ANO III N° 14 Abril / Maio 2004

Órgão de divulgação da Doutrina EspíritaRua 77 n° 247 - Centro - Goiânia - Goiás — e-mail: noticiasproluz@hotmail.com — fone: (62) 3941-9623

ÍCIT AO SN

Por sua polivalência não é possível definir, com precisão, o ser-

mulher, cujos limites, valores e abrangência não nos é dado mensurar. O

Dia Internacional da Mulher, comemorado em março ou o dia das mães,

festejado em maio, não dizem tudo quanto dever-se-ia dizer sobre ela,

a mãe, irmã e companheira, que encontramos em cada encruzilhada da

vida como sombra protetora, ensinando, aconselhando, pensando

feridas ou multiplicando a vida, quando se reparte em suas fibras, para

propiciar a oportunidade de uma nova vida.

Se fôssemos dotados da virtude da gratidão, colocaríamos a mulher

no ponto mais alto de nossa capacidade de agradecer, vendo nela não um

ser físico perecível, mas sim, a expressão da vida e do amor, que são

eternos.

A mulher, que se engrandece na maternidade, é o único ser que ama

sem impor condições, que sofre e geme a dor do filho e que sublima-se

na capacidade de ser feliz no fluxo da felicidade daqueles que traz ao

mundo ao se transformar em mãe.

Em verdade, todos os dias deveriam ser de homenagem e agrade-

cimento à mulher, à mãe e companheira. O que falta é o homem se dar

conta do valor de quem lhe deu e adoça a vida.

A MULHER

PRECE NA FESTA DAS MÃES

“A missão feminina é espinhosa, mas, efeti-vamente, só a mulher tem bastante poder, para transformar os espinhos em flores.

Isabel Campos / F.C.XavierDicionário da Alma / FEB MEIMEI / F.C. XAVIER

A MÃE QUE VELAEsse Capelli

Chora a mãe,Vendo o filho ao seu lado,Ou distante abandonado;Verte lágrimas,Em noites não dormidas,Pelas ingratidões doridas.

Vela a mãe,O filho adoentadoNo leito acorrentado;Carinhosa, E com extremado amorTorna sua, do filho a dor.

Ampara a mãe,O filho aprisionado,Nas grades acorrentado;Sem julgá-loDa culpa recorrentePor achá-lo inocente.

Cala a mãe,Ao peso da ingratidãoDo rebelde sem coração;Suporta a mãe,Doce, sem perder a calma,As dores que lhe vão n'alma.

Vai a santa,Mãe, a tudo suportando,Sem reclamações, calando;Vai passando,Exalando tanta doçura,Como anjo de candura.

Vai a mãe sempre amando,Ao filho ingrato, perdoando.

Deus de Infinita Bondade! Inspirai-me humildade, para que não Puseste astros no céu e colocastes flo- se tresmalhem no orgulho por minha

res na haste agressiva... causa. Concedei-me a honra do trabalho A mim destes os filhos e, com os constante, a fim de que não venha a

filhos, me destes o amor diferente, que precipitá-los na indolência. Auxiliai-me me rasga as entranhas, como se eu fosse a querê-los sem paixão e a servi-los sem roseira espinhosa, que mandásseis apego. Esclarecei-me para que eu ame carregar uma estrela... todos eles com devotamento igual. No

Aceitastes minha fragilidade a Vosso entanto, Senhor, permite-me inclinar o serviço, determinando que eu sustente coração em Vosso nome, por sentinela de com a maternidade o mandato da vida. Vossa bênção, junto daqueles que se Entretanto, não me deixeis transportar, mostrarem menos felizes.sozinha, um tesouro assim tão grande. Que eu me veja contente e grata se me Dai-me forças, para que Vos compreenda puderem oferecer mínima parcela de os desígnios. Guiai-me o entendimento, ventura, e que me sinta igualmente reco-para que a minha dedicação não se faça nhecida se, para afagá-los, for impelida a egoísta. Guardai-me em vossos braços seguir, nos caminhos do tempo, sobre eternos, para que o meu sentimento não longos calvários de aflição.se transforme em cegueira. E, no dia em que me caiba entregá-los

Ensinai-me a abraçar os filhos de ou- aos compromissos que lhes reservastes, tras mães, com o carinho que me insu- ou a restituí-los a Vossas mãos, dai que, flais no trato daqueles de que enriqueces- ainda mesmo que por entre lágrimas, tes minha alma! possa eu dizer-Vos, em oração, com a

Fazei-me reconhecer que os rebentos obediência da excelsa mãe de Jesus:de minha ternura são depósitos de Vossa “Senhor, eis aqui Vossa serva. Cum-bondade, consciências livres, que devo pra-se em mim, segundo a Vossa pala-encaminhar para a Vossa vontade e não vra!”.para os meus caprichos.

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2 Goiânia, Abril / Maio de 2004

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Cada um apontava motivos para — A senhora me conhece?defender o que pensava. — Não, filha, mas esses olhos eu já

— O que o senhor acha de tudo vi em algum lugar.isso, Mestre Bino? — Eu sou aquela menina que a se-

— Antes de opinar, vou contar-lhes nhora trouxe para dentro de casa com uma estória real acontecida em Belo minha mãe, tratou-nos com carinho e, Horizonte. Dona Esmeralda, uma se- depois da morte de minha mãe, nhora que dedica toda a sua vida na entregou-me aos cuidados de um casal tarefa de servir ao próximo, passou em de pessoas bondosas. Agora que com-certo lugar daquela cidade, quando viu pletei quinze anos meus pais adotivos uma senhora mal vestida levando pela me presentearam com uma viagem a mão uma criança, chinelas rotas nos Dysneilândia, mas, ao invés da via-pés, olhos grandes como a pedir gem, eu pedi que eles me propicias-

Todos sabemos que a Praça da Ma- socorro. sem o reencontro com a senhora.triz é o ponto de encontro das gentes — Por que está aí ao relento? Inda- Abraçaram-se, transmitindo emo-nas cidades pequenas, ali se fala de gou D. Esmeralda. ção aos que presenciaram a cena.tudo e de todos, espalham-se as notí- — Estou aqui sujeita ao sol, chuva O velho Bino fez uma pausa, para cias e as fofocas políticas, econômicas e ao sereno, sorvendo o travo da fome, ao depois completar:e familiares. Naquele dia o assunto era porque não tenho para onde ir. — Essa, meus filhos, é a verdadeira religião, provocado pela insistência de — Então venha comigo. religião, a prática do bem, única ensi-um grupo que se arvorava em prega- Esmeralda tomou mãe e filha pelas nada por Jesus, sem ameaças e imposi-dor do Evangelho. O mais falante mãos, não perguntou o nome e nem a ções, pois foi Ele mesmo que ensinou:ameaçava com as chamas do Inferno religião que professavam e as levou “O meu mandamento é esse: que atiçadas pelo Demônio aos que não para sua casa. Alimentou, vestiu e deu- vos ameis uns aos outros, assim como aceitassem suas prédicas e prometia o lhes o agasalho da morada. Não tardou eu os amei” (João, XV, 12).Paraíso Eterno para os que não fossem D.Esmeralda descobriu que a mãe pa- O melhor que os doutrinadores teimosos. decia de câncer, tratou-a como se fora religiosos poderiam fazer, antes de

Sentados no banco da praça, um um familiar, até o seu desencarne pou- exigir, ameaçar e condenar, seria colo-dos ouvintes comentou: co depois. Para proteger a filha que car em prática os ensinamentos do

— A verdade está na Santa Madre ficara órfã, providenciou sua adoção Mestre, estendendo as mãos aos seus Igreja, suas diretrizes e sacramentos. para um casal abastado e sem filhos. semelhantes, como o fez e continua

— Que nada, refutou um outro, a O tempo passou. Certo dia tocou a fazendo a D. Esmeralda.verdadeira religião é a que segue a campainha e foi recebida por Os ouvintes saíram, cada um para o Bíblia. Esmeralda, uma jovem bela, loura, de seu rumo levando suas teorias religio-

— A verdade, aduziu um terceiro, é olhos verdes e grandes que olhando-a sas, não se sabe se guardaram o brilho divulgada pelo kardecismo. com doçura, inquiriu: e a candência da lição.

DO BANCO DA PRAÇA

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, morte e precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do prejudicando nosso sucesso. Muitas pessoas nãoque uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro. híbridos, adultos infantilizados.

Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de vo- Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma cê o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo que não matemos virtudes de criança que também são neces-pela frente. Quer ser um bom profissional? Então mate dentro sárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitali-de você o universitário descomprometido que acha que a vida dade, criatividade etc. Mas, se quisermos ser adultos, deve-se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. mos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a

Quer ter um bom relacionamento, então mate dentro de agir como adultos. Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou você o jovem inseguro ou ciumento; o solteiro solto que pen- mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e mais sa poder fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, evoluído? Então, o que você precisa matar em si ainda hoje projetos e tempo com mais ninguém. Enfim, todo processo de para que nasça o ser que você tanto deseja ser? Pense nisso e evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior. morra! Mas, não esqueça de nascer melhor ainda!

E, qual o risco de não agirmos assim? O risco está em Enviado por MARIA TARCILA LEAL RAMOSAutor desconhecido

O NORTE DE CADA UM

MESTRE BINO

3Goiânia, Abril / Maio de 2004

Um amigo, profundamente consternado, contou-nos Não ensinou o Cristo que quem com ferro fere com que viu na estrada um acidente com cinco mortos da ferro será ferido? Que todo homem será punido naquilo mesma família. em que pecar? Dentro desse raciocínio legitimamente

— Por que acontecem essas coisas? — perguntava, cristão, quem, em conjunto com outras pessoas, agrediu o cheio de horror. próximo não teria que pagar em conjunto? É esse o

No carnaval de 1998, a morte chegou de repente para chamado carma coletivo. 11 jovens da Legião da Boa Vontade, numa viagem de fé, Toda ação que praticamos — boa ou má — recebemos na BR-153, próximo a Hidrolândia. No meio daquele ano, de volta. Nosso passado determina nosso presente, não desabou o teto num templo repleto de adeptos da Igreja existindo, pois, favoritismos, predestinações ou arbítrios Universal do Reino de Deus, em Osasco, interior paulista. divinos. O homem é o árbitro do seu destino, subordinado As avaliações iniciais revelaram 500 feridos, 50 dos quais ao determinismo cósmico, essencialmente complacente e gravemente, 24 mortos, entre os crentes que trocavam o progressivo, transcendendo o espaço e o tempo.sono pela oração na madrugada. Na terça-feira seguinte, Na provação coletiva — morte de muitos, em situa-dois ônibus lotados de fiéis católicos de Anápolis, que ções iguais —, verifica-se a convocação dos espíritos foram assistir à missa na Basílica de Aparecida do Norte, encarnados, participantes do mesmo débito relacionado bateram num caminhão tanque capotado, no quilômetro ao passado delituoso e obscuro. A história da civilização é 179 da Rodovia Anhanguera, em Araras, São Paulo. um relato de crimes, violências e absurdos e lá estivemos Horas depois de desesperados e inúteis socorros, a verifi- juntos, aprontando. As Cruzadas, a Inquisição, as injus-cação tenebrosa de 55 mortos, queimados ou carboniza- tiças de todas as guerras. Só se livra das dívidas, quitando-dos, 38 feridos e dois desaparecidos. as.

Por que tantas pessoas, muitas delas sem se conhece- Quem não deve não paga. É por isso que muitos rem sequer, morreram juntas, em idênticas e tão penosas perdem o avião que se acidentaria dali a pouco, enquanto condições? Quem mais lançou indagações foi o bispo outros nele viajam inesperadamente. É lógico que quem Edir Macedo, da Igreja Universal, em Osasco, natural- escapou não fazia parte do grupo de devedores. Num dos mente transtornado e traumatizado. Em determinados dois ônibus tragicamente acidentados, em Araras, saiu momentos de confusão mental e dúvida terrível, ileso da batida e do fogo Luis Carlos Sales, motorista há transmitidos por sua emissora, a TV Record, a criatura 17 anos da empresa sinistrada, que dormia no bagageiro. chegou a questionar o próprio Criador: Só peru morre na véspera - é norma de sabedoria popular.

— Deus não castiga ninguém dessa maneira, porque Coincidentemente, nos três desastres relacionados, as Ele não é monstro. Mas por que permitiu uma coisa des- vítimas participavam de eventos de suas religiões. Esti-sas, se suas vítimas não estavam dançando nem bebendo, veram, pouco antes, em oração. Como o amor - e a prece é mas rezando? manifestação de amor a Deus e aos homens - apaga uma

Haverá explicação para tantas ocorrências inexpli- multidão de pecados, encontravam-se todos em processo cadas? de redenção, como determina a lei da evolução. Isto,

Conhece o gentil leitor a lenda do Espelho da Verdade? certamente, reduziu-lhes o sofrimento.Um dia Deus deixou cair sobre a Terra o Espelho da Gente não morre, gente viaja. Como o espírito é imor-Verdade, que se partiu em mil e um pedaços, de todos os tal, deixando o corpo, ele parte para novas experiências, tamanhos. Os homens e as instituições humanas avida- no aprendizado em direção à felicidade verdadeira e mente os recolheram, por isso todos possuem parcelas definitiva. “Nem uma só das ovelhas do meu rebanho se dela, em maior ou menor quantidade. Cada um tem a sua perderá. Um dia, haverá um só rebanho e um só pastor”- é verdade, mas só o Pai conhece a Verdade, intacta, inteira, o compromisso do Cristo. É a ele que, cada um à sua plena e absoluta. maneira, todos os atingidos pela dolorosa separação

A morte não manda recado e é impossível compreen- seguem, confiantes e esperançosos. der o sentido divino dessas tragédias, com base na crença Quanto aos que partiram, suportemos corajosamente a de que o homem vive na Terra uma vez somente. É difícil despedida temporária, honrando-lhes a memória e ao católico, ao protestante e ao muçulmano aceitarem a abraçando com nobreza os deveres que nos legaram. Mais doutrina da transmigração das almas. Mas admitindo que cedo ou mais tarde, nos reuniremos para novas missões na já vivemos antes, fica mais fácil compreender. infinita Casa do Pai, da qual nos falou o Mestre.

PORQUE TANTOS MORREM JUNTOS EM DESASTRESJávier Godinho

Um sábio pretensioso discorria sendo o “Big Bang”. Do auditório — Gostaria de saber o que explo-sobre a criação do Universo, procu- silencioso e atento, destacou-se uma diu e quem foi o seu criador. Se pos-rando deixar de lado a existência de criança, falando com voz firme, sível seria bom sabermos quem pro-Deus como causa primária da exis- objetando: vocou essa explosão.tência. Dizia ele que Deus é uma — Professor, só uma coisa eu De tudo resulta a certeza de que ficção religiosa e que o Universo é não entendi. não existe efeito sem causa, mesmo fruto de uma grande explosão já — O que você não entendeu, que não a possamos definir ou com-aceita pelo mundo científico, como meu jovenzito? preender.

CAUSA E EFEITOFonte: O Contador de Estória, Falando com Você. Goiânia: Proluz (no prelo)

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Goiânia, Abril / Maio de 2004

Caro Leitor: O Notícias Proluz transcreve, em Português e Esperanto, questões do livro: “Mediunidade: Elucidações Práticas”, publicado pela Ed. Proluz, para que interessados no aprendizado dessa língua façam uma comparação entre as respectivas versões. O Esperanto é língua internacional, totalmente fonética e se pronuncia conforme está escrito, deixamos aqui a “chave” do alfabeto, somente no que tange às letras que não encontram similaridade no alfabeto da língua portuguesa. É importante mencionar que todas as palavras são paroxítonas, isto é, a sílaba mais forte é a penúltima. Cartas com sugestões, críticas e informações poderão serem enviadas à redação deste Jornal A/C de Hary Milton ou hary.milton@ig.com.br

C = tsô; C = tchô; G = sempre gutural como em Gato; G = dj; H = aspirado como em rato; J = soa como “i” breve; J = é o nosso “J”; S = “ch”; U = fazer ditongo c/ a vogal precedente;

CANTINHO DO ESPERANTO

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Hary Milton

17. Como agem os espíritos sobre o meio físico? Basicamente eles atuam sobre os elementos físicos, valendo-se do médium para que possa fazê-lo.

18. Como se processa de fato, essa ação?Ela resulta da interação das energias do espírito e do médium que possibilita ao espírito utilizar a matéria ectoplasmática do médium, fazendo-a atuar sobre o meio físico. Essa interação, maior ou menor, determina a intensidade e qualidade do fenômeno espírita.

19. Qual o requisito essencial para a interação entre espí-rito e médium, para possibilitar o fenômeno mediúnico?O requisito básico, sem o qual torna-se inviável a interação entre os dois campos magnéticos é a vibração dos elementos participantes, que deve situar-se dentro de limites que possibilitem a interação mútua.

20. Nos estudos e na prática da mediunidade o termo “vibração” é mencionado com freqüência. O que vem a ser a “vibração”?Vibração diz respeito à freqüência e comprimento das ondas energéticas emanadas de cada campo magnético. Essas ondas, que são cíclicas, devem ser emitidas dentro de determinados limites, para que seja possível a interação entre os dois agentes. Como exemplo, tomemos um aparelho receptor de rádio, que ao ser ligado somente poderá receber emissões da estação emissora, se oscilar na mesma freqüência. Por isso é comum o emprego do termo “aparelho” para indicar o médium.

17. Kiel agas la spiritoj en la materia medio?

Fundamente ili agas en la fizikaj elementoj uzante la

mediumojn tiu sence.

18. Kiel fakte tiu ago okazas?

Gi rezultas el interago el spiritaj energioj kaj mediumaj

kiuj ebligas al la spirito utiligi la ektoplasman materion

de la mediumo igante gin agi sur la fizika medio. Tiu

interago pli malpli determinas la intensecon kaj kvaliton

de la spirita fenomeno.

19. Kia esenca kondico por interago de la spirito kaj la

mediumo ebligante la mediuman fenomenon?

La esenca kondico kiu sen gi tute ne eblas la interagon

inter du magnetaj kampoj estas la vibroj de la

partoprenantaj elementoj, kiuj devas trovigi en la limoj

kiuj ebligas la reciprokan interagon.

20. Studante pri la mediumeca praktiko la vorto “vibro”

estas ofte menciita. Vere kio estas la vorto vibro?

Vibro koncernas al frekvenco kaj longeco de la energiaj

ondoj emanataj de ciu magneta kampo. Tiuj ondoj ciklaj

devas esti eligitaj ene de iaj limoj por ke ebligus la interagon

inter ambau agentoj. Por ekzemplo imagu radiricevilon

saltitan kiu povas nur ricevi radielsendojn cu gi oscilu en

sama frekvenco. Tial oni ordinare uzas “aparaton” por indiki

la mediumon.

É motivo de justa alegria o passo irradiador dos ensinamentos evangé-seguro já alcançado na busca do co- licos codificados por Kardec e que vi-nhecimento, sob o pálio da fraternida- sam fazer ressurgir na mente e no vi-de, entretanto, é de se levar em conta ver dos homens a essência dos ensina-que o passo dado só será consolidado mentos de Jesus, que se restringem a pelos subseqüentes que somam-se na crer em Deus, praticar o bem e bus-objetivação final. Como é bem sabi- car a verdade.do, o espírita não ora em posição ge- Irmãos, a cada dia, de mãos dadas, nuflexa, mas o faz de pé, trabalhando, sem tergiversar e sem esmorecer, sob aprendendo e servindo, caminhando o pálio da fraternidade, buscai apren-para frente, obediente ao exemplo da der, trabalhando e servindo, tendo por própria Natureza, onde não existe a lema o mandamento de Jesus: “o meu inércia e a inoperância, mas o trabalho mandamento é este, que vos ameis constante que se expressa na transfor- uns aos outros assim como eu vos mação e na multiplicação constante amei” (João, XV, 12).dos elementos, na vibração da vida e Confiem em Deus, em Jesus e nos até mesmo na expansão dos intervalos seus obreiros entre os homens, certos universais, como a dizer que Deus que de que o Pai “não dará pedra ao filho existe imanente em tudo, é trabalho, que pede pão e nem serpente ao que transformação e avanço constante. suplica por peixe” (Mat. VII, 7 a 12).

Alegra-nos ver acompanhando os E continuem confiantes a dar mais momentos vividos pelos irmãos, um passo para consolidar os antece-quando as dúvidas, em decisões e difi- dentes, buscando o conhecimento e a culdades foram vencidas pela obsti- verdade, e o amparo e as luzes do alto nação do trabalho e pelo energismo da jamais lhe faltarão.fé, que o Centro de Estudos tão acer- Fé, perseverança, fraternidade e tadamente nominado por Léon Denis, trabalho é o lema.consolida-se a cada dia como foco

ALEGRIA E SUCESSOFonte: O Contador de Estória, Falando com Você.

Goiânia: Proluz (no prelo)

MAIS UM PASSO À FRENTE1

ERASMO 2

1. Mensagem recebida no Grupo Mediúnico do Centro Espírita “Irmã Scheilla”, em 14.04.04, destinada aos irmãos do Centro Espírita Léon Denis, em comemoração ao seu 3° aniversário.

2. Conhecido por Erasmo de Roterdã, autor de “Elogio à Loucura”, “Colóquios”, “Do Livre-Arbítrio” e outros. Foi religioso católico, abandonou a batina e se dedicou ao magistério (1467 - 1536).

Algumas pessoas aguardavam, à margem da estrada, a caravana do Gênio do Sucesso para solução de suas angústias. Todos se pos-tavam em lamentações com o desejo de des-pertar a piedade do Gênio e alcançar os seus favores. Logo à frente, um outro grupo traba-lha alegre, esperançoso e confiante. A carava-na passou ao largo dos lamurientos e aproxi-mou-se dos que festejavam e trabalhavam com alegria, convidando os que desejassem compartilhar da caminhada do sucesso. Um observador circunstante, todo atento, interpe-lou à Experiência, que passava naquele instante:

— Por que o Gênio do Sucesso não se deteve entre os que mais precisavam e apor-tou entre os que se mostravam menos neces-sitados oferecendo-lhes socorro?

— O Gênio do Sucesso nutre-se da alegria, do otimismo, da confiança em si e do trabalho honesto e perseverante. A lamúria, a recrimi-nação e a indolência o afastam. Não te esque-ças que impera nas treliças da vida, a “Lei dos Semelhantes”, pela qual os semelhantes se atraem e os contrários se repelem. Se desejas ser bem sucedido, trabalha alegre e confiante, para que possas ser convidado para a Cara-vana do Sucesso.

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A UNIÃO E A DOUTRINA

Goiânia, Abril / Maio de 2004

O poder transformador da Doutrina Espírita está em nos intelectual cerceada temporariamente.fazer olhar novamente para estes dois conceitos, o conceito Então, o educador espírita deve ter por objetivo a cons-de Deus e o conceito de nós mesmos, com olhos amadure- cientização do educando quanto à sua natureza espiritual cidos e preparados pelos ensinamentos dos Espíritos Supe- reencarnada, quanto a sua condição de espírito eterno em riores a Kardec. A Educação Espírita tem como objetivo processo de evolução. Essa conscientização somente se desenvolver o Ser humano integral, possibilitando o desa- torna possível quando seu raciocínio alcança os níveis brochar de todos os potenciais do espírito, sejam intelec- intelectuais propícios para julgar a si próprio e para se auto-tuais, afetivos ou morais. Não se pode encarar a Educação conhecer, sentindo-se um ser infinito em relação a tudo que Espírita de maneira bitolada e fanática, como se apenas o rodeia. Somente então compreenderá que sua verdadeira visasse a transmissão de um conjunto de princípios dogmá- formação moral depende dos próprios esforços que realizar.ticos e interpretações de textos. Desta forma não se pode O ensino do Espiritismo para crianças, jovens e adultos continuar a enfatizar somente aquilo que as escolas não poderá se revestir das características do ensino religio-formais/convencionais priorizam em seus currículos, nem so, nem com este ser confundido, mas tem muitos pontos em se pode aceitar uma prática no estilo catequese. Os educa- comum com o ensino filosófico: por partir de questiona-dores espíritas precisam utilizar abordagens e procedimen- mentos e hipóteses com os quais trabalhamos, buscando tos voltados para a realidade imperecível do ser, promoven- raciocínios e argumentos científicos que ajudem a chegar a do o seu “desenvolvimento harmônico”. conclusões; por pedir reflexão, estudo, aprofundamento e

Irradiar otimismo, disposição, energia e serenidade, to- imparcialidade na análise dos assuntos; por não excluir pos-das virtudes que devem ser constitutivas do verdadeiro edu- sibilidades, nem limitar a liberdade de pensamento devido a cador, devem ser uma conseqüência natural da compreensão concepções religiosas quaisquer. Isto tem influência em de mundo do educador espírita. Quem sabe que a vida é eter- toda a estrutura do trabalho educacional, desde a metodo-na, que toda tragédia é passageira, que tudo se direciona para logia adotada aos recursos didáticos, a dinâmica das aulas, a perfeição, que todos estão sob a proteção de uma Previdên- ao relacionamento do grupo e à própria maneira do educador cia misericordiosa e justa, será necessariamente uma pessoa encarar e realizar a sua tarefa.alegre e tranqüila, no controle de si mesma, podendo com Seminários, debates, reuniões de estudos em que todos isso servir de edificação e apoio aos irmãos de caminhada. possam colocar seus questionamentos e dúvidas, quebrando

Howard Gardner trouxe uma contribuição substancial à o monólogo autoritário dos oradores. É preciso criar o hábi-pedagogia ao propor a Teoria das Inteligências Múltiplas, to de debater idéias com argumentos e não com ofensas e afirmando que os seres humanos são capazes de desenvol- enfrentar a divergência de opiniões com naturalidade, pre-ver diferentes tipos de inteligências: Inteligência Lingüís- servando sempre os postulados básicos do Espiritismo. É tica; Inteligência Lógico-Matemática; Inteligência Musical; muito fácil se obter uma harmonia aparente, sob o tacão da Inteligência Espacial; Inteligência Sinestésica; Inteligência disciplina autoritária. O desafio é obter a união, pela adesão Interpessoal; Inteligência Intrapessoal e a Inteligência Es- voluntária de todos os participantes a uma proposta de piritual. Essas inteligências, na visão espírita, não são outra progresso e fraternidade.coisa senão o acervo de conquistas do Espírito imortal em Não se passam informações simplesmente assumidas sua trajetória evolutiva. Elas precisam ser diagnosticadas como verdadeiras e “ponto final”, mas estimula-se o diálo-pelos educadores espíritas, a fim de serem trabalhadas, e go. Promove-se a interação, forma-se um grupo de investi-mesmo aquelas que não se encontrem afloradas poderão ser gação e busca da verdade, em que o aprendizado e o prazer despertadas mediante um trabalho sério, com técnicas apro- da descoberta são simultâneos. Não se teme dúvida ou priadas para a transmissão dos conteúdos espíritas e visando contestação, aproveitando as controvérsias para retomar os o despertar daquilo que está no cerne das almas com as quais argumentos e reforçar nossa fé no que acreditamos. Torna-se o educador está lidando. o aluno agente do seu aprendizado, permitindo que construa

Conforme a doutrina espírita, sabe-se que não são o sua visão de mundo e expresse seus conteúdos e opiniões ambiente e os fatores genéticos, mas sim os ascendentes com segurança e sinceridade.espirituais do reencarnante que vão predispô-lo mais para Colaboração Prof. FÉLIX DE NOLE AZEVEDOum campo do saber do que para outro, além das suas (Artigo de Sandra Rovena Frigeri,

publicado no jornal Harmonia, dez./03).necessidades espirituais de ter esta ou aquela manifestação

REFLEXÕES SOBRE A PEDAGOGIA ESPÍRITA

Alguém, um certo dia, segredou oportunidade de perdoar; damos força tes atraem para o nosso viver a dor, as aos meus ouvidos que a víbora mais à víbora da vingança e nos esquece- carências e todo o fecto de sofrimen-perigosa não é a mais venenosa, mas mos da vacina do perdão; cevamos a tos que nos assolam.sim, aquela que está mais próxima peçonha do ódio, deixando de lado a Urge, pois, que anulemos as pe-de nós. grandeza de saber amar; aceitamos a quenas, mas perigosas víboras que

Em nosso viver nos colocamos em ignorância, desprezando o esforço de estão próximas ou dentro de nós, pela guarda contra ameaças tormentosas aprender; nos enleamos com a víbora força do pensamento e pelo sanea-que se encontram distantes ou de for- da preguiça, olvidando a bênção do mento de nossa mente, cultivando ma mediata e, nos esquecemos das trabalho e, cevamos a multiplicação bons e positivos pensamentos. pequenas víboras que se multiplicam das víboras dos pensamentos nega- Lembremos-nos do ensinamento do perto ou mesmo dentro de nós. Ali- tivos que enegrecem a nossa mente e, apóstolo Paulo: “Renovai-vos pela mentamos o revide, desprezando a por conseqüência da lei dos semelhan- renovação de vossa mente.

Esse Capelli

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Goiânia, Abril / Maio de 2004

O mundo religioso construiu, ensinou e arraigou no cére- estava implícita a obrigação de alguém transgredir a lei; bro dos seus adeptos uma punição para, pelo temor, fazer do alguém teria de matar para que tu morresses. Mas se a mes-fiel um cumpridor dos seus ensinamentos e normas. Da ma vítima de hoje pudesse te cobrar amanhã pela mesma codificação kardeciana podemos indicar a obra “O Céu e o forma, estaríamos diante de um círculo vicioso e isto certa-Inferno” como uma desmistificadora desta punição. Dela, mente é um entendimento irracional. O que este ensinamen-quase nenhum reparo precisa ser feito, porque o espiritismo to quer dizer, é o seguinte: se tu praticas o mal, obrigato-traz todo o acervo do conhecimento espiritualista sedimen- riamente tu colherás as suas conseqüências, não necessa-tado por séculos, e que desaguou no Sermão da Montanha, riamente pela mão que tu prejudicastes, mas pelo próprio de que Deus é justiça e não misericórdia. De acordo com o contexto da creação. Se tu praticas o mal, a maneira de enfoque humano, misericórdia é a capacidade de propor- repará-lo não é, necessariamente, recebendo a mesma puni-cionar algo em troca de nada; é a dádiva, que não existe no ção, mas é praticando o bem e orientando as tuas energias e a ordenamento global, pois o que nele existe, é justiça, por- tua inteligência para a prática do bem, isto é a essência do que, é ordem. Dentro dos ensinamentos codificados, temos ensinamento do livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec, que o homem constrói o seu destino pelo seu comportamen- isto sim é o que se afina e se harmoniza com a lei divina e to, e assim precisamos enfocar o homem, não como uma com a concepção de justiça, de sabedoria e de bondade encarnação episódica, que é um simples momento, um infinita de Deus!pequeno lapso de tempo na sua caminhada de retorno ao A lei cármica, lei de causa e efeito ou retorno dos espíritas, Creador. Tal o seu comportamento, tal o seu destino. O livro nos diz que se tu plantas, tu colhes; se tu praticas o mal, tu “O Céu e o Inferno”, que trata das penas, deixa entrever que terás a ressonância do mal nos teus caminhos. Mas, Deus te aquilo que fizermos, pagaremos. Deste modo o homem está deu a inteligência e a bondade existe imanente em ti. O sempre pagando as dívidas do seu comportamento. Isto desejo de progredir, de avançar, de elevar-se, de evoluir, está evolui para o seguinte raciocínio: se tu matas, tu morres; se em ti! Então se tu praticastes o mal no passado, hoje deves tu roubas, tu serás roubado; se tu cometes injustiças, tu serás praticar o bem, e tu verás minorado o efeito do mal que tu vítima da injustiça, e assim por diante. Se isto for colocado praticastes ontem! Se tu matastes, auxilia na vida, estende a de modo simplista, nós retornaremos ao círculo vicioso das mão à criança, ao doente que está nos limites da resistência penas eternas, e isto contradiz a essência do ensinamento física; desta forma estás minorando o mal que praticastes no espírita. Exemplificando: se tu matas, amanhã tu terás que passado, de forma bem mais proveitosa para a economia morrer pela mesma forma que tu matastes; mas, para que tu global, do que se fores assassinado!morras, é necessário, obrigatoriamente, que outra creatura te mate; isso significa que, se isto fosse verdade, dentro da lei

O CÉU E O INFERNO, SEGUNDO A DOUTRINA ESPÍRITA

Sinopse de mensagem do CEMESP

A preocupação com a fraternidade entre os adeptos do Dessa forma, a busca da fraternidade sincera deve ser a espiritismo não é nova. Bezerra de Menezes e Eurípedes de meta de cada um. O comum é se exigir fraternidade, como se Barsanulfo enfrentaram crises antifraternas no meio espírita, isso fosse possível. Fraternidade não se exige, demonstra-se. que ameaçaram seriamente o movimento espírita que se Não se ensina por palavras, mas por atos.estruturava. Não nos esqueçamos de que o Pacto Áureo Fraternidade sempre existiu nos discursos dos poderosos, nasceu com o ideal de união mais elevado, pretendendo como sinônimo de submissão, sem o mínimo compromisso encerrar disputas injustificadas. com a vivência do conceito. Até hoje, muitos se esquecem de

Com Francisco Cândido Xavier não foi diferente. Tanto que a fraternidade é uma via de mão única, isto é, o individuo que, por intermédio dele, várias mensagens espirituais foram deve ser fraterno, sem esperar retribuição.enviadas aos espíritas, alertando sobre o risco de se fomentar Fraternidade é uma das faces da caridade. Não se é a animosidade no seio de um movimento progressista e de caridoso para receber de volta a caridade. Assim como não se libertação, como o movimento espírita. deve perdoar para receber o perdão. Simplesmente perdoa-se.

Atento à preocupação dos espíritos superiores quanto ao No instante em que se agir dessa maneira, desaparecerão tema, o nosso Chico Xavier anotou, no livro “O Consolador”, as lutas antifraternas no meio do Espiritismo. Cada um, em questão n° 363: “em uma entidade doutrinária, quando sur- relação ao outro, agindo com respeito, compreensão, tole-gem as dissensões e lutas internas, revelando partidarismos rância, sentimento de amizade verdadeira, estará construindo e hostilidades, é sinal de ausência do Evangelho nos a sincera fraternidade. O Espiritismo espera isso de seus corações, demonstrando excesso de material humano e adeptos. É dever de todos, a construção de uma fraternidade pressagiando o naufrágio das intenções mais generosas”. autêntica.

No trecho acima, Emmanuel não deixa dúvidas. A causa Naturalmente que a fraternidade não exclui que se da antifraternidade em uma entidade doutrinária é a ausência esclareçam pontos de vistas diferentes, ou que se pense de do Evangelho nos corações. forma diferente. O que não se deve é estimular divisionismos,

Acontece que, quando o conceito evangélico migra do “intrigas”, “fingimentos”, na expressão de Emmanuel, cérebro ao coração, a vida do cristão muda. Em outras contida na mesma obra citada.palavras, quando o conhecimento das verdades espirituais Assim é que, fraternidade e humildade devem andar transfere-se do “cérebro racional”, técnico, pragmático, para juntas, para não se impor comportamento, mas para aceitar o o “cérebro emocional”, intuitivo, empático, a visão que o outro. Isso, dito de forma geral, traz o equilíbrio e o amor, tão cristão possui de mundo, das pessoas, se altera e ele passa a desejados no movimento espírita, de quem tanto se espera, amar, sem exigências. em termos de renovação do panorama social da Terra.

Ocorre que, conhecimento, em geral, é conquista primitiva, a mais fácil, em oposição à afetiva, que demanda vivência fraterna, de perdão e caridade.

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1. XAVIER, F.C.; EMMANUEL. O Consolador. 11. Ed. RJ: FEB, 1985, p. 204.2. GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. 70. Ed. RJ: Objetiva, 1995, p. 23.3. XAVIER, F.C.; EMMANUEL. O Consolador. 11. Ed. RJ: FEB, 1985, p. 205.

FRATERNIDADE: UMA VIA DE MÃO ÚNICAJacobson Sant’Ana Trovão

EURÍPEDES BALSANULFO DE FREITAS E ABREU

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Goiânia, Abril / Maio de 2004

O Centro Espírita Irmã Scheilla, fundado em 29.05.1966, comemora mais um ano de existência, contando com um alentado número de médiuns, e, de forma quase anônima, mas fortalecido pela fraternidade e o ânimo da prática da verdadeira caridade, como autêntico farol do bem, procura iluminar os passos dos homens para induzi-los a seguir os ensinamentos de Jesus praticando o que ele ensinou. Felicitamos o Centro Espírita Irmã Scheilla, sua segura direção, o corpo mediúnico e os seus privilegiados freqüentadores.

Não podemos deixar sem registro a feliz coincidência nas datas de fundação, nos meses de abril e maio, dos grupos espíritas a seguir apontados, os quais, como luzeiros do bem, servem iluminando caminhos e direcionando homens

de boa vontade a crer em Deus, praticar o bem e buscar a verdade.

LUZEIROS DO BEM

SCHEILLA S.E.R.

Adaptação: João Marcos B. e Azevedo — Ilustrações: Evaristo Pedro Caetano

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Iluminando caminhos

EDITORA PROLUZ LTDARua 77 n° 241, Centro, Goiânia-Goiás e-mail: proluz@cultura.com.br — site: www.editoraproluz.com.br

O dia 13 de abril registrou o feliz advento do 1° aniversário de funda-ção da Seara Espírita Redenção - S.E.R., onde abnegados obreiros do bem buscam, de mãos dadas e à sombra dos ensinamentos do Missionário de Deus, ascender a fé e consolidar o conhecimento da Dou-trina Espírita, pelo estudo, em clima de fraterna dedicação. A SER é uma semente que entumece pela força da fé para germinar e crescer produzin-do a frutificação do bem.

O Centro de Estudos da Doutrina Espírita Léon Denis, foi fundado há 3 anos, em resposta ao chamado constante da abertura de uma casa espírita em nosso bairro, o Jaó. O nome desta instituição foi dado como uma homenagem justíssima a esse “apóstolo do Espiritismo”.

Passado esse período estamos muito felizes, pois podemos participar dos grandes benefícios trazidos por essa casa a todos nós.

Nos confraternizamos com todos os colaboradores e freqüentadores que nas suas atividades de segundas (reunião pública), quartas (estudos doutriná-rios), sextas e sábados (atividades so-ciais), têm dado as suas contribuições à consolidação da casa.

Finalmente agradecemos a espiri-tualidade maior o amparo e a proteção que tem sido indispensável à harmonia e equilíbrio da casa.

LÉON DENIS

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EXPEDIENTE:Direção:

Editora Proluz Ltda

Diretor:Onofre da Costa Abreu

Jornalista Responsável:Jávier Godinho - DRT-Go 004

Redação:Adalberto Rodrigues MotaEduardo Vieira Mesquita

Eurípedes Balsanulfo de Freitas e AbreuJoão Marcos Borges e Azevedo

Apoio:Cairo Marques Pereira

Expedito de Miranda e SilvaJosé Geraldo RabeloM. E. Ferreira Batista

Marta Maria Garcia FreireMaria Tarcila Leal RamosMagda Helena de SousaPaulo Roberto - ConstrolRômulo Pereira de Abreu

Diagramação:Adalberto Rodrigues Mota

Tiragem: 5.000 exemplares

Obs.: As matérias assinadas retra-tam a opinião de seus autores.

Goiânia, Abril / Maio de 2004

A DÍVIDA

Num de seus passeios, Mestre Bino encontrou um amigo postado à porta de um conhecido argentário, notório por suas atividades de agiotagem, que lhe confidenciou estar ali para contrair um empréstimo, pois desejava ampliar seus negócios. Desejando ajudá-lo, Mestre Bino lhe diz: meu ami-go, vou contar para você, um conhecido apólogo, que pode te ser proveitoso.

Dizem que a Avestruz voava alto como a águia e, por ser grande e forte, quis alargar seus domínios, para o que, necessitava de dinheiro. Do alto, perce-beu que o Lobo, experiente e matreiro, entregava-se aos negócios da agiotagem. Lá do alto, o majestoso bípede interrogou:— Preciso de dinheiro, podes emprestar-me?

Fonte: O Contador de Estórias, Falando com Você. Goiânia: Proluz Ltda, no prelo.Adaptação: Adalberto R. Mota — Ilustrações: Evaristo P. Caetano

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Que garantias exiges, além da minha palavra?Se me dás boas garantias...

Atira-me algumas penas de tuas asas; quando me pagares eu as devolverei.

Sem raciocinar, a Avestruz desfez-se das valiosas penas.

Eu te concederei, mas exijo outras penas. A devedora aceitou.

No vencimento, voltou ao credor. Não posso pagar agora, mas sou honesta, pagarei depois, basta que me concedas al-gum prazo.

Novos vencimentos, novos prazos concedidos, outras

penas, até que chegou o momento em que a soberba

avestruz não pode mais voar, caindo vencida à frente do

lobo, humilhada, para compartilhar de sua mesa, como

prato principal para a fome insaciável do canino.

Mestre Bino fez uma pausa e concluiu: assim, meu ami-go, acontecerá com você, se não fugir do agiota que, tal como o lobo do apólogo, te aguarda para o almoço, mas não como conviva e, sim, como pitéu. Lembra-te: a dívida não é solução, mas representa o agravante das dificuldades; quem deve perde os bens, a honra e a liberdade, transforman-do-se em escravo do credor; se deves, enfrenta de frente o teu credor, para vencê-lo, mas nunca faças outra dívida para satisfazê-lo; diz a sabedoria popular que a dívida é como o corpo, se não for alimentada, a velhice a tornará ineficaz.

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