os desafios da escola pÚblica paranaense na … · 2016-06-10 · perceber como tem sido o uso das...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
PERIGOS VIRTUAIS E O CONTEXTO EDUCACIONAL: uma abordagem estatística
Autor: Jorge Luiz Abou Saab1
Orientadora: Ana Lúcia Pereira Baccon2
ResumoO presente trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre os perigos que permeia o uso incorreto dos computadores, que vai desde a postura física e psíquica por permanecer por longo período de interatividade, bem como dos riscos de postar sem conhecer ou ser enganado pelas armadilhas dos atos ilícitos no meio virtual. A presente pesquisa trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada por meio de questionários estruturados com alunos do Ensino Médio e Profissional do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná, em Wenceslau Braz, Paraná, buscando perceber como tem sido o uso das mídias informatizadas, bem como o conhecimento dos alunos sobre assunto abordado. Após o levantamento dessas informações foi realizado um trabalho de esclarecimento dos conteúdos relativos ao uso incorreto dos computadores, por meio de palestras informativas e instrutivas com todos os alunos que participam da pesquisa. Como resultados, podemos apontar o quanto o tema Perigos Virtuais e o Contexto Educacional precisam ser abordados no contexto escolar; bem como uma abordagem estatística, relativo ao uso do computador e da internet,, e sua presença na atividade comercial, na tomada de decisões, na economia do país, no setor público, na saúde e nas decisões políticas é de suma importância, na educação e formação dos nossos alunos.
Palavras–chave: Estatística. Computador. Perigos Virtuais.
Abstract
This paper aims to present some reflections on the dangers that permeates the misuse of computers, ranging from physical and mental attitude to stay for long periods of interactivity, as well as the risks of posting without knowing or being fooled by the trappings of unlawful acts in the virtual environment. The present research it is a qualitative research conducted through semi-structured interviews with high school students of the State College and Professional Dr Sebastian Parana in Wenceslao Braz, Paraná, has been seeking to understand how the use of computerized media, as well as the students' knowledge of subject matter covered. After the lifting of such information a clarification of content relating to improper use of computers was performed by means of informative and instructive lectures to all students 1 Professor da Rede Pública graduado em Administração de Empresas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) com habilitação em Matemática pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-PR) com Especialização em Educação Matemática pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio (FAFICOP) atua no Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná, em Wenceslau Braz.
2 Professora Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Educação Mestrado e Doutorado e orientadora do PDE na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
participating in the survey. As results we can point the topic Virtual hazards and Educational Context, as well as a statistical approach, concerning the use of computers and the Internet, the importance of statistics in the present, and their presence in commercial activity, in making decisions on the economy country, the public sector, health and policy making is of paramount importance in education and training of our students.
Keywords: Key Statistics. Computer. Virtual dangers.
1 Introdução
Este trabalho pretende levar informações as pessoas e principalmente aos
alunos da escola pública sobre as consequências danosas causadas pelo uso
incorreto do computador. O imenso benefício que o computador e a internet
proporcionaram, sem precedentes, na direção de informação, conhecimento,
entretenimento e agilidade nas organizações empresariais, revolucionou os
costumes, o trabalho e o comportamento social. Jovens cibernéticos impulsionados
pelas redes sociais interativas e sofisticados softwares de jogos, mergulham por
longos tempos anestesiados pela excitante emoção do entretenimento.
Por outro lado, pessoas disponibilizam assuntos mal intencionados e acabam
praticando crimes na internet, talvez, sem conhecimento da ilegalidade. Entretanto,
há muitos outros perigos vindo pelas vias da web. Baseado nesse pressuposto
direciona-se este trabalho no sentido de prevenir e evitar futuras consequências
danosas a saúde e legalidade das pessoas e dos alunos. Espera-se que as
informações preventivas sirvam para que as pessoas reflitam e procurem evitar
situações constrangedoras e futuros prejuízos a saúde e a moral.
A entrada da informática na vida social tornou-se uma ferramenta
indispensável para todos os setores do mercado e do lazer, na realização de
trabalhos e entretenimentos de toda ordem, porém, tem sido assunto de
preocupação para autoridades de diversos setores.
Há muito tempo, a imprensa veicula os perigos dos crimes produzidos através
da internet, tornando-os vítimas ou autores de delitos praticados nesse espaço,
porém, muitas vezes por desconhecer procedimentos legais.
A presente pesquisa pretende apresentar algumas reflexões sobre os
transtornos que podem incomodar e prejudicar os usuários de computadores, na
perspectiva de usufruir com responsabilidade, autocontrole e segurança dos
avanços tecnológicos da humanidade. A escola como prática educativa e social,
pode contribuir para a formação do sujeito aluno e para sua atuação no contexto
social.
Além disso, apontar a relevância da estatística na atualidade, sua presença
nas atividades comerciais, na tomada de decisões, na economia do país, no setor
público, na saúde e nas decisões políticas é de sua importância na sociedade
contemporânea, principalmente para alunos que estão em fase de formação física,
psíquica, social e escolar. Pensando nisso, e na dificuldade de muitos alunos
apresentam na elaboração de dados estatísticos, compreensão e interpretação de
tabelas e gráficos, despertou-nos na busca por oportunizar a organização deste
trabalho, pois a estatística está cada vez mais presente no levantamento de
informações reais do contexto social, no conhecimento dos fenômenos.
Como sugestão do conteúdo da pesquisa, que ora envolve a todos e
principalmente os jovens, verifica-se como as pessoas estão usando o computador e
a internet. Tema de relevância no contexto social, que ganha notícias com a forma
errada do uso do computador e a sua interatividade. O uso exagerado, inadequado e
indisciplinado dos computadores, podem gerar prejuízos, psíquicos (vícios), físicos
(doenças) e legais (crimes) aos usuários cibernéticos.
O desconhecimento de determinadas leis, tem levado muitos jovens a
postarem textos inadequados na internet, cometendo atos ilegais sem talvez
conhecer suas consequências, ou até sendo vítimas delas. Há outros perigos que
rodeiam a rede de comunicação, quanto ao uso prolongado e sem disciplina de
tempo, que poderá levar o usuário ao vício, ou ser atingido por doenças
provenientes deste tempo de excesso de uso.
A sociedade caminha cada vez mais na direção das dependências e
consequentemente nas mudanças que acompanham a informatização. No entanto, o
uso demasiado e incorreto pode acarretar problemas da mais diversas natureza para
o sujeito que não se conscientiza do seu uso correto. Portanto, o uso correto do
sistema de informação no computador, vai desde a postura física para manusear,
tempo de permanência, à postagens legais, que sendo utilizadas adequadamente
pode evitar problemas futuros.
Podemos perguntar então: Os alunos estão utilizando corretamente o
computador? Eles conhecem o que devem ou não ser postados nas redes sociais?
Sabem dos riscos que os cercam?
A busca por trazer algumas reflexões sobre essas questão é que nos motivou
a pesquisamos o tema aqui apresentado. Além disso, acreditamos que toda
pesquisa que venha ao encontro de minimizar as dificuldades, que venha contribuir
para que o aluno possa desenvolver uma consciência crítica e o oriente para que
este possa ocupar o seu espaço social com mais competência e dignidade, será
sempre bem vinda.
2 Fundamentação Teórica
Pela transformação que ocorre em nossa sociedade no âmbito econômico,
político e cultural, a escola deve estar atenta a transmitir aos seus indivíduos,
conhecimentos da realidade que os cercam, introduzidos pela interdisciplinaridade.
“A multi ou interdisciplinaridade implica a contribuição de diferentes disciplinas para
a análise de um objeto, que, no entanto, mantém seu ponto de vista, seus métodos,
seus objetos, sua autonomia” (KUENZER, 2005, p. 86).
Em busca de soluções para suas necessidades pessoais e profissionais o
homem sempre buscou aprimorar suas ferramentas de trabalho. Seria impossível
alcançar o estágio atual do mundo globalizado, sem a presença dos meios de
informatização. Podemos destacar ainda que: “Esta ambição remete às reflexões de
Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento, na
escola, deveria equivaler à ideia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de uma
formação, a um só tempo, humanista e tecnológica” (PARANÁ, 2008, p. 20).
Por outro lado, o uso exagerado, inadequado e indisciplinado dos
computadores, podem gerar prejuízos, psíquicos (vícios), físicos (doenças) e legais
(crimes) aos usuários cibernéticos. O entretenimento proporcionado pelo
computador e seu exagerado uso, pode conduzir o usuário cada vez mais tempo de
interatividade e atingir o estágio de vício. Esse comportamento de clausura pode
trazer prejuízos a realização dos seus afazeres e o convívio interpessoal.
Intensifica-se a busca por tratamento de dependências tecnológicas, devido a
aspectos psicológicos e sociais, causados pela baixa auto-estima, depressão,
isolamento, sedentarismo e reclusão emocional.
O entretenimento proporcionado pelo computador e seu exagerado uso, pode
conduzir o usuário cada vez mais tempo de interatividade e atingir o estágio de vício.
Esse comportamento de clausura pode trazer prejuízos a realização dos seus
afazeres e o convívio interpessoal.
Intensifica-se a busca por tratamento de dependências tecnológicas, devido a
aspectos psicológicos e sociais, causados pela baixa auto-estima, depressão,
isolamento, sedentarismo e reclusão emocional.
De acordo com a revista Veja (edição 2157, 24 de março de 2010), surgiram
grupos especializados no atendimento de dependentes virtuais como a Santa Casa
de Misericórdia, no Rio de Janeiro e o Instituto de Psiquiatria do Hospital das
Clínicas, na Universidade de São Paulo. E como destaca o psicólogo Cristiano
Nabuco de Abreu: “Muita gente que procura ajuda aqui ainda resiste à ideia de que
essa é uma doença”.
Há atividades profissionais que dependem de trabalhar com o computador, e
exigem muito tempo de permanência e interatividade. A ANVISA (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) destaca que o prolongamento de uso frente ao computador
pode ocasionar LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular
Relacionado ao Trabalho).
Atualmente, com larga escala de abrangência da informatização na
comunicação, a sociedade está mais dependente de tablets, celulares e
computadores conectados na web, portanto, estão sujeitos a crimes de pedofilia,
discriminação, estelionato, contra honra, entre outros.
Segundo o Jornal Gazeta 24h (05 de dezembro 2012), o delegado Demétrius
Gonzaga de Oliveira, responsável pelo Nuciber, destaca que:
Crimes contra o patrimônio, como clonagem de cartões, estelionato e desvio de dinheiro são as ocorrências criminais mais investigadas pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), unidade especializada da Polícia Civil, correspondendo a aproximadamente 60% do total. Crimes como calúnia, injúria e difamação, envolvendo nome e imagem de terceiros, aparecem logo em seguida, com diversos casos registrados pela unidade.
O Código Penal Brasileiro vem sendo usado para resolver os crimes
cibernéticos e foi alterado para amparar esse tipo de delito. A presidente Dilma
Rousseff sancionou a Lei nº 12.737, de 30 de novembro de 2012 que tipifica os
delitos informáticos. Houve alteração no Código Penal que dispõe:
Art 154 - A invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Código Penal).
Essa lei trata dos crimes praticado por quem invade computadores sem
autorização do titular para disseminar vírus, obter senhas, fazer transações
bancárias indevidas, entre outros.
Nos ambientes escolares percebe-se que estes fatos criminosos são
desconhecidos pela maioria dos educandos, acreditando que não poderia ocorrer
nos meios digitais. No entanto, nota-se a importância do conhecimento de situações
criminais postados ou disponibilizados pela internet, pelas pessoas que a utilizam
como ferramenta de trabalho ou lazer. Portanto, a escola não pode ficar fora desse
cenário e precisa:
Construir o conhecimento tecido nas complexas redes contextuais de significações pressupõe assumir o processo pedagógico com objetivos e estratégias pedagógicas diferenciadas; a sala de aula passa a ser palco de discussões, de argumentações, de pesquisa. A discussão a partir da complexidade pressupõe acolher a investigação como princípio pedagógico norteador, onde professor e aluno se lançam na construção de projetos – de vida, de saberes (KRONBAUER; GONÇALVES, 2010. p. 24).
Uma pesquisa de campo na coleta de informação na escola de atuação,
adquire dados por questionamento, transformados em tabelas e gráficos, identifica
situações dos indivíduos relacionados a propriedade de equipamentos e
conhecimento de sua interatividade. Dentro desse contexto, podemos destacar que
as aulas de Matemática podem contribuir para a construção desse ambiente, pois:
[...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em determinadas circunstâncias (BARBOSA, apud, PARANA, 2008, p. 64).
Pela transformação que ocorre em nossa sociedade no âmbito econômico,
político e cultural, a escola deve estar atenta a transmitir aos seus indivíduos,
conhecimentos da realidade que os cercam, introduzidos pela interdisciplinaridade.
3 Metodologia, Estratégias de Ação e suas Etapas de Realização
A presente pesquisa trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada por meio
de questionários estruturados com alunos do Ensino Médio e Profissional do Colégio
Estadual Dr Sebastião Paraná, em Wenceslau Braz, Paraná. Buscando perceber
como tem sido o uso das mídias informatizadas, bem como o conhecimento dos
alunos sobre assunto abordado.
Tal pesquisa se faz necessária, pois como assim destaca Arns (2010 p. 8):
"Cabe, portanto à escola, mostrar um caminho para o desenvolvimento do senso
crítico aos alunos para que saibam analisar, selecionar e utilizar as informações de
forma adequada, como também interromper qualquer movimento de alienação".
Após escolhermos o assunto e elaboramos o roteiro de pesquisa, coletamos
os dados, buscando preservar a identidade dos alunos. Em seguida fizemos a
organização dos dados em tabelas, construção de gráficos e análise dos resultados.
As tabelas e os gráficos foram feitos na sala de aula, em seguida no
laboratório de informática na planilha eletrônica e posteriormente estudados e
analisados.
O desenvolvimento deste projeto foi constituído de estudo do tema,
elaboração e implementação com início das atividades no primeiro semestre de
2014. A implementação do projeto foi composto por várias etapas iniciando com
a apresentação para a comunidade escolar na Semana Pedagógica, com exposição
do trabalho a ser desenvolvido com os alunos, provocando uma boa aceitação e
interesse pelo assunto. No início das aulas foi realizada uma apresentação do
trabalho aos alunos do 3º ano de Formação Docente sobre o projeto a ser
desenvolvido pelo professor PDE juntamente com eles.
Na continuidade do trabalho foi planejado o roteiro da pesquisa, a redação
das perguntas a serem questionadas. A coleta de dados foi realizada por meio de
pesquisa de campo, por meio de um questionário estruturado, cujo objetivo era
verificar e analisar, qual é a visão dos alunos sobre o uso da internet. Participaram
da presente pesquisa alunos do curso de Formação de Docentes, Técnico em
Administração e Técnico em Informática, que responderam um questionário, onde
buscamos preservar a identidade dos alunos que participam da presente pesquisa.
A organização dos dados foi feita em tabelas e gráficos, em seguida apresentamos
a análise dos mesmo, bem como a apresentação dos resultados. As tabelas e os
gráficos foram feitos em sala de aula, em seguida no laboratório de informática, na
planilha eletrônica e posteriormente estudados e analisados.
No decorrer do mesmo trabalho, o professor PDE informou aos alunos, dos
perigos que estão envoltos aos usuários de computador, como: doenças – causas e
prevenções, vícios - causas e prevenções e os crimes - praticados ou vitimados pela
Internet, com exposição de slides e vídeos, esclarecendo sobre os temas para que
os alunos adquirissem conhecimentos dos prejuízos e males do uso excessivo da
internet.
O presente trabalho pretendeu ir ao encontro de sanar a dificuldade do estudo
matemático estatístico e ao mesmo tempo, levar informações sobre os perigos
virtuais que as pessoas estão sujeitas.
- Apresentação do Projeto para os Alunos
Fizemos a apresentação para os alunos, da proposta das atividades a serem
desenvolvidas na implementação do projeto, pela exposição das atividades do
processo estatístico, desenvolvimento e formação. O caminho consistiu no
planejamento da pesquisa, seleção da população a ser pesquisada, formulação do
questionário – sem identificação dos alunos, coleta e organização dos dados
colhidos, construção de tabelas, gráficos e análise do resultado.
Cientes de que o conteúdo da pesquisa envolvia o uso inadequado do
computador e internet, abrangendo as consequências danosas para a saúde e a
legalidade de postagens.
- Planejamento da Pesquisa
Os alunos tiveram conhecimento das etapas do desenvolvimento da
pesquisa, com objetivo de verificar, como os alunos estão usando os computadores
e a internet, em seguida a seleção das turmas a serem pesquisadas.
- Apresentação do conteúdo LER/DORT
Apresentado por slides e vídeo, pelo professor PDE, assuntos relativos às
consequências do uso indevido do computador que pode causar as doenças: LER –
Lesões por Esforços Repetitivos e DORT – Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho. São doenças inflamatórias como: tenossinovite e
tendinite. Podem atingir os ombros, cotovelos, mãos e outras articulações. A doença
causa muita dor e pode tirar as pessoas de suas atividades. Os sintomas como
dores, formigamento e fadiga muscular, podem causar limitações da mobilidade,
inflamação, diminuição da força muscular e em caso extremo, cirurgia. Recomenda-
se postura, alongamento e pausa nas atividades a cada hora.
- Apresentação dos vícios cibernéticos
Realizado através de slides e vídeo, apresentamos os vícios cibernéticos em
que pessoas estão sujeitas. Muitos jovens cibernéticos mergulham por longos
tempos anestesiados pela excitante emoção do entretenimento.
Os sintomas de dependência são sinalizados pela angústia de não usar a
internet, dificuldade de limitar o tempo de uso e abstenção de atividades diárias
coma família, com o estudo, com o esporte, entre outras.
4 Apresentação e análise dos dados
Participaram da pesquisa 150 alunos, do Curso Formação de Docentes,
Técnico em Administração e Técnico em Informática do Colégio Estadual Dr
Sebastião Paraná, na cidade Wenceslau Braz.
Os alunos dos cursos que participam da pesquisa, foram divididos em grupos
de cinco alunos em cada turma. Após essa organização os mesmo dirigiram-se para
a coleta de dados. Após os dados coletado, as informações colhidas pelo
questionário estruturado, foram organizadas para em seguida serem apresentados
os resultados.
O questionamento da pesquisa – sem identificação dos alunos, teve como
objetivo, verificar se o aluno possui computador, o acesso à internet, o tempo de
permanência diária de interatividade e o conhecimento dos crimes cometidos
através da internet. Segue abaixo as perguntas que compuseram o questionário:
1. Possui computador: ( )sim ( )não
2. Acesso a internet ( )casa ( )outros locais
3. Tempo de acesso diário ( )1h ( )2h ( )3h ( )5h ( )10h ( )mais de 10h
4. Passou a noite inteira no computador? ( )nunca ( )as vezes ( )muitas vezes
5. Você sabe que pode viciar em jogos de computador ou internet? ( )sim
( )não
6. Conhece a doença LER/DORT? ( )sim ( )não
7. Conhece crimes praticados na internet? Cite.
A organização da coleta e contagem dos dados foram apresentados em
tabela, seguidamente na construção de gráficos representando a situação do
momento.
Gráfico 01: Em relação à primeira questão.
Sim Não
70%
30%
Alunos do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná
Alunos que possuem computador em casa
Fonte: Autor.
Em relação à primeira questão podemos destacar que 70% dos alunos
possuem computador em casa e 30% não possui.
Gráfico 02: Em relação a segunda questão.
Casa Outros locais
68%
32%
Alunos do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná
Local de acesso a internet
Fonte: Autor.
Em relação à segunda questão, podemos destacar 68% tem acesso a
internet em casa e 32% outros locais.
Gráfico 03: Em relação à terceira questão.
1h 2h 3h 5h 10h Mais de 10h0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Alunos do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná'
Tempo diário de acesso a internet
Horas
Fonte: Autor.
Em relação à terceira questão podemos destacar que 40% acessa a internet
por 1h diária, 14% acessa 2h, 18% acessam 3h, 14% acessam 5h, 6% acessa 10h e
8% acessa mais de 10h ao dia.
Gráfico 04: Em relação à quarta questão.
46%
34%
20%
Alunos do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná
Passou a noite inteira no computador
Nunca
As vezes
Passou
Fonte: Autor.
Em relação à quarta questão podemos destacar que 46% nunca passou a
noite inteira no computador, 34% às vezes e 20% muitas vezes.
Gráfico 05: Em relação à quinta questão.
Sabem Não sabem
94%
6%
Alunos do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná
Conhecimento de que jogos virtuais e internet podem viciar
Fonte: Autor.
Em relação à quinta questão podemos destacar que 94% dos alunos sabem
que jogos de computador e internet podem viciar e 6% não sabem.
Gráfico 06: Em relação à sexta questão.
Não Sim
92%
8%
Alunos do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná
Conhecimento da doença LER/DORT
Fonte: Autor.
Em relação à sexta questão podemos destacar que 92% dos alunos não
sabem o que é LER/DORT e 8% sabem.
Gráfico 07: Em relação à sétima questão.
Fonte: Autor.
Em relação à sétima questão podemos destacar que 40% dos alunos
responderam que não conhecem crimes praticados na internet, 36% responderam
pedofilia, 12% bullying e 12% responderam calúnia.
No Laboratório de informática os alunos organizaram os dados e construíram
as tabelas da pesquisa realizada nas turmas da escola. Construíram também vários
tipos de gráficos na planilha eletrônica, representando a situação do momento.
Após apresentação de slides pelo professor PDE sobre crimes cibernéticos,
sobre os tipos de crimes que são praticados pela internet, os alunos
pesquisaram assuntos de crimes praticados através da internet e realizaram um
relatório. A partir desse relatório foi possível percebermos que muitas pessoas
disponibilizam assuntos mal intencionadas na internet e podem estar praticando
crime, talvez, sem conhecimento da ilegalidade e que os crimes podem ser calúnia,
injúria, difamação, estelionato, desvio de dinheiro entre outros.
Foi possível percebermos também que a grande maioria dos alunos não
tinham conhecimento sobre a nova Lei, nº 12.737, de 30 de novembro de 2012 para
Não conhece Pedofilia Bullying Calúnia
40%36%
12% 12%
Alunos do Colégio Estadual Dr Sebastião Paraná
Conhecemento de crimes praticados na internet
crimes cibernéticos, sansionada pela presidente Dilma Rousseff que tipifica os
delitos informáticos.
Apresentação de vídeos relativos a noticias de crimes foram realizadas por
meio de links na internet.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A implementação deste projeto de intervenção do PDE, com os alunos do 3º
ano de Formação de Docentes, período noturno, possibilitou-nos maior
conhecimento de construção e interpretação de gráficos, bem como os perigos que
as pessoas estão expostas, com manipulação das mídias, tais como, as doenças,
vícios e crimes que podem decorrer com uso sem conhecimento e disciplina dessas
tecnologias.
Os alunos passaram pelas etapas de elaborar as perguntas do questionário
da pesquisa, colocar em prática a coleta de informações nas salas de aula, onde se
encontrava o objetivo da pesquisa, organização dos resultados em tabelas, gráficos
e a formalização no laboratório de informática.
As metodologias de ensino devem aguçar a observação, curiosidade e a
experimentação, na construção do conhecimento em vias de fato.
Com a realização deste trabalho, tornou-se possível fazermos muitas
reflexões sobre a formação da pesquisa, no levantamento e conhecimento dos
fenômenos presente, e ainda, a informação da necessidade de atenção, no
comportamento do uso das tecnologias virtuais. Além disso, as atividades realizadas
em sala de aula tiveram, a finalidade de formar um cidadão arguidor, que possa
exercer sua cidadania plena em uma sociedade.
Na sociedade contemporânea em que a informação é crescente, a escola
também precisa ser um lugar de acolhimento e que vá ao encontro de fazer com que
o jovem encontre sentido e significado naquilo que faz e busca. Portanto, deixar de
falar ou ensinar sobre as novas tecnologias no contexto educacional é deixar de
executar um dos seus papéis sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNS, Elaine. Técnicas Educacionais, Editora Pró Escola, 2010.
DCE: DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA SOCIOLOGIA.Governo do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamentode Educação Básica. 2008.
KUENZER, Acácia Zeneida (Org.). Ensino médio: construindo uma propostapara os que vivem do trabalho. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
KRONBAUER, Margareth Fandaneli Simionato, GONÇALVES, Selenir Corrêa,Formação de Professores, Editora Paulinas, São Paulo, 2010).
http://veja.abril.com.br/240310/quando-rede-vira-vicio-p-110.shtml Acesso em:22Out 2014.
http://www.anvisa.gov.br/institucional/anvisa/rh/qv/ler_dort.pdf Acesso em: 22 Out2014.
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http://www.dependenciadeinternet.com.br/ Acesso em: 23 Out 2014.