os indígenas que habitavam o rio grande do norte

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Trabalho De História

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Page 1: Os indígenas que habitavam o Rio Grande do Norte

Trabalho De História

Caiçara do rio do vento – Rn

Page 2: Os indígenas que habitavam o Rio Grande do Norte

Professor: João Maria Lima

Componentes do Grupo:Tatiane SilvaCintia Agostinho Damião Dantas Jersiane Moreira 2º Ano B

Junho\2016

Page 3: Os indígenas que habitavam o Rio Grande do Norte

Indios No Rio Grande do Norte.

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AS TRIBOS INDÍGENAS QUE HABITAVAM O RN Segundo Câmara Cascudo, dois povos habitavam o nosso estado, quando os europeus chegaram a esse território.

Os Tupi , representados pelas tribos dos Potiguar, que ocupavam parte do litoral da Paraíba e todo o litoral do Rio Grande do Norte, principalmente o litoral que vai de Baía Formosa até Touros. Na parte mais interiorizada da nossa costa, chegando ao agreste, viviam os Guaraíra, os Paiguá e os Jundiá.

No interior, predominavam os Tapuio, também chamados de Cariri, divididos em tribos como os Panati, Caicó, Peba, Tarairiú, que habitavam o Seridó.

Da chapada do Apodi para a Serra de Patú, viviam os Janduí, Pataxó, Pajeú, Paiacu e Moxoró. Na região serrana, predominavam as tribos do Icó, Panati e Pacaju.

Esses índios resistiram à invasão do seu território, dos seus rios, florestas e de toda sua paisagem de caça, pesca e de sobrevivência ocupada pelos colonizadores de origem portuguesa. Essa luta é articulada pela confederação dos Cariri, que deve ter sido realizada em torno de 1670.

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A reação à resistência indígena, que é chamada pelo colonizador de Guerra dos Bárbaros, é feita de forma cruel em todo sertão nordestino, que começava a ser ocupado com criatório do gado.

Os Cariri são dizimados por tropas vindas da Bahia, de Pernambuco e até pelos Bandeirantes paulistas, como é o caso de Domingos Jorge Velho.

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“Terminada a guerra dos bárbaros, a capitania estava arrasada e a população indígena reduzidíssima. Os que sobreviveram entraram paulatinamente num processo de miscigenação e de aculturação com a população branca de origem portuguesa, e com negros de origem africana…somente após o esmagamento dos índios no século XVII, pôde a colonização portuguesa consolidar-se no interior ao longo do século XVIII”

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Indígenas Potiguaras No Rio Grande Do Norte Os potiguaras são um grupo indígena que habitava uma região

que se estendia do litoral do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte até a Paraíba, quando os portugueses e outros povos europeus chegaram ao Brasil, no século 16.

Foi uma das etnias tupis notáveis por ser capaz de resistir por tanto tempo utilizando um complexo sistema de alianças com ingleses e principalmente franceses comerciantes de pau-brasil. Das cinco expedições ibéricas contra os potiguaras, quatro foram rechaçadas e vencidas pelos nativos.

No Rio Grande do Norte, mais de 4.000 índios fugiram para o interior e os sobreviventes foram reunidos em aldeamentos, separados entre si, para dificultar qualquer futura resistência.

A partir de então, as informações sobre os Potiguara são mais escassas, mas documentos da primeira metade do Século XVIII atestam sua presença na Paraíba, onde eram catequizados pelos carmelitas. O etnônimo deu origem ao gentílico potiguar aos naturais do Rio Grande do Norte.

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Comunidades Indígenas No Rn

MENDONÇA DO AMARELÃO – Fica em João câmara-rn Os antecessores dos mendonça do amarelão são indígenas migrantes do brejo de bananeiras do estado da paraíba que chegaram à região por volta da primeira metade do século xix.

ELEOTÉRIO – CATU - Fica em Canguaretama/Goianinha-RN São aproximadamente 900 pessoas que vivem numa

região chamada Catu (na língua Tupi significa “bom”, “bonito”). O Catu está rodeado de canaviais e por criadouros de camarão. No século XVIII a antiga aldeia de Igramació (arredores de Vila Flor, Goianinha e Canguaretama) abrigava indígenas Potiguara e depois Tapuia, sobreviventes da “Guerra dos Bárbaros”.

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CABOCLO - Fica em Açu-RN compõe-se de 150 pessoas que vivem em terras alheias. Vivem da agricultura, trabalhando como meeiros, ou seja, tudo que produzem na terra têm que dividir com o dono do lugar. Os Caboclo falam de sua origem indígena e de migrações da família que vieram de Paraú (oeste do RN). Alguns se identificam como indígenas, outros como “caboclos”, denominação que se remete a antecessores indígenas. Há cavernas e outros lugares de memória que são lembrados pelos mais velhos como espaços dos antecessores indígenas. BANGUÊ - Fica também em Açu-RN Composta por 180 pessoas que vivem à margem da Lagoa do Piató no município de Açu.

SAGI - Fica em Baía Formosa-RN Localiza-se numa praia do mesmo nome, no Município de Baía Formosa, litoral sul do Rio Grande do Norte, fronteira com a Paraíba. São aproximadamente 540 pessoas. Ao que tudo indica as famílias pertencem a troncos familiares dos indígenas Potiguara da Paraíba que chegaram na região há mais de 100 anos.

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Índios Nos Dias Atuais – Indígenas Existentes No RN?

As rivalidades existentes entre tribos como por exemplo os Tapuias, Moxorós , entre outras tribos do interior, com a catequização do seu povo ,entre outros motivos fizeram que sua cultura quase desaparecesse do nosso RN. Mas hoje ainda existem os descendentes deste povo.

Além de Sagi, existem remanescentes em Tapará em Macaíba, Catu, em Goianinha e Canguaretama; Mendonças do Amarelão, na cidade de João Câmara, e as comunidades Banguê e Caboclos, em Assú.

Oficialmente o Rio Grande do Norte não tem índios desde 1872. Entretanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o estado tem em torno de mais de dois mil índios. Em 1991, os registros apontavam para apenas 394 índios em terras potiguares e, em 2000, esse número aumentou significativamente para 3.167.

Mesmo com essa grande quantidade de índios, a maioria dos dessedentes indígenas são habitantes de áreas urbanas de Natal e outras cidades vizinhas.

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Entretanto, esses grupos indígenas durante a década de 2000 lutaram para ser reconhecidos pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e outros órgãos públicos. A subcoordenadoria da Funai foi instalada na capital do Rio Grande do Norte no ano de 2011.

Apesar de reconhecidos em nível local pelos seus vizinhos não-índios como grupos sociais nitidamente diferenciados, estes povos ainda não haviam projetado politicamente a sua existência frente à sociedade mais ampla. A identificação em circuitos mais restritos de interação de sua especificidade étnica – muitas vezes na forma de preconceito – chamou a atenção de alguns estudiosos clássicos do RN, entre eles Câmara Cascudo e Nestor Lima, que citam a existência dessas comunidades de índios, já algumas décadas atrás.

Só em Natal são 866 índios auto-declarados; em Parnamirim 204; em Mossoró, 176; em Ceará-Mirim, 73; e em Extremoz, 58 índios. Já nas cidades onde há comunidade com costumes preservados, pelos dados oficiais do IBGE, o número chega a 22 em Baía Formosa; 234 em João Câmara; 60 em Goianinha; 53 em Canguaretama; 35 em Macaíba; e 48 em Assú. E assim preservam a cultura indígena noRn.

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