os segredos do rio tejopromocoes.santaremhotel.net/programa_passeios_de... · · 2013-08-06......
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OS SEGREDOS DO RIO TEJO
É muito diferente ver o rio a partir da margem ou conhecê-lo nele navegando. Conhecê-lo e
admirá-lo em todo o seu esplendor, só é possível Rio-a-Dentro.
Neste paraíso, existem dezenas de ilhas de todos os
tamanhos e feitios, verdadeiros paraísos cheios de
vegetação luxuriante. Estas ilhas ou Mouchões como são
designadas no Tejo, são uma das grandes surpresas que o
rio Tejo nos reserva. Como estão rodeadas de água, são
quase sempre inacessíveis, misteriosas e desabitadas,
lugares fantásticos para a natureza e para as aves.
Aqui podem ser observadas milhares de aves, de dezenas espécies diferentes a qualquer hora
do dia. São comuns as elegantes Garça-
Branca-Pequena (60 cm), as altivas Garça-
Real (95cm) ou simpáticos Corvos-Marinhos
(85 cm) a mergulharem para apanharem
peixe, só para falar das maiores, facilmente
se podem ver Águias, e Falcões.
Dependendo da época do ano, poderemos
observar desde a Águia-Pesqueira, a Águia-D’asa-Redonda e o Milhafre-Preto. Neste troço do
rio Tejo, nidificam regularmente vários casais de Milhafre-Preto, e é um prazer enorme poder
acompanhar seu crescimento, pois existem ninhos tão baixo que se pode ver o pinto quando
passamos de barco.
Fazemos Cruzeiros Rio-a-Dentro de 2h30 com os seguintes horários:
• 1º cruzeiro das 10h30 ás 13h;
• 2º cruzeiro das 14h30 ás 17h;
• 3º cruzeiro das 17h30 ás 19h, só na Primavera / Verão.
Embarcamos no Escaroupim e subimos o rio acima,
navegamos por entre a ilha das garças, a ilha dos
cavalos, e a ilha dos amores e chegamos até Valada.
A Ilha das Garças é referenciada pelo Turismo de
Portugal, no Roteiro turístico - turismo de Natureza
Observação de Aves nas páginas 32-33, como nome
de “Mouchão das Graças” - 39º 4’N 8º45’W). Depois
descemos o rio até à “Aldeia Aviera” da Palhota. Se a água o permitir vamos também conhece-
la. E descemos um pouco mais pelo rio, até ao Porto da Palha e contornamos o “Mouchão da
Casa Branca”, ilha onde podemos ver os potros
“lusitanos” da coudelaria de Alter Real, em
estado selvagem. Tudo isto sempre rodeados
de conforto e natureza por entre mais ilhas e
troços secundários do rio Tejo muito pouco
navegados, mas cheio de vida. Ao longo do
percurso vamos sempre encontrar centenas de
aves.
Em dias de sol podemos dar um mergulho nas águas do Tejo, tudo sem pressas e sem stress,
afinal estamos no paraíso. Uma maravilha!
Locais de interesse
O rio Tejo é, todo ele, um encanto. Mas este troço é realmente abençoado, tal é a variedade,
riqueza, quantidade e qualidade de locais a visitar. Navegar pelas as águas límpidas onde se
pode tomar banho, desembarcar numa praia e passear por uma das inúmeras ilhas encantadas,
poder ver milhares de aves de diferentes espécies que fazem do rio o seu habitat, ver saltar
peixes e mais peixes, sem nunca poder esquecer as margens verdejantes, por onde se vão
distribuindo ao logo do rio quintas e povoações, aldeias e vilas é uma experiência difícil de
esquecer.
Chegar a um local vindo pelo Tejo, atracar e fazer uma visita, depois embarcar novamente e
partir até ao próximo lugar é realmente um privilégio único que queremos partilhar consigo.
Escaroupim
É o local de partida por excelência da Rio-a-Dentro para a aventura. A Aldeia do Escaroupim,
fica na margem sul do rio Tejo, a 6 km
de Salvaterra de Magos. Foi fundada nos
princípios do século XX, por pescadores
oriundos da zona de Vieira de Leiria.
São características destas “Aldeias
Avieiras” a utilização da madeira e das
cores alegres. Estes traços culturais são
ainda hoje visíveis nos seus barcos
“saveiros”, mas também nas habitações palafitas tradicionais.
Para se poder sentir como era a vida dos “povos do rio”,
visitamos a casa Museu Avieira, em madeira e que era
uma antiga habitação de pescadores. Com as mobílias e
os artefactos de pesca da época, é um importante
testemunho do passado. É também um raro exemplar da
construção palafita em madeira da zona ribeirinha do rio
Tejo. Construída sobre pilares de alvenaria e estacas de
madeira, para que nas cheias de Inverno a água não entre em casa.
Ilhas
É uma das grandes surpresas que o rio Tejo nos reserva. Estão rodeadas de água, são
inacessíveis, misteriosas e desabitadas, lugares fantásticos para a ver natureza e aves.
Navegamos pela Ilha dos Cavalos, a Ilha das Garças, a Ilha da Casa branca, a Ilha dos Amores
e por tantas outras. Sem presença humana, quase todas selvagens uma ou outra tem Cavalos,
outras apenas natureza, árvores e plantas. Existe uma que só tem mesmo aves, são às
centenas e centenas de Garças das mais diversas espécies, na altura da nidificação são
milhares. Algo verdadeiramente fantástico.
Ziguezagueando por entre ilhas e línguas de areia podemos não só ver todo o seu esplendor o
quanto são importantes para a fauna e flora do rio.
Ilha das Garças
A Ilha das Garças é referenciada pelo Turismo de
Portugal, no Roteiro turístico - turismo de Natureza
Observação de Aves nas páginas 32-33, como nome
de “Mouchão das Graças” - 39º 4’N 8º45’W).
A Ilhas das Garças - É uma pequena ilha (-0.5 ha) do
rio Tejo em frente à Aldeia do Escaroupim – Salvaterra
de Magos. Local escolhido por várias espécies para
viverem em permanência e ou ai nidificarem. É o local de pernoita de centenas e centenas de
Garças-Boeiras. Agora no Outono, também lá pernoitem os Corvos-Marinhos e muitas vezes a
Ibis-Pretas são vistas lá. Ao entardecer poder assistir a bordo do Rio-a-Dentro, ao regresso em
formação das Garças-Boieiras a voar em
silêncio, bem rente à água. São às centenas e
centenas de Garças, bando após bando, até a
colónia ficar completa. Na época de nidificação
entre Março e Junho, são milhares de
indivíduos de várias espécies: Garça-Real,
Garça-Boieira, Garça-Branca-Pequena,
Colhereiro, Garça-Nocturna (Goraz) entre outras.
É verdadeiramente incrível poder assistir a este acontecimento. O melhor período do dia para
observar aves é de manhã, quando o dia ainda esta fresco. Embora ao fim da tarde também
seja uma boa altura. Nos dias de Inverno e Primavera com o céu limpo e sem vento são
normalmente dias bons. Depende sempre da época do ano o tipo de aves se podem avistar.
Embora muitas espécies sejam residentes, também existem muitas que são invernantes ou que
simplesmente estão de passagem para outras paragens.
Ilha dos Amores
É uma minúscula ilha coberta de salgueiros, como fica no meio do rio e é rodeada por praias é
o sitio ideal para se poder parar o barco e tomar um banho. Razão pelo qual muitos namorados
vão para lá no fim-de-semana fazer um piquenique e tomar um bom banho.
Ilha dos Cavalos
É a maiores das 3 ilhas daquela zona do rio,
habitada em permanência por éguas, e pelas suas
crias até atingirem uma idade mais avançada e
serem depois levados para outras paragens.
Quando passamos próximo a tendência dos
animais é virem junto da praia dizer “olá”, como se
estivessem a convidarem-nos a desem barcar.
Mais a baixo no “Porto da Palha” existe
mesmo uma ilha que é pertença da
“Coudelaria de Alter” e que também serve
os mesmos propósitos.
Mouchão da Casa Branca.
O “Mouchão da Casa Branca” é uma das
maiores ilhas do rio Tejo, e além de ser um
lugar verdadeiramente selvagem é bastante
verdejante, cheio de salgueiros e plantas
aquáticas, que e muitas vezes ficam
debaixo de água quando a maré sobe ao
ponto mais alto. Um paraíso para muitas
aves que por lá habitam, e que
normalmente podem ser vistas. (Garça-Real, Garça-Branca-Pequena, Pato-Real e Águias, só
para falar em algumas das espécies de maior porte).
Mas o que torna esta ilha verdadeiramente única são os cavalos Lusitanos da Coudelaria de
Alter que lá habitam em estado selvagem. Aos 8 meses são desmamados e os machos vêm
para aqui até aos 3 anos. (As poldras permanecem na coudelaria). Aqui vivem na ilha até ao
inverno em puro estado selvagem, em perfeita harmonia com natureza, tendo por companhia o
rio Tejo com as suas águas calmas e azuis. Poder ver estes animais selvagens a pastar livres na
ilha é um privilégio único.
Valada
Vista do rio é uma Vila encantadora, poder atracar no cais, subir ao valado em pedra, que
separa a vila do Tejo é simplesmente novidade.
Ficamos ao nível dos telhados das casas. Poder
caminhar ao longo do paredão em pedra, bem
cuidado, que tem como função proteger a vila
das cheias é simplesmente fantástico. Parece
que estamos noutro país e noutro tempo.
Conseguimos perceber porque é o Tejo é o
principal ex-líbris de Valada. A relação especial
que as “gentes da terra” têm com o rio
influenciou o desenvolvimento económico da Vila, assim como a mentalidade da população.
Existem ainda vários exemplos de edifícios com 2
pisos das “Famílias de lavradores” com as
fachadas em azulejos que contrasta com as
casas térreas dos trabalhadores. Valada pertence
a outros tempos, onde se vai por prazer, para
ver o Tejo, para se descansar, tomar banho, ver
a natureza, pescar andar de bicicleta, tomar um café, comer umas enguias ou simplesmente
para poder embarcar no Rio-a-Dentro e partir à aventura.
Ponte Ferroviária
Inauguração em 1904 da Ponte Ferroviária Rainha D. Amélia, ligava o norte e o sul de Portugal.
Construída em ferro e pintada de cor vermelha é um belo exemplar da engenharia do passado e
esta em perfeito estado de conservação. Esta ainda em uso, mas para a passagem de outro
tipo de veículos.
Em 1987 foi
substituída por
uma outra bonita
ponte em betão,
para o serviço
Ferroviária. Vale
pena a experiência
de navegar por
baixo das duas
pontes e ver as
notáveis obras de
arte de engenharia.
Palhota.
É a típica aldeia “Palafita Avieira”, casas em madeira pintadas de cores garridas, sobre estacas
ou grossos pilares de cimento. É um “exemplar
único” não existe outra com as mesmas
características em Portugal.
Ainda hoje está bem preservada e ainda conserva
algum do seu encanto, mas quase abandonada.
Em tempos, as águas azuis e limpas do Tejo
chegavam bem perto das casas e os barcos
ficavam ali bem ao pé. Durante as cheias de
Inverno a água galga a margem e invade a planície
ribeirinha, razão pela qual as casas de madeira “Avieiras” são elevadas sobre estacas.
Foi em 1988 classificada, como «Património de Interesse Regional» pela câmara do Cartaxo.
Palácio das Obras Novas – Azambuja
Para ao chegar de barco à Foz da Vala Real, temos
que navegar por entre ilhas e bancos de areia,
acompanhados por aves e mais aves, entre elas as
Garças Reais, grandes e Cinzentas e outras Brancas
mais pequenas e Águias Pesqueiras, que nidificam por
ali. Tudo em redor é verde e azul a natureza aqui é
farta, mas ao chegarmos somos sempre confrontados
com o silêncio.
Nada do que conhecemos nos pode preparar para este pedaço do rio Tejo e para a sua
inesperada paisagem bucólica: um pedaço de terra que se desprende da margem entrando pelo
rio a dentro formando uma península e várias ilhas, na ponta um edifício dos finais do século
XVIII em ruínas, conseguimos perceber a
sua importância pela arquitectura e pela
envergadura, conseguimos deslumbrar no
meio das árvores parte do antigo cais, tudo
ainda ladeado por uma alameda de
palmeiras até perder de vista.