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HELTON FERNANDES DOS SANTOS LABVIR – ICBS - UFRGS
Infecções que geralmente apresentam coeficiente de mortalidade e potencial epidêmico elevados.
Frequentemente espalham-se com intensidade.
Transmissão primária Virose Gênero viral
Mosquito Dengue hemorrágica Febre amarela Febre do Vale Rift FH Ngari
Flavivirus Flavivirus Phlebovirus Orthobunyavirus
Carrapato FH da Crimeia - Congo FH da floresta Kyasanur FH Omsk
Nairovirus Flavivirus Flavivírus
Roedores FH Argentina – vírus Junin FH boliviana – vírus Machupo FH venezuelana – vírus Guanarito FH brasileira – vírus Sabiá Febre de Lassa FH com síndrome renal
Arenavirus Arenavirus Arenavirus Arenavirus Arenavirus Arenavirus Hantavirus
Morcegos [?] FH de Marburg FH Ebola
Marburgvirus Ebolavirus
Classificação epidemiológica das febres hemorrágicas virais.
Virose Distribuição
Dengue Ásia, América do Sul e Central
Febre amarela América do Sul e África
FH Crimeia – Congo África, Europa e Ásia
Febre do Vale Rift África e oriente Médio
Febre Lassa África
Doença de Marburg África
Ebola África
Ngari África
FH com síndrome renal Ásia, Europa e EUA
FH Omsk Rússia
Doença da floresta Kyasanur Índia
FH Argentina América do Sul
FH boliviana América do Sul
FH venezuelana América do Sul
FH brasileira América do Sul
Hantavírus do Velho Mundo
Europa e Ásia
Febre hemorrágica com síndrome renal [FHSR].
Hantavírus do Novo Mundo
Américas
Síndrome febril aguda de insuficiência respiratória
Síndrome pulmonar dos hantavírus [SCPH].
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Reservatórios:
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Muridae: ratos e camundongos do Velho Mundo.
Arvicolinae: ratos silvestres Euroásia, e América do Norte.
Reservatórios:
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Neotominae: camundongos das Américas.
Sigmodontinae: ratos das Américas.
Hantavírus do Velho Mundo: FHSR ▪ Instabilidade vascular
▪ Hemorragias
▪ Insuficiência renal aguda ▪ Nefrite intersticial
▪ Estripe Dobrava-Belgrado [mortalidade 15%]
Europa Oriental
▪ Estripe Hantaan [mortalidade 10%]
Ásia
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Hantavírus do Novo Mundo:
SPH
▪ Insuficiência respiratória grave ▪ Edema pulmonar agudo
▪ Pneumonite intersticial
▪ Estripe Sin Nombre / Four Corners
América do Norte
▪ Estripe Andes
América do Sul
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
82
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
80 a 120 nm RNA segmentado 3 segmentos: S, M, L Replicação citoplasmática.
1993
Primeiros casos de SPH no Brasil
▪ Juquitiba – SP
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Patogenia: PI: 12 a 21 dias
Disseminação das células ▪ Edema
▪ Reação inflamatória
▪ Lavando a insuficiência renal
▪ IgM e IgG encontrados no início da doença
▪ Trompocitopenia
▪ Neutrofilia com desvio à esquerda
▪ Linfocitose atípica
▪ Hemoconcentração
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Diagnóstico laboratorial:
Difícil isolamento em cultura
Detecção de IgM e IgG
▪ ELISA
RT-PCR
Western blotting: glicoproteína G1
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Bunyaviridae Gênero: Nairovirus 1944 e 1945: 2º Guerra Mundial
Mortalidade: 30 a 50% Pode evoluir para complicações neurológicas
▪ 10 a 25% dos casos.
Transimissão: ▪ Carrapato
▪ Entre pessoas
▪ Aerossol
Casos de 1956: Bulgária
Bunyaviridae Gênero: Phlebovirus 1931: África Oriental Complicações hemorrágicas Hepatite fatal
Culex fatigans
Rebanhos ovinos e bovinos importados da Europa; Casos esporádicos em tratadores e veterinários.
Bunyaviridae Gênero: Orthobunyavirus 1979: Senegal 1993: Dakar 1998: Quênia, Somália
Culex ssp.
Transmitidas por ratos-do-campo Aerossóis de excreções dos ratos
Vírus Doença Distribuição
Complexo LCM LCM Lassa
Coriomeningite Febre Lassa
Mundial África Ocidental
Complexo Tacaribe Junin Machupo Guanarito Sabiá Whitewater Arroyo
FH Argentina FH boliviana FH venezuelana FH brasileira FH com falência renal
Argentina Bolívia Venezuela Brasil EUA
LCM: coriomeningite linfocítica não hemorrágica FH: febre hemorrágica.
40 a 200 nm Pleomórficas Envelopado RNA com 2 segmentos
Manifestações clínicas: Início lento e insidioso
2 a 3 semanas de curso
Infecção imunossupressora
Mortalidade 20 a 50%
Sintomas iniciais: ▪ Febre alta
▪ Cefaleia
▪ Mialgia
▪ Erupção maculopapular
Diagnóstico laboratorial:
ELISA: identificação IgM
RT-PCR
IF: células conjuntivais
Isolamento viral [Vero]:
▪ Sangue
▪ Urina
▪ Fluido pleural
▪ Lavado de garganta
Endêmicos da África; Disseminação por primatas não humanos;
Mortalidade em média aos 10 dias PI.
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Filoviridae Ebolavirus ▪ Ebolavírus Bundibugyo
▪ Ebolavírus Reston
▪ Ebolavírus Sudão
▪ Ebolavírus floresta Tai
▪ Ebolavírus Zaire
Marbugvirus ▪ Marbugvírus
▪ Marbug
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Vírus filamentoso 80nm diâmetro 300 a 1200nm de comprimento Envelopado RNA fita simples Polaridade negativa
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Vírus pantrópicos
Replicação em quase todos os órgãos
▪ Mais afetado: fígado e baço
Inibição medular: ▪ Leucopenia
▪ Trombocitopenia
▪ Destruição do parênquima hepático
Deficiência na síntese do fator de coagulação
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Manifestações clínicas: P.I.: 1 semana
▪ Podendo varias de 3 a 21 dias
Doença com início súbito Conjuntivas irritadas Febre alta Náuseas e vômitos Diarreia aquosa 5º dia: aparência de “zumbi”
▪ Olhos fundos ▪ Face inexpressiva ▪ Extrema letargia
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Casos fatais: Síndrome hemorrágica múltipla grave:
▪ 5º ao 7º dia;
Hematêmese;
Melena;
Hemorragia nasal;
Hepatite grave;
Nefrite tóxica com anúria;
Comprometimento do SNC.
Morte por volta do 9º dia: choque hipovolêmico.
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Diagnóstico laboratorial:
Cultivo celular [Vero ou BHK]
▪ Fígado
▪ Baço
Presença de corpúsculos intracitoplasmáticos semelhantes ao de Negri.
ELISA [IgM]
RT-PCR
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
1967: dois carregamentos de Cercopithecus aethiops na Uganda. Para obtenção de cultura de células em
Marburg [Alemanha].
25 técnicos foram infectados
7 mortes
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Detectados posteriormente em infecções esporádicas na África;
1975: turista australianos infectado no Zimbábue; 1980: dois casos registras no Quênia. 1998 – 2000: 149 caos de Marbugvirus, no Congo - 123 mortes. 2004 – 2005: 252 casos no Congo com 227 mortes.
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1976: Zaire, 318 casos com 280 mortes Disseminação por contato pessoal e uso de agulhas e seringas contaminadas em hospitais e clínicas.
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
1976: Sudão, 284 casos com 151 mortes Inglaterra: 1 caso, contaminação laboratorial acidental.
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
1989
Macacos Macaca fascicularis exportados das Filipinas; para os EUA : infectados por Ebolavírus Reston [ Reston, Virginia – EUA]
Variante não patogenica do ebola
Usada para desenvolvimento de vacinas e testes laboratoriais.
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
0
5000
10000
15000
20000
25000
1976 1979 94-96 2000-03 2007-08 2014
Mortes
Casos
603 [431]
34 [22] 464 [347]
725 [477] 445 [239]
15417 [5508]
CDC, nov. 2014
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
País Nº de casos/2015 Nº de óbitos/2015
Guiné 3789 2524
Libéria 10676 4808
Serra Leoa 13494 3952
Países com casos iniciais e/ou transmissão localizada.
Mali 8 6
Reino Unido 1 1
Países previamente afetados
Nigéria 20 8
Senegal 1 0
Espanha 1 0
EUA 4 1
Itália 1 0
Total 27988 11299
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
WHO, 16 agosto de 2015
Transmissão interpessoal; Associadas ao contato com primatas não-
humanos; Estudos experimentais (inoculação experimental)
Morcegos insetívoros e frugívoros
▪ Replicar e disseminar o vírus
▪ Potenciais reservatórios
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
Estudos sorológicos – Ebola-Zaire
Epomops franqueti Hypsignathus monstruosus Myonycteris torquata
Micropterus pusillus Mops condylurus Roussetus aegyptiacus
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS
FEBRES HEMORRAGICAS VIRAIS