os números revelam - anglo american...

PUBLICAÇÃO DESTINADA ÀS COMUNIDADES DE RELACIONAMENTO ANGLO FERROUS BRAZIL . ANO 1 . N° 2 . JUL/AGO . 2009

Horta comunitária Projeto apoiado pela

Anglo em Pedra Branca

do Amapari colhe frutos

e planeja ampliação.

A vida no ElesbãoConheça um pouco do

cotidiano no bairro de

palafitas em Santana (AP),

às margens do Amazonas. 6PÁG.

Os números revelamEm seu primeiro ano no Amapá, a Anglo comemora resultados e realizações. PÁGS. 4 e 5

Amapá

“Trabalhar na Anglo é um desafio que supero graças às excelentes condições de trabalho e à política de recursos humanos da empresa. A Anglo proporciona oportunidades a profissionais da região, como eu.”Cristina Serrão de Melo Carmo, nutricionista da Anglo, e moradora na Vila do Cachaço, em Serra do Navio.

ARQUIVO ANGLO

No Porto de Santana, minério é preparado para ser embarcado com destino a Bharein, no Oriente Médio

7PÁG.

EDITORIALUm ano de vitórias

02[ [

TIRE SUASDÚVIDAS

?

DIÁLOGO . JULHO/AGOSTO . 2009

A Anglo quer ouvir você e conhecer sua opinião sobre a empresa. Para facilitar essa aproximação, foi desenvolvido um novo canal de comunicação: a Caixa de Sugestões.

As primeiras quatro caixas estarão à disposição dos usuários do trem. Serão fixadas no vagão de passageiros, acompanhadas de um formulário, com espaços para colocar nome, telefone ou endereço e fazer sugestão, crítica ou reclamação. A identificação só será necessária caso o usuário queira retorno. Os formulários preenchidos serão encaminhados à equipe de Comunicação Externa da Anglo. O prazo para resposta, a cargo dos setores responsáveis, é de até quinze dias.

A Caixa de Sugestões faz parte do SEAT, conjunto de ações praticadas pela Anglo American nos países onde mantém operações. O objetivo do SEAT é identificar e gerenciar impactos socioeconômicos gerados pelas atividades da empresa. Os processos do SEAT são adaptados à realidade local e têm participação da comunidade. Uma das etapas é a consulta às comunidades e instituições com as quais a Anglo se relaciona. No Amapá, as consultas começarão neste semestre.

A Anglo Ferrous Brazil completa, em agosto, um ano de atividades. Trata-se da unidade de mineração de ferro da Anglo American no país, criada com a compra dos sistemas Minas-Rio e Amapá - a Anglo detém 70% do Sistema Amapá e os outros 30% pertencem à Cliffs Natural Resources. Nesse período, o trabalho da Anglo no Amapá foi marcado por desafios superados por toda a equipe da empresa e em parceria com a comunidade.

Uma conquista importante é a marca de 4 milhões de horas-homens sem acidente com afastamento, alcançada em junho. É motivo de orgulho constatar que os empregados retornam para suas casas com saúde e em segurança. Afinal, a segurança é o valor mais importante da Anglo, e os empregados souberam assimilá-lo muito bem.

Com a implantação do SEAT (Caixa de Ferramentas para Avaliação Socioeconômica, em português) no Amapá, acreditamos que a integração da Anglo com a comunidade será cada vez maior, trazendo benefícios para moradores e empresa.

Essa integração é realidade em 14 projetos sociais apoiados pela Anglo, em Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari e Macapá. Nesta edição, confira como o projeto Horta Comunitária vem beneficiando agricultores de Pedra Branca (leia na pág. 6), além de outras realizações deste primeiro ano da Anglo Ferrous Brazil no Amapá.

Boa leitura!Outra forma de falar com a Anglo é pelo telefone. A ligação para o Serviço de Atenção às Comunidades (SAC) é gratuita e pode ser feita em horário comercial, de segunda a sexta-feira.

Gerente-geral de Operação de Mina do Sistema Amapá

Marcelo Roque

telefone. A ligação para

Pelo telefone

ARQUIVO ANGLO

Dê seu recado

Antes e durante a abertura da mina, são realizadas pesquisas para identificar a quantidade e a qualidade do minério. O equipamento usado é uma sonda, que faz furos de grande profundidade. As amostras retiradas, chamadas de testemunhos, são analisadas em laboratório por geólogos.

03[ [

DIÁLOGO . MAIO/JUNHO . 2009

Acompanhe o caminho do minério Minerar o ferro é mais que retirá-lo da terra. As operações incluem o beneficiamento do material e seu transporte. Além da mina, a estrutura da Anglo contempla usina, ferrovia, escritório e porto. Acompanhe a seguir cada etapa da mineração de ferro.

03[ [


Pesquisa

P A N O R A M A

1

Na usina de tratamento, o minério é beneficiado, passando por três processos. Na britagem, o minério tem seu tamanho redu-zido. No peneiramento, é separado por tamanho. Na concentra-ção, tem seu teor de ferro aumentado. Esta etapa garante que o produto alcance o teor de ferro necessário e que os níveis de contaminantes (outros minerais) sejam os menores possíveis, para atender às exigências dos clientes.

O minério beneficiado é transportado em caminhões para ser estocado no pátio, a 12 quilômetros da usina de tratamento. De Pedra Branca do Amapari, o minério viaja 200 quilômetros de trem até o Porto de Santa-na. No porto, os produtos são estocados até o embarque em navios com capacidade de 45 mil toneladas.

Estocagem e escoamento4

FOTOS ARQUIVO ANGLO

O minério é retirado da terra por meio de detonação com explosivos. O profissional que cuida desse procedimento é o blaster (detonador, em inglês). Escavadeiras retiram o minério e fazem o carregamento de caminhões de grande porte chamados “fora-de-estrada”.

Mina

Escavadeira carrega “fora-de-estrada”

Beneficiamento

2

3

Usina de tratamento de minério, em Pedra Branca do Amapari

P A S S O A P A S S O

Conquistas contadas em números A Anglo Ferrous Brazil tem razões de sobra para comemorar seu primeiro ano no Ama-pá. E elas podem facilmente ser traduzidas em números. O Sistema Amapá gera mais de 2.000 empregos diretos, entre cola-boradores e terceiros. Cerca de 80% da mão-de-obra é da região.

Em 2008, a Anglo produziu 1,1 milhão de toneladas de minério de ferro e, no primeiro semestre de 2009, 1,2 milhão de toneladas de minério de ferro. A capacidade atual do Sistema Amapá é de

4,5 milhões de toneladas por ano, sendo que o objetivo é atingir a capacidade final de 6,5 milhões de toneladas por ano.

No primeiro semestre, as vendas do Sistema Amapá – para China, Oriente Médio e Europa - representaram 49,85% do volume exportado pelo estado. Esse resul-tado, somado ao de outras mineradoras da região, projetou nacionalmente Pedra Branca do Amapari, colocando-a no 93º lugar no ranking brasileiro dos melhores saldos de comércio exterior.

04[ [


Soma de esforços

A Anglo investiu mais de R$ 1 milhão em ações sociais no Amapá, somente em 2009. O foco é o incentivo ao empreendedorismo, com apoio a organizações sociais e ao poder público locais. A Anglo auxilia, em regime de parceria, 14 projetos sociais em municípios vizinhos à mina (leia no quadro abaixo). Em fase de implantação, o SEAT (Social-Economic Assessment Toolbox), que, em português, significa Caixa de Ferramentas para Avaliação Socioeconômica, será um dos principais suportes da Anglo para alcançar seus objetivos de desenvolvimento sustentável. Anglo apoia projeto de apicultura na Escola Família

Agrícola da Perimetral Norte, em Pedra Branca

Os projetos apoiados

Município

Macapá (Fazendinha)Serra do Navio

Pedra Branca do Amapari

Implantados

Janela para a Vida III – Corte e Costura e RetalhosCentro de Inclusão Digital, Corte e Costura, Laboratório de Informática na Escola Hermelino Gusmão e Projeto de EsportesApicultura, Corte e Costura, Horta Comunitária e Piscicultura

Total

1

6

7

ARQUIVO ANGLO

A serem implantados no segundo semestre de 2009

-

Bambuzeria e Serigrafia

Cipó Titica, Serigrafia e Verde na Escola

05[ [


A Anglo Ferrous Brazil investe continuamente na segurança, um valor prioritário para a empresa. Um conjunto de ações em andamento na mina, na ferrovia e no porto totalizará, neste ano, R$ 3,8 milhões em investimentos, beneficiando colaboradores da empresa e usuários do trem.

No porto, o destaque é a implantação do sistema de combate a incêndio, que está em fase de conclusão e exigiu investimento de R$ 1,2 milhão. A um custo de R$ 1,6 milhão, a ferrovia está implantando o sistema de licenciamento de trens com computador de bordo e câmeras nas locomotivas. A tecnologia previne atropelamentos e colisões na via férrea.

Na mina, apenas neste ano foi investido mais de R$ 1 milhão em melhorias no pátio de homogeneização. O pacote inclui interligação das máquinas ao supervisório da usina, lançamento de cabos para alimentação das máquinas, execução da malha de aterramento e projeto de iluminação e drenagem do pátio.

Segurança, o melhor investimento

A Anglo realiza manutenção constante na ferrovia com o objetivo de prevenir acidentes

No pátio de homogeneização, minérios de diferentes teores de ferro são estocados e misturados para que se obtenha um teor padrão, adequado para a melhor produção da usina de beneficiamento.

Supervisório é um programa de computador que comanda o funcionamento de máquinas e processos industriais. O sistema diminui o risco de acidentes ao evitar o contato humano com equipamentos pesados.

PAULO OLIVEIRA/ARQUIVO ANGLO

06[ [


É DE CASA

Quem semeia, colhe

Agricultores de Pedra Branca do Amapari colhem

os frutos semeados com incentivo da Anglo.

O projeto Horta Comunitária contempla sete

famílias, gerando renda de R$ 600 mensais.

Para iniciar o cultivo, a Anglo forneceu insumos

e equipamentos e hoje compra a maior parte da

produção para o restaurante de seu alojamen-

to. Os produtos, sem agrotóxicos, também são

vendidos em cinco pontos na cidade.

Para o casal Nelielma e Lucivaldo dos Santos,

responsáveis pelo projeto, a parceria com a Anglo

contribui para a reabilitação de pessoas. “Homens

que viviam bêbados ou drogados hoje trabalham

e geram seu próprio sustento”, comemora a pa-

raense Nelielma, há 13 anos em Pedra Branca.

Os planos são diversificar a produção e me-

lhorar a distribuição. “Temos uma motocicle-

ta, mas estamos nos preparando para com-

prar um carro”, anuncia o também paraense

Lucivaldo. Já o número de famílias passará a

dez, totalizando 40 pessoas beneficiadas.

Garoto bom de conta

Uma maratona de estudos

rendeu a Jomário Bezerra de

Souza, 14 anos, o terceiro

lugar na Olimpíada Estudantil

de Matemática, da Secreta-

ria Estadual de Educação do

Amapá.

O estudante da 8ª série da

Escola Estadual Maria Helena,

em Pedra Branca do Amapari,

classificou-se em primeiro lugar na disputa com

colegas de sua escola e com alunos de Serra do

Navio. Na segunda fase da olimpíada, competin-

do com alunos de todo o Amapá, conquistou o

terceiro lugar.

“Foi uma prova exaustiva com questões de

álgebra e equações. Levei cerca de três horas

e meia para responder”, lembra Jomário, que,

segundo seus pais, José Ribamar e Marilene de

Souza, sempre foi aplicado.

Não perca a conduçãoOs trens de passageiros que ligam Santana a Serra do Navio circulam às segundas, quartas e sextas-feiras, obedecendo aos horários do quadro abaixo.

Segunda-feira

Quarta-feira

Sexta-feira

Santana Serra do Navio

13h

14h

17h

Horta Comunitária apoiada pela Anglo fornece para alojamento da empresa

Jomário conquistou o terceiro lugar na olimpíada Preço da passagem: R$ 5.

Agricultores pagam R$ 3.

FOTOS PAULO OLIVEIRA/ARQUIVO ANGLO

5h

7h

10h

SaídaDia

07[ [


É DE CASA

Lixo vira artesanato e renda Lenilde dos Santos, funcionária do

telecentro de Pedra Branca do Amapari,

decidiu tirar uma renda extra reapro-

veitando embalagens que iriam para o

lixo. Ela e mais 11 pessoas participaram

do Curso de Reciclagem de Garrafa Pet

promovido pela Anglo na Semana do

Meio Ambiente, em junho.

Um instrutor de Macapá ensinou adul-

tos e crianças a produzir modelos de

vasos e flores.

Após o curso, Lenilde comprou tesoura,

estilete, régua e tinta e, nas horas vagas,

produz arranjos florais. Com as vendas,

arrecada até R$ 80 por mês.

“O curso foi muito proveitoso. Além da

renda extra, tenho a satisfação de retirar

da natureza um produto que iria poluir

rios e igarapés”, comemora.

Elesbão vive no embalo das marés No Elesbão, bairro de palafitas na orla do rio Ama-

zonas, em Santana (AP), o ritmo é marcado pelas

marés. Na maré baixa, pescadores estiram espinhéis

e redes, enquanto carpinteiros navais constroem

embarcações de madeira. Quando chega a preamar

(maré alta), a garotada se diverte, atirando-se no

rio da passarela que liga as casas.

A história do Elesbão, hoje com mais de 5 mil

habitantes, está ligada à mineração. O primeiro

morador, que deu seu nome ao bairro, chegou na

década de 1950, num barco a vela. Veio do interior

do Pará, atraído pela notícia de que uma mineradora

de manganês se instalava no Território do Amapá.

“Temos uma bela floresta e uma linda vista para

o maior rio do mundo. Nossa cultura é rica, com

músicos, pintores, escultores e artesãos, além

da melhor construção naval artesanal do Brasil”,

resume Ronaldo Coelho de Morais, presidente da

Associação de Moradores do Elesbão.

DA JANELAFOTOS PAULO OLIVEIRA/ARQUIVO ANGLO

Ronaldo Coelho de Morais

Carpinteiro naval e presidente da Associação de Moradores do Elesbão

A garotada do bairro Elesbão, em Santana (AP), se diverte na maré alta do Amazonas

Lenilde fatura até R$ 80 por mês com venda de bibelôs de pet

Pet é um polímero (cadeia de moléculas) plástico produzido artifi-

cialmente. O nome é uma abreviação de tereftalato de polietileno.

Conhecida nacionalmente por suas reservas de

manganês, Serra do Navio também tem vocação

para o turismo ambiental e de aventura. Mais

da metade do território do jovem município

amapaense, que completa 17 anos em 2009, está

encravada no Parque Nacional das Montanhas do

Tumucumaque.

Já o Parque Natural Municipal do Cancão tem

mais de 370 hectares (3,7 milhões de metros

quadrados). Recentemente, recebeu o Prêmio

Destaque Nacional, concedido pelo Instituto

Biosfera, de Goiânia (GO). É um reconhecimento

a Serra do Navio como modelo de preservação de

áreas verdes.

DA MINA AO PORTO

LEIA E USEAutoexame não substitui consulta

EXPEDIENTECoordenação: Comunicação Externa - Gerência de Relações Corporativas l Comitê de Comunicação com Comunidades Amapá: Bruno Cei, Bruno Rodrigues, Fernanda Martins, Karina Leite, Natanael Nogueira, Osiani Ephina, Rita Baracioli l Produção editorial: BH Press Comunicação e Paulo Oliveira (DRT 572 - PA) l Projeto Gráfico: NETi Comunicação Integrada l Diagramação: AVI Design l Foto de capa: Paulo Oliveira/Arquivo Anglo l Impressão: Editora Gráfica RVS l Tiragem: 5.000 exemplares l Este informativo é impresso em Reciclato, composto por 75% de aparas e 25% de material oriundo da coleta urbana.

08[ [


Vista aérea de Serra do Navio (AP)

Uma cidade no meio do parque

Quanto mais cedo o câncer de mama é descoberto,

maiores as chances de sucesso do tratamento. Em-

bora importante, o autoexame não substitui a con-

sulta médica. O primeiro exame clínico deve ser feito

aos 20 anos e repetido a cada três anos. A partir dos

40 anos, passa a ser anual.

Já a mamografia (raio-x da mama) deve ser realizada

aos 35 anos e repetida aos 40. A partir daí, deve ser

feita a cada dois anos até os 50, quando passa a ser

anual. Também é importante combater fatores de

risco, como obesidade, consumo de álcool e contato

com agrotóxicos.

A Anglo apoiou, em maio, o lançamento da campanha

Preservação da Mama, da Associação Brasileira do Mi-

nistério Público do Meio Ambiente (Abrampa). A palestra

em Pedra Branca do Amapari atraiu 300 pessoas. “As

mulheres puderam se conhecer melhor e entender a

importância da boa alimentação para a saúde”, avalia

Helena Mendes, assessora especial de políticas para a

mulher da Prefeitura de Pedra Branca do Amapari.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama causa 12 mil mortes por ano no país, principalmente de mulheres com mais de 35 anos.

A Associação dos Portadores de Câncer de Mama do Amapá (Acamap) presta informações e apoio a doentes. Avenida Reinaldo Damasceno, 1.383, Santa Rita, Macapá (AP). Tel: (96) 3284-2075.

Localização: centro do Amapá, a 200 quilômetros de Macapá.

População: 8 mil habitantes.

Extensão: 7.757 quilômetros quadrados.

Serra do Navio

Cancão é uma ave típica local que saúda visitantes gritando seu próprio nome.

CEZAR AMARAL

os números revelam - anglo american...

Documents