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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Versatildeo On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PUacuteBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produccedilotildees Didaacutetico-Pedagoacutegicas

FICHA PARA IDENTIFICACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO-PEDAGOacuteGICA

Tiacutetulo Leitura como construccedilatildeo de conhecimento e cultura na sala de aula

Autora Antocircnia de Faacutetima Codonho da Silva

DisciplinaAacuterea Liacutengua Portuguesa

Escola de implementaccedilatildeo do

Projeto e sua localizaccedilatildeo

Coleacutegio Estadual Vinicius de Morais - Ensino

Fundamental e Meacutedio - Maringaacute- PR

Municiacutepio da escola Maringaacute

Nuacutecleo Regional de Educaccedilatildeo Maringaacute

Professor Orientador Weslei Roberto Cacircndido

Instituiccedilatildeo de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringaacute

Relaccedilatildeo Interdisciplinar Arte e Geografia

Resumo A falta do haacutebito da leitura na escola especialmente

no Ensino-Fundamental provoca uma defasagem

muito grande na aprendizagem dos alunos que

acabam reprovados Esse problema se natildeo for

resolvido nos anos subsequentes iraacute acompanhaacute-los

por toda vida escolar Por isso faz-se necessaacuterio

desenvolver um trabalho de leitura logo no iniacutecio do

ano letivo Assim essa implementaccedilatildeo didaacutetico-

pedagoacutegica tem como objetivo promover a

aprendizagem atraveacutes da leitura para que o aluno

adquira o haacutebito de ler e dessa forma adquira mais

conhecimento Os textos utilizados para leitura e

interpretaccedilatildeo aprofundadas seratildeo os poemas Quadras

ao gosto popular de Fernando Pessoa e a literatura

de cordel Triste fim do rei do baiatildeo de Guaipuan

Viera Esse trabalho de leitura na sala de aula

pretende despertar no aluno o gosto pela leitura e

leva-lo a apreciar a literatura tambeacutem fazer com que o

aluno aprenda sobre a linguagem erudita e popular e

assim compreender a literatura portuguesa e a

literatura de cordel brasileira A metodologia utilizada

seraacute a linguagem como interaccedilatildeo verbal e social entre

os sujeitos tendo o professor como mediador entre os

diferentes sujeitos dessa interaccedilatildeo Atraveacutes desse

trabalho de leitura espera-se que os alunos adquiram

o haacutebito da leitura e melhorem a aprendizagem natildeo soacute

na disciplina de Liacutengua Portuguesa mas tambeacutem em

outras disciplinas que fazem parte da grade escolar

Palavras-Chave Leitura Literatura de cordel Aprendizagem

Formato do material Unidade Didaacutetica

Puacuteblico alvo Estudantes do 9ordm ano do Ensino- Fundamental na

disciplina de Liacutengua Portuguesa

1- APRESENTACcedilAO

Essa proposta didaacutetico-pedagoacutegica atende aos requisitos contidos na Lei de

Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional ndash LDBEN 9399496 bem como as Diretrizes

Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica do Estado do Paranaacute 2008

Os estudos para a efetivaccedilatildeo da unidade temaacutetica e da implementaccedilatildeo teratildeo como

base a leitura na sala de aula dos gecircneros poema e literatura de cordel especificamente

os textos Quadras ao Gosto Popular de Fernando Pessoa e A Triste Partida do Rei do

Baiatildeo de Quaipuan Vieira aleacutem de outros textos que se fizerem necessaacuterios para a

compreensatildeo e interpretaccedilatildeo dos temas estudados

A metodologia utilizada seraacute baseada na concepccedilatildeo de linguagem a liacutengua como

interaccedilatildeo verbal presente nas praacuteticas sociais conforme as prerrogativas das Diretrizes

Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica Liacutengua Portuguesa Paranaacute (2008 p63) que tem como

Conteuacutedo Estruturante ldquoO Discurso como praacutetica socialrdquo

A aprendizagem da liacutengua atraveacutes da interaccedilatildeo verbal destaca o ato dialoacutegico como

um dos meios mais importantes na comunicaccedilatildeo entre as pessoas conforme Bakhtin

(2006 P125)

Esta unidade didaacutetica serviraacute de material para a aplicaccedilatildeo da intervenccedilatildeo

pedagoacutegica PDE2013 e tem como objetivo geral promover a aprendizagem por meio da

leitura de poemas considerados canocircnicos e por meio do cordel um tipo de literatura

popular muito ligado agrave oralidade nordestina Para isso eacute primordial a leitura e a interaccedilatildeo

entre leitoraluno com textos de diferentes gecircneros e o uso de diferentes instrumentos que

fazem parte do ensino-aprendizagem

Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com

declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem

necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que

mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira

Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que

poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas

atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma

compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela

escrita

Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da

cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar

que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens

11 Objetivo geral

Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por

meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina

111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do

gecircnero poema

- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem

- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos

poemas estudados

- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira

observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados

PARTE I

Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Poesia e emoccedilatildeo

Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da

linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para

emocionar o leitor ou ouvinte

Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute

poesia com o escritor Augusto de Campos

Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos

httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w

Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto

poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e

significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico

Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos

declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa

O poeta eacute um fingidor

Finge tatildeo completamente

Que chega a fingir que eacute dor

A dor que deveras sente

E os que lecircem o que escreve

Na dor lida sentem bem

Natildeo as duas que ele teve

Mas soacute a que eles natildeo tecircm

E assim nas calhas de roda

Gira a entreter a razatildeo

Esse comboio de corda

Que se chama coraccedilatildeo

lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -

imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por

George Hodan Acesso 182013

Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando

Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b

Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho

httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013

httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013

a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema

Autopsicografia

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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em

que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute

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ATIVIDADE 2

Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa

O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis

anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as

liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa

Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico

literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos

Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois

anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema

principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de

publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto

Prado Coelho

Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa

httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013

httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013

Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor

eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a

definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra

A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela

da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila

exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem

faz quadras portuguesas comunga a alma do povo

humildemente de todos noacutes e errante dentro de si

proacuteprio

href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-

janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por

Karen Arnold

A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto

apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam

forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois

proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas

antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio

Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013

Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor

Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)

Cantigas de portugueses

Satildeo como barcos no mar mdash

Vatildeo de uma alma para outra

Com riscos de naufragar

Eu tenho um colar de peacuterolas

Enfiado para te dar

As perlas satildeo os meus beijos

O fio eacute o meu penar

A terra eacute sem vida e nada

Vive mais que o coraccedilatildeo

E envolve-te a terra fria

E a minha saudade natildeo

Deixa que um momento pense

Que ainda vives ao meu lado

Triste de quem por si mesmo

Precisa ser enganado Morto

hei de estar ao teu lado

Sem o sentir nem saber

Mesmo assim isso me basta

Pra ver um bem em morrer

Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive

Morreste E eu quero morrer

Se vive ver-te-ei se natildeo

Soacute assim te posso esquecer

Se ontem agrave tua porta

Mais triste o vento passou mdash

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

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pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

FICHA PARA IDENTIFICACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO-PEDAGOacuteGICA

Tiacutetulo Leitura como construccedilatildeo de conhecimento e cultura na sala de aula

Autora Antocircnia de Faacutetima Codonho da Silva

DisciplinaAacuterea Liacutengua Portuguesa

Escola de implementaccedilatildeo do

Projeto e sua localizaccedilatildeo

Coleacutegio Estadual Vinicius de Morais - Ensino

Fundamental e Meacutedio - Maringaacute- PR

Municiacutepio da escola Maringaacute

Nuacutecleo Regional de Educaccedilatildeo Maringaacute

Professor Orientador Weslei Roberto Cacircndido

Instituiccedilatildeo de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringaacute

Relaccedilatildeo Interdisciplinar Arte e Geografia

Resumo A falta do haacutebito da leitura na escola especialmente

no Ensino-Fundamental provoca uma defasagem

muito grande na aprendizagem dos alunos que

acabam reprovados Esse problema se natildeo for

resolvido nos anos subsequentes iraacute acompanhaacute-los

por toda vida escolar Por isso faz-se necessaacuterio

desenvolver um trabalho de leitura logo no iniacutecio do

ano letivo Assim essa implementaccedilatildeo didaacutetico-

pedagoacutegica tem como objetivo promover a

aprendizagem atraveacutes da leitura para que o aluno

adquira o haacutebito de ler e dessa forma adquira mais

conhecimento Os textos utilizados para leitura e

interpretaccedilatildeo aprofundadas seratildeo os poemas Quadras

ao gosto popular de Fernando Pessoa e a literatura

de cordel Triste fim do rei do baiatildeo de Guaipuan

Viera Esse trabalho de leitura na sala de aula

pretende despertar no aluno o gosto pela leitura e

leva-lo a apreciar a literatura tambeacutem fazer com que o

aluno aprenda sobre a linguagem erudita e popular e

assim compreender a literatura portuguesa e a

literatura de cordel brasileira A metodologia utilizada

seraacute a linguagem como interaccedilatildeo verbal e social entre

os sujeitos tendo o professor como mediador entre os

diferentes sujeitos dessa interaccedilatildeo Atraveacutes desse

trabalho de leitura espera-se que os alunos adquiram

o haacutebito da leitura e melhorem a aprendizagem natildeo soacute

na disciplina de Liacutengua Portuguesa mas tambeacutem em

outras disciplinas que fazem parte da grade escolar

Palavras-Chave Leitura Literatura de cordel Aprendizagem

Formato do material Unidade Didaacutetica

Puacuteblico alvo Estudantes do 9ordm ano do Ensino- Fundamental na

disciplina de Liacutengua Portuguesa

1- APRESENTACcedilAO

Essa proposta didaacutetico-pedagoacutegica atende aos requisitos contidos na Lei de

Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional ndash LDBEN 9399496 bem como as Diretrizes

Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica do Estado do Paranaacute 2008

Os estudos para a efetivaccedilatildeo da unidade temaacutetica e da implementaccedilatildeo teratildeo como

base a leitura na sala de aula dos gecircneros poema e literatura de cordel especificamente

os textos Quadras ao Gosto Popular de Fernando Pessoa e A Triste Partida do Rei do

Baiatildeo de Quaipuan Vieira aleacutem de outros textos que se fizerem necessaacuterios para a

compreensatildeo e interpretaccedilatildeo dos temas estudados

A metodologia utilizada seraacute baseada na concepccedilatildeo de linguagem a liacutengua como

interaccedilatildeo verbal presente nas praacuteticas sociais conforme as prerrogativas das Diretrizes

Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica Liacutengua Portuguesa Paranaacute (2008 p63) que tem como

Conteuacutedo Estruturante ldquoO Discurso como praacutetica socialrdquo

A aprendizagem da liacutengua atraveacutes da interaccedilatildeo verbal destaca o ato dialoacutegico como

um dos meios mais importantes na comunicaccedilatildeo entre as pessoas conforme Bakhtin

(2006 P125)

Esta unidade didaacutetica serviraacute de material para a aplicaccedilatildeo da intervenccedilatildeo

pedagoacutegica PDE2013 e tem como objetivo geral promover a aprendizagem por meio da

leitura de poemas considerados canocircnicos e por meio do cordel um tipo de literatura

popular muito ligado agrave oralidade nordestina Para isso eacute primordial a leitura e a interaccedilatildeo

entre leitoraluno com textos de diferentes gecircneros e o uso de diferentes instrumentos que

fazem parte do ensino-aprendizagem

Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com

declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem

necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que

mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira

Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que

poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas

atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma

compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela

escrita

Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da

cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar

que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens

11 Objetivo geral

Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por

meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina

111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do

gecircnero poema

- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem

- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos

poemas estudados

- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira

observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados

PARTE I

Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Poesia e emoccedilatildeo

Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da

linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para

emocionar o leitor ou ouvinte

Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute

poesia com o escritor Augusto de Campos

Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos

httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w

Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto

poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e

significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico

Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos

declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa

O poeta eacute um fingidor

Finge tatildeo completamente

Que chega a fingir que eacute dor

A dor que deveras sente

E os que lecircem o que escreve

Na dor lida sentem bem

Natildeo as duas que ele teve

Mas soacute a que eles natildeo tecircm

E assim nas calhas de roda

Gira a entreter a razatildeo

Esse comboio de corda

Que se chama coraccedilatildeo

lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -

imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por

George Hodan Acesso 182013

Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando

Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b

Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho

httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013

httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013

a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema

Autopsicografia

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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em

que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute

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ATIVIDADE 2

Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa

O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis

anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as

liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa

Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico

literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos

Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois

anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema

principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de

publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto

Prado Coelho

Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa

httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013

httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013

Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor

eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a

definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra

A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela

da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila

exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem

faz quadras portuguesas comunga a alma do povo

humildemente de todos noacutes e errante dentro de si

proacuteprio

href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-

janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por

Karen Arnold

A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto

apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam

forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois

proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas

antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio

Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013

Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor

Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)

Cantigas de portugueses

Satildeo como barcos no mar mdash

Vatildeo de uma alma para outra

Com riscos de naufragar

Eu tenho um colar de peacuterolas

Enfiado para te dar

As perlas satildeo os meus beijos

O fio eacute o meu penar

A terra eacute sem vida e nada

Vive mais que o coraccedilatildeo

E envolve-te a terra fria

E a minha saudade natildeo

Deixa que um momento pense

Que ainda vives ao meu lado

Triste de quem por si mesmo

Precisa ser enganado Morto

hei de estar ao teu lado

Sem o sentir nem saber

Mesmo assim isso me basta

Pra ver um bem em morrer

Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive

Morreste E eu quero morrer

Se vive ver-te-ei se natildeo

Soacute assim te posso esquecer

Se ontem agrave tua porta

Mais triste o vento passou mdash

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 3: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

diferentes sujeitos dessa interaccedilatildeo Atraveacutes desse

trabalho de leitura espera-se que os alunos adquiram

o haacutebito da leitura e melhorem a aprendizagem natildeo soacute

na disciplina de Liacutengua Portuguesa mas tambeacutem em

outras disciplinas que fazem parte da grade escolar

Palavras-Chave Leitura Literatura de cordel Aprendizagem

Formato do material Unidade Didaacutetica

Puacuteblico alvo Estudantes do 9ordm ano do Ensino- Fundamental na

disciplina de Liacutengua Portuguesa

1- APRESENTACcedilAO

Essa proposta didaacutetico-pedagoacutegica atende aos requisitos contidos na Lei de

Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional ndash LDBEN 9399496 bem como as Diretrizes

Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica do Estado do Paranaacute 2008

Os estudos para a efetivaccedilatildeo da unidade temaacutetica e da implementaccedilatildeo teratildeo como

base a leitura na sala de aula dos gecircneros poema e literatura de cordel especificamente

os textos Quadras ao Gosto Popular de Fernando Pessoa e A Triste Partida do Rei do

Baiatildeo de Quaipuan Vieira aleacutem de outros textos que se fizerem necessaacuterios para a

compreensatildeo e interpretaccedilatildeo dos temas estudados

A metodologia utilizada seraacute baseada na concepccedilatildeo de linguagem a liacutengua como

interaccedilatildeo verbal presente nas praacuteticas sociais conforme as prerrogativas das Diretrizes

Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica Liacutengua Portuguesa Paranaacute (2008 p63) que tem como

Conteuacutedo Estruturante ldquoO Discurso como praacutetica socialrdquo

A aprendizagem da liacutengua atraveacutes da interaccedilatildeo verbal destaca o ato dialoacutegico como

um dos meios mais importantes na comunicaccedilatildeo entre as pessoas conforme Bakhtin

(2006 P125)

Esta unidade didaacutetica serviraacute de material para a aplicaccedilatildeo da intervenccedilatildeo

pedagoacutegica PDE2013 e tem como objetivo geral promover a aprendizagem por meio da

leitura de poemas considerados canocircnicos e por meio do cordel um tipo de literatura

popular muito ligado agrave oralidade nordestina Para isso eacute primordial a leitura e a interaccedilatildeo

entre leitoraluno com textos de diferentes gecircneros e o uso de diferentes instrumentos que

fazem parte do ensino-aprendizagem

Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com

declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem

necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que

mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira

Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que

poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas

atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma

compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela

escrita

Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da

cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar

que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens

11 Objetivo geral

Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por

meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina

111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do

gecircnero poema

- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem

- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos

poemas estudados

- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira

observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados

PARTE I

Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Poesia e emoccedilatildeo

Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da

linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para

emocionar o leitor ou ouvinte

Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute

poesia com o escritor Augusto de Campos

Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos

httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w

Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto

poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e

significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico

Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos

declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa

O poeta eacute um fingidor

Finge tatildeo completamente

Que chega a fingir que eacute dor

A dor que deveras sente

E os que lecircem o que escreve

Na dor lida sentem bem

Natildeo as duas que ele teve

Mas soacute a que eles natildeo tecircm

E assim nas calhas de roda

Gira a entreter a razatildeo

Esse comboio de corda

Que se chama coraccedilatildeo

lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -

imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por

George Hodan Acesso 182013

Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando

Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b

Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho

httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013

httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013

a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema

Autopsicografia

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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em

que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute

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ATIVIDADE 2

Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa

O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis

anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as

liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa

Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico

literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos

Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois

anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema

principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de

publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto

Prado Coelho

Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa

httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013

httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013

Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor

eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a

definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra

A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela

da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila

exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem

faz quadras portuguesas comunga a alma do povo

humildemente de todos noacutes e errante dentro de si

proacuteprio

href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-

janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por

Karen Arnold

A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto

apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam

forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois

proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas

antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio

Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013

Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor

Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)

Cantigas de portugueses

Satildeo como barcos no mar mdash

Vatildeo de uma alma para outra

Com riscos de naufragar

Eu tenho um colar de peacuterolas

Enfiado para te dar

As perlas satildeo os meus beijos

O fio eacute o meu penar

A terra eacute sem vida e nada

Vive mais que o coraccedilatildeo

E envolve-te a terra fria

E a minha saudade natildeo

Deixa que um momento pense

Que ainda vives ao meu lado

Triste de quem por si mesmo

Precisa ser enganado Morto

hei de estar ao teu lado

Sem o sentir nem saber

Mesmo assim isso me basta

Pra ver um bem em morrer

Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive

Morreste E eu quero morrer

Se vive ver-te-ei se natildeo

Soacute assim te posso esquecer

Se ontem agrave tua porta

Mais triste o vento passou mdash

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

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SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 4: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com

declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem

necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que

mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira

Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que

poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas

atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma

compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela

escrita

Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da

cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar

que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens

11 Objetivo geral

Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por

meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina

111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do

gecircnero poema

- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem

- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos

poemas estudados

- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira

observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados

PARTE I

Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Poesia e emoccedilatildeo

Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da

linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para

emocionar o leitor ou ouvinte

Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute

poesia com o escritor Augusto de Campos

Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos

httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w

Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto

poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e

significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico

Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos

declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa

O poeta eacute um fingidor

Finge tatildeo completamente

Que chega a fingir que eacute dor

A dor que deveras sente

E os que lecircem o que escreve

Na dor lida sentem bem

Natildeo as duas que ele teve

Mas soacute a que eles natildeo tecircm

E assim nas calhas de roda

Gira a entreter a razatildeo

Esse comboio de corda

Que se chama coraccedilatildeo

lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -

imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por

George Hodan Acesso 182013

Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando

Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b

Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho

httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013

httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013

a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema

Autopsicografia

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em

que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute

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ATIVIDADE 2

Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa

O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis

anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as

liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa

Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico

literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos

Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois

anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema

principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de

publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto

Prado Coelho

Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa

httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013

httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013

Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor

eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a

definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra

A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela

da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila

exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem

faz quadras portuguesas comunga a alma do povo

humildemente de todos noacutes e errante dentro de si

proacuteprio

href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-

janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por

Karen Arnold

A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto

apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam

forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois

proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas

antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio

Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013

Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor

Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)

Cantigas de portugueses

Satildeo como barcos no mar mdash

Vatildeo de uma alma para outra

Com riscos de naufragar

Eu tenho um colar de peacuterolas

Enfiado para te dar

As perlas satildeo os meus beijos

O fio eacute o meu penar

A terra eacute sem vida e nada

Vive mais que o coraccedilatildeo

E envolve-te a terra fria

E a minha saudade natildeo

Deixa que um momento pense

Que ainda vives ao meu lado

Triste de quem por si mesmo

Precisa ser enganado Morto

hei de estar ao teu lado

Sem o sentir nem saber

Mesmo assim isso me basta

Pra ver um bem em morrer

Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive

Morreste E eu quero morrer

Se vive ver-te-ei se natildeo

Soacute assim te posso esquecer

Se ontem agrave tua porta

Mais triste o vento passou mdash

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 5: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

PARTE I

Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Poesia e emoccedilatildeo

Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da

linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para

emocionar o leitor ou ouvinte

Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute

poesia com o escritor Augusto de Campos

Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos

httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w

Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto

poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e

significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico

Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos

declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa

O poeta eacute um fingidor

Finge tatildeo completamente

Que chega a fingir que eacute dor

A dor que deveras sente

E os que lecircem o que escreve

Na dor lida sentem bem

Natildeo as duas que ele teve

Mas soacute a que eles natildeo tecircm

E assim nas calhas de roda

Gira a entreter a razatildeo

Esse comboio de corda

Que se chama coraccedilatildeo

lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -

imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por

George Hodan Acesso 182013

Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando

Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b

Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho

httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013

httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013

a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema

Autopsicografia

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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em

que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute

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ATIVIDADE 2

Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa

O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis

anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as

liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa

Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico

literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos

Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois

anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema

principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de

publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto

Prado Coelho

Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa

httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013

httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013

Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor

eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a

definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra

A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela

da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila

exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem

faz quadras portuguesas comunga a alma do povo

humildemente de todos noacutes e errante dentro de si

proacuteprio

href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-

janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por

Karen Arnold

A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto

apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam

forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois

proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas

antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio

Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013

Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor

Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)

Cantigas de portugueses

Satildeo como barcos no mar mdash

Vatildeo de uma alma para outra

Com riscos de naufragar

Eu tenho um colar de peacuterolas

Enfiado para te dar

As perlas satildeo os meus beijos

O fio eacute o meu penar

A terra eacute sem vida e nada

Vive mais que o coraccedilatildeo

E envolve-te a terra fria

E a minha saudade natildeo

Deixa que um momento pense

Que ainda vives ao meu lado

Triste de quem por si mesmo

Precisa ser enganado Morto

hei de estar ao teu lado

Sem o sentir nem saber

Mesmo assim isso me basta

Pra ver um bem em morrer

Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive

Morreste E eu quero morrer

Se vive ver-te-ei se natildeo

Soacute assim te posso esquecer

Se ontem agrave tua porta

Mais triste o vento passou mdash

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 6: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por

George Hodan Acesso 182013

Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando

Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b

Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho

httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013

httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013

a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema

Autopsicografia

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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em

que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute

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ATIVIDADE 2

Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa

O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis

anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as

liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa

Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico

literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos

Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois

anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema

principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de

publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto

Prado Coelho

Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa

httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013

httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013

Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor

eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a

definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra

A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela

da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila

exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem

faz quadras portuguesas comunga a alma do povo

humildemente de todos noacutes e errante dentro de si

proacuteprio

href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-

janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por

Karen Arnold

A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto

apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam

forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois

proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas

antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio

Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013

Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor

Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)

Cantigas de portugueses

Satildeo como barcos no mar mdash

Vatildeo de uma alma para outra

Com riscos de naufragar

Eu tenho um colar de peacuterolas

Enfiado para te dar

As perlas satildeo os meus beijos

O fio eacute o meu penar

A terra eacute sem vida e nada

Vive mais que o coraccedilatildeo

E envolve-te a terra fria

E a minha saudade natildeo

Deixa que um momento pense

Que ainda vives ao meu lado

Triste de quem por si mesmo

Precisa ser enganado Morto

hei de estar ao teu lado

Sem o sentir nem saber

Mesmo assim isso me basta

Pra ver um bem em morrer

Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive

Morreste E eu quero morrer

Se vive ver-te-ei se natildeo

Soacute assim te posso esquecer

Se ontem agrave tua porta

Mais triste o vento passou mdash

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 7: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra

A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela

da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila

exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem

faz quadras portuguesas comunga a alma do povo

humildemente de todos noacutes e errante dentro de si

proacuteprio

href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-

janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por

Karen Arnold

A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto

apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam

forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois

proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas

antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio

Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013

Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor

Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)

Cantigas de portugueses

Satildeo como barcos no mar mdash

Vatildeo de uma alma para outra

Com riscos de naufragar

Eu tenho um colar de peacuterolas

Enfiado para te dar

As perlas satildeo os meus beijos

O fio eacute o meu penar

A terra eacute sem vida e nada

Vive mais que o coraccedilatildeo

E envolve-te a terra fria

E a minha saudade natildeo

Deixa que um momento pense

Que ainda vives ao meu lado

Triste de quem por si mesmo

Precisa ser enganado Morto

hei de estar ao teu lado

Sem o sentir nem saber

Mesmo assim isso me basta

Pra ver um bem em morrer

Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive

Morreste E eu quero morrer

Se vive ver-te-ei se natildeo

Soacute assim te posso esquecer

Se ontem agrave tua porta

Mais triste o vento passou mdash

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 8: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Olha levava um suspiro

Bem sabes quem to mandou

Entreguei-te o coraccedilatildeo

E que tratos tu lhe deste

Eacute talvez por star estragado

Que ainda natildeo mo devolveste

A caixa que natildeo tem tampa

Fica sempre destapada

Daacute-me um sorriso dos teus

Porque natildeo quero mais nada

Tens o leque desdobrado

Sem que estejas a abanar

Amor que pensa e que pensa

Comeccedila ou vai acabar

Duas horas te esperei

Dois anos te esperaria

Dize devo esperar mais

Ou natildeo vens porque inda eacute dia

Toda a noite ouvi no tanque

A pouca aacutegua a pingar

Toda a noite ouvi na alma

Que natildeo me podes amar

Dias satildeo dias e noites

Satildeo noites e natildeo dormi

Os dias a natildeo te ver

As noites pensando em ti

Trazes a rosa na matildeo

E colheste-a distraiacuteda

E que eacute do meu coraccedilatildeo

Que colheste mais sabida

Teus olhos tristes parados

Coisa nenhuma a fitar

Ah meu amor meu amor

Se eu fora nenhum lugar

Depois do dia vem noite

Depois da noite vem dia

E depois de ter saudades

Vecircm as saudades que havia

No baile em que danccedilam todos

Algueacutem fica sem danccedilar

Melhor eacute natildeo ir ao baile

Do que estar laacute sem laacute estar

Vale a pena ser discreto

Natildeo sei bem se vale a pena

O melhor eacute estar quieto

E ter a cara serena

Rosmaninho que me deram

Rosmaninho que darei

Todo o mal que me fizeram

Seraacute o bem que eu farei

Tenho um reloacutegio parado

Por onde sempre me guio

O reloacutegio eacute emprestado

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 9: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

E tem as horas a fio

Quando eacute o tempo do trigo

Eacute o tempo de trigar

A verdade eacute um postigo

A que ningueacutem vem falar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas chinelas que batem

No chatildeo com o calcanhar

Antes quero que me matem

Que ouvir esse som parar

Levas uma rosa ao peito

E tens um andar que eacute teu

Antes tivesses o jeito

De amar algueacutem que sou eu

Teus brincos danccedilam se voltas

A cabeccedila a perguntar

Satildeo como andorinhas soltas

Que inda natildeo sabem voar

Tens uma rosa na matildeo

Natildeo sei se eacute para me dar

As rosas que tens na cara

Essas sabes tu guardar

Fomos passear na quinta

Fomos agrave quinta em passeio

Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta

Que me natildeo faccedila um enleio

Os alcatruzes da nora

Andam sempre a dar e dar

Eacute para dentro e pra fora

E natildeo sabem acabar

Oacute minha menina loura

Oacute minha loura menina

Dize a quem te vecirc agora

Que jaacute foste pequenina

Tens um livro que natildeo lecircs

Tens uma flor que desfolhas

Tens um coraccedilatildeo aos peacutes

E para ele natildeo olhas

Nunca dizes se gostaste

Daquilo que te calei

Sei bem que o adivinhaste

O que pensaste natildeo sei

O vaso que dei agravequem

Que natildeo sabe quem lho deu

Haacute de ser posto agrave janela

Sem ningueacutem saber que eacute meu

Tive uma flor para dar

A quem natildeo ousei dizer

Que lhe queria falar

E a flor teve que morrer

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

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SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 10: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Tens uma salva de prata

Onde potildees os alfinetes

Mas natildeo tem salva nem prata

Aquilo que tu prometes

Adivinhei o que pensas

Soacute por saber que natildeo era

Qualquer das coisas imensas

Que a minhalma sempre espera

Quando olhaste para traacutes

Natildeo supus que era por mim

Mas sempre olhaste e isso faz

Que fosse melhor assim

Todos os dias eu penso

Naquele gesto engraccedilado

Com que pegaste no lenccedilo

Que estava esquecido ao lado

Ouvi-te cantar de dia

De noite te ouvi cantar

Ai de mim se eacute de alegria

Ai de mim se eacute de penar

Por um puacutecaro de barro

Bebe-se a aacutegua mais fria

Quem tem tristezas natildeo dorme

Vela para ter alegria

O malmequer que arrancaste

Deu-te nada no seu fim

Mas o amor que me arrancaste

Se deu nada foi a mim

Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas

antes assista aos viacutedeosSugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013

Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 11: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou

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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se

dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto

Justifique sua resposta

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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa

reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais

erudita nesse texto Explique

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Atividade 3

Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema

Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao

gosto popular de Fernando Pessoa vamos

continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta

percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem

figurada usados nesse tipo de gecircnero A

linguagem subjetiva faz parte da literatura Para

entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo

abaixo

Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06

102013

Teu xaile de seda escura

Eacute posto de tal feiccedilatildeo

Que alegre se dependura

Dentro do meu coraccedilatildeo

O manjerico comprado

Natildeo eacute melhor que o que datildeo

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

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pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

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YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 12: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Potildee o manjerico ao lado

E daacute-me o teu coraccedilatildeo

Rosa verde rosa verde

Rosa verde eacute coisa que haacute

Eacute uma coisa que se perde

Quando a gente natildeo estaacute laacute

A rosa que se natildeo colhe

Nem por isso tem mais vida

Ningueacutem haacute que te natildeo olhe

Que te natildeo queira colhida

Haacute verdades que se dizem

E outras que ningueacutem diraacute

Tenho uma coisa a dizer-te

Mas natildeo sei onde ela estaacute

Quando ao domingo passeias

Levas um vestido claro

Natildeo eacute o que te conheccedilo

Mas eacute em ti que reparo

Tenho vontade de ver-te

Mas natildeo sei como acertar

Passeias onde natildeo ando

Andas sem eu te encontrar

Andorinha que passaste

Quem eacute que te esperaria

Soacute quem te visse passar

E esperasse no outro dia

Nuvem do ceacuteu que pareces

Tudo quanto a gente quer

Se tu ao menos me desses

O que se natildeo pode ter

O burburinho da aacutegua

No regato que se espalha

Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa

Quando a verdade a baralha

Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres ser

Eacutes como o meu coraccedilatildeo

Que sente sem nada ter

Vai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do vento

Ambos agrave beira do poccedilo

Achamos que eacute muito fundo

Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo

Eacute teu olhar que eacute meu mundo

Aquela senhora velha

Que fala com tatildeo bom modo

Parece ser uma abelha

Que nos diz Natildeo incomodo

Maria se eu te chamar

Maria vem caacute dizer

Que natildeo podes caacute chegar

Assim te consigo ver

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

-------- -------------------------------------------------------------------------------------------------

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 13: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Boca com olhos por cima

Ambos a estar a sorrir

Jaacute sei onde estaacute a rima

Do que natildeo ouso pedir

Quem lavra julga que lavra

Mas quem lavra eacute o que acontece

Natildeo me daacutes uma palavra

E a palavra natildeo me esquece

Tinhas um pente espanhol

No cabelo Portuguecircs

Mas quando te olhava o sol

Eras soacute quem Deus te fez

Boca de riso escarlate

E de sorriso de rir

Meu coraccedilatildeo bate bate

Bate de te ver e ouvir

Quem me dera quando fores

Pela rua sem me ver

Supor que haacute coisas melhores

E que eu as pudera ter

Acendeste uma candeia

Com esse ar que Deus te deu

Jaacute natildeo eacute noite na aldeia

E se calhar nem no ceacuteu

Eu te pedi duas vezes

Duas vezes bem o sei

Que por fim me respondesses

Ao que natildeo te perguntei

Natildeo digas mal de ningueacutem

Que eacute de ti que dizes mal

Quando dizes mal de algueacutem

Tudo no mundo eacute igual

Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade

Mas se nos fazem felizes

Isso eacute a felicidade

Daacutes noacutes na linha que cose

Para que pare no fim

Por muito que eu pense e ouse

Nunca daacutes noacute para mim

Natildeo sei em que coisa pensas

Quando coses sossegada

Talvez naquelas ofensas

Que fazes sem dizer nada

As gaivotas tantas tantas

Voam no rio pro mar

Tambeacutem sem querer encantas

Nem eacute preciso voar

As ondas que a mareacute conta

Ningueacutem as pode contar

Se ao passar ningueacutem te

aponta

Aponta-te com o olhar

Todos os dias que passam

Sem passares por aqui

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

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SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 14: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Satildeo dias que me desgraccedilam

Por me privarem de ti

Quando cantas disfarccedilando

Com a cantiga o cantar

Parece o vento mais brando

Nesta brandura do ar

Natildeo sei que grande tristeza

Me fez soacute gostar de ti

Quando jaacute tinha a certeza

De te amar porque te vi

A mantilha de espanhola

Que trazias por trazer

Natildeo te dava um ar de tola

Porque o natildeo podias ter

Boca de riso escarlate

Com dentes brancos no meio

Meu coraccedilatildeo bate bate

Mas bate por ter receio

Se haacute uma nuvem que passa

Passa uma sombra tambeacutem

Ningueacutem diz que eacute desgraccedila

Natildeo ter o que se natildeo tem

Tu ao canto da janela

Sorrias a algueacutem da rua

Porquecirc ao canto se aquela

Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua

Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar

Tens olhos de quem natildeo quer

Procurar quem eu natildeo sei

Se um dia o amor vier

Olharaacutes como eu olhei

Pobre do pobre que eacute ele

E natildeo eacute quem se fingiu

Por muito que a gente vele

Descobre que jaacute dormiu

Natildeo me digas que me queres

Pois natildeo sei acreditar

No mundo haacute muitas mulheres

Mas mentem todas a par

Aacutegua que natildeo vem na bilha

Eacute como se natildeo viesse

Como a matildee assim a filha

Antes Deus as natildeo fizesse

Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013

httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013

Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas

observaccedilotildees responda

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

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pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 15: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem

Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique

-------- -------------------------------------------------------------------------------------------------

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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou

mais raacutepido

ldquoVai alta a nuvem que passa

Vai alto o meu pensamento

Que eacute escravo da tua graccedila

Como a nuvem o eacute do ventordquo

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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de

Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no

Brasil

ldquo Leve sonho vais no chatildeo

A andares sem teres serrdquo

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar

rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo

Para agrave segunda eu lembrar

Bem sabes sempre te sigo

E natildeo eacute preciso andar ldquo

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 16: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

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Atividade 4

Acolhida Dialogando com a literatura

httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade

talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013

As principais figuras de linguagem satildeo

comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou

personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo

antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc

A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das

locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo

ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo

A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo

conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo

A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e

atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza

exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo

O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou

expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes

Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute

maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz

A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia

de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas

imensas Que a minhalma sempre esperardquo

Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para

realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo

Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se

confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu

fareirdquo

Para entender melhor assista ao viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 17: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Oacute loura dos olhos tristes

Que me natildeo quis escutar

Quero soacute saber se existes

Para ver se te hei de amar

Haacute grandes sombras na horta

Quando a amiga laacute vai ter

Ser feliz eacute o que importa

Natildeo importa como o ser

O moinho de cafeacute

Moacutei gratildeos e faz deles poacute

O poacute que a minhalma eacute

Moeu quem me deixa soacute

Dizem que natildeo eacutes aquela

Que te julgavam aqui

Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela

Que mais quereratildeo de ti

Tenho um livrinho onde escrevo

Quando me esqueccedilo de ti

Eacute um livro de capa negra

Onde inda nada escrevi

Olhos tristes grandes pretos

Que dizeis sem me falar

Que natildeo haacute filhos nem netos

De eu natildeo querer amar

Meu coraccedilatildeo a bater

Parece estar-me a lembrar

Que se um dia te esquecer

Seraacute por ele parar

Quantas vezes a memoacuteria

Para fingir que inda eacute gente

Nos conta uma grande histoacuteria

Em que ningueacutem estaacute presente

Trazes o vestido novo

Como quem sabe o que faz

Como eacutes bonita entre o povo

Mesmo ficando para traacutes

A tua boca de riso

Parece olhar para a gente

Com um olhar que eacute preciso

Para saber que se sente

A laranja que escolheste

Natildeo era a melhor que havia

Tambeacutem o amor que me deste

Qualquer outra mo daria

Se o sino dobra a finados

Haacute de deixar de dobrar

Daacute-me os teus olhos fitados

E deixa a vida matar

Por muito que pense e pense

No que nunca me disseste

Teu silecircncio natildeo convence

Faltaste quando vieste

Tome laacute minha menina

O ramalhete que fiz

Cada flor eacute pequenina

Mas tudo junto eacute feliz

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 18: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

A vida eacute pouco aos bocados

O amor eacute vida a sonhar

Olho para ambos os lados

E ningueacutem me vem falar

Dei-lhe um beijo ao peacute da boca

Por a boca se esquivar

A ideacuteia talvez foi louca

O mal foi natildeo acertar

Compras carapaus ao cento

Sardinhas ao quarteiratildeo

Soacute tenho no pensamento

Que me disseste que natildeo

Duas horas te esperei

Duas mais te esperaria

Se gostas de mim natildeo sei

Algum dia haacute de ser dia

Tenho um desejo comigo

Que me traz longe de mim

Eacute saber se isto eacute contigo

Quando isto natildeo eacute assim

Leve vem a onda leve

Que se estende a adormecer

Breve vem a onda breve

Que nos ensina a esquecer

Quando a manhatilde aparece

Dizem que nasce alegria

Isso era se Ela viesse

Ateacute de noite era dia

Nuvem alta nuvem alta

Porque eacute que tatildeo alta vais

Se tens o amor que me falta

Desce um pouco desce mais

Teu carinho que eacute fingido

Daacute-me o prazer de saber

Que inda natildeo tens esquecido

O que o fingir tem de ser

A luva que retiraste

Deixou livre a tua matildeo

Foi com ela que tocaste

Sem tocar meu coraccedilatildeo

O avental que agrave gaveta

Foste buscar natildeo teraacute

Algibeira em que me meta

Para estar contigo jaacute

Quando vieste da festa

Vinhas cansada e contente

A minha pergunta eacute esta

Foi da festa ou foi da gente

Rouxinol que natildeo cantaste

Galo que natildeo cantaraacutes

Qual de voacutes me empresta o canto

Para ver o que ela faz

Quando chegaste agrave janela

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Todos que estavam na rua

Disseram olha eacute aquela

Tal eacute a graccedila que eacute tua

Nuvem que passas no ceacuteu

Dize a quem natildeo perguntou

Se eacute bom dizer a quem deu

O que deste natildeo to dou

Vou trabalhando a peneira

E pensando assim assim

Eu natildeo nasci para freira

Gosto que gostem de mim

Roseiral que natildeo daacutes rosas

Senatildeo quando as rosas vecircm

Haacute muitas que satildeo formosas

Sem que o amor lhes vaacute bem

Ribeirinho ribeirinho

Que vais a correr ao leacuteu

Tu vais a correr sozinho

Ribeirinho como eu

Vesti-me toda de novo

E calcei sapato baixo

Para passar entre o povo

E procurar quem natildeo acho

Tua boca me diz sim

Teus olhos me dizem natildeo

Ai se gostasses de mim

E sem saber a razatildeo

Quero laacute saber por onde

Andaste todo este dia

Nunca faz-bem quem se esconde

Mas onde foste Maria

O vaso do manjerico

Caiu da janela abaixo

Vai buscaacute-lo que aqui fico

A ver se sem ti te acho

O cravo que tu me deste

Era de papel rosado

Mas mais bonito era inda

O amor que me foi negado

Trazes os sapatos pretos

Cinzentos de tanto poacute

Feliz eacute quem tiver netos

De quem tu sejas avoacute

Vem de laacute do monte verde

A trova que natildeo entendo

Eacute um som bom que se perde

Enquanto se vai vivendo

Moreninha moreninha

Com olhos pretos a rir

Sei que nunca seraacutes minha

Mas quero ver-te sorrir

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

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Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 20: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho

Acesso 29082013

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013

httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013

Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica

1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo

apenas uma eacute correta

a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo

O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo

b) Pode-se dizer que nos versos ldquo

( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo

c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre

( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo

Atividade 5

Acolhida trabalhando diferentes linguagens

Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-

imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013

A linguagem culta ou formal se caracteriza pela

correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem

elaboradas

A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor

gramatical e lexical

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 21: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral

nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias

regionalismos e diminutivos que expressam afeto

Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal

Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013

Puseste a chaleira ao lume

Com um jeito de desdeacutem

Suma-te o diabo que sume

Primeiro quem te quer bem

Laacute vem o homem da capa

Que ningueacutem sabe quem eacute

Se o lenccedilo os olhos te tapa

Veio os teus olhos por feacute

Loura dos olhos dormentes

Que satildeo azuis e amarelos

Se as minhas matildeos fossem pentes

Penteavam-te os cabelos

O sino dobra a finados

Faz tanta pena a dobrar

Natildeo eacute pelos teus pecados

Que estatildeo vivos a saltar

Traze-me um copo com aacutegua

E a maneira de o trazer

Quero ter a minha maacutegoa

Sem mostrar que a estou a ter

Olha o teu leque esquecido

Olha o teu cabelo solto

Maria toma sentido

Maria senatildeo natildeo volto

Jaacute duas vezes te disse

Que nunca mais te diria

O que te torno a dizer

E fica para outro dia

Lavadeira a bater roupa

Na pedra que estaacute na aacutegua

Achas minha maacutegoa pouca

Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa

O teu lenccedilo foi mal posto

Pela pressa que to pocircs

Mais mal posto eacute o meu desgosto

Do que natildeo haacute entre noacutes

Olhos de veludo falso

E que fitam a entender

Voacutes sois o meu cadafalso

A que subo com prazer

Duas vezes eu tentei

Dizer-te que te queria

E duas vezes te achei

Soacute a que falava e ria

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 22: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Meu coraccedilatildeo eacute uma barca

Que natildeo sabe navegar

Guardo o linha na arca

Com um ar de o acarinhar

Tenho um desejo comigo

Que hoje te venho dizer

Queria ser teu amigo

Com amizade a valer

Eacutes Maria da Piedade

Pois te chamaram assim

Secirc laacute Maria agrave vontade

Mas tem piedade de mim

Tu Eacutes Maria da Graccedila

Mas a que graccedila eacute que vem

Ser essa graccedila a desgraccedila

De quem a graccedila natildeo tem

Caiu no chatildeo o novelo

E foi-se desenrolando

Passas a matildeo no cabelo

Natildeo sei em que estaacutes pensando

A tua saia que eacute curta

Deixa-te a perna a mostrar

Meu coraccedilatildeo jaacute se furta

A sentir sem eu pensar

Meu amor eacute fragateiro

Eu sou a sua fragata

Alguns vatildeo atraacutes do cheiro

Outros vatildeo soacute pela arreta

Vai longe na serra alta

A nuvem que nela toca

Daacute-me aquilo que me falta mdash

Os beijos da tua boca

HAacute um doido na nossa voz

Ao falarmos que prendemos

Eacute o mal-estar entre noacutes

Que vem de nos percebermos

Teu vestido porque eacute teu

Natildeo eacute de cetim nem chita

Eacute de sermos tu e eu

E de tu seres bonita

Entornaram-me o cabaz

Quando eu vinha pela estrada

Como ele estava vazio

Natildeo houve loiccedila quebrada

O rosaacuterio da vontade

Rezei-o trocado e a esmo

Se vens dizer-me a verdade

Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo

Castanhetas castanholas mdash

Tudo eacute barulho a estalar

As que ao negar satildeo mais tolas

Satildeo mais espertas ao dar

O manjerico e a bandeira

Que haacute no cravo de papel mdash

Tudo isso enche a noite inteira

Oacute boca de sangue e mel

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 23: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Tem A filha da caseira

Rosas na caixa que tem

Toda ela eacute uma rosa inteira

Mas natildeo a cheira ningueacutem

A moccedila que haacute na estalagem

Ri porque gosta de rir

Natildeo sei o que eacute da viagem

Por esta moccedila existir

Lenccedilo preto de orla branca

Ataste-o mal a valer

Agrave roda desse pescoccedilo

Que tem que se lhe dizer

Aquela loura de preto

Com uma flor branca ao peito

Eacute o retrato completo

De como algueacutem eacute perfeito

A tua janela eacute alta

A tua casa branquinha

Nada lhe sobra ou lhe falta

Senatildeo morares sozinha

Vem caacute dizer-me que sim

Ou vem dizer-me que natildeo

Porque sempre vens assim

Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Cortaste com a tesoura

O pano de lado a lado

Porque eacute que todo teu gesto

Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado

Ai os pratos de arroz doce

Com as linhas de canela

Ai a matildeo branca que os trouxe

Ai essa matildeo ser a dela

Frescura do que eacute regado

Por onde a aacutegua inda verte

Quero dizer-te um bocado

Do que natildeo ouso dizer-te

Oacute pastora oacute pastorinha

Que tens ovelhas e riso

Teu riso ecoa no vale

E nada mais eacute preciso

Dona Rosa Dona Rosa

Quando eras inda botatildeo

Disseram-te alguma cousa

Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml

060913

h

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 24: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013

a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens

dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem

formal ou informal

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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem

informal Popular

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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela

estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de

linguagem erudita Explique

d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a

rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo

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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro

modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique

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Atividade 6

Acolhida Lendo e interpretando

Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens

aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 25: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus

significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu

conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo

com atenccedilatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-

k01092013

Tenho um segredo a dizer-te

Que natildeo te posso dizer

E com isto jaacute to disse

Estavas farta de o saber

Os ranchos das raparigas

Vatildeo a cantar pela estrada

Natildeo oiccedilo as suas cantigas

Soacute tenho pena de nada

Rezas porque outros rezaram

E vestes agrave moda alheia

Quando amares vecirc se amas

Sem teres o amor na ideacuteia

A senhora da Agonia

Tem um nicho na Igreja

Mas a dor que me agonia

Natildeo tem ningueacutem quem a veja

Aparta o cabelo ao meio

A do cabelo apartado

Eacute a estrelinha em que leio

Que estou a ser enganado

Esse frio cumprimento

Tem ironia pra mim

Porque eacute o mesmo movimento

Com que a gente diz que sim

Vejo laacutegrimas luzir

Nos teus olhos de fingida

Eacute como quando agrave janela

Chegas um pouco escondida

Trincaste para o partir

O retroacutes de costurar

Quem natildeo soubesse diria

Que o estavas a beijar

Deixaste o dedal na mesa

Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash

Se eu to roubasse dirias

Que eu natildeo tinha consciecircncia

Daacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziada

O canaacuterio jaacute natildeo canta

Natildeo canta o canaacuterio jaacute

Aquilo que em ti me encanta

Talvez natildeo me encantaraacute

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

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wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 26: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Rezas a Deus ao deitar-te

Pedindo natildeo sei o quecirc

Se rezasses ao Democircnio

Eu saberia o que eacute

Boca que tens um sorriso

Como se fosse um florir

Teus olhos cheios de riso

Datildeo-lhe um orvalho de rir

Uma boneca de trapos

Natildeo se parte se cair

Fizeste-me a alma em farrapos

Bem natildeo se pode partir

O que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigual

Levas a matildeo ao cabelo

Num gesto de quem natildeo crecirc

Mas eu natildeo te disse nada

Duvidas de mim Porquecirc

Compreender um ao outro

Eacute um jogo complicado

Pois quem engana natildeo sabe

Se natildeo estava enganado

A roda dos dedos juntos

Enrolaste a fita a rir

Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos

E falar natildeo eacute sentir

Chama-te boa e o sentido

Natildeo eacute bem o que eu supunha

Boa natildeo eacute apelido

Eacute quando muito alcunha

Tu Eacutes Maria das Dores

Tratam-te soacute por Maria

Estaacute bem porque deste as dores

A quem quer que em ti se fia

Se vais de vestido novo

O teu proacuteprio andar o diz

E ao passar por entre o povo

Ateacute teu corpo eacute feliz

Tens um anel imitado

Mas vais contento de o ter

Que importa o falsificado

Se eacute verdadeiro o prazer

Tenho ainda na lembranccedila

Como uma coisa que veio

O quando inda eras crianccedila

Nunca mais me daacutes um beijo

O ar do campo vem brando

Faz sono haver esse ar

Jaacute natildeo sei se estou sonhando

Nem de que serve sonhar

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 27: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Quando ela pocircs o chapeacuteu

Como se tudo acabasse

Sofri de natildeo haver veacuteu

Que inda um pouco a demorasse

Quem te deu aquele anel

Que ainda ontem natildeo tinhas

Como tu foste infiel

A certas ideacuteias minhas

Essa costura agrave janela

Que lhe inclinou a cabeccedila

Fez-me ver como era dela

Que o coraccedilatildeo tinha pressa

O ribeiro bate bate

Nas pedras que nele estatildeo

Mas nem haacute nada em que bata

O meu pobre coraccedilatildeo

Nunca houve romaria

Que se lembrassem de mim

Tambeacutem quem se lembraria

De quem se lamenta assim

Comes melatildeo agraves dentadas

Porque assim natildeo deve ser

Natildeo sei se essas gargalhadas

Me fazem rir ou sofrer

Haacute dois dias que natildeo vejo

Modo de tornar-te a ver

Se outros tambeacutem te natildeo vissem

Desejava sem sofrer

O teu cabelo cortado

A maneira de rapaz

Natildeo deixa justificado

Aquele amor que me faz

Se te queres despedir

Natildeo te despidas de mim

Que eu natildeo posso consentir

Que tu me trates assim

Quem te fez assim tatildeo linda

Natildeo o fez para mostrar

Que se eacute mais linda ainda

Quando se sabe negar

Floriu a roseira toda

Com as rosas de trepar

Tua cabeccedila anda agrave roda

Mas sabes-te equilibrar

Morena dos olhos baccedilos

Velados de natildeo sei quecirc

No mundo haacute falta de braccedilos

Para o que o teu olhar vecirc

Quando compotildees o cabelo

Com tua matildeo distraiacuteda

Fazer-me um grande novelo

No pensamento da vida

Teus olhos de quem natildeo fita

Vagueiam statildeo na distacircncia

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 28: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Se fosses menos bonita

Isso natildeo tinha importacircncia

Tocam sinos a rebate

E levantaste-te logo

Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate

Por a quem puseste fogo

coraccedilatildeo eacute pequeno

Coitado e trabalha tanto

De dia a ter que chorar

De noite a fazer o pranto

Foto

wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is

champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013

A seguir Leia releia e interprete com sabedoria

a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado

ldquoDaacute-me um sorriso daqueles

Que te natildeo servem de nada

Como se daacute agraves crianccedilas

Uma caixa esvaziadardquo

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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute

quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo

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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 29: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse

sentimento Explique

ldquoO que sinto e o que penso

De ti eacute bem e eacute mal

Eacute como quando uma xiacutecara

Tem o pires desigualrdquo

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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue

estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por

quecirc

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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu

saberia o que eacute

O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute

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Atividade 7

Acolhida A palavra no contexto

O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa

deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

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-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 30: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se

prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as

palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido

figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e

expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo

encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute

sendo empregadas

Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto

deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando

Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do

Portal do professor MEC 070913

Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

Deram-me um cravo vermelho

Para eu ver como eacute a vida

Mas esqueci-me do cravo

Pela hora da saiacuteda

Fiz estoirar um cartucho

Contra a parede do lado

Assim farei eu agrave vida

Que o sonhar fez-me assoprado

O malmequer que colheste

Deitaste-o fora a falar

Nem quiseste ver a sorte

Que ele te podia dar

Comi melatildeo retalhado

E bebi vinho depois

Quanto mais olho pra ti

Mais sei que natildeo somos dois

Trazes um lenccedilo novinho

Na cabeccedila e a descair

Se eu te beijar no cantinho

Soacute saberaacute quem nos vir

E ao acabar estes versos

Feitos em modo menor

Cumpre prestar homenagem

Agrave bebedeira do cantor

Toda a noite toda a noite

Toda a noite sem pensar

Toda a noite sem dormir

E sem tudo isso acabar

Puseste um vaso agrave janela

Foi sinal ou natildeo foi nada

Ou foi pra que pense em ti

Que te natildeo importas nada

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------

f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

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TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 31: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Eu vi ao longe um navio

Que tinha uma vela soacute

Ia sozinho no mar

Mas natildeo me fazia doacute

Corre a aacutegua pelas calhas

Laacute segundo a sua lei

Pareces vista de lado

Aquela que te julguei

Laacute por olhar para ti

Natildeo julgues que eacute por gostar

Eu gosto muito do sol

E nem o posso fitar

----------------------------------------------------------

-

Viraste-me a cara quando

Ia a dizer-te agrave chegada

Que se voltasses a cara

Que eu natildeo me importava nada

Na quinta que nunca houve

Haacute um poccedilo que natildeo haacute

Onde haacute de ir encontrar aacutegua

Algueacutem que te entenderaacute

Voam deacutebeis e enganadas

As folhas que o vento toma

Bem sei deitamos os dados

Mas Deus eacute sue deita a soma

Ribeirinho ribeirinho

Que falas tatildeo devagar

Ensina-me o teu caminho

De passar sem desejar amar

Do alto da torre da igreja

Vecirc-se o campo todo em roda

Soacute do alto da esperanccedila

Vemos noacutes a vida toda

Daacute-me um sorriso a brincar

Daacute-me uma palavra a rir

Eu me tenho por feliz

Soacute de te ver e te ouvir

Trazes um lenccedilo apertado

Na cabeccedila e um noacute atraacutes

Mas o que me traz cansado

Eacute o noacute que nunca se faz

Vi-te a dizer um adeus

A algueacutem que se despedia

E quase implorei dos ceacuteus

Que eu partisse qualquer dia

Eu voltei-me para traacutes

Para ver se te voltavas

Haacute quem decirc favas aos burros

Mas eles comem as favas

Deixaste cair no chatildeo

O embrulho das queijadas

Riste disso mdash E porque natildeo

A vida eacute feita de nadas

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch

this video Inscreva

OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 32: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Deste-me um cordel comprido

Para atar bem um papel

Fiquei tatildeo agradecido

Que inda tenho esse cordel

No dia de Santo Antocircnio

Todos riem sem razatildeo

Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro

Como eacute que todos riratildeo

Tenho uma pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta

Se eacute mentira escreve leve

Se eacute verdade natildeo tem tinta

O capileacute eacute barato

E eacute fresco quando haacute calor

Vou sonhar o teu retrato

Jaacute que natildeo tenho melhor

Baila o trigo quando haacute vento

Baila porque o vento o toca

Tambeacutem baila o pensamento

Quando o coraccedilatildeo provoca

Fizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutem

Se houver algueacutem que me diga

Que disseste bem de mim

Farei uma outra cantiga

Porque esta natildeo eacute assim

Manjerico manjerico

Manjerico que te dei

A tristeza com que fico

Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim

Natildeo me importo

Rir natildeo faz mal a ningueacutem

Teu rir eacute tatildeo engraccedilado

Que quando faz mal faz bem

Ouves-me sem me entender

Sorris sem ser porque falo

Eacute assim muita mulher

Mas nem por isso me calo

Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi

Tu terias que entender

Aquilo que nem eu sei

Bailaste de noite ao som

De uma muacutesica estragada

Bailar assim soacute eacute bom

Quando a alegria eacute de nada

Natildeo sei que flores te dar

Para os dias da semana

Tens tanta sombra no olhar

Que o teu olhar sempre engana

Descasquei o camaratildeo

Tirei-lhe a cabeccedila toda

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

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BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

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de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 33: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Quando o amor natildeo tem razatildeo

Eacute que o amor incomoda

Cabeccedila de ouro morticcedilo

Com olhos de azul do ceacuteu

Quem te ensinou o feiticcedilo

De me fazer natildeo ser eu

Satildeo jaacute onze horas da noite

Porque te natildeo vais deitar

Se de nada serve ver-te

Mais vale natildeo te fitar

Tiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinho

Ao dobrar o guardanapo

Para o meteres na argola

Fizeste-me conhecer

Como um coraccedilatildeo se enrola

Quando eu era pequenino

Cantavam para eu dormir

Foram-se o canto e o menino

Sorri-me para eu sentir

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013

a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o

sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a

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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo

agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em

conta o contexto em que foi empregada

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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil

ldquoFizeste molhos de flores

Para natildeo dar a ningueacutem

Satildeo como os molhos de amores

Que foras fazer a algueacutemrdquo

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ -----

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

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BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

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CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

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COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

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GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

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GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 34: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram

empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira

ldquoTiraste o linho da arca

Da arca tiraste o linho

Meu coraccedilatildeo tem a marca

Que lhe puseste mansinhorsquo

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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma

pena que escreve

Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo

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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute

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Atividade 8

Acolhida Brincando com as palavras

E primordial o estudo das palavras em um texto A esse

conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo

conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute

dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim

surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas

Isto eacute caem em desuso

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

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BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

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FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 35: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920

Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito

pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado

Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo

importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que

os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem

particularizar uma situaccedilatildeo

Assista ao viacutedeo abaixo

Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013

Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical

Meia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escolta

Natildeo eacute capaz de parar

Fui passear no jardim

Sem saber se tinha flores

Assim passeia na vida

Quem tem ou natildeo tem amores

No dia em que te casares

Hei de te ir ver agrave Igreja

Para haver o sacramento

De amar-te algueacutem que ali esteja

Quando apertaste o teu cinto

Puseste o cravo na boca

Natildeo sei dizer o que sinto

Quando o que sinto me toca

Toda a noite ouvi os catildees

Pra manhatilde ouvi os galos

Tristeza mdash vem ter conosco

Prazeres mdash eacute ir achaacute-los

Deram-me para se rirem

Uma corneta de barro

Para eu tocar agrave entrada

Do Castelo do Diabo

Quando te apertei a matildeo

Ao modo de assim-assim

Senti o meu coraccedilatildeo

A perguntar-me por mim

Tinhas um vestido preto

Nesse dia de alegria

Que certo Pode pocircr luto

Aquele que em ti confia

Soacute com um jeito do corpo

Feito sem dares por isso

Fazes mais mal que o democircnio

Em dias de grande enguiccedilo

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

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pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 36: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Esse xaile que arranjaste

Com que pareces mais alta

Daacute ao teu corpo esse brio

Que agrave minha coragem falta

Tem um decote pequeno

Um ar modesto e tranquumlilo

Mas vaacute-se laacute descobrir

Coisa pior do que aquilo

Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrente

Quando passas pela rua

Sem reparar em quem passa

A alegria eacute toda tua

E minha toda a desgraccedila

A esmola que te vi dar

Natildeo me deu crenccedila nem feacute

Pois a que estou a esperar

Natildeo eacute esmola que se decirc

Caiu no chatildeo a laranja

E rolou pelo chatildeo fora

Vamos apanhaacute-la juntos

E o melhor eacute ser agora

Quando te vais a deitar

Natildeo sei se rezas se natildeo

Devias sempre rezar

E sempre a pedir perdatildeo

Eacute limpo o adro da igreja

Eacute grande o largo da praccedila

Natildeo haacute ningueacutem que te veja

Que te natildeo encontre graccedila

Quando agora me sorriste

Foi de contente de eu vir

Ou porque me achaste triste

Ou jaacute estavas a sorrir

Boca que o riso desata

Numa alegria engraccedilada

Eacutes como a prata lavrada

Que eacute mais o lavor que a prata

Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nada

Fazes renda de manhatilde

E fazes renda ao seratildeo

Se natildeo fazes senatildeo renda

Que fazes do coraccedilatildeo

Todos te dizem que eacutes linda

Todos to dizem a seacuterio

Como o natildeo sabes ainda

Agradecer eacute misteacuterio

Eu bem sei que me desdenhas

Mas gosto que seja assim

Que o dendeacutem que por mim tenhas

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 37: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Sempre eacute pensares em mim

A tua irmatilde eacute pequena

Quando tiver tua idade

Transferirei minha pena

Ou fico soacute com metade

Quando me deste os bons dias

Deste-mos como a qualquer

Mais vale natildeo dizer nada

Do que assim nada dizer

Tenho uma ideacuteia comigo

De que natildeo quero falar

Se a ideacuteia fosse um postigo

Era pra te ver passar

Andorinha que vais alta

Porque natildeo me vens trazer

Qualquer coisa que me falta

E que te natildeo sei dizer

Tenho um lenccedilo que esqueceu

A que se esquece de mim

Natildeo eacute dela natildeo eacute meu

Natildeo eacute princiacutepio nem fim

Duas horas vatildeo passadas

Sem que te veia passar

Que coisas mal combinadas

Que satildeo amor e esperar

Houve um momento entre noacutes

Em que a gente natildeo falou

Juntos estaacutevamos soacutes

Que bom eacute assim estar soacute

Das flores que haacute pelo campo

O rosmaninho eacute rei

Eacute uma velha cantiga

Bem sei meu Deus bem o sei

O moinho que moacutei trigo

Mexe-o o vento ou a aacutegua

Mas o que tenho comigo

Mexe-o apenas a maacutegoa

Aquela que tinha pobre

A uacutenica saia que tinha

Por muitas roupas que dobre

Nunca seraacute mais rainha

Tens uns brincos sem valia

E um lenccedilo que natildeo eacute nada

Mas quem dera ter o dia

De quem eacutes a madrugada

Loura teus olhos de ceacuteu

Tecircm um azul que eacute fatal

Bem sei Foi Deus que tos deu

Mas entatildeo Deus fez o mal

Vai alta sobre a montanha

Uma nuvem sem razatildeo

Meu coraccedilatildeo acompanha

O natildeo teres coraccedilatildeo

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 38: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Dizem que as flores satildeo todas

Palavras que a terra diz

Natildeo me falas incomodas

Falas sou menos feliz

Duas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vou

Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013

viacutedeo

Responda as questotildees abaixo

a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra

ldquoMeia volta toda a volta

Muitas voltas de danccedilar

Quem tem sonhos por escoltardquo

Natildeo eacute capaz de parar ldquo

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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e

determine as classes gramaticais a que pertencem

ldquo Teus olhos poisam no chatildeo

Para natildeo me olhar de frente

Tens vontade de sorrir

Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo

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-

c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes

usada como substantivo e como adjetivo escreva-a

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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

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Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

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GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

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GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

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PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

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SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 39: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada

ldquo Por cima da saia azul

Haacute uma blusa encarnada

E por cima disso os olhos

Que nunca me dizem nadardquo

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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado

ldquoDuas vezes jurei ser

O que julgo que sou

Soacute para desconhecer

Que natildeo sei para onde vourdquo

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Atividade 9

Acolhida produzindo texto

A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz

parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo

de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua

aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva

As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os

poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e

criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo

e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo

Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que

todos liberem sua criatividade

A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas

Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e

tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013

Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

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GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

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SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 40: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Andei sozinho na praia

Andei na praia a pensar

No jeito da tua saia

Quando laacute etiveste a andar

Onda que vens e que vais

Mar que vais e depois vens

Jaacute natildeo sei se tu me atrais

E se me atrais se me tens

Quando haacute muacutesica parece

Que dormes e assim te calas

Mas se a muacutesica falece

Acordo e natildeo me falas

Trazes uma cruz no peito

Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo

Antes tivesses o jeito

De ter laacute um coraccedilatildeo

O guardanapo dobrado

Quer dizer que se natildeo volta

Tenho o coraccedilatildeo atado

Vecirc se a tua matildeo mo solta

Agrave tua porta estaacute lama

Meu amor quem na faria

Eacute assim a velha cantiga

Que como tu principia

Menina de saia preta

E de blusa de outra cor

Que eacute feito daquela seta

Que atirei ao meu amor

Lavas a roupa na selha

Com um vagar apressado

E o brinco na tua orelha

Acompanha o teu cuidado

Duas vezes te falei

De que te iria falar

Quatro vezes te encontrei

Sem palavra pra te dar

Velha cadeira deixada

No canto da casa antiga

Quem dera ver laacute sentada

Qualquer alma minha amiga

Trazes a bilha agrave cabeccedila

Como se ela natildeo houvesse

Andas sem pressa depressa

Como se eu laacute natildeo estivesse

Trazes um manto comprido

Que natildeo eacute xaile a valer

Eu trago em ti o sentido

E natildeo sei que hei de dizer

Olhas para mim agraves vezes

Como quem sabe quem sou

Depois passam dias meses

Sem que vaacutes por onde vou

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 41: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Quando tiraste da cesta

Os figos que prometeste

Foi em mim dia de festa

Mas foi a todos que os deste

Aquela que mora ali

E que ali estaacute agrave janela

Se um dia morar aqui

Se calhar natildeo seraacute ela

Mas que grande disparate

Eacute o que penso e o que sinto

Meu coraccedilatildeo bate bate

E se sonho minto minto

Puseste por brincadeira

A touca da tua irmatilde

Oacute corpo de bailadeira

Toda a noite tem manhatilde

Dizes-me que nunca sonhas

E que dormes sempre a fio

Quais satildeo as coisas risonhas

Que sonhas por desfastio

O teu carrinho de linha

Rolou pelo chatildeo caiacutedo

Apanhei-o e dei-to e tinha

Soacute em ti o meu sentido

A vida eacute um hospital

Onde quase tudo falta

Por isso ningueacutem te cura

E morrer eacute que eacute ter alta

Que tenho o coraccedilatildeo preto

Dizes tu e inda te alegras

Eu bem sei que o tenho preto

Estaacute preto de noacutedoas negras

Na praia de Monte Gordo

Meu amor te conheci

Por ter estado em Monte Gordo

Eacute que assim emagreci

Saudades soacute portugueses

Conseguem senti-las bem

Porque tecircm essa palavra

Para dizer que as tecircm

Mau Maria mdash tu disseste

Quando a tranccedila te caiacutea

Qual Mau Maria Maria

Maacute Maria Maacute Maria

Era jaacute de madrugada

E eu acordei sem razatildeo

Senti a vida pesada

Pesado era o coraccedilatildeo

Deixaste cair a liga

Porque natildeo estava apertada

Por muito que a gente diga

A gente nunca diz nada

Natildeo haacute verdade na vida

Que se natildeo diga a mentir

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 42: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Haacute quem apresse a subida

Para descer a sorrir

No dia de S Joatildeo

Haacute fogueiras e folias

Gozam uns e outros natildeo

Tal qual como os outros dias

Santo Antocircnio de Lisboa

Era um grande pregador

Mas eacute por ser Santo Antocircnio

Que as moccedilas lhe tecircm amor

Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013

httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ

Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa

Acessos 10102013

Vamos produzir textos

Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de

Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e

escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos

temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem

duplas e matildeos agrave obra

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PARTE II

A literatura de cordel e poesia poeacutetica

Atividade 1

Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo

A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais

nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

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Page 43: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da

cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas

as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas

tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel

A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular

reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares

que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute

impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge

outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que

satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel

muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados

constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda

mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo

A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que

trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas

poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas

trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes

Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos

sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute

ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e

narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo

impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o

sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem

nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa

vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do

mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo

convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de

cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013

Agora responda oralmente

a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 44: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina

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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras

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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira

vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga

vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a

poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento

mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do

sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa

muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da

famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu

para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que

destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de

dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro

Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi

cantada primeiro por Luiz Gonzaga

Asa Branca

Quando oiei a terra ardendo

Qual fogueira de Satildeo Joatildeo

Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai

Por que tamanha judiaccedilatildeo

Que braseiro que fornaia

Nem um peacute de prantaccedilatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Por farta daacutegua perdi meu gado

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

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BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

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BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

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GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 45: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Morreu de sede meu alazatildeo

Inteacute mesmo a asa branca

Bateu asas do sertatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Intonce eu disse adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraccedilatildeo

Hoje longe muitas leacutegua

Numa triste solidatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertatildeo

Quando o verde dos teus oacuteio

Se espaiar na prantaccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu

Que eu vortarei viu

Meu coraccedilatildeo

Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca

wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=

Acesso 09092013

Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

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COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

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GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

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GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 46: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo

httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013

Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo

httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013

Responda as questotildees abaixo

a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina

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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil

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Atividade 2

Acolhida viajando pela Geografia

A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do

Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o

homem nordestino migrava para o Centro

Sul representado na cor roxa no mapa

especificamente para Satildeo Paulo A seca

acontece no chamado Poliacutegono da seca

que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 47: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe

BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-

BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso

09092013

Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a

permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o

surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O

desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar

ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute

a caatinga

A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte

Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do

nordestino brasileiro

Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo

Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk

httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013

Biografia de Luiz GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de

sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos

dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos

No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor

a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a

muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da

raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto

Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em

Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos

nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do

homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

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de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 48: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga

httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz

Gonzaga de pai para filho

Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

Responda

a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria

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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais

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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme

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Atividade 3

Acolhida vivenciando a magia do cordel

Bigrafia de Guaipuan Vieira

Sou um poeta do povo

Meu diploma deixa aparte

Para que natildeo dificulte

Eu descrever minha arte

Porque ela eacute simples pura

Como a forccedila na natura

Natildeo precisa ter encarte

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

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Page 49: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas

tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e

Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista

tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como

ele descreve o cordelista

ldquoO autecircntico cordelista

Tem que jaacute nascer poeta

Ter rima simples correta

Oraccedilatildeo como avalista

Da meacutetrica que faz conquista

Para o verso ser perfeito

Ainda pelo direito

Vender folheto na feira

Se natildeo for dessa maneira

Natildeo tem do povo o conceitordquo

Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista

v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi

h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013

Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira

httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o

cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que

Luiz Gonzaga faleceu

A triste partida do Rei do Baiatildeo

Autor Guaipuan Vieira

Cinco e quinze da manhatilde

Do dia dois de agosto

Do ano de oitenta e nove

Houve um terriacutevel desgosto

De luto entrava o Nordeste

Com pranto triste no rosto

As raacutedios anunciavam

Morreu o Rei do Baiatildeo

O mestre Luiz Gonzaga

O popular Gonzagatildeo

Deixando muita saudade

Pra esta grande Naccedilatildeo

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

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Page 50: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

No sertatildeo tambeacutem se ouvia

Acauatilde executar

Lento toque de silecircncio

E outras aves a chorar

E matildee deusa da natura

Do seu trono a soluccedilar

E concretizava o luto

Com sentimento profundo

Entre todas as geraccedilotildees

Por este sofrido mundo

Em homenagem a Luiz

O primeiro sem segundo

Observe o texto e responda as questotildees abaixo

a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo

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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde

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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual

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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se

referir a que fenocircmeno da natureza

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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

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Atividade 4

Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo

A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante

mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de

poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou

trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode

ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como

instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo

Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias

mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos

O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um

importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do

ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte

Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade

como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros

Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-

cordelhtml Acesso 14092013

Leia declamando o texto abaixo

Luiz nasceu em Exu

Agreste pernambucano

Mil novecentos e doze

Foi este o sagrado ano

Que o destino lhe escolheu

Pra ele seguir bom plano

Filho doutro sanfoneiro

Com nome de Januaacuterio

Desde entatildeo herdou seu dom

Uma causa sem inventaacuterio

Isto quando ainda garoto

Segundo seu comentaacuterio

Desta forma seu Luiz

A seu pai acompanhando

Nos bailes forroacutes e feiras

Seu baiatildeo foi ensinando

E fama na regiatildeo

Jaacute estava ateacute ganhando

Deixou a terra natal

Ao exeacutercito foi servir

Vindo entatildeo pra Fortaleza

Pra sua missatildeo cumprir

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------

Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 52: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

O que muito lhe ajudou

E a bons planos fez seguir

Devido as Revoluccedilotildees

Sempre era transferido

E nestas suas andanccedilas

Morou num lugar querido

Minas Gerais de Tancredo

O homem nunca esquecido

Foi entatildeo que conheceu

Um amigo e companheiro

Que jaacute servira ao exeacutercito

Naquele rincatildeo mineiro

Este fora Dominguinhos

Especial sanfoneiro

Atraveacutes desta amizade

Luiz voltou a estudar

Dominguinhos professor

E amigo particular

Que tambeacutem lhe ensinou

A modinha popular

Agora responda as questotildees abaixo

a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor

considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras

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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute

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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga

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Atividade 5

Acolhida vivenciando os repentes

O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em

folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a

poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia

tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e

depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 53: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no

final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira

Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram

decorados por pessoas que natildeo sabiam ler

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c

Mas a vida de miliacutecia

Igualmente a do vaqueiro

Sempre eacute solicitado

Segue outro paradeiro

Desta forma pra Satildeo Paulo

Seu Luiz seguiu ligeiro

Na terra dos bandeirantes

Mudou sua opiniatildeo

Nova sanfona comprou

Que lhe deu inspiraccedilatildeo

Assim Luiz comeccedilou

Aprimorar seu baiatildeo

Sendo ainda militar

Foi pro Rio de Janeiro

De onde se desligou

Do exeacutercito brasileiro

E formou a parceria

Com o Xavier Pinheiro

Xavier um portuguecircs

Que vinha se apresentando

Na grande Rio de Janeiro

Laacute no mangue executando

Valsas tangos e ateacute fados

Com Luiz auxiliando

a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que

sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da

histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado

ele se refere Por quecirc

c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch

this video Inscreva

OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

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Atividade 7

Acolhida Declamando a poesia de cordel

O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra

pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo

ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas

tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de

instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente

porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada

destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura

de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso

deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo

Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando

Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga

Sugestatildeo de viacutedeo

googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco

mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp

Acesso 19082013

Foto

bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public

oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013

Este estilo pra Luiz

Natildeo era o seu verdadeiro

Pois queria apresentar

Seu proacuteprio cancioneiro

A muacutesica regional

E nada do estrangeiro

Com isto Luiz Gonzaga

Se encheu de esperanccedila

Nos programas de calouros

Foi cantar com seguranccedila

Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

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Apresentando seus Shows

Com muita garra e pujanccedila

Saindo dos auditoacuterios

No Nordeste apareceu

A muacutesica de seu Luiz

Porque na sanfona leu

O sertatildeo em poesia

Daiacute entatildeo se ergueu

O primeiro nordestino

Num trabalho a se empenhar

Pra muacutesica regional

No Brasil vir espalhar

Provando assim a existecircncia

Da arte mais popular

Responda as questotildees abaixo

a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma

palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios

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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito

popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto

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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras

como eacute essa leitura em poesia

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Atividade 8

Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel

A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo

usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do

leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo

rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores

servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois

decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch

this video Inscreva

OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 56: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

histoacuterias reais ou

ficcionaisFoto

httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X

ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr

c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013

Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

Desta forma seu Luiz

Por ter rica criaccedilatildeo

Lanccedilou o xote e o forroacute

O xaxado e o baiatildeo

Ficando o arrasta-peacute

Como siacutembolo do sertatildeo

Lanccedilando estas criaccedilotildees

Fez o zabumba tocar

Dando ao mesmo mais valor

Na arte de forrozar

Tambeacutem deu vida ao triacircngulo

Hoje instrumento exemplar

Em pouco tempo o Brasil

Seu valor reconheceu

E grupo de seguidores

Ligeiramente nasceu

E Luiz Rei do Baiatildeo

Este tiacutetulo recebeu

O seu valor cultural

Foi da maior importacircncia

Pra histoacuteria brasileira

Veja a significacircncia

Pois decantou o Nordeste

Com jeito e com elegacircncia

Apoacutes a declamaccedilatildeo responda

a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar

b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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this video Inscreva

OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular

A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No

iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos

anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo

se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas

artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no

exterior

httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms

amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr

=133 Acesso 14092013

Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor

httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013

httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013

Foi quem mais reivindicou

Melhoria pro Nordeste

Mostrando pros governantes

A seca a fome e a peste

Que muito maltrata o povo

De todo sertatildeo agreste

No seu canto interpretou

O profundo sentimento

Da alma do sertanejo

Que sofre a todo o momento

No Nordeste que retrata

O mais cruel sofrimento

Quando seu Luiz cantava

Simbolizava o vaqueiro

Seu aboio e seu gemido

Invadiam o tabuleiro

Desta forma ele exaltava

O Nordeste brasileiro

Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com

folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra

Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

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Atividade 10

Acolhida Exercitando a arte do cordel

Para elaborar um cordel deve-se pensar nas

palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema

depois comeccedilar a formar rimas versos e depois

estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a

partir dele criar um cordel

Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras

estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo

Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-

KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce

sso 21092013

Por forccedila do destino

A um chamado atendeu

Vinda do Pai soberano

Quem chamou o filho seu

Para cantar laacute no ceacuteu

As muacutesicas que aprendeu

Certamente o velho Lua

O mestre Rei do Baiatildeo

Jaacute se encontra com seu pai

Laacute em outra dimensatildeo

Aquele que lhe ensinou

Tatildeo honrosa profissatildeo

Este pequeno folheto

Eacute somente uma mostragem

Daquele que foi em vida

Nosso maior personagem

Que o povo guardaraacute

Para sempre a sua imagem

Termino aqui esta histoacuteria

Com o coraccedilatildeo enlutado

Escrita no mesmo dia

Que Luiz ouviu chamado

Pra morar na Santa Casa

Por Deus sendo abenccediloado

Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-

guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo

Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

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Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013

CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em

CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013

CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

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EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

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ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

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Sugestotildees de viacutedeos

httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013

httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013

Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um

tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado

leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure

arrumaacute-lo ateacute ficar bom

Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e

expocirc-los no paacutetio da escola

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Referecircncias

AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013

BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e

Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006

BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo

Hucitec 1996

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CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis

Vozes 1998

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013

GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

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PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

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TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013

Page 60: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esta unidade didática servirá de material para a aplicação da intervenção pedagógica PDE/2013 e tem como objetivo geral

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte

- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013

CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013

COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013

COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013

Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013

EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013

FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013

FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013

GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013

GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de

mar de 2013

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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988

GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013

INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013

MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013

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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013

PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008

PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013

PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -

YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013

PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013

PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013

ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em

wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013

SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013

SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em

httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013

SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013

SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-

pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-

de-fernando-pessoa-ativ-para-slide

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-

e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube

Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013

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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008

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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013

Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

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SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013

SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-

triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-

apresentao-on-line Acesso 19 092013

httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-

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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa

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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013

TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em

httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-

8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013

TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013

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