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LEIA NO PANORAMA GERAL Dia do Churrasco e do Chimarrão fortalece cultura gaúcha LEIA NESTA EDIÇÃO Soja: colheita em finalização no Estado N.º 1.499 26 de abril de 2018 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Dia do Churrasco e do Chimarrão fortalece cultura gaúcha O prato típico e a bebida símbolo do Rio Grande do Sul são celebrados no dia 24 de abril. O “Dia do Churrasco e do Chimarrão” foi instituído pela Lei Estadual nº 11.929, de 20 de junho de 2003, salientando a lei anterior (Lei nº 7.439/1980) que define a erva-mate Ilex paraguariensis a árvore símbolo do Estado. Atualmente, em 219 municípios gaúchos há cerca de 8.400 produtores que cultivam erva-mate em 31 mil hectares, através de sistemas extrativistas em florestas nativas, em sistemas agroflorestais e até mesmo a pleno sol. Pela importância cultural e mesmo gastronômica da erva-mate e para fortalecer essa cadeia produtiva, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) lançou, em março de 2017, o Programa Gaúcho para a Qualificação e Valorização da Erva-Mate, no qual estamos inseridos e atuantes na capacitação, assistência técnica de boas práticas agrícolas e no estímulo ao melhoramento genético dos ervais gaúchos, gerando renda e qualificando a produção. Estamos realizando o nosso objetivo, que é o de capacitar 90 técnicos em boas práticas agrícolas de produção de erva-mate e 40 técnicos e 20 fiscais municipais de saúde em boas práticas de fabricação. Também oferecemos Assistência Técnica para 22 indústrias ervateiras, capacitando 180 trabalhadores das indústrias em boas práticas de fabricação, além de técnicos em associativismo e cooperativismo, e estamos implantando 30 Unidades de Referência Técnico-social, distribuídas nos cinco polos ervateiros: Planalto/Missões, Alto Uruguai, Nordeste, Alto Taquari e Vale do Taquari. Com esse programa, queremos também capacitar técnicos e agricultores para resgatar, multiplicar e distribuir material genético de ervais nativos remanescentes desses cinco polos ervateiros e implantar um banco de germoplasma para conservação e multiplicação desse precioso material genético. Com duração de cinco anos, o Programa se estenderá até 2021, podendo ser mantido como uma política pública permanente para o Estado. Assim, temos certeza de que vamos garantir o aumento da renda dos agricultores e viveiristas, vamos incentivar a legalização e a certificação de indústrias, incrementar ou fortalecer grupos, associações e cooperativas de agricultores, e organizar e beneficiar toda a cadeia produtiva da erva-mate, incluindo a importante certificação do processo de produção da erva-mate, do qual somos pioneiros no país. Para a certificação, avaliamos 150 itens, conferindo a adequação das indústrias aos critérios definidos pela legislação, desde práticas agrícolas, acompanhamento técnico, atividades de transporte, industrialização, gestão ambiental e da qualidade, além de aspectos relativos à segurança dos trabalhadores. Ou seja, as ervateiras passam por uma análise química, física e microbiológica a cada seis meses, onde a Emater/RS-Ascar é a única empresa do país que qualifica o processo de produção de um dos produtos símbolo do Rio Grande do Sul, que é a nossa erva-mate, tchê! Que nunca nos falte um bom chimarrão! Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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Page 1: LEIA NO PANORAMA GERAL 99 LEIA NESTA EDIÇÃO · PATOLOGIA DE PLANTAS Especialistas em patologia de plantas da Universidade Wageningen publicaram novos resultados de uma pesquisa

LEIA NO PANORAM A GERAL

Dia do Churrasco e do Chimarrão fortalece cultura gaúcha

LEIA NESTA EDIÇÃO

Soja: colheita em finalização no Estado

PANORAM A GERAL

N.º 1.499

26 de abril de 2018

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Dia do Churrasco e do Chimarrão fortalece cultura gaúcha O prato típico e a bebida símbolo do Rio Grande do Sul são celebrados no dia 24 de abril. O “Dia do Churrasco e do Chimarrão” foi instituído pela Lei Estadual nº 11.929, de 20 de junho de 2003, salientando a lei anterior (Lei nº 7.439/1980) que define a erva-mate Ilex paraguariensis a árvore símbolo do Estado. Atualmente, em 219 municípios gaúchos há cerca de 8.400 produtores que cultivam erva-mate em 31 mil hectares, através de sistemas extrativistas em florestas nativas, em sistemas agroflorestais e até mesmo a pleno sol. Pela importância cultural e mesmo gastronômica da erva-mate e para fortalecer essa cadeia produtiva, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) lançou, em março de 2017, o Programa Gaúcho para a Qualificação e Valorização da Erva-Mate, no qual estamos inseridos e atuantes na capacitação, assistência técnica de boas práticas agrícolas e no estímulo ao melhoramento genético dos ervais gaúchos, gerando renda e qualificando a produção. Estamos realizando o nosso objetivo, que é o de capacitar 90 técnicos em boas práticas agrícolas de produção de erva-mate e 40 técnicos e 20 fiscais municipais de saúde em boas práticas de fabricação. Também oferecemos Assistência Técnica para 22 indústrias ervateiras, capacitando 180 trabalhadores das indústrias em boas práticas de fabricação, além de técnicos em associativismo e cooperativismo, e estamos implantando 30 Unidades de Referência Técnico-social, distribuídas nos cinco polos ervateiros: Planalto/Missões, Alto Uruguai, Nordeste, Alto Taquari e Vale do Taquari. Com esse programa, queremos também capacitar técnicos e agricultores para resgatar, multiplicar e distribuir material genético de ervais nativos remanescentes desses cinco polos ervateiros e implantar um banco de germoplasma para conservação e multiplicação desse precioso material genético. Com duração de cinco anos, o Programa se estenderá até 2021, podendo ser mantido como uma política pública permanente para o Estado. Assim, temos certeza de que vamos garantir o aumento da renda dos agricultores e viveiristas, vamos incentivar a legalização e a certificação de indústrias, incrementar ou fortalecer grupos, associações e cooperativas de agricultores, e organizar e beneficiar toda a cadeia produtiva da erva-mate, incluindo a importante certificação do processo de produção da erva-mate, do qual somos pioneiros no país. Para a certificação, avaliamos 150 itens, conferindo a adequação das indústrias aos critérios definidos pela legislação, desde práticas agrícolas, acompanhamento técnico, atividades de transporte, industrialização, gestão ambiental e da qualidade, além de aspectos relativos à segurança dos trabalhadores. Ou seja, as ervateiras passam por uma análise química, física e microbiológica a cada seis meses, onde a Emater/RS-Ascar é a única empresa do país que qualifica o processo de produção de um dos produtos símbolo do Rio Grande do Sul, que é a nossa erva-mate, tchê! Que nunca nos falte um bom chimarrão!

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

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PANORAM A GERAL

PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E SEUS

IMPACTOS

A Organização das Nações Unidas para a

Alimentação e a Agricultura (FAO) alerta para as

consequências da pecuária para a natureza. O

setor é o que mais gera gases do efeito estufa

entre as cadeias produtivas de alimentos, além de

responder por 14,5% de todas as emissões

antropogênicas. A expansão do setor traz desafios

para a proteção da biodiversidade, para o acesso

sustentável à água e, principalmente, para o

cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris —

limitar a elevação da temperatura média do

planeta. Apesar dos problemas, a FAO garante

que “é possível chegar a uma pecuária com baixas

emissões de carbono”. Pesquisas da agência da

ONU já mostram que as emissões de metano

podem ser reduzidas rapidamente, de 20 a 30%,

em todos os sistemas produtivos, com a adoção

de práticas conhecidas — entre elas, técnicas

regenerativas no manejo da pastagem, seleção do

pasto, melhorias na reciclagem dos nutrientes e

utilização dos resíduos do gado para a produção

de energia. Outras estratégias incluem o

fortalecimento das capacidades do solo de

armazenar carbono, o que pode aumentar a

produção da pecuária e evitar o avanço do

desmatamento. Com práticas aprimoradas e

climaticamente inteligentes, podem-se estabelecer

cadeias de abastecimento mais sustentáveis e

ecológicas. Outro tema abordado pela FAO são as

preocupações sanitárias com a pecuária. A

aparição de doenças possivelmente se

intensificará nos próximos anos, uma vez que o

aumento das temperaturas favorece a proliferação

de insetos. Na avaliação da agência da ONU, as

patologias zoonóticas — transmitidas do animal

para o homem — com potencial pandêmico

representam uma grande ameaça para as

pessoas, os animais e o meio ambiente. O risco é

a crescente resistência de agentes patogênicos a

antibióticos, um problema agravado pelo uso

excessivo e inadequado de medicamentos na

pecuária. O uso dessas substâncias na produção

de alimentos triplica o consumo que os seres

humanos fazem desses fármacos. A FAO defende

que antibióticos só sejam utilizados para tratar

doenças e aliviar o sofrimento desnecessário dos

animais. O uso preventivo deveria ocorrer apenas

em condições muito específicas e restritivas.

Sugere ainda a suspensão imediata do uso de

remédios para promover o crescimento do gado.

Acrescenta por outro lado que o aumento do

consumo de produtos de origem animal poderá

melhorar a nutrição, sobretudo das crianças mais

jovens, cujo desenvolvimento cognitivo e físico

requer micronutrientes cruciais como zinco e ferro,

devendo-se concentrar em dietas saudáveis e

equilibradas, utilizando-se fontes alternativas de

proteínas que precisam ser exploradas. Fonte: FAO

NOVAS DESCOBERTAS MUDAM TUDO EM

PATOLOGIA DE PLANTAS

Especialistas em patologia de plantas da

Universidade Wageningen publicaram novos

resultados de uma pesquisa que, de tão

importantes e inesperados que são, deverão

provocar mudanças até no material de ensino e

nos modelos computacionais relacionados à

patologia de plantas. Os cientistas encontraram

provas de que tipo “fracos” de fungos de plantas,

que não podem causar doenças em plantas

resistentes, são sexuados. Isso permitiria a

manutenção desses genes nas suas populações.

Isso significa que os tipos “fortes”, que podem

matar até mesmo plantas resistentes, não

dominariam rapidamente o hospedeiro,

estendendo a longevidade dessas plantas. Não há

um colapso repentino da resistência, mas um

decréscimo gradual. Isso desacelera a epidemia e

estende a longevidade das variedades resistentes

de trigo. A Universidade de Wageningen estuda

isso por mais de 20 anos. Fonte: Agrolink

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS

NA SEMANA DE 19/4/2018 A 25/4/2018 Nos últimos sete dias ocorreram chuvas de baixos volumes sobre a maioria dos municípios do RS. Na quinta (19/4), a presença do ar seco manteve o tempo firme, com sol e temperaturas elevadas. Entre a sexta-feira (20/4) e o sábado (21/4), o ingresso de ar quente e úmido favoreceu a formação de áreas de instabilidade que provocaram pancadas isoladas de chuva, com registro de temporais e chuva forte em algumas localidades da Campanha e da faixa Central do

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Estado. No domingo (22/4), a nebulosidade diminuiu e as temperaturas permaneceram elevadas. Entre a segunda (23/4) e quarta-feira (25/4), a passagem de uma frente fria no oceano aumentou a cobertura de nuvens e ocorreram chuvas isoladas em algumas regiões. Os totais de chuva permaneceram abaixo de 20 mm na maioria das áreas, mas oscilaram entre 25 e 40 mm em muitos locais. Em alguns municípios da Campanha os valores superaram os 60 mm, e na Região Central ocorreram chuvas superiores a 100 mm em alguns pontos. Os volumes mais significativos observados nas estações do INMET e da rede SEAPI/SEMA ocorreram em Quaraí (52 mm), Santana do Livramento (56 mm), Rio Pardo (61 mm), Bagé (66 mm) e Santa Maria (119 mm). A temperatura mínima ocorreu no dia 19/4 em São José dos Ausentes (10,4°C) e a máxima do período foi registrada em Uruguaiana (34,4°C) no dia 21/4.

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 26/4/2018 A 02/5/2018

A próxima semana deverá ter o retorno de chuvas expressivas para a maior parte do Estado. A previsão meteorológica mostra que entre a quinta-feira (26/4) e o domingo (29/4), a presença do ar quente e úmido manterá as temperaturas elevadas e grande variação de nuvens, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva. A partir da segunda-feira (30/4), a propagação de uma área de baixa pressão provocará chuva sobre o RS, com risco de temporais, rajadas de vento e queda de granizo em algumas regiões, principalmente na Metade Sul e nas áreas de fronteira. Os totais de chuva esperados para os próximos sete dias deverão oscilar entre 10 e 30 mm na

maioria das localidades, sobretudo na Metade Norte. No restante do RS, os valores deverão oscilar entre 50 e 80 mm, e poderão superar os 100 mm na Campanha, Fronteira Oeste e nas Missões. Fonte: Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação - SEAPI

GRÃOS Arroz – Semana de avanço na colheita do arroz que se encontra em finalização de safra, em todas as regiões produtoras, especialmente na Fronteira Oeste, Campanha, Zona Sul, Litoral Lagunar e região Central do Estado, com 87% delas já colhidas. A evolução rápida se deu em razão das boas condições do clima no RS. O rendimento das lavouras vem mostrando excelente performance, considerando as boas produtividades como referência (entre sete e nove toneladas/hectare). Segundo os produtores, o que preocupa é a comercialização, explicitamente o atual valor recebido pela saca do produto, que impossibilita maiores investimentos nas lavouras.

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2013-17

Fases da cultura no RS

Arroz

Safra atual Safra

anterior

Média*

Em

26/4

Em

19/4

Em

26/4

Em

26/4

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Veget. 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 5% 1% 0%

Maduro e por colher 13% 20% 15% 14%

Colhido 87% 75% 84% 86%

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Segundo o Acompanhamento Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar, nessa semana o valor médio da saca de 50 quilos do arroz em casca no Estado foi de R$ 34,94, subindo 1,07% em relação à anterior, mas ficando 23,7% abaixo do valor médio da série histórica. Na região Sul, de acordo com informações colhidas junto às indústrias de Pelotas durante a semana, o arroz em casca foi negociado a valores de R$ 36,50/sc. de 50 quilos. Tendência de estabilidade nestas cotações. O preço informado é para pagamento à vista, posto na indústria pelo produtor. O produto é do tipo 1, com rendimento entre 57% e 59% de grãos inteiros. Soja – A colheita seguiu em ritmo acelerado na semana que passou, atingindo 91% da área projetada; assim, na próxima semana, a colheita deverá estar com a área fechada no RS. As poucas lavouras que resta a ceifar já se encontram nas últimas fases do ciclo. As produtividades em geral vêm se apresentando muito boas, perto das 3,0 t/ha de média nas principais regiões produtoras, mas com lavouras chegando próximo de 5,0 t/ha.

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2013-17

Principalmente em partes das regiões da Campanha e na Zona Sul, a estiagem prejudicou as lavouras, reduzindo as produtividades nessas áreas, mas não afetando a boa média do Estado em decorrência dos bons rendimentos das demais regiões. Na região Noroeste do RS, segundo os técnicos de campo, a maioria dos produtores realizou três aplicações de fungicida para controle da ferrugem, mas nas lavouras de variedades precoces, a média de aplicação de fungicida foi de apenas duas aplicações; com isso, em relação à safra anterior houve redução do número de aplicações de fungicida, fruto das condições climáticas favoráveis e também das orientações técnicas de uso de produtos multissítios e com mecanismos de ação diferenciados no controle da ferrugem.

O mesmo se aplica ao uso de inseticidas nesta safra; os técnicos relatam que foram reduzidas as aplicações devido à baixa incidência de pragas, sendo que em muitas lavouras, acompanhadas pelos técnicos da Emater/RS-Ascar, não foi necessário utilizar inseticida dentro do MIP. Esse último período não foi favorável aos preços da oleaginosa, pois na Bolsa de Mercadorias de Chicago - CBOT perdeu U$ 0,24/b, e os prêmios de exportações recuaram. Os produtores aproveitaram os bons preços da semana passada e foram às vendas; no momento fazem uma pausa no mercado diante da queda dos preços. As baixas dos preços do trigo e do milho no mercado internacional também ajudaram a pressionar os preços da soja. O Acompanhamento Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar apontou, nessa semana, uma pequena queda dos valores da saca de 60 quilos de soja: caiu 1,51% em relação à passada, baixando o preço médio no RS para R$ 75,82, mas mantendo-se 24,7% acima do valor médio de um ano atrás. Milho – Período de atuação moderada nas lavouras de milho, em razão do forte trabalho na colheita nas áreas de soja, prioritária nesse momento. Com essa situação tradicional aqui no Sul do país, a tendência é que a lavoura de milho que estiver pronta para colheita ficará para o mês de maio, sendo priorizada neste momento a colheita da soja. Atualmente o percentual de lavouras a ser colhido é muito pequeno, cerca de 8%.

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2013-17

A produtividade média das lavouras de milho que já foram colhidas é de aproximadamente sete t/ha; nas lavouras destinadas à silagem, se verificou uma produtividade próxima de 40 t/ha, com algumas delas apresentando produtividade de até 50 t/ha.

Fases da cultura no RS

Soja

Safra atual Safra

anterior

Média*

Em

26/4

Em

19/4

Em

26/4

Em

26/4

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Veget. 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 6% 0% 2%

Maduro e por colher 9% 29% 10% 11%

Colhido 91% 65% 90% 87%

Fases da cultura no RS

Milho

Safra

atual

Safra

anterior

Média

*

Em 26/4

Em 19/4

Em 26/4

Em 26/4

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Veget. 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 2% 3% 1% 3%

Maduro e por colher 6% 7% 9% 12%

Colhido 92% 90% 90% 85%

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O preço pago aos produtores nesta semana se manteve praticamente estável em relação à anterior, na média de R$ 34,94/sc. de 60 quilos; esse valor corresponde a uma elevação de apenas 0,29%, estando 47,1% acima do valor médio do mesmo período do ano anterior. Em função da diminuição da área de cultivo no Estado nesta safra, aliada ao grande consumo do grão, o preço do milho mantém tendência de alta. Este cenário positivo reflete na programação dos produtores para o plantio da próxima safra. Feijão 1ª safra - A colheita da safra nos Campos de Cima da Serra está praticamente encerrada. O destaque da safra vai para a boa qualidade de grãos e para os rendimentos, que vêm se mantendo muito próximos da média esperada, que é de 2.400 kg/ha. A cotação para a saca de 60 quilos na região é de R$ 130,00 para o feijão carioca e de R$ 110,00 para feijão preto. Feijão 2ª safra - A maior parte das lavouras de feijão safrinha no Estado se encontra na fase de enchimento de grãos, maturação e colheita. Atualmente já foram colhidos 36% da área de lavouras, mais concentrada na calota Norte do RS, no Médio e Alto Uruguai. A realização de tratamentos fitossanitários preventivos vem garantindo um ótimo potencial de produção. A ocorrência de chuva no final de semana elevou a umidade do solo, favorecendo a cultura; porém a alta umidade favorece a incidência de doenças e, nessa condição, os agricultores precisam monitorar as lavouras; também intensificam o controle de insetos. Em algumas lavouras no Norte do RS, continua a migração de insetos de soja para as áreas de feijão, necessitando maior atenção e controle.

Fases da cultura no RS

Feijão 2ª safra

Safra atual Safra

anterior

Média*

Em

26/4

Em

19/4

Em

26/4

Em

26/4

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Veget. 0% 2% 5% 0%

Floração 10% 11% 12% 3%

Enchimento de grãos 30% 28% 28% 23%

Maduro e por colher 24% 27% 25% 24%

Colhido 36% 32% 30% 50%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2013-17

Os negócios se mantêm estáveis no Estado, com pequenas oscilações entre as semanas. Nessa, o preço médio da saca de 60 quilos do feijão preto subiu apenas 1,76%, elevando o valor para R$ 129,24.

Trigo - Produtores realizam o planejamento da lavoura, fazendo os encaminhamentos de propostas para custeio da safra 2018. Também iniciam a aquisição de insumos para a formação de lavoura. Há tendência de que poderá haver redução na área cultivada no Estado. Entre os motivos para essa possível redução estão as condições de agricultores que não conseguiram fazer mais custeio da área por ter acionado o Proagro pela terceira vez em cinco anos. No entanto, com a elevação dos preços dos cereais em geral no mercado internacional e nacional, a nova expectativa dos produtores é que o trigo este ano apresente bons valores, inclusive, superiores aos R$ 35,00, reagindo para uma nova perspectiva de maior área. O preço teve uma pequena elevação em relação à semana anterior, variando de acordo com o pH, em média de R$ 32,01/sc. de 60 quilos para trigo com pH 78.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais

Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, o clima seco durante grande parte da semana que passou permitiu a realização do preparo de solo e encanteiramento. Com clima quente, segue o bom desenvolvimento das folhosas. Alface e rúcula apresentam folhas bem desenvolvidas e tenras. Com o retorno das chuvas no final da semana anterior, os produtores retomaram o transplantio das folhosas a campo. Verifica-se aumento na procura por mudas de folhosas para plantio destinado ao consumo próprio. Boa oferta de batata-doce e mandioca; lavouras com boa produção, apresentando produto de boa qualidade. Rosáceas e videira em dormência. Pequena oferta de laranjas para doce; frutos apresentam sintomas de ataque de ácaro. Intensifica-se o preparo para implantação da cultura do morango; mudas importadas ainda não entregues. No Vale do Caí, temperaturas elevadas, dias abertos e pouca umidade favoreceram o bom desenvolvimento das olerícolas em geral, com destaque para as folhosas que apresentam um bom padrão sanitário e de qualidade. Neste início de outono, os preços praticados na Ceasa foram melhores se comparados aos do ano passado, segundo depoimentos de produtores, dentro de um quadro geral. Os olericultores relatam que os

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preços praticados na Ceasa caíram um pouco, em algumas culturas, e que nos últimos 14 dias se estabilizaram; comercialização fluindo bem de um modo geral. Outro aspecto que chama atenção é o fato de os olericultores não levarem mais cargas exageradas em quantidade, refletindo de certa maneira o ajuste das áreas de cultivo de determinadas espécies, evitando-se ampliações de risco em termos de oferta ao mercado. Em termos de sanidade, de forma geral, não se observam maiores problemas nos cultivos, relatando-se ocorrência de traça nas crucíferas, pulgão e trips na alface e antracnose e mosca-branca no pepino. No Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a semana teve predominância de tempo seco, alta incidência de radiação solar, temperaturas normais e presença de orvalho ao amanhecer em todos os municípios. Com essas condições de clima, ficam favorecidas as atividades de preparo do solo para os plantios de hortaliças da época. Tanto o crescimento quanto o desenvolvimento das hortaliças em geral são beneficiados pelas condições climáticas. Cultivos de tomate em estufa estão em fase de floração e formação de frutos. Essa produção atinge o mercado na entressafra. Cultivos de pepino em estufa ainda estão em fase de produção na região do Baixo Vale do Rio Pardo. O preço do aipim vem reduzindo por conta da oferta. Nessa safra o clima mais seco foi favorável à cultura, pois evitou problemas de bacterioses. Batata-doce em plena colheita com produtividade e qualidade satisfatórias; oferta regular de produtos. Frutícolas

Citros - A safra da bergamota Satsuma, a mais precoce das frutas cítricas colhidas no Vale do Caí, encaminha-se para o final. O preço médio recebido pelos citricultores está estabilizado em R$ 20,00/cx. de 25 quilos (veja tabela abaixo). Com a proximidade do final da colheita dessa bergamota, a da variedade Caí toma impulso. A bergamota Caí é a primeira do grupo das mediterrâneas a ser colhida. O grupo das bergamotas mediterrâneas inclui ainda as variedades Pareci e a Montenegrina. A Montenegrina é a mais tardia e o raleio já está sendo finalizado. O raleio é a retirada de parte das frutas na planta para evitar a alternância e propiciar um maior desenvolvimento para as frutas

que ficam na planta. O preço médio da Caí recebido pelos citricultores está em R$ 30,00/cx. de 25 quilos, com redução de R$ 5,00 em relação às primeiras frutas comercializadas no início de abril. Entre as laranjas, tiveram início colheita e comercialização da laranja céu precoce, fruta com pouca acidez, o que permite consumi-la quando ainda não completamente madura. O preço médio recebido pelos citricultores está em R$ 16,00/cx. de 25 quilos. Também está em colheita a laranja Shamouti, excelente fruta de mesa, de origem israelense, que tem tido muito boa aceitação na Ceasa de Porto Alegre, com preço médio de R$ 25,00/cx., considerado bom pelos citricultores quando comparado com o das outras laranjas comercializadas neste período. O principal problema sanitário nesta época tem sido a intensa infestação da mosca-das-frutas, cujas larvas se alimentam da polpa, causando apodrecimento e queda das frutas. A infestação nesta safra tem sido muito superior à ocorrida nos anos anteriores. A lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, tem floração e produção durante todo o ano; atualmente está no auge a colheita do primeiro semestre. O preço recebido pelo citricultor está em média a R$ 19,00/cx. de 25 quilos, com pequena redução em relação à quinzena anterior, quando os citricultores receberam R$ 20,00. Quadro de percentual colhido e preços das frutas cítricas no Vale do Caí (R$/cx. de 25 quilos)

Fruta %

colhido 20/4/18

R$/cx. em 06/4

R$/cx. em 20/4

Bergamota Satsuma

90% 20,00 20,00

Bergamota Caí

2% 35,00 30,00

Laranja céu precoce

1% sem referência

16,00

Laranja Shamouti

1% sem referência

25,00

Lima ácida Tahiti

25% 20,00 19,00

Na região Serrana, a colheita da variedade Satsuma Okitsu já foi concluída e iniciou a da Caí, outra variedade de bergamota superprecoce. As condições climáticas vêm favorecendo o desenvolvimento da cultura e a manutenção dos pomares livres de fitopatias; dias com altas temperaturas e baixas precipitações, entretanto,

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propiciam o aumento do ataque de pragas tais como a mosca das frutas, principal preocupação dos citricultores. Esse inseto está, inclusive, afetando variedades tardias, como a Monte Parnaso e a Valência, deixando os produtores em alerta e apontando a necessidade de intervenção para controle. Está concluída a prática cultural do raleio de frutas, atividade que tem como principais objetivos melhorar o calibre das frutas remanescentes e evitar a alternância de produção das plantas. As frutas do raleio são comercializadas para empresas que extraem o óleo a R$ 0,18/kg. Satsuma vendida em média a R$ 1,50/kg. Morango – No Vale do Caí, os produtores finalizam limpeza e implantação de novas estruturas protegidas. Os que cultivam morango no solo já realizaram o plantio e estão colocando o mulching nos canteiros. Neste ano muitos produtores adquiriram mudas produzidas em torrões, permitindo um melhor arranque inicial. Outra parcela de produtores aguarda a chegada das mudas importadas, prevista para final de maio. A produção atual é baixa, e o preço da cumbuca está, em média, entre R$ 3,00 e R$ 4,00/unid. No Vale do Taquari, ocorrem a poda das plantas para o segundo ano de cultivo e o plantio das novas mudas (nacionais), sendo a maior parte destas para autoconsumo (65 famílias). Tanto no meio urbano como no rural, percebe-se um interesse cada vez maior em relação a esta cultura. As variedades de dias neutros, especialmente Albion, ainda estão produzindo um pouquinho. A maioria dos agricultores irá aproveitar as plantações para o segundo ciclo produtivo. Somente os que plantam no solo irão realizar novos plantios. O preço praticado nesta época para a pequena oferta disponível é de R$ 15,00/kg. No Vale do Rio Pardo, nessa época é realizado o plantio de morangueiro em canteiros e em estufas (sistema de cultivo fora do solo). Já estão chegando as primeiras encomendas de mudas importadas; porém, há aquisição de mudas nacionais também. Nos cultivos de segundo ano, onde a poda foi realizada cedo, inicia a produção de morangos com boa qualidade e quantidade satisfatória. Portanto, há oferta significativa do produto no mercado. No Alto Uruguai, as plantas estão em período de produção, com condições climáticas favoráveis; produtores buscam renová-las. Há expectativa de aumento de área na região; em Erval Grande,

aumento de 10 mil mudas e em Floriano Peixoto aumento de 30 mil mudas em apenas um produtor. Preços de R$ 10,00 a R$ 20,00/kg na venda direta ao consumidor. Olerícolas Pepino - Período de plena produção no Vale do Caí, tanto do pepino conserva quanto do salada. A principal praga continua sendo a mosca-branca, pois os produtores têm dificuldade de manejo, devido a sua capacidade de constituir populações resistentes a distintos produtos. Num período de umidade elevada, em algumas propriedades a cultura apresentou problemas com o míldio, que resultou em perda total nas estufas. A procura pelo fruto está em alta nos mercados, e o preço para o pepino salada se manteve entre R$ 2,50 a R$ 3,50/kg (preço de entrega dos produtores). O pepino conserva foi comercializado a R$ 80,00/cx. de 20 quilos. Tomate - A safra de tomate cereja encontra-se em plena fase de produção em diversas propriedades. Produtores que estão colhendo e comercializando recebem preços muito variados, dependendo do mercado e da variedade, entre R$ 6,00 a R$ 12,00/kg ou R$ 1,50 a R$ 1,70/bandeja. A cultura nesta safra apresenta baixa ocorrência de pragas e doenças. Pequenas áreas de tomate longa vida se apresentam em fase de desenvolvimento e colheita; neste momento a principal preocupação refere-se à ocorrência da broca pequena do fruto. A caixa de 20 kg quilos está sendo comercializada a R$ 50,00. Cebola - Inicia a semeadura das variedades precoces cultivadas na região Serrana. Há expectativa de aumento de área transplantada com esses materiais, motivação essa derivada pela forte e constante recuperação das cotações que o bulbo vem angariando. O material estocado nos galpões se mantém em boas condições; porém as baixas temperaturas noturnas ocorridas ultimamente despertam preocupação nos cebolicultores em função da real possibilidade de os bulbos iniciarem a movimentação e o esverdeamento do embrião. Tal condição deprecia bastante o produto e, em grau mais adiantado, torna as cebolas impróprias para a comercialização. Cotações firmes e remuneradoras, tendo variado na propriedade de R$ 1,70 e R$ 2,00/kg.

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Brássicas - A produção de brócolis e couve-flor sofreu perdas com as últimas chuvas fortes, que chegaram a 30% nos brócolis em ponto de colheita e de 20 a 25% na couve-flor com mesmo estágio fenológico. As perdas não foram perceptíveis em repolho. As variedades que estão sendo colhidas ainda são as de verão, com destaque para Vick no couve-flor e Avenger para o brócolis; o plantio das variedades de inverno já foi iniciado. A situação comercial das brássicas no Vale do Caí é de um mercado em alta: brócolis vendido a R$ 30,00/dúzia e couve-flor a R$ 35,00/dúzia. Contudo, os repolhos estão com preço em baixa desde a edição anterior do Informativo Conjuntural; o verde a R$1,50/unidade e o repolho roxo a R$ 18,00/dúzia. Chuchu - Em fase de colheita. A situação fitossanitária é de regular a boa, com alguns problemas de doenças fúngicas, principalmente a antracnose. Também houve relato de alguns problemas pontuais com abortamento em função dos picos de temperatura. Desenvolvimento normal da cultura em função dos dias ensolarados e com pouca umidade. O período foi de intensa colheita, com bastante oferta de produto e de cotação estável. Com relação ao preço, nas últimas semanas se situou em média de R$ 0,45 a R$ 0,55/kg.

Alface – Tem grande oferta e boa sanidade a alface produzida no Vale do Caí; ocorrência de pulgões em algumas áreas. Verificou-se no período, particularmente nos cultivos hidropônicos, a ocorrência de tip burn, também conhecido como queima de borda, um distúrbio fisiológico associado à má formação dos tecidos meristemáticos, em função da falta de cálcio (Ca) em momentos de abafamento e altas temperaturas. Comercialização a R$ 15,00/dúzia (ambiente protegido) e R$ 8,00/dúzia (campo). No Vale do Taquari, houve pequena redução na temperatura no período; ocorreram melhorias no padrão desta cultura, que se encontra o ano todo em fase de plantio, desenvolvimento e colheita. Preço praticado ao produtor à ordem de R$ 0,80/unidade. Aipim/mandioca - A colheita está acontecendo com boa produtividade: 14 a 15 t/ha (segundo os agricultores), boa sanidade em decorrência principalmente de um ano seco, o que não favorece o desenvolvimento da principal doença (bacteriose). O grande problema está no preço e na dificuldade de comercialização na Ceasa. Uma das causas apontadas é a alta produção de

batatinha inglesa, que está sendo comercializada aqui por um valor baixíssimo. O preço pago ao produtor de aipim do Vale do Taquari está em R$ 8,00/cx., que não é atrativo. Milho-verde - Agricultores do Vale do Taquari estão colhendo a segunda safra (safrinha), que diminuiu em relação à primeira. Como as condições climáticas melhoraram nos últimos meses, o plantio parcelado continua para os produtores que destinam especialmente para a comercialização na Ceasa. A produtividade média fica na faixa de 30 a 40 mil espigas colhidas/ha, numa densidade de 45 a 50 mil plantas/ha, gerando 15 t/ha em média. A maior parte da cultura é comercializada na Ceasa. Apenas uma parte é beneficiada por uma agroindústria e vendida para uma rede de mercados. O valor pago ao agricultor está na faixa de R$ 0,15 a R$ 0,18/espiga. Feijão-de-vagem - No município de Muçum, que possui microclima, esta cultura apresenta-se em fase de desenvolvimento vegetativo, colheita, com áreas de novos plantios. O preço praticado é de R$ 4,00/kg. No Vale do Caí, áreas implantadas com bom desenvolvimento vegetativo e em fase de colheita. Não há relatos de pragas ou doenças significativas. Comercialização a R$ 35,00/sc. de 10 quilos. Comercialização de Hortigranjeiros

Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, entre o período de 17 e 24/04/2018, tivemos 22 produtos estáveis em preços, dois em alta e 11 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Não ocorreram destaques em alta.

Dois produtos destacaram-se em baixa.

Mamão Formosa – de R$ 4,50 para R$ 3,33/kg (- 26%). Finalização de período com excesso de chuvas no Nordeste e consequente diminuição das doenças fúngicas. A oferta de mamão vem melhorando e os preços de atacado estão em declínio. Cotações anteriores muito elevadas promoveram retração nas vendas de atacado. Espera-se que agora, com preços em declínio, melhore o escoamento deste produto.

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Vagem – de R$ 5,00 para R$ 3,00/kg (- 40%). Safra gaúcha; temperaturas amenas à noite e boa insolação favorecem a produção e a melhoria da oferta. Entraram para comércio nesta terça-feira cerca de 16.042 quilos de vagem, enquanto a média por dia forte no último triênio para abril foi de 22.030 quilos. O preço médio formado em 24/4 foi de R$ 3,00/kg, enquanto no triênio/abril foi de R$ 3,52/kg. Por outro lado, este período do mês demonstra que a retração nas vendas foi fator muito forte na queda dos preços de atacado desta olerícola.

Produtos em alta

17/4/18 (R$)

24/4/18 (R$)

Aumento (%)

Moranguinho (kg)

10,00 12,00 + 20,00

Manga (kg) 3,00 3,06 + 2,00

Produtos em

baixa 17/4/18

(R$) 24/4/18

(R$) Redução

(%)

Laranja suco (kg)

1,44 1,39 - 3,47

Mamão Formosa (kg)

4,50 3,33 - 26,00

Alface (pé) 1,25 1,00 - 20,00

Milho-verde (bdj.)

1,20 1,00 - 16,67

Pepino salada (kg)

1,50 1,40 - 6,67

Pimentão verde (kg)

4,00 3,50 - 12,50

Tomate caqui longa vida (kg)

2,25 2,00 - 11,11

Vagem (kg) 5,00 3,00 - 40,00

Batata (kg) 1,20 1,00 - 16,67

Aipim/mandioca (kg)

0,75 0,70 - 6,67

Ovo branco (dúzia)

2,67 2,60 - 2,62

No Vale do Caí, a comercialização de alguns produtos em feiras de produtores e propriedades se dá conforme abaixo:

Pimentão – de R$ 35,00 a R$ 40,00/cx. de 10 quilos Feijão-vagem – R$ 35,00/sc. de 10 quilos Aipim - de R$ 15,00 a R$ 18,00/cx. de 20 quilos Moranga - R$ 20,00/sc. de 20 quilos Batata-doce - R$ 25,00 cx. de 20 quilos Milho-verde - R$ 1,60/pacote com três espigas Abobrinha soquete - R$ 15,00/cx. de 20 quilos

CRIAÇÕES Bovinocultura de corte - Mais uma semana de

clima favorável para o desenvolvimento de

campos nativos e pastagens cultivadas de verão.

O nível adequado de umidade do solo

proporcionado por chuvas regulares nas últimas

semanas, associado a boa radiação solar e

temperaturas amenas noite e elevadas durante o

dia, possibilitou boa recuperação das pastagens,

muito prejudicadas pelas estiagens frequentes nos

três primeiros meses do ano.

As pastagens de verão capim sudão, milheto e

sorgo forrageiro estavam com pouco

desenvolvimento devido à falta de umidade do

solo, embora muitas espécies já estejam no final

do ciclo de produção. Algumas pastagens de

segundo ano estão rebrotando.

Nas áreas de cultivo com soja que já foram

acolhidas, intensifica-se a germinação das

pastagens de inverno, principalmente aveia e

azevém semeadas a lanço ou por aviação, no

sistema de integração lavoura-pecuária, para a

engorda e pastoreio do gado de corte ou para

cobertura do solo, com posterior incorporação de

matéria orgânica. O clima também é favorável ao

desenvolvimento do azevém guaxo que

complementará a oferta de volumoso em pleno

inverno. Em locais onde produtores realizaram

plantio mais no cedo se observa um bom

estabelecimento inicial das pastagens

implantadas. As restevas de arroz recém-colhidas

são uma boa opção forrageira, apesar da volta das

chuvas. Melhoram também as condições de

implantação das pastagens com leguminosas

(trevos e cornichões). Período de aplicação de

adubo nitrogenado nas pastagens de inverno para

antecipar utilização. Os produtores reclamam dos

altos preços das sementes forrageiras para

implantação das pastagens de inverno.

Escore corporal: diante desse quadro, nota-se

recuperação de peso do rebanho bovino, com

possibilidade de entrar o inverno com bom escore

corporal. Ocorreu também uma melhora nas

aguadas para dessedentação animal, que vinham

sendo prejudicadas pela estiagem. O manejo das

lotações das pastagens deve ser de acordo com a

oferta.

Manejo sanitário: ainda é forte a infestação por

carrapatos e mosca-do-chifre, principalmente com

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a volta da umidade e as temperaturas se

mantendo elevadas. Casos de tristeza parasitária

são registrados, típicos do ataque dos carrapatos

de terceira geração. Produtores vacinam também

contra clostridiose e brucelose e fazem o controle

das verminoses na bovinocultura.

Manejo reprodutivo: a partir deste mês, se

intensificam os diagnósticos de gestação,

apartando as vacas vazias para descarte e

engorda. No diagnóstico de gestação, são

aplicadas as vacinas para doenças da reprodução

nas vacas prenhes (IBR, BVD e leptospirose). Se

intensificam os desmames de terneiros e preparos

para as feiras que se realizam no final de abril e

durante maio. Na região Sul, em função da

estiagem na época do entoure, os primeiros

resultados dos diagnósticos de gestação apontam

índices em torno de 50% de prenhez para vacas

entouradas com terneiro ao pé.

Comercialização

Leve queda nas cotações de gado gordo. No

entanto, no município de Cacequi, o preço reagiu

e chegou a R$ 4,90/kg vivo; em relação ao gado

de invernar, a procura deve acentuar nas

próximas semanas, já que pastagens nas restevas

das culturas de verão devem estar disponíveis a

partir da segunda quinzena de maio; terneiros já

estão sendo comercializados com boa valorização,

principalmente para aqueles com características

raciais menos azebuadas. Em alguns municípios, iniciaram as feiras de

terneiros, que se estenderão durante o mês de

maio. No município de Santa Vitória do Palmar,

ocorreu feira do terneiro, sendo comercializados

aproximadamente 1.700 animais, com preço

médio de R$ 6,00/kg vivo. Na região de Passo

Fundo, os preços médios praticados na semana

foram de R$ 4,80 e R$ 6,20/kg, para novilhos de

engorda; o boi gordo foi comercializado com preço

entre R$ 5,00 e R$ 5,20/kg vivo e a vaca descarte,

com preço médio de R$ 3,80 e R$ 4,80/kg vivo. Na

região de Pelotas, na última semana, ocorreram

mais dois carregamentos de sete mil bovinos

vivos, cada um, embarcados em dois navios com

destino à Turquia. Está programado o embarque

de mais quatro lotes, totalizando 40 mil bovinos

embarcados em um período de 40 dias. Este

trabalho implica em um grande esforço de várias

empresas e órgão públicos envolvidos em todas

as etapas do processo: abertura de quarentena,

acompanhamento dos protocolos sanitários e de

bem-estar animal, fechamento de quarentena,

embarque dos animais, controle no transporte e

por fim o embarque no navio-curral no Porto de

Rio Grande. Segue a procura por terneiros inteiros

para exportação, com preços entre R$ 6,00 e R$

6,30/kg vivo.

Bovinocultura de leite - Pastagens: a oferta de

forragem é satisfatória, pois as condições

climáticas – chuva, radiação solar e temperatura –

são propícias ao desenvolvimento das espécies

forrageiras de verão (tíftons, panicuns, braquiárias,

entre outras). Neste momento os produtores

realizam o plantio de pastagens de inverno, tanto

nas áreas de soja já colhidas como nas áreas de

forrageiras anuais de verão cuja capacidade de

rebrote terminou, tentando fugir do período de

vazio forrageiro, destacando-se a implantação do

trigo duplo propósito BRS Tarumã, centeio e

triticale e logo na sequência aveia e azevém,

culturas tradicionais no período de inverno. As

primeiras áreas semeadas apresentam boa

emergência e desenvolvimento vegetativo,

podendo antecipar a oferta de forragem de

inverno. A única preocupação é a incidência de

pulgão pelas temperaturas altas, exigindo controle

com inseticidas específicos. O desenvolvimento e

o rebrote das pastagens perenes como tífton e

jiggs ainda são considerados bons devido às altas

temperaturas durante dia e boa umidade do solo,

proporcionando o pastoreio direto e também a

fenação como ferramenta de manejo dos pastos,

favorecendo o rebrote e a formação de folhas

novas.

Na resteva da soja colhida, o azevém “voluntário”

está em germinação. Muitas dessas áreas são

utilizadas no inverno para gado de leite e corte,

utilizando-se o azevém de ressemeadura. Essa

prática, embora não recomendada, é frequente.

Recomenda-se a realização de semeadura de

uma espécie forrageira de inverno (aveia, azevém,

nabo) dentro dos parâmetros técnicos, visando

cobertura de solo e/ou utilização para pastejo.

Com a redução da oferta de pastagens de verão,

aliada ao fato de as pastagens de inverno ainda

não estarem em ponto de pastejo, os produtores

têm que fornecer mais silagem e ração para o

plantel, aumentando os custos de produção.

Com a boa chuva ocorrida nesta segunda

quinzena do mês, os produtores aproveitaram para

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realizar adubação de cobertura nas áreas já

implantadas.

Produção: está em níveis inferiores se observada

a média histórica para esta época do ano. A queda

na produção já está sendo percebida na maioria

das propriedades, que estão entrando no vazio

forrageiro, caracterizado pelo menor aporte de

massa verde, pelas pastagens anuais, nativas e

perenes de verão e pastagens de inverno e

silagem em implantação. Por outro lado, nesta

época do ano, as temperaturas já estão mais

amenas, favorecendo os animais leiteiros por não

sofrerem com estresse calórico.

Silagem: lavouras de milho apresentam bom

desenvolvimento, baixa incidência de doenças e

pragas e com espigas bem desenvolvidas. A

produtividade das lavouras é satisfatória em

condições onde o manejo cultural e da adubação

foram tecnicamente eficientes. Algumas lavouras

de milho já ensiladas tiveram algumas perdas de

volume e qualidade por conta das baixas

precipitações no mês de fevereiro. As lavouras de

milho safrinha, que se encontram nas fases de

floração e enchimento de grãos, são favorecidas

pelas condições de normalidade do clima.

Sanidade: registra-se a ocorrência de vários

casos de tristeza parasitária bovina em algumas

propriedades. O manejo sanitário, através do uso

de vacinas reprodutivas, tem sido incrementado

nas propriedades assistidas garantido a melhor

sanidade ao rebanho.

Comercialização

Os preços pagos ao produtor apresentaram

pequena variação para o leite, com valores entre

R$ 0,98 e R$ 1,20/L, de acordo com o volume de

leite e melhores parâmetros de proteína, gordura,

CCS conforme instrução normativa nº 62 do Mapa.

Ovinocultura - A condição corporal do rebanho

ovino em geral é boa e com a ocorrência de

chuvas nas últimas semanas deverá iniciar a

recuperação do rebrote do campo nativo e

também início da utilização de algumas pastagens

cultivadas de verão. Se concentram as práticas de

controle das verminoses, embora com o verão

mais seco tenha havido menor incidência. Período

de banhos sarnicida e piolhicida com produtos

específicos recomendados pelo serviço oficial de

defesa agropecuária. Época de monta já em fase

final. A maioria dos produtores já retirou os

carneiros. Alguns produtores, com rebanhos que

irão parir mais cedo, iniciaram a esquila pré-parto.

O momento é de cultivo de pastagens de inverno

para garantir a nutrição adequada das matrizes até

o momento do parto e lactação.

Comercialização: atualmente a oferta é de

ovelhas velhas e com problemas reprodutivos

descartadas, cordeiros e capões, com preços

considerados satisfatórios pelos produtores. Em

São Gabriel, os preços do quilo da lã praticados

pela Cooperativa Tejupá são os seguintes: Merina

R$ 21,00/kg, Ideal R$ 17,00/kg, Corriedale R$

9,00/kg, Romney Marsh 7,00/kg, raças de carne a

R$ 5,00/kg, lã de cordeiro de R$ 5,00 a 6,00/kg

(Corriedale) e de R$ 8,00 a R$ 9,00/kg (Merino).

Na região de Santa Maria, o preço médio

aumentou em 10 centavos, ficando em R$ 5,80/kg

de cordeiro vivo.

Suinocultura - Na última semana, os preços

pagos ao produtor integrado foram de R$ 2,80/kg

vivo e de R$ 2,80 e R$ 3,20/kg vivo para o

produtor independente.

O volume de negócios enfraqueceu na última semana no mercado de suínos.

Pesca artesanal - No município de Rio Grande,

segue a safra do camarão, com produção maior

que a expectativa inicial. Há pouca procura por

compradores em larga escala. Estes fatores

influenciam na queda do preço. O período de

captura se mantém até o mês de maio, quando

inicia um novo período de defeso. A safra de Siri

também é considerada satisfatória, sendo

comercializado pelos pescadores a R$ 15,00/kg.

Em São José do Norte, se observa a diminuição

na safra de camarão na Lagoa do Peixe. Em São

Lourenço do Sul, o fato da Lagoa dos Patos ter

salgado favorece a atividade, além da boa captura

da tainha começa a aparecer camarão nas

proximidades do município. Em Arroio Grande,

na Lagoa Mirim, a produção de peixes na Coopesi

é baixa. Segundo a diretoria foram beneficiados

em torno de 700 quilos de traíra, o que é muito

baixo para a capacidade da indústria. Na Região

Santa Rosa, em função das constantes diferenças

de nível do rio e da mudança da sua coloração, o

volume de pescado tem diminuído.

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Evento

Ocorre em 26 de abril, em São

José do Norte, o Fórum da Lagoa com

vários pontos de pauta: apresentação do

projeto Polo Pesqueiro, relato da reunião

em Brasília sobre a pesca da Tainha,

relato da reunião do Congapes com

apresentação do Código Gaúcho de

Pesca.

Piscicultura – na região de Santa Rosa, diversos

escritórios municipais estão realizando pedido de

alevinos, alevinão e juvenil das diversas espécies.

Produtores que realizaram a despescas dos

tanques, visando o período da semana santa,

estão satisfeitos com a comercialização, sendo

que os preços giraram na faixa do R$ 10,00/kg do

peixe abatido, sendo que muitos estão realizando

reformas nos açudes ou repondo os alevinos nos

tanques e açudes. Vários municípios ainda estão

fazendo jantar do peixe, para valorizar os cultivos,

os produtores e suas famílias, além de oportunizar

alimentação variada para os moradores das

cidades.

Apicultura - Região de Passo Fundo - clima

adequado para a produção de mel, apesar das

temperaturas noturnas mais baixas. Naqueles

apiários melhor manejados, está sendo realizada a

terceira colheita do mel. O apicultor deve estar

atento para o manejo dessa época do ano,

visando a manutenção e o fortalecimento dos

enxames para o período do inverno (de baixa

florada e menor atividade das abelhas). As

floradas predominantes são de espécies nativas.

O preço pago ao produtor está entre R$ 20,00 e

R$ 25,00/kg. Nessa época, o produtor registra

uma dificuldade maior de comercialização da

produção, uma vez que ocorre maior oferta de mel

no mercado.

Região de Pelotas - fase predominante na região

é de final de colheita. Em geral, boas produções

vêm sendo registradas; ocorre colocação de

melgueiras para aproveitamento da florada tardia,

destacando-se o Eucaliptus robusta; tratamento da

varroa e criação de núcleos. Em Pinheiro

Machado, colheita em andamento, com médias

em torno de 15 quilos por colmeia. Produtores

preocupados com a falta de mercado para o mel a

granel. Já em Rio Grande, colheita em fase final

com média próxima a 20 kg/caixa. A criação da

Associação de Apicultores está em fase de

publicação de edital para registro no Cartório. Em

Turuçu, preparação para concurso municipal do

mel, previsto para 10 de maio e para o concurso

regional a ser realizado em Jaguarão em 22 de

maio. Preços seguem sem alteração: mel

embalado varia de R$ 15,00/kg em Piratini a R$

25,00/kg em Rio Grande. O mel a granel está

sendo comercializado a R$ 9,50/kg em Jaguarão e

a R$ 15,00/kg em Rio Grande e Canguçu.

Região de Santa Rosa - apicultores realizam a

colheita do mel; segundo relatos, cerca da metade

dos enxames apresenta boa produção, e metade

apresenta pouca produção, menor que o ano

anterior. Também estão comercializando no

atacado e varejo, buscando a troca de cera para o

manejo das colmeias. De maneira geral os

produtores manejam as colmeias para a entrada

do inverno. Preço do mel em Guarani das Missões

varia entre R$ 15,00 e R$ 20,00/kg quando

vendido em embalagens de quilo ou meio quilo, ou

a R$ 50,00 quando a venda ocorre em embalagem

de garrafa pet de dois litros, o que equivale a três

quilos de mel na embalagem, modalidade bastante

usual e procurada pelo consumidor local.

Região de Soledade - mel comercializado na faixa de R$ 7,00 a R$ 9,00/kg para venda de volumes maiores em tambores. Na venda em pequenas quantidades, pode chegar a valores entre R$ 15,00 e R$ 17,00/kg. O mercado está reagindo para venda de mel em maiores quantidades. A floração nessa época é significativa, e a safra de outono que está em colheita promete ser satisfatória. O mel de outono normalmente tem uma coloração mais escura por conta das caraterística das floradas da época.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013-017

26/04/2018 19/04/2018 29/03/2018 27/04/2017 GERAL ABRIL

Arroz em Casca 50 kg 34,94 35,57 34,48 41,92 45,79 44,15

Feijão 60 kg 129,24 127,00 130,13 164,89 189,96 199,50

Milho 60 kg 34,41 34,31 33,26 23,38 32,03 32,42

Soja 60 kg 75,82 76,98 70,75 60,78 76,42 72,44

Sorgo 60kg 22,67 22,67 21,33 23,49 27,94 26,61

Trigo 60 kg 35,91 35,07 32,77 29,89 38,18 37,66

Boi para Abate kg vivo 4,84 4,80 4,81 5,12 5,39 5,35

Vaca para Abate kg vivo 4,13 4,13 4,18 4,53 4,81 4,77

Cordeiro para Abate kg vivo 5,90 5,86 5,89 5,76 5,72 5,56

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,16 3,12 3,16 3,61 4,00 3,93

Leite (valor liquido recebido) litro 1,01 0,99 0,95 1,24 1,11 1,05

23/04-27/04 16/04-20/04 26/03-30/03 24/04-28/04

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral

é a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.