os desafios da escola pÚblica paranaense na … · o mapa conceitual pode contribuir,...
TRANSCRIPT
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
1 IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA – TURMA PDE/2014
Título: A IMPORTÂNCIA DO MAPA CONCEITUAL NO ENSINO DA GEOGRAFIA
PARA ALUNO SURDO DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor: NEUZA MARIA PEREIRA DE SOUZA
Disciplina/Área Geografia/Educação Especial
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Bilíngue da ACAS Ensino Infantil e fundamental.
Município da escola: Cascavel
Núcleo Regional de Educação:
Cascavel
Professora Orientadora: Me.Tânia Aparecida Martins
Instituição de Ensino Superior:
Unioeste– Cascavel
Resumo:
Essa Unidade Didática tem como ponto de partida os desafios metodológicos, no ensino de conteúdos específicos da Geografia para alunos surdos, que o professor vem enfrentando no decorrer da prática pedagógica. O que se propõe nesse trabalho é o desenvolvimento de procedimentos metodológicos através da construção do mapa conceitual, visando um aprendizado mais significativo no estudo da paisagem geográfica, tendo como ferramenta a tecnologia assistiva, explorando o conhecimento prévio do aluno para aprender conceitos e relacioná-los. Esses conceitos adquiridos não apenas no âmbito escolar, mas também em seu cotidiano por meio das relações estabelecidas no meio em que vive. Para isso, apoia-se no aporte teórico da aprendizagem significativa em Ausubel (1980), nas referências metodológicas da construção do mapa conceitual de Novak (1998) e também na nova Filosofia para a Educação de Surdos, o bilinguismo, que vêm ao encontro dos anseios dos surdos em suas diferentes funções, além de buscar ampliar a condição de formação de conhecimentos num todo, dando desta forma, meios de interação e participação ativa na sociedade, onde a Libras é considerada como sua primeira língua (L1) e o português escrito como sua segunda língua (L2). O
objeto de análise será o estudo da paisagem para alunos surdos do 6º ano do ensino fundamental, e os procedimentos metodológicos para o seu ensino será implementado por meio de oficinas, com os alunos surdos, no decorrer da aplicação deste trabalho.
Palavras-chaves: Tecnologia assistiva, Geografia, mapa conceitual, Educação de Surdos.
Formato do Material Didático: Unidade Didática.
Público Alvo
Alunos surdos do 6º ano do Ensino Fundamental.
Esta produção é parte do Projeto de Intervenção Pedagógica desenvolvido para o
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), como Formação Continuada aos
professores da rede pública de Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná. Trata-
se do material didático denominado Unidade Didática, cuja implementação acontecerá na
Escola Bilíngue da Acas Educação Infantil e Ensino Fundamental no município de
Cascavel – Pr. Este trabalho tem como tema de pesquisa: O Estudo da Paisagem por
meio do Mapa Conceitual.
O foco desse trabalho está pautado nas dificuldades que envolvem o processo de
ensino-aprendizagem nos anos finais do ensino fundamental, cujas atividades serão
direcionadas especificamente aos alunos surdos do 6º ano, com a finalidade de promover
o ensino dos conteúdos (paisagem) de Geografia de forma mais efetiva. Na vida escolar,
o surdo precisa estabelecer relações entre duas línguas, sua língua natural a Libras e a
Língua portuguesa como segunda língua. É por intermédio da linguagem que o indivíduo
se comunica, interage, relaciona na sociedade. O surdo tem a mesma necessidade de
inter-relacionar, entretanto encontra barreiras, uma vez que sua condição não lhe permite
fazer entender pela grande maioria. Sua língua padrão não é reconhecida por todos, nem
usada no seu cotidiano como algo corriqueiro aos demais indivíduos.
O bilinguismo proposta atual da educação de surdos tem a Libras (L1) e a língua
portuguesa (L2), vem ao encontro do aluno em suas diferentes funções e busca ampliar a
condição de informação de conhecimento num todo, dando desta forma ferramentas de
interação e participação ativa na sociedade.
Devido às dificuldades que o aluno surdo apresenta no processo ensino
aprendizagem dos conteúdos de Geografia, a proposta deste trabalho diz respeito a
procedimentos metodológicos do mapa conceitual no ensino, com o uso da tecnologia
voltada a uma proposta direcionada aos alunos surdos na construção de materiais que
poderão proporcionar o acesso ao conhecimento sistematizado dos conteúdos desta
disciplina, promovendo um melhor aprendizado do espaço geográfico em que vive.
Para o desenvolvimento desse projeto, inicialmente será necessário promover
situações em que o estudante surdo possa externalisar os conhecimentos já incorporados
2. APRESENTAÇÃO
em seus saberes sobre o tema Paisagem. Por meio do mapa conceitual, serão
desenvolvidas atividades que envolvam o uso da Libras como primeira língua, a escrita do
português como segunda língua, além de desenhos, com a apropriação de ferramentas
computacional para a ampliação do conhecimento sobre o tema em estudo.
A construção do mapa conceitual será realizada em várias etapas, primeiramente
com o auxilio do professor com diversas atividades que envolvam a Libras e a escrita do
português, e em outros momentos será elaborado pelos alunos em grupo e individual.
O estudo da Paisagem na Geografia trabalhada nesta metodologia pretende
promover outros conceitos que serão trabalhados dependendo da direção dessa
construção. Dando subsídios, por exemplo: de espaço rural (campo) e o espaço urbano
(cidade), onde poderão ser estuda as suas atividades econômicas, a localização, os
meios de orientações, dentre outros.
1.1. Objetivo geral:
Desenvolver o conceito sobre o conteúdo Paisagem, a partir de procedimentos
metodológicos que promovam a inserção da metodologia do mapa conceitual no ensino
da Geografia, visando uma apropriação significativa e conhecimentos específicos do
conteúdo.
1.2. Objetivo específico:
Observar e identificar o que é uma paisagem;
Fazer uso das TICs no espaço escolar como ferramenta de apoio à prática
pedagógica, com a metodologia do mapa conceitual;
Ampliar o conceito e o sinal em Libras sobre paisagem na Geografia;
Relacionar conceitos do conteúdo paisagem com as demais áreas do
conhecimento;
Identificar conceitos sobre o estudo da paisagem na Geografia;
Conceitualizar o vocabulário do conteúdo no mapa conceitual traduzindo-os em
Libras.
Os surdos têm como recurso principal para o aprendizado a “visão”. Neste sentido,
o mapa conceitual pode contribuir, significativamente, para a organização do pensamento
de uma forma mais sistematizada e, por conseguinte mais visual. Na concepção de David
Ausubel (1918- 2008), o ensino necessita fazer algum sentido para o aluno e, nesse
processo, a informação deverá interagir e ancorar-se nos conceitos relevantes já
existentes na estrutura do aluno. O autor entende que, a aprendizagem significa verificar
quando o banco de informações no plano mental do aluno se revela. Esse processo é
ativo e pessoal, o reforço da estrutura cognitiva facilita a aquisição e a retenção dos
conhecimentos novos. Sendo o resultado de uma interação do novo material ou
informação com a estrutura cognitiva preexistente no individuo (AUSUBEL,1983, p.148).
De acordo com Novak (1998), na teoria de Ausubel sobre o desenvolvimento
cognitivo encontram-se três ideias: 1- Ausubel compreende o desenvolvimento de novos
significados com uma construção sobre conceitos e preposições antes relevantes; 2- Ele
entende a estrutura cognitiva como uma organização hierárquica, com conceitos mais
específicos e menos inclusos, partindo dos conceitos gerais; 3- Quando a aprendizagem
3. VAMOS REFLETIR UM POUCO SOBRE O MAPA CONCEITUAL NO ENSINO
DE GEOGRAFIA?
Vi que os sujeitos surdos se comunicam pelas mãos que era então a grande descoberta para mim. Desembarquei na terra Língua de Sinais, os meus pés criaram raízes e descobri que esse é meu mundo surdo. Como se uma semente estivesse saindo, formando árvore de mão, ou seja, nasci em terra surda. Eles são como eu, como o mesmo território visual cultura e comunicação. (NUNES, MOURÃO, 2011, pg. 37).
significativa ocorre, as ligações entre os conceitos se tornam mais claras, mais precisas e
integradas com outros conceitos e preposições.
A Teoria da assimilação é o ponto central da proposta de Ausubel. Ele explica a
teoria dizendo que a nova informação é nivelada aos aspectos preexistentes na estrutura
cognitiva, e no processo modificam se a informação recente adquirida e a estrutura
preexistente. (AUSUBEL, 1983, pg. 71). No impacto visual, nas palavras de (NOVAK,
1998, p. 106) “um bom mapa conceitual é conciso e mostra as relações entre as ideias
principais de modo simples e atraente, aproveitando a notável capacidade humana para
representação visual”. Assim, o mapa conceitual pode ser compreendido como uma
ferramenta para organizar e representar conhecimentos. É, portanto, uma representação
gráfica semelhante a diagramas que indicam relações ligadas por palavras.
O mapa conceitual está de acordo com um modelo de Educação, pois está
centrado no aluno e não no professor; e atende o desenvolvimento das habilidades por
parte do educando. Essas características provêm das notas que definem aprendizagem
significativa, (AUSUBEL, et. al., 1983). A preocupação com as transformações e
mudanças sociais, atualmente há discussões de natureza diversas sobre o ensino da
geografia, no papel da escola que possam reforçar teorias e práticas na expectativa de
formar alunos capazes de elaborar conceitos inteligentes e significativos para participar de
forma critica e criativa para todos os fins específicos.
Portanto, a preocupação é tentar adequar o ensino de Geografia ao contexto desse
mundo, aproximando o aluno surdo aprimorando conhecimentos de forma mais atrativa
facilitando a construção de uma prática para a aprendizagem significativa para a vida.
Nessa oportunidade, a opção pelo ensino da paisagem, com um aprendizado significativo
de Ausubel, com a construção do mapa conceitual por Novak (1998), numa expectativa de
apresentar alternativas para a prática de ensino facilitando uma melhor compreensão dos
fatos geográficos.
Você pode saber mais! Sugestões para aprendizagem complementar sobre
o assunto, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gKUrsvhyM78
Professor (a),
Seja em sala de aula ou em outros espaços escolares, os professores têm o papel,
fundamental, de promover o amadurecimento de ações que venham colaborar com a
formação do aluno de modo mais amplo possível, proporcionando assim a compreensão
e a inter-relação desses alunos com seus próprios pontos de vista, possibilitando ao
educando que reelaborem, modifiquem e aprimorem suas percepções de mundo,
contribuindo para que se torne um sujeito participativo na sociedade em que vivem.
Esse raciocínio remete ao propósito fundamental mencionado nas primeiras
palavras apresentadas na introdução dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o
qual vem nortear a educação brasileira com o principal objetivo de preparar o aluno para o
exercício de sua cidadania e, esta preparação, deve ser entendida como sendo uma ação
contínua e ininterrupta que visa ao desenvolvimento do senso crítico do aluno, bem como
de sua capacidade de argumentar, sendo capaz de se engajar discursivamente nas
diferentes esferas sociais, as quais fazem parte do seu cotidiano.
Em se tratando do ensino da Geografia, vale ressaltar que, tanto os Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCNs, quanto as DCEs (2008, p. 45), atribuem ao professor a
tarefa de planejar e desenvolver atividades que contribuam para a reflexão dos alunos
não apenas sobre a paisagem, o espaço ou diferenciação de área, mas, principalmente
sobre o processo de produção do espaço geográfico. Dentre as atividades, ressalta-se a
importância em atender o que as DCEs do Estado do Paraná (2008, p. 55), diz sobre a
paisagem ser percebida sensorial e empiricamente, mas destaca que não é o espaço, e
sim a materialização de um momento histórico. Nesse aspecto, o ensino desse conteúdo
para os alunos surdos devem ir muito além do que apenas se vê, pois imagens “soltas”
são como palavras “soltas”, isto é, nem sempre é o que parece ser. Portanto, para os
alunos surdos, a Paisagem precisa ser percebida e compreendida, também, a partir de
práticas sociais e culturais de leitura e compreensão de imagens que tenham, e ou
desenvolvam, um significado de fato.
4. ASPECTOS METODOLÓGICOS
Nesse sentido, a elaboração deste material didático parte do princípio em buscar
estudar os processos físicos envolvidos na percepção visual, usando a tecnologia para
representar a imagem visual, desenvolver estratégias para interpretar e entender o que é
visto. Para tanto, terá como método o intuitivo e a percepção sensorial, que para
Pestalozzi (1946, p. 63), “(...) a intuição da natureza é o único fundamento próprio e
verdadeiro da instrução humana, porque é o único alicerce do conhecimento humano”.
Quanto ao método intuitivo, uma se suas principais características é oferecer, na medida
do possível, dados sensíveis à percepção e observação dos alunos, porém, nas
atividades propostas o aluno, também será colocado em uma posição de inter-relação
ativa.
Durante as oficinas, as avaliações serão realizadas no decorrer e após o término
das atividades, por meio de dinâmicas individuais e coletivas.
A implementação deste trabalho, será realizado conforme seguem na sequência,
os objetivos e atividades distribuídas em oito oficinas. As oficinas foram organizadas
sequencialmente, sendo os conteúdos desenvolvidos a partir de observações, análises,
dinâmicas e discussões que proporcionem uma comunicação real (Libras/português), com
base em conceitos que permeiam o dia a dia do aluno surdo, para além dos conteúdos
propostos.
Objetivo geral
Identificar o nível de conhecimento dos alunos surdos em relação ao tema
Paisagem, antes e após a observação in locu. Ampliar os conceitos dos educandos sobre
o tema proposto.
1- OFICINA: OBSERVAÇÃO DA PAISAGEM
5. AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Objetivos específicos
Observar o bairro onde a escola se localiza, para iniciar o reconhecimento
de paisagem.
Realizar uma sondagem sobre a compreensão da paisagem observada;
Verificar o nível de compreensão do aluno sobre o conceito de paisagem;
Aprofundar os conceitos relativos as observações realizadas.
Atividades
1- A professora fará uma sondagem, solicitando aos alunos que observem, através da
janela da sala de aula, o máximo que conseguirem ver. Nesse momento, é muito
importante que os alunos sejam instigados, a fim de que seja aguçado um novo
olhar. Feito isso, em seguida escrever no quadro a palavra Paisagem.
2- Após uma conversa sobre as observações e uma breve explicação sobre o que é
paisagem, será realizada uma caminhada no entorno da escola, solicitando aos
alunos que observem tudo que sua vista alcance.
3- Em sala de aula, em Libras, serão realizadas várias perguntas sobre o que
visualizaram, com o intuito de sondar seus conhecimentos prévios.
4- Solicitar a elaboração de um desenho da Paisagem que cada um observou. Com o
desenho em mãos, cada um deverá dizer primeiro em Libras, e depois na escrita
do português, os elementos presentes em seu desenho.
5- No laboratório de informática, auxiliado pela professora, será realizada uma
pesquisa, individualmente, dos diversos tipos de Paisagem, imagens variadas, e
também da cidade de Cascavel.
Avaliação
Será realizada uma dinâmica de dados, que consiste em três dados: cada um deles
terá colado os tipos de paisagens: da cidade, do bairro, dos estados, dos países e dos
continentes. Simultaneamente, serão jogados os três dados para que os alunos
identifiquem nos mapas as suas respectivas localizações.
Objetivo geral
Considerando o conhecimento que os alunos sobre os elementos que envolvem a
paisagem, serão proporcionados momentos para a aprendizagem e ampliação de novos
conceitos sobre essa temática. Pretende-se desenvolver esses novos conceitos, de modo
lúdico, explorando as ferramentas disponíveis nas TICs e nas duas línguas que os surdos
estão envolvidos (Libras e português).
Objetivos específicos
Observar elementos da paisagem;
Identificar alguns aspectos da paisagem que antes não haviam percebido;
Compreender as localizações das paisagens e seus elementos e se orientem
através da leitura cartográfica.
Explorar os conceitos específicos que envolvem a paisagem.
Atividades
1- Usando o multimídia, através de slides serão mostradas imagens sobre as
Paisagens que os alunos pesquisaram na oficina anterior. Será realizada, em
Libras, diversas perguntas, por exemplo: Onde se localizam essas Paisagens?
Quais são as formas naturais e formas construídas de cada paisagem? Em qual
país, cidade, em quais bairros? Em que posições geográficas se localizam cada
uma delas, dentre outras.
2- Solicitar aos alunos que digam, em Libras, os elementos das paisagens
pesquisadas por eles para dar inicio à construção do mapa conceitual.
Avaliação
Será realizada através da dinâmica: Interpretando figuras. Os alunos deverão
responder questionamentos sobre a localização de cada um dos elementos ou conceitos
da paisagem - Qual é a localização do sol nessa paisagem? Está no Leste ou no Oeste?
E assim por diante. A título de exemplo, segue uma representação conforme a figura 01
abaixo:
2- OFICINA: LOCALIZAÇÃO DAS PAISAGENS
Figura 01 - extraída do Blog Bem querer Ensino Fundamental. Imagem disponível em: http://regininha-atividadesescolares.blogspot.com.br/2013/04/atividades-de-geografia-orientacao-e.html - Acessado em 08/12/14
Objetivo geral
Apresentar ao aluno as mais variadas formas de organizar um mapa conceitual,
proporcionando novas formas de perceber e selecionar aspectos ou dicas importantes
contidas nas mais variadas informações.
Objetivos específicos
Compreender a construção do mapa conceitual usando o tema paisagem;
Desenvolver meios para a elaboração do seu mapa conceitual;
Construir o mapa conceitual com conceitos sobre a paisagem;
Aprofundar conceitos sobre a paisagem a partir do mapa construído;
3- OFICINA: CONSTRINDO O MAPA CONCEITUAL
Organizar um mapa conceitual com as informações contidas nas informações
apresentadas pela professora.
Atividades
1- Após a observação das formas de paisagem, retomar o desenho feito pelos
alunos na oficina anterior;
2- Iniciar a elaboração do mapa conceitual, no quadro de giz com o tema
Paisagem, instigando os alunos para que falem em Libras conceitos que
aparecem em seus desenhos.
3- Fixar os conceitos que aparecem no mapa através de diálogos em Libras e
escrita do português.
Avaliação
Solicitar, em grupo, a construção do mapa conceitual como meio para representar
os elementos da paisagem.
Objetivo geral
Aprimorar a percepção para o reconhecimento dos tipos de espaços,
principalmente, no que se refere as diferenças existentes entre o espaço natural e o
espaço humanizado.
Objetivos específicos
Identificar as diferenças existentes entre o espaço natural e o espaço humanizado;
Compreender as semelhanças e diferenças do espaço natural e do espaço
geográfico;
Reconhecer o espaço natural e o espaço geográfico;
Reconhecer os principais elementos contidos nos espaços geográfico e natural;
Desenvolver um mapa conceitual envolvendo os elementos de cada um dos
espaços apresentados.
4- OFICINA: O ESPAÇO NATURAL E O ESPAÇO HUMANIZADO
Atividades
1- Elaborar o mapa conceitual, aproveitando os conceitos pré-existentes,
ampliando-os, dando início aos conteúdos sobre: espaço natural e o espaço
humanizado. Salienta-se a importância dos diálogos serem realizados em
Libras e a escrita em português.
2- Para fixar o conteúdo, será realizada a dinâmica dos dados. A atividade consiste
em apresentar em três dados os diferentes conceitos e imagens sobre os
conteúdos espaço natural e geográfico. Ao serem lançados os dados
simultaneamente, a tarefa dos alunos será a de identificar esses conceitos ou
imagens e elencarem nos lugares a que pertencem (no quadro de giz terá uma
tabela para ser preenchida conforme os conteúdos trabalhados).
Avaliação
A avaliação será realizada no decorrer da oficina, considerando sempre a
participação do aluno no desenvolvimento das atividades propostas.
Objetivo geral
Desenvolver diferentes meios e formas para elaboração de um mapa conceitual
para representar os conceitos de paisagem. Proporcionar momentos para aperfeiçoar o
desenvolvimento cognitivo e a criatividade, a partir da construção do mapa conceitual
como estratégia de fixar os conceitos sobre Paisagens.
Objetivos específicos
Buscar formas diferenciadas para a elaboração do mapa conceitual;
Apresentar no mapa conceitual os conceitos sobre as paisagens e seus elementos
nelas contidos;
Atividades
1- Os alunos deverão construir o seu mapa conceitual com os conceitos já aprendidos
até esta oficina.
5- OFICINA: FIXAÇÃO DE CONCEITOS DA PAISAGEM
2- Será realizada a leitura de imagens no multimídia com diálogos em Libras, para
responderem por escrito como, por exemplo: quais imagens mostram uma
paisagem natural e quais mostram uma paisagem modificada? O que é uma
paisagem natural? O que é paisagem modificada? O que é uma paisagem? Quais
suas posições geográficas? Dentre outros.
3- A leitura de imagens será trabalhada a partir da “caixa surpresa”. Nesta caixa terá
perguntas como: Que imagens mostram uma paisagem natural? Quais elementos
contém o meio urbano? E assim por diante, cada aluno deverá apresentar sua
resposta conforme a pergunta da “caixa surpresa”.
Avaliação:
A avaliação será realizada no decorrer da oficina, considerando sempre a
participação do aluno no desenvolvimento das atividades propostas.
Objetivo geral
Aprimorar a percepção e o conhecimento sobre o reconhecimento das diferentes
atividades econômicas desenvolvidas no meio rural.
Objetivos específicos
Identificar as atividades econômicas específicas do meio rural.
Pesquisar as atividades econômicas do meio rural, elencando-as em forma de
tabela;
Elaborar um mapa conceitual com as informações encontradas.
Atividades
1- Após explanação e conversa sobre o conteúdo das atividades econômicas da área
rural, será realizada pesquisa no laboratório de informática. A partir desta pesquisa,
os alunos deverão elencar em uma tabela todas as atividades encontradas;
6- OFICINA: TRABALHANDO ATIVIDADES ECONÔMICAS DA ÁREA
RURAL
2- Trabalhar com o mapa conceitual os elementos referentes a área rural (campo) e
área urbana (cidade).
3- Dinâmica: “cada coisa no seu lugar” - Terá em um “saco surpresa” com palavras
referentes ao meio rural e suas atividades econômicas, os alunos deverão
identificar os tipos de produções, para tanto, terá três caixa contendo as palavras
agricultura- pecuária- extrativismo, a cada palavra retirada do “saco surpresa” o
aluno deverá colocá-la no lugar correto cada elemento correspondente.
Avaliação
A avaliação será realizada no decorrer da oficina, considerando sempre a
participação do aluno no desenvolvimento das atividades propostas.
Objetivo geral
Aprimorar a percepção e o conhecimento sobre o reconhecimento das diferentes
atividades econômicas desenvolvidas no meio urbano.
Objetivos específicos
Identificar as atividades econômicas típicas do meio urbano;
Pesquisar as atividades econômicas do meio urbano, elencando-as em forma de
tabela;
Elaborar um mapa conceitual com as informações encontradas.
Atividades
1- Na sequencia serão trabalhadas, acrescentado no mesmo mapa da oficina anterior,
as atividades econômicas do meio urbano como, por exemplo: a indústria, o
comercio, e outras. Serão dadas várias atividades, visando a fixação dos conceitos
envolvendo as atividades econômicas do meio urbano.
7- OFICINA: TRABALHANDO ATIVIDADES ECONÔMICAS DO MEIO
URBANO
2- No mapa conceitual será realizada a comparação do meio rural com o meio
urbano, no aspecto econômico, político e social. Salienta-se que os diálogos serão
produzidos em Libras.
3- Nesta oficina também será realizada a dinâmica do “saco surpresa”, porém com os
conceitos voltados as atividades econômicas do meio urbano, envolvendo a
indústria e o comércio.
Avaliação
A avaliação qualitativa verificará os caminhos que os alunos estão percorrendo
para sua aprendizagem, verificando o que eles vêm construindo no decorrer das oficinas
desenvolvidas até o presente momento, com o intuito do professor também verificar o seu
fazer pedagógico.
Objetivo geral
Estabelecer relações conceituais, desenvolvidas no mapa conceitual, com os
conteúdos trabalhados, visando o reconhecimento da inter-relação entre as paisagens.
Verificar a significação dos conteúdos ensinados com relação aos conteúdos aprendidos
pelos alunos.
Objetivos específicos
Identificar as atividades econômicas típicas de cada meio levando ao entendimento
de paisagens e suas inter-relações.
Fazer uso dos conceitos sobre a paisagem, em Libras ou em português escritos,
em diferentes contextos.
Atividades
1- Construir individualmente um mapa, colocando por escrito os conceitos que
adquiriu durante esse estudo;
2- Outra atividade será através de desenho, citando também por escrito os conceitos
de cada elemento da paisagem, desenhada pelo aluno.
8- OFICINA: FINALIZANDO O MAPA CONCEITUAL
Avaliação
Será realizada através de atividades, primeiramente com um desenho contendo
uma paisagem, onde deverão descrever em Libras e na escrita do português quais são os
elementos contidos no desenho. Outras duas imagens de paisagem para descrição será,
uma natural e outra humanizada. E por fim, farão a descrição em Libras estabelecendo as
relações entre as paisagens.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1983. BRASIL. Decreto Federal n. 5626/2006. Regulamenta a Lei 10.436/2002 que oficializa a Língua Brasileira de sinais – Libras. Disponível em: http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/institucional/dee/dee_surdez.php BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. LEI Nº10. 436, de ABRIL de 2002. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Geografia. Brasília:MEC/SEF -1997. PESTALOZZI, J.H. Antologia de Pestalozzi. Trad. Lorenzo Luzuriaga. Buenos Aires: Losada, 1946. PINHEIRO, Lucineide Machado. Língua Brasileira de Sinais: Libras I. São Paulo: KnowHow, 2010. QUADROS, Ronice Muller e SCHMIEDT, Magali L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC / SEESP, 2006. NOVAK, Joseph David. Apreender, criar e utilizar o conhecimento: Mapas conceptuais TM como ferramentas de facilitação nas escolas e empresas. Lisboa: Plátano edições técnicas, 1998. . NUNES MOURÃO, C. H. Literatura surda: produções culturais de surdos em Língua de Sinais. Porto Alegre. 2011. Disponível em http://cacaumourao.blogspot.com/2010/02/literatura-surda-produções-culturais-de.html PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais Geográficos. Curitiba: SEED, 2008. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br PENÃ, Antoria (org.). Mapa Conceitual Uma Técnica para Aprender. Editora Loyola, São Paulo, 2005. Acessado em 21/11/2013.
LEVY. PIERRE. CIBERCULTURA (org.) Programa Agrinho SENAR-PR. São Paulo: Ed. 34, 1999. Vídeo aula como oficina sobre mapas conceituais em: https://www.youtube.com/watch?v=gKUrsvhyM78 - Acesso dia 30-09-2014. ZANATA, Beatriz Ap. O método intuitivo e a percepção sensorial como legado de Pestalozzi para a geografia escolar. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 165-184, maio/ago. 2005. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br