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Órgão de divulgação da Doutrina Espírita Í C I T A O S N ANO III N° 18 Fevereiro / Março de 2005 www.editoraproluz.com.br Um dia ARCANA, o Viajor do Tempo, confiou aos nossos ouvidos, em momento de hesitação em nossa tarefa, que “o melhor da vida é lutar para fazer a vida melhor”. É certo que a vida se constitui no labor incessante no esforço de avançar para o Pai. Procurar aperfeiçoar cada passo dado nessa direção não significa fazer desaparecer as dificuldades, mas sim, superá-las, pois são elas as grandes lições, a oportunidade para avançar e crescer. Como estímulo para persistir na luta, bus- cando tornar a “vida melhor”, continuou o Missionário do Tempo: o mundo tem as cores dos nossos olhos, melhora o teu modo de ver as coisas e o mundo se tornará melhor para ti; a montanha resulta do acúmulo dos pequeninos grânulos de areia. Procura ver e valorizar as pe- quenas coisas e o teu conhecimento se tornará grande e sólido como a mais portentosa cordi- lheira; agradeça a oportunidade de dar um passo, para que possas merecer chegar ao fim da viagem; valoriza a oração do trabalho, para que sejas digno de alcançar os frutos da abundância. Arcana afastou-se caminhando e, sorrindo, desa- fiou-me: “venha, dê mais um passo, não desanime nunca, se deseja fazer a vida melhor e alcançar a PAZ”. A humanidade queda-se estarrecida diante dos fatos ocorridos no Oriente, onde o mar revolto avançou sobre uma parcela da humanidade, des- truindo cidades, estradas, pontes, causando o de- sencarne de dezenas de milhares de pessoas, dei- xando economias reduzidas a nada. Nessa encru- zilhada da existência, céticos e fanáticos religio- sos colocam em confronto suas idéias, doutrinas e modo de pensar. Os incrédulos atribuem todos es- ses fatos a uma reação da Natureza ao comporta- mento afrontoso do homem pelas explosões e mu- tações que provoca com suas edificações, no orde- namento natural. Os fanáticos religiosos debitam tudo aos pecados e conseqüente castigo de Deus, imposto às suas creaturas. Por nosso turno, acredi- tamos que o grande equívoco do homem reside em tentar mensurar os desígnios de Deus, um valor infi- nito, valendo-se da métrica finita do homem. É cer- to, ao nosso ver, que não dispomos das condições de alcançar os desígnios do CREADOR e as razões dos fatos que transcendem de nosso poder de análise e síntese. Para o espírita ou espiritualista que crê na sabedoria e justiça infinita de Deus, só resta acei- tar como justo, o chamamento dessa leva de espíri- tos de retorno ao Mundo Espiritual. Certamente, um dia, quando a evolução houver alargado o alcance de nossa métrica, terá o homem condições de compre- ender e explicar fatos de igual jaez. AS ONDAS GIGANTES O servidor quando convidado ao trabalho espírita, ele mesmo, necessitado de compreensão e entendimento. deve continuamente avaliar e reavaliar seus valores, a fim O homem egoísta, doar-se-á a favor de todos, fazendo- de adequar-se cada vez mais ao trabalho que realiza. se amparo a favor da paz e da elevação. Assim é que o homem, antes do mundo, buscará a Todas essas são conquistas primorosas da alma em sublimação, espiritualizando-se dia após dia. crescimento. O homem belicoso, cederá lugar ao pacificador de Jesus sabe no entanto que tais valores não são assi- corações que concilia e une. miláveis da noite para o dia. Mas, aguarda do servidor O homem rancoroso, abrirá espaço ao que ama sem sincero, o esforço, a boa-vontade, a perseverança, como condições ou lugar, renovando ambientes. distintivos para credenciá-lo a servir em nome d'Ele. O homem lascivo, identificará na renúncia um laurel, Portanto, meus irmãos e filhos de minh'alma, buscai onde possa doar-se a favor do bem comum. servir, sempre e cada vez mais, mesmo reconhecendo que O homem vicioso, compreenderá que a pureza pessoal sombras ainda vos acompanham. Mas, com o pensamento o credencia à cessão de fluidos luminosos, os quais no alto, para que a luz que já brilha em teu coração seja carrega em sua intimidade. sempre o farol a ajudar a muitos, hoje e para o futuro, em O homem intolerante, tornar-se-á foco de amparo, nome de Jesus, nosso Mestre e Senhor. porquanto verá nos irmãos de caminhada, almas iguais a SERVIDOR ESPÍRITA JACOBSON SANT’ANNA TROVÃO Esse Capelli

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Page 1: OTÍCIA N S · 2017. 5. 31. · cujos rumos, em verdade não lho gemidos, mas aqui, as feri- deiramente, alcançar o sen-conhecemos. Fui caminhando, das são pensadas, o sofrimento

Órgão de divulgação da Doutrina Espírita

ÍCIT AO SN

ANO III N° 18 Fevereiro / Março de 2005 www.editoraproluz.com.br

Um dia ARCANA, o Viajor do Tempo, confiou aos nossos ouvidos, em momento de hesitação em nossa tarefa, que “o melhor da vida é lutar para fazer a vida melhor”.

É certo que a vida se constitui no labor incessante no esforço de avançar para o Pai. Procurar aperfeiçoar cada passo dado nessa direção não significa fazer desaparecer as dificuldades, mas sim, superá-las, pois são elas as grandes lições, a oportunidade para avançar e crescer. Como estímulo para persistir na luta, bus-cando tornar a “vida melhor”, continuou o Missionário do Tempo:

o mundo tem as cores dos nossos olhos, melhora o teu modo de ver as coisas e o mundo se tornará melhor para ti;a montanha resulta do acúmulo dos pequeninos grânulos de areia. Procura ver e valorizar as pe-quenas coisas e o teu conhecimento se tornará grande e sólido como a mais portentosa cordi-lheira;agradeça a oportunidade de dar um passo, para que possas merecer chegar ao fim da viagem;valoriza a oração do trabalho, para que sejas digno de alcançar os frutos da abundância.

Arcana afastou-se caminhando e, sorrindo, desa-fiou-me: “venha, dê mais um passo, não desanime nunca, se deseja fazer a vida melhor e alcançar a PAZ”.

A humanidade queda-se estarrecida diante dos

fatos ocorridos no Oriente, onde o mar revolto

avançou sobre uma parcela da humanidade, des-

truindo cidades, estradas, pontes, causando o de-

sencarne de dezenas de milhares de pessoas, dei-

xando economias reduzidas a nada. Nessa encru-

zilhada da existência, céticos e fanáticos religio-

sos colocam em confronto suas idéias, doutrinas e

modo de pensar. Os incrédulos atribuem todos es-

ses fatos a uma reação da Natureza ao comporta-

mento afrontoso do homem pelas explosões e mu-

tações que provoca com suas edificações, no orde-

namento natural. Os fanáticos religiosos debitam

tudo aos pecados e conseqüente castigo de Deus,

imposto às suas creaturas. Por nosso turno, acredi-

tamos que o grande equívoco do homem reside em

tentar mensurar os desígnios de Deus, um valor infi-

nito, valendo-se da métrica finita do homem. É cer-

to, ao nosso ver, que não dispomos das condições de

alcançar os desígnios do CREADOR e as razões dos

fatos que transcendem de nosso poder de análise e

síntese. Para o espírita ou espiritualista que crê na

sabedoria e justiça infinita de Deus, só resta acei-

tar como justo, o chamamento dessa leva de espíri-

tos de retorno ao Mundo Espiritual. Certamente, um

dia, quando a evolução houver alargado o alcance de

nossa métrica, terá o homem condições de compre-

ender e explicar fatos de igual jaez.

AS ONDAS GIGANTES

O servidor quando convidado ao trabalho espírita, ele mesmo, necessitado de compreensão e entendimento. deve continuamente avaliar e reavaliar seus valores, a fim O homem egoísta, doar-se-á a favor de todos, fazendo-de adequar-se cada vez mais ao trabalho que realiza. se amparo a favor da paz e da elevação.

Assim é que o homem, antes do mundo, buscará a Todas essas são conquistas primorosas da alma em sublimação, espiritualizando-se dia após dia. crescimento.

O homem belicoso, cederá lugar ao pacificador de Jesus sabe no entanto que tais valores não são assi-corações que concilia e une. miláveis da noite para o dia. Mas, aguarda do servidor

O homem rancoroso, abrirá espaço ao que ama sem sincero, o esforço, a boa-vontade, a perseverança, como condições ou lugar, renovando ambientes. distintivos para credenciá-lo a servir em nome d'Ele.

O homem lascivo, identificará na renúncia um laurel, Portanto, meus irmãos e filhos de minh'alma, buscai onde possa doar-se a favor do bem comum. servir, sempre e cada vez mais, mesmo reconhecendo que

O homem vicioso, compreenderá que a pureza pessoal sombras ainda vos acompanham. Mas, com o pensamento o credencia à cessão de fluidos luminosos, os quais no alto, para que a luz que já brilha em teu coração seja carrega em sua intimidade. sempre o farol a ajudar a muitos, hoje e para o futuro, em

O homem intolerante, tornar-se-á foco de amparo, nome de Jesus, nosso Mestre e Senhor.porquanto verá nos irmãos de caminhada, almas iguais a

SERVIDOR ESPÍRITA

JACOBSON SANT’ANNA TROVÃO

Esse Capelli

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2 Goiânia, Fevereiro / Março de 2005

Ernane Ferreira de Castroe-mail: [email protected]

Tel.: (62) 291-9913 (62) 9978-5493

Fax: (62) 291-0768Goiânia - Goiás

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Av. Emília Tavares (T-2), 3534 - Vila Bethel - Goiânia - Go.CEP 74410-200 - Fone: (62) 233-4353 - Fax (62) 291-5336

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que se intitula Hospital. De suas mem, outros agradecem entranhas explodiam para fora sorrindo. Aqui, meu amigo, eu gemidos e soluços, enquanto sirvo sem discriminar e sinto a isso, ele, o Hospital, parecia alegria de ver o sofrimento e a tranqüilo e até mesmo alegre. dor, serem sufocados pelo Perguntei: sorriso da mãe que recebe o

— Como pode estar sereno e filho que nasce, pelo recupe-até mesmo alegre, deixando rado que agradece o socorro escapar de ti tantos gemidos? recebido e pelo prazer divino

— Você não sabe ver e ava- de servir. Aprenda a ver e ou-A vida, mesmo que estejamos liar o que vê. É certo que agasa- vir, para que possas, verda-parados, é uma caminhada, lho gemidos, mas aqui, as feri- deiramente, alcançar o sen-cujos rumos, em verdade não das são pensadas, o sofrimento tido da vida que é a destina-conhecemos. Fui caminhando, é reduzido, a morte é compen- ção do bem.vendo, ouvindo e aprendendo. sada pela vida e, se alguns ge-Coloquei-me em frente a um ser

DO BANCO DA PRAÇA

O HOSPITAL

MESTRE BINO

O que é “felicidade”? Como alcançá-la? Por que em vez de simplesmente entrarmos pela outra a vida do vizinho é um “mar de rosas”, enquanto a porta, e irmos tratar da vida, preferimos gritar, nossa se agita numa efervescência sem fim? Estas espernear, praguejar, e estragar o que resta do dia.e outras interrogações do mesmo jaez, fazem Esses ensinamentos são exemplos do que parte do rosário que tecemos no dia-a-dia. torna a vida de algumas pessoas melhor, e de

Discorrendo sobre o tema, um pensador con- outras, pior. Tem gente com a vida muito parecida temporâneo ensinou que “a felicidade é simples, com a de seus amigos, mas não entende por que singela e descomplicada, resumindo-se num equi- eles parecem ser tão mais felizes. Será que nada líbrio de valores, quase sempre graciosos, cujos dá errado pra eles? É evidente que sim. Só que, limites se exaurem na utilidade”. Em contrapartida, para eles, entrar pela “porta ao lado”, uma vez ou acrescentou que a “infelicidade resulta da busca outra, não faz a menor diferença.irracional por bens e valores além dos limites Precisamos criar o hábito de entrar pela outra necessários, que se caracterizam como supér- porta, e, às vezes, sair por ela também. É incômo-fluos”. Disse mais: “Se formularmos a pergunta: o do, tem um freio de mão do meio do caminho, mas que desejas?, a qualquer pessoa, a resposta será é um problema extremamente fácil de solucionar. imediata: desejo ser feliz. Mas se analisarmos o E como esse, a maioria dos nossos “problemões” comportamento do questionado, veremos que ele podem ser resolvidos assim, rapidinho. Basta um caminha, quase sempre, em sentido inverso ao telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, objetivo perseguido”. um deixar barato, ou, melhor ainda, um deixar de

Ainda sobre o tema, em entrevista à revista graça.Marie Claire, o Dr. Dráuzio Varella asseverou que o Em nossa caminhada, vamos encontrar cente-ser humano tem um nível de exigência absurdo em nas de situações irritantes, pilhas de pessoas para relação à vida, querendo que absolutamente tudo atrasar o nosso dia. Nessas ocasiões, o melhor a dê certo e que, às vezes, por aborrecimentos fazer é esquecer o mal-humor, sair pela “porta ao mínimos, é capaz de passar um dia inteiro de cara lado”, e ir cuidar do que é importante de fato.amarrada. Exemplificando, frisou que se um Talvez aí esteja a chave do mistério, a razão vizinho estacionar o carro muito encostado ao porque o barco do vizinho parece flutuar num mar nosso, impedindo a abertura da porta do motorista, de rosas, enquanto o nosso...

A PORTA AO LADOADALBERTO RODRIGUES MOTA

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RECEITA DE PAZSe desejas estar em paz, toma para ti a singela receita cujo ingrediente principal é o amor: pratica o bem por

pensamentos, palavras e atos; adiciona em tudo o cuidado de respeitar os limites teus e dos outros; coloca uma boa porção de paciência, trabalha com perseverança e honestidade; coloca mais um pouco de cuidado aprendendo a ver, ouvir e calar; evita o fermento das promessas impossíveis e o esfogueamento das dívidas. Se assim procederes, só te restará, para estar feliz, repartir esse bolo de paz com teus semelhantes.

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A Bíblia, palavra de Deus infalível, interpretada e beira do lago, em pleno santuário da Natureza. Flores e escrita por homens falíveis, contém a omissão do pássaros, luz e perfume representam a moldura de sua sorriso. Seus autores parecem não o conhecer. O paraíso doutrinação. Multidões ouvem-lhe a voz balsamizante. que eles sugerem é uma região de sisudos e emburrados, Doentes e aleijados tocam-lhe de infinitas consolações. o que levou o reverendo Martin Luther King, herói e Pobres e aflitos entrevêem novos horizontes no futuro. mártir da luta contra o racismo nos Estados Unidos, a Mulheres e crianças acompanham-no, alegremente.fazer este desabafo: O Sermão da Montanha é o hino das bem-

- Se não se pode rir no paraíso, eu não quero ir para aventuranças, suprimindo a aflição e o desespero. Por lá... onde passa o Divino Amigo, estabelece-se o

A essa falha facilmente constatável, a lógica do contentamento contagiante. Em pleno campo, conteúdo dos Evangelhos se contrapõe, por ser a razão multiplica o pão destinado aos famintos. O tratamento da alegria e quem está alegre sorri facilmente. Logo no dispensado pelo Mestre aos sofredores cria novos seu princípio, conta Lucas que, quando Jesus nasceu, padrões de confiança no mundo. Desdobra-se o um anjo do Senhor foi tranqüilizar os pastores que apostolado da Boa Nova, no clima da alegria perfeita. estavam no campo e guardavam o rebanho, durante as Cada criatura que registra as notas consoladoras do vigílias da noite, assombrados com o esplendor de uma Evangelho começa a contemplar o mundo e a vida, luz estranha: através de prisma diferente. Surge-lhe a Terra por

- Não temais porque vos trago notícias de grande bendita escola de preparação espiritual, com serviço alegria, que será para todo o povo. santificante para todos. Cada enfermo que se refaz para

Notícias de grande alegria, ele disse. Aquele que a saúde é veículo de bom ânimo para a comunidade chegava ao mundo trazia grande alegria para todos. inteira. Cada sofredor que se reconforta, constitui Mais tarde, homem feito, ele definiria sua missão na edificação moral para a turba imensa.Terra: Madalena, que se engrandece no amor, é a beleza

- Eu vim para que tenham vida, e a tenham com que renasce eterna e, Lázaro, que se ergue do sepulcro, é abundância. a vida triunfante que ressurge imortal. E, ainda, do suor

Vida é dom exclusivo de Deus. Vida é alegria. Em sangrento das lágrimas da cruz, o Senhor faz que flua o toda parte onde há vida, a Natureza sorri de mil manancial da vida vitoriosa para o mundo inteiro, com o maneiras. O Filho do Homem, como ele se chamava, era sol da ressurreição a irradiar-se para a humanidade, portanto alegre e sorria muito, embora isto não esteja sustentando-lhe o crescimento espiritual na direção dos relatado explicitamente pelos quatro evangelistas. séculos sem fim”.Emmanuel e Francisco Cândido Xavier no livro Tudo isso disseram, naquela página magnífica, Roteiro, publicado em 1952, alertam que grande Emmanuel e Chico, evidenciando, sem dúvida, que injustiça comete quem afirma encontrar nos Evangelhos Jesus era alegria e que sua expressão facial permanente a religião da tristeza e da amargura. Eles explicam era de sorriso puro e envolvente. porque: Carlos Romero, um paraibano de pena coruscante,

“Indubitavelmente, o sacerdócio muita vez assina um dos mais convincentes textos sobre o sorriso impregnou o horizonte cristão de nuvens sombrias, com de Jesus, onde considera:certas etiquetas do culto exterior, mas o Cristianismo, na “ Todo o seu Evangelho é um hino de alegria, de bom sua essência, é a revelação da profunda alegria do Céu ânimo, de otimismo, de esperança, de amor. E todas entre as sombras da Terra. A vinda do Mestre é essas virtudes é que enfeitam a vida, iluminam as precedida pela visitação dos anjos. Maria, jubilosa, fisionomias das pessoas, alegram os ambientes. Rosto conversa com um mensageiro divino que a esclarece sem sorriso é rosto apagado. O sorriso é luz que vem da sobre a chegada do Embaixador Celestial. Nasce Jesus alma embriagada de amor. Quem disse que Jesus não na manjedoura humilde, que deslumbra ao clarão de sorriu? Naturalmente, foi algum escritor amargo e triste. inesperada estrela. Vozes cristalinas entoam cânticos na E quem é amargo e triste, não vê sorriso. Será que Altura, glorificando o Criador e exaltando a paz e a boa- quando o mestre abraçou as criancinhas, dizendo que o vontade entre os homens. Começam a reinar o Reino dos Céus era delas, não esboçou um suave sorriso contentamento e a esperança. Mais tarde, o Mestre nos lábios? As crianças nunca estão tristes, a não ser inicia o seu apostolado numa festa nupcial, assinalando quando enfermas. Criança é símbolo de entusiasmo, de os júbilos da família. Como que percebendo limitação e júbilo, de contentamento. Se Jesus declarou que o Céu estreiteza em qualquer templo de pedra para a sua lhes pertencia é porque o paraíso é um lugar onde não palavra no mundo, ele principia as suas pregações à moram a tristeza e o desânimo”.

QUEM DISSE QUE JESUS NÃO SORRIA?JÁVIER GODINHO

CAPELLI, Esse. Roteiro para a Paz. Goiânia: Editora Proluz (no prelo)

Goiânia, Fevereiro / Março de 2005

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Autor desconhecido - enviado por LÍVIA F. L. ABREU

Um professor ateu, desafiou seus alunos com esta sentimos quando nos falta o calor.pergunta: Deus fez tudo que existe? — E a escuridão, existe? - continuou o estudante.

Um estudante respondeu corajosamente: — É claro que sim, respondeu oprofessor.— Sim, pois ele fez todas as coisas! — Novamente o senhor se engana, a escuridão — Deus fez tudo, mesmo? tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência de — Sim, professor - respondeu o jovem. luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O O professor replicou: prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores — Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, de que se forma, com seus diferentes comprimentos de

pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as um reflexo de nós mesmos, então Deus fez o mal. trevas e ilumina a superfície em que toca. O aluno ainda

O estudante calou-se diante de tal resposta e o pergunta ao professor: como se faz para determinar quão professor, feliz, se vangloriava de haver provado, uma vez escuro está um determinado local do espaço? Apenas com mais, que a Fé era um mito. Outro estudante levantou sua base na quantidade de luz presente nesse local, não é mão e disse: mesmo, professor? Escuridão é um termo que o homem

— Posso lhe fazer uma pergunta, professor? criou para descrever o que acontece quando não há luz — Sem dúvida, respondeu-lhe o professor. presente. Finalmente, o jovem estudante perguntou:O jovem ficou de pé e perguntou: — Diga, professor, o mal existe?— Professor, o frio existe? — Claro que existe. Como eu disse no início da aula, — Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por vemos roubos, crimes e violências diariamente em todas as

acaso nunca sentiu frio? partes do mundo, essas coisas são o mal. O rapaz respondeu: — O mal não existe, professor, ou ao menos não existe — Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É,

leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é como nos casos anteriores, um termo que o homem criou ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado para descrever essa ausência, Deus não criou o mal. Não é quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o que faz com que, tal corpo, tenha ou transmita energia. O Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os presente em seus corações. É como o frio que surge quando corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não não há calor ou escuridão que acontece, quando não há luz.existe. Criamos esse termo para descrever como nos

29. Os espíritos elementais se podem ser visualizados por alguns médiuns, podem, também participar do fenô-meno da incorporação? Existe para a incorporação do espírito elementar, como existe para os espíritos dos animais, uma impossibi-lidade técnica impedindo o fenômeno, que é a natureza vibracional entre os campos magnéticos caracterizada pela freqüência e comprimento da onda bem como da intermitência do seu ciclo. Como na natureza tudo se processa de forma obediente a leis pré-estabelecidas, essa incorporação encontra-se fora das possibilidades naturais.

30. Se as vibrações são diferentes, como podem ser vistos?A vidência, bem como a audiência, são fenômenos que podem ser processados de forma exógena, fora, por-tanto, da tessitura íntima do médium. Mesmo assim não são comuns os médiuns com a possibilidade mediúnica de vê-los e ouvi-los.

31. Existem grupos mediúnicos, onde os elementais pos-sam ser vistos e ouvidos?Os povos primitivos, principalmente aqueles que vi-vem mais próximos da natureza como os silvícolas, nas suas práticas religiosas aproximam-se dos elementais direcionando muitas vezes as suas energias para inter-ferirem nos fenômenos da natureza, bem como na caça e na pesca. Também alguns cultos ligados ao que cha-mam “encantos da natureza”, como o Candomblé e outros da mesma linha de pensar, lidam diretamente com os elementais e o direcionamento de suas energias, nas cachoeiras, pedreiras e florestas.

29. Se la elementaj spiritoj povas esti vidataj de kelkaj

mediumoj, ĉu ili povas ankaŭ partopreni la

enkorpigan fenomenon?

Por la enkorpigo de la elementa spirito kiel ankaŭ de la

bestaj spiritoj ekzistas teknika neebleco barante la

fenomenon, kiu estas la vibra naturo inter magnetaj

kampoj karakterizitaj de la frekvenco kaj ondolongo

tiel kiel la cikla intermito. Kiel en la naturo ĉio procesas

obeante leĝojn antaŭdifinitajn, tiu enkorpigo troviĝas

ekster la naturaj eblecoj.

30. Se la vibroj malsimilas kiel ili povas esti vidataj?

La vidiveco kiel ankaŭ la aŭdeco estas fenomenoj

okazantaj eksogene do, ekster la intimeco de la

mediumo. Eĉ tiel ne estas ordinare mediumo kun

mediuma ebleco vidi kaj aŭdi ilin.

31. Estas mediumaj grupoj kie la elementaj estaĵoj povas

esti vidataj kaj aŭdataj?

La primitivaj popoloj ĉefe tiuj kiuj loĝas proksime al

naturo kiel la arbarloĝantoj, dum ties religiaj aktivecoj,

alproksimiĝas al elementaj estaĵoj gvidante plurfoje

iliajn energiojn por interveni la naturan fenomenon,

kiel ankaŭ la ĉason kaj fiŝkapton. Kelkaj kultoj ankaŭ

ligitaj al tiel nomataj “natura sorĉoj”, kiel kandombleo

kaj aliaj el sama penslinio, traktas rekte kun elementaj

estaĵoj kaj direktigo de ties energioj ĉe akvofaloj,

ŝtonejoj kaj arbaroj.

CANTINHO DO ESPERANTOHARY MILTON

DEUS EXISTE?

Goiânia, Fevereiro / Março de 2005

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Talvez pudéssemos compreender porque muitas pes- faltosa para posterior regularização.soas “param no tempo”, quando analisamos com clareza O homem transfere, quase sempre, seus medos interio-seus medos interiores. res para o mundo externo, comumente de ordem material e

Decorrente dos referidos fatores sociológicos, das profissional. Temos visto, com a devida ética e observância pressões psicológicas, dos impositivos econômicos, o profissional, muitos profissionais do campo do compor-medo assalta o homem, empurrando-o para a violência tamento psicoemocional - psicoterapeutas - que dificulta irracional ou amargurando-o em profundos abismos de sua ajuda ao paciente em detrimento do medo de ousar depressão. transgredir aquilo que lhe fora passado quando acadêmico,

Temos percebido que, atualmente, o homem sofre de assim como seus medos mal resolvidos em relação a si mes-doenças psicológicas várias, em face ao seu medo de uma mo e à essência humana vista de maneira integral e transpa-tomada de decisão, de uma postura atuante em seu meio e, rente.principalmente, do medo de si mesmo e de suas potencia- Ocorrências de grande impacto negativo, pavores, urdi-lidades, muitas vezes, vista apenas pelo prisma do negati- duras perversas, homicídios programados com requinte de vismo, da destruição. crueldade, traições infames sob disfarce de sorrisos, produ-

Encarcerando-se, cada vez mais, nos receios justificá- ziram a atual consciência de culpa, de que padecem muitos veis do relacionamento instável com as demais pessoas, atemorizados de hoje, no iner-relacionamento atual.surgem as ilhas individuais e grupais para onde fogem os Outrossim, “catalépticos sepultados vivos, que desper-indivíduos, na expectativa de equilibrar-se, sobrevivendo tam na tumba e vieram a falecer depois, por falta de oxigê-ao tumulto e à agressividade, assumindo, sem perceberem, nio, reencarnam vitimados pelas profundas claustrofobias, um comportamento alienado, que termina por apresentar-se vivendo em precárias consições de sanidade mental”.igualmente patológico. O medo é fator dissolvente na organização psíquica do

Muitas pessoas se dizem precavidas ou cautelosas, homem, predispondo-o, por somatização, as enfermidades quando na verdade, é o medo que as impede de tomar deci- diversas que aguardam correta diagnose e específica tera-sões. Investe-se em profissões várias, sem uma tomada de pêutica, embora, os psicoterapeutas despertos, já se posi-consciência de seus verdadeiros compromissos e desejos cionaram diante do homem integral para melhor ajudá-lo interiores. em suas enfermidades de origem psicoespiritual.

As precauções para resguardar-se, poupar a família aos À medida que a consciência se expande e o indivíduo se dissabores dos delinquentes, mantendo os haveres em luga- abriga na fé racional, na certeza da sua imortalidade, ele se res quase inexpugnáveis, fazem o homem emparedar-se no liberta, se agiganta, recupera a identidade e humaniza-se lar ou aglomerar-se pela aparência externa, perdendo a definitivamente, vencendo o medo e seus sequazes, sejam identidade em relação a si mesmo, ao seu próximo e con- de ontem ou de agora.sumindo-se em conflitos individualistas, a caminho dos A geração atual perdeu a confiança nas afirmações do desequilíbrios de grave porte. passado e deseja viver novas experiências ao preço da alu-

A alucinação generalizada certamente aumenta o medo cinação, como forma escapista de superar as pressões que nos temperamentos frágeis, nas constituições emocionais sofre, impondo diferentes experiências.de pouca resistência, começando no indivíduo, depois, na Numa luta furiosa, nas festas ruidosas, as extravagân-sociedade. Estamos diante de uma sociedade amedrontada, cias de toda ordem, o exibicionismo com que alguns en-onde todos parecem se preparar para uma grande festa que saiam vencer os medos íntimos, uso de cartões de crédito não sabem nem quando nem onde irá acontecer. em grandes shoppings como ilusão “terapêutica”. A ganân-

As gerações anteriores também cultivaram os seus cia do ter esquecendo-se do ser. São atitudes patologicas medos, de origem atávica e de receios ocasionais. decorrentes da fragilidade emocional para enfrentar os

Urge, sem delongas, uma revisão de conceitos, uma mu- desafios externos e internos.dança de conduta, um reestudo da coragem para a imediata Finalmente, devemos ter em mente que o medo só po-aplicação no organismo social e individual necrosado. derá ser “extinguido” ou trabalhado, quando se compre-

Todavia, é no cerne do Ser - o espírito - que se encon- ender que não existe liberdade quando se mente, se engana, tram as causas matrizes desse inimigo rude da vida, que é o impõe e atraiçoa, pois a liberdade é uma atitude perante a medo. Onde através dele surge o sentimento de incapa- vida e só há liberdade, quando há auto-respeito e se ama cidade, os receios, as fraquezas que cercam a alma humana, conscientemente.“essa desconhecida”. O homem só perderá seu medo perante a vida e a si mes-

Os fenômenos fóbicos procedem das experiências pas- mo quando compreender a verdadeira essência humana, a sadas - reencarnações fracassadas - nas quais, a culpa não verdadeira origem de tudo: o “eu” verdadeiro que existe foi liberada, face ao crime de permanecer oculto, ou dissi- dentro de si mesmo. Saia das sombras e encare a si mesmo e mulado, ou não justiçado, transferindo-se a consciência o medo desaparecerá.

O MEDO NUMA VISÃO PSICOESPIRITUALJOSÉ GERALDO RABELO - Psicoterapeuta, Filosofo e Escritor

A melhor prevenção contra a tentação das drogas é a A presença, os bons exemplos, a palavra amiga, indu-presença amiga dos pais, o aconchego da família, a força zem o filho a proteger-se à sombra dos pais.do trabalho e a imantação da fé. A família bem constituída, o labor e a fé, podem afas-

É verdade inconteste que o agente do mal sempre se tar o jovem do pântano das drogas ou, com o auxílio da faz presente encorajado pela ausência dos pais, que ciência, retirá-lo de lá quando começar a afogar-se nele.estimula a ociosidade e o alheamento da fé.

ALERTA

CAPELLI, Esse. Roteiro para a Paz. Goiânia: Proluz (no prelo).

Goiânia, Fevereiro / Março de 2005

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O significado comum da palavra alegria é: contenta- capazes de serem felizes (...). Entretanto a felicidade não é mento; satisfação, prazer moral (...) festa. Forte impressão pessoal. Se somente a possuirmos em nós mes-mos, se não de prazer causada pela posse de um bem real ou imaginário: pudermos partilhá-la com os outros, ela será egoísta e triste. pular de alegria, gáudio. Os filhos são a alegria dos pais. Ela está também na comunhão de pensamentos que une os

À luz dos Espiritismo, diríamos ser a alegria um estado seres simpáticos.de alma que domina a creatura num momento de realização, A felicidade absoluta é atributo apenas dos espíritos de conquista, quase sempre momentâneo, ou temporário. puros, que já se elevaram na árdua escala evolutiva, na con-Todavia, a verdadeira alegria é conquista do Espírito que quista moral e intelectual. O homem é o autor da felicidade mantém a mente tranqüila, na certeza do dever cumprido; ou infelicidade que vivencia e, dado o grau de evolução que a fé em Deus; a esperança por dias melhores; o amor pelos vivencia no orbe, encontra-se ainda distante da felicidade no semelhantes alicerçados no perdão das ofensas. seu grau absoluto; isto não o impede de desfrutar uma feli-

Qual a importância de o homem estar constantemente cidade relativa. Por isso Jesus alerta: “O reino dos Céus está alegre? A alegria é a presença de Deus no coração do ser dentro de vós”.humano, cantando, sem palavras, melodias de perenidade, Como trabalhar em favor da alegria na Terra? É mesmo que de breves durações. grande no mundo o cortejo das moléstias que infelicitam as

Num outro momento, o anelo pela alegria e a sua conse- creaturas, no entanto, maior é o fardo de inquietação que qüente busca deve constituir motivação para o paciente lhes pesa nos ombros. Onde haja sinal de presença humana, libertar-se da instabilidade emocional, não desistindo do aí se amontoam os supliciados morais, lembrando legiões de plano de saúde psicológica. sonâmbulos, fixados ao sofrimento. Não apenas os que pas-

Agora, é verdade: escasseiam, na atualidade, a paz, a seiam na rua a herança de lágrimas que trouxeram ao alegria, fatores indispensáveis para o bem-estar e progresso renascer... Esmagadora percentagem dos aflitos carrega dos homens. Aqui demos enfoque à felicidade dizendo que a temerosos no refúgio doméstico que, levantado em louvor mesma independe de postura ou situações, sendo um estado da alegria familiar, se transforma, não raro, em clausura interior, resultante de largo trabalho de renovação moral e flagelante. Daí procede o acervo dos desalentados que pos-ação enobrecedora, que se apóiam numa fé raciocinada, suem tão-somente a fria visão da névoa para o dia seguinte. qual luz na sombra densa, apontando o rumo com segurança. São pessoas com falta de ânimo na luta pela aquisição de

Examinada apenas do ponto de vista terreno, a felicida- suprimento à exigência primária; pais e mães transidos de de, pelo breve trâmite carnal, não tem qualquer significado, pesar, diante de filhos que lhes desdouram a existência; permanecendo como capricho dos sentidos... Somente mulheres traumatizadas em esforço de sacrifício; crianças e quando o homem projeta o pensamento para a vida espiritual jovens desarvorados nos primeiros passos da vida; compa-é que a felicidade adquire significado real e se corporifica. nheiros encanecidos em rijas experiências, atrelados à carga Aprende a renunciar e servir, substituindo os velhos padrões de labores caseiros, quando não são acolhidos nos braços da comportamentais e os clichês mentais cristalizados, por caridade pública, de modo a não perturbarem o sono dos novos conceitos e atitudes, nos quais estrutura as aspirações descendentes... Somemos semelhantes desgostos às tribu-e se incentiva à luta vitoriosa. lações dos que clamam por equilíbrio nas grades dos mani-

Expõe Allan Kardec: “A felicidade dos espíritos bem- cômios; dos que sonham liberdade na estreiteza do cárcere; aventurados não está na ociosidade contemplativa, que dos que choram manietados em leitos de expiação e dos seria, como frequentemente se diz, uma eterna e fastidiosa milhares de espíritos desencarnados, ainda em pesadelos inutilidade. A vida espiritual, em todos os seus graus, é, pelo indescritíveis, que comunicam à esfera física os rescaldos contrário, uma atividade constante, mas livre de fadiga. A do próprio desespero, e verificaremos a tristeza destrutiva é suprema felicidade consiste em desfrutar todos os esplen- comparável à praga fluídica, prejudicando todos os flancos dores da Criação, que nenhuma linguagem humana poderia da evolução na Terra.exprimir, que a mais fecunda imaginação não poderia Portanto, como trabalhar em favor da alegria na conceber”. Terra? Ponderando tudo isso, respeitemos a dor, mas

Consiste ainda no conhecimento e na compreensão de plantemos a alegria e a esperança, onde nossa influência todas as coisas, na ausência de qualquer sofrimento físico e logre chegar. Falemos de otimismo, cultivemos serviço, moral, na satisfação íntima, na serenidade do espírito que ensinemos confiança e exercitemos serenidade. Ninguém nada altera, no amor que une a todos os seres e, portanto, na espera sejamos remédio a toda angústia e rio a toda sede, ausência de todos os aborrecimentos provenientes da rela- entretanto, à frente da sombra e da secura que atormentam ção com os maus, e acima de tudo na visão de Deus e na os homens, cada um de nós pode ser a consolação do raio de compreensão de seus mistérios revelados aos mais dignos. luz e a bênção do copo d'água.

A felicidade decorre das próprias qualidades dos indi- Bibliografia: BORGES, A. Merci Spada. Doutrina Espírita no Tempo e no víduos e não da condição material do meio em que se encon- Espaço; XAVIER, F.C.; EMMANUEL. O Livro da Esperança; KARDEC,

Allan. O Livro dos Espíritos.tra. Ela está, portanto, em toda parte onde existam espíritos

A ALEGRIA, APANÁGIO DO CRISTÃOColaboração: Prof. FÉLIX DE NOLE AZEVEDO

Vivamos nossa fé renovadora em atos e atitudes, nas tarefas habituais e converter-nos-emos na

lâmpada prestativa e dócil que, aceitando as determinações do Senhor, edifica a verdadeira alegria,

onde passa, porque traz consigo, no grande silêncio, o sol do amor que é felicidade permanente e paz

inextinguível.EMMANUEL / F.C.XAVIER. Abrigo. Araras: IDE, 1986.

Goiânia, Fevereiro / Março de 2005

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A Ostentação, senhora de grandes haveres, resolveu bens que lhe foram postos à mão, apenas com o objetivo de fazer-se ainda mais conhecida e admirada no meio em que vangloriar-se, de mostrar-se brilhante e majestosa perante o brilhava. Mandou organizar uma festa pomposa e de mundo, teve, forçosamente, de dar acolhida à penúria.esplendor sem igual, que deveria durar até ofuscar a Seus antigos convivas passavam por ela ao largo, pouco grandeza de seus convidados. se lhe dando, com a fome que a triturava.

Fizeram-se os preparativos, elaboraram-se os convites. A Cobiça procurava outras paragens, onde cultivar a Na ocasião oportuna, compareceram ao solar da Osten- inveja. A Avareza quedava-se vigiando ferozmente, suas tação, todos os seus convidados, ou seja, a Gula, a Cobiça, o míseras e inúteis gramas de ouro. A Preguiça dormia, Orgulho, a Avareza, a Sensualidade, a Preguiça e, não refestelada com o suor alheio, e não ouvia o clamor da desconfiando das intenções da anfitriã, compareceu tam- antiga felizarda de ontem. A Gula, insaciável e doentia, bém a Caridade. gemendo espreitava a panela do vizinho. A Sensualidade, já

Começaram os festejos. Queimaram-se, desnecessa- alquebrada e andrajosa, reduzida a uma sombra do que fora, riamente, fogos de artifícios e coloridas velas. Brilharam nada podia oferecer à Ostentação.lantejoulas e esvoaçaram plumas. Todas as espécies de Aí, seguia faminta e desprezada a Ostentação, quando iguarias foram servidas e correu farto, capitoso vinho, da vê, em seu caminho, a Caridade, que das migalhas reco-mais famosa adega. Os convivas divertiam-se, comen- lhidas no palácio da insensata, teve o bastante para matar-tavam o desperdício e se aproveitavam. lhe a fome e saciar-lhe a sede. Em seguida Ela ofereceu-lhe

A Gula servia-se além da medida racional, pondo a mão a lição:em uma iguaria, e os olhos nos atrativos de outro prato. “Lembra-te que tudo na vida é passageiro. Nunca

A Cobiça usava e subtraía o quanto podia, no desejo devemos malbaratar o que nos é colocado no caminho, em incontrolável de apoderar-se do que existia e abrilhantava a haveres, oportunidade e tempo, pois do mau uso que orgia da Ostentação. fizermos, teremos que prestar as devidas contas. Aceita

A Avareza via naquele desperdício, a oportunidade de também a verdade de que, para nos evidenciarmos, nunca cevar suas arcas, guardando um pouco mais, somando às devemos nos arrimar na destruição do próximo, nem suas desnecessárias moedas, mais algumas gramas de ouro. tampouco, no poder transitório dos bens materiais e sim,

O Orgulho usava e destruía o que encontrava de mais devemos brilhar pelo valor e pelos méritos alcançados na precioso, por sentir-se ferido em sua pretensa majestade. luta. Concluindo, seremos maiores subindo com nossas

A Sensualidade, aproveitando a oportunidade, usava dos próprias realizações”.recursos encontrados, para destruir-se, e à sua anfitriã. O tolo não se dá conta de que o brilho da ostentação é

A Caridade, que a tudo assistia atônita, recolhia as mi- transitório e se esvai na mó do tempo.galhas que rolavam pelo chão, guardando-as em sua cesta. Quem alimenta todas as esperanças na fugacidade das

Passado algum tempo, a Ostentação reduzida à mais ostentação e do brilho, certamente será levado ao cada-amarga miséria, pois não produzira e se aproveitara dos falso das desilusões.

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Goiânia, Fevereiro / Março de 2005

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EXPEDIENTE:Editora Proluz Ltda

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Diretor:Onofre da Costa Abreu

Jornalista Responsável:Jávier Godinho - DRT-Go 004

Redação:Adalberto Rodrigues MotaEduardo Vieira Mesquita

Eurípedes Balsanulfo de Freitas e AbreuJoão Marcos Borges e Azevedo

Reuben de Freitas do Lago e Abreu

Apoio:Cairo Marques PereiraEvaldo José de Araújo

Expedito de Miranda e SilvaJosé Geraldo Rabelo

Marcelo E. Ferreira BatistaMaria Tarcila Leal RamosMagda Helena de SousaPaulo Roberto - ConstrolRômulo Pereira de Abreu

Diagramação:Adalberto Rodrigues Mota

Tiragem: 5.000 exemplares

Obs.: As matérias assinadas retratam a Opinião de seus autores.

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A CARGAFONTE: O Mestre Bino Falando com Você. Editora Proluz (no prelo)

Um viandante seguia o caminho, em demanda ao vale, onde dominava seu senhor, puxando um burrico em cu-jos costados conduzia pesada carga. Condoído do animal, e julgando o peso superior às suas forças, ia reti-rando as peças que julgava menos necessárias, e colocando-as à mar-gem do caminho.

Chegando em frente aos portões do palácio, notou, o severo proprietário, a ausência dos objetos. Chamou o servo, desejando saber o motivo da falta observada.

Meu senhor, se algo abandonei do que me foi confiado, deve-se ao meu julgamento quanto à capacidade da alimária, pois julguei o peso superior às suas forças e a desobriguei daquilo que achei menos necessário.

Tu não tinhas poder para julgar o

que era mais útil, e se a carga te foi

confiada, aqui deverias estar com

a mesma. Volta pois, e busca o que

abandonaste à margem da estrada

e, quando a tiveres completa, vol-

ta à minha presença, e te rece-

berei.

Devemos ajudar a caminhada de nossos irmãos, mas de modo algum, desobrigá-los da tarefa de andarem com seus próprios pés. Não é caridade despojar alguém do peso de suas obrigações, isto é roubar-lhe a oportunidade de chegar ao Senhor com sua missão cumprida. E, qual o nosso viandante, ele terá que repetir a viagem, em busca da carga abandonada. Caridade não é tomar a obrigação alheia, é encorajá-lo, alertá-lo para suas responsabilidades e dar-lhes condições de bem e fielmente cumprir a sua missão.

Quem faz a lição de casa para o filho, dificulta o seu aprendizado.Quem desempenha uma tarefa, não está sofrendo, em verdade está aprendendo.Melhor caridade faz quem, além de ofertar o pão, ensina e encoraja como fazê-lo.

As emoções são como as nu-vens tempestuosas, que passam e se desfazem, mesmo após as tro-voadas, raios e tempestades, dei-xando, apenas, o efeito desastro-so de sua passagem. A razão, por outro lado, é como o granito, que mesmo empanado pela lama, ressurge firme após a tormenta. Ao exemplo das nuvens e do granito, nunca adotes uma decisão séria e que se atrele ao teu destino, guiado pela emoção, pois certamente como a tempes-tade ela passará deixando o ras-tro da imprevidência. Decida com suporte na razão e tu verás que, mesmo após a tormenta da vida, não te arrependerás pelo passo dado.

PARA REFLEXÃO

CAPELLI, Esse. O Contador de Estorias, Falando com Você. Goiânia: Proluz (no prelo)

“Os nossos obstáculos são motivo de ganho da luz divina e o acerto doloroso e dificil, que não podemos perder de vista. Eles reatarão os laços sublimes que fragmentamos no pretérito distante”.

ISABEL CAMPO / F.C. XAVIER. Dicionário da Alma. FEB

Goiânia, Fevereiro / Março de 2005