revista aqui É fresco #1

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A V Convenção Aqui é Fresco demonstrou a importância da união para o sucesso coletivo. Nesta edição trazemos até si o balanço deste evento e explicamos porque o retalho tradicional é, cada vez mais, uma força viva da economia portuguesa convenção de sucesso retalho parceiros rede oportunidades proximidade conveniência competitividade aquiefresco.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Nº 1 I Agosto 2015 a revista da maior rede de supermercados de proximidade de Portugal NOVO CONCEITO 08 V CONVENÇÃO AEF 16 TROFÉU CARREIRA 30 SORTIDO CORRETO 46 nesta edição O formato de proximidade da UniMark prepara-se para dar um passo rumo ao futuro aqui é fresco #2.0

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A revista da maior rede de supermercados de Portugal

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A V Convenção Aqui é Fresco demonstrou a importância da união para o sucesso coletivo. Nesta edição trazemos até si o balanço deste evento e explicamos porque o retalho tradicional é, cada vez mais, uma força viva da economia portuguesa

convenção de sucesso

retalho parceiros rede oportunidades proximidade conveniência competitividade

aquiefresco.comDISTRIBUIÇÃO GRATUITANº 1 I Agosto 2015

a revista da maior rede de supermercados de proximidade de Portugal

NOVO CONCEITO 08V CONVENÇÃO AEF 16TROFÉU CARREIRA 30SORTIDO CORRETO 46

nesta edição

O formato de proximidade da UniMark prepara-se para dar um passo rumo ao futuro

aqui é fresco

#2.0

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 3

O comércio alimentar de proximidade, quer pela tipologia de produtos que vende quer por razões históricas, é um elemento estruturante do tecido económico português, imprescindível para a vida

dos cidadãos e das famílias.Portugal teve uma expansão numérica muito grande deste segmento de mercado, não só porque existe, tradicionalmente, nos países do sul da Europa um grande número de pontos de venda de pequena e média dimensão, como também porque circunstâncias históricas particulares incentivaram a criar estabelecimentos deste tipo. Os que regressaram de África, ou da emigração na Europa, nos anos 70 e 80 do século passado, ou os que ficaram sem emprego devido ao encerramento de várias grandes empresas industriais na margem sul do Tejo são exemplos conhecidos.Se, por um lado, pode ter havido um crescimento excessivo do sector, o modo como os governos e os municípios encararam a situação não foi o melhor. A desregulação dos licenciamentos incentivada pelas leis de 2004 (Governo Durão Barroso) e 2009 (Governo Sócrates) provocou uma situação única na Europa em termos de grandes superfícies (4 milhões de m2) e centros comerciais (3,5 milhões de m2), havendo ainda mais alguns milhões licenciados que só não foram construídos devido à crise.Esta situação, agravada a partir de 2010 pela perda de poder de compra resultante das dificuldades da economia e do programa de ajustamento, acabou por ter um impacto violento em termos do número de encerramentos, apesar do sector alimentar ter sido o que melhor resistiu.Se as dificuldades foram (e são) grandes, estamos, porém, num momento em que existem oportunidades que facilitam “O regresso do Comércio de Proximidade” que colocámos como título destas notas.O envelhecimento da população com perdas de mobilidade,

O regresso do Comércio de Proximidade

editorialJoão Vieira Lopes

Diretor Geral Euromadiport e UniMark

o custo dos transportes, a quebra do poder de compra e os próprios hábitos dos consumidores jovens, que não querem perder muito tempo a fazer compras, acabam por potenciar este tipo de estabelecimentos.No entanto, o mundo mudou e as exigências do consumidor também. O modelo de estabelecimento não pode ser o mesmo, tem que ser mais moderno, limpo, organizado, iluminado. É preciso oferecer bons preços, mas também um serviço adequado. Uma gama pensada para o cliente, sendo imprescindível uma boa oferta de produtos frescos, um horário ajustado à zona, ter uma boa oferta de marca própria, criar nalgumas situações um sistema de entregas em casa do cliente, etc. Só este conjunto poderá cativar o consumidor.Para conseguir tudo isso é preciso, no entanto, unir esforços, trabalhar em rede, encontrar formas de colaboração com grossistas e fornecedores. Só deste modo um conjunto de comerciantes de pequena e média dimensão poderá estar no mercado de uma forma sólida, com lucro e enfrentar a violenta concorrência dos grandes operadores, pois o mercado português é dos mais concentrados na União Europeia.No universo EuromadiPort/Unimark existem diferentes projetos de comércio de proximidade, sendo o “Aqui é Fresco” um dos que têm tido um êxito significativo. No seguimento da Convenção realizada em junho, em Lisboa, no Pavilhão de Portugal, quero, pois, felicitar-vos a todos e reafirmar que todos os projetos que tenham como objetivo promover o comércio alimentar de proximidade dos Associados terão todo o nosso apoio e colaboração.

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1608

38

32

03 Editorial

06 História Aqui É Fresco

08 Novo conceito de loja

16 V Convenção

30 Troféu Aqui É Fresco: Rui Amorim de Sousa - Cerealis

32 Perfil António Simões - Sovena

34 Perfil Paulo Pereira da Silva - Renova

36 Perfil Rui Nabeiro - Delta Cafés

38 Sortido correto de loja

44 Conceitos de loja de proximidade

50 A fechar

índice4

34

44

30

50

36

03 06

fichatécnica

Revista Aqui É Fresco

DEPÓSITO LEGALN.º: 396902/15 EDIÇÃO E PROPRIEDADE:Unimarketing – Marketing, Comércio de Bens de Consumo e ServiçosPromocionais, Crl

DIRETORJoão Vieira Lopes

CHEFE DE REDAÇÃOAntónio Moreira

VENDAS E MARKETINGCarla Esteves Email: [email protected]

CONTACTOS Unimarketing – Marketing, Comércio de Bens de Consumo e Serviços Promocionais, CrlAv. D. João II, N.º 35 – 9.º CEdifício Infante – Parque das Nações1990-083 Lisboa Telefone: 219 533 860 Website: www.aquiefresco.com

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Pela 14.ª vez consecutiva a Deltafoi eleita a marca de confiança.

E esta é uma escolha de todos os dias. Quase metade dos cafés que os portugueses bebem são Delta. Em casa ou na rua, procuram a marca que lhes dá o sabor a que estão habituados: o café feito

ao nosso gosto. E esta é a verdadeira razão para este nosso Obrigado.

10.000.000sinais de confiança todos os dias

C

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PressDelta_MC15_210x297.pdf 1 02/04/15 16:53

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Rede Aqui é Fresco: uma história de sucesso em evolução contínuaA rede Aqui é Fresco iniciou a sua atividade em janeiro de 2012, a partir da vontade de um conjunto de 13 empresas grossistas associadas na central UniMark e no sentido de responder aos desafios que a crescente concentração da distribuição retalhista em Portugal colocava, e coloca, aos comerciantes independentes.

TEXTO ANTÓNIO MOREIRA

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 7

que, num período em que a guerra promocional atingiu níveis nunca antes sequer imaginados, os retalhistas independentes, sobretudo os que integram a rede Aqui é Fresco, estejam a conseguir não só responder a esse desafio, como a conseguir crescer a níveis superiores à grande distribuição, o que acontece pela primeira vez em mais de 40 anos. Desde a sua conceção - e tendo em conta o facto de que se trata de uma cadeia voluntária, em que os níveis de desenvolvimento de cada um dos participantes e a sua disponibilidade para assumirem compromissos comuns são bastante diferentes - que a estratégia de consolidação da rede Aqui é Fresco foi construída ao ter em consideração que a adesão se faria em três níveis: integração promocional simples (Nível I), integração comum de promoções, sortido base, “layout” e imagem (Nível II) e franchising (Nível III).Atingido um nível de consolidação do Nível I bastante elevado, estão criadas as condições para o lançamento do Nível II, sendo objetivo conseguir a adesão de, pelo menos, 50 lojas até ao final do presente exercício.Presentemente, estão a ser realizadas reuniões com os retalhistas aderentes de cada um dos grossistas para divulgação mais pormenorizada do conceito de Nível II e a recetividade tem sido excelente.

Rede Aqui é Fresco: uma história de sucesso em evolução contínua

Na análise feita ao mercado em 2011, e que consta do documento base de constituição da rede Aqui é Fresco, refere-se: “As lojas independentes

de proximidade, os grossistas e a indústria de

marca enfrentam hoje problemas complexos e de possíveis

consequências graves que têm como denominador comum o facto

de o “inimigo” ser o mesmo: a grande distribuição organizada”.A partir da constatação desta evidência, aquele grupo de 13 empresas, todas já com redes próprias de comércio associado, decidiu unir esforços e criar uma estrutura única, que arrancou em janeiro de 2012 com um total de 328 retalhistas integrados.Passados apenas três meses, a rede Aqui é Fresco detinha já um total de 514 lojas aderentes, tornando-se, assim, na maior rede de comércio independente portuguesa. À data de 1 de julho de 2015 eram 728 lojas e o objetivo é atingir as 750 antes do final do ano.Desde o seu início que a rede Aqui é Fresco tem conseguido assumir-se como um verdadeiro polo de convergência dos interesses e das dinâmicas dos três elos da cadeia de abastecimento - retalhistas, grossistas e indústria -, cujos interesses foram identificados como comuns na sua constituição, sendo essa a verdadeira razão do seu sucesso.Esta convergência de vontades e dinâmicas tem permitido

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Aqui é Fresco tem novo conceito de lojaA rede de supermercados de proximidade da UniMark, Aqui é Fresco, prepara-se para dar um salto qualitativo rumo ao amanhã, ao apostar numa nova linha de comunicação associada a uma estratégia comercial redefinida, que irá levar esta importante insígnia para o domínio do “franchising”. Modelo de negócio que se encontra a ser desenvolvido há algum tempo e que foi, recentemente, apresentado aos associados da UniMark. Numa altura em que o comércio de proximidade apresenta uma nova dinâmica, quer a nível nacional quer no espaço internacional, a Aqui é Fresco apresenta-se ao mercado com uma nova abordagem. Fique por dentro dos detalhes, conheça as mais-valias e os apoios prestados e perceba porque juntos vamos fazer da Aqui é Fresco a maior e mais prestigiada rede de lojas de proximidade de Portugal.

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Além da nova linha de comunicação, a rede Aqui é Fresco apresenta-se ao mercado com um novo modelo de negócio

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Esteves, gestora de projeto da rede Aqui é Fresco.Ao todo, são mais de três milhões de folhetos, 12 mil cartazes e 400 mil destacadores por ano, o que não deixa de ser um registo significativo quando em causa está uma rede estimada de mais de 720 lojas e em franco crescimento. O que tem levado à consolidação da insígnia como a maior rede de lojas de proximidade em Portugal, com um crescimento global de compras aos fornecedores de 9,4% em 2014.Mas a UniMark quer mais, razão pela qual a grande aposta em 2015 é a implementação do Nível II de integração na rede de lojas, denominado Comércio Associado Evoluído, e que se apresenta como um nível de integração intermédio,

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Arede de supermercados de proximidade da UniMark, Aqui é Fresco, apresenta-se ao mercado com uma nova linha de comunicação e um novo modelo de negócio que vai conduzir esta relevante

insígnia para um novo patamar operacional e comercial, com benefícios para todos os aderentes. Um passo rumo ao amanhã no sentido de potenciar, ainda mais, a rede Aqui é Fresco que contava com um total de 720 aderentes em abril último, consolidando-se, assim, como a maior rede de lojas de proximidade de Portugal.De forma a fazer frente aos desafios do futuro, a rede Aqui é Fresco apresenta uma estratégia comercial renovada, perfeitamente orientada e adaptada à realidade do mercado nacional, equacionada através de uma segmentação baseada em dois níveis de envolvimento distintos. “Por

Nível I da adesão à rede comercial entende-se o nível mais básico

de integração, em que o retalhista adere ao grupo de lojas que

desenvolvem as ações promocionais negociadas pela central. As

lojas aderentes terão, obrigatoriamente, de ter uma identificação

da rede, de implementarem as promoções nas condições

negociadas e recomendadas (períodos, referências, preços,

ofertas, etc.), de distribuir os folhetos promocionais e exibirem

na loja os cartazes e destacadores de prateleira”, introduz Carla

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com obrigações e contrapartidas mais elevadas que no nível básico, nomeadamente quanto à identificação da rede, imagem exterior e interior, sortido, planogramas, fidelização de compras, promoções especiais, topos promocionais, lançamento de novos produtos, sem esquecer a formação. “Esta é a grande aposta para este ano: colocar, de forma efetiva, em

prática o Nível II, onde já se assinala um maior compromisso para

com a rede comercial, mas onde, igualmente, são disponibilizadas

outras contrapartidas distintas do nível anterior”, explica Carla Esteves.Uma nova etapa na vida da rede de lojas associadas da UniMark, numa altura em que o comércio tradicional vive uma fase de vitalidade recuperada, com a crise, de algum modo, a revelar-se benéfica para este canal de comercialização de bens de base alimentar e não alimentar e com os “shoppers” nacionais a requacionarem muitos dos seus hábitos de consumo, entre os quais a compra por conveniência. Até porque nem sempre pelo fator preço se faz, somente, a compra. “O consumidor nacional percebeu que

A grande aposta para 2015 é a implementação do Nível II de integração na rede de lojas

IDENTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE INTEGRAÇÃO DAS LOJAS NA REDE:

Nível 1 – Comércio AssociadoÉ o nível mais básico de integração, em que o retalhista adere ao grupo de lojas que desenvolvem as ações promocionais negociadas pela central. Estas lojas aderentes terão, obrigatoriamente, de ter uma identificação da rede, de implementarem as promoções nas condições negociadas e recomendadas (períodos, referências, preços, ofertas, etc.) e de distribuírem os folhetos promocionais e exibirem na loja os cartazes e destacadores de prateleira. As lojas integradas neste nível de adesão deverão, sempre que possível, aplicar as recomendações da rede quanto à dinâmica promocional, organização geral e ambiente da loja, sortido e implantação de produtos (planogramas).

Nível 2 – Comércio Associado Evoluído É um nível de integração intermédio, com obrigações e contrapartidas mais elevadas que no nível básico, nomeadamente quanto a: - Identificação da rede; - Imagem exterior e interior; - Sortido; - Planogramas; - Fidelização de compras; - Promoções especiais; - Topos promocionais; - Lançamento de novos produtos; - Formação.

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o canal tradicional não deixou de ser competitivo, ao disponibilizar

um atendimento mais cuidado, sem esquecer a não menos

importante proximidade, com toda a conveniência associada, de

tempo e não só”, reforça.

MODERNIZAÇÃO DO COMÉRCIO TRADICIONAL E não se trata de uma visão empírica, baseada numa perspetiva de “parece que”, mas em dados concretos decorrentes de uma análise rigorosa da evolução do mercado e que nos remete para uma conclusão muito simples: a modernização do comércio de proximidade começa a fazer-se notar.Se não veja-se: segundo a Nielsen, o comércio tradicional apurou uma subida das vendas em valor de 4,2% no final do primeiro trimestre de 2015, face o mesmo período de 2014, superando o canal Hiper e Super, assim como o total

nacional que para esta análise contabiliza, também, as vendas apuradas nas lojas da insígnia alemã de discount Lidl. Uma perspetiva enriquecedora, mas, acima de tudo, mobilizadora, tanto mais que no mesmo período analisado, ou seja, no primeiro trimestre de 2015, as vendas em lojas com menos de 400 metros quadrados aumentaram 9% face à perda de 1% apurada no mesmo período de tempo do ano de 2014.Boas notícias que surgem quando apresentamos ao mercado um novo conceito criado a pensar em si e nas suas necessidades e para o qual pensamos estarem reunidas as condições para um significativo crescimento, não só orgânico - a rede acolhe, hoje, 728 associados, 70 dos quais desde meados de 2014 -, como também em termos qualitativos, assegurando-se com a melhoria do conceito uma maior fidelização por parte dos aderentes Aqui é Fresco aos associados UniMark, com o objetivo para o que resta de 2015 a ser atingir as 40 lojas de Nível II. “Esta é uma aposta

no serviço e na notoriedade. Penso que o Nível II é uma meta

atingível, não só atendendo ao capital humano hoje existente ao

nível dos nossos parceiros de rede, como pelo entusiasmo latente

com que o conceito foi acolhido por todos, grossistas e clientes.

Razão pela qual estamos apostados na sua implementação, com

este “update” a ser um importante impulso para as nossas 724

lojas espalhadas de norte a sul do país e que trará ainda mais

No primeiro trimestre de 2015, as vendas em lojas com menos de 400 m2 cresceram 9% face ao mesmo período de 2014, onde se encontravam a perder 1%

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pessoas às lojas dos nossos parceiros,

seduzidas pela qualidade dos espaços e

dos preços competitivos, bem perto de si”, denota Carla Esteves.Uma nova etapa na luta pelo sucesso das empresas retalhistas independentes e que passa, igualmente, por um conjunto alargado de contrapartidas disponibilizadas pela central de compras, que se entendem ser cruciais para o negócio dos seus clientes. Tais como a oferta do design da nova imagem da loja, incluindo a sua produção e implementação, a

O Nível II de adesão à rede de lojas visa a implementação de um novo modelo comercial e operacional

APOIO E CONTRAPARTIDAS PARA AS LOJAS DE NÍVEL II

- Oferta do design da nova imagem da loja e da sua produção e implementação; - Definição de um sortido base comum em produtos de marca de indústria (cerca de 450), de marca própria UP (cerca de 150) e Alteza (cerca de 50) e apoio na definição do sortido global da loja;- Disponibilização de planogramas para as várias secções da loja, com diferentes soluções, consoante a área e a localização;- Apoio regular de uma equipa de profissionais dedicados da central; - Promoções especiais exclusivas;- Negociação de topos promocionais com a indústria;- Campanhas especiais de lançamento de novos produtos; - Formação em gestão do ponto de venda e de pessoal;- Formação em técnicas de definição de preços e margens;- Manutenção e ampliação da dinâmica promocional, estando sempre atentos à concorrência e garantindo a competitividade dos aderentes da rede face à grande distribuição;- Desenvolvimento de uma atividade promocional mais intensa e efetiva em produtos refrigerados e congelados; - Garantir uma melhoria do nível médio de cumprimento de compromissos por parte das lojas (produtos em promoção, distribuição de folhetos, exibição de cartazes e destacadores, etc.).

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 13

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definição de um sortido base comum e apoio na definição do sortido global da loja, a disponibilização de planogramas para as várias secções da loja, com diferentes soluções, consoante a respetiva área e a localização, o apoio regular de uma equipa de profissionais dedicados da central, promoções especiais exclusivas, negociação de topos promocionais com a indústria, campanhas especiais de lançamento de novos produtos, formação em gestão do ponto de venda, de

pessoal e, por último, em técnicas de definição de preços e margens.Aspetos práticos de um conceito que se apresenta como moderno, dirigido e potenciador de uma melhor experiência de compra com toda a comodidade do retalho de proximidade.

2015Premissas base de um conceito de alma renovada e que para 2015 tem objetivos muito claros. “Queremos manter

e ampliar a dinâmica promocional, procurando sempre estar

atentos à concorrência, de modo a garantir a competitividade dos

aderentes da rede face à grande distribuição, com destaque para

uma atividade comercial mais intensa, e efetiva, em produtos

refrigerados e congelados”, sustenta a gestora de projeto da

OBJETIVOS PARA 2015

- Atingir os 750 aderentes em todos os níveis de adesão; - Atingir os 50 aderentes de Nível II; - Ampliar o número de lojas com imagem, atingindo as 100; - Desenvolver planogramas para as principais áreas das lojas em cooperação com fornecedores parceiros; - Realizar, periodicamente, reuniões com as Lojas AEF de modo a obter as suas sugestões e queixas e a transmitir as nossas propostas e recomendações; - Dinamizar o website AEF, nomeadamente nos conteúdos de formação profissional e apoio à gestão da loja.

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 201514

rede Aqui é Fresco.Objetivos aos quais se juntam, ainda, a melhoria do nível médio de cumprimento de compromissos por parte das lojas, assim como o envolvimento dos fornecedores parceiros na otimização da gestão dos lineares das lojas Aqui é Fresco. “Esta rede de supermercados de proximidade

nasceu com o fito de ser uma ferramenta de trabalho útil para que

os nossos aderentes possam fazer face aos desafios futuros. Um

horário alargado, um ambiente apelativo de loja, disponibilidade

de produtos de qualidade, tanto em perecíveis como em mercearia

seca, equilibrado com uma oferta de marca de própria, podem

ser alguns dos atributos chave para o sucesso. Isto a juntar à

conveniência da proximidade e à competitividade do preço, creio

estarem reunidas as condições para elevar a rede Aqui é Fresco

para um novo patamar operacional. É com grande entusiasmo

que temos levado a nossa proposta de valor aos nossos parceiros

e aceitação não poderia ter sido melhor!”, conclui Carla Esteves.Razão pela qual acreditamos que, juntos, podemos fazer da Aqui é Fresco a maior e mais prestigiada rede de lojas de proximidade de Portugal. Da nossa parte tudo o faremos para o ajudar. Contamos consigo!

A rede Aqui é Fresco tem como objetivo terminar o exercício de 2015 com um total de 750 aderentes em todos os níveis de adesão

O QUE FIZEMOS POR SI EM 2014

12 folhetos promocionais mensais, com uma média de 55 produtos de grande rotação e notoriedade;

9 folhetos de ações promocionais de 50%, com uma média de 13 produtos de grande rotação e notoriedade;

2 folhetos temáticos (avós e netos e Mundial), com 54 produtos de grande rotação e notoriedade;

839 produtos promocionados no fecho de 2014; Média de 70 produtos em promoção, por mês.

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 15

OBRIGADO PELA CONFIANÇA

UMA AJUDANO SEU DIA A DIA

VENHA CONHECER AS INOVAÇÕES DAS SUAS MARCAS DE SEMPRE.

Page 16: Revista Aqui É Fresco #1

REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 201516

Convenção de sucesso rumoao futuroUma impressionante moldura humana contribuiu, de forma ativa, para o sucesso da V Convenção Aqui é Fresco, iniciativa que teve lugar nos dias 31 de maio e 1 de junho, no Pavilhão de Portugal e Sala Tejo, em Lisboa. Oriundos de todos os pontos do país, os aderentes e fornecedores parceiros da maior rede de supermercados de proximidade do país disseram ”presente” em mais convenção que constituiu, uma vez mais, uma demonstração clara da vitalidade do comércio tradicional. Edição de sucesso que reuniu mais de 1.200 pessoas nos dois dias desta jornada de trabalho, que serviu para avaliar o presente, mas, sobretudo, preparar o futuro.

TEXTO BRUNO FARIASFOTOS SARA MATOS/AQUI É FRESCO

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 17

A edição de 2015 da Convenção Aqui é Fresco, a quinta da sua história, tinha tudo para ser uma efeméride plena de sucesso. E, de facto, o evento que se realizou nos dias 31 de maio

e de 1 junho não defraudou as expectativas. Análise que pode ser feita numa perspetiva ampla, atendendo a pontos de vista internos e externos, convergentes numa conclusão comum: foi um sucesso tremendo!E o primeiro dia começou em festa, com a insígnia de supermercados de proximidade da UniMark a acolher todos aqueles que se deslocaram até Lisboa para participar na maior reunião anual de comércio tradicional que se realiza no nosso país. A Gare do Oriente ganhou um tom especial com o logótipo laranja e verde, ícone distintivo da maior rede de supermercados de conveniência do país e que assinalou, uma vez mais, a sua vitalidade num ano particularmente feliz para o conceito, ao anunciar uma nova etapa na evolução do seu modelo operacional (ver peça à parte). Novidade que se encontrava bem guardada, para mais tarde ser revelada, pois antes havia assuntos a tratar.

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 201518

Subordinada ao tema central “+ Parceria + Futuro”, a V Convenção Aqui é Fresco incidiu sobre a importância das sinergias na construção de um futuro mais sólido para todos os parceiros envolvidos no projeto: grossistas, retalhistas e fornecedores. E o evento que se realizou na Sala Tejo e no Pavilhão de Portugal não defraudou as expectativas, com o comércio tradicional a demonstrar toda a sua vitalidade,

Mais de 1.200 convidados marcaram presença ao longo dos dois dias de trabalho da V Convenção da rede Aqui é Fresco

Para receber toda esta imensa moldura humana, mais de 1.200 convidados pertencentes à rede Aqui é Fresco, estava um leque alargado de cerca de 100 fornecedores parceiros de um projeto com uma dimensão única a nível nacional e que cria as condições de dinâmica comercial e empresarial determinantes para vencer e ganhar um espaço sólido no futuro. Associados UniMark e fornecedores parceiros reunidos numa ocasião única para fazer bons negócios e reforçar os laços humanos, ao promover o contacto direto com os comerciantes integrados na rede.

“PARCERIA FUNDAMENTAL PARA A NESTLÉ”

Aqui é Fresco - O que levou a Nestlé a estar presente em mais uma iniciativa da rede Aqui é Fresco? Trata-se de uma parceria comercial estratégica?Nestlé - É uma parceria fundamental para a Nestlé,

pois permite um contacto mais direto com o retalhista

de proximidade. Para a Nestlé, a presença neste evento

é estratégica na medida em que permite dar a conhecer

a inovação que aportamos, o leque de produtos que

disponibilizamos, a quem são direcionados e a que tipos de

conveniência de consumo é que pretendem dar resposta.

Estar presentes nesta iniciativa permitiu-nos uma troca

de experiências, de ideias, de conhecimentos e pudemos

afinar expectativas com os retalhistas presentes.

AEF - É pela presença de marcas fortes, de qualidade reconhecida e prestígio incontornável, que o canal tradicional tem vindo a ganhar força crescente?Nestlé - A oferta de marcas de fabricante, aliada à

qualidade e personalização do serviço prestado, são

variáveis chave para o sucesso do canal tradicional.

O retalho de proximidade, por estar mais perto do

consumidor, tem um melhor conhecimento deste, dos seus

hábitos de compra, necessidades individuais e familiares

que não se consegue replicar na grande distribuição. Estes

fatores resultam numa forte fidelização à loja com a

consequente relação de confiança entre as marcas, o lojista

e o consumidor. Nestes casos, o lojista funciona quase

como um prescritor.

AEF - Como vê, no atual contexto, a evolução do retalho tradicional a nível nacional? Pode-se considerar que estamos numa nova fase de evolução face a um passado recente?Nestlé - Assistimos a uma valorização por parte do

consumidor à variável proximidade. Esta tendência é

uma excelente oportunidade para o retalho tradicional e

fabricantes. No entanto, devido ao grau de exigência do

consumidor atual, é fundamental um formato de retalho de

proximidade mais organizado que o existente num passado

recente.

Por esta razão, acreditamos que o projeto Aqui é Fresco,

visa responder às necessidades do atual consumidor,

aproximando-o das nossas marcas.

AEF - A disponibilidade de produto aliada à conveniência são fatores importantes de venda no retalho tradicional?Nestlé - Sim, sem dúvida, são fatores determinantes. O

regresso do protagonismo do retalho tradicional surgiu,

curiosamente, num momento de maiores dificuldades

económicas generalizadas, que levou a uma alteração

dos hábitos de compra e de consumo, privilegiando a

compra dos bens essenciais mais perto de casa. O menor

rendimento familiar potencia a frequência de compra em

detrimento da compra única mensal a que assistíamos no

passado recente.

AEF - Que balanço faz da Convenção Aqui é Fresco 2015?Nestlé - Foi uma excelente organização pela qual estão

de parabéns! A grande adesão por parte de retalhistas e

a forma como os fornecedores estiveram presentes na

divulgação das suas marcas foi reveladora do interesse do

evento.

Durante convenção fizeram-se bons contactos, criando-se

um ambiente de maior proximidade entre todos

os intervenientes.

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 19

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 201520

atendendo, por um lado, à quantidade de convidados que se deslocaram a Lisboa para esta jornada de trabalho e de negociação e, por outro, à pronta adesão de inúmeros fornecedores parceiros, muito deles líderes nacionais da suas categorias, o que diz bem do interesse crescente da indústria agroalimentar no comércio tradicional.Constituída por um grupo de 720 empresas retalhistas independentes de pequena e média dimensão e 16 grossistas espalhados por todo o país, a rede Aqui é Fresco tem vindo a acompanhar as necessidades deste canal de

comercialização, com o momento a ser favorável para a expansão, como indicam os últimos dados macroeconómicos recordados pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, que na sua intervenção relembrou tempos passados, onde foi administrador de grandes empresas portuguesas, como, por exemplo, a Compal ou a Unicer, cujas marcas são parceiras de negócio dos associados UniMark e dos aderentes Aqui é Fresco.

O ministro da Economia, António Pires de Lima, destacou a importância do crescimento do comércio tradicional para a recuperação económica do país

“DESDE O PRIMEIRO MOMENTO QUE APOIAMOS ESTE PROJETO”

Aqui é Fresco - Que importânciaestratégica tem o retalhotradicional para a Unicer? Como vê, no atual contexto, este sector a nível nacional?Unicer - O comércio, no geral, e o retalho tradicional, em

particular, por efeitos da envolvente económica nestes

últimos anos, sofreu uma transformação profunda. O

comércio tradicional, enquanto mercearia de bairro, sofreu

muito como todos os pequenos negócios familiares e seguiu

um de dois caminhos, fechou ou reinventou-se a si mesmo.

A relação de proximidade, o atendimento personalizado, o

aconselhamento do que é fresco, da origem dos produtos,

as frutas, os vegetais, a simpatia da “Dona Maria” e a

disponibilidade do “Sr. José” continuam a ser, aliados à

proximidade e conveniência, uma arma fundamental na

escolha do consumidor. Daí a aposta dos grandes operadores

também nestas cadeias tradicionais com insígnias próprias,

onde a pressão promocional já não engana.

AEF - Como analisa a sua relação comercial com a rede Aqui é Fresco? Que expectativas tem para o futuro?Unicer - Desde o primeiro momento que apoiamos este

projeto, pois acreditamos na sua ideia base de conceção,

nos seus objetivos e na estratégia que segue.

Existem muitas soluções para o comércio tradicional, mas

já passámos por todas as ideias românticas nos últimos

anos e as novas gerações sabem que não há inovações

fáceis de implementar para socorrer o comércio tradicional.

Sabemos que não é um caminho fácil, temos tido

momentos complicados, lutas difíceis nesta parceria com o

Aqui é Fresco. Mas também existe a confiança necessária

nesta parceria e a paciência de esperar, para construir

um negócio pedra por pedra e deixar implementar ideias

mutuamente benéficas.

A modernidade das lojas, a imagem única, os lineares

simples e atrativos serão convidativos. Um ambiente

acolhedor como o de casa, com “nossos amigos” a

atender-nos, quem não volta?

AEF - O que levou a Unicer a apoiar a realização deste evento? O contacto direto com parceiros é importante para a dinamização das relações profissionais e humanas?Unicer - É missão da Unicer ser o parceiro preferido dos

nossos clientes e não existe lugar melhor que este para

estar em contacto direto com aqueles que diariamente

vendem as nossas marcas ao consumidor. Aqui podemos

mostrar as nossas novidades, esclarecer dúvidas sobre os

nossos produtos, transmitir confiança aos aderentes da

Aqui é Fresco, necessária para terem sempre a garantia

de que em cada produto Unicer existe toda uma equipa

ousada, empreendedora e responsável - como o próprio

aderente da Aqui é Fresco - para os apoiar.

AEF - Que balanço faz da Convenção Aqui é Fresco 2015?Unicer - Sempre positivo, como as anteriores, excelente

na sua execução e maravilhoso ambiente. Estamos

já ansiosos pela próxima, quando é mesmo?

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 21

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 201522

OTIMISMONa sua intervenção, António Pires de Lima manifestou a sua pessoal satisfação pelo momento favorável e de crescimento reconhecido a este importante canal de comercialização. Numa altura em que o tema das promoções e dos folhetos nunca foi tão atual, o ministro da Economia destacou, com regozijo, a forma como o comércio tradicional se organizou face a tempos recentes, com o crescimento no primeiro trimestre a ser de mais de 4%, leia-se mais do que o que os hipers e supermercados conseguiram no mesmo período. “É uma grande honra poder estar aqui presente,

reviver tempos de que guardo ótimas memórias. Como

fornecedor sofri como outros sofrem, pelo que é com

particular regozijo que vejo como o comércio tradicional

se organizou. Sei que no primeiro trimestre cresceram

mais de 4%, que é mais que os hipers e supermercados

No entender do ministro da Economia, o diploma alusivo às Práticas Individuais Restritivas do Comércio é fundamental para o que pequeno e médio comércio possa competir com o retalho organizado

Mensagem de:JOÃO PALMEIRA, diretor da Renova, Fábrica de Papel do Almonda, S.A.

“A Renova desde sempre apoiou e fomentou todas as formas de

desenvolvimento para o comércio tradicional em Portugal.

Foi pioneira no estabelecimento de pontes e sinergias que

levaram ao aparecimento das primeiras centrais de compra no

centro e sul do nosso país.

Fomos a primeira empresa de produtos de grande consumo, e

durante anos a única, a colaborar na profissionalização do sector

cooperativo e retalhista em geral, através de ações de formação

nas disciplinas de marketing e merchandising.

Em estreita colaboração com o engenheiro Vieira Lopes, a Renova

promoveu, e dinamizou, a 1.ª Convenção de Comércio Integrado

realizada em Portugal.

Fruto da excelente interação entre as nossas equipas de vendas

e merchandising, com as várias tipologias de lojas e respetivos

retalhistas, sempre considerámos o retalho tradicional um

palco privilegiado para a apresentação e lançamento de novos

produtos.

Essa interação permite-nos dar continuidade à nossa inovação,

com um “feedback” muito rápido por parte de retalhistas e

consumidores.

Em termos futuros, continuamos a defender que o retalho

tradicional é imprescindível em Portugal, mas tem de estar

vocacionado para a inovação e a prestação de um serviço

diferenciado com produtos de qualidade.

Para isso, consideramos que as centrais têm uma importância

fulcral no desenvolvimento de ações de formação, generalistas e

aplicadas à realidade de cada um dos seus associados.

Aos associados da rede Aqui é Fresco quero agradecer-lhes

todo o reconhecimento e colaboração prestada em prol do

desenvolvimento da marca Renova.

Ouso, ainda, lembrar-lhes que têm todas as condições para um

sucesso duradouro! Contem connosco!

Diferenciar o ato e a forma de venda é sempre mais um passo

para que o consumidor faça sua a vossa loja!”

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 23PUB

cresceram, empresas com outros recursos. É, assim, uma grande

honra poder assistir a este momento em que este canal se está

a organizar. Sempre me referi à recuperação económica como

um processo que precisa de exportações, de investimento,

mas também de que o consumo privado evolua positivamente,

pelo que a recuperação apenas é possível com o comércio e os

serviços a crescerem”, introduziu, então, António Pires de Lima. O ministro destacou, ainda, “algumas dificuldades legais que

têm vindo a ser eliminadas”, com o Portugal Sou Eu a trazer uma nova alma a cerca de três mil produtos nacionais que quiseram renovar-se, sem esquecer o delicado tema da Práticas Individuais Restritivas do Comércio (PIRC), no entender do responsável da tutela, um “balizador das regras

fundamentais que, se cumpridas, são um freio ao poder daqueles

que têm uma posição dominante. As PIRC apresentam-se como

um dossiê fundamental para que o pequeno e médio comércio

possa competir com o retalho organizado. Não podemos

consentir que quem tem poder possa levar à asfixia do pequeno

comércio em Portugal”, reforçou António Pires de Lima.Canal que, segundo o ministro, se apresenta como fundamental para a recuperação de postos de trabalho, com o volume de vendas a retalho a crescer 3,5% em abril deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) 1,5%, as exportações a subir 8% no primeiro trimestre, tudo isto associado a um aumento do consumo privado em 2,5%.

Indicadores económicos que levam à confiança em alta dos agentes económicos, com o país a ser, em 2015, mais competitivo, esperando-se que consiga assegurar a competitividade das empresas, apesar do difícil contexto concorrencial, onde se espera, segundo o ministro, que não sejam os políticos a complicar a atividade económica. “Os partidos e os agentes políticos têm que colocar, acima de

todos os interesses, o interesse das empresas portuguesas,

O pequeno e médio comércio apresenta-se como fundamental para a criação de novos postos de trabalho

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 201524

que são quem fomenta o emprego. As empresas não aguentam

mais egoísmo na agenda política. O momento económico é de

esperança, desejo que se mantenha e consolide. Bons negócios

em 2015. O vosso sucesso é o sucesso de Portugal”, concluiu.

DINÂMICASucesso que foi destacado por João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark e da Euromadiport, que na sua intervenção, perante uma Sala Tejo repleta de parceiros envolvidos no projeto, grossistas, retalhistas e fornecedores, destacou a importância incontornável de uma imensa teia do tecido económico chamada comércio. “O comércio é fundamental, o

produto só existe se chegar ao consumidor. Todos os canais são

válidos, mas o canal de proximidade é fundamental. Fomos nós,

comércio de proximidade, que ensinou ao consumidor o que é o

euro. Somos muitos, ainda que pequenos, mas as ligações com

outras redes europeias - European Marketing Distribution (EMD)

“UMA EXCELENTE OPORTUNIDADE DE PARTILHA”

Aqui é Fresco - O que levou a Unilever a apoiar a realização deste evento?Unilever JM - A Unilever JM apoiou este evento visto

tratar-se de uma oportunidade única para reunir, no

mesmo local, cerca de 700 retalhistas de norte a sul do

país.

Possibilita, ainda, a divulgação das nossas marcas junto

do retalho tradicional, especialmente da nossa inovação, e

permite, também, fazer alguns negócios de oportunidade.

A parceria que mantemos com a UniMark, e com os 16

grossistas que estão no projeto, foi também decisiva.

AEF - A parceria comercial com a rede Aqui é Fresco é estratégica para a Unilever?Unilever JM - O canal de cash&carry continua a ter um

peso relevante. As formas de otimização do “sell-out” dos

clientes grossistas são fundamentais para nós. Apoiamos

a Aqui é Fresco enquanto veículo de competitividade das

nossas marcas no canal grossista.

AEF - Que importância estratégica tem o retalho tradicional para a Unilever? Como vê, no atual contexto, este sector a nível nacional?Unilever JM - O retalho

tradicional, que nos últimos

anos sentiu uma quebra,

dá sinais de alguma

recuperação conforme os

últimos dados da Nielsen.

À quadrissemana 24, o

mercado cresce em valor

nas nossas categorias 6,2%.

Desta forma, é cada vez

mais pertinente ter novas

soluções que se enquadrem neste canal.

AEF - O desenvolvimento da área não alimentar nas lojas de retalho tradicional é um importante ponto de contacto para as marcas da categoria? A disponibilidade de produto aliada à conveniência são fatores importantes de venda?Unilever JM - As categorias da área não alimentar

estão a crescer mais rapidamente no retalho tradicional

do que a área alimentar (8,8% vs 1,9% à semana 24).

Considerando que se trata de categorias com uma

dinâmica promocional elevada, demonstra, por si só, a

vitalidade e competitividade do canal tradicional.

O consumidor está mais informado e pretende a solução

mais rápida, mais conveniente e ao melhor preço para as

suas necessidades específicas.

AEF - Que balanço faz da Convenção Aqui é Fresco 2015?Unilever JM - A Unilever JM esteve pelo quinto ano

consecutivo na Convenção Aqui é Fresco. Foi, uma vez

mais, uma excelente oportunidade para partilhar com os

nossos clientes grossistas e, principalmente, os respetivos

retalhistas aderentes, os nossos projetos de inovação e

as atividades promocionais das nossas marcas.

Genericamente, os retalhistas, suportados pelo respetivo

cash&carry e acompanhados pelos responsáveis do

projeto estiveram disponíveis e demonstraram interesse

pelo que as marcas tinham para divulgar. O sucesso deste

projeto será sempre maior, quanto mais estreita for esta

parceria tripartida.

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 25

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- permitem-nos ir mais além”, recordou. João Vieira Lopes destacou, ainda, a importância da central de compras como parceiro do retalho português, num percurso feito de consolidação da presença física no mercado. “Somos

pequenos, mas não estamos sozinhos, afinal são cerca de

duas mil lojas de proximidade, 474.887 mil metros quadrados

de área de venda, mais de sete mil referências em promoção,

sendo ainda uma alternativa válida em

termos de marca própria que promove

720 produtos por ano. Em suma,

representamos um volume de negócios

de mil milhões de euros, nada menos

do que 8% do PIB nacional. Em conjunto

conseguiremos fazer face aos desafios

futuros”, concluiu.Desafios futuros que passam pela evolução para um novo nível de adesão à rede Aqui é Fresco, que apresenta agora dois níveis (ver peça à parte). A acompanhar as mudanças que se têm vindo a acentuar neste canal, com uma nova geração de retalhistas alimentares a querer apostar num negócio próprio e que encontra, nesta central de compras, um parceiro para a concretização desse objetivo. Com a rede Aqui é Fresco a apresentar, a julgar pelo verificado, um forte potencial comercial, com o comércio de proximidade, de pequena e média dimensão, a voltar a estar na “moda”.

FUTUROEvolução destacada pela gestora da rede Aqui é Fresco, Carla Esteves, que resumiu as ações desenvolvidas ao longo do ano passado, que visaram fortalecer os resultados dos aderentes à rede de supermercados de proximidade. Assim como

apontou as principais diretrizes das ações em pleno desenvolvimento e que pretendem assegurar e fomentar o crescimento sustentado de todas as lojas aderentes a este projeto de comércio tradicional. Desde ações concretas de marketing a apoio técnico e incentivo à formação, o sucesso da rede Aqui é Fresco faz-se da convergência de várias componentes.

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 27

Carla Esteves introduziu, ainda, as metas para 2015, ao mesmo tempo que fez o balanço de 2014 e apresentou,

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João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark e da Euromadiport, destacou a importância do comércio tradicional no PIB nacional: nada menos do que 8%

a todos os presentes, o Nível II da rede Aqui é Fresco (ver peça à parte). Harmonização de várias dimensões, onde se destaca a necessidade do cumprimento das regras de adesão à rede, mas se sublinha, igualmente, a importância do respeito da independência dos retalhistas aderentes, chaves-mestras do sucesso da rede Aqui é Fresco. “Queremos crescer juntos, queremos crescer convosco, queremos,

juntos, fazer da rede Aqui é Fresco uma referência ainda mais

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incontornável do comércio tradicional e de proximidade em

Portugal”, conclui a gestora da rede. Após a jornada de trabalho, e entregue o Troféu Aqui é Fresco ao CEO da Cerealis, Rui Amorim de Sousa, pelas mãos do ministro da Economia, chegou a vez do lazer, com o músico português José Cid a encerrar o jantar de gala da V Convenção Aqui é Fresco. Evento que juntou uma significativa moldura humana, com as muitas marcas presentes a receberem

“UM PARCEIRO ESTRATÉGICO PARA O CRESCIMENTO“Aqui é Fresco - Como analisa a sua relação comercial com a rede Aqui é Fresco? Que expectativas tem para o futuro?Sociedade Central de Cervejas - A SCC acredita

que a Aqui é Fresco é um parceiro estratégico para o

crescimento do canal tradicional e, consequentemente,

relevante para o crescimento das nossas marcas. Para o

futuro, acreditamos que este canal vai continuar a crescer.

Para isso acontecer, trabalhamos para o alinhamento de

estratégias que assentam no incremento de rentabilidade

destas lojas.

AEF - Como perceciona, no atual contexto, o retalho tradicional nacional? Qual a importância estratégica deste canal de comercialização para a Sociedade Central de Cervejas e respetivas marcas?SCC - Sabemos que o consumidor português começa a

preferir comprar nas lojas tradicionais, tornando, assim,

este canal num pilar estratégico da nossa empresa.

Trabalhamos para que as nossas marcas estejam

presentes de forma relevante neste canal.

AEF - Como avalia o desenvolvimento da secção de bebidas, como um todo, no retalho tradicional?SCC - A categoria de bebidas no canal tradicional

conseguiu passar de um “trend” negativo para um

“trend” positivo. Isto, através de uma aposta clara dos

fornecedores tanto na categoria como no canal.

AEF - Quais considera serem as melhores apostas em termos de futuro?SCC - Achamos que o futuro assenta

num mix diferenciado, eventualmente

assimétrico. Assim como diferenciamos

entre hipermercados e supermercados,

as lojas tradicionais também deverão

ter uma oferta diferenciada em sortido,

preço, promoção e visibilidade.

AEF - O que levou a SCC a apoiar a realização deste evento?SCC - Por considerarmos um evento importante, o

mais representativo do canal tradicional, teríamos

obrigatoriamente que fazer juntos este caminho.

AEF - Que balanço faz da Convenção Aqui é Fresco 2015?SCC - Mais um ano que passa e a Aqui é Fresco demonstra

a vitalidade e visibilidade perante os seus aderentes. Ao

mesmo tempo, permite uma maior aproximação entre as

lojas e os fornecedores.

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Cardamomo

Canela

Pimenta Rosa

Anis Estrelado

Louro

Noz Moscada

Pimenta da Jamaica

Cravinho

Receitas Ginby Margão

• 5cl Gin (Clássico)

• 20cl Água Tónica

• 1 Twist de lima

(tira da casca)

• 3 Cardamomo

Grão Margão

• Gelo q.b

Receitas Ginby Margão Preparação

01

Gele o copo balão com cubos de gelo.

02

Passe com o twist no bordo do copo.

Junte ao gelo e ao twist o cardamomo.

03

Adicione 5 cl de gin

04

Adicione 20 cl de água tónica,

lentamente, com uma colher de bar,

de modo a não destruir o carbono

das bolhas da água.

Seja responsável beba com moderação.

O Nível II da rede Aqui é Fresco foi a novidade apresentada no decorrer da convenção

nos seus stands os retalhistas aderentes, apresentando todas as suas novidades, produtos criados para satisfazer as necessidades do “shopper” moderno de diferenciação

e de valor acrescentado, atributo tão importante quanto necessário para a rentabilidade da atividade comercial. Por outro lado, a presença de tantos representantes da

indústria pode ser entendida com um sinal de apoio e de crença na recuperação efetiva deste importante canal de comercialização, de protagonismo crescente em Portugal e na Europa.Mudanças que se estendem, também, ao perfil tipo dos retalhistas alimentares independentes. Uma nova geração de empreendedores que encontra na rede Aqui é Fresco o apoio necessário a todos os níveis para vingar neste competitivo mercado, com a proximidade entre os diversos intervenientes a ser evidente ao longo dos dois dias desta jornada de trabalho. E isso, claro está, é mais um indicador favorável e que contribui para um balanço muito positivo desta iniciativa de cariz anual.

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Rui Manuel de Amorim Silva e Sousa nasceu no Porto, em 1957. Data de 1975 o seu ingresso na Faculdade da Economia da Universidade do Porto, onde terminou a sua licenciatura em 1980. Já o MBA em

Gestão na EGP, hoje Porto Business School, chegou oito anos mais tarde, com o Advanced Management Programme no INSEAD – Fontainebleau (França) a ser concluído em 2000.Após a faculdade, e durante sete anos, foi quadro dos CTT - Correios de Portugal como responsável comercial Região Norte e responsável de Planeamento e Controlo Gestão Região Norte. No biénio de 1987/88 deu seguimento à sua carreira profissional como responsável da Delegação Norte da Fiat Crédito Portugal. Ligado à academia e ao ensino até aos dias de hoje, entre 1991 e 1994 foi assistente convidado da Faculdade de Economia do Porto. Em 1991, entrou para o Conselho de Administração da FABOR - Fábrica de Artefactos de Borracha, S.A.Com 35 anos, Rui Amorim de Sousa ingressou na Amorim Lage (hoje Cerealis), num período em que a empresa vinha de um importante ciclo de investimento que a preparou para a adesão de Portugal à, então, Comunidade Económica Europeia (CEE), da qual viria a ser nomeado administrador delegado, em 1995.No novo século, o grupo alimentar entrou numa fase de forte expansão, adquirindo a Companhia Industrial de Transformação de Cereais e Derivados, S.A., detentora da conhecida marca Nacional. Com esta aquisição, o Grupo Amorim Lage ganhou uma nova dimensão, passando a ser, no sector agroalimentar, o maior grupo empresarial português na área da moagem de cereais e fabrico de massas

Paixão pelas marcas e pela construção de valorRui Amorim de Sousa, CEO da Cerealis, empresa portuguesa com quase um século de atividade comercial, foi o homenageado com o Troféu Aqui é Fresco na edição 2015 da Convenção Aqui é Fresco. Troféu entregue pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, e que assinalou o percurso feito ao leme da empresa de cereais portuguesa, hoje presente em mais de 134 países.

TEXTO BRUNO FARIASFOTOS SARA MATOS

Troféu Aqui é Fresco 2015

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REVISTA AQUI É FRESCO AGOSTO 2015 31

alimentícias. Este investimento fez duplicar a faturação do grupo e permitiu entrar em segmentos de mercado onde ainda não estava presente. No seguimento da nova realidade foi implementado um ambicioso ciclo de investimentos em ativos corpóreos superior a 135 milhões de euros. O objetivo foi posicionar todas as unidades industriais no mais elevado padrão tecnológico e de acordo com os mais rigorosos sistemas de gestão de qualidade e certificação, incorporados num plano que incluiu um processo de racionalização dos centros produtivos, concentrando produções e especializando-os. Este parque tecnológico de excelência relaciona-se não só com a maior capacidade produtiva, mas, sobretudo, com a inovação como modelo chave para surpreender o consumidor.Chegado o ano de 2004, foi altura do grupo apresentar uma nova identidade corporativa, ao reunir sob a designação Cerealis todas as empresas do anterior Grupo Amorim Lage num processo de reorganização e simplificação da estruturas de participações do grupo. Um importante passo antes de outro, ainda mais decisivo, e que surgiu na consequência da reorganização do grupo: a internacionalização. Imperativo estratégico que visou complementar o programa de aumento da dinâmica de exportações e concretizado com a entrada do Grupo Cerealis na empresa Europasta SE, sediada na República Checa, fabricante e líder local de massas alimentícias. Assumidamente marquista enquanto gestor, na Cerealis tem sido um dinamizador das suas reconhecidas marcas com a dedicação ao grupo empresarial português a ser uma constante na sua vida, intimamente ligada a um forte suporte familiar (é casado e tem três filhos) e ao mar.Ao longo da sua vida tem desenvolvido uma forte relação às instituições culturais, como a Casa da Música no Porto (a Cerealis foi fundadora e Rui Amorim de Sousa administrador entre 2008 e 2012) ou a Fundação de Serralves (a Cerealis foi também fundadora), uma ligação permanente com a academia, como aluno, docente e gestor (assistente da Faculdade de Economia do Porto e fundador (Cerealis) da EGP, hoje Porto Business School, onde nos últimos três anos foi presidente do Conselho Geral), desempenhando,

ainda, um papel relevante no apoio a atividades e projetos solidários e socialmente responsáveis como, por exemplo, a iniciativa Porto Futuro. A Cerealis está hoje presente em mais 134 países, possui um volume de negócios próximo dos 200 milhões de euros, transforma 380 mil toneladas de cereais por ano, emprega 670 pessoas e serve mais de 2.300 clientes.

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PUBseio da Nutrinveste que levou à decisão de concentração dos esforços na afirmação global da Sovena e no desinvestimento e alienação das restantes áreas de negócio. Em 2001, a Sovena apenas tinha presença em Portugal e exportava para poucos países; em 2014, possuía uma presença global, ao estar presente em oito países e ao exportar para mais de 70, com uma faturação acima dos 1,2 mil milhões de euros, passando a vender 80% da sua produção fora de Portugal, o que fez com que recebesse, em 2013, o Prémio Best Leader Award – Internacionalização.Defensor de parcerias de longo prazo, enquanto fonte incremental de valor, liderou o crescimento do Grupo Sovena através de crescimento orgânico, aquisições e parcerias, entre as quais se destaca a aquisição da Agribética, atual Sovena España (cliente estratégico: Mercadona), em 2001, e da Simão & Co e relançamento da marca Andorinha no Brasil (distribuição Bunge), a aquisição da East Coast Olive Oil, atual Sovena USA (parceria com sócio local), em 2005, assim como a criação da Elaia (em conjunto com a private equity Atitlan).Responsável, ainda, pela entrada da Sovena no olival, tornando-se, assim, na única grande empresa do sector do azeite a integrar toda a cadeia de valor, desde o olival e lagar ao embalamento e à distribuição, ao todo são mais de 12.000 hectares de olival espalhados entre Portugal, Espanha e Marrocos, que fazem deste projeto o maior olival do mundo, com lagares em Portugal, Espanha, Marrocos e Chile e fábricas de embalamento em Portugal, Espanha, Tunísia e Estados Unidos da América.Defensor da competitividade da Sovena, não só pelas suas políticas de sustentabilidade e proteção ambiental mas também pela excelência dos seus azeites, tem fomentado a aposta na inovação enquanto fator de diferenciação das marcas, ao apoiar várias iniciativas nesta área sob a marca Oliveira da Serra e Fula, das quais são exemplo a tampa pop-up, o azeite para fritar, o azeite em spray, o óleo Fula que reduz o cheiro a fritos, entre outras inovações.É, desde 2012, presidente do “Consejo Asesor” do Instituto Internacional San Telmo, de Sevilha, escola de gestão de referência no sector agroalimentar.

Do olival à sua mesa, em todo o mundo

O presidente da Sovena, António Simões, é um homem de olhos postos no futuro, tendo levado a companhia a vender 80% da sua produção no espaço internacional e a conquistar consumidores por todo o mundo. Obra feita ao leme da Sovena e que o levou a receber o Troféu Aqui é Fresco.

TEXTO CARINA RODRIGUESFOTOS AQUI É FRESCO

Natural do Porto, onde nasceu, em 1954, António Manuel Rodrigues Simões é licenciado em Economia pela Faculdade de Economia desta cidade.

Data de 1991 a sua entrada para o Grupo Jorge de Mello – aquando da compra da Lusol Sovena à Quimigal –, tendo participado na negociação da compra da Nutrinveste, holding que então agrupava as participações do IPE - Instituto de Participações do Estado, e Tabaqueira em empresas do sector agroalimentar.No decorrer da primeira metade dos anos 90, conduziu o processo de reestruturação das áreas de negócio da Nutrinveste, através da identificação de três áreas chave – gorduras líquidas alimentares, sumos e conservas vegetais e derivados de cereais.No início da década de 2000, participou na reflexão no

Troféu Aqui é Fresco

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Em 1995 foi eleito presidente do Conselho de Administração da Renova.Em 2005, desenvolveu novas propostas de valor, entre as quais se encontra o lançamento da gama iconográfica de produtos Black Label, assim como criou novas oportunidades de internacionalização da marca Renova. Impulsionador do desenvolvimento da marca e da expansão das operações comerciais para Espanha, França, Bélgica e Luxemburgo, conseguiu, através da inovação e do desenvolvimento de novas propostas de valor, uma visibilidade e notoriedade da Renova que lhe permitiu aproveitar novas oportunidades de negócio nos mercados externos e, simultaneamente, a consolidação da sua liderança do mercado nacional. A marca Renova está hoje presente em mais de 60 mercados.Nos tempos livres, o gestor dedica uma atenção especial ao mergulho, à leitura e à fotografia, sobre os mais variados temas, dos quais se destaca um interesse muito particular sobre assuntos de natureza filosófica e científica, que analisa sob certa perspetiva da sua formação de base: a física.

O presidente da Renova, Paulo Pereira da Silva, foi um dos galardoados com o Troféu Aqui é Fresco, distinção recebida em função do extraordinário trabalho realizado no desenvolvimento e sucesso desta empresa portuguesa, tanto a nível nacional como internacional. Conheça o perfil do líder de uma das mais carismáticas empresas portuguesas.

TEXTO BÁRBARA SOUSAFOTOS AQUI É FRESCO

Paulo Miguel Pereira da Silva nasceu na cidade de Lisboa, no ano de 1961. Em 1978, ingressou na École Polytéchnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, onde se licenciou em Engenharia Física.

Durante a licenciatura, aproveitou parte dos tempos livres para viajar pela Europa e tomar contacto com uma série de realidades socioculturais que o vieram a estimular no desenvolvimento de atividades de carácter complementar à física, nomeadamente relacionadas com as humanidades e as artes.Tinha 23 anos quando ingressou na Renova, com o seu percurso profissional a ter início na gestão de operações industriais. Recorde-se que, à época, a empresa atravessava uma fase cíclica de grande investimento industrial, modernização de tecnologias e de operações produtivas. Posteriormente foi nomeado diretor de Serviços, diretor de Produção e diretor Fabril, datando de 1991 a sua integração no Conselho de Administração da Renova, tendo, desde então, assumido uma posição de forte defesa e implementação de políticas ambientais mais rigorosas e eficientes.

De commodity a “love brand”Troféu Aqui é Fresco

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Reconhecido por todos pelo seu talento e profissionalismo, assim como pela dimensão humana, Rui Nabeiro foi condecorado, em 1995, com o Grau de Comendador, pelo então Presidente da República, Mário Soares. Em 2006, foi, uma vez mais, reconhecido e homenageado pelo Estado português, com o Presidente da República, Jorge Sampaio, a entregar-lhe a Grã-Cruz da Ordem do Infante, numa cerimónia realizada no Palácio de Belém. Também em 2006, Rui Nabeiro foi distinguido com o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora. Em 2007, inaugurou o Centro Educativo Alice Nabeiro, para dar resposta às necessidades extra-escolares das crianças de Campo Maior. É ainda cônsul honorário de Espanha, com sede em Campo Maior e jurisdição nos distritos de Castelo Branco, Beja, Portalegre e Évora. Atualmente, o Grupo Nabeiro Delta Cafés conta com mais de 3.000 funcionários, espalhados por 23 empresas (indústria, serviços, hotelaria, imobiliário, agricultura, distribuição) e exporta já para 30 países. Rui Nabeiro é um homem de qualidades inigualáveis como gestor, mas são as suas características como ser humano que o definem. O trabalho, a humildade, a amizade e o sorriso fraterno são as imagens de marca que transporta na sua vida e trabalho ao longo de quase oito décadas. A Delta Cafés, na sua pessoa, transportou para o modelo de negócio a essência relacional da magia do café.

A obra feita ao longo de mais de 50 anos de atividade comercial fala por si. O comendador Rui Nabeiro é um exemplo vivo do empreendedorismo nacional e de uma vida dedicada a promover a qualidade, a inovação e o emprego. Foi o primeiro homenageado com o Troféu Aqui é Fresco.

TEXTO BÁRBARA SOUSAFOTOS AQUI É FRESCO

Manuel Rui Azinhais Nabeiro nasceu em Campo Maior a 28 de março de 1931. Oriundo de famílias humildes, é um dos empresários portugueses mais conhecidos, não apenas por ser o fundador

e presidente do Conselho de Administração da Delta Cafés, mas também pelas atividades de carácter humanitário em que sempre participou de forma bastante ativa. Começou a trabalhar aos 13 anos (1944) na Torrefacção Camelo e, pouco tempo depois, assumiu a direção da sociedade de torrefação (1950). Decorria o ano de 1961 quando fundou a Delta Cafés com apenas três funcionários, empresa que laborava num pequeno armazém em Campo Maior, com pouco mais de 50 metros quadrados.Em 1972 foi nomeado presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, função a que retomaria, democraticamente eleito pelo Partido Socialista, em 1977. Manteve-se no cargo até 1986, tendo, ainda, sido presidente do Sporting Clube Campomaiorense (1971/90), assim como membro de diversas associações de carácter social e humanitário.Empresário líder no mercado dos cafés em Portugal, fundou, em 1984, a Novadelta, S. A., empresa do Grupo Nabeiro/Delta Cafés dedicada à indústria e comércio de cafés que, no ano de 1994, recebeu o seu primeiro Certificado de Qualidade, sendo atualmente certificada em Higiene e Segurança no Trabalho, Higiene Alimentar, a que se junta o Certificado em Responsabilidade Social.

Exemplo de vida a promover a qualidade e inovação

Troféu Aqui é Fresco

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de rentabilidade possível.Para satisfazer os clientes do mercado da proximidade, o sortido deve responder a quatro eixos fundamentais: os frescos como elemento motor, a importância da oferta em termos de escolha, a qualidade dos produtos e o nível de serviço oferecido.

“FRESCOS” COMO ELEMENTO MOTOR A observação da faturação média de uma loja alimentar permite reter os ensinamentos essenciais sobre o caminho a seguir em termos dos imperativos de gestão. As informações estatísticas sobre uma loja alimentar são muitíssimo importantes porque os números são bastante objetivos, contrariamente aos “palpites” que podemos ter e que, por vezes, se revelam muito pouco fiáveis.A repartição percentual da faturação sublinha, de forma clara, a importância dos produtos frescos. Passar ao lado

A definição do sortido correto e adequado para cada loja é uma peça fundamental para o seu sucesso traduzido em muitas e boas vendas. Localização e dimensão, os frescos como cartão de visita da loja, a qualidade das marcas disponíveis e a noção de serviço são alguns dos temas analisados nesta abordagem por Richard Bordone, especialista em gestão do ponto de venda e responsável pela área de formação da rede Aqui é Fresco. Fique por dentro dos pontos-chave para um sortido correto.

TEXTO RICHARD BORDONE

Quadro: Repartição percentual da faturação de uma loja alimentar de pequena dimensão

Sortido: uma peça-chave do sucesso da loja

Definir o sortido de uma loja é um exercício de grande importância para o sucesso e tem como principal objetivo a satisfação dos consumidores que vivem na sua zona de influência. No contexto das lojas

de pequena e média dimensão, a zona de influência é curta, incluindo algumas ruas ou um bairro, até uma aldeia na sua totalidade, isto é a sua principal característica é a proximidade. Seja qual for o tipo ou a dimensão da loja, é preciso, desde logo, ter em mente que um sortido adequado à zona de atração da loja deverá propiciar o maior escoamento possível das mercadorias expostas, ou seja, garantir o maior fluxo possível de saída de produtos da loja; maximizar as vendas, isto é, provocar o maior nível de atividade comercial possível e maximizar os lucros, ou seja, atingir o maior nível

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dos frescos, na totalidade ou em parte, corresponde a uma amputação brutal da faturação. São produtos de consumo diário, ou seja, produtos que diariamente levam os mesmos clientes à loja. Tanto a sua ausência como a sua má gestão penalizam a loja em termos de faturação e de imagem.A tabela que se segue é um exemplo da repartição das vendas das categorias do universo dos “frescos”, para

uma loja de média dimensão que propõe a totalidade das categorias.

Gráfico: Peso das categorias na faturação global de uma loja.

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A categoria dos frescos é, portanto, portadora de grande interesse para a dinâmica de uma loja e pode ser caracterizada da forma seguinte: proporciona a vinda diária de clientes à loja; é responsável por uma parte significativa da atividade da loja; difunde uma imagem de qualidade global do sortido em particular e da loja em geral; permite uma diferenciação em relação à concorrência; fideliza os clientes; responde, quando bem gerida, às expectativas de vários segmentos de consumidores; provoca a venda complementar de outros produtos que não os frescos ou perecíveis; sujeita à sazonalidade, permite mudar o aspeto da loja com frequência; ideal para construir e organizar ações promocionais de grande impacto.

IMPORTÂNCIA DA OFERTA PARA A ESCOLHAO sortido de uma loja pode ser caracterizado em função das marcas propostas e, também, dos critérios de largura e de profundidade da oferta. A base de qualquer decisão, em termos de política de sortido, é o bom conhecimento do mercado no qual está inserido o ponto de venda em causa. As características dos consumidores da zona de atração terão, forçosamente, uma consequência nas decisões tomadas ou a tomar. Existem vários tipos de marcas que podem compor o sortido duma loja. Cada tipo de marca tem características próprias que lhe conferem um papel claro no seio do sortido. A tendência atual tem a repartição seguinte: 60% de marcas de fornecedores; 36% de marcas de distribuição; 4% de marcas de 1.º Preço.

Estes números sublinham pontos extremamente importantes para a gestão do sortido. Em primeiro lugar, as marcas dos fornecedores possuem um peso significativo, o que demostra que são imperativas em quase todas as

categorias. São parte integrante do panorama normal do dia a dia dos consumidores e são muitíssimo dinamizadas pela publicidade e as ações promocionais.Em segundo lugar, as marcas de distribuição, com um peso de 36%, representam uma alternativa forte para os consumidores, em termos de produtos de boa qualidade

com um preço mais em conta, assim como para os retalhistas, ao constituir uma grande oportunidade em propor uma marca que lhes assegura um peso negocial frente aos fornecedores e um excelente meio de se diferenciar da concorrência.Em terceiro lugar, as marcas de primeiro preço têm uma representatividade muito fraca, porque não conseguem convencer os consumidores que representam uma solução preço/qualidade satisfatória.

TIPOLOGIA DAS MARCAS E GESTÃO DE SORTIDOO mix das marcas é uma obrigação de gestão, razão pela qual o sortido deve ser composto pelos diferentes tipos de marcas de modo a assegurar uma oferta alargada aos clientes de uma determinada loja.

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O sortido pode ser caracterizado a partir de altura, largura e respetiva profundidade

O mix de marcas deverá contemplar diferentes tipos de marcas, de modo a assegurar uma oferta alargada

LARGURA DO SORTIDO: O QUE É? Analisar a largura permite definir a capacidade de uma loja em responder às diferentes necessidades dos clientes.Uma loja de tipo grande armazém/”department store”, cujo melhor exemplo é a cadeia El Corte Inglés, tem, de facto, um sortido extremamente largo. Nesta insígnia é possível encontrar desde produtos alimentares até vestuário, eletrodomésticos, camas, joalharia, livros e CD’s, etc.. Como exemplo oposto, pode-se observar que uma mercearia de pequena dimensão, ou seja uma loja limitada em termos de espaço, tem um sortido restrito ou seja pouco largo, existindo apenas uma superfície para apresentar parcialmente os produtos alimentares. Muitas vezes, por falta de espaço, uma mercearia não pode ter uma secção de talho, nem de peixaria, nem de pronto a comer, por exemplo.

ALTURA DO SORTIDO: O QUE É? As lojas alimentares que atuam no “mass market”, ou seja, no mercado em geral devem ter uma altura do sortido capaz de responder à maioria das expectativas. Assim, para estas lojas, a altura do sortido inclui, em geral, os segmentos que vão desde a gama baixa até à gama média-alta. De facto, o “mass market” não trata de responder ao segmento do luxo, que é um segmento muito superior. Pode acontecer, de forma marginal, que uma loja do “mass market” proponha produtos de mercearia fina por razões de posicionamento e de política de diferenciação. Todavia são exceções, pois o mercado do luxo é específico.

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Se as marcas de fornecedores e de distribuição são impreteríveis, nas marcas de primeiro preço todos os cuidados são poucos. Seria preciso que a zona de atração de uma loja tivesse características extremamente específicas para que as marcas de primeiro preço representassem a melhor solução. Com 4% de peso, as marcas de primeiro preço configuram uma solução fraca para os consumidores, provavelmente relacionada com a qualidade intrínseca e percebida dos produtos. Do lado dos retalhistas, as marcas

de primeiro preço constituem mais um problema do que uma solução; não só a gestão da margem deve ser feita em função do lucro bruto em valor que se pretende ganhar, e

Descascaram-se e deu fruta.Vê tudo em facebook.com/santalportugal

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QUAIS OS ELEMENTOS DE REFLEXÃO PARA DEFINIÇÃO DA LARGURA IDEAL DE SORTIDO?- A dimensão da placa de venda. É impossível colocar numa loja de 100m2 o mesmo número de referências que numa loja de 1.000m2 e ainda menos de 10.000m2;- O linear disponível para apresentar os produtos;- As características dos consumidores da zona de atração da loja. Por exemplo, numa zona de natalidade fraca, o segmento bebé pode não ser uma escolha tática de grande interesse, enquanto o segmento incontinência pode ser uma boa aposta. Numa zona de forte implantação de consumidores de origem estrangeira, a implementação de categorias de produtos étnicos pode ser uma boa aposta; - A definição do posicionamento da loja, após análise do mercado, dos consumidores e o posicionamento dos concorrentes.

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não em função da aplicação de uma Taxa de Margem ou de um Coeficiente Multiplicador, como também, e por outro lado, a fraqueza dos produtos da marca de primeiro preço pode enfraquecer e até danificar a imagem da loja.

SORTIDO COMO ELEMENTO DE REFLEXÃOO sortido de uma loja pode ser caracterizado a partir da sua altura, largura e da respetiva profundidade. Cada uma destas palavras (altura, largura, profundidade) tem um conteúdo técnico que define o sortido, ou seja, a oferta que

propõe uma loja aos seus clientes e que permite analisá-lo.Qualquer retalhista ou gestor de loja ou de parte dela pode refletir sobre como deve articular a largura e a profundidade do sortido.Uma loja pode apresentar largura e profundidade de sortido consoante o momento do ano. Por exemplo, as lojas situadas em zonas de forte impacto turístico podem, na época alta do turismo, incorporar no sortido a categoria “ménage” para propor aos clientes uma solução para comprar um prato, um copo, uma faca, uma colher ou um garfo. A ideia, no caso de ter pouco linear disponível, seria de ter a largura de “ménage” mas propor, apenas, uma referência de cada produto, ou seja ter muito pouca profundidade. O negócio seria, portanto, pegar ou largar! Uma vez a época turística acabada, a categoria em causa pode ser removida até ao ano seguinte.É normal que duas lojas semelhantes em termos de

superfície tenham uma largura e uma profundidade de sortido diferentes. As diferenças podem ser explicadas em função de uma tipologia diferente do mercado dos consumidores e de opções diferentes em termos de posicionamento e de políticas de marketing.

NÍVEL DE HIGIENE E DE LIMPEZA DA LOJAOs clientes não compram apenas produtos. A maioria das pessoas compra, previamente, o ambiente no qual é vendido o produto, porque os “olhos também comem”.

Assim, os bons produtos são, naturalmente, indissociáveis de uma boa loja.Os colaboradores das lojas devem ser formados para ter um cuidado absoluto com as condições ambientais de venda dos produtos frescos, assim como de qualquer produto colocado à venda nas prateleiras, limpando a sujidade e refazendo, tantas vezes quanto necessário, o

“facing” dos produtos.

MARCAS COMO MARCADOR DE QUALIDADEJá as marcas presentes numa loja têm um papel importante na relação estabelecida com os clientes. Existem marcas de fornecedores com as quais os clientes têm uma relação afetiva forte, razão pela qual a ausência destas marcas de grande notoriedade poderá fazer perder vendas e até levar clientes a mudar de loja.Existem clientes que desenvolvem uma relação de confiança com a marca de distribuição (MDD) ou a marca própria de uma loja. Com um peso médio de 36% das MDD nas vendas das lojas alimentares, é normal que isso aconteça. O que pode prejudicar a visão qualitativa de uma loja é a multiplicação desnecessária de MDD. Nesse caso, o cliente pode ficar baralhado e não conseguir distinguir a marca na qual deve confiar em termos de qualidade.

PROFUNDIDADE DO SORTIDO: O QUE É?

Analisar a profundidade do sortido permite definir a capacidade de uma loja em responder a diferentes motivações dos clientes.Neste caso, trata-se de analisar a quantidade de diferentes referências numa categoria para responder a motivações, igualmente, distintas. Exemplo: a categoria das águas representa uma resposta a uma necessidade, sendo, assim, um elemento da largura do sortido. O número de referências, ou seja, a variedade de produtos que compõem a categoria das águas corresponderá, por sua vez, à profundidade da oferta. A oferta será profunda, ou muito profunda, se o número de referências for elevado e, por sua vez, pouco profunda no caso da presença de poucas referências.

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Quadro: Caracterização do sortido

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- Os modos de pagamentos modernos por cartão de débito e de crédito, mas também, num futuro próximo, por telemóvel e outras tecnologias, contribuem para facilitar a venda de produto;- Tanto a sinalética que destaca a localização das categorias de produtos, como os “stoppers” que divulgam os produtos em destaque promocional contribuem fortemente para a venda dos produtos;- O apoio dos colaboradores da loja, quando solicitados, representa uma mais-valia para gerar a venda.

A marca de primeiro preço não representa um marcador de qualidade, sendo uma solução meramente de refúgio em tempo de aperto financeiro da família. Aliás, logo que possível, o comprador de produtos de primeiro preço passa a comprar pelo menos a MDD.

NÍVEL DE SERVIÇOAs lojas alimentares de pequena e de média dimensão estão inseridas, essencialmente, no mercado da proximidade. Esta característica essencial sublinha a importância de uma relação com o cliente de grande proximidade, relação essa que se constrói dia após dia, porque a proximidade transforma a loja na despensa da casa.O nível de serviço é, portanto, um elemento que, quando for bem tratado, dá uma outra dimensão ao sortido.Destacamos alguns pontos considerados nevrálgicos de uma boa noção de serviço:- Os horários de abertura de uma loja, adaptados ao ritmo de vida da sua zona de atração, permitem atrair mais clientes e faturar mais. Os clientes de fim do dia são compradores de soluções alimentares que englobam toda a família e são compradores de produtos frescos e congelados pré-elaborados;- A boa organização da loja, em termos de circuito e de implementação dos produtos, facilita a leitura da oferta e permite, portanto, compras mais rápidas e mais fáceis;

QUAIS OS ELEMENTOS DE REFLEXÃO PARA DEFINIÇÃO DA PROFUNDIDADE IDEAL?- A dimensão da placa de venda será o elemento preponderante, sendo impossível num espaço reduzido apresentar a mesma escolha de produtos que num grande espaço;- As características do mercado e dos consumidores;- A política de diferenciação em relação à concorrência. Um retalhista pode, através da variedade de referências de uma categoria, querer transmitir aos clientes que é especialista em determinada categoria ou universo, por exemplo;- A gestão da margem. Para confortar a margem da loja pode ser necessário incorporar referências portadoras de mais-valia, libertadoras, portanto, de mais margem.

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O comércio tradicional está a atravessar um momento francamente positivo. Cada vez mais, as grandes insígnias apostam no formato de proximidade, de modo a alcançar novas possibilidades de atrair e fidelizar clientes, com uma localização estratégica, flexibilidade e foco nas necessidades primordiais do consumidor moderno. Também a nível nacional, o comércio tradicional goza de um momento muito positivo, sobressaindo, em termos de desempenho, face aos restantes formatos de retalho. Uma tendência a capitalizar para transformar as lojas Aqui é Fresco na maior rede de proximidade do país.

O comércio independente tem, claramente, futuro, a avaliar pelo bom desempenho que os formatos de proximidade têm apresentado no mercado nacional. De acordo com dados da Nielsen, no

primeiro trimestre, o comércio dito tradicional cresceu 4,2%, acima de hipers e supermercados e da média do

mercado, situada nos 0,4%. Estes conceitos são crescentemente bem sucedidos porque têm sabido acompanhar a evolução dos consumidores, adequando o sortido. Perecíveis e matinais são categorias nas quais se aposta e que permitem atrair os clientes, com os legumes e frutas, o pão, o talho e a

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snacks; o segundo é o circuito rápido, que reúne produtos para o dia-a-dia, como leite, pães, iogurtes e frescos, e o terceiro dirigido à reposição da despensa, com produtos de mercearia, para os “pets”, limpeza e higiene. As lojas Carrefour Express estão abertas 24 horas por dia e dispõem, ainda, de uma cafetaria. De acordo com o

Comércio independente tem futuro

As lojas de conveniência Tesco Express podem ser construídas em 10 dias úteis e são um formato muito versátil

charcutaria a afirmarem-se como cada vez mais importantes para o retalho de proximidade. Os atributos ligados ao atendimento são também crescentemente valorizados pelo consumidor, que deixou de privilegiar tanto a relação qualidade/preço (deixou de ser o fator mais valorizado para se tornar no sexto), a favor, por exemplo, da excelência do serviço (que se tornou no quinto atributo mais valorizado quando era anteriormente o 16.º).Não é, por isso, de estranhar que, cada vez mais, as grandes insígnias apostem no formato de proximidade, implementando

e testando diferentes conceitos e formatos de loja, de modo a alcançar

novas possibilidades de atrair e fidelizar clientes. Tanto em Portugal como a nível

internacional. Como denominador comum, todos estes conceitos estão estrategicamente

localizados, preferencialmente nos centros urbanos e zonas de maior densidade populacional, são flexíveis e adaptáveis à comunidade e focam-se nas necessidades primordiais do consumidor urbano.

CONVENIÊNCIAEm 2007, o Carrefour lançou o conceito de loja de conveniência Carrefour Express. A primeira loja foi aberta em Porto Alegre, no Brasil. Estas lojas são adaptadas às características e especificidades de cada região, tendo em consideração fatores como a área de vendas e a adequação do sortido. Com uma área de vendas média de 200 metros quadrados, as lojas Carrefour Express apresentam uma gama de produtos variada, composta, sensivelmente, por 1.000 SKU’s. As lojas dividem-se, normalmente, em três circuitos de compra: o primeiro dedicado às compras de consumo imediato, com itens de confeitaria, bebidas geladas e

TEXTO BÁRBARA SOUSA/CARINA RODRIGUESFOTOS AQUI É FRESCO / D.R.

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retalhista francês, este formato de proximidade oferece produtos de conveniência até 15% mais baratos do que os concorrentes.Já o Pão de Açúcar, propriedade do também retalhista francês Casino, inaugurou, em junho do ano passado, em simultâneo, duas lojas no Recife, no Brasil, da insígnia de conveniência Minuto Pão de Açúcar. O Pão de Açúcar já operava com uma insígnia de proximidade, o Minimercado Extra, que conta com 180 lojas no Brasil e é voltado para itens mais básicos e acessíveis. No entanto, o novo conceito é ideal para as pequenas compras e reposição de itens, concentrando-se em alimentos de conveniência, alimentação saudável e produtos orgânicos. Esta abertura marcou a estreia do Pão de Açúcar num novo formato, com foco em conveniência e praticidade nas compras do dia-a-dia. O lançamento do Minuto Pão de Açúcar reafirma a estratégia multicanal do retalhista, enquanto a loja, em si, parece ter como público-alvo uma base de clientes mais abastados, dos segmentos de rendimento A/B. A primeira loja aberta em São Paulo tem uma área de vendas de 300 metros quadrados e possui cinco caixas de saída, oferecendo uma gama de mais de 5.000 SKUs. O mix das prateleiras conta com produtos gourmet, opções para adeptos de linhas FIT e, ainda, uma secção de alimentos

prontos.Outro exemplo desta aposta crescente na conveniência é proporcionado pela britânica Tesco, que, a partir de 2002,

começou a abrir lojas em postos combustível. Com a insígnia Tesco Express, esta rede de lojas foi desenvolvida

em colaboração com a Esso. Apesar do formato ter sido, inicialmente, visto como um complemento ao combustível, passou, entretanto, a ser considerado pela Tesco como um negócio de conveniência propriamente dito. Até porque, segundo a retalhista britânica, trata-se de um formato muito flexível, que pode ser construído em 10 dias e localizado numa variedade de locais, desde cidades ao interior, permitindo à Tesco preencher lacunas de forma muito eficaz no mercado.As lojas foram projetadas para atender às exigências de lanches e refeições rápidas, com ênfase nas refeições prontas e snacks para almoço que podem ser aquecidos no micro-ondas. A gama de produtos inclui frutas e legumes frescos, pão fresco, alimentos congelados e refrigerados, assim como uma gama limitada de comida com longa vida útil e bens de consumo essenciais. Nestas lojas vende-se, também, tabaco, jornais e confeitaria e foi concedida uma licença para venda de bebidas alcoólicas, incluindo cervejas, vinho e bebidas espirituosas. As lojas abastecem-se com até 3.000 linhas de

Estrategicamente localizados nos centros urbanos, os conceitos de proximidade focam-se nas necessidades básicas do consumidor urbano

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produto (a média são 2.500) e têm entre 150 a 300 metros quadrados. Segundo a insígnia, em média, estes pontos de venda atraem 10 mil clientes por semana.Ainda no Reino Unido, a Waitrose abriu a sua primeira loja de conveniência Little Waitrose na estação ferroviária de King’s Cross, em Londres, em 2014. No mesmo ano, foi aberta uma segunda loja na estação de Manchester Piccadilly. Hoje, já são múltiplas as localizações desta insígnia, criada com o objetivo de atender especificamente os passageiros, oferecendo comida quente e “to go”, assim como itens essenciais de mercearia. Assim, estas lojas encontram-se em locais do centro da cidade, com uma área média de 300 metros quadrados. O objetivo é oferecer alimentos que podem ser consumidos

no momento ou nas 24 horas seguintes.Considerando que os terminais de transporte são locais privilegiados para as operações de conveniência, a Waitrose está, claramente, no caminho certo. Os passageiros, em particular, constituem uma boa base de clientes, muitas vezes

com pouco tempo disponível, mas relativamente abastados. Por outro

lado, as rendas destes espaços poderão ser altas, o que significa que as lojas vão precisar de cobrar preços mais elevados para cobrir o custo adicional.

As lojas Little Waitrose apresentam uma área média de 300 m2 e oferecem alimentos para consumo no momento ou nas 24 horas seguintes

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Também no Reino Unido, mais concretamente em Manchester, surgiu a insígnia Simply Fresh. Desde 2009 que foi construindo uma clientela fixa e leal e estabelecendo uma reputação sólida, com a oferta de produtos para a indústria de “catering”. Trata-se de um retalhista de conveniência local, com uma oferta distinta em cada loja, adaptada para atender à demografia e aos fornecedores locais.A Simply Fresh aposta no merchandising visual, tanto no exterior como no interior das lojas, mostrando uma fachada revestida a madeira e janelas cheias de imagens de frescos para atrair consumidores. Além dos produtos perecíveis, as lojas incluem uma oferta de pão local, queijo e charcutaria em balcão, batatas fritas e outros itens diversos com origem nos fornecedores locais. Apesar de terem apenas cerca de 140 metros quadrados de área de vendas, as Simply Fresh apresentam uma significativa secção de cervejas, vinhos e bebidas espirituosas, com destaque também para os fornecedores locais se existentes.Contando já com 25 lojas Simply Fresh e Simply Local no Reino Unido, apesar das lojas terem claramente a mesma

origem, o modelo de franquia permite adaptar o ponto de venda e torná-lo adequado para o local, reforçando o conceito de proximidade.Proximidade que também dá cartas em Espanha, com o Grupo DIA a iniciar, em 2014, o teste para a insígnia Fresh by DIA, em Madrid. Esta apresenta-se com um formato paralelo à outra insígnia DIA Fresh, mas conta também com uma zona gourmet, centrada em vinhos e com uma gama de produtos ibéricos.Assim, o DIA vai desenvolvendo a sua estratégia de aposta nos perecíveis, com ambos os formatos a concorrerem para converter a empresa numa autêntica especialista em

frutas e vegetais. Fresh by DIA trata-se de um conceito de loja de bairro que se concentra em alimentos frescos, incluindo frutas e produtos hortícolas, bem como na charcutaria, carne, peixe e padaria, complementada com

um sortido de necessidade imediata, como os lácteos, bebidas e aperitivos, tudo em modelo “self-service”. As pequenas lojas, idealmente entre 150 a 200 metros quadrados, também oferecem alimentos de conveniência, pickles e confeitaria, bem como uma seleção limitada de produtos básicos para completar o cabaz. Os pontos de venda caracterizam-se pela sua imagem viva e carregada de cor, que recorda a dieta mediterrânica.Em França, o Intermarché criou o Intermarché Express, um conceito de conveniência e de proximidade em locais urbanos, mas com foco na oferta de serviços. As lojas, que têm uma área de vendas média de 700 metros quadrados, estão localizadas nos centros das cidades e encontram-se organizadas sob o modelo “self-service”. A oferta é composta de produtos “grab and go” para consumidores em movimento, tais como alimentos prontos a consumir e refeições prontas.O horário de funcionamento destes pontos de venda é alargado e existem caixas de self-checkout e serviços de entrega ao domicílio disponíveis, gratuitos para compras superiores a 50 euros. O cabaz médio de compras ronda os 19 euros e, de acordo com Intermarché, as lojas Express apresentam preços 5% a 10% mais baratos do que os concorrentes.Em março de 2014, o retalhista abriu um Intermarché Express em Paris, a primeira abertura da empresa na capital francesa em 20 anos. A loja possui uma área de vendas de 875 metros quadrados, dispõe de 12.000 SKU’s e tem uma grande área de frutas e vegetais à entrada da loja.

As lojas Intermarché Express têm cerca de 875 m2 e dispõem de 12.000 SKU’s para venda

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o verão do ano passado que abriram várias lojas desta insígnia, num testemunho do interesse dos clientes para o posicionamento hard-discount do Leader Price, incluindo na vertente da proximidade.O Leader Price Express goza de uma reputação positiva graças à sua política de preços, mas também à eficácia dos seus conceitos de loja. Os espaços têm menos de 300 metros quadrados e são pontos de venda integrados entregues a gerentes mandatários, cuja remuneração está dependente da atividade. Muitas destas lojas são antigos

Petit Casino, que adotaram o conceito Leader Price Express registando, assim, uma forte recuperação das vendas, em virtude dos preços baixos praticados. Mais de 85% das lojas transformadas neste novo conceito duplicaram, no mínimo, o seu volume de negócios.

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As lojas Leader Price Express têm menos de 300 m2 e são pontos de venda integrados entregues gerentes mandatários

DISCOUNT DE PROXIMIDADEOutro conceito de conveniência em voga é o de discount de proximidade, de que o Leader Price Express é um bom exemplo. A insígnia do Grupo Casino, tal como o

nome indica, posiciona-se no mercado como uma marca que se esforça diariamente por oferecer aos clientes a melhor qualidade ao melhor preço. O Leader Price Express dispõe de uma ampla variedade de produtos frescos a preço de desconto e possui já centenas de pontos de venda em França. O Leader Price Express fixa a sua estratégia na relação qualidade/preço dos seus produtos, nas suas raízes locais e no sortido composto por cerca de 3.000 referências. A insígnia favorece a comercialização da sua marca própria, com mais de 2.500 produtos Leader Price, cerca de 90% da oferta. Uma estratégia bem sucedida, que lhe permitiu controlar os preços e aumentar a sua presença em França desde 1990.Com esta abordagem, o Leader Price Express está a investir mais no comércio de proximidade e instalou-se nos centros urbanos para estar mais perto dos seus clientes. Desde

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Razão pela qual, de 15 em 15 dias, lhe disponibilizamos novos produtos e muitas possibilidades para potenciar ainda mais o seu negócio. Como é do seu conhecimento, temos ao seu dispor um

folheto promocional para que possa ter, de forma regular, um conjunto alargado e complementar de produtos de qualidade reconhecida sempre disponível na sua loja. Afinal, são mais de 51% os inquiridos que assumem saber o preço da maioria dos produtos, isto além de admitirem tomar nota quando verificam que os preços se alteram. Número menor de inquiridos, ainda assim significativo para a compreensão da importância do preço e dos folhetos pro-mocionais no presente contexto do comércio moderno, as-sume saber a totalidade dos preços dos produtos de mer-cearia que compra regularmente. Nada mais, nada menos do que 7% dos inquiridos.Além deste importante indicador, e que somente vem re-forçar a importância crescente do folheto Aqui é Fresco, cabe dizer que as promoções, veiculadas por folheto ou na loja, influenciam, cada vez mais, a decisão de compra. Ideia comprovada por 52% dos inquiridos que dizem raramente mudar de loja mas assumem procurar as promoções, en-quanto 14% opta por mudar de loja à procura das melhores promoções, independentemente da insígnia onde se en-contrem. Já 20% vai ainda mais longe e assume comprar, normalmente, marcas diferentes por causa das promoções, colocando, assim, em segundo plano a escolha de um produto pela sua marca. Mas onde procuram as promoções? Uma vez mais, os fo-lhetos são o veículo de comunicação privilegiado para esta pesquisa, com 90% dos inquiridos a optar por esta ferra-menta de marketing para procurar promoções, enquanto 73% opta por procurar diretamente no seio da loja, seja jun-to às prateleiras (64%) ou na entrada (23%). Um acréscimo de 2% face aos 71% de inquiridos que, no mesmo período de 2014, assumiam procurar as promoções nos folhetos. E os folhetos voltam a ganhar num comparativo direto com a loja, leia-se em termos de preferência dos inquiridos quando questionados se preferem procurar por promoções em folhetos ou na loja. À pergunta da preferência, 61% dos inquiridos refere preferir o folheto face aos 33% que pre-ferem procurar na loja, seja junto aos lineares (25%) ou na entrada (8%). Razão pela qual trabalhamos com afinco para lhe disponibi-lizar os melhores produtos aos melhores preços, como so-mente a Aqui é Fresco consegue trazer a si que nos honra com o seu apoio e preferência.

Consumidores atentos aos folhetos e ao preçoO número de “shoppers” e consumidores que assumem estar atentos aos folhetos promocionais das insígnias, assim como aos preços em geral, está a aumentar em Portugal. Dados recentes apontam para uma subida de três pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado. O que significa que, apesar da recuperação da confiança económica, os portugueses continuam atentos à compra inteligente.

TEXTO CARINA RODRIGUESFOTOS AQUI É FRESCO

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