Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para identificação Produção Didático-pedagógica - Turma 2013

Título: Acústica no Ensino Médio: Uma reflexão sobre a saúde auditiva

Autor: Ivone de Arruda Zamai

Disciplina/Área: Física

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Guilherme de Almeida – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Rua Florianópolis, 555

Município da escola: Loanda

Núcleo Regional de Educação:

Loanda

Professor Orientador: Ms. Michel Corci Batista

Instituição de Ensino Superior:

Universidade Estadual de Maringá - UEM

Relação Interdisciplinar: Não

Resumo:

Neste trabalho elaboramos uma Unidade Didática tendo como objetivo trabalhar a influência da poluição sonora no ambiente escolar articulando teoria e prática, na expectativa de contribuir com um ensino contextualizado para que os estudantes percebam a relação entre os conteúdos estudados na escola e situações reais que eles conhecem e vivenciam. Para tanto, propomos abordar essa problemática a partir da disciplina de Física, por meio do conteúdo de acústica, a fim de oportunizar atividades que mobilizem os estudantes a conhecerem os conceitos envolvendo acústica, assim como a fenomenologia a ela associada, dando ênfase ao estudo do sistema auditivo e a poluição sonora, incluindo causas e efeitos nocivos à saúde auditiva. Espera-se que dessa forma o estudante perceba que aquilo que lhe é pertinente na vida em sociedade, pode ser tratado no ambiente escolar possibilitando uma participação ativa na construção do seu processo de aprendizagem.

Palavras-chave: Acústica, poluição sonora, saúde auditiva

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 2º ano do Ensino Médio

PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – CAMPUS MARINGÁ

UEM

IVONE DE ARRUDA ZAMAI

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA NA ESCOLA

ACÚSTICA NO ENSINO MÉDIO: Uma reflexão sobre a saúde auditiva

MARINGÁ

2013

1. Finalidade e problemática

Como decorrência da revolução industrial, a chamada era tecnológica, se

caracteriza pelo desenvolvimento de tecnologias cada vez mais sofisticadas, de

modo que nosso cotidiano está repleto de equipamentos modernos que ao mesmo

tempo que nos auxiliam no trabalho, no lazer, na indústria, nas escolas, nas

residências, muitas vezes produzem ruídos que podem significar uma ameaça

invisível ao ser humano.

Ao aproximarmos essa problemática das práticas escolares, percebemos um

desafio diferente daquele enfrentado na abordagem pedagógica da maioria dos

conteúdos escolares. Se em grande parte deles o desafio é fazer com que os

estudantes percebam a relação e a relevância entre estes e a realidade em que se

encontra imerso, no caso das tecnologias, os estudantes já as têm inseridas em seu

cotidiano. Eles as consideram relevantes e as manipulam, inclusive com elevada

destreza, de modo que a questão que se coloca à escola é conferir criticidade ao

uso dessas tecnologias.

A esse respeito, parecem-nos pertinentes as questões formuladas por

Carvalho. et al. (2010, p. 1).

Como, então, oferecer aos alunos condições para que sejam capazes de trabalhar com os conhecimentos e as tecnologias que os rodeiam em suas vidas, dentro e fora da escola? Como formar estudantes capazes de compreender informações, de tecer relações entre temas de seu interesse, de julgar prós e contras frente às situações que vivenciam e que, de uma forma ou de outra, afligem sua vida, a sociedade e o ambiente?

Instigados pelas provocações de Carvalho (2010), nosso olhar se direciona

para o ambiente escolar. Em nossa prática docente na educação básica, ao

refletirmos sobre as transformações que ocorrem nesse espaço, temos percebido a

interferência de ruídos cada vez mais intensos, tanto internos como externos à sala

de aula. Porém, raramente os estudantes são provocados a refletir sobre como esse

APRESENTAÇÃO

ruído age no sistema auditivo e como pode afetar sua vida, influenciar sua saúde e

consequentemente seu processo de aprendizagem.

Em ambiente escolar estamos inseridos numa atmosfera cada vez mais

sonora e barulhenta, é comum observarmos salas de aula onde as vibrações

sonoras são cada vez mais intensas, as vibrações produzidas se propagam entre as

moléculas constituintes do ar. Quando isso ocorre, os sons produzidos entram em

ressonância com o tímpano, fina membrana do aparelho auditivo, sensibilizando o

sentido da audição. O que isso pode causar? Como o ruído pode afetar a vida e a

aprendizagem? Seria possível melhorar o ambiente escolar, tornando-o mais

favorável à aprendizagem?

Em vista desses questionamentos, desafia-nos a seguinte problemática:

Como os conteúdos curriculares da disciplina de Física no Ensino Médio, sobretudo

aqueles relativos à área de Acústica podem contribuir para a mudança das atitudes

dos estudantes quanto ao uso de aparelhos sonoros, à produção e propagação

desnecessária de ruídos em vistas da prevenção e conservação de sua saúde

auditiva? A partir dela pretendemos desenvolver um trabalho pedagógico que

intervenha eficazmente junto aos discentes a serem envolvidos neste projeto.

Nessa perspectiva, trabalhar a influência da poluição sonora no ambiente

escolar é uma forma de aliar teoria à prática propondo ações para que os estudantes

percebam que o conteúdo estudado na escola tem aplicação na sua vida em

comunidade.

2. Objetivo geral

Trata-se de uma produção didático-pedagógica que tem por objetivo utilizar o

tema: Acústica aplicada à saúde auditiva em ambiente escolar, buscando

desenvolver competências em Física, bem como provocar no aluno uma mudança

de postura com relação à utilização consciente dos recursos tecnológicos

oportunizando situações de aprendizagem contextualizada que possibilite uma

reflexão sobre a poluição sonora e seus efeitos nocivos à saúde humana.

3. Formato

O material didático-pedagógico apresentado a seguir está organizado no

formato de “Unidade Didática” e tem como preocupação contribuir com um ensino

contextualizado, que vem ao encontro a nossa expectativa de despertar o interesse

e a participação do aluno nas aulas de Física.

O ensino por contextualização se caracteriza por apresentar situações reais

que fazem parte da vivência dos alunos na expectativa de que eles sejam

desafiados a expor seus conhecimentos espontâneos sobre cada situação proposta,

contribuindo com o seu processo de aprendizagem, oferecendo condições para que

sejam estimulados a elaborar e desenvolver estratégias, analisar e testar hipóteses,

ampliando seu conhecimento espontâneo, transformando-o em conhecimento

formal, sistematizado historicamente.

No processo de ensino e aprendizagem, o grande diferencial é a atuação do

professor, ao posicionar-se como orientador procurando ressignificar os conteúdos

físicos, as estratégias de ensino, a organização da sala de aula, a importância dos

temas tratados e principalmente os recursos didáticos que pretende utilizar. Além

disso, como destaca Carvalho (2004), a didática, área do conhecimento que busca

resposta às questões: “por que?” “o que?”, “para quem?” e “como se ensina?” deve

permear o fazer pedagógico.

Ao elaborarmos este material levamos em consideração oferecer subsídios à

prática pedagógica, incentivando a organização e a utilização de recursos didáticos,

com imagem, slide, vídeo, experimentos, mesa redonda, estudo de texto, além dos

recursos tecnológicos existentes na própria escola, como a TV Multimídia, o Projetor

Multimídia e o Laboratório Paraná Digital.

Nesta perspectiva, esperamos que a utilização deste material didático-

pedagógico possa alcançar os objetivos propostos, contribuindo com a melhoria do

processo de ensino e de aprendizagem da disciplina de Física.

4. Público alvo

Esta produção didático-pedagógica se caracteriza como uma Unidade

Didática, e está direcionada aos alunos do 2º ano do Ensino Médio, do Colégio

Estadual Guilherme de Almeida – EFMN, do município de Loanda – Paraná.

MATERIAL DIDÁTICO

Fone de ouvido

ACÚSTICA NO ENSINO MÉDIO: Uma reflexão

sobre a saúde auditiva

Nosso sistema auditivo tem a capacidade de

captar sons de intensidade bastante variada e

reconhecer um extenso espectro de frequências.

No cotidiano o uso inadequado de aparelhos de

som portáteis têm causado um aumento

significativo no número de pessoas com

problemas auditivos, inclusive permanentes,

principalmente pelo uso de fones de ouvido, esse

dispositivo se constitui num interessante recurso

no estudo da poluição sonora. Assim, nosso

objetivo é aproveitar essa tecnologia para

estudar o tema: Acústica aplicada à saúde

auditiva em ambiente escolar, discutindo

questões como: De que forma esse equipamento

pode prejudicar a saúde? Que cuidados

devemos ter ao fazer uso dessa tecnologia?

1. Acústica

Acústica é o estudo das ondas sonoras e dos fenômenos ondulatórios que

podem ocorrem durante a propagação dessas ondas, além de tratar da poluição

sonora, uma ameaça invisível que pode influenciar diretamente nossa saúde, nosso

bem estar físico, social e mental. Por meio do estudo das ondas percebemos várias

tecnologias da atualidade, desde o rádio, a tevê, o radar, o ultra-som, as

telecomunicações via satélite, os celulares, os GPS, entre outras.

A abordagem desses assuntos em sala de aula permite uma maior

aproximação dos conteúdos curriculares com a realidade vivida em comunidade

pelos estudantes.

2. Ondas sonoras

O som é uma forma de energia produzida por um movimento vibratório que se

propaga em forma de ondas em um meio sólido, líquido ou gasoso. O som é uma

onda mecânica do tipo longitudinal porque sua direção de propagação é paralela às

de vibração das moléculas do meio onde se propagam. A velocidade de propagação

do som depende de suas propriedades elásticas e inerciais e do meio onde ele se

propaga. Em função da sua natureza longitudinal nessas ondas, ocorrem zonas

alternadas de compressão e rarefação nas moléculas do meio.

Onda mecânica

Conforme destaca Pietrocola (2010) o som é caracterizado pela formação de

regiões alternadas de maior ou menor pressão no ar. Essa pressão se repete

regularmente. No caso do ruído, essa regularidade não existe, ele corresponde a um

abalo mecânico isolado, ou seja, sua produção é causada por uma brusca variação

de pressão em determinado instante sem repetição. Isso significa que as ondas

sonoras com alturas definidas correspondentes a frequências regulares e periódicas,

são denominadas som, já as vibrações sem alturas definida, não periódicas e sem

regularidade, são denominadas ruído.

3. Fenômenos ondulatórios

Vários fenômenos ondulatórios podem ocorrer com as ondas sonoras ao se

propagarem, dentre eles podemos destacar a reflexão, a refração, a interferência, a

difração, a ressonância e o efeito Doppler.

Dica: O professor pode utilizar o Livro Didático, apostilas ou a internet para

trabalhar os conceitos de acústica assim como os fenômenos a ela

associados.

4. Qualidades fisiológicas do som

Quanto às qualidades fisiológicas do som, Pietrocola (2010) destaca que por

meio das sensações causadas pelo som, podemos perceber diferentes

características. Distinguimos sons fortes de fracos quando a onda sonora vibra,

respectivamente com grande ou pequena amplitude, variando sua intensidade e

sons graves de agudos se a onda sonora vibra respectivamente, com baixa ou alta

frequência. Podemos também reconhecer diferentes fontes sonoras por meio de

seus timbres.

Altura

A altura é a qualidade associada à freqüência da onda sonora. Som agudo

apresenta alta frequência enquanto som fraco corresponde a baixa frequência.

Segundo Torres (2010) o sistema auditivo de um ser humano normal é capaz

de perceber ondas sonoras situadas num intervalo de frequências de,

aproximadamente, 20 Hz a 20.000 Hz, ou seja, o som de 20 Hz é o mais grave que

o ouvido pode perceber e o som mais agudo detectável, é de 20.000 Hz. Sons com

frequência abaixo de 20 Hz são denominados infrassons, e os sons com frequência

acima de 20.000Hz são chamados de ultrassons. A sensibilidade do sistema

auditivo humano às ondas sonoras pode variar de uma pessoa para outra e ainda

conforme a idade.

O conceito de frequência também pode ser aplicado às ondas quando os

pulsos (perturbações) são produzidos de maneira uniforme, logo a frequência de

uma onda corresponde ao número de oscilações por segundo. No Sistema

Internacional de Unidades (SI), a unidade de medida da frequência é o hertz, em

homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894).

Intensidade

A intensidade é uma característica do som que está associada à amplitude da

onda sonora e possibilita distinguir sons fortes de sons fracos. Quando as ondas

sonoras são muito intensas, muito carregadas de energia geram sons fortes.

Essa propriedade do som relacionada com a energia de vibração da fonte que

emite a onda sonora e depende da sua amplitude. Quando a onda se propaga,

transporta energia, distribuindo-a em todas as direções, quanto maior for a

quantidade de energia que a onda transportar até nossa orelha, maior será a

intensidade do som que percebemos. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a

intensidade do som é medida em bel, em homenagem ao cientista escocês, Graham

Bell (1847-1922). Na prática, usa-se mais comumente um submúltiplo desta unidade

o decibel (dB), 1dB = 0,1 bel.

Tabela de intensidade sonora - representa ruídos do cotidiano.

Timbre

O timbre á a qualidade que permite ao sistema auditivo identificar a origem de

um som, mesmo que várias fontes apresentem simultaneamente sons de mesma

intensidade e mesma altura, representando um “documento de identidade”.

Os vários instrumentos musicais

e a voz humana que produzem

sons de mesma intensidade e

mesma altura apresentam seus

timbres diferentes.

Timbre

Diário do aluno/professor

No desenvolvimento da Unidade Didática, os alunos serão estimulados a

realizarem registro individual das atividades, na expectativa de refletirem sobre sua

aprendizagem, constituindo-se numa importante ferramenta de avaliação. O registro

é fundamental no processo de ensino e de aprendizagem, é o momento de organizar

as idéias, de sistematizar o conhecimento produzido. O uso da escrita individual em

forma de relatório como estratégia de ensino e de avaliação é importante, porque:

Ensinar a escrever Ciências é também uma das etapas da enculturação científica que deve ser trabalhada na escola. A escrita é uma atividade complementar à argumentação que ocorre nas etapas anteriores – primeiramente em grupos pequenos e, depois, na relação professor/turma –; ambas são fundamentais em um ensino de Ciências que procura criar nos alunos as principais habilidades do mundo das Ciências. (CARVALHO. et al, 2010, p. 63).

O registro individual se constitui num recurso didático utilizado no desenrolar

das atividades tanto pelo professor quanto pelos alunos para registrar uma

síntese das atividades desenvolvidas, incluindo conclusões e sistematização

de idéias por meio de textos, ilustrações ou esquemas, incluindo impressão

pessoal sobre o assunto estudado, que pode ser feito durante a aula ou em

casa, conforme o tempo disponível. Enfim, é um espaço para alunos e

professor registrarem o resultado do seu trabalho, incluindo seus avanços,

suas conquistas, suas dificuldades, sua compreensão, como forma de

organizar suas idéias. Para isso é importante que cada um tenha uma pasta

para arquivo, onde acrescentará além dos registros, outras atividades

desenvolvidas. Esse registro individual será denominado de Diário do

aluno/professor (vide modelo em anexo).

DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE DIDÁTICA

Atividade 1: Avaliação inicial

Duração: 1 h/a

Conteúdos: Acústica, sistema auditivo, poluição sonora

Objetivos:

Identificar o conhecimento prévio dos estudantes em relação à Acústica e a

saúde auditiva.

Aproveitar o conhecimento prévio dos alunos como ponto de partida para

promover e aprofundar o estudo de Acústica de modo a sistematizar o

conhecimento historicamente construído.

Recursos/materiais:

Avaliação impressa em papel sulfite

Caneta

Orientações metodológicas:

A Diretriz Curricular Estadual - DCE (2008) propõe que no processo de ensino

e aprendizagem, é importante considerar o conhecimento trazido pelos estudantes,

sejam eles espontâneos ou científicos, fruto de suas experiências de vida em suas

relações sociais, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos

estudantes, pois ambas influenciam no desenvolvimento do trabalho pedagógico e

consequentemente no processo de aprendizagem. Neste contexto:

Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo (PARANÁ, 2008, p. 79).

Assim, esta atividade norteará o desenvolvimento do trabalho pedagógico,

fornecendo informações referentes ao conhecimento prévio da turma em relação aos

conceitos que serão tratados nessa Unidade Didática. A avaliação será realizada

individualmente, recolhida e analisada pelo professor, que será posteriormente

comparada com o resultado da mesma avaliação realizada ao término do

desenvolvimento da Unidade Didática.

Neste primeiro momento será realizada uma sondagem por meio de questões

sobre acústica com o intuito de verificar o conhecimento prévio dos

estudantes direcionando a ação pedagógica.

QUESTIONÁRIO SOBRE ACÚSTICA

1. Você é ou já foi afetado por alguma

forma de poluição sonora? [ ] sim [ ] não Justifique. 2. O que é poluição sonora? Que fatores determinam se existe ou não poluição sonora em um ambiente? Justifique. 3. Em filmes de ficção científica é

comum observarmos cenas de guerra intergaláctica, utilizando armas super potentes, onde é possível ver e ouvir explosões simultaneamente. Fisicamente isso é possível? Justifique. 4. Por que durante uma tempestade

observa-se um relâmpago e logo em seguida ouve-se o trovão? 5. Leia a expressão: barulho + barulho = silêncio. Você concorda com essa expressão? [ ] sim [ ] Não Justifique.

6. Existem algumas ocupações

profissionais que causar problemas ao sistema auditivo dos trabalhadores. Cite algumas dessas profissões explicando como elas afetam o trabalhador e o que poderia ser feito para que os riscos sejam minimizados?

7. Numa sala de aula normalmente temos

uma turma bem heterogênea em suas características, e em alguns acontecimentos podemos identificar qualidade fundamentais do som.

Imagine uma situação onde a professora diz: “Joãozinho, por favor, fale mais baixo”.

Fisicamente o que significa falar mais baixo?

8. Como você poderia explica a

propagação do som? Por que o som se propaga mais lentamente no ar do que nos sólidos?

9. Explique como em uma viagem um navio é possível perceber um iceberg mesmo a quilômetros de distância.

Atividade 2: Jogo - Que som é esse?

Duração: 1 h/a

Conteúdo: Sistema auditivo

Objetivos:

Promover a participação dos alunos e despertar sua curiosidade pelo tema:

Acústica aplicada à saúde auditiva em ambiente escolar.

Realizar atividade que possibilite a utilização do sentido da audição

permitindo que o aluno perceba a importância do bom funcionamento do

sistema auditivo para interagirmos em comunidade.

Recursos/materiais:

TV Multimídia

Pen drive com vários efeitos sonoros (gravados previamente pelo professor)

Orientações metodológicas:

Nesta atividade será realizado um jogo: Que som é esse? Esta atividade tem

como objetivo promover a participação dos alunos e despertar sua curiosidade pela

acústica. É um momento de mobilização para que os alunos comecem a interagir

com o tema proposto: acústica aplicada à saúde auditiva em ambiente escolar, como

forma de provocação, incentivando a participação coletiva.

Para esta atividade é preciso gravar antecipadamente sons variados, como

chuva, trovão, espirro, latido, choro, buzina, entre outros. Com os alunos

organizados em fila indiana, cada um em sua vez, tenta identificar o som propagado.

Quem erra o som produzido, sai do jogo, quem acerta volta para o final da fila para

uma próxima rodada e assim sucessivamente até que tenha um vencedor. Premiar

ou não o vencedor fica a critério do professor, entretanto, oferecer algo como

incentivo pela participação no jogo é bastante interessante.

Momento de discussão em grupo! Ao terminar o jogo sugerimos a

discussão das questões abaixo, que será realizada por meio da mediação do

professor:

Qual a importância do sistema auditivo para interagirmos em nosso cotidiano?

Além da visão, do olfato, do paladar e do tato, a audição é importante para

nossa vida. Como deve ser a vida das pessoas que apresentam deficiências

auditivas graves?

Considerando a possibilidade de surgir na sala um aluno surdo? O que você

pode fazer para se comunicar com ele?

Momento de mobilização! Esta atividade tem a intenção de estimular a

participação dos alunos, aguçando sua curiosidade para o desenvolvimento

das próximas atividades.

Atividade 3: Analisando imagens

Duração: 2 h/a

Conteúdos: Acústica, poluição sonora

Objetivos:

Promover uma análise investigativa a partir de imagens relacionadas à

Acústica.

Abordar questões relacionadas à Acústica, a fenomenologia a ela associada,

ao ensino de Física, ao uso da tecnologia, à poluição sonora e suas

consequências para a saúde humana.

Recursos/materiais:

TV Multimídia

Pen drive com slides com imagens relacionadas à acústica.

Orientações metodológicas:

Hoje existem várias maneiras de se comunicar e a imagem é uma delas, se

bem explorada, a imagem pode representar uma importante ferramenta no processo

de ensino e aprendizagem. Quando trabalhamos com imagens aumentamos as

possibilidades de aprendizagem, já que ela se constitui num recurso didático muito

rico na decodificação dos conceitos relacionados à Acústica.

Momento de mobilização! Nesta atividade será utilizada a apresentação de

slides, com o intuito de realizar uma introdução sobre o conteúdo tendo como

objetivo despertar o interesse do aluno pelo tema: Acústica aplicada à saúde

auditiva em ambiente escolar. As imagens são apenas sugestões, o professor pode

utilizar outras imagens que julgar mais apropriada, conforme seu planejamento.

Nesse momento os alunos serão mobilizados a refletirem sobre o tema proposto.

Para esta atividade a turma será organizada em grupos com no máximo

quatro alunos. É importante que nesta atividade o professor explore ao máximo cada

imagem, possibilitando uma discussão coletiva das questões investigativas

apresentadas para serem socializadas no grande grupo.

Explorando imagens! Durante as discussões, o professor se colocará como

orientador, explorando as estratégias utilizadas pelo grupo, atuando como mediador,

procurando estimular os alunos para que percebem que uma questão pode

apresentar mais de uma resposta correta. Ao apresentar cada imagem o professor

conduzirá os alunos a diversos questionamentos e indagações.

Imagem 1: Telefone celular

Fonte: Ivone de Arruda Zamai

Momento de discussão! Esta imagem representa o celular, um aparelho de

comunicação muito utilizado atualmente, dispomos dos mais variados modelos com

as mais variadas funções.

Qual função do celular você utiliza com maior frequência?

Que relação é possível estabelecer entre o celular e a poluição sonora?

Você utiliza esse recurso tecnológico de maneira consciente? Que atitudes

podemos adotar ao fazer uso desse aparelho, visando conservar à saúde

auditiva?

Imagem 2: Raios

Momento de discussão! Esta imagem representa a descarga elétrica entre

uma nuvem e o chão.

Nesta situação existe emissão-recepção de som, na qual, além do relâmpago,

podemos observar a emissão do trovão. Como você explica a propagação do

trovão produzido pela descarga elétrica entre nuvens?

Como você explica o fato de percebermos primeiro o relâmpago para em

seguida ouvirmos o trovão? Por que a luz e o som não são perceptíveis

simultaneamente?

Imagem 3: Explosão solar

Momento de discussão! Nesta imagem podemos observar um fenômeno

natural, conhecido como explosão solar, que se caracteriza por campos magnéticos

intensos na superfície solar. Quando direcionados para a Terra, elas podem causar

problemas.

No fenômeno da explosão solar ocorre simultaneamente a emissão de som e

luz. Como é possível explicar a causa de não ser possível ouvirmos o som

dessas intensas explosões?

Que problemas essas explosões solares quando direcionadas a Terra podem

produzir?

Imagem 4: Poluição sonora

Momento de discussão! Esta imagem retrata a poluição sonora, uma cena

comum, especialmente em período eleitoral, onde se observa o uso desmedido de

recursos sonoros.

Observando esta imagem, que relações podemos estabelecer com o nosso

cotidiano?

Que outras situações do nosso cotidiano são causadoras da poluição sonora?

Que problemas a poluição sonora pode causar no organismo humano?

Ao concluir o questionamento, o professor explica aos alunos que com base

nos estudos realizados até o momento, eles tiveram contato algumas informações

relacionadas à acústica, então, é o momento de registrar uma síntese incluindo sua

impressão pessoal. Esse registro será realizado no Diário do aluno!

Esta atividade tem o objetivo de sensibilizar os estudantes para a introdução

dos conceitos de acústica instigando sua curiosidade.

Atividade 4: Telefone sem fio

Duração: 1 h/a

Conteúdo: Propagação do som

Objetivos:

Oportunizar o levantamento de hipóteses, a observação, a elaboração de

conclusões em relação à atividade experimental investigativa.

Introduzir o estudo de Acústica, observando a propagação do som.

Recursos/materiais:

2 copos plásticos ou de papelão feitos de material resistente.

1 pedaço de barbante longo, de 5 a 10 metros aproximadamente.

1 prego para furar o fundo dos copos e introduzir o barbante.

Procedimento:

Com o auxílio do prego faça um furo no fundo de cada copo. Em seguida

passa uma das extremidades do barbante pelo furo de um dos copos, de fora para

dentro e dê um nó que seja suficiente para que o barbante não escape do orifício.

Repita o mesmo procedimento no outro copo.

Orientações metodológicas:

No ensino de Física, os experimentos se constituem num importante aliado no

processo de ensino e de aprendizagem. Neste sentido:

Utilizar experimentos como ponto de partida, para desenvolver a compreensão de conceitos, é uma forma de levar o aluno a participar de seu processo de aprendizagem, sair de uma postura passiva e começar a perceber e a agir sobre o seu objeto de estudo, relacionando o objeto com acontecimentos e buscando as causas dessa relação, procurando, portanto, uma explicação causal para o resultado de suas ações e/ou interações (CARVALHO. et al. 1999, p. 42).

A experimentação no ensino de Física proporciona ao estudante uma

participação ativa na construção e no desenvolvimento dos conceitos físicos, de

modo a formularem e reformularem conhecimentos espontâneos, transformando-os

em conhecimentos sistematizados, possibilitando aos estudantes conceberem que o

conhecimento físico, encontra-se construção e que muito ainda há que ser estudado

e compreendido no sentido contribuir com o conhecimento científico.

De acordo com a Diretriz Curricular Estadual (2008) é importante considerar a

utilização de experimentos oportunizando a manipulação de materiais pelos

estudantes ou a demonstração experimental pelo professor, e esta não precisa estar

associada a um aparato sofisticado. Nesse contexto o que importa é o planejamento,

a discussão e a reflexão sobre todas as etapas do experimento, o que propicia

interpretar os fenômenos físicos e trocar informações durante a aula, seja ela na

sala ou no laboratório.

Assim, nesta atividade será realizada uma atividade experimental telefone

sem fio onde os alunos, em duplas, sob orientação do professor vão construir e

utilizar o “telefone sem fio”, (utilizando material solicitado previamente) para uma

conversa divertida.

Momento de discussão! Nesse momento, o professor assume uma postura

questionadora, levantando hipóteses, incentivando o aluno a explicitar suas idéias,

podendo discutir questões, como:

Será que o comprimento do fio interfere no funcionamento desse brinquedo?

O barbante pode ficar de qualquer jeito? Qual a diferença no funcionamento

do “telefone” se o barbante estiver frouxo ou esticado?

Qual a sua explicação para o funcionamento desse brinquedo?

Diário do aluno! Ao final, os alunos serão desafiados a produzirem um

relatório individual sobre a atividade experimental: Telefone sem fio, utilizando

linguagem física apropriada.

Esta atividade tem o intuito discutir a propagação do som, bem como iniciar o

estudo de acústica por meio de questões problematizadoras.

Atividade 5: Estudando conceitos de acústica

Duração: 8 h/a

Conteúdos: Conceitos de Acústica, qualidades fisiológicas do som, fenômenos

ondulatórios

Objetivos:

Promover o estudo dos conceitos relacionados à Acústica, assim como os

fenômenos a ela associados.

Propiciar situações de aprendizagem que possibilite ao aluno refletir sobre as

aplicações da Acústica no cotidiano.

Recursos/materiais:

Recurso Multimídia

Slides abordando o conteúdo de acústica

Vídeos

Orientações metodológicas:

Dando continuidade a atividade anterior, o professor utilizará slides, para

desenvolver o estudo do conteúdo de Acústica numa abordagem associada a sua

fenomenologia, na expectativa de sistematizar o estudo desse assunto,

apresentando e discutindo com os alunos os conceitos envolvidos.

Enquanto apresenta o conteúdo por meio de aula expositiva, abordando

questões problematizadoras, o professor propõe à turma que anotem em seu

caderno as informações mais relevantes relacionadas aos conceitos, e aos

fenômenos estudados. Durante a explicação o professor pode integrar discussões,

experimentos demonstrativos, exibição de vídeo com a explicação teórica.

Momento de discussão! Vamos considerar a seguinte situação: Na sala de

aula normalmente temos uma turma bastante heterogênea em suas características.

Que qualidades fisiológicas do som, podemos identificar quando (utilizar alunos

presentes na turma):

A professora diz: “Paulinho, sua voz é tão aguda que você atrapalha a aula”.

A professora diz: “Joãozinho, por favor, fale mais baixo”.

A professora diz: “Te reconheço pela voz Ana, pare de falar e trabalhe”.

Na sequência, adotando a mesma metodologia, o professor introduz o estudo

dos fenômenos ondulatórios, utilizando, por exemplo, a atividade experimental

reflexão do som demonstrando esse fenômeno. Após a demonstração podemos

estimular a participação dos alunos lançando a seguinte pergunta:

Como podemos explicar a reflexão do som?

Para exemplificar a difração, o professor pode sair da sala, mas permanecer

bem perto da porta e continuar falando sobre a aula e perguntando aos alunos:

Porque vocês estão me ouvindo, mas não estão me vendo?

Que fenômenos físicos estão envolvidos nessa situação?

Em seguida, o professor apresenta o vídeo Difração (exemplo qualitativo) -

Mago da Física, com duração de 3’ 23”, que conduzirá a vários questionamentos

sobre esse fenômeno, neste momento o professor encaminha discussões sobre:

É interessante utilizar situações reais do cotidiano para exemplificar e direcionar

as discussões.

Como podemos explicar o fenômeno da difração?

Por que quando atravessamos uma rua, próximos a uma esquina, mesmo não

vendo nenhum carro, é possível ouvir que ele se aproxima. Como podemos

explicar essa situação?

No caso da interferência e ressonância o professor exibe o vídeo

Interferência, Ressonância e Batimento – Mago da Física com duração de 4’ 7”, que

explica esses fenômenos. Dando continuidade à atividade, após a exibição do vídeo

incentivar a participação dos alunos, promovendo os seguintes questionamentos:

Como podemos explicar o fenômeno da ressonância?

Que situações podem ocorrer no cotidiano devido à interferência de ondas?

Diário do aluno! Para concluir esta atividade, os alunos serão solicitados a

fazerem uso do seu Diário, elaborando uma síntese abordando os conceitos de

Acústica, as qualidades fisiológicas do som e os fenômenos ondulatórios,

embasados pelos estudos realizados e anotações feitas no caderno,

complementando com pesquisa no Livro Didático, utilizando linguagem Física

apropriada.

O objetivo desta atividade é oportunizar aos estudantes uma compreensão

dos conceitos de acústica e dos fenômenos a ela associados, refletindo sobre

suas aplicações, na expectativa de contribuir com novos patamares para sua

aprendizagem, possibilitando estabelecer relações entre os conteúdos

estudados e situações do cotidiano.

Atividade 6: Viagem ao ouvido

Duração: 1 h/a

Conteúdo: Sistema auditivo

Objetivos:

Observar como nosso sistema auditivo capta e interpreta o som.

Propiciar o estudo do sistema auditivo, observando seu funcionamento.

Recursos/materiais:

TV Multimídia

Vídeo

Orientações metodológicas:

O vídeo é um recurso que torna as aulas de Física mais produtivas, quando

utilizado em consonância com o objetivo do professor ao planejar o desenvolvimento

de cada conteúdo, sempre questionando qual sua intenção, o que espera que os

alunos observem e compreendam ao assistir cada vídeo. Quando nos referimos à

utilização do vídeo nas aulas de Física, podemos destacar que:

O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele nos toca e “tocamos” os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos (MORAN, 1995).

Na expectativa de um ensino mais dinâmico, nesta atividade será utilizado o

recurso didático vídeo, objetivando sensibilizar os alunos para o estudo do sistema

auditivo. Esse recurso é indispensável para o estudo sobre o assunto, pois abre um

leque de possibilidades, estimula a utilização dos canais de comunicação,

permitindo que o aluno observe “de perto” o funcionamento desse sistema, o que

sem o vídeo não seria possível. A esse respeito, Moran (1995) sugere em um roteiro

simplificado com total liberdade de adaptação à realidade de cada professor,

algumas formas de trabalhar o vídeo em sala de aula. Podendo ser utilizado como:

sensibilização, ilustração, simulação, conteúdo de ensino, produção, avaliação,

espelho ou ainda integração/suporte.

Nesta atividade será exibido o vídeo: Viagem ao ouvido com duração de

2’10”, que apresenta de forma sucinta e clara o funcionamento do sistema auditivo,

aproximando a sala de aula do cotidiano dos alunos, aumentando as possibilidades

de aprendizagem sobre o funcionamento desse sistema. Pode ser solicitado ao

aluno que faça anotações durante o vídeo e se necessário o vídeo pode ser exibido

mais de uma vez.

Momento de discussão! Ao final da apresentação do vídeo promover

discussões das seguintes questões:

Quais as partes da orelha? O que ocorre em cada uma delas?

Que parte da orelha é responsável pela captação do som?

Que parte da orelha é responsável pela amplificação do som?

Que parte da orelha é responsável pela interpretação o som?

O objetivo desta atividade é possibilitar ao aluno observar o funcionamento

do sistema auditivo.

Atividade 7: Estudo do Sistema auditivo

Duração: 2 h/a

Conteúdo: Sistema auditivo

Objetivos:

Estimular habilidade de leitura, análise e interpretação de texto.

Analisar informações relacionadas ao funcionamento do sistema auditivo.

Recursos/materiais:

Texto impresso

Orientações metodológicas:

Nesta atividade a estratégia utilizada será a leitura, a análise e a interpretação

do texto: A orelha: esse labirinto complexo (PIETROCOLA, Maurício. et al. Física

em Contextos: volume 2. 1ª edição. São Paulo, 2010 – pp. 416 e 417), abordando o

funcionamento do sistema auditivo.

Num primeiro momento cada aluno recebe o texto impresso para ler

silenciosamente. Após esse momento o professor apresenta o texto no Projetor

Multimídia e realiza uma leitura dinâmica. Depois, os alunos, organizados em

grupos, serão orientados a realizarem uma nova leitura do texto, discutindo,

analisando, grifando as informações mais relevantes e respondendo as seguintes

questões:

Quais as partes da orelha? Explique a função de cada uma delas?

Quais as características do tímpano?

O que é o som?

Na audição, o sistema auditivo recebe ondas sonoras fazendo o tímpano

vibrar, essas vibrações dão origem a impulsos elétricos que são conduzidos

ao cérebro que interpreta o som? Por que o tímpano vibra?

Durante a atividade, o professor se posicionará como orientador, mediando à

análise das informações solicitadas, inclusive orientando o aluno a buscar no texto

outras informações relevantes.

Após as discussões e anotações, o aluno voltará ao texto para completar na

imagem a seguir, Pavilhão auditivo (adaptada do Portal Dia a Dia Educação), as

partes do sistema auditivo enumeradas, podendo utilizar material para consulta.

Pavilhão Auditivo: Imagem adaptada

Diário do aluno! Neste momento os alunos serão desafiados a registrarem

uma síntese das questões propostas, citando sua impressão pessoal, esse registro

poderá incluir informações do vídeo: Viagem ao ouvido, do texto e se necessário,

outras fontes de informação, como por exemplo, o Livro Didático.

Esta atividade tem como objetivo estudar o funcionamento do sistema

auditivo, oportunizando situações de aprendizagem que contribua para a

democratização deste conhecimento.

Esta ação não tem a intenção de memorização, servirá apenas para estimular o

aluno e tornar mais familiar a nomenclatura do sistema auditivo.

Atividade 8: Pesquisando sobre a poluição sonora

Duração: 4 h/a

Conteúdo: Poluição sonora

Objetivos:

Estimular a busca de informações sobre a poluição sonora por meio de

pesquisa, análise e organização de ideias.

Oportunizar situações de aprendizagem que mobilize os estudantes a uma

reflexão sobre como a exposição ao ruído pode causar problemas à saúde

humana.

Recursos/materiais:

Laboratório de informática

Papel para anotação

Lápis

Orientações metodológicas:

Hora da pesquisa! Vamos dar um giro pelo Google e desenvolver estudos

sobre a poluição sonora. Esta atividade será realizada em grupo no Laboratório

Paraná Digital, onde, inicialmente será utilizado o vídeo Até o pica pau sofre com a

poluição sonora com duração de 2’ 59” na expectativa de estimular a turma a

realizar a pesquisa proposta. Após o vídeo, o professor pode levantar a seguinte

situação:

Quais relações podemos estabelecer entre o vídeo assistido e a vida em

comunidade?

Nesse momento espera-se que os estudantes formulem algumas respostas,

e junto com elas o professor pode detectar o conhecimento prévio da turma. Em

seguida, conduzir a pesquisa, onde cada grupo será responsável por um tópico:

Grupo 1: O que é poluição sonora? Como ela afeta nossa saúde? O que

podemos fazer para minimizar seus efeitos?

Grupo 2: De que forma os aparelhos de som portáteis podem prejudicar a

saúde? Quais cuidados devemos ter ao fazer uso dessa tecnologia, incluindo

os fones de ouvido?

Grupo 3: O que é conforto acústico? Que benefícios o conforto acústico

proporciona para a sociedade?

Grupo 4: Existem algumas atividades profissionais que podem causar

problemas ao sistema auditivo dos trabalhadores. Cite algumas dessas

profissões explicando como elas afetam o trabalhador e o que poderia ser

feito para que os riscos sejam minimizados?

Grupo 5: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Legislação

brasileira para a poluição sonora.

Essa pesquisa conduzirá os alunos a diversos questionamentos que serão

retomados na atividade: Mesa redonda.

Para finalizar a pesquisa, apresentar o vídeo Treinamento de proteção

auditiva com duração de 1’16”. Este vídeo conduzirá os alunos a vários

questionamentos e indagações referentes a poluição sonora. Neste momento o

professor encaminha uma discussão abordando as seguintes questões:

Ao assistir esse vídeo, é possível estabelecer relações com situações

vivenciadas no cotidiano?

Qual a importância de respeitar o direito ao repouso, considerando a

importância do silêncio?

Que atitudes podemos adotar visando contribuir com um ambiente saudável,

livre dos efeitos nocivos da poluição sonora?

Diário do aluno! Para finalizar a atividade, o aluno será incentivado a

registrar em seu Diário uma conclusão sistematizando o tópico da sua pesquisa,

citando sua impressão pessoal sobre o assunto.

Esta atividade tem a intenção de promover o conhecimento da turma sobre a

poluição sonora, criando um ambiente favorável à aprendizagem, onde os

estudantes serão estimulados a realizar pesquisa, contribuindo para um

ensino contextualizado, ampliando suas possibilidades de aprendizagem.

Atividade 9: Medindo a intensidade do som no ambiente escolar

Duração: 4 h/a

Conteúdo: Intensidade sonora

Objetivos:

Medir a intensidade sonora no ambiente escolar: na sala de aula e em

ambientes externos a ela.

Identificar no espaço escolar as fontes que produzem ruído

Propiciar situações de aprendizagem que possibilite ao aluno refletir sobre

situações causadoras da poluição sonora no ambiente escolar e prejudiciais à

saúde humana.

Recursos/materiais:

Decibelímetro

Papel

Lápis

Orientações metodológicas:

Os experimentos se constituem numa prática pedagógica que possibilitam a

participação ativa dos estudantes no processo de ensino e de aprendizagem, pois

investigando um fenômeno, eles podem levantar hipóteses e testar sua validade ou

não. Neste sentido, podemos destacar que:

A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor integração entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar (PARANÁ, 2008, p. 56).

Que tal conhecermos um pouco mais sobre a realidade da escola! Nesta

atividade experimental investigativa, os alunos vão utilizar o “decibelímetro”

(equipamento que as escolas devem ter recebido no kit de laboratório de Física),

para medir o nível de pressão sonora no ambiente escolar. Quanto mais variados

forem os horários e os ambientes medidos mais produtiva será a atividade. Assim, é

importante que os alunos observem o nível sonoro em horários diferentes, na sala,

no corredor, no pátio, na quadra, na biblioteca, no refeitório, no Laboratório de

Informática, entre outros que o professor considerar importante.

É fundamental que antes de iniciar a atividade, o professor apresente o

“decibelímetro” para os alunos, explicando sua função e o seu funcionamento.

Após medição e registro dos valores, é necessário que os alunos comparem

os dados obtidos com os níveis de ruído para conforto acústico, o professor pode

fornecer essas informações ou solicitar que os alunos pesquisem previamente.

Sugestão de material para consulta:

Níveis de ruído para conforto acústico

Tabela de intensidade sonora

NR-15 Atividades e operações insalubres (115.000-6).

Momento de discussão! Após a atividade, o professor conduzirá alguns

questionamentos:

Os valores encontrados em sua escola estão de acordo com os padrões

oficiais? Que valores do nível sonoro podem causar danos à audição,

podendo desenvolver sensações desconfortantes, como perda de equilíbrio e

náusea?

Em que ambientes os valores estão mais críticos? Que relações podemos

estabelecer entre os horários e os valores obtidos?

Que medidas são necessárias para manter um ambiente dentro dos padrões

acústicos?

O que você entende por conforto acústico? Quais os danos que sua ausência

pode causar e em que aspecto ele contribui?

Diário do aluno! Para concluir, os alunos serão orientados a registrar em seu

Diário, um relatório individual sobre a atividade experimental: Medindo a intensidade

do som no ambiente escolar, incluindo sua opinião pessoal.

Esta atividade tem o propósito de promover uma reflexão sobre as

consequências da poluição sonora, ao medir a intensidade sonora no

ambiente escolar e comparar com níveis de ruído para conforto acústico, na

expectativa de contribuir para a compreensão da importância de se preservar

o ambiente livre dos efeitos nocivos da poluição sonora.

Atividade 10: Produção de cartuns

Duração: 3 h/a

Conteúdo: Poluição sonora

Objetivos:

Desenvolver atividade que possibilite ao aluno estabelecer relações entre os

conteúdos estudados a situações do cotidiano.

Oportunizar a construção de cartuns sintetizado e criativo, abordando os

efeitos nocivos da poluição sonora.

Recursos:

Cartolina

Lápis

Borracha

Lápis de cores, canetinhas coloridas ou lápis 6B

Orientações metodológicas:

Nesta atividade a turma estará organizada em grupos entre três a quatro

elementos para a produção de cartuns. O professor entrega uma cartolina a cada

grupo e solicita que representem de forma humorada situações relacionadas ao

cotidiano relacionadas aos efeitos nocivos da poluição sonora para a saúde humana.

O professor pode sugerir que os alunos pesquisem previamente situações parecidas

com a que vão representar. Sugestão de pesquisa conselhos do Jack Sparrow e

cão sincero .

No momento da atividade é importante incentivar os alunos para aproveitarem

toda sua criatividade na produção dos cartuns, utilizando tanto o recurso da escrita

quanto o da ilustração.

Ao concluírem os cartuns, cada grupo será convidado a expor o seu trabalho,

explicando sua intencionalidade na produção.

Posteriormente, os cartuns serão expostos no pátio da escola para

apreciação de toda comunidade escolar, como forma de dar sentido as produções

dos alunos.

Esta atividade tem o intuito de utilizar a produção de cartuns para representar

de forma criativa e humorada os efeitos nocivos da poluição sonora para a

saúde humana, consolidando o conhecimento construído.

Atividade 11: Mesa redonda

Duração: 4 h/a

Conteúdos: Acústica, sistema auditivo, poluição sonora

Objetivos:

Discutir a temática: Acústica aplicada à saúde auditiva em ambiente escolar,

proporcionando uma reflexão de forma a sistematizar o tema estudado.

Promover a participação e o envolvimento dos alunos de modo que relatem

seus avanços, suas conquistas e sua impressão pessoal sobre a temática

estudada.

Argumentar sobre pontos de vista, apresentando justificativas claras e

coesas.

Valorizar a assimilação dos fenômenos físicos, possibilitando uma reflexão

em relação ao conhecimento produzido, estabelecendo conexões entre o

tema abordado e suas implicações no contexto físico e social.

Orientações metodológicas:

Nesta atividade, os alunos estarão dispostos em círculo para a realização do

seminário sob o tema: Acústica aplicada à saúde auditiva em ambiente escolar. A

disposição da turma facilitará a comunicação e a visualização entre todos. A

abordagem da temática será conduzida e mediada pelo professor, que apresentará

questões para reflexão, procurando direcionar as discussões e esclarecer dúvidas,

intervindo quando necessário.

A utilização de mesa redonda com a efetiva participação dos alunos

oportuniza a cada um, expor suas descobertas, seus conhecimentos e sua

aprendizagem em relação aos conteúdos. Entre várias questões que podem ser

abordadas, podemos destacar:

Que medidas podem ser adotadas para reduzir os riscos causados pela

poluição sonora?

Como a escola pode colaborar na luta contra a poluição sonora?

Quais os impactos do uso do fone de ouvido para a saúde auditiva?

Que conceitos da acústica contribuem para a compreensão dos efeitos

nocivos da poluição sonora para a saúde humana?

Que precauções profissionais submetidos a ruído diários precisam tomar?

Diário do aluno! Para concluir esta atividade, o professor propõe aos alunos

que registrem em seu Diário as reflexões vivenciadas por eles no decorrer das

discussões realizadas sobre o tema: Acústica aplicada à saúde auditiva em

ambiente escolar.

O objetivo desta atividade é organizar e sistematizar o processo de

aprendizagem dos alunos.

Atividade 12: Avaliação final

Duração: 1 h/a

Conteúdos: Acústica, sistema auditivo, poluição sonora

Objetivo:

Observar a evolução do processo de aprendizagem dos alunos em relação ao

estudo da temática: Acústica aplicada à saúde auditiva em ambiente escolar.

Recursos/materiais:

Avaliação impressa em papel sulfite

Caneta

Orientações metodológicas:

Considerando que a DCE de Física (2008) propõem um acompanhamento

constante do progresso dos alunos quanto à apropriação dos conceitos, leis e

teorias que compõem o quadro teórico da Física. Neste sentido, a avaliação será um

instrumento norteador da prática pedagógica, considerando que:

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica (PARANÁ, 2008, p. 31).

Nesta perspectiva, a avaliação deverá acontecer durante todo o

desenvolvimento da Unidade Didática, sendo um processo diagnóstico e processual,

tendo como objetivo verificar a aprendizagem dos alunos por meio do

acompanhamento das atividades realizadas, da sua participação individual ou em

grupo, das anotações realizadas no Diário do aluno, do envolvimento nas estratégias

de ensino adotadas, tais como: jogo, estudo de texto, pesquisa, mesa redonda,

produção de cartuns, realização de experimentos e trabalho com vídeo.

Além disso, ao término das atividades será realizada uma avaliação final

(mesmo questionário sobre Acústica da avaliação inicial), que fornecerá informações

sobre o desempenho dos alunos na sala de aula, com relação às diversas práticas

escolares desenvolvidas nesta Unidade Didática. A avaliação será realizada

individualmente, recolhida, analisada pelo professor e comparada com a avaliação

realizada inicialmente, verificando a evolução do processo de ensino e de

aprendizagem em relação ao estudo da temática: Acústica aplicada à saúde auditiva

em ambiente escolar, oportunizando ao aluno posicionar-se de maneira reflexiva

diante das suas implicações sociais e ambientais, ampliando as possibilidades de

construção e reconstrução dos conhecimentos científicos.

REFERÊNCIAS

Até o pica pau sofre com a poluição sonora. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=y6SreSM0-zU Acesso em: 12 out. 2013.

Cão sincero. Disponível em: https://www.facebook.com/caosincerooficial?fref=ts

Acesso em 16 nov. 013.

CARVALHO, Anna M. P. de. et al. Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a

Prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

________________________. Ensino de Física. São Paulo: Cengage Learning,

2010 - (Coleção idéias em ação).

________________________. et al. Termodinâmica: Um Ensino por Ação. São

Paulo: Fe/USP. 1999.

CASTRO, Marcio Luís. Pavilhão auditivo. Disponível em:

http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=351&evento=3

Acesso em: 10 nov. 2013.

Conselho do Jack Sparrow. Disponível em:

https://www.facebook.com/ConselhosdoJack?fref=ts Aceso em: 16 nov. 2013.

EDUCAÇÃO, Mundo. Onda mecânica. Disponível em:

http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1685&evento=

4 Acesso em: 10 nov. 2013.

Física, Gigante da. Experiência do telefone sem fio. Disponível em:

http://gigantedafisica.blogspot.com.br/2011/08/o-que-voce-vai-precisar-dois-

copos.html Acesso em: 20 out. 2013.

FÍSICA, Mago da. Interferência, Ressonância e Batimento. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=UitcHO8PYt8 Acesso em 20 out. 2013.

______________. Difração (Exemplo Qualitativo). Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=9BQmWicideg Acesso em: 29 out. 2013.

Gsfc.nasa. Explosão solar. Disponível em:

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Acesso em: 17 out. 2013.

Humortandela. Poluição sonora. Disponível em:

http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1933&evento=

1 Acesso em: 17 out. 2013.

JANKOVITZ, João Afonso A. Níveis de ruído para conforto acústico. Disponível

em: http://www.abel-acustica.com.br/Acustica/ConfAcus.htm. Acesso em: 25 out.

2013.

MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. São Paulo: ECA-Ed. Moderna,

Artigo publicado na revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed.

Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Disponível em:

http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm. Acesso em: 31 mai. 2013.

Multimeios. Fone de ouvido. Disponível em:

https://plus.google.com/photos/107770552892988893756/albums/571788367193726

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0552892988893756 Acesso em: 09 nov. 2013.

__________. Timbre. Disponível em:

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6705/5695968985877106498?banner=pwa&pid=5695968985877106498&oid=10777

0552892988893756 Acesso em: 10 nov. 2013.

NR-15 Atividades e Operações Insalubres (115.000-6). Disponível em:

http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/15.htm Acesso em: 11 jun.

2013.

PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica, DCE – Física. Curitiba: SEED, 2008.

PIETROCOLA, Maurício. et al. Física em Contextos: Pessoal, social e histórico.

Energia, calor, imagem e som: vol. 2. 1ª ed. São Paulo: FTD, 2010.

RUI, Laura Rita. A Física na Audição Humana. Porto Alegre: UFRGS, 2007.

SOM, Experiências com. Reflexão do som. Disponível em:

http://www.prof2000.pt/users/gracsantos/netmag/exper_som.htm Acesso em: 20

out. 2013.

Tabela de Intensidade sonora. Disponível em: http://www.areaseg.com/acustica/

Acesso em: 13 jun. 2013.

Tecnocientista. Raios. Disponível em:

http://www.fisica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=324&evento=2

Acesso em: 17 out. 2013.

TORRES, Carlos Magno A.; FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antonio

de Toledo. Física: Ciência e Tecnologia: vol. 2. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2010.

Treinamento de proteção auditiva. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=fE0prTd15AA Acesso em: 16 out. 2013.

Viagem ao ouvido. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Vfp0waljpXc

Acesso em: 16 out. 2013.

ZAMAI, Ivone de Arruda. Celular, 01 dez. 2013.

Ficha para registro no Diário, tanto para o aluno quanto para o professor (é

interessante que se utilize uma folha para cada Diário).

DIÁRIO DO ALUNO/PROFESSOR

ATIVIDADE: DATA: (identificar a atividade a ser registrada)

ALUNO (a):

ANEXO