os cinco pontos do calvinismo

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Por Bispo Ildo Mello OS 5 PONTOS DO CALVINISMO

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Uma análise bíblica dos cinco pontos do calvinismo.

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  • Por Bispo Ildo Mello

    OS 5 PONTOS DO CALVINISMO

  • Coletnea da Teologia de Joo Wesley - Burtner e Chiles,

    "Ah! pobre predestinista! Se voc. sincero para com a sua doutrina - a eleio, ela no pode confort-lo! Pois, quem sabe se voc pertence ou no ao nmero dos eleitos? Se no, voc tambm est no sumidouro. Qual a sua esperana? Onde est o seu socorro? Deus no representa socorro para voc. O seu Deus! No, ele no seu, nunca foi e nunca ser. Ele que o fez, o criou, no tem piedade de voc. Ele o fez para este fim: conden-lo; para atir-lo de cabea para baixo no lago que arde com fogo e enxofre! Este foi preparado para voc desde que o mundo comeou a existir! Para este voc est reservado em cadeias de trevas at que o decreto se cumpra, at que, de acordo com a sua vontade eterna, imutvel e irresistvel, voc gema, uive e se contora nas ondas de fogo e diga blasfmias contra o seu desejo!" Deus! at quando esta doutrina existir!"

    2

  • 1) DEPRAVAO TOTAL

    No significa que os homens sejam to maus quanto possvel

    Mas que foram totalmente contaminados pelo pecado de modo a no poderem agradar a Deus satisfatoriamente.

    At as virtudes humanas estariam contaminadas pelo pecado em suas intenes.

    O ser humano no pode salvar-se a si mesmo.

  • DEPRAVAO TOTAL

    Neste ponto, calvinistas e arminianos concordam. O homem est morto espiritualmente e carece da graa de Deus para sua salvao.

    A diferena est em que calvinistas entendem que a graa salvadora oferecida apenas aos escolhidos enquanto que os arminianos afirmam que a graa de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.

  • GRAA PREVENIENTE

    Graa preveniente aquela que precede, capacita e leva regenerao

    a presena de Deus em todos os tempos e lugares preparando o mundo para ouvir o Evangelho.

    A f vem atravs da pregao do Evangelho (Rm 10.17) e da ao do Esprito no corao humano que trabalha para convencer a pessoa do pecado, do juzo e da justia (Jo 16.8)

    "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12:32)

    Tal atrao no do tipo irresistvel e fatal (At 7.51 e Hb 3.15)

  • GRAA PREVENIENTE Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina

    todos os homens. (Jo 1:9)

    Este o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e no a luz, porque as suas obras eram ms. (Jo 3:19)

    Porque a graa de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2:11)

    Ns amamos porque ele nos amou primeiro. (1 Jo 4:19)

  • GRAA PREVENIENTE Ele no servido por mos de homens, como se

    necessitasse de algo, porque ele mesmo d a todos a vida, o flego e as demais coisas. De um s fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar. Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontr-lo, embora no esteja longe de cada um de ns. (Atos 17:25-27)

  • 2) ELEIO INCONDICIONAL Deus teria decidido salvar alguns e no outros de modo

    incondicional, ou seja, sem basear-se em nenhuma ao ou resposta humana.

    Eleio incondicional para salvao implica logicamente em Dupla Predestinao, ou seja, em predestinao incondicional dos demais para o inferno.

    At a pecaminosidade dos pecadores e o endurecimento do corao dos rprobos existe como produto de um decreto eterno de Deus.

  • DETERMINISMO

    Deus planejou meticulosamente todos os eventos Deus predestinou todos os acontecimentos, inclusive o

    pecado: Deus preordenou o pecado (Sproul, Eleitos de Deus, P. 22)

    Deus predestinou uns para o cu e outros para o inferno O Determinismo aniquila a orao de splica como bem

    reconhece o calvinista James Wilmoth: "Sabemos que Deus predestinou todas as coisas que acontecem. Ele faz todas as coisas conforme o conselho de Sua prpria vontade. difcil reconciliar a orao e a vontade imutvel de Deus."

  • DEUS O AUTOR DO MAL?

    10

    Tocar-se- a trombeta na cidade, sem que o povo se estremea? Suceder algum mal cidade, sem que o SENHOR o tenha feito? (Amo 3.6).

    Fala em um contexto de juzo de Deus sobre Israel. Trata-se de merecido castigo e no algo arbitrrio. Deus no o autor do mal, mas da justia: De todas as famlias da terra, somente a vs

    outros vos escolhi; portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniquidades. ( Ams 3:2)

  • DEUS O AUTOR DO MAL?

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    No da boca do Altssimo que vm tanto as desgraas como as bnos Como pode um homem reclamar quando punido por seus pecados (Lamentations 3:38-39). [a desgraa aqui punio ao pecado)

    Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraa (desgraa a tem a ver com os juzos que se abateram contra Israel e Jud, o exlio e sobre o juzo contra as naes. Babilnia cair); eu, o Senhor, fao todas essas coisas (Isaiah 45:7). Veja v. 13: "Eu levantarei esse homem em minha retido: farei direitos todos os seus caminhos. Ele reconstruir minha cidade e libertar os exilados."

    A palavra para mal (raah) pode tambm ser traduzida problema, desastre, ou calamidade.

  • DETERMINISMO - CALVINO

    Porque ele (Deus) no criou todos em igual condio, mas ordenou uns para a vida eterna e os demais para a condenao eterna (Instituta Vol 3, Pg 41, Editora Cultura Crist, Ed 2006)

    Deus no s viu de antemo a queda do primeiro homem e nela a runa de sua posteridade, mas tambm por seu prprio prazer a ordenou. (Joo Calvino, Institutas da Religio Crist, Livro 3, Captulo 23, Seo 7)

  • DETERMINISMO - JOHN PIPER

    Deus planejou, ordenou e governou os ataques as Torres Gmeas em 11 de Setembro de 2001. (Sermo: Why I do not say, God Did not cause the calamity 2001)

    At mesmo uma bomba com material radioativo que destrua Minepolis seria de Deus (God-centreredness - Sermo na Passion Conference Nashville, 2//2005)

  • DETERMINISMO - PINK

    Deus no apenas tinha um pr-conhecimento perfeito do resultado da experincia de Ado; no s seu olho onisciente viu Ado comer do fruto proibido, mas decretou de antemo que ele deveria faz-lo. (A.W. Pink, The Sovereignty of God, Appendix II, The Case of Adam, p. 283)

  • O CULPADO O PRPRIO DEUS R. C. SPROUL JR. ALMIGHTY OVER ALL (BAKER, 1999)

    Ado, Eva e Satans foram originalmente criados bons; ento seu desejo ou inclinao mais forte deve tambm ter sido originalmente bom. Isto, ento, significa que nenhum deles pode ser a origem do pecado. O culpado o prprio Deus, que introduziu o mal neste mundo (p. 51). De fato, Deus agiu de acordo com sua inclinao mais forte; ele agiu motivado pelo que ele mais queria que acontecesse como ele sempre faz (p. 54).

  • DEUS CRIOU PECADORES PARA A GLRIA DA SUA IRA R. C. SPROUL JR. ALMIGHTY OVER ALL (BAKER, 1999)

    Deus sente tanto prazer com sua ira como com todos os seus atributos (p. 52).

    O que eu farei ser criar algo digno de minha ira, algo sobre o qual eu possa exibir a glria da minha ira (p. 52-53).

    Era o desejo [de Deus] tornar sua ira conhecida. Ele precisava, ento, algo sobre o qual estar irado. Ele precisava ter criaturas pecadoras (p. 57).

  • A ELEIO INCONDICIONAL COMPROMETE O CARTER DE DEUS

    Pois se a salvao um ato unilateral de Deus que nada tem a ver com o livre-arbtrio humano, ento, Deus poderia salvar a todos oferecendo a eles uma graa irresistvel que vergasse suas vontades para buscarem a Deus. Se este o caso, por que Deus no salva a todos?

    O capito de um navio jamais seria considerado bondoso caso pudesse resgatar 100 pessoas de um naufrgio, mas decidisse salvar apenas 10.

  • SE A SALVAO UM ATO UNILATERAL DE DEUS, POR QUE ELE NO SALVA A TODOS?

    Alguns calvinistas apelam ao mistrio, enquanto outros dizem que a condenao da grande maioria das pessoas ao inferno serve para exibir a justia divina e Seu dio ao pecado.

    Mas j no houve uma exibio suficiente da justia divina e de Seu dio ao pecado na Cruz de Cristo?

  • PARA A GLRIA DE DEUS?

    aqueles que se encontram sofrendo no inferno podem, ao menos, se confortar com o fato de que eles esto l para uma maior glria de Deus (Velho ditado calvinista).

  • O CALVINISMO AMBGUO

    Contra essas vises humanistas, o Calvinista aceita ambos lados da antinomia. Ele percebe que o que ele defende ridculo. simplesmente impossvel para o homem harmonizar esses dois conjuntos de dados. Dizer, por um lado, que Deus tornou certo tudo o que acontece e ainda dizer que o homem responsvel por aquilo que ele faz? Absurdo! Deve ser uma ou outra coisa, mas no ambas. Dizer que Deus preordenou o pecado de Judas e ainda Judas o culpado? Insensatez! Logicamente o autor de O Ladro Predestinado[1] estava certo. Deus no pode preordenar o roubo e ento culpar o ladro. E o Calvinista admite francamente que essa posio ilgica, ridcula, sem sentido e tolaO Calvinista mantm as duas posies, aparentemente contraditrias. (Edwin H. Palmer, The Five Points of Calvinism, p. 85)

  • POR QUE...?

    Por que o diabo teria o trabalho de roubar a semente da Palavra de Deus de quem no tem a menor possibilidade de crer e se arrepender? Os que esto beira do caminho so os que

    ouvem; mas logo vem o Diabo e tira-lhe do corao a palavra, para que no suceda que, crendo, sejam salvos (Lc 8.12).

  • F E ARREPENDIMENTO SO AS CONDIES

    Deus amor e deseja a salvao de todos os homens (1Tm 2.4; 2 Pe 3.9)

    Deus capacita todos os homens a responderem positivamente, mas no os obriga a isto.

    F e arrependimento so as condies para a salvao.

  • O DESTINO DA IGREJA E DOS MEMBROSO destino da Igreja certo

    "as portas do inferno no prevalecero contra a ela" (Mt 16.18)

    viso Apocalptica de Joo (7.9-17; 14.1-5) "como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa

    semelhante, mas santa e inculpvel" (Ef 5.27) Mas o destino dos indivduos no est definido:

    "Mas agora ele os reconciliou pelo corpo fsico de Cristo, mediante a morte, para apresent-los diante dele santos, inculpveis e livres de qualquer acusao, desde que continuem alicerados e firmes na f, sem se afastarem da esperana do evangelho" (Cl 1.22-23).

  • ELEIO CONDICIONAL

    Os que crem tornam-se os indivduos eleitos, sob a condio de permanecerem firmes nesta f

    "Portanto, irmos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleio de vocs, pois se agirem dessa forma, jamais tropearo" (2Pe 1:10; ver tambm: 1Co 9:27).

    " perseverando que vocs obtero a vida" (Lc 21:19; Mt 24.13).

    "Pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos at o fim confiana que tivemos no princpio" (Hb 3:14).

  • ELEIO CONDICIONAL

    A eleio de indivduos para a salvao est condicionada a sua associao e permanncia no Corpo Eleito de Cristo que a Igreja.

    Deus conhece os que iro crer e perseverar em sua f. Neste pr-conhecimento que se baseia a predestinao

    individual. "porquanto aos que de antemo conheceu, tambm os

    predestinou para serem conformes imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primognito entre muitos irmos" (8.29)

    Eleitos segundo a prescincia de Deus Pai (1Pe 1.2).

  • 3) EXPIAO LIMITADA Cristo teria morrido apenas em favor dos escolhidos. Deus no ama a todas as pessoas da mesma maneira. Mas se, como ensinam os calvinistas, a salvao um

    ato unilateral de Deus e que nada tem a ver com o livre arbtrio humano, e, mesmo assim, Deus se recusa a prover salvao maioria dos seres humanos, que espcie de amor teria Ele por este imenso grupo de rejeitados?

    Interessante observar que este terceiro ponto do calvinismo no encontra apoio em Calvino.

  • CRISTO MORREU POR TODOS

    Porque Deus amou ao Mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unignito para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

    De modo que Deus no tem prazer na morte do homem, antes deseja que todos venham a ser salvos (1Tm 2.4 e 2Pe 3.9).

    E para isso, Cristo morreu por todos os mpios (Rm 5.6), todos os que estavam mortos em delitos e pecados (Ef 2.1)

  • SE JESUS NO MORREU POR TODOS, POR QUE QUE CONVIDA A TODOS PARA A SALVAO?

    Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mt 11.28).

    Ora, no seu ltimo dia, o grande dia da festa, Jesus ps-se em p e clamou, dizendo: Se algum tem sede, venha a mim e beba (Jo 7.37).

    "Olhai para mim, e sereis salvos, vs, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e no h outro." (Is 45:22)

    "Mas Deus, no levando em conta os tempos da ignorncia, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam" (At 17.30).

  • TODOS SIGNIFICA TODOS Deus "deseja que todos os homens sejam salvos e

    cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (1 Timteo 2:4).

    Calvinistas tentam driblar este texto argumentando que todos no significa todos, mas apenas os eleitos.

    No entanto, tal concluso insustentvel, pois somente nesta epstola Paulo utiliza ao menos 18 vezes o mesmo termo grego traduzido por todos ou tudo, e em todas elas o nico sentido possvel de "todos" mesmo. Sentido abrangente e no restritivo.

  • COMO FALHA A INTERPRETAO CALVINISTA

    "Ora, para esse fim que labutamos e nos esforamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperana no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiis. (1 Tm 4:10)

    A interpretao calvinista impossvel, pois o resultado seria este: "Ora, para esse fim que labutamos e nos esforamos

    sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperana no Deus vivo, Salvador de todos os "fiis", especialmente dos fiis."

  • 4) GRAA IRRESISTVEL

    Deus seria o nico agente ativo da salvao A graa salvadora seria manifesta de modo

    irresistvel, em que Deus verga a vontade humana.

  • PROCURA ATRAIR PELO AMOR E NO CONQUISTAR PELA FORA O mesmo termo helkuo de Joo 6:44, texto

    utilizado pelos calvinistas para defender a graa irresistvel, aparece tambm em Joo 12:32. Ningum pode vir a mim, se o Pai, que me

    enviou, no o atrair; e eu o ressuscitarei no ltimo dia. (Jo 6:44)

    "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12:32)

    Se a atrao em Joo 12.32 no do tipo irresistvel, porque deveria s-lo em Joo 6.44?

  • O QUE VEM ANTES F OU REGENERAO?

    O calvinismo exige que a pessoa seja regenerada antes de poder crer o que conflita com o ensino de Jesus (Joo 3.1-21).

  • POSSVEL RESISTIR A GRAA SALVADORA "Ele veio para os que eram seus, mas os seus no o

    receberam" (Jo 1.11). Jesus chorou sobre Jerusalm por que eles no

    reconheceram aquele que lhes trazia a paz (Lc19.41) Homens de dura cerviz, e incircuncisos de corao e

    ouvido, vs sempre resistis ao Esprito Santo; assim vs sois como vossos pais (At 7.51).

    se, hoje, ouvirdes a sua voz, no endureais o vosso corao (Hb 3.15)

    "E no quereis vir a mim para terdes vida." (Jo 5:40)

  • NO RECEBERAM O AMOR DA VERDADE PARA SE SALVAREM

    E com todo o engano da injustia para os que perecem, porque no receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviar a operao do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que no creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqidade." (2Ts 2:10-12 ACF)

    Eles poderiam ter recebido a verdade e serem salvos, mas rejeitaram.

    "Como escaparemos ns, se no atentarmos para uma to grande salvao" (Hb 2:3)

  • O DESTINO DOS INDIVDUOS NO EST PR-DETERMINADO Juro pela minha vida, palavra do Soberano Senhor, que no tenho

    prazer na morte dos mpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam. Voltem! Voltem-se dos seus maus caminhos! Por que iriam morrer, nao de Israel? (Ez 33.11)

    "Quando eu disser a um mpio que ele vai morrer, e voc no o advertir nem lhe falar para dissuadi-lo dos seus maus caminhos para salvar a vida dele, aquele mpio morrer por sua iniqidade; mas para mim voc ser responsvel pela morte dele. Se, porm, voc advertir o mpio e ele no se desviar de sua impiedade ou dos seus maus caminhos, ele morrer por sua iniqidade, mas voc estar livre de culpa". (Ez 3:16-19).

  • JESUS QUERIA, MAS ISRAEL NO QUIS E NO ACONTECEU

    "Jerusalm, Jerusalm, que matas os profetas, e apedrejas os que te so enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu no quiseste!" (Mt 23:37).

    "Mas para Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mos a um povo rebelde e contradizente." (Rm 10:21).

  • A SALVAO NO COMPULSRIA E A GRAA NO IRRESISTVEL Jesus disse que no veio julgar, mas, sim, salvar o mundo (Jo

    3.18). Ele concluiu dizendo que o "julgamento este, que os homens amaram mais as trevas do que a luz" (Jo3.19).

    Deus ama o mundo inteiro e veio para salvar a todos (Jo 3.16), ainda que sua vontade seja a salvao de todos, esta vontade esbarra em uma outra vontade sua que a de ter filhos livres que faam bom uso de sua liberdade para corresponderem ao seu amor. Se algum quiser vir aps mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me(Mt 16:24).

    Vemos a um sinergismo, onde a salvao oferecida e o chamado feito por Cristo, e o homem reponde de acordo com a sua livre vontade.

  • PODEMOS PERSUADIR AS PESSOAS Uma vez que conhecemos o temor ao Senhor,

    procuramos persuadir os homens... Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermdio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. (2 Co 5.11 e 20)

    Se Paulo fosse um calvinista ele no teria escrito isto porque saberia que os eleitos no precisam ser persuadidos e os no eleitos no podem ser persuadidos.

  • POR QUE PAULO BATALHOU TANTO EM FAVOR DA CONVERSO DE JUDEUS E GENTIOS?

    "Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. Para os que esto debaixo da lei, tornei-me como se estivesse sujeito lei, a fim de ganhar os que esto debaixo da lei. Para os que esto sem lei, tornei-me como sem lei, a fim de ganhar os que no tm a lei. Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns". (1 Corntios 9:19-22).

    Se a eleio fosse incondicional e a graa e a salvao fossem realmente irressistivelmente oferecidas, tal esforo de Paulo no faria o menor sentido. Pois, como os esforos de Paulo poderiam "ganhar mais" almas como ele diz pretender ganhar?

  • 5) PERSEVERANA DOS SALVOS

    Como, para o calvinismo, a salvao uma obra unilateral de Deus que se manifesta de modo irresistvel na vida daqueles que foram escolhidos desde a eternidade, consequentemente nada pode alterar o quadro de quem ser salvo e tambm de quem j nasceu irremediavelmente condenado a perdio.

  • O PERIGO DA APOSTASIA

    Ser, porm, que, se de qualquer modo te esqueceres do SENHOR teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu testifico contra vs que certamente perecereis. (Dt 8:19)

  • NO EXTINGAIS O ESPRITO

    1 Ts 5.19

  • CUIDADO! PERIGO!

    Tende cuidado, irmos, jamais acontea haver em qualquer de vs perverso corao de incredulidade que vos afaste do Deus vivo... que nenhum de vs seja endurecido pelo engano do pecado. Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, at ao fim, a confiana que, desde o princpio, tivemos... no endureais o vosso corao... (Hb 3:12-15)

  • NOSSO EMPENHO Faam todo o esforo... (1.5) ...o reino dos cus tomado por esforo, e os que se

    esforam se apoderam dele (Mt 11:12) Esforai-vos por entrar pela porta estreita (Lc 13:24) "Se a vossa justia no exceder em muito a dos escribas

    e fariseus, jamais entrareis no reino dos cus (Mt 5.20). Desenvolvei a vossa salvao com temor e tremor (Fl

    2.12) ...de Deus somos cooperadores (I Cor 3:9). "Empenhem-se para serem encontrados por ele em paz,

    imaculados e inculpveis" (2 Pe 3.14).

  • NOSSA CORRIDA

    "No sabeis que os que correm no estdio, todos, na verdade, correm, mas um s leva o prmio? correi de tal maneira que o alcanceis" (1Co 9.24,25).

    "Segui a paz com todos e a santificao, sem a qual ningum ver o Senhor, atentando, diligentemente, por que ningum seja faltoso, separando-se da graa de Deus" (Hb 12.14-15).

  • CUIDADO PARA NO CAIR porque estas coisas, existindo em vs e em vs

    aumentando, fazem com que no sejais inativos, inteis e nem infrutferos (2Pe 1.8).

    Precisamos tomar cuidado para confirmar o nosso chamado e eleio (2 Pe 1.10)

    precisamos cuidar para no tropear (2 Pe 1.10), pois desta maneira que nos ser amplamente suprida

    a entrada no reino eterno (2 Pe 1.11). Aquele que perseverar at o fim ser salvo (Mc 13.13), ao vencedor, que guardar at o fim as minhas

    obras... (Ap 2.26).

  • CUIDADO PARA NO SER REPROVADO

    E Paulo disse: . . . mas esmurro o meu corpo, e o reduzo escravido, para que, tendo pregado a outros, no venha eu mesmo a ser reprovado. . . (1 Co 9:27).

    a maioria dos israelitas ficaram reprovados e prostrados no deserto (1 Co 10:1-5).

    Paulo adverte que essas coisas serviram de exemplo para ns que fazemos parte da Igreja (1 Co 10.6).

    Aquele, pois, que pensa estar em p, cuide para que no caia (1 Co 10:12).

  • CUIDADO PARA NO DESVIAR-SE

    "Se algum no permanecer em mim, ser lanado fora, semelhana do ramo, e secar: e o apanham, lanam no fogo e o queimam" (Jo 15.6)

    Porquanto se, depois de terem escapado das corrupes do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, foram outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o ltimo estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora no conhecerem o caminho da justia, do que, conhecendo-o, desviaram-se do santo mandamento que lhes fora dado (2 Pe 2:20-22).

  • CUIDADO PARA NO PERDER A SALVAO O autor de Hebreus tambm adverte para o risco de se

    perder a salvao (Hb 6.4-8, 12; 10.26-38). "Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente

    cai sobre ela e produz erva til para aqueles por quem tambm cultivada recebe bno da parte de Deus, mas, se produz espinhos e abrolhos, rejeitada e perto est da maldio; e o seu fim ser queimada" (Hb 6.7-8).

    Ao membros do povo escolhido, Deus adverte: "Riscarei do meu livro aquele que pecar contra mim" (Ex 32.33).

    "Examinem-se para ver se vocs esto na f; provem-se a si mesmos. No percebem que Cristo Jesus est em vocs? A no ser que tenham sido reprovados" (2Co 13.5).

  • PARBOLAS DE ADVERTNCIA

    Parbolas do Talentos (Mt 25.14-30) Lavradores Maus (M 21.17-44), Servo Infiel (Mt 24.45-51; Lc 12.35-48), Dez Virgens (Mt 25.1-13) Julgamento das Naes (Mt 25.31-46) Parbola da Figueira infrutfera (Lc 13.6-9) O ramo, mesmo estando ligado a Videira Verdadeira,

    se no der fruto, est prestes para ser cortado e lanado fora (Jo 15.2),

    o sal que se tornar inspido e jogado fora (Mt 5.13).

  • GUARDEM-SE

    "Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que no sejam levados pelo erro dos que no tm princpios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. Cresam, porm, na graa e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glria, agora e para sempre! Amm." (2 Pe 3.17 e 18).

  • Podemos dizer que a salvao ddiva de Deus, recebida por f e mantida e desenvolvida com cuidado, dedicao, empenho e perseverana pessoal possibilitados pela capacitao do Esprito Santo.

  • Eleio CorporativaBispo Ildo Mello

  • Eleio

    1. Examinaremos as Escrituras de um modo geral para obter uma viso mais abrangente do assunto.

    2. Depois, trataremos da questo da eleio em Rm 9-11 3. Paralelo entre Romanos 9 e a Parbola das Bodas

  • Eleio

    Primeira Parte Panorama Bblico Eleio um tema fundamental para a compreenso do plano de redeno humana que percorre as Escrituras Sagradas do comeo ao fim.

  • Teria Deus escolhido um povo em detrimento dos demais?

    Questo de um seminarista?

    57

  • Padro das 4 narrativas de Gnesis 3-11

    Pecado Original Caim Dilvio Babel

    Descrio do pecado Discurso Castigo Graa

  • Eleio de Israel A escolha de Abrao:

    Em favor de todas as famlias da terra (no exclusivista) Deus est escolhendo a linhagem da qual descender o Cordeiro

    de Deus que tira o pecado do mundo

    Gnesis mostra Jos como um canal de beno para todas as naes.

    A eleio de Abrao no significa a eleio pessoal de cada judeu (Rm 2.28-29; 9.6)

    Os judeus tropearam na pedra de tropeo (Rm 9.32)

  • Israel e Igreja O remanescente de Israel (Rm 9.27) Gentios enxertados na mesma Oliveira (Rm 11.17-24) Co-herdeiros e membros do mesmo corpo (Ef 3.6) tambm sois descendentes de Abrao, e herdeiros segundo

    a promessa (Gl 3.28-29). raa eleita, sacerdcio real, nao santa, povo de

    propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.4-10, ver Ex 19.5-6) De ambos os povos fez um (Ef 2.11ss) Verdadeiro israelita aquele que possui o Messias

  • Misso do Povo Escolhido A Igreja este mistrio de Deus (Ef 5.32), que engloba

    todos os povos, formando um s corpo, com um s Senhor (Ef 4.4 e 5).

    Continuidade como povo de Deus em misso mundial (Gn 12.3)

    Ide, fazei discpulos de todas as naes (Mt 28.18-20), E ser-me-eis testemunhas em Jerusalm, Judia, Samaria e

    at nos confins da terra (At 1.8). Pentecostes e o fenmeno reverso de Babel!

  • A Igreja triunfar! necessrio que o Evangelho seja primeiramente pregado

    para todas as naes, s ento vir o fim (Mt 24.14).

    Ns apressamos o retorno de Jesus atravs do cumprindo de nossa misso (At 1.8; Mt 28.19,20, 2 Pe 3)

    nao ou "naes aparece + de 20 vezes em Apocalipse. Redimidos de todas as naes adoram ao Senhor (5.9; 7.9)

    com o cntico Rei das naes (Ap 15.3,4).

    As promessas feitas a Abrao se cumprem no seu descendente que Cristo e em seu Corpo, que a Igreja!

  • Deus nos escolheu em Cristo Ef 1.3 diz respeito a eleio corporativa da Igreja em Cristo. A Igreja foi escolhida em Cristo antes mesmo da fundao do

    mundo, predestinada a santidade. A Igreja estava inclusa na escolha de Abrao: "Em ti sero

    benditas todas as famlias da terra" (Gn 12.3). A promessa foi feita a Abrao e ao seu descendente que

    Cristo, O Eleito por excelncia, do qual toda a eleio derivada e dependente.

    Cristo o Messias de Israel, os que so de Cristo pertencem ao verdadeiro Israel.

  • O Destino da Igreja e dos membros O destino da Igreja certo

    "as portas do inferno no prevalecero contra a ela" (Mt 16.18) viso Apocalptica de Joo (7.9-17; 14.1-5) "como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa

    semelhante, mas santa e inculpvel" (Ef 5.27) Mas o destino dos indivduos no est definido:

    "Mas agora ele os reconciliou pelo corpo fsico de Cristo, mediante a morte, para apresent-los diante dele santos, inculpveis e livres de qualquer acusao, desde que continuem alicerados e firmes na f, sem se afastarem da esperana do evangelho" (Cl 1.22-23).

  • Concluso A eleio de indivduos para a salvao est condicionada a

    sua associao e permanncia no Corpo Eleito de Cristo que a Igreja.

    Deus conhece os que iro crer e perseverar em sua f. Neste pr-conhecimento que se baseia a predestinao

    individual. "porquanto aos que de antemo conheceu, tambm os

    predestinou para serem conformes imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primognito entre muitos irmos" (8.29)

    Eleitos segundo a prescincia de Deus Pai (1Pe 1.2).

  • Eleio como o navio... A eleio corporativa como um navio (Igreja) a caminho do

    seu destino final (a santificao e a Nova Jerusalm). Cristo escolhido para ser o comandante deste navio. Todos so chamados, mas escolhidos so apenas aqueles

    que perseveram em confiar no Comandante. A eleio s experimentada na unio com o Comandante Predestinao tem a ver com o porto de destino deste navio e

    com o destino final que Deus tem preparado para aqueles que permanecem nele.

    Todos so convidados e ningum precisa ficar de fora!

  • Eleio

    Segunda Parte

    Romanos 9-11

  • Eleio

    Segunda Parte

    Romanos 9-11

  • Romanos 9-11 - Introduo Justificao pela f continua em destaque (9.30-31; 10.11-17) Evangelho = poder para salvao de judeus e gentios (1.16) Deus no faz acepo de pessoas (2.11) Ele Deus no somente de judeus, mas tambm de gentios (3.29) Abrao era um gentio incircunciso quando foi chamado, tendo sido

    justificado por f (4.11). Os herdeiros da promessa no so os da lei, nem os filhos

    naturais, mas, sim, os espirituais (4.11-17). Ningum ser justificado por obras (3.20), mas por meio da f

    (3.22).

  • Ineficcia da Lei e da circuncisoPaulo havia demonstrado a ineficcia de tudo

    aquilo que era motivo de orgulho para os judeus: ser filho natural de Abrao a circunciso e a lei

    Considerou refugo para ganhar a Cristo (Fp 3.8). "A circunciso no tm efeito algum, mas sim a f

    que atua pelo amor" (Gl 5:6).

  • Os judeus acusam PauloAcusaes:

    renegar o seu prprio povo ensinar que as promessas de Deus feitas a Israel no

    eram confiveis.

    Questes: Teria Deus se esquecido de suas promessas feitas a

    Israel? Tais promessas no deveriam necessariamente terem de

    se cumprir no Israel nacional?

  • As promessas feitas a Israel no iro se cumprir? (9.6-13) E no pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque

    nem todos os de Israel so, de fato, israelitas (v.6) Abrao teve 2 filhos, mas apenas Isaque herdou a promessa

    (9.7) Isaque teve 2 filhos, mas apenas Jac foi escolhido para ser o

    patriarca do povo de Israel (9.11-13) A maioria dos filhos de Israel pereceu no deserto (Hb 3.11s) Apenas 7 mil no se dobraram a Baal (11.4; 1Rs 19.18). o remanescente que ser salvo (9:27).

  • Eleio Corporativa O povo foi eleito, mas no os judeus individualmente (9.6). A salvao no se d por descendncia natural de Abrao

    (9.7) e nem tampouco atravs da lei (9.31,32 e 10.3,4). Os judeus devem crer no Messias para serem salvos,

    tornando-se parte do remanescente de Israel (Gl 6.16)

  • A Igreja a Continuidade do Israel de Deus a continuidade daquele povo de propriedade exclusiva de

    Deus (1Pe 2.9, 10) congregando, em um s Corpo, judeus e gentios crentes em

    Cristo (9.25-26; Ef 2.11-22) H um s Deus, um s Senhor, e um s rebanho (Jo 10.16) uma s Oliveira (Rm 11.17-24) As promessas feitas a Israel esto se cumprindo em Cristo e

    em sua Igreja!

  • Amei a Jac, porm me aborreci de Esa (9.13) Os calvinistas interpretam este texto como se Deus realmente

    tivesse odiado a Esa e a todos os no eleitos de modo totalmente arbitrrio.

    Tal concluso entra em choque direto com os textos que declaram que Deus amor

    e entra tambm em flagrante conflito com o carter de Deus revelado em Jesus Cristo.

  • Significado de aborreci (9.13) um repdio relativo:

    "Se algum vem a mim e no aborrece a seu pai, e me, e mulher, e filhos, e irmos, e irms e ainda a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo" (Lc 14.26).

    Foi o prprio Esa quem desprezou o seu direito de primogenitura, perdendo assim o privilgio de ser o pai da linhagem da qual nasceria o Salvador do Mundo.

  • No se trata aqui de salvao No se trata aqui de salvao ou perdio pessoal ou dos

    descendentes. Mais tarde, observamos que Esa foi misericordioso para

    com o seu irmo. Seria isto um sinal da graa de Deus sobre sua vida? Em todo caso, no podemos afirmar que tenha perdido a sua

    alma. Muitos ou alguns de seus descendentes podem ter exercido

    f em Deus a semelhana do Pai Abrao. E, quanto a Israel, muitos de seus filhos se desviaram aps

    outros deuses.

  • Prescincia de Deus como base da eleio e reprovao

    Atravs do profeta Obadias, Deus esclareceu o real motivo de sua ira contra os Edomitas: "Por causa da violncia feita a teu irmo Jac, cobrir-te- a

    vergonha, e sers exterminado para sempre tu no devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmo, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Jud, no dia da sua runa; nem ter falado de boca cheia, no dia da sua angstia no devias ter parado nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem; nem ter entregado os que lhe restassem no dia da angstia." (Ob 1.10-14).

  • Prescincia de Deus como base da eleio e reprovao"porquanto aos que de antemo conheceu, tambm

    os predestinou para serem conformes imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primognito entre muitos irmos" (8.29)

    Eleitos segundo a prescincia de Deus Pai (1Pe 1.2).

  • Jac e Esa representam Israel e EdomO indivduo Esa jamais serviu ao indivduo Jac (9.12). O que Paulo quer demonstrar aqui que a rejeio atual

    de boa parte dos descendentes de Abrao no apenas possvel, como j havia ocorrido no passado, como se v no caso de Esa e seus descendentes.

    No basta ser descendente fsico de Abrao, preciso ser descendente espiritual.

    Raabe e Rute tornaram-se filhas da promessa pela f.

  • Terei misericrdia de quem me aprouver ter misericrdia (9.15)Calvinistas afirmam que Deus ama e tem misericrdia

    apenas dos eleitos. Mas Paulo afirmou que Deus tem misericrdia de todos

    (11.32). Misericrdia para com todos os que o invocam (10.11). O Senhor bom para todos, e as suas misericrdias

    esto sobre todas as suas obras (Sl 145.9) Deus livre para estabelecer a f como a condio para a

    salvao de judeus e gentios.

  • "No depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericrdia (9.16)

    a concluso dos calvinistas de que Deus usa de misericrdia apenas para aqueles que ele escolheu de antemo salvar.

    Tal interpretao contradiz os textos que afirmam que Deus no faz acepo de pessoas (At 10.34 e Rm 2.11)

    Deus ama a todos (Jo 3.16)

  • Todos podem ser salvos! Jesus a propiciao pelos pecados de todo o

    mundo (1Jo 2:2). Porque: a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder

    de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que creem no seu nome (Jo 1.12).

    Porque: todo aquele que invocar o nome do Senhor ser salvo (Rm 10:13).

  • Todos so convidados!Porque Jesus, "o Unignito do Pai, cheio de graa e de

    verdade", estendeu este sincero convite as multides: Se algum quiser vir aps mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me" (Mc 8:34)

    "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28).

    Porquanto a graa de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixes mundanas, vivamos no presente sculo, sensata, justa e piedosamente (Tt 2.11-12).

  • Expiao UniversalPorque Deus no tem prazer na morte do mpio, pois seu

    desejo que se converta e viva (Ez 18.23). Porque Deus deseja que todos os homens sejam salvos e

    cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1Tm 2.4) "o qual a si mesmo se deu em resgate por todos" (1Tm 2.6). no quer que ningum se perca, seno que todos venham a

    arrepender-se (2Pe 3.9). Jesus "provou a morte por todos" (Hb 2.9). No faas perecer por causa da tua comida aquele por

    quem Cristo morreu (Rm 14.15).

  • O corao endurecido de Fara (9.17,18) Paulo usa a figura de fara para retratar Israel. Assim como fara, atravs da dureza de seu corao, serviu

    como um instrumento para o xodo milagroso do povo de Israel, produzindo a glria de Deus por toda a terra, assim tambm a dureza de corao de Israel propiciou a redeno dos gentios (11.11).

  • O corao endurecido de Fara (9.17,18) No dito que Deus endureceu o corao de Fara desde a

    eternidade. Tal endurecimento melhor compreendido como a entrega

    da pessoa a si mesma: "Por isso tambm Deus os entregou s concupiscncias de seus coraes" (Rm 1:24a).

    Lembremos que antes do relato do xodo dizer que Deus endureceu o corao de fara, por 5 vezes dito que foi o prprio fara quem foi endurecendo o seu prprio corao de maneira gradativa (Ex 7.13; 7.22; 8.15; 8.32; 9.7).

  • O corao endurecido de Fara (9.17,18) Paulo sabe que os judeus aceitam com facilidade o fato do

    endurecimento do corao de fara, mas que no reconhecem que a mesma incredulidade que levou a rejeio de fara tambm est levando a rejeio dos judeus.

    O povo uma vez favorecido e liberto das garras de fara, deixa de ser favorecido quando se desvia da f de Abrao e segue o erro, a obstinao e a incredulidade de fara.

    Deus endurece a quem quer. E Ele quer endurecer aqueles que endurecem a si mesmos.

  • O corao endurecido de Fara (9.17,18) Portanto, se, hoje, ouvirdes a sua voz, no endureais o

    vosso corao (Hb 3.15). bom observar que a citao do endurecimento de Fara

    tem a ver com o seu papel histrico como lder da nao Egpcia no conflito com a nao de Israel e no diz respeito a sua salvao pessoal.

  • Vasos de ira e vasos de misericrdia Dupla predestinao? No final do captulo 11, Paulo fala sobre a possibilidade de

    salvao dos rejeitados e de perdio dos que se encontram salvos, em decorrncia da atitude de f e no de uma prvia eleio.

    por isto que Paulo enfatiza a relevncia da pregao do Evangelho para a salvao de todos os que creem: "Pois no h distino entre judeu e grego, uma vez que o

    mesmo o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor ser salvo. Como, porm, invocaro aquele em quem no creram? E como crero naquele de quem nada ouviram? E como ouviro, se no h quem pregue?" (10.12-15).

  • Vasos de iraPaulo no usa a expresso "vasos de ira" para

    discorrer sobre predestinao, mas para falar da rejeio temporria de Israel por conta de sua incredulidade, o que, de certa forma, favoreceu a salvao dos gentios, contribuindo assim para os propsitos divinos.

    Deus no nos destinou para a ira (1Ts 5.9). Deus no criou ningum para a perdio, nem ns,

    nem o povo de Israel e nem mesmo os ninivitas (Jn 4.11).

  • Vasos de ira "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerncia, e

    longanimidade, ignorando que a bondade de Deus que te conduz ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e corao impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelao do justo juzo de Deus, que retribuir a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que perseverando em fazer o bem procuram glria, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignao aos facciosos, que desobedecem verdade e obedecem injustia. Tribulao e angstia viro sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e tambm ao grego; glria, porm, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e tambm ao grego. Porque para com Deus no h acepo de pessoas." (Rm 2.4-11).

  • Vasos de ira podem ser transformados em vasos de honra Gentios crentes so adotados como filhos da promessa,

    enquanto os filhos da carne so rejeitados por conta da sua incredulidade (9.8 cf 11.17).

    Agora, tal rejeio no , de maneira alguma, determinista, fatalista ou definitiva, mas apenas contingencial

    Paulo fala da esperana que tem na converso de judeus, pelo menos de alguns mais (11.14)

    Eles tambm, se no permanecerem na incredulidade, sero enxertados; pois Deus poderoso para os enxertar de novo! (11.23).

    Vasos de ira podem ser transformados em vasos de honra: Se algum se purificar dessas coisas, ser vaso para honra, santificado, til para o Senhor e preparado para toda boa obra (2Tm 2.21).

  • Gentios eram filhos da ira, mas...

    Os gentios crentes que, anteriormente, eram filhos da ira, se tornaram filhos da promessa (Ef 2.3-6).

  • Advertncia aos vasos de honra Aos que Paulo chamou de "vasos de misericrdia"

    preparados de antemo para a glria (9.23, 24), ele adverte: Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para

    com os que caram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, tambm tu sers cortado (Rm 11.22).

    "Mas esmurro o meu corpo e fao dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo no venha a ser reprovado" (1Co 9:27).

    Tal esforo de Paulo para no ser reprovado no faria o menor sentido se ele acreditasse que sua alma j estivesse predestinada para a salvao.

  • Advertncia aos vasos de honra

    Portanto, para Paulo, o destino das pessoas no est traado.

    Enquanto o destino do Povo de Deus est definido "todo o Israel ser salvo",

    o destino dos indivduos est condicionado a f no Messias que lhes permite fazer parte deste Israel de Deus.

    Sendo portanto, necessrio estar em Cristo pela f, e nele permanecer fiel at o fim (Jo 15.1-6; Mt 24.13 e Ap 2.26).

  • A f vem pela pregao e no pela eleio incondicional (10.17) Ainda que Paulo afirme que os judeus "tropearam na pedra

    de tropeo" (9.32), Ele ainda trabalhava e orava para ver a salvao de mais

    judeus (10.1; 11.14, cf 1Co 9.20-27), O endurecimento de Israel no definitivo (11.25). Os ramos cortados podem voltar a ser enxertados caso

    abandonem a incredulidade (11.20-24). E por isto tambm que Paulo ensina que "a f vem pela

    pregao" e no pela eleio incondicional (10.17).

  • A f vem pela pregao e no pela eleio incondicional (10.17) De outra sorte, toda pregao seria v, pois seria

    desnecessria para aqueles que so eleitos, e intil para os destinados a perdio.

    E a exortao para salvar e arrebatar as almas que esto caminho do fogo da perdio (Jd 1.23) seria totalmente descabida,

    pois, segundo o calvinismo, as almas dos eleitos jamais estariam sujeitas ao risco do fogo do inferno e a dos no eleitos jamais poderiam ser salvas e arrebatadas do fogo para o qual esto inexoravelmente destinadas.

  • Eleio Condicional dos indivduos A eleio individual est condicionada a f em Cristo. Quando Paulo discorre sobre como a salvao se processa

    na vida dos indivduos, ele sempre diz que se d por intermdio da f (Rm 9.30-31 cp. 10.11-17).

    No existem indivduos definitivamente eleitos para salvao, a no ser da perspectiva da prescincia divina (Rm 8.29).

    Os ramos naturais, que foram cortados por sua incredulidade, podem voltar a ser enxertados se vierem a crer, e os que, atualmente, creem podem vir a ser cortados se derem lugar a incredulidade (11.20-24).

  • Eleio Condicional dos indivduos Enquanto garantido que a Igreja ser apresentada santa e

    inculpvel diante de Deus (Ef 5.27), os membros precisam continuar alicerados e firmes, sem se

    afastarem da esperana do evangelho, para poderem garantir sua participao no destino glorioso da Igreja (Cl 1.22-23).

    Em 1 Corntios 10, Paulo usa o exemplo histrico de Israel como exemplo para a Igreja. Ele diz que, embora todos os israelitas tenham experimentado a graa libertadora de Deus, a maioria apostatou-se da f e pereceu no deserto. "Aquele que est em p, cuide para que no caia" (1Co 10.12, compare com Rm 11.22).

  • "Todo o Israel ser salvo" (11.26) Tal esperana tem a ver com a salvao de "alguns" mais at

    que se complete a plenitude do nmero de judeus que sero salvos, do mesmo modo como ele aqui tambm fala da plenitude dos gentios "... veio endurecimento em parte a Israel, at que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel ser salvo" (11.25b, 26a).

  • "Todo o Israel ser salvo" (11.26)

    todo Israel = "todo o remanescente de Israel" Apenas um remanescente fiel de Israel ser salvo (9:27 cf Is

    10.22). Todo o Israel significa a plenitude da Igreja que composta

    por judeus e gentios que sero salvos em Cristo (Ef 2.11-22) Pois a Igreja o Israel espiritual de Deus (Gl 6.16) e povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9), O salo do grande banquete estar cheio (Mt 22.10)!

  • Eleio para uma misso Saul e Salomo foram eleitos para serem reis de Israel, mas,

    tudo indica, que acabaram apostatando-se da f. Jesus escolheu 12 para a funo de apstolos, mas o

    Iscariotes... Os judeus foram escolhidos para desempenhar um papel

    histrico. No incio de Romanos 9, Paulo reconhece o valor do papel de Israel no projeto de Deus, mas sem que isto implicasse em eleio ou predestinao para a salvao, pois mais adiante dito que foram cortados por sua incredulidade.

    Observe que a eleio para misso a que Paulo est destacando quando escreve: Deles a adoo de filhos; deles a glria divina, as alianas, a concesso da lei, a adorao no templo e as promessas. Deles so os patriarcas, e a partir deles se traa a linhagem humana de Cristo, que Deus acima de tudo, bendito para sempre! Amm.(Rm 9.4-5)

  • Indivduos so escolhidos para colaborarem com o plano de Deus para Israel:

    Os patriarcas so escolhidos para darem incio a este povo (Ne 9.7; Rm 9.7, 13).

    Moiss escolhido para ser um veculo de libertao e de formao e organizao de Israel (Sl 106.23),

    Governantes gentios foram escolhidos para cumprir o plano divino na vida da nao de Israel, como Fara (Rm 9.17) e Ciro (Is 45.1).

  • Eleio

    Terceira Parte

    Paralelo entre Romanos 9 e a Parbola das Bodas (Mt 22)

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas A Parbola das Bodas (Mt 22.1-14) tambm fala da rejeio

    de Israel no por conta de predestinao, mas por pura incredulidade.

    O rei no predestinou quem iria participar definitivamente da festa.

    Os convidados originais deixaram de participar por no cumprirem a condio de aceitarem o convite, por desprezo e, em alguns casos, at por dio e maldade (22.3,5 e 6).

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas O convite foi insistente, mesmo aps a recusa inicial: "E

    enviou ainda outros servos" (v. 4). "Jerusalm, Jerusalm, que matas os profetas, e apedrejas

    os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vs no o quiseste!" (Mt 23.37).

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas Ento, o convite foi estendido a todos, sem exceo, "bons e

    maus" (v. 10), pois um convite da graa (Is 55.1; Mt 11.28 e Rm 5.8) .

    A Sala do Banquete ficou repleta de convidados! Algo comparvel aquela tal plenitude de salvos de que Paulo

    tambm fala em Romanos 11.25,26 e que vemos tambm futuramente realizada na viso de Apocalipse 7.9.

  • As vestes nupciais As vestes aqui simbolizam a justia divina no apenas imputada como

    tambm comunicada. Ou seja, no apenas a justificao, mas tambm a santificao sem a qual ningum ver o Senhor (Hb 12.14).

    Por exemplo, o Pai abraa ao Filho Prdigo, que se encontra em farrapos, sujo e arruinado, mas graciosamente lhe oferece um bom banho, roupas novas, sandlias para os ps e um anel de filho! O filho deve receber o banho, as roupas e tudo o mais que o pai lhe oferece para andar de modo digno e apropriado.

    Alm do perdo, Deus est oferecendo a todos um novo corao (Ez 36.26) e a graa de se tornarem participantes da natureza divina (2Pe 1.4), para serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12).

    O convidado deve despir-se de sua velha e surrada vestimenta (Cl 3.8), para vestir a nova que lhe oferecida: "mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante s suas concupiscncias" (Rm 13.14).

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas As Palavras de Paulo aos judeus que rejeitaram o Evangelho

    esto em perfeita sintonia com o tema que estamos tratando: "Ento Paulo e Barnab lhes responderam corajosamente:

    'Era necessrio anunciar primeiro a vocs a palavra de Deus; uma vez que a rejeitam e no se julgam dignos da vida eterna, agora nos voltamos para os gentios'" (At 13:46).

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas Todos foram chamados, mas, escolhidos foram apenas os

    que receberam o convite com f. Estes no exerceram f porque foram previamente

    escolhidos, mas foram escolhidos por terem exercido f a ponto de atenderem apropriadamente ao convite nos termos estabelecidos pelo Rei.

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas Ambos os textos falam da rejeio de Israel (Mt 22.3-6; Rm

    9.31 e 32; 11.20). Ambos apontam a incredulidade como causa de tal rejeio

    (Mt 22.3,5,6; Rm 9.31,32; 10.3,4,16,17,21 e 11.20). Ambos os textos tratam do tema da eleio, estabelecendo a

    f como a condio para estar e permanecer na comunidade escolhida para as Bodas do Filho (Mt 22.3-6,11; Rm 9.30-31 cp. 10.11-17).

    Tanto em um texto como em outro, vemos que a f de cada indivduo no uma deciso falsa onde tudo j teria sido decidido de antemo pelo ser supremo (Mt 22.3; Rm 9.33; 10.4,8,11,16-21).

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas Em ambos, o destino dos convidados no est previamente

    definido (Mt 22.3,5, 11 e 14; Rm 11.20-23). Ambos os textos falam da bondade e tambm da severidade

    de Deus (Rm 11.22; Mt 22.4,7,9,13). O convite foi feito a todos (Mt 22.9; Rm 10.18) Deus usou de misericrdia para com todos (Mt 22.3,4,9 e 14;

    Rm 11.32); "Pois no h distino entre judeu e grego, uma vez que o

    mesmo o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam" (Rm 10.12; Mt 22.9 e 14).

  • Romanos 9 e a Parbola das Bodas A Parbola conta que aqueles que recusaram o convite

    receberam mais que uma oportunidade (Mt 22.4; Rm 10.21), e Paulo ensina que se os judeus "no permanecerem na incredulidade, sero enxertados; pois Deus poderoso para os enxertar de novo" (Rm 11.23, cp. Rm 10.1).

    Ambos os texto falam que "nem todos obedeceram ao Evangelho" (Mt 22.3-6; Rm 10.16), tal recusa no foi por predestinao, falta de oportunidade ou incapacidade, mas, simplesmente, porque "no quiseram" (Mt 22.3; Rm 11.21).

    Ambos os textos tambm falam do severo juzo de Deus sobre os incrdulos que desprezam a sua graa (Mt 22.7,13; Rm 11.10, 20-22).