Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

TÍTULO: Trabalhando as dificuldades de escrita dos alunos do 6º ano a partir do gênero Conto de fadas (tradicional e renovado)

Autor Adriana de Fátima Durau

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto

Colégio Estadual João Ferreira küster Ensino Fundamental e Médio

Município da escola Campo Largo

Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul

Professor Orientador Profª. Drª. Luciana Pereira da Silva

Instituição de Ensino Superior UTFPR – Universidade Tecnológica Federal

do

]P

Paraná

Resumo Esta Unidade Didática objetiva apresentar uma

proposta de produção escrita, utilizando o gênero Conto de Fadas (tradicional e renovado), possibilitando ao aluno ser agente na construção do conhecimento.

A partir de uma vasta experiência, especialmente, com o 6º ano do Ensino Fundamental, observa-se que a maioria dos alunos chega ao 6º ano, semialfabetizados, produzindo textos desconexos e incoerentes. Nesse sentido, o trabalho proposto pretende ampliar o conhecimento dos alunos sobre o gênero, levando-os ao domínio pleno de sua estrutura, além de incentivar a leitura e a produção textual.

Visa também o desenvolvimento da capacidade crítica e criativa dos alunos, elemento importante no processo de formação do sujeito; além de procurar ampliar o domínio linguístico dos discentes, através de um trabalho com a análise linguística reflexiva, tendo como ponto de partida e de chegada a produção escrita do aluno.

Palavras chave Sequência Didática; Produção escrita; Conto de fadas; Língua Portuguesa;

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Público Alvo 6º ano Ensino Fundamental II

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

ADRIANA DE FÁTIMA DURAU

AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: AS DIFICULDADES DOS ALUNOS DO

ENSINO FUNDAMENTAL II NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA

ESCRITA PADRÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

CURITIBA

2013

ADRIANA DE FÁTIMA DURAU

TRABALHANDO AS DIFICULDADES DE ESCRITA DOS ALUNOS DO 6º ANO A

PARTIR DO GÊNERO CONTO DE FADAS (TRADICIONAL E RENOVADO)

Produção Didático- Pedagógica. Unidade didática, apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado Educação do Paraná, sob a orientação da Profª Dra. Luciana Pereira da Silva, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Curitiba.

Disciplina: Língua Portuguesa

CURITIBA

2013

UNIDADE DIDÁTICA

TÍTULO: : Trabalhando as dificuldades de escrita dos alunos do 6º ano a partir do gênero Conto de fadas (tradicional e renovado)

PÚBLICO ALVO: alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO

Prezado leitor, é com muita satisfação que apresentamos a você esta Unidade

Didática. Trata-se de um material que objetiva apresentar uma proposta de trabalho

com o gênero "Conto de fadas", a ser desenvolvida com alunos do 6º ano do Ensino

Fundamental II, do Colégio Estadual João Ferreira Küster.

A proposição da Unidade surgiu a partir do diagnóstico realizado no ano de

2013, na turma do 6º ano, Ensino Fundamental, que serviu como uma sondagem do

conhecimento prévio dos alunos a respeito do gênero textual Conto de fadas , a ser

trabalhado nesta Unidade por meio de uma sequência didática.

Tendo como objetivo diagnosticar as principais dificuldades de escrita dos

alunos, foi aplicada uma proposta de produção textual, tendo como motivação uma

História em Quadrinhos, a qual revelou a necessidade de desenvolver nos alunos as

habilidades de leitura e escrita, a partir do desenvolvimento de atividades

metodológicas com objetivos pré-definidos, bem delineadas, contínuas e motivadoras.

A escolha do gênero textual Conto de fadas justificou-se devido ao fato de

considerar que muitos alunos não o conhecem e outros têm conhecimento insuficiente

sobre sua elaboração e organização. Nesse sentido, o trabalho proposto pretende

ampliar o conhecimento dos alunos sobre o gênero, através do desenvolvimento de

atividades direcionadas, levando-os ao domínio pleno de sua estrutura. Visa também ao

desenvolvimento da capacidade crítica e criativa dos alunos, elemento importante no

processo de formação do sujeito; além de procurar ampliar o domínio linguístico dos

discentes, a fim de que se possa minimizar as dificuldades de escrita formal dos alunos

iniciantes do Ensino Fundamental II, através de um trabalho com a análise linguística

reflexiva, tendo como ponto de partida e de chegada a produção escrita do aluno.

Com relação à escrita, as DCEs (PARANÁ, 2006, p. 26) ilustram que “[...] as

condições em que a produção acontece determinam o texto”. Deste modo, salienta-se a

importância de o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o

leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o

que será escrito, tendo em vista que a escrita, na diversidade de seus usos,

desempenha funções comunicativas socialmente características e relevantes.

O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos socialmente. A possibilidade da criação, no exercício desta prática, permite ao educando ampliar o próprio conceito de gênero discursivo. É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve, ele diz de si, de sua leitura de mundo (PARANÁ, 2008, p. 56).

Ensinar Língua Portuguesa, nesta perspectiva, implica refletir sobre situações

reais de uso da linguagem, materializada nos diferentes textos que circulam em nossa

sociedade e que constituem, assim, nossas relações discursivas. Nesse sentido,

produzir texto implica considerar o(s) interlocutor(es) real(is) que interagirá(ao) por meio

da linguagem, realizada em enunciados concretos, o que pressupõe um locutor

preocupado com o(s) outro(s), com a temática, com a organização do discurso e com o

gênero selecionado para aquela situação de interação.

A presente Unidade foi organizada e dividida em uma sequência didática,

composta por oficinas ligadas a um gênero específico, criando situações de ensino-

aprendizagem nas quais os alunos são envolvidos em práticas de linguagem sócio-

historicamente construídas, oferecendo-lhes condições de reconstruí-las em novas

situações comunicativas.

O foco da metodologia da “sequência didática”, segundo DOLZ, é ensinar ao

aluno um determinado gênero textual. Para isso, foi organizado sistematicamente um

conjunto de atividades escolares tendo como propósito levar o aluno a se apropriar do

gênero estudado. As atividades estão divididas em quatro etapas: “Apresentação da

situação”, “A primeira produção”, “Desenvolvimento dos módulos” e “A produção final”.

Uma “Sequência Didática” é um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual (oral ou escrito) e tem a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada

situação de comunicação. O trabalho será realizado sobre gêneros que o aluno não domina ou o faz de maneira insuficiente; sobre aqueles dificilmente acessíveis, espontaneamente, para a maioria dos alunos; e sobre gêneros públicos e não privados (DOLZ, NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2004, p. 97)

Trabalhando com o gênero Conto de fadas é possível levar o aluno, além de

aprender sobre o gênero, também a se emocionar, divertir, criar suspense, pois mexe

com os sentimentos mais primitivos do indivíduo. Nas histórias, o bem e o mal

aparecem claramente esboçados, possibilitando perceber que a luta contra os

problemas faz parte da existência humana. Passam aos alunos a mensagem de que na

vida é inevitável termos de nos deparar com dificuldades, mas que se lutarmos com

firmeza, será possível vencer os obstáculos e alcançar a vitória. Essa é a função social

dos Contos de fadas.

OBJETIVOS DESSA UNIDADE DIDÁTICA:

As atividades propostas nesta Unidade organizam-se de maneira que os alunos

possam, progressivamente, tornarem-se capazes de:

Ler autonomamente os textos propostos;

Compreender o sentido nos textos ouvidos e lidos;

Perceber os elementos que compõem a estrutura dos Contos de fada;

Produzir textos coesos e coerentes, considerando o destinatário e o objeto da

mensagem;

Escrever textos legíveis, preocupando-se com a paragrafação, a segmentação, com

a forma ortográfica e com a pontuação;

Incorporar, cada vez mais, os procedimentos de revisão no ato de produção de seus

textos;

Considerar a necessidade de rascunho e empenho na produção desses rascunhos,

com ajuda da professora;

Utilizar a linguagem, tanto oral quando escrita, com eficácia.

ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE

CRONOGRAMA

PERÍODO CARGA HORÁRIA

AÇÕES PREVISTAS

10/02/14 a 14/02/14

1 aula

APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO: apresentação do projeto de escrita aos alunos e da situação e seleção do gênero textual.

17/02/14 a 21/02/14 2 aulas RECONHECIMENTO DO GÊNERO

24/02/14 a 28/02/14

2 aulas

A PRIMEIRA PRODUÇÃO A PARTIR DE UMA MOTIVAÇÃO

06/03/14 a 30/04/14

3 aulas

1 aula

2 aulas

4 aulas

7 aulas

DESENVOLVIMENTO DOS MÓDULOS 1º Módulo História do Conto de fadas; Pesquisa sobre os autores de Contos de fadas.

2º Módulo Leitura do conto O patinho feio; Momento de reflexões e questionamentos sobre a história lida.

3º Módulo Leitura de diversos Contos de fadas; Estudo das características dos Contos de fadas.

4º Módulo Análise de um conto renovado. Filme SHEREK 3 ; Questionamentos, reflexões e comparações com os alunos em relação ao Conto tradicional e o renovado.

5º Módulo Trabalho com os aspectos linguísticos: pontuação, coerência e coesão textuais, paragrafação, uso de maiúsculas nos substantivos próprios, discurso direto e indireto, significação das palavras, uso dos adjetivos na caracterização das personagens, como evitar repetição de certas palavras fazendo uso de substituições.

05/05/14 a 23/05/14

6 aulas

PRODUÇÃO FINAL Produção escrita de um Conto renovado; Roteiro de autoavaliação; Processo de reescrita; Análise comparativa (professora com os alunos) da 1ª produção com a produção final.

26/05/14 a 30/05/14

3 aulas

Digitação dos contos produzidos pelos alunos; Ilustração dos contos; Montagem do livro.

02/06/14 a 06/06/14 1 aula

Apresentação das produções feitas pelos alunos às demais turmas do colégio.

1. APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO

APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE ESCRITA AOS ALUNOS E DA

SITUAÇÃO E SELEÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL

Discutir a proposta apresentada na unidade com a classe: por que desenvolver

um projeto como este, o que será previsto como produto final, quais conteúdos serão

trabalhados e quais atividades estão planejadas.

2. RECONHECIMENTO DO GÊNERO

PROFESSOR (A): Inicie seu trabalho com uma conversa informal com os

alunos sobre o gênero que será estudado.

Perguntar aos alunos se sabem o que é um Conto de fadas; se conhecem

algum; geralmente do que tratam os Contos de fadas; qual o conto preferido de

cada um; se gostam de ler ou ouvir Contos de fada.

A seguir fazer recapitulação de alguns contos:

Sugestões: Chapeuzinho vermelho, João e Maria;

Num terceiro momento, procurar ouvir o que os alunos identificam como

características desses contos, tipos de personagens. Os alunos falarão sobre

esse gênero, identificando a diferença entre as histórias dos Contos de fada e

as outras histórias;

Apresentar capas de livros (levar diversos, entre eles alguns de Contos de fadas)

e perguntar se são Contos de fadas ou não;

Essa conversa servirá para identificar o que os alunos sabem e o que descobriram recentemente sobre o gênero apresentado.

Professor: após a conversa inicial, apresente oralmente aos alunos algumas

características peculiares dos contos de fadas, fale sobre a função social deste gênero

e seu contexto de produção.

Atividade: identificando o gênero:

Levar (de forma impressa para cada aluno) trechos de textos e induzi-los a

identificar a que gêneros pertencem.

Exemplos:

TEXTO A A Velha Contrabandista

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava

pela fronteira montada na lambreta, com um bruta saco atrás da lambreta. O pessoal da

alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

[...]

FONTE: Porto (2008, p.79).

TEXTO B

“Era uma vez, em um pequeno vilarejo às margens da floresta, uma menina que

vivia com sua mãe. Ela sempre era vista usando uma capa vermelha com um capuz

que havia ganho de presente de sua querida avó, que morava em uma aconchegante

cabana na floresta.” [...]

TEXTO C

A raposa e as uvas

Morrendo de fome, certa raposa astuta andava à caça, quando passou por um

parreira carregada de cachos de uvas bem maduras. Porém estavam altas demais[...]

Estão verdes... já vi que são azedas e duras... resmungou a raposa.

Quem desdenha quer comprar.

TEXTO D

“Uma vez um príncipe que estava escondido atrás de uma árvore, viu que uma

feiticeira se aproximava, e ouviu quando ele falou:

_Rapunzel, Rapunzel, jogue-me seus cabelos!

Então Rapunzel deixou cair seus cabelos e a feiticeira subiu até lá...”

Professor: ao final desta atividade converse com os alunos sobre as descobertas e

dificuldades que eles tiveram, a seguir apresente a classificação correta de cada

trecho. Por fim, relembre com os alunos e liste no quadro que palavras e/ou

expressões eles identificaram como sendo características dos Contos de Fadas; (por

exemplo: era uma vez..,.uma vez um príncipe..., etc.)

3. A PRIMEIRA PRODUÇÃO

*Pedir aos alunos que produzam um Conto de Fadas. ( reservar a produção para fazer

comparação com outras produções ao final da Implementação).

Observação: a motivação para a produção do Conto de Fadas fica a critério do

professor, podendo ser a transformação de alguma história em quadrinhos em um texto

narrativo.

4. DESENVOLVIMENTO DOS MÓDULOS

MÓDULO I – CONHECENDO A HISTÓRIA DOS CONTOS DE FADAS E UM POUCO

SOBRE SEUS AUTORES

1º passo: O professor irá contar aos alunos (de forma oral), a história dos Contos de fadas;

Sugestão de texto base: Contos de fadas, disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_de_fadas

Professor: para contar aos alunos a história dos Contos de fadas, seria interessante

apresentá-los em forma de slides com ilustrações.

2º passo: Levar os alunos ao Laboratório de Informática para que procedam a uma

pesquisa (orientada pela professora) sobre vida e obras dos principais autores de

Contos de fadas.

Professor: é importante direcionar quais sites os alunos podem utilizar para

realizarem a pesquisa.

Questão a ser apresentada aos alunos

Alunos, agora que vocês conhecem um pouco mais sobre os Contos de fadas,

pesquisem sobre os três principais autores desse gênero: Charles Perrault, Irmãos

Grimm e Hans C. Andersen. A pesquisa pode ser em duplas ou trios. Com os dados da

pesquisa, elaborem um texto informativo, que posteriormente será apresentado para a

classe.

Sites sugeridos aos alunos para realizarem a pesquisa bibliográfica:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Perrault

http://www.fabulasecontos.com.br/?pg=descricao&id=217

http://www.qdivertido.com.br/verpesquisa.php?codigo=9

http://www.lpm.com.br/site/default.asp

TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.

p&AutorID=947260

http://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3os_Grimm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Christian_Andersen

http://www.joseguimaraes.com/2012/06/hans-christian-andersen-vida-e-obra/

3º passo: Ouvir as apresentações dos textos produzidos pelos alunos após realizarem a

pesquisa e fazer as considerações necessárias.

MÓDULO II - LEITURA E ANÁLISE DO CONTO O PATINHO FEIO

* Levar cópia (para cada aluno ou para duplas) do conto O Patinho Feio, proceder a

leitura coletiva do texto, levantar certos questionamentos e reflexões:

- onde se passa a história;

- quais são as personagens (protagonista e antagonista- explicar o que é cada um);

- que recompensa recebe a heroína/ herói no final do conto;

- quais ensinamentos de valores morais são apresentados no conto;

- o que o conto retrata nos dias atuais;

- qual o conceito de feio;

- qual o conceito de diferente;

- por que as pessoas valorizam mais a beleza física que a interior;

- questionar se existem “patinhos feios” em nossa escola/ sociedade;

- perguntar como se sentiriam se estivessem no lugar do patinho feio.

MÓDULO III - ESTUDANDO AS CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DOS CONTOS

DE FADAS

Observação:

A partir do 3º módulo, trabalharemos com as características específicas dos Contos de

fadas; para tanto, sugere-se a leitura dos seguintes contos que ampliarão os horizontes

dos alunos e darão subsídios para que detectem melhor os elementos estruturais dos

contos de fadas:

Cinderela Branca de Neve A Bela Adormecida João e Maria Chapeuzinho Vermelho

OBS: (levar livros com as histórias ou xerox desses contos para os alunos). Em:

(http://www.educacional.com.br/projetos/ef1a4/contosdefadas/contos.html)

ou

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=11

08&id_pagina=1 há muitos contos disponíveis.

IDENTIFICANDO A SITUAÇÃO INICIAL DE UM CONTO DE FADAS (apresentação

das personagens)

Conversar com os alunos que no início dos contos são apresentadas as

personagens ou a personagem; que normalmente há uma situação inicial de

tranquilidade, que é sempre quebrada por uma perda ou falta que vai desencadear o

resto da história.

Atividade oral: com os alunos, procurar identificar nos contos lidos anteriormente

quais são as personagens e que fatos/ou acontecimentos quebram a tranquilidade

inicial em cada história.

RECONHECENDO O TEMPO E O ESPAÇO DO CONTO DE FADAS

Professor, para as análises posteriores, utilize os contos já lidos pelos alunsos na

atividade anterior.

analisar expressões que iniciam a maioria dos Contos de fada;

observar com os alunos que normalmente nos Contos de fada o tempo é vago

(imaginário);

comparar locais indicados /Contos de fadas;

comparar nos contos lidos os desafios encontrados pelas personagens;

analisar se há presença do elemento mágico (sobrenatural).

ANALISAR CARACTERÍSTICAS DOS FINAIS DOS CONTOS DE FADA

Ainda utilizando os contos já lidos, analisar a construção de cada final das histórias e

compará-las.

Atividade oral: levar os alunos a pensarem sobre o que faz com que um texto seja

classificado como um conto de fadas, deixar que exponham suas considerações sobre

a questão.

PROPOSTAS DE ATIVIDADE ESCRITA 1. Para complementar o trabalho com o gênero nesse módulo, o professor deve

orientar os alunos para que selecionem um conto que leram e encontrem os seguintes

elementos que estão presentes nele:

A - Heroína: B - Herói: C - Protagonista/antagonista; D- Elementos mágicos: E- Onde e quando se passa o conto: F- Conflito: G- Solução do conflito:

H- Desfecho:

2. Baseando-se nos contos de fadas que você leu, e naquilo que foi discutido em sala

de aula, assinale (V) para as alternativas Verdadeiras e (F) para as alternativas

Falsas, com relação às características gerais dos contos de fadas:

( ) Os contos de fadas são histórias antigas repassadas oralmente, de geração para

geração;

( ) A personagem principal, no final da história, nem sempre é recompensada pelas

suas atitudes em favor do bem;

( ) Os contos de fadas apresentam a estrutura de situação inicial, complicação e

desfecho;

( ) Nos contos de fadas, a personagem principal enfrenta vários conflitos;

( ) As histórias dos contos de fadas estão escritas no tempo passado.

Agora reescreva a(s) alternativa(s) falsa(s), transformando-a(s) em verdadeira(s).

Finalizar as propostas de atividade escrita com exposição dos resultados das

atividades, podendo o professor fazer as considerações que julgar necessárias.

MÓDULO IV- ANALISANDO AS CARACTERÍSTICAS DE UM CONTO RENOVADO

1º passo: Conversar com os alunos que há certos contos que “fogem” um pouco do

tradicional, são os chamados contos renovados ou reinventados;

2º passo: Assistir SHEREK 3 com os alunos, orientá-los que assistam com muita

atenção, de modo que posteriormente possam montar um quadro comparativo,

descrevendo as principais diferenças e semelhanças que eles identificaram entre o

Conto de fadas tradicional e o renovado;

3º passo: Alunos devem organizar o quadro comparativo;

4º passo: É hora do professor promover discussão sobre os tópicos ressaltados nos

quadros dos alunos e fazer as considerações necessárias;

5º passo: Levar outros exemplos de Contos de Fadas renovados para que os alunos

possam lê-los e conhecê-los.

Professor, há muitos exemplos interessantes de Contos de fadas renovados

disponíveis no site: http://celia-edu.blogspot.com.br/2011/03/bela-desmaiada.html

Atividade oral

Outros questionamentos sobre o enredo e as personagens:

1. Você já havia ouvido falar em Shrek? Quem é ele?

2. Monstro é um ser malvado, que machuca as pessoas. Shrek não é mau. Por que ele

é chamado de monstro?

3. Você já conhecia essa história? Sabemos que Shrek se apaixona por uma princesa.

Qual é o nome dela?

MÓDULO V- ESTUDANDO CERTOS ASPECTOS LINGUÍSTICOS

Neste módulo serão trabalhados certos aspectos lingüísticos que foram notados

como dificuldades dos alunos na produção escrita, a partir do diagnóstico realizado na

turma do 6º ano, em 2013. Portanto, estaremos desenvolvendo atividades, julgando que

a turma na qual será aplicada a Unidade Didática, também apresente dificuldades

semelhantes.

Professor, para o desenvolvimento das atividades do MÓDULO V é necessário que se

organize previamente o material necessário para aplicá-las.

1º aspecto: IMPORTÂNCIA DO TÍTULO: enfatizar para os alunos a importância do

título, pois a maioria normalmente esquece de utilizá-lo; além disso, salientar que o

título não pode ser qualquer um, ele deve ser bem sugestivo, mantendo coerência

com o texto que está entitulando.

Atividade:

Apresentar aos alunos vários trechos de Contos de fadas (pode levar em um pacotinho

trechos recortados), cada aluno pega um trecho, a seguir o professor cola no quadro

tiras com sugestões de títulos. Cada aluno deve escolher um para usar como título do

seu trecho de conto.

Depois que todos escolherem um título, reflita com os alunos:

Posso utilizar qualquer título para qualquer trecho?

O que vocês levaram em conta para escolherem o título mais adequado?

O que foi preciso fazer primeiro antes de pensar em escolher um título?

2º aspecto: PONTUAÇÃO COMO RECURSO DE COESÃO E COERÊNCIA

TEXTUAL; TRABALHANDO COM DIÁLOGOS; USO DO DISCURSO DIRETO E

INDIRETO; USO DOS DOIS PONTOS E DO TRAVESSÃO NO DISCURSO

DIRETO; (todos estes aspectos podem ser trabalhados paralelamente)

Explicar aos alunos que a pontuação é um sinal gráfico que orienta a leitura de

um texto. Na falta dela, ou quando colocada de forma equivocada, pode apresentar

efeito de sentido indesejado ou dificuldade na compreensão da mensagem que se

queira transmitir para o leitor, pois a pontuação é o elo entre as partes de um texto

(coesão), e também é usada para formar o sentido (coerência).

Alunos, observem o trecho abaixo:

Chapeuzinho Vermelho desconfiada perguntou por que esses olhos tão

grandes vovó o lobo respondeu com voz fina é pra te ver melhor minha querida

netinha Chapeuzinho questionou novamente por que essas orelhas tão grandes o

lobo respondeu é pra te ouvir melhor minha netinha.

Questionar com os alunos:

- Será que o trecho se trata de uma conversa?

- Você identificou quem está conversando?

- Você conseguiu entender claramente a mensagem? Por quê?

- O que você julga estar faltando nesse trecho? Por quê?

Agora atentem para o trecho abaixo:

Chapeuzinho Vermelho, desconfiada, perguntou:

___Por que esses olhos tão grandes vovó?

O lobo respondeu com voz fina:

___É pra te ver melhor, minha querida netinha.

Chapeuzinho questionou novamente:

___Por que essas orelhas tão grandes vovó?

O lobo respondeu:

___É pra te ouvir melhor, minha netinha.

Vocês perceberam alguma diferença entre os trechos? Se sim, citem-nas.

Por que pontuar corretamente é tão importante?

Agora vamos entender um pouco mais sobre a forma como o narrador pode escolher

para nos transmitir tudo o que ocorreu, ou seja, que discurso ele poderá utilizar.

Primeiro, temos o discurso direto. Nele, o narrador descreve as falas dos

personagens da maneira como elas acontecem. Porém, na linguagem escrita,

quando se trata de reproduzirmos um diálogo, precisamos recorrer a alguns

sinais de pontuação, de modo a deixar bem claro para o leitor as reais intenções

das pessoas envolvidas na conversa, isto é, quando exclamam, interrogam,

interrompem um pensamento e depois o retomam, entre outras. Para que fique

bem claro, analisaremos um exemplo.

A professora chegou na sala de aula e perguntou aos alunos:

_ Vocês trouxeram a pesquisa que eu solicitei na aula anterior?

Todos responderam:

_ Trouxemos, professora.

Então ela disse:

_ Parabéns pela responsabilidade de vocês, pois agora poderemos

começar o trabalho.

Percebeu como as falas são transcritas? Há também um aspecto que

precisamos reconhecer: no momento em que o narrador se prepara para introduzir uma

determinada fala, ele utiliza alguns verbos. No exemplo acima, eles são identificados

por: (todos) responderam e (ela) disse. Esses verbos são chamados de elocução, pois

servem para anunciar o que alguém irá dizer. Além disso, você observou que para

transcrever as falas foram utilizados o travessão, os dois-pontos e a interrogação.

Esses são recursos importantíssimos na construção do discurso direto.

Outro tipo de discurso é o indireto que, como o próprio nome indica, transcreve

as falas de forma indireta. Dessa forma, é o narrador quem as descreve, sem

nada alterar o sentido da mensagem. Para conferirmos mais de perto,

aproveitaremos o mesmo exemplo, citado acima, para analisar sua construção

na forma indireta.

Quando chegou na sala de aula, a professora perguntou aos alunos se eles

haviam trazido a pesquisa solicitada na aula anterior. Eles responderam que sim,

ela então os parabenizou pela responsabilidade, dizendo que já poderiam

começar o trabalho.

Atividade:

Alunos, pontuem os trechos abaixo, tanto na forma de discurso direto como

indireto, da melhor forma possível, não esqueça de utilizar os recursos de pontuação

estudados anteriormente:

Trecho 1

“Um dia a rainha toda orgulhosa perguntou ao espelho espelho espelho meu

quem é a mais linda de todo o país o espelho respondeu Senhora Rainha tu és muito

linda mas Branca de Neve é mil vezes mais linda que a senhora...”

Trecho 2

“Era uma vez um castelo que tinha um poço e a princesa ia para o poço brincar

com sua bola de ouro de repente a bola de ouro caiu no poço e a menina começou a

chorar neste momento, um sapo apareceu e disse eu pego a bola se você me deixar

jantar e dormir com você...”

Trecho 3

“Um dia, a mãe da menina preparou algumas broas das quais a avó gostava

muito, mas quando acabou de assar os quitutes, estava tão cansada que não tinha

mais ânimo para andar pela floresta e levá-las para a velhinha. Então, chamou a filha e

disse Chapeuzinho Vermelho, vá levar estas broinhas para a vovó, ela gostará muito.

Disseram-me que há alguns dias ela não passa bem e, com certeza, não tem vontade

de cozinhar.

Finalizar esse aspecto estudado fazendo correção da atividade proposta.

3º aspecto A IMPORTÂNCIA DOS PARÁGRAFOS NA CONSTRUÇÃO DA

COERÊNCIA TEXTUAL

Atividade:

Levar diversos Contos de fadas (dentro de um saquinho, com os parágrafos

todos desmembrados), reunir os alunos em duplas, entregar um conto para cada dupla,

pedir que organizem a sequência dos parágrafos e dos fatos da melhor maneira

possível, pedir para que leiam para os demais ouvirem, avaliar com a turma se a

sequência escolhida demonstra coerência ou não, fazer as modificações e as

inferências necessárias.

Refletir com os alunos que todo texto precisa ter sequência lógica associada à

coerência textual, e que os parágrafos são usados exatamente para essa função.

4º aspecto: EVITANDO A REPETIÇÃO DE PALAVRAS NA ESCRITA DOS

CONTOS

A princípio explicar aos alunos que há recursos que podem ser utilizados para

evitar a repetição de certas palavras no texto, entre eles: uso de sinônimos, uso de

pronomes,etc.

Alunos, observem a escrita dos trechos:

“Ao cair da noite, Cinderela quis ir embora, e o príncipe decidiu acompanhar

Cinderela, mas Cinderela conseguiu escapar tão depressa que ele não pôde seguir

Cinderela.”

“Além disso, as irmãs de Cinderela tudo faziam para magoar Cinderela,

zombavam de Cinderela e jogavam grãos de lentilha e ervilha na cinza para que

Cinderela tivesse de recolhê-los.”

“Cinderela chorou tanto, que as lágrimas que rolavam do rosto de Cinderela

serviram para regar a planta...”

Agora vamos analisar como o autor dos trechos fez uso da substituição de certas

palavras para evitar repetições do nome da personagem, no caso, Cinderela.

“Ao cair da noite, Cinderela quis ir embora, e o príncipe decidiu acompanhá-la,

mas ela conseguiu escapar tão depressa que ele não pôde segui-la.”

“Além disso, suas irmãs tudo faziam para magoá-la, zombavam dela e jogavam

grãos de lentilha e ervilha na cinza para que a menina tivesse de recolhê-los.”

“A pobre menina chorou tanto, que as lágrimas que rolavam de seu rosto

serviram para regar a planta...”

Refletir com os alunos que eliminando as repetições, fazendo uso de pronomes

ou substantivos, deixará o texto mais conciso.

Professor, o texto completo da atividade a seguir está disponível em:

https://www.google.com.br/search?output=search&sclient=psyab&q=atividades+discur

so+direto+e+indireto+com+trechos+de+contos+de+fadas&btnG=

SHREK

Shrek é um ogro, uma espécie de monstro mitológico, grandalhão, todo

verde e com orelhas que parecem antenas. Vive no pântano e detesta ser

incomodado. Ele gosta de ficar sozinho. [...]

(Revista Recreio, 21 jun. 2001)

Atividade:

1. Observe as palavras destacadas nas frases e responda as questões:

a) "Ele gosta de ficar sozinho." Quem é ele? De quem está falando?

b) "Quem expulsou essa turma dos contos de fadas foi o pequeno vilão Lorde

Farquaad. Ele quer que Shrek salve sua noiva, aprisionada por um imenso dragão." A

quem se refere a palavra destacada na frase b?

2. Responda aos exercícios a seguir observando o uso de expressões que podem ser

utilizadas para evitar repetições ao longo do texto.

"Para ter seu sossego de volta, o gigante verde aceita a missão."

a) Quem é o gigante verde?

b) De que missão ele está falando?

3. Veja como o pronome pessoal ele aparece várias vezes no texto, para substituir uma

palavra que já foi dita. Observe esse pronome e diga a quem ele se refere nas frases

seguintes.

a) "... ele vai salvar a bela Fiona." ( Quem é ele?)

b) "Ele quer que Shrek salve sua noiva." (Quem quer?)

c) "Ele gosta de ficar sozinho." (Quem gosta de ficar sozinho?)

4. Os pronomes possessivos sua e seu também aparecem várias vezes no texto.

Analise as frases a seguir e responda a quem esses pronomes se referem.

a) "De repente começam a acontecer coisas malucas em sua cabana." (Cabana de

quem?)

b) "Ele quer que Shrek salve sua noiva." (Noiva de quem?)

c) "Para ter seu sossego de volta..." (Sossego de quem?)

d) "O seu desafio maior vai ser o segredo..." (desafio de quem?)

5. Nas frases seguintes temos a repetição de um termo. Reescreva a frase substituindo

o termo sublinhado por outro de mesmo valor. Observe o modelo.

a) Fiona tem um grande segredo. Fiona é noiva do Lorde.

Fiona tem um grande segredo. A princesa é noiva de um Lorde.

b) Shrek é uma espécie de monstro mitológico. Shrek vive pântano e detesta ser

incomodado.

c) Cinderela (Adaptado do conto dos Irmãos Grimm)

“Era uma vez um homem cuja primeira esposa tinha morrido, e que tinha casado

novamente com uma mulher muito arrogante. A mulher muito arrogante tinha duas

filhas que se pareciam em tudo com ela...”

d) Cinderela Ou O Sapatinho de Vidro (Charles Perrault)

“Era uma vez um fidalgo que se casou em segundas núpcias com uma mulher mais

soberba e mais orgulhosa que já se viu. A mulher soberba tinha duas filhas de

temperamento igual ao seu, sem tirar nem por. O fidalgo, por seu lado, tinha uma filha

que era a doçura em pessoa e de uma bondade sem par. Nisso saíra à mãe, que tinha

sido a melhor criatura do mundo...”

5º aspecto: USO DE MAIÚSCULAS NOS SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS

A letra maiúscula é um recurso gráfico utilizado para dois propósitos: assinalar o

início do período (em oposição ao ponto final, que o encerra) e dar destaque a uma

palavra, podendo ser ela um substantivo próprio.

Chamamos de nomes comuns os nomes de coisas ou objetos que normalmente

são escritos com letras minúsculas. Os nomes comuns só aparecem escritos com letra

maiúscula se estiverem no início de uma frase, pois toda frase deve começar com letra

maiúscula.

Já os nomes de pessoas, países, estados ou cidades, nomes de rios etc., são

caracterizados como nomes próprios (ou substantivos próprios) e por isso são escritos

com letras maiúsculas (independentemente de estarem no início da frase ou não).

Não existe outra regra para os nomes próprios, eles devem começar,

obrigatoriamente, com letra maiúscula, ou seja, é errado escrevê-los com letra

minúscula.

Atividade:

Reescreva os trechos abaixo usando letra maiúscula quando necessário.

Trecho A

“as duas irmãs ficaram espantadas, mas ainda mais espantadas

quando cinderela tirou o outro sapatinho de cristal do bolso e

calçou no outro pé. nesse momento, surgiu a fada madrinha, que tocou a roupa de

cinderela com a varinha mágica. Imediatamente os farrapos se

transformaram num vestido ainda mais bonito do que aquele que

havia usado antes...”

Trecho B “a princesa rapunzel, muito bela, longas tranças possuía, presa numa alta torre, jogava-

as pela janela por onde o príncipe subia”.

6º aspecto: TRABALHAR OS ADJETIVOS POSITIVOS/NEGATIVOS NA

CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS

Para caracterizar uma personagem, o narrador apresenta-nos alguns traços

físicos ou psicológicos. Quanto aos psicológicos, que fazem parte do lado emocional do

personagem, muitas vezes, precisamos identificá-los, por meio da trama da história, já

os físicos são mais fáceis de serem descritos. Na caracterização das personagens

utilizamos palavras classificadas como ADJETIVOS,

Observe os ADJETIVOS utilizados na caracterização de Bela Adormecida:

”...enquanto isso, as promessas favoráveis das boas fadas se cumpriam, pois a

princesa era LINDA, MODESTA,PRESTATIVA, GENTIL e INTELIGENTE e todos que a

viam ficavam encantados.”

Professor: é importante enfatizar aos alunos que os adjetivos, por caracterizarem

personagens, permitem ao leitor criar uma imagem positiva ou negativa delas.

Portanto são palavras carregadas de significação.

Atividades:

1. Identifique no trecho abaixo os adjetivos utilizados e a quais nomes estão se

referindo:

O Lobo Mau (Irmãos Grimm)

“A menina ia por uma trilha quando, de repente, apareceu-lhe na frente um lobo

enorme, de pelo escuro e olhos brilhantes. Olhando para aquela linda menina, o lobo

pensou que a carne dela devia ser macia e saborosa. Queria mesmo devorá-la num

bocado só. Mas não teve coragem, temendo os cortadores de lenha que poderiam ouvir

os gritos da vítima. Por isso, decidiu usar de astúcia...”

A seguir, complete as lacunas do trecho abaixo usando outros adjetivos para

caracterizar os substantivos a que se referem. Depois analise se os significados foram

alterados ou não.

“A menina ia por uma trilha quando, de repente, apareceu-lhe na frente um lobo

_________, de pelo __________ e olhos _________. Olhando para aquela _________

menina, o lobo pensou que a carne dela devia ser _________ e __________. Queria

mesmo devorá-la num bocado só. Mas não teve coragem, temendo os cortadores de

lenha que poderiam ouvir os gritos da vítima. Por isso, decidiu usar de astúcia...”

2. Após ler o conto abaixo complete as lacunas utilizando somente adjetivos para fazer

caracterizações. Porém, tome cuidado, pois você não poderá repetir palavras:

UM CONTO SURPRESA

Era uma vez um príncipe ___________, que vivia em um reino ___________. Ele tinha tanto medo de tudo, que todos o achavam muito ___________. Apesar disso, todas as donzelas queriam se casar com ele, porque diziam que ele era ________________.

O rei e a rainha decidiram que seu filho não podia continuar daquele jeito e o mandaram em uma missão _____________: tinha que resgatar uma princesa de um dragão ____________. ____________ como era, o príncipe até foi em busca da tal princesa, mas bolou um plano ____________ para nunca mais voltar, já que tinha certeza de que não conseguiria cumprir o que seus pais queriam que fizesse. Depois de viajar durante dias, não conseguia encontrar outro reino. Não havia uma única construção pelos lugares pelos quais ele passou. Achou até que teria que voltar para seu ____________ reino, pois já estava ficando com medo de encontrar algum monstro ou algo parecido. Para sua surpresa, bem quando estava tendo este pensamento ___________, ouviu um som ___________________. Parecia um urro de animal. Antes que pudesse começar a fugir, um dragão _____________ apareceu em sua frente, cuspindo fogo por todos os lados. O príncipe ficou _______________. Seu pavor era tamanho, que ficou paralisado frente à fera _______________. Em questão de segundos, um cavaleiro ______________, sobre um cavalo ____________ apareceu, com uma armadura toda ____________ e uma lança _____________. Uma batalha _____________ teve início entre o dragão e o cavaleiro. O príncipe ficou ____________ com o que via. A destreza do cavaleiro era tanta, que não demorou a derrotar o _____________ dragão. Queria muito conhecer o rosto do cavaleiro __________________ e qual não foi seu espanto, quando viu a mais __________ jovem princesa de sua vida debaixo daquele elmo. A princesa ____________ lhe contou que nenhum homem queria se casar com

ela, por ser tão _____________ e seus pais tinham lhe enviado ao mundo para encontrar um homem ____________ que pudesse salvá-la de algum perigo e não tivesse _____________ dela. Após dar uma __________ gargalhada, o príncipe lhe contou sobre sua missão, certo de que havia encontrado o amor de sua vida. Juntos, foram aos dois reinos e contaram sobre a aventura ____________ que viveram e sobre a intenção de se casarem. Após muitos festejos, eles se casaram e foram felizes para sempre, reinando _____________ nos dois reinos vizinhos.

( Janaína Spolidorio )

Observação: esse exercício foi retirado de:

http://professorajanainaspolidorio.wordpress.com/2010/08/13/adjetivos-atividades-com-texto-surpresa/

5. PRODUÇÃO FINAL

Após a realização de todas as atividades propostas nesta sequência didática sobre o

gênero Conto de fadas é hora dos alunos desenvolverem a proposta de produção

escrita:

Questão a ser apresentada aos alunos:

1º passo:

Produzam (em duplas) um Conto de Fadas com aspecto renovado.

Abaixo apresento sugestões de modificações que poderão ser feitas:

PODE SER EM FORMA DE PARÓDIA;

MISTURANDO HISTÓRIAS; nessa alternativa de produção pode-se distribuir

figuras de diversos contos de fadas, alunos selecionam algumas e produzem os

contos, misturando personagens de diferentes histórias;

MODIFICANDO O AMBIENTE E/OU AS PERSONAGENS; podem, por exemplo,

escrever a versão dos Irmãos Grimm, mudando o ambiente, alterando também o

sexo das personagens: o Chapeuzinho, o pai, o vovô, a caçadora, a loba, etc.

FAZENDO DESCONSTRUÇÃO DE CONTOS LIDOS; alternando o enredo da

história, o espaço, os fatos e as personagens fazendo uso de elementos da

contemporaneidade, usando as tecnologias da época, como (celular,

computador), os “problemas” sociais, como o sequestro, o atropelamento, etc.

2º passo:

Após a conclusão da produção escrita proposta, será entregue aos alunos uma

tabela com roteiro para que os alunos procedam uma autoavaliação, antes de

entregarem a produção ao professor.

TABELA COM ROTEIRO DE AUTOAVALIAÇÃO:

ROTEIRO DE AUTOAVALIAÇÃO Está OK Precisa alterar

Na sua produção há apresentação clara das

personagens?

Há elementos renovados no conto produzido:

espaço, objetos utilizados, etc?

O tempo e o espaço da história criada estão

claros e bem construídos?

O herói/ heroína sofre uma falta ou perda logo no

início da história?

O herói/heroína enfrenta desafios ou passa

provocações?

Existe um elemento mágico (sobrenatural) que

ajuda o herói/heroína?

No final da história a personagem

principal(protagonista) é recompensada e o vilão

castigado?

Os vocábulos utilizados na história criada são

próprios do gênero sugerido?

Na história, os acontecimentos estão separados

em diferentes parágrafos?

Há muita repetição de certos termos?

Há o cuidado de usar maiúscula para escrever os

nomes próprios e não repeti-los diversas vezes?

Os diálogos estão pontuados corretamente

possibilitando identificar facilmente quem está

falando?

O término do conto faz uso das expressões

semelhantes as dos finais dos contos de fada,

mas com uma roupagem renovada?

Aluno, releia seu texto atentando para a

ortografia. Caso tenha dúvida quanto à escrita de

alguma palavra, consulte o dicionário ou a

professora para saná-la.

Observação: Essa tabela de autoavaliação foi adaptada de Gagliardi, Eliana. Trabalhando com os

gêneros do discurso.

3º passo: Processo de reescrita do texto com auxílio da professora, fazendo as

inferências necessárias;

4º passo: A professora fará com os alunos uma análise comparativa do conto que

produziram no início da Implementação com o que produziram no final. Discutindo com

eles, procurando ouvi-los sobre as dificuldades encontradas, as descobertas, os

eventuais equívocos, as propostas que se mostraram mais produtivas, as conquistas

obtidas após o trabalho com a sequência didática.

6. É HORA DE DIGITAR, ILUSTRAR AS PRODUÇÕES E MONTAR O LIVRO DA

TURMA

1º passo: Levar os alunos ao Laboratório de Informática para digitarem os textos que

produziram e imprimi-los;

2º passo: Ilustrar os contos produzidos;

3º passo: Montar coletânea, em forma de livro, dos textos produzidos pelos alunos. Tal

material ficará arquivado na biblioteca da escola para leitura.

7. QUE TAL MOSTRAR O NOSSO TRABALHO AOS OUTROS ALUNOS DA

ESCOLA?

Sugestão de procedimentos:

1º - Organizar com a Equipe Pedagógica da Escola o melhor momento para fazer as

apresentar das produções dos alunos envolvidos na Implementação, às demais turmas

do colégio.

2º - Proceder à apresentação das produções dos alunos aos pais, podendo ser durante

o desenvolvimento de alguma atividade cultural da escola.

AVALIAÇÃO

Os alunos estarão sendo avaliados constantemente através da observação do

professor, se estão os não, se empenhando no desenvolvimento das atividades

propostas.

Quanto à produção final, será avaliado se a linguagem utilizada pelos alunos na

produção está adequada ao leitor, se a história atende ao interesse dele, se o enredo

tem personagens e elementos típicos do gênero proposto, se a “transformação”, ou

“renovação” do conto foi coerente com a proposta, se os parágrafos foram bem

organizados, e se o texto está pontuado adequadamente.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. _____. Muito além da gramática: por um ensino de língua sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. COSTA-HÜBES, Terezinha da Conceição. Sequência didática: uma proposta para o ensino de língua Portuguesa no Ensino Fundamental: anos iniciais. Cascavel: ASSOESTE, 2009. DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michele; SCHNEUWLY, Bernard. Seqüências Didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, Joaquim, SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros orais e escritos na escola. (Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro). Campinas, SP: Mercado Aberto de Letras, 2004. FERRIER, Montreal, Quebec. Pequenos Clássicos. Canadá, 2013.

GAGLIARDI, Eliana. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar: conto de fadas. São Paulo: FTD, 2001. GERALDI, J.W. Unidades básicas no ensino de Português. In: GERALDI, João Wanderley. (Org.) O texto na sala de aula. 2ª Ed. Cascavel, ASSOESTE, 1984. P. 49-

69. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PORTO, S. Primo Altamirando e elas. 11 ed. Rio de Janeiro: Agir, 2008.

SOUZA, Maurício. Turma da Mônica Jovem. Edição comemorativa nº 50: Panini Comics, 2012.

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https://www.google.com.br/search?output=search&sclient=psyab&q=atividades+discurso+direto+e+indireto+com+trechos+de+contos+de+fadas&btnG=: Acessso em: 21/11/2013. Contos de Fadas. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_de_fadas. Acesso em: 18/10/2013.

DUANTE, Vânia. O discurso em um texto narrativo. Disponível em: http://www.escolakids.com/aprendendo-sobre-o-discurso-em-um-texto-narrativo.htm. Acesso em: 21/11/2013.

FERRIER, Montreal, Quebec. Pequenos Clássicos. Canadá, 2013. Disponível em: www.cirandacultural.com.br. FERREIRA, Amanda Maria Gomes. Contos de fada renovados. Disponível em:

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GONZATTI, Ivete. Reinventando contos. Disponível em:

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SPOLIDORIO, Janaína. Adjetivos: atividades com texto surpresa. Disponível em: http://professorajanainaspolidorio.wordpress.com/2010/08/13/adjetivos-atividades-com-texto-surpresa/. Acesso em: 25/11/2013.