otÍcia n s - centro espirita irmã scheilla e proluz · 2017. 5. 31. · que dizem. eu, ao...

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Órgão de divulgação da Doutrina Espírita Í C I T A O S N ANO III N° 21 Maio / Junho de 2005 www.editoraproluz.com.br A mulher traz em si a divina síntese do Homem-Deus, pois ela ultrapassa os limi- tes do humano para alcançar o divino, na oportunidade co- creadora de multipli- car a vida. Ela, mu- lher, tem o condão de oferecer o alento ini- cial, capaz de propi- ciar a multiplicação celular, que resulta na organização do complexo corporal. Até aqui ela participa como mãe-mulher, todavia a sua faceta divina resplandece quando ela se mostra a mulher-mãe, doando-se ao filho sem restrições, limites ou compensações, do primeiro ato da amamentação, até a última lágrima que verte compartilhando a dor do filho. Entretanto, ela, a mãe-mulher, floresce como divina oferta ao filho, quando além de sofrer as suas dores, padece os seus sofrimentos e esflora os sorrisos de verdadeira alegria, pelas vitórias dos seus rebentos. Nenhum filho, por mais bondoso, rico ou poderoso que seja, alcança condições de compensar a doação de amor recebida da mãe-mulher. A única forma de devolver algo do que dela recebeu, seria dar-lhe de volta a alegria de mostrar-lhe que, além de ser Homem-Filho, o é, tam- bém, Filho-Homem. Nenhuma homenagem que possamos prestar seria capaz de elevar-se à altura da mãe, por isso ajoelhados e gratos, todos, em coro, deveríamos orar à Deusa-Mãe, dizendo: Obrigado, MÃE! DA REDAÇÃO MÃE-MULHER O ministério das mães é, indiscuti- velmente, o mais alto, na expe- riência terrestre, mesmo porque a própria manifestação do Cristo no mundo depende quase que inteiramente da colaboração da mulher personificada, em toda a sua nobreza e esplendor espiri- tual, no coração da Nossa Mãe Santíssima. (Emmanuel) Mãe, brisa, alento ou canção Sementeira de vida e amor, Mão segura, abrigo, calor, Amiga, amparo, proteção. Mãe, presença reconfortante, Embalo, força para vida, Abraço, seguro, guarida, Reserva de força bastante. Mãe, conselho ensinamento, Pausa, reflexão no caminho Palavra, oração, carinho, Presente a cada momento. Voz que brada aconselhando, Levando a todos despertar, Ensinando a viver e caminhar Sendo, existindo, amando. Mãe, a doce mãe, conselheira Baliza firme e segura, Na alegria ou amargura Ela, amiga, verdadeira. Tu és bem mais que um ser qualquer, És em ti, toda fortaleza, Desprendimento e grandeza, És mais que um ser, és mãe-mulher.

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  • Órgão de divulgação da Doutrina Espírita

    ÍCIT AO SN

    ANO III N° 21 Maio / Junho de 2005 www.editoraproluz.com.br

    A mulher traz em

    si a divina síntese do

    Homem-Deus, pois

    ela ultrapassa os limi-

    tes do humano para

    alcançar o divino, na

    oportunidade co-

    creadora de multipli-

    car a vida. Ela, mu-

    lher, tem o condão de

    oferecer o alento ini-

    cial, capaz de propi-

    ciar a multiplicação

    celular, que resulta

    na organização do

    complexo corporal.

    Até aqui ela participa como mãe-mulher, todavia a sua

    faceta divina resplandece quando ela se mostra a

    mulher-mãe, doando-se ao filho sem restrições, limites

    ou compensações, do primeiro ato da amamentação, até

    a última lágrima que verte compartilhando a dor do

    filho. Entretanto, ela, a mãe-mulher, floresce como

    divina oferta ao filho, quando além de sofrer as suas

    dores, padece os seus sofrimentos e esflora os sorrisos

    de verdadeira alegria, pelas vitórias dos seus rebentos.

    Nenhum filho, por mais bondoso, rico ou poderoso que

    seja, alcança condições de compensar a doação de amor

    recebida da mãe-mulher. A única forma de devolver algo

    do que dela recebeu, seria dar-lhe de volta a alegria de

    mostrar-lhe que, além de ser Homem-Filho, o é, tam-

    bém, Filho-Homem.

    Nenhuma homenagem que possamos prestar seria

    capaz de elevar-se à altura da mãe, por isso ajoelhados

    e gratos, todos, em coro, deveríamos orar à Deusa-Mãe,

    dizendo: Obrigado, MÃE!

    DA REDAÇÃO

    MÃE-MULHER

    O ministério das mães é, indiscuti-velmente, o mais alto, na expe-riência terrestre, mesmo porque a própria manifestação do Cristo no mundo depende quase que inteiramente da colaboração da mulher personificada, em toda a sua nobreza e esplendor espiri-tual, no coração da Nossa Mãe Santíssima. (Emmanuel)

    Mãe, brisa, alento ou cançãoSementeira de vida e amor,Mão segura, abrigo, calor, Amiga, amparo, proteção.

    Mãe, presença reconfortante,Embalo, força para vida,Abraço, seguro, guarida,Reserva de força bastante.

    Mãe, conselho ensinamento,Pausa, reflexão no caminhoPalavra, oração, carinho,Presente a cada momento.

    Voz que brada aconselhando,Levando a todos despertar,Ensinando a viver e caminharSendo, existindo, amando.

    Mãe, a doce mãe, conselheiraBaliza firme e segura,Na alegria ou amarguraEla, amiga, verdadeira.

    Tu és bem mais que um ser qualquer,És em ti, toda fortaleza,Desprendimento e grandeza,És mais que um ser, és mãe-mulher.

  • 2 Goiânia, Maio / Junho de 2005ÍCT IAO SN

    Av. Emília Tavares (T-2), 3534 - Vila Bethel - Goiânia - Go.CEP 74410-200 - Fone: (62) 233-4353 - Fax (62) 291-5336

    Cerâmica Batistella - MetalosaClassinox - Tarza - Radial

    DO BANCO DA PRAÇA

    Quando fazia a

    minha caminhada

    mat ina l , v i -me

    fronteando um ser

    que dizia chamar-

    se Cemitério. Por

    alguns momentos,

    levado pelas notícias da tradição, temi aque-

    la presença. Todavia, olhando bem, ele dava

    mostra de serenidade e uma certa alegria.

    Intrigado quis saber:

    — Tua fama é de meter medo, mas per-

    cebo que você está aparentemente sereno e

    alegre. Como concilias a versão e o fato?

    — Muitos falam sem se aperceberem do

    que dizem. Eu, ao contrário do medo que

    espalham, em verdade sou a pausa entre a

    vida física e a morte, para a verdadeira refle-

    xão que deve ser feita antes da mensuração

    de valores, para alcançar-se a paz que todos

    almejam. Aqui, em minhas entranhas, guar-

    do e nivelo poderosos e humildes, ricos e

    pobres, belos e monstruosos, tiranos e

    escravos, saudáveis e molestados e me

    alegro por oferecer-lhes oportunidade para

    perceberem que os valores transitórios da

    matéria não se alentam além da lousa fria da

    sepultura, de onde somente transitam para o

    mundo da verdadeira vida, os valores que

    adornam a alma. Por isso, meu amigo, vivo

    sereno e alegre pela oportunidade de servir.

    — Mas, redargui, nem todos acreditam

    nisso e poucos refletem diante da transição

    da morte.

    — Creiam ou não, pouco importa, pois o

    certo é que, hoje ou amanhã, todos me pedi-

    rão agasalho e, naquela oportunidade, eu os

    convidarei para refletir e retirar da inutilidade

    de seus despojos, a lição da qual carecem.

    Não esqueça, existe uma interação ciclópica

    entre a vida e a morte na eterna caminhada

    para o conhecimento.

    O CEMITÉRIOcam a Verdade. Na som-

    bra abençoada daquela

    casa de orações muitas

    dores já foram lenidas,

    angústias foram supera-

    das e dúvidas restaram

    esclarecidas, tudo em si-

    lêncio, sem o toque tea-

    tral do milagre. Os traba-

    lhadores que ali se reve-

    zam, sejam encarnados

    ou espirituais, laboram

    em silêncio, tal como o

    Os trabalhadores do ensinou o Mestre dos

    Mundo Espiritual labo- mestres. Muitas dificul-

    ram de forma incessante dades e procelas foram

    auxiliando os encarna- superadas, certamente

    dos na difícil travessia com o amparo fraterno

    pela experiência da car- dos obreiros do Alto,

    ne. Há trinta e nove anos, mas, não sem o esforço

    exatamente no dia 29 de e desprendimento de tra-

    maio de 1966 um grupo balhadores encarnados,

    de abnegados obreiros que se revezam na tarefa

    do bem, inspirados pelos de servir e propagar a

    Espíritos Superiores, to- Doutrina Consoladora,

    maram a iniciativa de an- que tem por lema crer em

    corar na Terra, exata- Deus, praticar o bem e

    mente em Goiânia, um buscar a Verdade.

    FOCO DE LUZ para es- O Centro Espírita

    clarecer, edificar e con- “Irmã Scheilla” come-

    solar os espíritos encar- mora em silêncio, toda-

    nados que buscam eluci- via envolto nos eflúvios

    dação, socorro e o cami- da fé, mais um ano de

    nho para a luz. Aquele profícua existência, onde

    grupo encabeçado pelo seus trabalhadores de

    espírito luminoso de Joa- mãos dadas, enlaçados

    quim Leal Corrêa, fun- pela fraternidade, se-

    dou o Centro Espírita guem os passos de

    Irmã Scheilla, que pas- Jesus, ofertando de gra-

    sou a ser uma sombra ça o que de graça rece-

    protetora para os angus- beram, amando-se uns

    tiados e um farol a ilumi- aos outros como o Rabi

    nar as pessoas que bus- ensinou e praticou.

    FOCO LUMINOSO

    Em família, os desígnios de Deus promovem o encontro de espíritos que caminham buscando a melhoria e avanço do conhecimento. Nem todos pensam da mesma forma, todos portam mazelas e virtudes. O que importa é que ninguém exija a perfeição dos outros e aprenda a tolerar as falências mútuas, cultivando a paciência, a tolerância e a fraternidade, transformando-se em bom exemplo para os demais.

    CAPELLI, Esse. Retalhos de Vidas. Goiânia: Proluz, 2002, p. 74.

  • 3ÍCT IAO SN

    QUANDO O DIVÓRCIO É NECESSÁRIOPerguntam-nos se o casamento é indissolúvel. Nada é sacrificiais entendemos o reencontro de alma iluminada

    imutável, a não ser o que vem de Deus. Toda obra humana com alma inferiorizada, com o objetivo de a esta redimir. Já está sujeita a mudanças. Já as leis da Natureza, estabele- nos casamentos afins, ou reencontro de corações amigos, cidas pela sabedoria divina, são as mesmas em todos os duas almas irmãs se realizam servindo juntas e, assim, tempos e em todo o mundo. As leis dos homens se alte- consolidando afetos. Finalmente, temos os transcenden-ram, de acordo com as épocas, os lugares e o progresso tes, envolvendo almas já engrandecidas no bem. da inteligência. No casamento, o que é de ordem divina é a Outro bom livro sobre o assunto é Vida e Sexo, de união dos sexos para permitir a renovação dos seres que Emmanuel e Francisco Cândido Xavier. Dele compilamos morrem. As condições que regulam essa união são de tal os seguintes ensinamentos: modo humanas que não há, nos cinco continentes, e “Partindo do princípio de que não existem uniões con-mesmo na cristandade, dois países onde elas sejam jugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado exatamente as mesmas, nem existe sequer uma nação na entre as criaturas. É aí, nos laços matrimoniais definidos qual não tenham sofrido mudanças através dos anos. nas leis do mundo, que se operam burilamentos e reconci-

    O divórcio é, portanto, aceitável? O divórcio é lei huma- liações endereçadas à precisa sublimação da alma. Ocor-na, que tem por objetivo separar legalmente o que, de fato, re que a Sabedoria Divina jamais institui princípios de vio-já está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois ape- lência, e o espírito, conquanto em muitas situações agrave nas reforma o que os homens fizeram e só é aplicável nos os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, casos em que não se levou em conta a lei divina. A lei divi- recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o de-na é a lei do amor. É o amor que realmente une as criaturas sempenho dos compromissos que abraça. Por vezes, o e só ele constrói para a eternidade. Esses conceitos, mais companheiro ou a companheira volta ao exercício da detalhados, o gentil leitor encontra em O Evangelho Se- crueldade de outro tempo, seja através de menosprezo, gundo o Espiritismo, a terceira obra de Allan Kardec, publi- desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudi-cada em 1864, há, portanto, 141 anos. cado nem sempre encontra recursos em si para se sobre-

    Jesus não casou ninguém, nem mandou seus discípu- por aos processos de dilapidação moral de que é vítima.los casarem mas aprovou o casamento. No Evangelho de Compelidos, muita vez, às últimas fronteiras da resis-João, ele inicia sua vida pública indo acompanhado dos tência, é natural que o esposo ou a esposa, relegado a so-primeiros apóstolos a um casamento, na cidade de Caná, frimento indébito, se valha do divórcio por medida extrema onde encontrou sua mãe e, a pedido dela, transformou contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que água em vinho. Em outras passagens, o Mestre se refere lhes complicariam ainda mais o destino. Nesses lances de ao casamento sempre com o maior respeito. O casamen- experiência, surge a separação à maneira de bênção to, entre todos os povos, é uma instituição sagrada, berço necessária e o cônjuge prejudicado encontra no tribunal da da família, célula mater da sociedade. própria consciência o apoio moral da auto-aprovação para

    Por que uns casamentos dão certo e outros não? A Terra renovar o caminho que lhe diga respeito, acolhendo ou não ainda é um mundo de expiação e provas, onde encarnam nova companhia para a jornada humana.espíritos imperfeitos. Quando marido e mulher se mostram Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em tempo dispostos a ceder mais e exigir menos, entendendo que a algum, competindo-nos, tão somente, nesse sentido, vida a dois é uma comunhão de ideais e uma divisão de reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos casamentos responsabilidades, certamente sua convivência tende pa- de provação, a fim de que se sobreponham às próprias ra a harmonia capaz de superar as adversidades. suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas da

    Podemos dividir os casamentos em acidentais, prova- regeneração ou expiação que rogaram antes do renasci-cionais, sacrificiais, afins e transcendentes. Os acidentais mento no plano físico, em auxílio a si mesmos. Ainda não passam de simples encontro de almas inferiorizadas, assim, é justo reconhecer que a escravidão não vem de por efeito de atração momentânea, sem qualquer ascen- Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à dente espiritual. Os provacionais são reencontro de almas face das leis eternas”. para reajustes necessários à evolução de ambas. Por

    CANTINHO DO ESPERANTO HARY MILTON

    36. Daí poderíamos concluir que existe gradação evolutiva entre os elementais? É certo que sim, pois nada é estático na obra da Creação. Tal como o espírito hominal, o espírito elemental avança para a perfeição, o que ocorre de forma paralela à progressão huma-na, na sua ordenada própria e, no espaço fractal intermediário entre a terceira e quarta dimensão, onde está situado o inter-valo do seu universo físico.

    37. Existe alguma vantagem para o médium espírita no conhe-cimento e na pratica do contato com os elementais, como se faz costumeiramente nas matas, cachoeiras e pedreiras?Conhecer é bom, pois leva às elucidações necessárias para alcançar a verdade. Todavia, a prática dessa atividade mediú-nica, distancia-se da mediunidade estritamente espírita. Na primeira, o seu praticante de forma contumaz, busca um re-sultado de natureza material e imediata, nem sempre afina-do com a moral, enquanto que na prática verdadeiramente espí-rita, o que se busca tem ressonância mediata ou distante, sem-pre dentro dos ditames moralizadores do Evangelho de Jesus.

    36. Ĉu pro tio oni povas konkludi ke ekzistas evolua gradiĝo inter elementaj estaĵoj?Certe jes, ĉar nenio estas senmova en la faritaĵo de la Kreanto. Tia kia la homa espírito, la elementa spirito alpaŝas cele al perfektiĝo, kaj tio okazas paralele al homa pregresio em ties propra ordinato kaj en intervala spaco inter la tria kaj kvara dimensioj kie situas intervalo de ties fizika universo.

    37. Ĉu estas ia avantaĝo por la spiritsta mediumo tiel en la kono kaj praktika kontakto kun elementaj estaĵoj kiel ordinare okazas ĉe arbaroj, akvofaloj kaj ŝtonejoj?Havigi al si konojn estas taŭga ĉar ili kondukas necesan klarigon por trafi la veron. Tamen praktiko de tiu mediuma aktiveco forigas mediumecon strikte spiritsta. Ĉe la unua, ties obstinega praktikanto serĉas rezulton de materiala karaktero kaj senprokrasta, ne ĉiam agordita kun la moro, dum en la vere spiritista praktiko kion oni serĉas havas resonadon malproksiman, ĉiam laŭ moraligaj konsilojn de la Jesu-evangelio

    JAVIER GODINHO

    Caro Leitor: O Notícias Proluz transcreve, em Português e Esperanto, questões do livro: “Mediunidade: Elucidações Práticas”, ditado pelo espírito Erasmo, através da psicografia de Esse Capelli, publicado pela Editora Proluz.

    Goiânia, Maio / Junho de 2005

  • 4

    ÍCT IAO SN

    A ESCOLA

    Muita caridade se pratica realmente na Terra, como Melhor, porém, é educar.lançamento de alicerces à nossa felicidade futura. Há quem A retificação rude, não raro, produz o temor destrutivo, levante valiosos monumentos de pedra para acolher os já o aperfeiçoamento suave e persuasivo gera sempre o famintos da estrada, saciando-lhes a fome e vestindo-lhes o amor edificante.corpo. O exemplo é a força mais contagiosa do mundo. Por esta

    Quantas vezes temos vertido lágrimas ao pé do enfermo razão, quem conserve hábitos dignos, quem se devote ao abandonado à própria sorte? Em quantas ocasiões a dever bem cumprido, quem fale ou escreva para o bem, indignação nos assoma à boca, diante do sofrimento de combate a ignorância na posição de soldado legítimo do uma criancinha desprezada? progresso. Semelhantes benefícios, no entanto, precisam

    Em razão disto, comumente, a prece de gratidão emerge da sagrada iniciação com o ato de alfabetizar. Ensinar a ler a par de nossa alegria, quando contemplamos as casas de e elevar o padrão mental de quem lê, constituem obras amor fraterno, erguidas pela beneficência nas grandes e nas veneráveis de caridade.pequenas cidades, oferecendo uma pausa ou um ponto Os que trabalham em favor das garantias públicas, se final à dura miséria. quiserem alcançar, efetivamente, as realizações a que se

    Perante o moribundo sem família, que haja encontrado propõem, não podem esquecer, em tempo algum, a instru-um teto, ou diante do menino infeliz, que se regozija com o ção e a educação.seio materno que lhe faltava, faz-se em nossa alma o É por elas e com elas que as nações sobrevivem no grande e intraduzível silêncio do júbilo, que se não turbilhão dos acontecimentos que agitam os séculos. A exterioriza em palavras. claridade que despendem, extingue os pruridos de hege-

    Atentos em semelhante realidade, somos constrangidos monia que desencadeiam os conflitos civis e internacio-a reconhecer que qualquer espécie de benemerência exalta nais, fenece a agressão, desaparece o ódio e apaga o incên-o gênero humano e santifica-o, por fazer-nos mais confian- dio da revolta.tes na virtude e mais seguros de nossa vitória final no bem. Depois da morte, reconhecemos que todas as atividades Referimo-nos à caridade que ampara o velho, abriga o do homem, por mais nobres, terão sido vãs, ou, mesmo, nu-órfão ou cura as feridas de um corpo em chagas. las, caso não se hajam empenhado contra o obscurantismo

    O coração que ajuda é invariavelmente um foco de luz intelectual, próprio ou alheio. Regimes políticos e teorias cujo brilho se irradia em ascensão para os mais altos céus. da inteligência, tronos e togas, tiranos e condutores do Mas uma caridade existe, mais extensa e menos visível, povo se confundem na mesma cinza niveladora se o obje-mais corajosa e menos exercida, que nos pede concurso tivo de aperfeiçoamento espiritual não foi procurado.decisivo para a melhoria substancial da paisagem humana. Educando e educando-se, o espírito penetra a essência É a caridade daquele que ensina. da vida, compreende a lei do uso e elege o equilíbrio por

    A Terra de todos os séculos sofre a flagelação de dois norma de suas menores manifestações.grandes males. Um deles é a miséria. O outro, e o maior, é a Grande é a tarefa do pão, que gera o reconhecimento e a ignorância. É a ignorância a magia negra de todos os simpatia; entretanto, muito maior é o ministério do abece-infortúnios. Ao seu grosso tacão de trevas, o rico esconde o dário, que opera o divino milagre da luz, estabelecendo a ouro destinado à prosperidade, e o pobre se envenena com comunhão magnética entre a inteligência do aprendiz de o desespero, eliminando as possibilidades resultantes do hoje e a mente do instrutor que viveu há milênios.trabalho. Cultura e, sobretudo, esclarecimento, são armas pacífi-

    Pela ignorância, os homens se julgam senhores abso- cas contra a discórdia. Abramos escolas e o canhão se lutos do latifúndio terrestre, que lhes não pertence, recolherá ao museu.arruinando-se em guerras de extermínio; o bom se faz Jesus desempenhou o mais alto apostolado da Terra sem ameaçado pela crueldade esmagadora; o mau se torna pior; uma cátedra de academia, mas não se projetou os séculos a evolução de alguns estaciona com o manifesto atraso de sem as letras sagradas do Evangelho. É preciso ler para muitos, e a vida, que é sempre magnífico patrimônio de saber pensar e compreender.recursos para a sublimação, se vê assediada pela discórdia, Por esta razão expressiva, o Cristo, que consolou almas pela ira, pela ociosidade e pela indigência. aflitas e curou corpos doentes, que patrocinou a causa dos

    Por este motivo, se o orfanato ou o asilo são casas aben- sofredores e construiu caminhos para a salvação das almas çoadas do agasalho e do pão, a escola será, em todos os seus nos continentes infinitos da vida, não se afirmou como graus, um templo da luz divina. O pão mantém a carne sendo restaurador ou médico, advogado ou engenheiro, perecedora enquanto a luz santifica o espírito eterno. Por mas aceitou o título de Mestre e nele se firmou, por uni-isso não bastará disciplinar as maneiras do homem adulto, versal consagração.como quem submete animais inteligentes. Bom e corrigir. Fortaleçamos a escola, pois.

    Espírito Demétrio Nunes Ribeiro / Francisco Cândido Xavier. Falando à Terra. Rio de Janeiro: FEB, 1983.

    Adaptação: EURÍPEDES BALSANULFO DE FREITAS E ABREU

    PARA MEDITAÇÃO PARA MEDITAÇÃO

    Os desafetos constituem forças de nosso conjunto,

    que não podemos eliminar e ainda por essa razão o

    santuário doméstico ou a oficina de trabalho são

    sempre preciosos educandários, em que sombras

    e luzes se misturam para nós com acúleos e flores.

    Emmanuel / F.C. Xavier. Dicionário da Alma. FEB. Emmanuel / F.C. Xavier. Dicionário da Alma. FEB.

    Educar é, por excelência, a função da própria vida. Por isso mesmo, conferimos ao Amigo Celestial o título de Mestre, porque, acima de tudo, Jesus é o mentor subli-me de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.

    Goiânia, Maio / Junho de 2005

  • 5

    ÍCT IAO SN

    GRANDES ESPÍRITOS

    Com o título Grandes Espíritos, a Revista Cristã de Espiri- participação de Chico Xavier e Peixotinho, sessões que se tismo, edição n° 31, presta homenagem ao centenário do nas- intensificaram a partir de 1952 por orientação do plano espi-cimento de Peixotinho, que foi um grande médium de mate- ritual.rialização e efeitos físicos. Por seu intermédio se realizaram Desde então o delegado foi se aproximando do médium e diversas sessões de materialização que ficaram conhecidas acompanhando seu trabalho. “Observava-lhe as menores ati-como as materializações luminosas. Este artigo foi produzido tudes, mas jamais verifiquei um só gesto seu para enganar ou por Érika Silveira. ludibriar”, comenta.

    O médium Francisco Peixoto Lins, conhecido como Peixo- Ranieri teve oportunidade, também, de observá-lo quando tinho, tornou-se famoso por sua notável capacidade mediú- presidiu o Grupo Espírita André Luiz, sociedade da qual nica de materialização e efeitos físicos. Em fevereiro deste Peixotinho participava. Acompanhou tratamentos de doentes, ano completaram-se cem anos do seu nascimento. A Revista cirurgias espirituais e casos de cura relatados pelos próprios Cristã de Espiritismo presta uma pequena homenagem a esse pacientes. Segundo a descrição de Ranieri, o corpo de Peixo-trabalhador que tanto contribuiu para a manifestação dos tinho nessas sessões parecia estar morto e todo iluminado espíritos, mas principalmente para o despertar das pessoas em interiormente.relação à vida após a morte. Uma das maiores provas que o delegado teve foi a mate-

    Peixotinho nasceu em 1° de fevereiro de 1905, na cidade de rialização de sua filha Heleninha, desencarnada quando crian-Pacatuba, Ceará. Logo cedo perdeu os pais, Miguel Peixoto e ça. Mas as demonstrações incontestáveis não param por aí. Joana Alves Peixoto e passou a viver com os tios maternos, em Moldagem de mãos, pés e rostos em parafina com as linhas Fortaleza. No Estado cearense entrou para o seminário, pois idênticas dos espíritos quando encarnados, frases escritas em seus tios desejavam que seguisse a carreira eclesiástica, po- letreiros luminosos com a assinatura do autor desencarnado, rém, por questionar os dogmas da Igreja recebeu vários cas- objetos materializados com pedras e cristais, escrita direta do tigos e acabou abandonando o colégio. Aos 14 anos mudou-se espírito no papel sem a utilização de canetas ou lápis mate-para o Amazonas em busca de melhores condições de vida nos riais. Vale lembrar que nessas reuniões foram tiradas fotos de seringais, mas dois anos depois resolveu retornar para Forta- espíritos materializados, e todas receberam autenticação de leza. Nessa época começava a se manifestar os primeiros próprio punho de Francisco Cândido Xavier.sinais de sua mediunidade, em forma inicial de terrível Tantos foram os fatos surpreendentes que Ranieri acompa-obsessão. O envolvimento espiritual era tão forte que chegou nhou, que tempos depois resolveu passar a anotá-los para a ficar cerca de 20 h em estado cataléptico. Seus familiares publicar um livro. Para isso, pediu permissão à espiritualidade quase o deram como morto. e a autorização foi concedida, inclusive pela famosa enfer-

    Pouco tempo depois sofreu uma paralisia que o deixou meira alemã Scheilla, sempre presente aos trabalhos. Assim prostrado em uma cama durante seis meses. Foi quando um foi publicada pela editora FEESP a obra Materializações vizinho, espírita, pediu autorização aos familiares para lhe Luminosas, que se tornou uma referência em pesquisas sobre aplicar um tratamento espiritual com passes, preces, evange- o fenômeno da materialização.lho no lar e água fluidificada. Em menos de um mês começou O médium Francisco Peixoto Lins desencarnou em 16 de a apresentar uma melhora progressiva. Já estabelecido, pas- junho de 1966 na cidade de Campos, no Rio de Janeiro, porém sou a freqüentar o centro espírita, e foi na doutrina espírita que seu exemplo de trabalho ao próximo permanecerá sempre encontrou respostas para suas dúvidas mais profundas. Ini- imortal.ciou, também, seu desenvolvimento mediúnico. Peixotinho Efeitos Físicos - Peixotinho foi um grande médium de ma-era dotado de diversas capacidades mediúnicas, principal- terialização e efeitos físicos. Por seu intermédio se realizaram mente de efeitos físicos e materialização. diversas sessões de materialização, que ficaram conhecidas

    Em 1926 foi convocado para o serviço militar e transferido como as materializações luminosas. Cabe então esclarecer para o Rio de Janeiro, na época, capital da República. Poste- brevemente como ocorre o fenômeno da materialização.riormente transferido para a cidade de Macaé (RJ), fundou o Para que seja possível os espíritos desencarnados se mate-Centro Espírita Pedro. Em 1933 casou-se com Benedita Viei- rializarem, é necessário que se utilizem do ectoplasma proje-ra Fernandes, com a qual teve nove filhos. Devido a sua tado do médium ou das pessoas presentes que tenham essa carreira militar foi transferido diversas vezes para outras cida- capacidade mediúnica. Essa substância delicadíssima, na des, mas acabou retornando ao Rio de Janeiro, onde reen- visão dos espíritos, é um plasma de origem psíquico que se controu companheiros do Grupo Espírita Pedro, dentre eles, exala através do médium de efeito físico e um pouco dos Antônio Alves Ferreira. As reuniões mediúnicas realizadas na outros. É expelida por todos os poros, mas em maior propor-casa do amigo foram transformadas, daí há alguns meses, no ção pelas narinas, pela boca, pelos ouvidos, ponta dos dedos e Grupo Espírita André Luiz. ainda pelo tórax. Importante ressaltar que não é o espírito que

    Em 1948 foi transferido para Santos. Nesse mesmo ano en- se materializa e sim o ectoplasma que adere a forma do peris-controu pela primeira vez o médium Chico Xavier, na cidade pírito do espírito. Por esse motivo é de tamanha importância de Pedro Leopoldo, onde participou de sessões de materiali- hábitos saudáveis de vida e principalmente a boa conduta do zação e de assistência aos enfermos. Daí ocorreram muitos médium, para que o ectoplasma não sofra contaminações e o outros encontros. trabalho possa ser desempenhado com eficiência.

    Em 1949 transferiu-se definitivamente para a cidade de No Brasil as materializações produzidas pelo médium Pei-Campos, onde participou dos trabalhos do Grupo Joana xotinho ficaram famosas. Muitas dessas sessões foram obser-D'Arc. Fundou o Grupo Espírita Araci, em homenagem ao seu vadas e acompanhadas por estudiosos, devido a seriedade do mentor espiritual. trabalho de Peixotinho. Disciplinado e consciente de seu

    Materializações Luminosas - O delegado e importante papel, desempenhou sua tarefa com grande dedicação e acima pesquisador R.A. Ranieri descreve em seu livro Materia- de tudo responsabilidade. Tais fenômenos foram necessários lizações Luminosas o contato que teve com o médium. Na para a prova da imortalidade da alma; hoje se faz primordial a obra, relata que algumas vezes pode assistir algumas sessões luta perseverante no bem. Será o nascimento do amor no cora-de materialização na cidade de Pedro Leopoldo, com a ção de cada um que fará se materializar a Centelha Divina.

    Colaboração do Prof. FÉLIX DE NOLE AZEVEDO

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    Como ponto de partida para compreensão da Obra junto como um todo, regido pela inteligência e animado da Creação e percepção da vida, é imperioso que acei- pela vida. Todavia, a energia magnética que possibilita temos a existência de Deus. o maravilhoso evento é Deus manifestando-se, tornan-

    Ao contemplarmos um edifício, uma obra de enge- do-se evidente. Ao dispersar-se a energia, ao fim do nharia, um engenho mecânico ou uma obra de arte, não ciclo, os elementos se dissociam, tomando cada um a teríamos a coragem de ignorar a existência do autor de sua identidade original, desmoronando a construção cada uma delas. Se uma simples escultura nos sugere a plástica do organismo ou do conjunto. Entretanto, a existência de um escultor, mesmo que seja ele desco- Energia Divina continua imanente no Universo, e pre-nhecido, como poderíamos negar a existência do Autor sente em cada elemento que compõe o corpo.de toda a escultura e arte universal? É evidente que Deus é a argamassa vibratória, viva e inteligente, da Deus existe, mesmo que não O compreendamos. construção universal.

    Deus é a força ou razão primária de toda a creação. Consideramos que Deus se torna presente e, por-É o magnetismo, o fluido ou o alento universal. É a força tanto, mais evidente no AMOR, na LUZ e na HARMO-que alimenta a vida, é a energia que dá a vibração ou NIA.impulso inicial ao elemento básico, primário e universal Consideramos que o equilíbrio ou harmonia do de toda a creação. conjunto estelar e intergalático e sua microequivalência

    Deus está na vibração inicial e nas mutações do entre os elementos interatômicos e intra-atômicos nos elemento básico, como está na síntese maravilhosa de levam a aceitar a premente necessidade da existência toda a creação. Está na força que faz germinar a vida na de um elemento de aglutinação e equilíbrio. Esse semente, na célula, no campo magnético que permite a elemento, qualquer que seja sua natureza ou origem, é propagação da vida. o que constitui Deus, para nós.

    Deus está no ninho, no ar, no multicolorido da natu- Deus é vida em sua dimensão infinita. Tudo quanto reza, no equilíbrio do Universo, no raio de luz. Deus está existe, do mineral aparentemente inerte ao ser intelec-em tudo quanto existe e Deus é tudo o que existe. tivo perfeito, tem vida, ou seja, tem Deus em si.

    A existência de Deus nos faz tomá-Lo como ponto Considerando que Deus existe em tudo quanto foi de apoio na compreensão de todo o dilema da creação. creado, e que Ele não é estagnação, mas uma força Não O vemos, mas sentimo-Lo, pois nem todas as vi- dinâmica, concluímos que todo o conjunto está em brações são perceptíveis aos nossos pólos sensoriais. evolução, pela evolução independente de cada um de

    O matemático não se arriscaria a negar a existência seus elementos.da incógnita no conjunto equacional, pelo simples fato Deus é perfeição em todos os sentidos; por isso, de desconhecê-la. Pelo contrário, usando o raciocínio temos que é sabedoria perfeita. A sabedoria perfeita lógico, ele tem necessidade de sua existência e utiliza- não pode dar origem ao erro. Por isso, não aceitamos a ção para solucionar a equação, pois, sem a existência existência do antípoda de Deus.da incógnita, mesmo desconhecida, a solução equa- Deus é alegria, abundância, harmonia, saúde, sabe-cional seria impossível. Assim, temos que Deus é a doria e paz, circunstâncias que estão adstritas às Leis grande incógnita da equação universal, que, mesmo Naturais, que regem o equilíbrio do todo pelo equilíbrio desconhecido, deve existir, para que possamos encon- unitário de cada elemento. Essas Leis Primárias, que trar as respostas sugeridas pelo grande dilema da vida. são da essência do próprio Deus, devem ser obser-

    Como o matemático, tomamos Deus como a incóg- vadas para que haja equilíbrio. A doença, a miséria, a nita e O colocamos em evidência, para que seja pos- guerra, a dor ou a ignorância, não são obras de um sível a resposta à grande equação da Creação. antiDeus ou negativa de Sua existência, mas, apenas, a

    Não vemos Deus, mas O compreendemos e O resultante da afronta às Leis Primárias. De certo modo, aceitamos, logo Deus existe. poder-se-ia dizer que o sofrimento, a ignorância e a dor

    Partindo da premissa de que Deus existe, algumas denunciam a ausência momentânea de Deus, pelo ilações podem ser retiradas, levando-nos à seguinte desrespeito às Suas Leis, tal como as trevas equivalem conclusão: Deus é a razão primária de todas as coisas à ausência da luz, mas nunca à sua inexistência.ou o alicerce de toda creação. Consideramos que emanam de Deus leis que regem

    Deus, por ser o elemento básico da creação, está o equilíbrio universal e leis que dizem respeito ao equi-em tudo quanto existe. Encontra-se no grão de areia ou líbrio de cada elemento. As Leis Gerais ou Leis Maiores no gigante estelar, da gota d'água ao oceano insondá- não podem ser afrontadas, tais como as leis da física, vel, do ninho à fonte e, de horizonte a horizonte, Ele se que regem o equilíbrio cósmico, o ordenamento evolu-manifesta em todo o esplendor e sabedoria. tivo ou, no campo filosófico, as Leis Morais. A afronta às

    Deus é a vibração que anima a vida, sem a qual o Leis Primárias redundará na eliminação automática do corpo, ou organização mais perfeita, se dissocia em elemento perturbador, do campo da harmonia e equilí-seus elementos constitutivos. brio, mas, nunca, em derrogação da lei. As Leis Pri-

    O corpo humano é um conjunto de elementos que márias escapam ao arbítrio de qualquer dos elementos transmutam energia entre si, agregando-se e estabe- do conjunto da creação, até mesmo do Creador, pois lecendo funções que permitem a manifestação do con- derrogá-las equivaleria a negar-se a si mesmo.

    CAPELLI, Esse. Crestomatia Espiritualista: a grande análise. Goiânia: Proluz, 1998, p. 13-15.

    DEUS NA CONCEPÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA

    Se deseja a paz, não perturbe os seus semelhantes. Se almeja a prosperidade, trabalhe com

    honestidade e perseverança. Se desejua triunfar sobre o mal, faça da prática do bem o paradigma do seu

    comportamento. (CAPELLI, Esse. Retalhos de Vidas. Goiânia: Proluz, 2020, p. 93)

    Goiânia, Maio / Junho de 2005

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    ÍCT IAO SN

    TRINCHEIRAS DA VIDAAdaptação de mensagem recebida no CEMESP - Centro de Meditação Espiritual

    DIGITAÇÃO E FORMATAÇÃO (TESES, LIVROS, JORNAIS,

    ETC) - IMPRESSÕES À LASER - ENCADERNAÇÕES -

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    Dentre as várias atividades desenvolvidas no Centro Espí-rita Irmã Scheilla, desejamos mostrar aos nossos leitores as atividades da Unidade de Coleta e Distribuição do Departa-mento de Assistência Social, que integra a Associação Solar dos Aprendizes, entidade esta, ligada à Casa de Scheilla.

    Essa Unidade tem por objetivo, angariar e distribuir às famí-lias carentes, gêneros alimentícios, roupas e calçados, enxo-vais para recém-nascidos, berços, cobertores e outros. Cola-boram com este Departamento, a Mocidade Espírita Samari-tanos do Bem, através da Campanha Auta de Souza, irmãos voluntários que fazem parte do grupo mediúnico e freqüenta-dores desta Casa Espírita.

    Os trabalhos de assistência são coordenados pela nossa irmã Ruth Ernestina que, com os demais trabalhadores, procu-ra despertar em nós o interesse em participar da Sopa Frater-na, alertando-nos que:

    “Ninguém pode ser feliz por si só. Com o propósito de culti-var o sentimento altruísta, amparado pelo intuito de ajudar famílias carentes, oferecendo assistência espiritual e material, nasceu o trabalho da Sopa Fraterna.

    Tarefa simples e singela, mas que nos dá a oportunidade de conviver diretamente com aqueles de quem Jesus disse: “Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos de meus irmãos que sofrem é a mim mesmo que o fazeis”.

    Se você, meu irmão, acredita na redenção da humanidade através do Evangelho, não fique em casa “dando sopa”, venha para cá, dar sopa com Jesus”.

    Visite-nos e participe!Escolinha Evangélica Meimei. Rua 6, n° 426, Vila Abajá.

    Todos os domingos a partir das 8 h.

    Na vida bordeja em todos os quadrantes da Terra e do renúncia, da participação, que é o grande dínamo que Universo, pela sua multiplicidade infinita, pensamentos atrai o bem, a felicidade e o equilíbrio pleno para cada de ódio, inveja, cobiça, violência e destruição, sempre um. Ela deve se iniciar no íntimo, no templo que o Pai nos presentes pela sua prevalência em número, mas que ofertou para a permanência do espírito na experiência da findam sendo vencidos pela força efetiva e preponderan- carne e, desse templo, deve ser transportada para a te do bem. Cumpre ao homem em renovação, colocar-se família.nas trincheiras do bem para triunfar na batalha da vida. Não adianta o crente falar da sua esmola trombetean-Disse Paulo, o Apóstolo: “Renovai-vos pela renovação do no templo, quando ele deixa de praticar esta caridade, de vossa mente”, isto significa que as grandes baterias de exercitar este bem dentro do seu lar; não é caridoso de vitória do homem residem na mente. Tal o pensamen- aquele que fala, que sai por aí distribuindo aquilo que lhe to emitido, tal o comportamento e a resultante que ele vai sobra, se ao mesmo tempo é descaridoso e desres-alcançar; se vibra, pensa e age dentro dos ditames do peitoso com seus familiares e até mesmo com os animais bem, ele triunfará. Aqui nos reportamos ao bem efetivo, que compartilham com ele essa experiência da vida.ao bem praticado, não apenas ao bem invocado e dis- Então os convido à prática efetiva do bem, a não pen-tantemente desejado, mas aquele que viceja no íntimo sar no mal, a não cultivar pensamentos de conflitos e de cada um, como propósito de prática efetiva de mudan- revides, para assim erigirmos uma grande trincheira ça no comportamento do homem. contra o mal. Que cada impulso negativo seja vencido

    Fala-se muito na caridade do comportamento, que pela prática e vivência do bem! Que antes de julgar o sempre ou quase sempre, é interpretada como a carida- irmão que cai, que agride, possamos perdoá-lo infinita-de da dádiva de alguma coisa, porém a verdadeira cari- mente, como está dito no Evangelho. Assim procedendo dade, aquela que transforma o homem e que se afina construiremos, pela prática efetiva do bem, verdadeiras com as leis infinitas do bem, é a caridade da doação, da trincheiras contra o mal.

    Adaptação: REUBEN DE FREITAS

    Goiânia, Maio / Junho de 2005

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    SO

    AIC

    EXPEDIENTE:Departamento Editorial Proluz

    Centro Espírita “IRMÃ SCHEILLA”www.editoraproluz.com.br

    [email protected] 8 n° 23, Vila Abajá

    74.550-380 - Goiânia - Goiás

    Diretor:Onofre da Costa Abreu

    Jornalista Responsável:Jávier Godinho - DRT-Go 004

    Redação:Adalberto Rodrigues MotaEduardo Vieira Mesquita

    Eurípedes Balsanulfo de Freitas e AbreuJoão Marcos Borges e Azevedo

    Reuben de Freitas do Lago e Abreu

    Apoio:Cairo Marques PereiraEvaldo José de Araújo

    Expedito de Miranda e SilvaJosé Geraldo Rabelo

    Marcelo E. Ferreira BatistaMaria Tarcila Leal RamosMagda Helena de SousaPaulo Roberto - ConstrolRômulo Pereira de Abreu

    Diagramação:Adalberto Rodrigues Mota

    Tiragem: 5.000 exemplares

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    Cel: (62) 9978-5493 Fax: (62) 291-0768 Goiânia - Goiás

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    Semeia as pétalas da fraternidade e da paz em teus minutos mais insignificantes e a vida te responderá com a graça do tempo, coroando-te nos cimos do mundo, com a glória da

    sabedoria e do amor, no teu próprio engrandecimento.JOSÉ DE CASTRO / F.C. XAVIER. Dicionário da Alma. FEB.

    Em distante rincão, vivia, num humilde ca-sebre, modesto senhor, que buscava o seu sustento recolhendo achas de lenhas e ven-dendo-as na cidade. Embora seu ofício fosse o de lenhador, nunca derribava árvore algu-ma. Sem muitas ambições de riqueza, das árvores somente retirava os galhos secos ou aqueles que, se podados, mais auxiliariam no crescimento do vegetal.

    Entretanto, guardava sonhos diferentes. Pen-sava em viver na cidade, onde poderia me-lhor servir a Deus, agir na caridade, sustentar os caídos, amparar os enfermos. Mas, distan-te de tudo, julgava-se inútil ao concerto Divi-no. Certa noite, porém, em desdobramento de luz, fora visitado pelo Anjo do Senhor, quando exclamou acanhado:

    Oh! Emissário do Altíssimo, como sou pobre! Em nada sirvo ao Creador. Queria ser mais útil, no entanto, a idade e o local em que a vida me situou mo impedem. Gostaria de servir ao meu próximo, como manda a Lei de Deus, cooperar com a construção do Reino Divino na Terra, mas, como vês, falta-me tudo, sinto-me a mais inútil das criaturas.

    Amigo, ninguém está apartado do grande con-certo do Pai Celestial. Aqui tens as árvores mais bem cuidadas da região. No teu trabalho anô-nimo, cooperas com o Senhor da Vida. Os tran-seuntes têm, ao cruzarem estas paragens, um regaço ameno para o repouso. As árvores, fron-dosas, podadas por ti, refletem tuas mãos de luz e de amor. Nosso Senhor o tem, por tudo isso, no quadro de seus mais ativos colaboradores.

    No raiar do dia, o lenhador acordou algo animado e feliz, guardando a certeza de sua cooperação com os desígnios do Pai.

    COOPERAÇÃOFonte: TROVÃO, Jacobson Sant’Anna. Nas Areias de Cafarnaum. Goiânia: Prlouz, 2000.

    Adaptação: ADALBERTO R. MOTA - Ilustrações: EVARISTO P. CAETANO

    Editora

    Proluz

    Ltda.

    Iluminando caminhos

    Obs.: As matérias assinadas retratam a opinião de seus autores.

    Confira as obras publicadas pela

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    Goiânia, Maio / Junho de 2005

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