 2010 como Ano Europeu da luta contra a pobreza e a exclusão social conduz-nos a viver este mês de Outubro numa a�tude de empenho e compromisso com os mais desfavorecidos e os úl�mos da nossa sociedade, e deve im-pulsionar-nos a uma maior gratuidade no nosso relacionamento interpessoal, num contexto onde parece imperar a lógica do proveito e da procura do próprio interesse.

Vamos então viver este mês de Outubro na abertura e atenção ao outro. Neste momento presente em que vivemos mergulhados nesta crise financeira podemos ser tentados a olhar para nós mesmos e fecharmo-nos na indiferença. Este é a oportu-nidade que temos para con�nuar a construir aquele “humanismo integral”, potencializando a nossa capacidade para sair para fora de nós mesmos, sair por amor para ir ao encontro do outro e da sociedade. Faço votos que as nossas comunidades paroquiais, religiosas, cada um e nós, individualmente, possamos manifestar ao “irmão mais pequenino”, através de gestos de inclusão e de solidariedade, o “rosto de Jesus”.

Neste compromisso de missão que passa pela renovação integral pessoal e comunitária e abertura sempre maior à co-operação missionária entre as Igrejas, vai certamente guiar-nos a ines�mável carta pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa “Como Eu vos fiz, fazei vós também” – Para um rosto missionário da Igreja em Portugal – que acaba de se publicada. Como seria desejável que em cada grupo, em cada paróquia fosse reflec�da para poder construir toda a comunhão eclesial em chave mis-sionária.

Confio cada grupo cristão, de jovens, de agentes pastorais, cada paróquia e movimento eclesial a Nossa Senhora do Rosário para que ensine a todos, neste mês missionário, a tornar a Igreja de seu Filho toda missionária, nos ajude a sen�r e a viver a beleza da fé e nos dê novo vigor missionário.

P. Alberto SilvaPresidente do IMAG

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Santa Teresinha do Menino Jesus; Missionar Pelo Amor

“Compreendi que a Igreja �nha um corpo, composto de di-ferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário. Compreendi que a Igreja �nha um coração, e que este coração ardia de amor. Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja agirem, que se o amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Már�res se recusariam a derramar seu sangue...”

Santa Teresinha do Menino Jesus

SEMANA ZERO 27 de Setembro a 3 de Outubro

Santa Teresinha, padroeira das Missões

INTRODUÇÃO

A Padroeira das Missões

Santa Teresa do Menino Jesus foi proclamada padroeira principal de todos os missionários e de todas as missões existen-tes, com São Francisco Xavier, a 14 de Dezembro de 1927, pelo Papa Pio XI.

A padroeira das missões lembra-nos o valor dos “pequenos nadas” e demonstra-nos os bene�cios de aceitarmos os nossos limites e assumir a nossa pequenez, sem nos envergonharmos da nossa humanidade. A sua vida retrata a grandiosidade do seu amor a Deus através da simplicidade.

A grande missão de Santa Teresinha é conduzir as pessoas até Deus, dando-lhes a conhecer o seu amor incondicional e fazê-las sen�r o quanto são amadas por Ele e, desse modo, reunir com o coração o maior número de filhos junto do Pai.

O conceito de missão é assim ampliado, levando-nos a compreender que, pela oração, também nos podemos tornar missionários. A oração permite-nos uma comunicação mais

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próxima com Deus, transmite-nos força e esperança e alerta-nos para a presença de Deus nos acontecimentos da nossa vida. É, no fundo, o sustento da acção missionária.

ESCUTAR A PALAVRAMateus 11, 25-30; 1 João, 3

Assim, também para Santa Teresinha o Amor é o fundamen-tal em tudo, encerrando todas as vocações. Um coração despren-dido dos bens terrenos e cristalizado no Amor e na simplicidade, à semelhança dos mais pequeninos.

Quando Jesus, no Pentecostes, envia aos discípulos o Espírito Santo, não lhes dá uma lei exterior mas uma lei interior, que não está escrita na pedra, mas sim nos corações.

Santa Teresinha expressou tantas vezes que havia chegado a um ponto em que não poderia mais sofrer, pois o amor suplantara a sua dor. Também nós!

Santa Teresinha, nas palavras de Pio X, “a maior Santa dos tempos modernos”, deu corpo ao texto do Evangelho, transfor-mando-o em propósitos para a vida actual. Paulo VI quis que a mensagem de Santa Teresa de Lisieux se expusesse de acordo com as necessidades do nosso tempo. Trilhar o “caminho da infância espiritual”, sen�r a filiação divina do Amor e a conse-quente confiança filial, eleva-nos aos braços de Deus, vivendo com simplicidade e confiança na Providência, um profundo sen�do da dignidade de todo o ser humano e da fraternidade entre os homens. Missionar em Amor através do mundo, das realidades criadas por Deus, da serenidade e do op�mismo.

A PALAVRA GERA ORAÇÃO

Concede-nos, Senhor, a graça de ter os mesmos sen�mentos de simplicidade e humildade como Santa Teresinha.

Que Santa Teresinha interceda por todas as pessoas para que estas compreendam o caminho que conduz ao Céu e que, na sua entrega de amor, na par�lha e na aceitação, par�cipem na construção de um mundo de Paz.

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Que Jesus Cristo toque o coração das pessoas para que elas vivam o Evangelho e que a semente do Amor incendeie os seus corações em plena doação e entrega.

Que Santa Teresinha do Menino Jesus, missionária do Amor, interceda por nós, proteja e ilumine o caminho de todos os missionários.

Pai-Nosso, Avé-Maria e Glória

A PALAVRA TORNA-SE ACÇÃO

Santa Teresinha abriu a muitos as portas da oração através da confiança infinita no Amor de Deus. Anima-nos, pois, a uma san�dade sem complicações. “O que agrada a Jesus é ver e amar a minha pequenez e pobreza, é a esperança cega que tenho na sua misericórdia…a confiança e nada mais que a confiança pode conduzir-nos ao Amor”.

Missionar por amor e pela oração é o testemunho de vida exemplar que Santa Teresinha nos deixa. Deus é Caridade! Esta Caridade consiste no amor primeiro de Deus por nós. Esta é a fé que transmite o Evangelho. Peçamos a graça de compreender o seu alcance como fez Santa Teresinha, acreditando de modo simples e humilde no amor misericordioso do nosso Deus!

Acreditemos nas palavras de Santa Teresinha: “Não dei a Deus mais que Amor!”. E recolhamos ciosamente a resposta a uma das suas irmãs que em vésperas da sua morte lhe pedia uma resposta: “O único que vale é o Amor!” Eis aqui uma síntese do Evangelho!

Oração

Deus, Nosso Pai, como Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira Universal das Missões, ajuda-nos a acompanhar de coração a Obra Missionária da Igreja, e que todas as pessoas possam descobrir em Cristo a plenitude de vida por que aspiram. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que vive Convosco na unidade do Espírito Santo – Ámen.

Bênção e cân�co final

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PRIMEIRA SEMANA

4 a 10 de Outubro

O R A Ç Ã O

Cân�co inicial

Saudação do Presidente

Ó Cristo, Salvador de toda a vida, Tu vens sempre a nós. Acolher-te na paz das noites, no silêncio dos dias, na beleza da criação, como nas horas dos grandes combates interiores, acolher-te é saber que estarás sempre connosco, em todas as situações.

Reza com a tua vida:Com os teus sonhos e projectos,Com teus desaires e realizações,Com as tuas alegrias e tuas penasCom tuas angús�as e desilusões.

Reza com a tua vida:Com o teu trabalho, glorioso ou humilde,Com teu suor, com teu cansaço,Com teus silêncios e tuas palavras,Com teus êxitos e teus fracassos...

Reza com a tua vida:Com os teus amigos, no trabalho, em famíliaNa tua comunidade ou na tua escola Com a fortaleza do teu ser sê pedra angularDa Igreja nossa Mãe

Reza com a tua vida:Pois toda a vida pode ser oração,Se trilhares generosamenteCaminhos de verdade, de jus�ça e doação.

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ESCUTAR A PALAVRAMt 16, 1-9

Todos nós buscamos na vida aquilo que nos possa fazer felizes. Mas nem todos encontram o que é a felicidade.

Mas quando colocamos o nosso coração em Deus tudo muda.Também Jesus mudou a vida de muitas pessoas que se

encontraram com Ele. Ele nunca se escusou a ajudar o próximo, nem apresentou argumentos para não fazer o Bem.

Também nós queremos vir a Jesus para lhe perguntar o que quer de nós.(Pode-se colocar como fundo algumas cânones de Taizé ou então alguns cân�cos de

meditação).


Deus nunca nos abandona, espera de nós uma a�tude sincera e coerente, de acordo com aquilo que Ele espera de nós. Temos a certeza da Sua presença e da Sua fidelidade, cabe a cada um de nós rezar para que Ele nos ajude.

Inspirados na vida de S. António Maria Claret, fundador dos Missionários Clare�anos, elevemos ao Céu as nossas preces:

I1) Claret, acompanhado da sua irmã Rosa, gosta de visitar

o Santuário de Nossa Senhora de Fusimanha.2) Por aqueles que andam desorientados e, no vazio mais

escuro, buscam caminhos de felicidade: para que se deixem guiar pela companhia amiga e sábia da Igreja de Jesus. Oremos ao Senhor.

II1) Em Barcelona leva os estudos muito a sério. Aliás, é um

rapaz com ambições. Quer tornar-se um grande industrial.2) Pelos governantes e poderosos: para que nunca olhem

para Cristo como concorrente de qualquer poder deste mundo, respeitem a liberdade religiosa e promovam a Paz entre todos os Povos. Oremos ao Senhor.

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III1) Um domingo durante a missa o pregador cita “de que

serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma”. Este pensamento penetra-o.

2) Por todos os que se interrogam e meditam acerca de Jesus Cristo e do seu Evangelho: para que, no caminho da Fé, se deixem iluminar pelas Sagradas Escrituras. Oremos ao Senhor.

IV 1) Na primavera de 1835, pela nave central da catedral de

Vic, avançam os diáconos, entre eles António Maria Claret, vai ser ordenado sacerdote.

2) Por todos nós, para que saibamos oferecer ao Senhor o que é do seu agrado, colocando os nossos interesses em segundo plano. Oremos ao Senhor.

V1) No dia 16 de Julho de 1849, Claret acompanhado de mais

cinco padres, após invocar o Espírito Santo e colocar-se sobre a protecção do Sagrado Coração de Maria, exclama “Meus caros amigos, damos hoje início a uma obra verdadeiramente gran-de”.

2) Por toda a Família Missionária, para que se consagre ao serviço do próximo, especialmente dos pobres e dos que sofrem no corpo ou no espírito, e, reconhecendo o rosto de Cristo em cada ser humano, não desanime perante as dificuldades ou a incompreensão alheia. Oremos ao Senhor.

Jesus, o Cristo, Tu estavas no sopro do vento e eu não Te escutei. Estavas na gota de chuva que rolava pela minha face e eu não Te sen�. Estavas na beleza da borboleta e eu não Te vi. Faz-me, ó Cristo, merecedor de Te voltar a ouvir, voltar a sen�r para poder admirar a Tua beleza.

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Nós caminhamos, Senhor,guiados como peregrinos,

Com a confiança que a tuapresença nos dá e a Tua forçasuperior aos perigos da estrada.

Quando caminhamos, Senhor,sabemos que cumpres a Tuapromessa, que uma réstea deEsperança foi semeada no interiorde pessoas sem des�no.

Nós caminhamos, Senhor,com as nossas mãos vazias,esperando que se encham com aTua presença,

Vamos cheios de pobreza paraser enriquecidos por Ti.

* Qual é o meu compromisso para como o meu próximo?* Qual é o meu compromisso pessoal e comunitário a nível de oração durante este mês de Outubro?

Bênção e Cân�co final

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SEGUNDA SEMANA

11 a 17 de Outubro

SACRIF ÍC IO

Colocar no espaço em que se realiza o encontro uma cruz e ao seu lado as seguintes afirmações: “Por Ti”, “Por amor”, “Para sempre” e também algumas flores espalhadas pelo chão e pequeninas velas acesas.

INTRODUÇÃO

Sacri�cio…o que suscita em mim esta palavra? Talvez ruído interior e incómodo…Talvez o desassossego do coração e da inteligência…Talvez o medo. No nosso tempo, no nosso dia-a--dia, a cultura que nos rodeia procura evitar a todo o custo o sacri�cio, aliás esta é uma palavra “desactualizada”… ou até mesmo proibida! Somos deste tempo e estamos muitas vezes habituados a um “microclima espiritual” que deturpa o sen�do mais profundo da fidelidade e que faz ver apenas um dos lados da moeda, o sacri�cio aparece-nos então como “algo que custa muito, o que faz sofrer, o que se deve evitar”. Esta é uma forma deturpada de ler a realidade, de vivê-la e assumi-la com os olhos da fé, com o vigor da esperança, com a determinação do coração e da inteligência.

E�mologicamente a palavra Sacri�cio significa “tornar sagra-do”, por isso ela remete-nos para um horizonte muito mais amplo da vida e do nosso compromisso em sermos um Evangelho aberto, que pode ser lido por todos em todas as circunstâncias. Sacri�cio implica uma dinâmica de amor, só amor, obla�vo, gratuito, alegre, fiel… até ao fim, como o de Jesus. Falar de sacri�cio significa então aceitar a lógica do amor (da Cruz e da Ressurreição) fazendo de todas as coisas e ajudando cada pessoa a tornar sagrado cada momento, cada palavra, cada gesto…

Sacrificar-se torna-se então, na fé, na esperança e no amor, fazer como Jesus fez, ser como Ele foi, viver como Ele viveu.

Cân�co inicial

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Irmãos e Irmãs todas as vezes que a Igreja se reúne em ora-ção e volta o seu olhar para o céu, não fugimos da realidade mas comprometemo-nos ainda mais com ela colocando todas as coisas no coração de Deus. Vamos por isso rezar juntos, pedindo a Deus Trindade e fonte de todo o amor, que nos fortaleça para sermos fiéis ao projecto de ser e levar o amor do Pai pelas estradas do mundo, como Jesus e na força do Espírito Santo. Rezemos:

Senhor, nosso Deus e nosso Pai, Tu nos chamas e nos reúnes, para em Ti, com Jesus e o Espírito Santo, experimentarmos o Teu amor terno e misericordioso e o tornarmos vida no coração dos homens e mulheres nossos irmãos.

Fortalece Senhor a nossa Esperança, dá coragem aos nossos passos e simplicidade aos nossos gestos, e na hora da tribulação, do medo ou do desespero, derrama sobre nós o Teu Espírito, para que vindo em auxílio da nossa fraqueza, nos encha da Paz que só Tu és e só Tu podes dar. Tudo isto Te pedimos pela nossa Fé em Jesus Teu filho, que vive Con�go e com o Espírito Santo pelos séculos sem fim.

ESCUTAR A PALAVRAJoão 13, 1-17

Estamos no contexto da Páscoa judaica e Jesus, que �nha vindo a instruir o coração dos seus amigos, entra na fase derra-deira. Está no mundo, ama os que estão no mundo até ao fim. Não desiste diante da hora amarga e di�cil que tem de enfrentar. Ele sabe o que o espera e que poucos vão esperar essa hora com Ele. Mesmo assim, não hesita em ter um gesto que marque defi-ni�vamente a história da humanidade…sacrificar-se é acolher e ser acolhido, é amar e deixar-se amar. À mesa, desconcertando todas as nossas lógicas, o Mestre toma o lugar e as a�tudes do servo…começa por lavar os pés aos seus amigos.

Também tu deixas que Jesus te lave os pés quando te envia um amigo, uma palavra de conforto, um carinho?... Acolhes tudo isso como um “lavar-te os pés” da parte de Deus que se serve de

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pessoas concretas para vir ao teu encontro ou nem sequer ligas e persistes na a�tude orgulhosa de Pedro?

Depois do gesto o Mestre senta-se e explica-o convidando a que os discípulos sejam reconhecidos por tal gesto… e tu, Como é que tens lavado os pés aos irmãos? Aceitas este desafio de Jesus e vivê-lo ou o medo/comodismo é mais forte? Foi o Mestre que nos disse que aqui está a causa da nossa alegria verdadeira, daquela alegria que nada nem ninguém nos pode �rar…Ele revela-nos neste gesto que nos deseja como servos de todos, para todos, sobretudo para os que andam cansados e oprimidos, esmagados sobre os seus sofrimentos…


Presidente:

Irmãos e irmãs elevemos para Deus a nossa oração confiante e peçamos-Lhe que nos ajude a manter viva no nosso coração a chama do Seu Amor eterno, dizendo:

Pai de Bondade, escuta a oração dos Teus filhos

1. Pelo Papa Bento XVI para que na fidelidade ao seu mi-nistério seja sempre alegre na esperança, paciente na tribulação e perseverante na oração. Oremos ao Senhor

2. Por todas as comunidades paroquiais, e por todos os bap�zados que as cons�tuem, para que encontrem sempre na par�lha fraterna, na oração e na comunhão da fé o sustento para uma fidelidade cada vez maior a Cristo e ao Seu Evangelho. Oremos ao Senhor

3. Por todos aqueles que apenas conseguem ver no sacri-�cio, na doação total, um poço eterno de sofrimento, para que descubram em Jesus, e com Ele, a alegria de servir até ao fim. Oremos ao Senhor

4. Por todas as famílias, para que sejam verdadeiramente uma Igreja domés�ca e para que encontrem sempre no esforço da fidelidade quo�diana o alimento e a meta da sua fé. Oremos ao Senhor

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5. Por todas as crianças, para que no caminho da vida apren-dam os valores do Evangelho pelos sacri�cios feitos por todos os que as rodeiam.Oremos ao Senhor

6. Por todos os missionários e missionárias para que a do-ação da sua própria vida aos outros, seja sempre sinal do Amor de Cristo, Crucificado-Ressuscitado. Oremos ao Senhor

7. Pelos jovens que sentem o apelo à missão, para que no encontro pessoal e profundo com Cristo acolham dele a coragem para fazer de cada dia e de cada gesto um espaço de anúncio da boa nova. Oremos ao Senhor

Presidente: Pai Nosso…


“Não é o servo maior do que o seu Senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou”. Na minha vida, quantas ve-zes paro para pensar, não nas coisas que fiz pelos outros, mas nos gestos que outros fizeram por mim? Nas palavras e silêncios que me deram e que me fizeram crescer na minha fé e na minha relação com os que me rodeiam? Nas coisas sagradas que tenho na minha vida?... “Lavar os pés” Desafia-nos a servir e a aprender a acolher. E quantas vezes acolher não é mais di�cil de aceitar que o servir… Apenas quem ama pode servir e acolher porque não está centrado em si. Normalmente temos tendência a olhar para cima para encontrarmos o que é sagrado e tantas vezes o que é sagrado está mesmo “cá em baixo”, ao nosso lado, diante de nós…basta recentrar o olhar. Que propósito missionário faço para este novo ano pastoral que agora começa?

- Em grupo preparar para cada mês que se segue, até ao próximo mês mis-sionário, um espaço na comunidade (num cartaz, folha, uma projecção em powerpoint,…) onde em cada mês é dado a conhecer à comunidade uma vida, uma ins�tuição ou gestos concretos de serviço de amor total e gratuito. - O Grupo pode também preparar para cada mês uma pequena oração de esperança/gra�dão por todo o bem que Deus con�nua a realizar no e pelo coração dos homens e mulheres.

Bênção e Cân�co Final

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TERCEIRA SEMANA

18 a 24 de Outubro

PARTILHA

No inicio deverá estar uma vela/círio aceso, cada pessoa deverá ter uma vela.


”Vai meu irmão, minha irmã! Lá, na tua nova Missão, na tua nova terra, na tua nova pátria, anunciarás Jesus Cristo e o Seu Evange-lho, servirás os pobres, os excluídos do banquete da vida, lavando-lhes os pés. Falarás com quem nunca andou ou não anda connosco. Tu te apaixonarás com muito carinho por um povo com cultura e tradições diferentes. Chegando lá, estranharás, sem dúvida, os costumes e usos locais, mas não imporás as tuas ideias! Não apresentarás o país que te viu nascer como paraíso! Não dirás nunca que no lugar onde te criaste, as coisas são bem melhores! Não darás nunca a impressão de que vieste para ensinar, para civilizar, para instruir, para colonizar! Jamais violentarás a alma do povo que, doravante, será o teu povo! Oferecerás simplesmente o testemunho da tua fé, da tua esperança e do teu amor, e darás a tua vida até ao fim, até às úl�mas conse-quências! Assim, tu terás o privilégio e a felicidade de viver a graça de todas as graças! Encontrarás o Senhor que disse: depois que Eu ressuscitar irei à vossa frente para a Galileia (Mc. 14, 28). Missão é sempre ir à Galileia de todos os con�nentes…”

Dom Erwin Krautler, Bispo do Xingu – Brasil

INTRODUÇÃO

Se acordássemos de manhã e nos dissessem que hoje po-deríamos mudar o mundo, que hoje o sol se levantou para nos ajudar a transformar tudo aquilo que nos rodeia e deixá-lo um pouco melhor, o que poderíamos fazer? Veríamos que esse mundo melhor precisa dos nossos simples gestos quo�dianos que temos a repe�da oportunidade de fazer, mas que nem sempre os ousamos concre�zar. Para mudar o mundo é necessário sorrir em nossas casas, é necessário ajudar o mais velho a atravessar a estrada, é

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necessário dar um beijinho na ferida daquela criança que caiu, é preciso dividir a nossa merenda com o amigo da escola.

Não temas em par�lhar o que tens e distribuí-lo por aqueles que te rodeiam. Verás que é uma semente que poderá germinar, mas podes ter a certeza que se germinar dará lindas flores e quan-do se passar por essas flores o caminho já não será igual… não será igual para �, para a pessoa para quem lançaste a semente e para o desconhecido que apenas passa nessa rua. O caminho será muito mais bonito, graças a essa pequena semente que ousaste lançar!

ESCUTAR A PALAVRA

Mc 6, 34-44

Para saciar a minha fome, posso comer o pão e os peixes a que tenho direito… são meus! Mas se eu par�lhar o pouco que tenho com os demais, aquilo que eu até julgava nem chegar para mim, permi�rá saciar a fome de todos.

Nesta passagem do Evangelho, Jesus convida-nos a par�lhar o pouco que temos, a ousar e arriscar. Confiamos em Jesus e o pouco que temos transformar-se-á em muito para alimentar os que nos rodeiam.

Nada é demasiado nosso que não se possa dar, por isso não temas em dar e dar com a tua vida!


“Senhor, Tu saciaste um dia a fome daquela mul�dão que te seguia, mul�plicando os poucos pães e peixes que um rapaz trazia consigo.

Senhor Jesus, Tu �veste compaixão por aqueles homens e mulheres, e estavas atento às suas verdadeiras necessidades. Ensina os que se querem teus seguidores a mul�plicar as ener-gias, a cria�vidade e a disposição para distribuir o que têm pelos famintos desta terra.

Agora é a nossa vez de fazer acontecer aquilo que parece ser impossível.

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Senhor, dá-nos a ousadia da jus�ça e da afec�va compaixão. E não nos deixes adormecer em cima dos vulgares argumentos de que os gestos são ineficazes. Dá-nos a ousadia!”

(Maria Victor)


São várias as passagens nas quais Jesus nos convida a par�-lhar aquilo que temos, a não temer dar, a ousar arriscar entregar-mo-nos aos outros. Quando par�lhamos nunca ficamos a perder. Como uma chama que ao ser par�lhada não fica mais fraca, mas sim, aumenta a sua luz, o seu calor, a sua energia. Oferece com amor, não temas em entregar-te. Par�lha o que tens, par�lha o que sabes, par�lha a tua vida com os outros!

“Aquele que dá a sua vida aos outros, terá sempre o Se-nhor!”

No final uma pessoa irá ao círio acender uma vela que distribuirá pelas restantes pessoas, enquanto se cantar, por exemplo, ‘esta luz pequenina’.


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QUARTA SEMANA

25 a 31 de Outubro

VOCAÇÃO

Cân�co inicial


O missionário que parte da sua terra é chamado a estar disponível, a ir ao encontro dos outros e a escutá-los. Escutemos a voz dos que sofrem e a voz dos que não têm voz.

ESCUTAR A PALAVRA

Mt 19, 16-21

A vocação não é um projecto pessoal, porque há um Outro que toma a inicia�va de nos chamar. Esse Outro é o Senhor. Ele chama-nos a ser santos. A nossa vocação úl�ma e primeira é a vocação à san�dade. O topo da carreira é ser santos (Ef. 1,4).

A vocação é uma realidade dinâmica. Deus chama no con-texto de uma história concreta. Deus chama a pessoa em cada instante. Não foi só num momento concreto. Con�nua a chamar-nos hoje.

A vocação é dom para a Missão e para a Igreja, para con�nuar a Missão de Jesus. A Igreja precisa de �. Eu respondo em Igreja.


Ergamos a nossa voz a Deus nosso Pai que, em Jesus Cristo, nos chamou a tomar parte na sua família e a ser suas testemunhas no meio dos homens e peçamos-lhe com confiança: Ouve, Senhor, a voz do teu povo.

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1) Pela Igreja que teu Filho fundou e pelos seus pastores, para que sejam testemunhas do teu carinho e agentes da tua jus�ça em favor dos desamparados. Oremos

2) Por todos os teus filhos que sofrem, para que encontrem quem lhes leve uma palavra de apoio e se implique na defesa dos seus direitos. Oremos

3) Por todos nós que fomos chamados a anunciar a Boa Nova, para que o façamos com coragem e na alegria. Oremos

4) Por aqueles que são chamados a uma entrega mais radical, para que encontrem em Ti a resposta a todos os seus anseios. Oremos

Unindo a nossa voz aos cristãos de todo o mundo, ousamos dizer: Pai Nosso…


“O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai” (Jo 3, 8).

Ouçamos agora a voz de um poeta do século XX:

O dom

Dais muito pouco quando dais daquilo que vos pertence.Quando vos dais a vós mesmos, é que dais realmente.Que é aquilo que vos pertence,Senão coisas que conservais ciosamente, Com medo de vir a precisar delas amanhã?Quando o vosso poço está cheio,Não é o medo à sede que torna a vossa sede insaciável?Alguns dão pouco do muito que têmE fazem isso em troca do reconhecimentoE o seu desejo oculto corrompe os seus dons.Outros têm pouco e dão tudo.Estes são os que acreditam na vida, na bondade da vida,E o seu cofre nunca está vazio.

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Há quem dê com alegria, e esta alegria é a sua recompensa.Há quem cheio de dores e essas dores são o seu bap�smo.É bom dar quando nos pedem;E é bom dar sem que nos peçam, como bons entendedores.E, para o homem generoso,Procurar aquele que vai receber é maior alegria do que dar.Portanto, dai agora,Para que o tempo de dar seja vosso e não dos vossos herdeiros.Muitas vezes dizeis: - Gostava de dar mas só aos que merecem.As árvores dos vossos pomares não falam assim,Nem os rebanhos das vossas devesas.Dão para poderem viver, porque guardar é perecer.Procurai antes merecerdes ser doadores e instrumentos dedoação.Porque, em verdade, é a vida que dá à vida,E quando julgais ser doadores, sois apenas testemunhas.

(Khalil Gibran)


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ORAÇÃO UNIVERSAL

Irmãos e irmãs:Apresentemos a Deus Pai as nossas orações pela Igreja missionária e por todo o mundo,dizendo cheios de confiança:

- Ouvi, Senhor, a nossa oração.

1. Para que toda a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, seja fiel à missão de renovar a face da terra a par�r de Deus, sempre e só de Deus, levando a Boa Nova do Reino a todos os povos, línguas e nações. Oremos.

2. Por todos os bap�zados, para anunciando o Evangelho com

entusiasmo sejam testemunhas da ressurreição de Jesus por palavras e por obras o Evangelho. Oremos.

3. Pelos cristãos de todas as denominações, para que crescen-do na unidade da fé, no amor fraterno e na solidariedade, sejam no mundo sinal da comunhão entre todos os povos. Oremos.

4. Pelos jovens, para que procurem sempre o Senhor Jesus, cresçam na amizade com Ele, o reconheçam nos pobres e, com alegria, dêem testemunho da Sua presença a todos, a começar pelos da sua idade. Oremos.

5. Pelos missionários que trabalham longe da sua pátria, para que Deus os proteja e os guarde de todos os perigos e sintam a presença amiga e solidária dos seus irmãos na fé. Oremos.

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6. Para que a Igreja seja no mundo um instrumento de diálogo entre povos, religiões e culturas, nada impondo, mas sem-pre propondo a pessoa de Cristo Salvador. Oremos.

Senhor nosso Deus, que enviastes ao mundo o vosso Filho para

que ninguém se perca, concedei-nos a graça de acolher a Sua Palavra e viver com alegria a nossa vocação missionária, na Igreja e no mundo. Por Nosso Senhor...

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O olhar da Fé sobre a Pobrezae o Desenvolvimento

O ano de 2010 revela-se sem dúvida um ano marcante para o combate contra a pobreza extrema no Mundo e muito em concreto no nosso país: assinalamos o Ano Europeu contra a Pobreza e Exclusão Social; celebramos os 10 anos da Declaração do Milénio das Nações Unidas sobre o combate à pobreza extre-ma; e recebemos a visita do Papa Bento XVI a Portugal, ocasião forte de reflexão e inspiração para a intervenção social, já ini-ciada em 2009 com a sua Encíclica “Caridade na Verdade”. Três exemplos de inicia�vas que apelam à acção conjunta, acção em comunhão, por um mesmo objec�vo: o desenvolvimento huma-no integral.

Num Mundo cada vez mais interdependente, o grande de-safio que se coloca à globalização é precisamente transformar essa interdependência em interacção. Para que esta mudança se dê a nível global, essa transformação tem de acontecer a nível local e pessoal. O tema do desenvolvimento dos povos está in�-mamente ligado com o do desenvolvimento de cada indivíduo.1

Da visita de Bento XVI a Portugal2: O cristão, mais do que preocupar-se com as estruturas e programas eclesiais, deve concentrar-se em ser uma presença irradiante da perspec�va evangélica no meio do mundo, da família, na cultura, na econo-mia, na polí�ca…façamos nosso o es�lo do bom samaritano…ao aproximar-nos das situações carentes de ajuda fraterna. E qual é esse es�lo? «É “um coração que vê”. Este coração vê onde há necessidade de amor e actua em consequência» (Bento XVI, Enc. Deus Caritas Est, 31).

É com este “olhar do coração” que somos chamados a re-flec�r e a intervir na luta contra pobreza, porque é esse olhar que nos permite ir para além das realidades que vemos, das es-ta�s�cas, dos números, das metas que construímos e que mui-tas vezes falham e nos levam ao desânimo que pode cortar a nossa acção. Um olhar de Amor e de Verdade que permite ver

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com maior lucidez as causas da pobreza e consequentemente intervir da melhor forma.

É também este olhar que deve pautar e diferenciar a ac-tuação da Rede Fé e Desenvolvimento rela�vamente às muitas outras organizações e inicia�vas da sociedade civil em prol do desenvolvimento. A Rede Fé e Desenvolvimento é uma inicia�va que a FEC lançou em 2009 em parceria com a Campanha do Mi-lénio das Nações Unidas, que pretende contribuir para a sensibi-lização da sociedade civil para as questões do desenvolvimento global através da acção mul�plicadora de grupos/ movimentos da Igreja Católica em Portugal. Em Abril passado aconteceu o 1º Encontro Nacional da rede, onde es�veram representados 15 movimentos/ grupos de 12 Dioceses diferentes. Ficou a vontade de aprofundar esta iden�dade da Fé ao serviço do Desenvolvi-mento, consolidando esta plataforma de par�lha e de mobiliza-ção. Intervir com mais força e determinação na sociedade é o horizonte que o Papa nos abre e que queremos agarrar.

Porque é deste olhar cristão que os Objec�vos de Desen-volvimento do Milénio (ODM)3 necessitam, agora que faltam 5 anos para o seu cumprimento, assumido em 2000 por 189 chefes de Estado e de Governo, entre os quais Portugal. Passados dez anos desde que se iniciou o processo de consecução dos ODM, o Secretário Geral da ONU Ban Ki Moon apela ao estabelecimento de um novo “pacto”, não só entre os governos, mas entre todas as partes interessadas, desafiando os países desenvolvidos e em desenvolvimento, os actores da sociedade civil, as empresas privadas, as ins�tuições filantrópicas e o sistema mul�lateral a procurarem u�lizar os seus recursos da melhor maneira possível, agindo “eficiente, eficaz e colec�vamente numa oportunidade única de reforçar os esforços colec�vos e as parcerias no período até 2015”.

Todos os dias se revelam como oportunidades únicas de marcar a diferença. Que este Mês Missionário, seja também uma oportunidade única de reflec�r e agir, a par�r da Fé e com cria�vidade, pelo cumprimento dos Objec�vos de Desenvolvi-mento do Milénio, assinalando também o Ano Europeu contra a Pobreza e Exclusão Social. Através da Rede Fé e Desenvolvimento

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é possível aprofundar estes temas (recursos (in)forma�vos) e par�cipar em acções concretas de sensibilização/ mobilização, assim como encontrar diversos exemplos de acções/ projectos já implementados pelos parceiros envolvidos. Para mais informação, consultar www.redefedesenvolvimento.org. Para se inscrever na Rede e/ ou receber mais informações contactar Margarida Alvim, [email protected].

–––––––––––––––––––––––––1 Caritas in Veritate, nº682 Lisboa e Encontro com a Pastoral Social3 8 grandes objec�vos de luta contra a pobreza no Mundo assumidos

em 2000 na Cimeira do Milénio

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“Uma aparente debilidade que é força” desafios à Missão que Bento XVI

deixou a Portugal

A responsabilidade missionária dos portugueses ao longo dos séculos começou por ser valorizada logo a bordo do avião papal, quando - ao falar com os jornalistas no voo Roma-Lisboa – o Santo Padre se referiu a Portugal como “uma grande força da fé católica, que levou esta fé a todas as partes do mundo; uma fé corajosa, inteligente e cria�va que soube criar uma grande cultura”. O mesmo fez, horas depois, na homilia do Terreiro do Paço, ao recordar a grandeza dos que, em tempos passados, sem destruir os vínculos da fé e da sua iden�dade, souberam trans-plantar experiências e par�cularidades, abrindo-se ao contributo dos outros, para serem eles próprios, “em aparente debilidade que é força”. Neste contexto, o Papa pediu que Portugal leve à Europa, “o contributo da vossa iden�dade cultural e religiosa”. Este paradoxo viria a ser desenvolvido ao longo dos quatro dias da visita pastoral.

Mas, como é que um país tão pequeno e cheio de problemas se pode tornar referência para a Europa e para o mundo? Só a par�r da certeza de que Cristo está presente, explicou o Papa em Lisboa: “Cristo não está a dois mil anos de distância, mas está realmente presente entre nós e dá-nos a Verdade, dá-nos a luz que nos faz viver e encontrar a estrada para o futuro”. Ora, é desta certeza que brota a missão. Por isso, o alerta do Papa: “Colocou-se uma confiança talvez excessiva nas estruturas e nos programas eclesiais, na distribuição de poderes e funções; mas que acontece se o sal se tornar insípido? Para isso, é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cris�anismo, fulcro e susten-táculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano.”

O testemunho da fé é pois fundamental, “mas é preciso que

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esta fé se torne vida em cada um de nós”, pediu o Papa em Lisboa. O mesmo insis�u em Fá�ma, na Capelinha: “No nosso tempo em que a fé, em vastas zonas da terra, corre o risco de apagar-se como uma chama que já não recebe alimento, a prioridade que está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus”. Assim, “não tenhais medo de falar de Deus e de ostentar sem vergonha os sinais da fé, fazendo resplan-decer aos olhos dos vossos contemporâneos a luz de Cristo”.

No dia seguinte, Bento XVI deixou vários alertas contra os efeitos da cultura dominante e do secularismo que tantas vezes nos desviam (a nós e à própria Igreja) do essencial da fé. E foi sobretudo na cidade do Porto, que o Papa volta a pedir testemu-nhas: “Na realidade, se não fordes vós as testemunhas no próprio ambiente, quem o será em vosso lugar?” A urgência de comunicar esta certeza é pois um mandato, mas sempre a par�r do próprio Cristo. “Quanto tempo perdido, quanto trabalho adiado por inad-vertência deste ponto! Tudo se define a par�r de Cristo, quanto à origem e eficácia da missão”, lembrou o Papa.

É assim que devemos ir ao encontro dos outros. Apesar do actual contexto ser totalmente diferente do que era o dos nossos antepassados: “o campo da missão ad gentes apresenta-se hoje notavelmente alargado e não definível apenas segundo conside-rações geográficas; realmente aguardam por nós não apenas os povos não cristãos e as terras distantes, mas também os âmbitos sócio-culturais e, sobretudo, os corações que são os verdadeiros des�natários da ac�vidade missionária do povo de Deus”.

O mandato está-nos confiado. Saibamos agora corresponder à confiança depositada... sem medo desta “aparente debilidade” que, afinal, “é força”!

Aura Miguel (Jornalista da Rádio Renascença)

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A Igreja não pode subtrair-se à ac�vidade missionária, que adquire uma singular urgência nestes tempos. Quem verdadeiramente encontrou Cristo não pode guardá-lO para si; tem de O anunciar. A contemplação de Cristo é dinâmica e impele-nos à Missão, que é anúncio jubiloso de um dom, des�nado a todos. Os cristãos têm de passar, quanto antes, do “consumo religioso” à “produção Evangélica” e têm de fazer, urgentemente, uma escolha: missão ou demissão!

Consciente disto, o Sr. Bispo do Porto, D. Manuel Cle-mente, propôs o ano 2010 como o ano da Missão para toda a Diocese, pois “a vida da Igreja apenas progride na retomada franca e generosa da Missão”, afirma.

Não é propriamente uma Missão para a Diocese que o nosso Bispo pretende, mas uma Diocese em Missão; não é um tempo de excepção para terminar e tudo con�nuar como dantes, mas uma permanência na consciência e na dinâmica que a todos incumbe.

No fundo, o que se quer é que cada um e todos sejam cria�vos e ousem ir mais longe na dinâmica da Missão. É isto que transparece das palavras de D. Manuel Clemente, quando diz: “O nosso horizonte próximo será necessariamen-te a missão. A Igreja existe para evangelizar, traduzindo em cada tempo e circunstância o discurso de Cristo na sinagoga de Nazaré. E convém-lhe muito que evangelize, não só para servir o mundo, mas até para de algum modo se legi�mar e garan�r. Estou certo de que o resultado da Missão de-penderá essencialmente da cria�vidade de cada Paróquia

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e realidade eclesial, olhando para o seu espaço próprio e seleccionando objec�vos específicos de evangelização, com “novo ardor, novos métodos e novas expressões”, para que Jesus Cristo seja mais conhecido e mais anunciado…Ten-taremos que todas as comunidades da Diocese do Porto (paróquias, ins�tutos religiosos e seculares, movimentos e associações) se projectem quanto possam no anúncio evangélico aos diferentes meios, territoriais e outros, com cria�vidade e entusiasmo acrescidos… é urgente evangelizar! Urgente evangelizar o meio envolvente, que tanto ganhará no reencontro com o Evangelho de Cristo! Urgente evange-lizar a cultura e evangelizar na cultura, para que os diversos sectores e ambientes se refresquem na água viva do Espírito! Urgente incen�var o testemunho laical, da família à escola, da escola à profissão, da prisão ao hospital, ao tempo livre até, para que realmente liberte”.

Que Cristo, o Missionário do Pai, recompense o Sr. D. Manuel Clemente, o Pastor que em boa hora escolheu para a Sua Igreja que está no Porto, pela lucidez que teve para perceber a urgência da Missão e dê a todos os consagrados e fiéis leigos da Diocese do Porto a consciência da perma-nente validade do mandato missionário, e faça de todos a face visível da fecundidade missionária da Igreja, a fim de que a Diocese do Porto possa aurir forças para um novo ímpeto apostólico e aconteça em todas as comunidades no ano 2010, e para além dele, o que se diz no hino da missão: “do Antuá ao Ave e do Mar ao Marão, a Diocese inteira re-nova-se em Missão”.

Que assim seja pelo empenhamento de todos, pela for-ça do Espírito e pela graça de Cristo, o Missionário do Pai.

P. António Almiro Mendes

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VIGÍLIA MISSIONÁRIA

�COMO EU VOS FIZ, FAZEI VÓS TAMBÉM�

(De acordo com o espaço onde se realiza a vigília, pode estar no centro ou no altar um globo ou mapa-mundo, a par�r do qual saem cinco faixas ou fitas das cores dos cinco con�nentes, onde junto de cada fita se colocarão cinco símbolos missionários num momento oportuno – ver mais à frente no guião e o esquema abaixo)

Cân�co de entrada

Presidente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.Assembleia: Ámen.

O Presidente dá as boas vindas à Assembleia e convida todos à oração, escutando o chamamento que Deus faz a cada um dos presentes.

INTRODUÇÃO

Caros amigos par�cipantes da vigília, como é belo con�nuar a escutar, pelo mundo fora, o pedido que há 2000 anos atrás, alguns gregos, dirigiram ao apóstolo Filipe de que “Queremos ver Jesus (Jo 12, 21)”.

Este grito, que ecoa no seio da civilização, deve recordar, a cada um de nós, o compromisso que compete a toda a Igreja “missionária por sua própria natureza”(Ad Gentes, 2), do anúncio evangélico da morte e ressurreição de Cristo.

Anúncio que feito com “vigor e alegria”, mostra ao mundo que “entre tantos modos de viver (…) só seguindo Jesus é que se encontra o verdadeiro sen�do da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e duradoura”.

Para isso é preciso, como nos diz o Papa Bento XVI na sua mensagem para este dia mundial das missões, “uma fé adulta, capaz de se confiar totalmente a Deus com a�tude filial, alimenta-da pela oração, pela meditação da Palavra de Deus e pelo estudo das verdades da fé”.

Cor Verde Vermelho Amarelo Azul Branco

Con�nente África América Ásia Oceania Europa

Símbolo Pão Uvas Vela Sal Bíblia

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É dever de cada um de nós tornar “Deus presente neste mun-do e abrir aos homens o acesso a Deus”. “O cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Cristo enviado ao mundo”.

Numa época em que a Igreja é chamada a enfrentar tantos desafios novos é imperioso que cada um de nós assuma como sua a missão ao serviço da Verdade.

Ser sinal de esperança, no mundo, sinal do amor de Deus é um desafio que nos é lançado, todos os dias. Quem vive o Amor de Cristo na sua vida, não pode calar-se, guardá-lo com exclusividade nem ficar quieto no seu canto.

É urgente par�r de si mesmo e ir ao encontro de todos os nossos irmãos, principalmente daqueles que se encontram em situações de maior fragilidade, quer económica, quer espiritual. É urgente con�nuar a levar o Evangelho a locais onde nunca se ouviu falar de Cristo.

Que a beleza da Palavra, como nosso modelo de vida, seja capaz de nos levar ao compromisso de “promover um novo hu-manismo, fundamentado no Evangelho de Jesus”. Evangelho que tem no Amor a essência para a transformação do mundo.

(Texto com citações re�radas dos vários discursos da visita do Papa Bento XVI em Portugal e da mensagem para o dia mundial das missões)

Missão é par�r...

“Missão é par�r, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. É parar de dar a volta ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mundo e da vida. E não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a Humanidade é maior. Missão é sempre par�r, mas não devorar quilómetros. É sobretudo abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los. E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar nos céus, então missão é par�r até aos confins o mundo.”

Dom Hélder da Câmara

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LEITURA 1: Jo 15, 9-17 – CÂNTICO

LEITURA 2: Jo 10, 11-14 – CÂNTICO: Aleluia

EVANGELHO: Lc 5, 1-11 – Reflexão

GESTO SIMBÓLICO(Cada leitor lê uma prece, enquanto uma pessoa leva o símbolo e o coloca em cima

da faixa correspondente à cor do con�nente).

Presidente: Ergamos a nossa voz a Deus Pai, que nos enviou o seu Filho para servir e não para ser servido, para que fortaleça o nosso coração ao próximo, e digamos:

Todos: Eis-me aqui, Senhor.

1. Pelos nossos irmãos de África, con�nente rico de valores, mas oprimido pelas guerras e pela pobreza, para que lhes possa ser levado o verdadeiro Pão, que é Jesus, que nos sacia e fortalece a nossa alma. Oremos Irmãos:


2. Pelos nossos irmãos da América, terra de muito entu-siasmo e de grandes ideais. Para que recordem o sacri�cio de Jesus com estas Uvas, fruto do trabalho do homem e símbolo do Sangue derramado de Jesus. Oremos Irmãos:


3. Pelos nossos irmãos da Ásia, terra das grandes religiões. Suscitai nos missionários que lá evangelizam um forte amor ao di-álogo. Que esta Vela, símbolo da Luz, os ilumine na busca do Deus Uno, para que consigam caminhar juntos na descoberta do Deus verdadeiro e na construção do Seu Reino. Oremos Irmãos:


4. Pelos nossos irmãos da Oceânia, terra de muitas ilhas, de muitos povos, de belezas e de encantos. Que a Boa Nova semeada pelos missionários produza frutos de fraternidade e de paz, e para que estes possam ser o Sal da terra. Oremos Irmãos:


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5. Pelos nossos irmãos da Europa, para que não nos esque-çamos dos valores espirituais, e con�nuemos a grande missão de Evangelizar e de ajudar os con�nentes ainda mais carentes de Pão e de Evangelho. Oremos Irmãos:


Testemunho missionário

Entrega de um símbolo à assembleia(Enquanto se canta, duas pessoas distribuem uma pequena pagela em forma de mãos, simbolizando as Mãos de Missão, com uma mensagem)

PAI NOSSO MISSIONÁRIO

Pai NossoPai dos seis biliões de pessoas que povoam a terra inteira. Que estais nos céusNa nossa família,No nosso país, e em todo o mundo.

San�ficado seja o vosso nomeSobretudo na pessoa dos mais pobresE dos mais abandonados. Venha a nós o vosso reino E aos irmãos dos cinco con�nentesSobretudo os que não vos conhecem.

Seja feita a vossa vontade assim na terra como no CéuPara que todos vivam na jus�ça,Na paz e no amorE sigam pelo caminho da verdade.

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O pão nosso de cada dia nos dai hojeÀs ví�mas da fome e do ódio, da violência e da guerra,Da miséria e da perseguição,Da exclusão e da injus�ça,Do analfabe�smo e do abandono, da droga e do álcool,Do desespero e da falta de sen�do para a vida. Perdoai-nos as nossas ofensasAssim como nós perdoamosA que nos tem ofendidoMesmo a quem nos fez mal,Nos odeia e nos persegue. E não nos deixeis cair em tentaçãoDe cruzar os braços diante dos problemasPor egoísmo, por medo ou por cansaço.

Mas livrai-nos do malSobretudo de esquecer ou ignorarO vosso apelo missionárioDe amar e servir todas as pessoas. Ámen.

ENVIO DA ASSEMBLEIA E BÊNÇÃO FINAL

Oração de Envio

Que o Amor do Pai seja a nossa forçaQue cada um de nós parta reforçado com a Alegriado EvangelhoQue os nossos pés nos levem até cada irmãoQue as nossas palavras sejam de consolo e esperançaQue os nossos gestos sejam de par�lha generosa Que a Palavra seja sempre o nosso modelo de Vida

BENÇÃO E CÂNTICO FINAL

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ROSÁRIO MISSIONÁRIO

MISTÉRIOS DA ALEGRIA (gozosos)

(Segundas e Sábados)

1.º Mistério

A Anunciação do Anjo a Maria. (Lc 1, 26-33, 38)

Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria.

Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está con�go.» Ao ouvir estas palavras, ela per-turbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Al�ssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.»

Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo re�rou-se de junto dela.

Com o Papa Bento XVI meditemos:

“O Anjo da anunciação saudou Maria como «cheia de graça», significando com esta expressão que o seu coração e a sua vida estavam totalmente abertos a Deus e, por isso, completamente invadidos pela sua graça”.

(Bento XVI no Porto)

Que Maria nos ajude a dizer um «sim» livre e pleno à graça de Deus.

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2º MistérioA Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel. (Lc 1, 39-47, 56)

Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a monta-nha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e sau-dou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulhe-res e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de � que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»

Maria disse, então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa”.

O Papa Bento XVI convida-nos:

“As vossas ac�vidades assistenciais, educa�vas ou carita�vas sejam completadas com projectos de liberdade que promovam o ser humano, na busca da fraternidade universal. Aqui se situa o urgente empenhamento dos cristãos na defesa dos direitos humanos, preocupados com a totalidade da pessoa humana nas suas diversas dimensões.”

(Bento XVI às Organizações da Pastoral Social – Fá�ma)

Com Maria saibamos concre�zar este mandato.

3º MistérioO Nascimento de Jesus no presépio de Belém. (Lc 2, 1-7)

“Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra.

Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida.

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E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria”.

O Papa Bento XVI revela-nos que:

“Quem aprende de Deus Amor será inevitavelmente pessoa para os outros”.

“Unidos a Cristo na sua consagração ao Pai, somos toma-dos pela sua compaixão pelas mul�dões que pedem jus�ça e solidariedade”.

(Bento XVI às Organizações da Pastoral Social – Fá�ma)

Que Jesus Menino nos ensine a sermos sinais de amor e compaixão de Deus Pai.

4º MistérioA Apresentação do Menino Jesus no Templo. (Lc 2, 22-24)

Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o pri-mogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacri�cio, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.

Papa Bento XVI apresenta-nos:

“Hoje a Igreja é chamada a enfrentar desafios novos e está pronta a dialogar com culturas e religiões diversas, procurando construir juntamente com cada pessoa de boa vontade a pacífica convivência dos povos”.


Rezemos para que o diálogo inter-religioso seja uma reali-dade na vida da Igreja e do mundo.

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5º MistérioO Encontro do Menino Jesus no Templo, entre os Doutores.

(Lc 2, 41-47)

“Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa. Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o sou-bessem. Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura.

Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas”.

Refere-nos Bento XVI:

“Somos chamados a servir a humanidade do nosso tempo, confiando unicamente em Jesus, deixando-nos iluminar pela sua Palavra: «Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e des�nei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15, 16).”


Oremos por todos os que dão testemunho de Cristo do nosso tempo, entregando as suas vidas pela Missão Comum da Igreja.

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MISTÉRIOS DA LUZ (luminosos)(Quinta-feira)

1.º Mistério O Bap�smo de Jesus no Rio Jordão. (Mt 3, 13-17)

“Então, veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser bap�zado por ele. João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser bap�zado por �, e Tu vens a mim?» Jesus, po-rém, respondeu-lhe: «Deixa por agora. Convém que cumpramos assim toda a jus�ça.» João, então, concordou.

Uma vez bap�zado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.»“

Meditemos com os Pastorinhos:

Os Pastorinhos tornaram-se “enamorados de Deus em Jesus a ponto da Jacinta exclamar: «Gosto tanto de dizer a Jesus que O amo. Quando Lho digo muitas vezes, parece que tenho um lume no peito, mas não me queimo». O Francisco dizia «do que gostei mais foi de ver a Nosso Senhor, naquela luz que Nossa Senhora nos meteu no peito. Gosto tanto de Deus!»

(Memórias da Irmã Lúcia)

Tal como os Pastorinhos aprendamos a amar a Deus sobre todas as coisas, deixando-nos enamorar pela Sua presença amorosa.

2º MistérioA Revelação de Jesus nas Bodas de Caná. (Jo 2, 1-11)

Então, veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser bap�zado por ele. João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser bap�zado por �, e Tu vens a mim?» Jesus, po-rém, respondeu-lhe: «Deixa por agora. Convém que cumpramos assim toda a jus�ça.» João, então, concordou.

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Uma vez bap�zado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.»“

O Papa João Paulo II diz-nos:

“Na vida de Francisco “dá-se uma transformação que po-deríamos chamar radical; uma transformação certamente não comum em crianças da sua idade. Entrega-se a uma vida espiritual intensa, que se traduz em oração assídua e fervorosa, chegando a uma verdadeira forma de união mís�ca com o Senhor.”

(João Paulo II, em Fá�ma, 2000)

Que os Pastorinhos, intercedam por nós para que seja-mos Cristãos atentos à presença de Deus na sociedade onde vivemos.

3º MistérioO Anúncio do Reino de Deus. Um convite à conversão

(Mt 4, 12-17, 23)

Tendo ouvido dizer que João fora preso, Jesus re�rou-se para a Galileia.

A par�r desse momento, Jesus começou a pregar, dizendo: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu.»

Depois, começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades.

O Papa João Paulo II par�lhou:

“A pequena Jacinta […], oferecendo-se heroicamente como ví�ma pelos pecadores […] podia exclamar com São Pau-lo: «Alegro-me de sofrer por vós e completo em mim própria o que falta às tribulações de Cristo, em bene�cio do seu Corpo, que é a Igreja» (Col 1, 24).”

(João Paulo II em Fá�ma, 2000)

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Que no centenário do nascimento da Jacinta, aprendamos como ela a converter o nosso coração a Cristo não tendo vergo-nha de O mostrar claramente ao nosso mundo.

4º MistérioA Transfiguração de Jesus no Monte Tabor. (Lc 9, 28-36)

Levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar. Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, os quais, aparecen-do rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém.

Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, des-pertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para �, uma para Moisés e outra para Elias.» Não sabia o que estava a dizer. Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto. Escu-tai-o.»

Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que �nham visto.

Sobre a vida cristã dos Pastorinhos, D. José Saraiva Mar�ns diz-nos que Desde a Aparição da San�ssima Mãe de Deus, na Cova de Iria em 1917, “os servos de Deus não �veram outro desejo a não ser fazer em tudo a vontade de Deus e contribuir para a salvação das almas e para a paz no mundo, pela oração e penitência.”

Que os beatos Francisco e Jacinta intercedam junto de Deus e Maria San�ssima pelo Papa (N) e pela Igreja.

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5º MistérioA Úl�ma Ceia de Jesus com os Apóstolos e a Ins�tuição da

Eucaris�a. (Lc 22, 14-20)

Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes: «Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.» Toman-do uma taça, deu graças e disse: «Tomai e repar� entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.» Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, par�u-o e distribuiu-o por eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.» Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.»

Com a Irmã Lúcia de Jesus meditemos:

“O Francisco era de poucas palavras; e para fazer a sua oração e oferecer os seus sacri�cios, gostava de se ocultar até da Jacinta e de Mim. […] Gostava mais de consolar Nosso Senhor […] Eu fico aqui na Igreja junto de Deus escondido.”

(Memórias da Irmã Lúcia)

Com o Francisco rezemos pelas crianças de todo o mundo, para que aprendam e sejam amigas de Jesus.

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MISTÉRIOS DA DOR (dolorosos)(Terças e Sextas)

1.º Mistério Oração e Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras.

(Mt 26, 36-39)

“Entretanto, Jesus com os seus discípulos chegou a um lugar chamado Getsémani e disse-lhes: «Sentai-vos aqui, enquanto Eu vou além orar.» E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angus�ar-se. Disse-lhes, então: «A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai comigo.»

E, adiantando-se um pouco mais, caiu com a face por terra, orando e dizendo: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. No entanto, não seja como Eu quero, mas como Tu queres.»”

Diz-nos o Papa Bento XVI

“Permi� abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocupação de todo o cristão, nomeadamente da pessoa con-sagrada e do ministro do Altar, há-de ser a fidelidade e lealdade à própria vocação como discípulo que quer seguir o Senhor. A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo Sacerdote.”

(Bento XVI, Vésperas – Fá�ma)

Rezemos pela fidelidade de todos os ministros do Altar.

2º MistérioA Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 27, 24-26)

“Pilatos, vendo que nada conseguia e que o tumulto au-mentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos na presença da mul�dão, dizendo: «Estou inocente deste sangue. Isso é convosco.» E todo o povo respondeu: «Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!» Então, soltou-lhes Bar-

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rabás. Quanto a Jesus, depois de o mandar flagelar, entregou-o para ser crucificado.

O Papa Bento XVI revela a todos os missionários:

“Tudo se define a par�r de Cristo, quanto à origem e à efi-cácia da missão: a missão recebemo-la sempre de Cristo, que nos deu a conhecer o que ouviu a seu Pai, e somos nela inves�dos por meio do Espírito na Igreja. Como a própria Igreja, obra de Cristo e do seu Espírito, trata-se de renovar a face da terra a par�r de Deus, sempre e só de Deus!”


Oremos por todos os missionários, par�cularmente pelos que se encontram em missão de fronteira.

3º Mistério

A Coroação de espinhos. (Mt 27, 27-31)

“Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretó-rio e reuniram toda a coorte à volta dele. Despiram-no e envolve-ram-no com um manto escarlate. Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante dele, escarneciam-no, dizendo: «Salve! Rei dos Judeus!» E, cuspindo-lhe no rosto, agarravam na cana e ba�am-lhe na cabeça. Depois de o terem escarnecido, �raram-lhe o manto, ves�ram-lhe as suas roupas e levaram-no para ser crucificado.”

O Papa Bento XVI refere:

“Queridos consagrados e consagradas, com o vosso em-penho na oração, na ascese, no progresso da vida espiritual, na acção apostólica e na missão, tendeis para a Jerusalém Celeste, antecipais a Igreja escatológica, firme na posse e contemplação amorosa de Deus-Amor. Como é grande, hoje, a necessidade deste testemunho!”

(Bento XVI, Vésperas, Fá�ma)

Rezemos por todos os Consagrados para que sejam fieis ao convite de Jesus na radicalidade da Sua consagração.

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4º MistérioJesus a caminho do Calvário. (Jo 19, 17-18)

“Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota, onde O crucificaram, e com Ele outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio.”

O Papa Bento XVI diz-nos:

“Queridos irmãos e irmãs, adorai Cristo Senhor em vossos corações (cf. 1 Ped 3, 15)! Não tenhais medo de falar de Deus e de ostentar sem vergonha os sinais da fé, fazendo resplandecer aos olhos dos vossos contemporâneos a luz de Cristo, tal como a Igreja canta na noite da Vigília Pascal que gera a humanidade como família de Deus.”

(Bento XVI, Rosário – Fá�ma)

Rezemos por todas as famílias para que se sintam corres-ponsáveis no projecto humano e cristão dos seus filhos, não tendo medo de lhes apresentar Jesus Cristo.

5º MistérioA Crucificação e Morte de Jesus. (Jo 19, 25-30)

Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse: «Tenho sede!»

Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consu-mado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

Bento XVI diz-nos:

“O cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Cristo enviado ao mundo. Esta é a missão inadiável de cada comunidade

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eclesial: receber de Deus e oferecer ao mundo Cristo ressuscitado, para que todas as situações de definhamento e morte se trans-formem, pelo Espírito, em ocasiões de crescimento e vida.”


Que os Cristãos conscientes da sua missão sejam um con-�nuo anúncio do amor de Deus na sociedade.

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MISTÉRIOS DA GLÓRIA (gloriosos)

(Quartas e Domingos)

1.º Mistério

A Ressurreição de Jesus Cristo. (Mt 28, 1- 6, 8-10)

“Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da sema-na, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro. Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela. O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve. Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos. Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou, como �nha dito.

Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a no�cia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele. Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»“

Meditemos com o Papa Bento XVI

“Quando no sen�r de muitos a fé católica deixa de ser pa-trimónio comum da sociedade e, frequentemente, se vê como uma semente insidiada e ofuscada por «divindades» e senhores deste mundo, muito dificilmente aquela poderá tocar os corações graças a simples discursos ou apelos morais e menos ainda a ge-néricos apelos aos valores cristãos. O apelo corajoso e integral aos princípios é essencial e indispensável; todavia a mera enunciação da mensagem não chega ao mais fundo do coração da pessoa, não toca a sua liberdade, não muda a vida. Aquilo que fascina é sobretudo o encontro com pessoas crentes que, pela sua fé, atraem para a graça de Cristo dando testemunho d’Ele.”

(Bento XVI aos Bispos, em Fá�ma)

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Que em África, berço da humanidade, a ressurreição de Jesus seja um mo�vo de esperança e de liberdade interior de todos os povos.

2º MistérioA Ascensão de Jesus ao Céu. (Mc 16, 19-20)

“Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arreba-tado ao Céu e sentou-se à direita de Deus. Eles, par�ndo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirman-do a Palavra com os sinais que a acompanhavam.”

Diz-nos o Papa Bento XVI:

“Os portadores de um carisma par�cular devem sen�r-se fundamentalmente responsáveis pela comunhão, pela fé comum da Igreja e devem submeter-se à guia dos Pastores. São estes que devem garan�r a eclesialidade dos movimentos. Os Pastores não são apenas pessoas que ocupam um cargo, mas eles próprios são carismá�cos, são responsáveis pela abertura da Igreja à acção do Espírito Santo.”

(Bento XVI aos Bispos, em Fá�ma)

Que os povos Americanos, colocando os olhos em Cristo, se sintam mensageiros da Boa Nova da ressurreição junto dos marginalizados e excluídos da sociedade.

3º MistérioA descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo. (Act 1, 14; 2, 1.3-4)

“Todos unidos pelo mesmo sen�mento, entregavam-se assiduamente à oração, com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.

Quando chegou o dia do Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar.

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar ou-tras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem.

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Bento XVI par�lha:

“Tive a alegria e a graça de ver como, num momento de fadiga da Igreja, num momento em que se falava de «inverno da Igreja», o Espírito Santo criava uma nova primavera, fazendo despertar nos jovens e adultos a alegria de serem cristãos, de viverem na Igreja que é o Corpo vivo de Cristo. Graças aos caris-mas, a radicalidade do Evangelho, o conteúdo objec�vo da fé, o fluxo vivo da sua tradição comunicam-se persuasivamente e são acolhidos como experiência pessoal, como adesão da liberdade ao evento presente de Cristo.”

(Bento XVI aos Bispos em Fá�ma)

Que cada cidadão Europeu, aberto ao Dom do Espírito, se deixe transformar pela Palavra, sendo anúncio, testemunha e construtor da civilização do amor.

4º MistérioA Assunção de Nossa Senhora ao Céu. (1 Cor 15, 20-23)

“Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que mor-reram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. E, como todos morrem em Adão, assim em Cristo todos voltarão a receber a vida. Mas cada um na sua própria ordem: primeiro, Cristo; depois, aqueles que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.”

O Papa Bento XVI testemunha:

“As pessoas clamam pela Boa Nova de Jesus Cristo, que dá sen�do às suas vidas e salvaguarda a sua dignidade. Como pri-meiros evangelizadores, ser-vos-á ú�l conhecer e compreender os diversos factores sociais e culturais, avaliar as carências espirituais e programar eficazmente os recursos pastorais; decisivo, porém, é conseguir inculcar em todos os agentes evangelizadores um verdadeiro ardor de san�dade, cientes de que o resultado provém sobretudo da união com Cristo e da acção do seu Espírito.”

(Bento XVI aos Bispos em Fá�ma)

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Orando com os povos da Ásia e conscientes do mandato do Senhor “que todos sejam um só rebanho e um só pastor”, rezemos com Maria pela unidade de todos os povos.

5º MistérioA Coroação de Nossa Senhora, como Rainha do Céu

e da Terra. (Ap 12, 1)

Depois, apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher ves�da de Sol, com a Lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça.

O Papa João Paulo II testemunha: “A Igreja tem necessidade sobretudo de grandes correntes,

movimentos e testemunhos de san�dade entre os fiéis, porque é da san�dade que nasce toda a autên�ca renovação da Igreja, todo o enriquecimento da fé e do seguimento cristão, uma reac-tualização vital e fecunda do cris�anismo com as necessidades dos homens, uma renovada forma de presença no coração da existência humana e da cultura das nações”

(XX aniversário da promulgação do Decreto conciliar

– Apostolicam Actuositatem, 1985)

Em comunhão com os povos da Oceânia, tenhamos pre-sente os “sem voz nem vez” para que também eles se sintam membros ac�vos da família cristã. Que Maria seja conforto com o Seu Amor maternal.

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VIA SACRA MISSIONÁRIA

Presidente: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Todos: Amen.

Oração Inicial

Somos convidados, nesta Via-Sacra a meditar na Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, Unindo a nossa oração a todos aqueles que, ao longo dos tempos, se deixaram desafiar pelas palavras de Jesus:“Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelhoa toda a criatura.” Mc 16, 15Peçamos ao Pai por todos os homens e mulheres que vivem e sofrem hoje sobre a terra, percorramos juntos o caminho da cruz, para chegar a contemplar com o olhar da fé a vitória da alegria sobre a angús�a, do Amor sobre o ódio, da Vida sobre a morte.

I ESTAÇÃO

JESUS É CONDENADO À MORTE

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó JesusR. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo.

Disse-lhes Pilatos: “Que hei-de fazer então de Jesus chamado Cristo?”. Eles responderam: “Seja crucificado!”. E ele acrescentou: “Mas que mal fez Ele?”. Eles então gritaram mais forte: “Seja crucificado!”. Então soltou-lhes Barrabás e, depois de ter feito flagelar Jesus, entregou-O aos soldados para que fosse crucificado (Mt 27,22-23.26).

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Meditação: Unidos a Cristo nos seus momentos de dor e sofrimento,

estejamos preparados para enfrentar todas as dificuldades da missão. Nelas encontraremos os espinhos que nos fortalecem quando ultrapassados com humildade e oração.

Os espinhos mais dolorosos e cruéis são por vezes os nossos receios e egoísmos. Mas com o exemplo de Jesus, que no calvário tudo suportou sem queixa alguma, sejamos capazes de superar todos os dias di�ceis da nossa jornada missionária e que as pedras do caminho sejam elas também exemplo de vida cristã fundada na força do Espírito.

II ESTAÇÃO

JESUS CARREGA A SUA CRUZ


Então os soldados do governador, levando Jesus para o Pre-tório, reuniram toda a corte. Despiram-n’O e puseram-Lhe uma capa escarlate e, tecendo, uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e uma cana na mão direita; e depois, enquanto se ajoelha-vam diante d’Ele, faziam troça, dizendo: “Salve, rei dos judeus!”. E cuspindo n’Ele, �raram-Lhe a cana e ba�am-Lhe com ela na cabeça. Depois, despiram-Lhe a capa escarlate, ves�ram-n’O com as suas vestes e levaram-n’O para 0 crucificar (Mt 27,27-31).

Meditação:Seguir Jesus implica carregar a nossa cruz todos os dias.

Cada um com aquela que lhe calhou suportar e levar através da sua jornada.

Quantos são aqueles que vivem sem te conhecer, sem sen�r a força e o poder da tua paz e do teu amor. Tu colocas nos teus missionários a esperança e tarefa de dar a conhecer o Rosto de Cristo para que todas as pessoas Te conheçam e tenham oportu-nidade de experimentar o dom da fé.

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Senhor, faz que saibamos carregá-la com amor, paciência e discernimento.

III ESTAÇÃO

JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ


Ele carregou os nossos sofrimentos, tomou sobre Si as nossas dores como alguém que merece cas�go, e é ferido por Deus e hu-milhado. Ele foi trespassado pelos nossos delitos, esmagado pelas nossas iniquidades. O cas�go que nos dá a salvação, caiu sobre Ele; por Suas feridas nós fomos curados. Todos nós andávamos errantes como um rebanho, seguindo cada qual o seu caminho; O Senhor fez cair sobre Ele a nossa iniquidade (Is 53,4-6).

Meditação:Mais di�cil, às vezes do que as nossas próprias quedas, é

aceitar as quedas dos outros que nos a�ngem e ser capazes de os perdoar e de aceitar as suas faltas.

Pai, ajuda-nos, pela simplicidade e humildade de coração a aceitar os irmãos com os seus erros e falhas, ensina-nos a perdoá-los quando nos a�ngem e marcam no coração.

Dá-nos a grandeza do perdão, do verdadeiro perdão mise-ricordioso ao jeito do Pai que recebe e se alegra com o regresso do seu filho pródigo.

Nos caminhos da Missão, que os irmãos se apoiem e mo�-vem mutuamente pela aceitação, perdão e com amor fraternal que nasce da oração e da paz de Jesus Cristo.

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IV ESTAÇÃO

JESUS ENCONTRA SUA MÃE


Simeão disse a Maria, sua mãe: “Eis que este menino vai ser mo�vo de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição, para que se revelem os pensamentos de muitos corações. Quanto a �, uma espada trespassará a tua alma”. Sua mãe conservava todas estas coisas em seu coração (Lc 2,34-35.51).

Meditação:Escutar o outro com atenção e desprendimento ao jeito de

Maria nossa mãe, é ser capaz da inteira disponibilidade para estar com os outros sem pressa, sem egoísmos, amando-os com amor maternal e sem limites até à entrega total e incondicional.

Santa Maria, Mãe protectora de todos os missionários, vela por nós!

V ESTAÇÃO

SIMÃO DE CIRENE AJUDA JESUS A LEVAR A SUA CRUZ


Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, de nome Simão e obrigaram-no a carregar a cruz de Jesus. (Mt 7,32)

Jesus disse aos Seus discípulos: “Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me” (Mt 16,24)

Meditação:Transportai o fardo uns dos outros, dividi as dificuldades,

subi à montanha apoiando-vos mutuamente e vereis que as difi-

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culdades da vida e da missão serão superadas com maior amor e carinho, dando frutos incomensuráveis abençoados por Deus.

Nos caminhos da missão, a par�lha e a inter-ajuda são essen-ciais para o sucesso da mesma. É na fraternidade que se constrói em fortaleza e cooperação a concre�zação das metas que nos propomos quando par�mos para a evangelização.

Pai, ajuda-nos a ter a abertura e a disponibilidade suficientes para amparar o irmão nos momentos fulcrais da sua caminhada, transmi�ndo-lhe com amor o apoio e força para suportar a sua cruz.

VI ESTAÇÃO

VERÓNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS


“Não tem aparência nem beleza para atrair o nosso olhar, nem simpa�a que nos leve a apreciá-l’O. Desprezado e rejeitado por todos, homem das dores, familiarizado com o sofrimento; como alguém diante do qual se esconde o rosto...” (Is 53,23).

Oiço o meu coração dizer:“Procurai a Minha face”; a Tua face, Senhor, eu procuro.

Não me escondas a Tua face! (SI 27,8-9) .

Meditação:Verónica encontrou Jesus e, ao seu jeito, procurou aliviar-

-lhe as penas do caminho, enxugando as gotas de sangue que escorriam pela sua Santa Face.

Que também nós encontremos alguém que nos ajude a ver melhor o Caminho, enxugando o nosso rosto do cansaço e aliviando as nossas dores com um sorriso terno e doce que dá força para con�nuar a jornada.

Por outro lado, saibamos aceitar os gestos simples dos ir-mãos que, aparentemente podem não significar muito, mas que são para eles a sua maneira de demonstrar o carinho e a gra�dão pelo trabalho desenvolvido no dia-a-dia da Missão.

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VII ESTAÇÃO

JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ


Eu sou o homem que conheceu a miséria sob a vara do seu furor. Ele me guiou e me fez andar nas trevas e não na luz... Mu-rou os meus caminhos com pedras lavradas, obstruiu as minhas veredas... Ele quebrou os meus dentes com cascalho, estendeu-me na cinza (Lm 3,1-2.9.16).

Não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas enfermidades, pois Ele mesmo foi provado em tudo como nós, excepto no pecado (Hb 4,15).

Meditação:Quantas quedas nos passam despercebidas e deixámos os

nossos irmãos no chão sem amparo e protecção. Às vezes, são os nossos vizinhos, ou os nossos irmãos, mas como a correria do dia-a-dia não nos deixa parar, nem estar atentos, seguimos em frente e deixamos os outros pelo caminho.

Ajuda-nos, ó Pai, a estar atentos às quedas dos nossos irmãos e a parar para os ajudar a levantar e a seguir em frente. Ajuda-nos a deixar os egoísmos e a ânsia do sucesso, para olharmos para o lado e nunca deixarmos ninguém para trás.

VIII ESTAÇÃO

JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM


Grande mul�dão O seguia, e as mulheres ba�am no peito e lamentavam-se por causa d’Ele. Jesus, porém, voltando-Se para as mulheres, disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis sobre Mim,

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mas antes sobre vós mesmas e sobre os vossos filhos. Dias virão em que se dirá: Felizes as estéreis cujas entranhas nunca deram à luz e cujos seios nunca amamentaram. Pois se tratam assim o lenho verde, o que acontecerá com o seco?” (Lc 23,27-29.31).

Meditação:Ó Deus, Pai omnipotente, que nos pedes que levemos o Teu

amor a todos os povos, ajuda-nos a aceitar as diferenças e a fazer delas a maior riqueza da comunhão fraternal.

No meio de culturas diferentes e tradições diversas, que o nosso olhar esteja desperto para valorizar todos os aspectos que nos unem e nos enriquecem pela par�lha e aceitação desta diferença.

IX ESTAÇÃO

JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ


É bom que o homem carregue o seu jugo desde a juventude. Que esteja sozinho e fique calado, quando a desgraça cai sobre ele; que ponha a sua boca no pó; talvez haja esperança; que dê a cara a quem o fere até se fartar de insultos, porque o Senhor não o rejeitará para sempre... Embora cas�gue, também terá piedade segundo a Sua grande misericórdia (Lm 3,27-32) .

Meditação:Aos irmãos caídos pelo caminho, sejamos capazes de ofe-

recer nosso amparo e fortaleza, vendo neles a presença de Jesus crucificado e nas suas mágoas as feridas da flagelação.

Que sejamos fonte de ternura e amor para cada um e nos disponhamos a cuidar deles com total disponibilidade e amor fraternal, seguros de que é a Cristo quem estamos a acolher e a amar.

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X ESTAÇÃO

JESUS É DESPOJADO DAS SUAS VESTES


Depois de crucificarem Jesus, os soldados dividiram em qua-tro as suas vestes, ficando cada um com a sua parte. Deixaram de lado a túnica. Era uma peça única e sem costura. Por isso disseram entre si: “Não a rasguemos, mas �remo-la à sorte para ver com quem fica”. Assim se cumpria a Escritura: “Repar�ram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica”.

(Jo 19,23-24)

Meditação:Quantas pessoas vivem despojadas da sua própria dignidade

e humilhadas por aqueles que se julgam melhores pessoas e se sentem na posição de cri�car e julgar.

Que nós, cristãos, saibamos abster-nos da crí�ca fácil e dos juízos de valor, aceitando a todos com amor e ajudando-os a des-cobrir as suas potencialidades e capacidades independentemente da sua raça, língua, cor, nação e proveniência.

Que no coração de cada missionário aumente a capacidade do acolhimento e o despojamento total dos sen�mentos que destroem e atrasam o caminho dos irmãos.

XI ESTAÇÃO

JESUS É PREGADO NA CRUZ


Depois de O crucificarem, fizeram um sorteio, repar�ndo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados a guardá-l’O. Aci-ma da cabeça de Jesus puseram o mo�vo da sua condenação:

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“Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. Com Ele foram crucificados dois ladrões, um à direita, outro à esquerda. E os que passavam per-to, injuriavam-n’O, meneando a cabeça e dizendo: “... Se Tu és o Filho de Deus, desce da cruz!”. Também os chefes dos sacerdotes, juntamente com os escribas e os anciãos caçoavam d’Ele: “Salvou os outros, e não pode salvar-Se a Si mesmo. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz e acreditaremos n’Ele (Mt 27,35-42).

Meditação:Nesta cruz onde Tu es�veste suspenso, também nós que-

remos depositar as nossas fraquezas, defeitos e provações. Faz delas exemplos para o caminho dos irmãos, transforma-as em sinais de mudança e de progressão.

Lava-nos com o teu sangue das iniquidades do Mundo e purifica, por meio dos teus sofrimentos, a nossa alma de peca-dores. Que ela se torne branca, como no dia do nosso bap�smo, e que por meio dele nos sintamos missionários do teu amor até ao fim dos tempos.

XII ESTAÇÃO

JESUS MORRE NA CRUZ


Desde o meio-dia até às três horas da tarde fez-se escuridão em toda a terra. Pelas três horas, Jesus deu um grande grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que significa: “Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?”... E Jesus, dando um grande grito, entregou o espírito (Mt 27,45-46.50).

Meditação:É pela Tua morte e ressurreição que nós estamos aqui hoje

e celebramos con�nuamente as tuas maravilhas. Não foi em vão Senhor Jesus, pois ao longo dos séculos muitos irmãos Missioná-rios levam com alegria a tua Palavra e dão a conhecer o teu amor àqueles que ainda não te conhecem.

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Abençoa-os a todos e dá-lhes a paz e a capacidade de fazer entender a linguagem do amor, assim como os teus discípulos fizeram depois de receberem a força do Espírito Santo.

XIII ESTAÇÃO

JESUS É DESCIDO DA CRUZ E COLOCADONOS BRAÇOS DE SUA MÃE


Estavam ali muitas mulheres, a olhar de longe; elas �nham seguido Jesus desde a Galileia para O servir... Ao entardecer, che-gou um homem rico de Arimateia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus. Ele dirigiu-se a Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então Pilatos ordenou que lhe fosse entregue (Mt 27,55.57-58).

Meditação:No momento em que Tu te tornaste igual aos homens, foi no

colo de Tua Mãe Maria que te recostaram e foi com o Seu Amor que o mundo viu o Homem/Deus despojado de toda a fortaleza e poder do Al�ssimo.

Da fraqueza, fizeste a força! Do desespero fizeste a esperan-ça! Da morte nasceu o Amor e foi sempre na presença silenciosa de Tua Mãe que tudo sucedeu.

Também nós depositamos no regaço de Maria as nossas fraquezas e desesperanças, sabendo que ela as levará ao Pai e intercederá por nós em todos os momentos da nossa vida.

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XIV ESTAÇÃO

JESUS É SEPULTADO


José, tomando o corpo de Jesus, envolveu-O num lençol limpo e colocou-O num túmulo novo, que mandou escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo e re�rou-se. Maria Madalena e a outra Maria estavam ali sentadas, era frente do sepulcro (Mt 27,59-61).

Meditação:Foi à pressa que levaram o teu corpo e o prepararam para ser

sepultado, como mandava a tradição judaica. José de Arimateia, homem rico de Jerusalém disponibilizou o túmulo e as mulheres apressaram-se a envolver o teu corpo em ligaduras e no sudário que serviu de mortalha para tão breves momentos.

Até na morte quiseste ser igual a nós! Que também na vida nós procuremos encontrar as semelhanças com o Filho de Deus, imi-tando o seu jeito de ser e os seus gestos de Amor para com todos.

Na ressurreição encontraremos a glória de Deus Pai e sere-mos uma vez mais igualados pela Vida Eterna, ao Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Rei Imortal.

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Preces diárias

1. Santa Teresa do Menino JesusSenhor, nosso Deus e nosso Pai, abençoa as nossas comunidades cristãs que estão a iniciar a vivência deste mês missionário de Ou-tubro e faz com que, imitando Santa Teresinha do Menino Jesus, vivam e par�lhem a sua fé na simplicidade e na confiança.

2. Santos Anjos da GuardaSenhor, que vossos santos anjos nos guardem sempre nos nossos caminhos e que, inspirados por eles, também nós sejamos uns para os outros sinais da tua presença e do teu amor, caminhando assim juntos para a construção do teu reino.

3. XXVII Domingo do Tempo ComumDá-nos Senhor uma fé forte e inabalável que nos leve a acreditar no dom da tua presença em nós e nos permita por em prá�ca, com confiança, o que a tua palavra nos ensina a viver, de modo que sintamos a alegria de sermos teus colaboradores na obra da salvação.

4. São Francisco de Assis Senhor nosso Deus, que fizestes de São Francisco de Assis, pobre e humilde, uma imagem viva de Jesus Cristo, concedei-nos que, percorrendo os mesmos caminhos, sigamos o vosso Filho e viva-mos unidos a Vós na alegria da caridade. 5. Senhor, que nos destes a graça de ter a visita pastoral do papa Bento XVI ao nosso país neste ano, ajuda-nos a acolher a men-sagem que de vós nos vem por seu intermédio e dá ao nosso coração a necessária docilidade para acolhermos nas nossas vidas os desafios que nos fez.

6. São BrunoSenhor Jesus, Tu que ensinaste os teus discípulos a orar e nos des-te grandes exemplos de amor à comunhão e in�midade con�go,

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ajuda-nos a encontrar na oração a força que nos ajuda a sermos sinais do teu amor no mundo.

7. Nossa Senhora do Rosário Nós vos pedimos Senhor, por intercessão de Maria, a vossa bên-ção e protecção nos combates da nossa vida e que nós, como ela, saibamos estar atentos à vossa Palavra e a pô-la em prá�ca, sobretudo no serviço dos mais pobres e abandonados.

8. Senhor Jesus, amigo dos pobres e dos pequeninos, olha para o vasto con�nente americano e faz que a Tua Igreja esteja atenta ao clamor dos Povos e seja um sinal de esperança sobretudo para as populações indígenas e os mais desfavorecidos.

9. São Dionísio e companheiros, már�resSenhor, nosso Deus e nosso Pai, reves� de fortaleza aqueles que colocam a sua vida ao serviço do Evangelho e que nenhum obstá-culo os impeça de trabalhar pela paz e pelo desenvolvimento dos povos, promovendo o acesso de todos à educação, aos cuidados de saúde e a uma vida digna.

10. XXVIII Domingo do Tempo ComumNós vos pedimos, Senhor, que nos liberteis de tudo aquilo que ofusca a nossa condição de teus filhos e que pela confiança em vós vos procuremos na tribulação e saibamos dar-vos graças por todos os bene�cios e dons que de vós recebemos.

11. Deus, nosso Pai e nosso amigo, ajuda as nossas comunidades a serem sensíveis às situações de guerra, violência, fome, ausência de cuidados de saúde, e que elas sejam a voz daqueles que não a têm. Que elas contribuam para um mundo onde haja fraterni-dade e comunhão.

12. Senhor Jesus, que chamastes a vós as criancinhas, ajudai os mais pequenos das nossas comunidades a tornarem-se sensíveis às

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situações de sofrimento para que no seu crescimento se tornem solidários e amigos de todos.

13. Beata Alexandrina de Balazar Senhor, fonte de toda a vida, abençoa os doentes, os idosos e os que vivem sós para que, iluminados pelo mistério pascal de Je-sus, saibam acolher com amor e fortaleza a sua situação, e assim também eles se tornem missionários oferecendo o seu sofrimento pelo anúncio do Evangelho. 14. São CalistoSenhor nosso Deus, prémio e coroa dos Már�res, que quisestes salvar o mundo através do sacri�cio de Cristo, vosso Filho, ajudai todos aqueles que se encontram em situações de perseguição para que perseverem no fiel testemunho do vosso amor.

15. Santa Teresa de ÁvilaSenhor, nosso Deus, pedimos por todos os religiosos e religiosas, monges e leigos consagrados, para que o seu testemunho de vida pobre, casta e obediente, e a sua entrega à missão sejam um sinal profé�co da presença do Reino neste momento da história que atravessamos.

16. Santa HedvigesSenhor, que neste Ano Europeu Contra a Pobreza o Dia mundial da Alimentação, alerte as consciências para a dignidade da pessoa humana e que todos nos empenhemos por uma melhor distri-buição da riqueza para que cada ser humano tenha garan�do o direito à alimentação.

17. XXIX Domingo do Tempo ComumDeus eterno e omnipotente que nos amais como filhos vossos que somos, que o vosso Espírito Santo aumente em nós o dom da fé para que saibamos esperar de vós os dons que tendes re-servados àqueles que vos amam e perseveram na esperança da vida do vosso reino.

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18. São LucasSenhor nosso Deus, que escolhestes São Lucas para revelar com a sua palavra e os seus escritos o mistério do vosso amor pelos pobres, fazei que sejam um só coração e uma só alma aqueles que se gloriam no vosso nome e todos os povos mereçam ver a vossa salvação.

19. São João de Brébeuf, Santo Isaac Jogues e São Paulo da CruzSenhor nosso Pai, dá-nos o dom da Sabedoria para que saibamos viver rectamente neste mundo e nunca nos esqueçamos da a�-tude da vigilância na expecta�va da vinda em plenitude do reino que o vosso Filho nos trouxe.

20.Nós vos pedimos pela África, con�nente de tantos dramas, in-jus�ças e desigualdades; para que a luz do teu Evangelho brilhe sobre esses povos e que o recente sínodo dos bispos ajude as igrejas a darem o necessário testemunho de Vós.

21. Abençoa e protege, Senhor, os grupos de voluntariado missionário laical e todos os leigos que, escutando a tua voz, deixam tudo para ir em Missão, para que o seu testemunho ilumine o nosso mundo e arraste outras pessoas que os imitem.

22.Nós vos pedimos Senhor pelos povos da Oceânia: fazei que a vossa Igreja esteja atenta aos problemas dos mais simples, pobres e esquecidos; que ela saiba acolher, dialogar e construir pontes entre pessoas, grupos e nações.

23. São João CapristanoSenhor, nosso Deus, pedimo-vos pela Europa, de longa tradição cristã, para que reencontre os caminhos de Deus e se renove es-piritualmente abrindo-se também aos dons dos outros povos.

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24. XXX Domingo do Tempo Comum - Dia Missionário Mundial Senhor, nosso Deus, desça sobre nós a vossa bênção para que a oração simples e humilde pela missão, a dedicação ao anúncio do Evangelho e o apoio à Igreja missionária con�nuem presentes, hoje e sempre, na vida de cada bap�zado e de cada comunidade cristã, para, desta forma, colocarmos em prá�ca o mandamento do amor.

25. Senhor, nosso Deus, pedimo-vos pela Ásia, berço de tantas cultu-ras e religiões, para que, aproveitando as suas riquezas espirituais e culturais, os povos que nela habitam saibam construir o seu futuro na base do respeito mútuo e do diálogo.

26.Nós vos pedimos Senhor pelos chefes das nações e por todos os que controlam os vários poderes deste mundo, para que façam com jus�ça e equidade, respeitando o bem comum de toda a gente e em ordem a assegurar o futuro das gerações vindouras.

27. Beato Gonçalo de LagosSenhor Jesus, suscita nos jovens o desejo de serem con�nuadores da construção do teu reino pela vocação missionária; ajuda-os a escutar, a discernir e a seguir o teu chamamento e dá-lhes a graça de perseverarem no teu seguimento.

28. São Simão e São Judas Deus de infinita misericórdia, que nos fizestes chegar ao conheci-mento do vosso nome por meio dos bem-aventurados Apóstolos, concedei-nos, por intercessão de São Simão e São Judas, que a vossa Igreja cresça con�nuamente com a conversão dos povos ao Evangelho.

29.Senhor, nosso Deus, abençoa o imenso con�nente americano, para que haja mais solidariedade entre países ricos e pobres e se renovem as estruturas sociais a fim de que esses povos possam caminhar na paz e na jus�ça.

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30. Senhor Deus, quase no fim deste mês missionário, dá-nos a graça de manter sempre vivo em nós o espírito de missão que nos leve a fugir ao egoísmo e individualismo a fim de irmos ao encontro de outros povos que ainda não vos conhecem.

31. XXXI Domingo Tempo ComumDeus omnipotente e misericordioso, que chamais todos os povos à salvação, abri o coração dos vossos filhos ao dom do vosso Espírito Santo para que, deixando-se interpelar pela palavra do Vosso Filho Jesus, se abram ao dom da salvação que por Ele nos ofereceis.

Senhor, que vindes ao nosso encontro por vosso filho Jesus, ajuda-nos a saber acolher a mensagem que nos dirige no mais ín�mo do nosso coração e a nossa vida seja expressão do amor e da paz que dele nos vem.

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Missionários CombonianosCalçada Miguel Pais, 91249-120 LISBOATel 213 955 286/Telem 966363015Fax 213 951 380E-mail: [email protected] Webpage: www.combonianos.pt

Franciscanas Missionárias de MariaRua Chaby Pinheiro, 12-A1000-097 LISBOATel 217 978 702 Fax 217 490 025E-mail: [email protected]@netcabo.pt

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Sociedade Missionária da Boa NovaSeminário das MissõesCucujães - Apartado 40 3721-908 -Vila de CucujãesTel. 256 899 330E-mail: [email protected]@mail.telepac.pt

Missionárias Servas do Espírito SantoPraceta Pêro Escobar, 2 – 3º E2675 – 599 ODIVELAS Tel 219 332 576 Telm 961142635E-mail: [email protected]

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Congregação de S. José de ClunyAv. Beato Nuno, 2722495-401 FATIMATel 249 530 250 Fax 249530259E-mail: [email protected] [email protected]

Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos PobresRua Carlos Mardel, 251900 – 117 LisboaTelf. 218477907 / Telm. 932488082Fax: 218463877Email: [email protected]: www.concepcionistas.pt

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Missionários do Espírito SantoRua Santo Amaro à Estrela, 511200-801 LISBOATel 213 933000 Fax 213 933019Telem 91 9755045Email: [email protected]: www.espiritanos.org

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Missionários da ConsolataRua Capitão San�ago de Carvalho, 91800-048 LISBOATel 218 512 356 Fax 218 536 211Telem 91 3 455 810E-mail: [email protected]: www.consolata.pt

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Irmãs Franciscanas de Nª Srª das VitóriasQuinta Santa Isabel - Avª. 25 de Abril, 22680-309 APELAÇÃOTel 219 487 510Fax 219 487 519E-mail: [email protected] [email protected]

Escravas da SS. Eucaris�a e da Mãe de Deus Rua Penha de França, 2431170-304 Lisboa Tel 218 155 443 Fax 218 155 443 E-mail : [email protected]

Companhia de Sta Teresa de JesusPraça Andrade Caminha, 41700-039 Lisboa Telf.217 826 [email protected]

Com. Missionária Servidores do EvangelhoTravessa do Espirito Santo, nº 143000-157 COIMBRA Tel 239 838 934 Telm 962741848Email: [email protected][email protected]

Dominicanas de Sta Catarina de SenaLargo de S. Domingos de Benfica, 141500-554 LisboaTelf. 217720021Email: [email protected]

Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos PobresRua Anjo de Portugal, 82495-415 FATIMATelf. 249 531 278 Tlm. 962817623E-mail: magore�[email protected]: www.concepcionistas.pt

Irmãs CanossianasRua da Bandeirinha, 274050-088 PortoTelf. 226 094 768 Telem 965605032E-mail: [email protected]

Franciscanos CapuchinhosAv. Conselheiro Barjona de Freitas, 121500-204 LisboaTel. 217711690 / 217789902Email: [email protected] Webpage: www.capuchinhos.org

Missionárias Reparadoras do Sag. Coração de JesusRua Oliveira Monteiro, 8334050-466 Porto Tel. 228 320 873 Email: [email protected]

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