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OS SEGREDOS DO RIO TEJO É muito diferente ver o rio a partir da margem ou conhecê-lo nele navegando. Conhecê-lo e admirá-lo em todo o seu esplendor, só é possível Rio-a-Dentro. Neste paraíso, existem dezenas de ilhas de todos os tamanhos e feitios, verdadeiros paraísos cheios de vegetação luxuriante. Estas ilhas ou Mouchões como são designadas no Tejo, são uma das grandes surpresas que o rio Tejo nos reserva. Como estão rodeadas de água, são quase sempre inacessíveis, misteriosas e desabitadas, lugares fantásticos para a natureza e para as aves. Aqui podem ser observadas milhares de aves, de dezenas espécies diferentes a qualquer hora do dia. São comuns as elegantes Garça- Branca-Pequena (60 cm), as altivas Garça- Real (95cm) ou simpáticos Corvos-Marinhos (85 cm) a mergulharem para apanharem peixe, só para falar das maiores, facilmente se podem ver Águias, e Falcões. Dependendo da época do ano, poderemos

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OS SEGREDOS DO RIO TEJO

É muito diferente ver o rio a partir da margem ou conhecê-lo nele navegando. Conhecê-lo e

admirá-lo em todo o seu esplendor, só é possível Rio-a-Dentro.

Neste paraíso, existem dezenas de ilhas de todos os

tamanhos e feitios, verdadeiros paraísos cheios de

vegetação luxuriante. Estas ilhas ou Mouchões como são

designadas no Tejo, são uma das grandes surpresas que o

rio Tejo nos reserva. Como estão rodeadas de água, são

quase sempre inacessíveis, misteriosas e desabitadas,

lugares fantásticos para a natureza e para as aves.

Aqui podem ser observadas milhares de aves, de dezenas espécies diferentes a qualquer hora

do dia. São comuns as elegantes Garça-

Branca-Pequena (60 cm), as altivas Garça-

Real (95cm) ou simpáticos Corvos-Marinhos

(85 cm) a mergulharem para apanharem

peixe, só para falar das maiores, facilmente

se podem ver Águias, e Falcões.

Dependendo da época do ano, poderemos

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observar desde a Águia-Pesqueira, a Águia-D’asa-Redonda e o Milhafre-Preto. Neste troço do

rio Tejo, nidificam regularmente vários casais de Milhafre-Preto, e é um prazer enorme poder

acompanhar seu crescimento, pois existem ninhos tão baixo que se pode ver o pinto quando

passamos de barco.

Fazemos Cruzeiros Rio-a-Dentro de 2h30 com os seguintes horários:

• 1º cruzeiro das 10h30 ás 13h;

• 2º cruzeiro das 14h30 ás 17h;

• 3º cruzeiro das 17h30 ás 19h, só na Primavera / Verão.

Embarcamos no Escaroupim e subimos o rio acima,

navegamos por entre a ilha das garças, a ilha dos

cavalos, e a ilha dos amores e chegamos até Valada.

A Ilha das Garças é referenciada pelo Turismo de

Portugal, no Roteiro turístico - turismo de Natureza

Observação de Aves nas páginas 32-33, como nome

de “Mouchão das Graças” - 39º 4’N 8º45’W). Depois

descemos o rio até à “Aldeia Aviera” da Palhota. Se a água o permitir vamos também conhece-

la. E descemos um pouco mais pelo rio, até ao Porto da Palha e contornamos o “Mouchão da

Casa Branca”, ilha onde podemos ver os potros

“lusitanos” da coudelaria de Alter Real, em

estado selvagem. Tudo isto sempre rodeados

de conforto e natureza por entre mais ilhas e

troços secundários do rio Tejo muito pouco

navegados, mas cheio de vida. Ao longo do

percurso vamos sempre encontrar centenas de

aves.

Em dias de sol podemos dar um mergulho nas águas do Tejo, tudo sem pressas e sem stress,

afinal estamos no paraíso. Uma maravilha!

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Locais de interesse

O rio Tejo é, todo ele, um encanto. Mas este troço é realmente abençoado, tal é a variedade,

riqueza, quantidade e qualidade de locais a visitar. Navegar pelas as águas límpidas onde se

pode tomar banho, desembarcar numa praia e passear por uma das inúmeras ilhas encantadas,

poder ver milhares de aves de diferentes espécies que fazem do rio o seu habitat, ver saltar

peixes e mais peixes, sem nunca poder esquecer as margens verdejantes, por onde se vão

distribuindo ao logo do rio quintas e povoações, aldeias e vilas é uma experiência difícil de

esquecer.

Chegar a um local vindo pelo Tejo, atracar e fazer uma visita, depois embarcar novamente e

partir até ao próximo lugar é realmente um privilégio único que queremos partilhar consigo.

Escaroupim

É o local de partida por excelência da Rio-a-Dentro para a aventura. A Aldeia do Escaroupim,

fica na margem sul do rio Tejo, a 6 km

de Salvaterra de Magos. Foi fundada nos

princípios do século XX, por pescadores

oriundos da zona de Vieira de Leiria.

São características destas “Aldeias

Avieiras” a utilização da madeira e das

cores alegres. Estes traços culturais são

ainda hoje visíveis nos seus barcos

“saveiros”, mas também nas habitações palafitas tradicionais.

Para se poder sentir como era a vida dos “povos do rio”,

visitamos a casa Museu Avieira, em madeira e que era

uma antiga habitação de pescadores. Com as mobílias e

os artefactos de pesca da época, é um importante

testemunho do passado. É também um raro exemplar da

construção palafita em madeira da zona ribeirinha do rio

Tejo. Construída sobre pilares de alvenaria e estacas de

madeira, para que nas cheias de Inverno a água não entre em casa.

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Ilhas

É uma das grandes surpresas que o rio Tejo nos reserva. Estão rodeadas de água, são

inacessíveis, misteriosas e desabitadas, lugares fantásticos para a ver natureza e aves.

Navegamos pela Ilha dos Cavalos, a Ilha das Garças, a Ilha da Casa branca, a Ilha dos Amores

e por tantas outras. Sem presença humana, quase todas selvagens uma ou outra tem Cavalos,

outras apenas natureza, árvores e plantas. Existe uma que só tem mesmo aves, são às

centenas e centenas de Garças das mais diversas espécies, na altura da nidificação são

milhares. Algo verdadeiramente fantástico.

Ziguezagueando por entre ilhas e línguas de areia podemos não só ver todo o seu esplendor o

quanto são importantes para a fauna e flora do rio.

Ilha das Garças

A Ilha das Garças é referenciada pelo Turismo de

Portugal, no Roteiro turístico - turismo de Natureza

Observação de Aves nas páginas 32-33, como nome

de “Mouchão das Graças” - 39º 4’N 8º45’W).

A Ilhas das Garças - É uma pequena ilha (-0.5 ha) do

rio Tejo em frente à Aldeia do Escaroupim – Salvaterra

de Magos. Local escolhido por várias espécies para

viverem em permanência e ou ai nidificarem. É o local de pernoita de centenas e centenas de

Garças-Boeiras. Agora no Outono, também lá pernoitem os Corvos-Marinhos e muitas vezes a

Ibis-Pretas são vistas lá. Ao entardecer poder assistir a bordo do Rio-a-Dentro, ao regresso em

formação das Garças-Boieiras a voar em

silêncio, bem rente à água. São às centenas e

centenas de Garças, bando após bando, até a

colónia ficar completa. Na época de nidificação

entre Março e Junho, são milhares de

indivíduos de várias espécies: Garça-Real,

Garça-Boieira, Garça-Branca-Pequena,

Colhereiro, Garça-Nocturna (Goraz) entre outras.

É verdadeiramente incrível poder assistir a este acontecimento. O melhor período do dia para

observar aves é de manhã, quando o dia ainda esta fresco. Embora ao fim da tarde também

seja uma boa altura. Nos dias de Inverno e Primavera com o céu limpo e sem vento são

normalmente dias bons. Depende sempre da época do ano o tipo de aves se podem avistar.

Embora muitas espécies sejam residentes, também existem muitas que são invernantes ou que

simplesmente estão de passagem para outras paragens.

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Ilha dos Amores

É uma minúscula ilha coberta de salgueiros, como fica no meio do rio e é rodeada por praias é

o sitio ideal para se poder parar o barco e tomar um banho. Razão pelo qual muitos namorados

vão para lá no fim-de-semana fazer um piquenique e tomar um bom banho.

Ilha dos Cavalos

É a maiores das 3 ilhas daquela zona do rio,

habitada em permanência por éguas, e pelas suas

crias até atingirem uma idade mais avançada e

serem depois levados para outras paragens.

Quando passamos próximo a tendência dos

animais é virem junto da praia dizer “olá”, como se

estivessem a convidarem-nos a desem barcar.

Mais a baixo no “Porto da Palha” existe

mesmo uma ilha que é pertença da

“Coudelaria de Alter” e que também serve

os mesmos propósitos.

Mouchão da Casa Branca.

O “Mouchão da Casa Branca” é uma das

maiores ilhas do rio Tejo, e além de ser um

lugar verdadeiramente selvagem é bastante

verdejante, cheio de salgueiros e plantas

aquáticas, que e muitas vezes ficam

debaixo de água quando a maré sobe ao

ponto mais alto. Um paraíso para muitas

aves que por lá habitam, e que

normalmente podem ser vistas. (Garça-Real, Garça-Branca-Pequena, Pato-Real e Águias, só

para falar em algumas das espécies de maior porte).

Mas o que torna esta ilha verdadeiramente única são os cavalos Lusitanos da Coudelaria de

Alter que lá habitam em estado selvagem. Aos 8 meses são desmamados e os machos vêm

para aqui até aos 3 anos. (As poldras permanecem na coudelaria). Aqui vivem na ilha até ao

inverno em puro estado selvagem, em perfeita harmonia com natureza, tendo por companhia o

rio Tejo com as suas águas calmas e azuis. Poder ver estes animais selvagens a pastar livres na

ilha é um privilégio único.

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Valada

Vista do rio é uma Vila encantadora, poder atracar no cais, subir ao valado em pedra, que

separa a vila do Tejo é simplesmente novidade.

Ficamos ao nível dos telhados das casas. Poder

caminhar ao longo do paredão em pedra, bem

cuidado, que tem como função proteger a vila

das cheias é simplesmente fantástico. Parece

que estamos noutro país e noutro tempo.

Conseguimos perceber porque é o Tejo é o

principal ex-líbris de Valada. A relação especial

que as “gentes da terra” têm com o rio

influenciou o desenvolvimento económico da Vila, assim como a mentalidade da população.

Existem ainda vários exemplos de edifícios com 2

pisos das “Famílias de lavradores” com as

fachadas em azulejos que contrasta com as

casas térreas dos trabalhadores. Valada pertence

a outros tempos, onde se vai por prazer, para

ver o Tejo, para se descansar, tomar banho, ver

a natureza, pescar andar de bicicleta, tomar um café, comer umas enguias ou simplesmente

para poder embarcar no Rio-a-Dentro e partir à aventura.

Ponte Ferroviária

Inauguração em 1904 da Ponte Ferroviária Rainha D. Amélia, ligava o norte e o sul de Portugal.

Construída em ferro e pintada de cor vermelha é um belo exemplar da engenharia do passado e

esta em perfeito estado de conservação. Esta ainda em uso, mas para a passagem de outro

tipo de veículos.

Em 1987 foi

substituída por

uma outra bonita

ponte em betão,

para o serviço

Ferroviária. Vale

pena a experiência

de navegar por

baixo das duas

pontes e ver as

notáveis obras de

arte de engenharia.

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Palhota.

É a típica aldeia “Palafita Avieira”, casas em madeira pintadas de cores garridas, sobre estacas

ou grossos pilares de cimento. É um “exemplar

único” não existe outra com as mesmas

características em Portugal.

Ainda hoje está bem preservada e ainda conserva

algum do seu encanto, mas quase abandonada.

Em tempos, as águas azuis e limpas do Tejo

chegavam bem perto das casas e os barcos

ficavam ali bem ao pé. Durante as cheias de

Inverno a água galga a margem e invade a planície

ribeirinha, razão pela qual as casas de madeira “Avieiras” são elevadas sobre estacas.

Foi em 1988 classificada, como «Património de Interesse Regional» pela câmara do Cartaxo.

Palácio das Obras Novas – Azambuja

Para ao chegar de barco à Foz da Vala Real, temos

que navegar por entre ilhas e bancos de areia,

acompanhados por aves e mais aves, entre elas as

Garças Reais, grandes e Cinzentas e outras Brancas

mais pequenas e Águias Pesqueiras, que nidificam por

ali. Tudo em redor é verde e azul a natureza aqui é

farta, mas ao chegarmos somos sempre confrontados

com o silêncio.

Nada do que conhecemos nos pode preparar para este pedaço do rio Tejo e para a sua

inesperada paisagem bucólica: um pedaço de terra que se desprende da margem entrando pelo

rio a dentro formando uma península e várias ilhas, na ponta um edifício dos finais do século

XVIII em ruínas, conseguimos perceber a

sua importância pela arquitectura e pela

envergadura, conseguimos deslumbrar no

meio das árvores parte do antigo cais, tudo

ainda ladeado por uma alameda de

palmeiras até perder de vista.