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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE CCBS Curso de Ciências Biológicas AKAUÃ TREMONTE MURARI Avaliação da coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos no campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie São Paulo 2017

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE – CCBS

Curso de Ciências Biológicas

AKAUÃ TREMONTE MURARI

Avaliação da coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos no campus

Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie

São Paulo

2017

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AKAUÃ TREMONTE MURARI

Avaliação da coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos no campus

Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Centro de Ciências Biológicas e da

Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie

como requisito parcial à obtenção de grau de

Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientadora de TCC: Profa. Dra. Paola Lupianhes Dall Occo

São Paulo

2017

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“Para os amigos tudo, para os inimigos a Lei!”

(Venuvaldo Jesus Murari)

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Agradecimentos

Agradeço à Universidade Presbiteriana Mackenzie, ao Centro de Ciências

Biológicas e da Saúde e aos meus professores docentes. Em especial à Professora

Paola Lupianhes Dall Occo pela paciência e atenção, e ao Victor Peres e Perez do

Departamento de Sustentabilidade da Universidade Presbiteriana Mackenzie, pela

cooperação e parceria.

Ao meu supervisor de estágio na empresa AmbTri Consultoria Ambiental,

Carlos Henrique Martins Mello pela amizade e companheirismo.

Faço menção exclusiva aos meus avós pelo apoio incondicional, minha tia

Patrícia de Almeida Murari pelo apoio e ajuda com a revisão deste trabalho, minha

família, minha mãe e a cada uma de minhas irmãs, que desempenharam muito bem

sua função.

Sempre serei grato a minha segunda família Darwin pelas risadas,

conselhos e amizade. Em especial ao Time por sempre estarem ao meu lado me

apoiando quando precisei, por toparem os programas inusitados, pelas ideias

desprovidas de bom senso e pelas melhores viagens de última hora.

Agradeço também ao meu melhor amigo, parceiro, guia, mestre e ídolo,

Venuvaldo Jesus Murari por tudo o que representa para mim e por ser um exemplo

de caráter e pessoa.

Todos sempre estarão gravados em mim e em meu coração.

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Resumo

O cenário da gestão de resíduos sólido urbanos no Brasil vem sofrendo

transformações nos últimos anos, especialmente com a aprovação da Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal nº 12.305

(BRASIL, 2010). Nela estão estabelecidas as diretrizes relativas à gestão integrada

e gerenciamento de resíduos sólidos, assim como as responsabilidades dos

geradores, do poder público e os instrumentos econômicos aplicáveis. Logo, é cada

vez mais necessário realizar melhorias na eficiência dos serviços de logística,

infraestrutura e melhorar a aplicação de recursos humanos e financeiros para que o

impacto nos cofres públicos seja minimizado (ABRELPE, 2015). Porém, a proposta

de implantação de um programa de redução de resíduos exige uma verdadeira

mudança de disciplina. Consciente de sua missão educacional a Universidade

Presbiteriana Mackenzie (UPM) possui projetos de gestão ambiental e de educação

ambiental, como o Mackenzie Ambientalmente Responsável (MAR), que tem como

uma de suas metas a destinação correta e redução da quantidade dos resíduos

gerados nos campi. O objetivo do presente estudo é avaliar a eficiência do emprego

de educação socioambiental a fim de refinar o descarte, coleta e separação do

resíduo sólido urbano gerado no campus Higienópolis da UPM. Para estimar a

eficácia da ação foram amostrados cinco conjuntos de coletores localizados em

cinco pontos distintos e com grande trânsito de pessoas dentro do campus, durante

cinco dias antes e cinco dias depois da implantação da nova campanha de

educação socioambiental. Verificou-se melhora na porcentagem de resíduos

recicláveis, de 42% na primeira etapa para 60% na segunda etapa, indicando que há

espaço para melhorias na coleta seletiva feita pela UPM. Contudo, a pequena

variação na porcentagem de descartes corretos, de 54,1% na primeira fase para

54,6% na segunda fase, mostra que apesar de campanhas e projetos já

empregados por parte da UPM ainda é necessário um maior esforço no sentido de

melhorar a consciência ambiental por parte dos frequentadores do campus.

Palavras-Chave: Resíduos sólidos urbanos, Gestão de resíduos, Educação

Socioambiental, UPM, Consciência Ambiental.

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Abstract

The scenario of solid urban waste management in Brazil has undergone

transformations in recent years, especially with an approval of the National Solid

Waste Policy (NSWP), established by Federal Law No. 12,305 (BRASIL, 2010). It lay

down guidelines for integrated management and solid waste management, as well as

the responsibilities of generators, public authorities and the applicable economic

instruments. Therefore, it is increasingly necessary to make improvements in the

efficiency of logistics services, infrastructure and improve the application of human

and financial resources so that the impact on public coffers is minimized (ABRELPE,

2015). However, the proposal to implement a waste reduction program requires a

real change of discipline. Aware of its educational mission the Mackenzie

Presbiterian University (MPU) has environmental management and environmental

education projects, such as the Environmentally Responsible Mackenzie (ERM),

which has as one of its goals the correct destination and reduction of the amount of

waste generated on the campi. The objective of the present study is to evaluate the

efficiency of the use of social and environmental education in order to refine the

disposal, collection and separation of solid urban waste generated at the Higienópolis

campus of MPU. To estimate the efficacy of the action, five sets of collectors were

sampled located in five distinct points and with great traffic of people inside the

campus, during five days before and five days after the implementation of the new

socio-environmental education campaign. There was an improvement in the

percentage of recyclable waste, from 42% in the first stage to 60% in the second

stage, indicating that there is room for improvement in the selective collection made

by MPU. However, the small variation in the percentage of correct discards, from

54.1% in the first phase to 54.6% in the second phase, shows that despite

campaigns And projects already employed by the UPM, a greater effort is still

needed to improve environmental awareness on the part of the campus.

Key-words: Urban Solid Waste, Waste Management, Socioenvironmental

Education, MPU, Environmental Awareness.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 8

2. OBJETIVO ............................................................................................. 14

3. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................... 14

4. RESULTADOS ...................................................................................... 17

5. DISCUSSÃO.......................................................................................... 21

6. CONCLUSÃO ........................................................................................ 27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 28

APÊNDICE A ................................................................................................ 33

APÊNDICE B ................................................................................................ 34

APÊNDICE C ................................................................................................ 35

APÊNDICE D ................................................................................................ 36

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1. INTRODUÇÃO

O contínuo crescimento populacional em regiões metropolitanas, combinado

às mudanças de comportamento, provoca um acréscimo no consumo de materiais,

que por sua vez, à medida que são produzidos e utilizados, provocam uma geração

cada vez maior de resíduos que, ao serem descartados impropriamente, trazem

grandes prejuízos à saúde pública além de transformações ambientais, tornando-se

um dos maiores desafios da humanidade atualmente (MEDEIROS, 2012). Logo, se

faz necessário dar a devida atenção às questões de gestão e gerenciamento dos

resíduos sólidos urbanos (RSU).

O panorama da gestão de RSU no Brasil vem sofrendo mudanças nos

últimos anos, sobretudo com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS), instituída pela Lei Federal nº 12.305 (BRASIL, 2010). Nela estão

determinadas as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de

resíduos sólidos, bem como as responsabilidades dos geradores, do poder público e

os instrumentos econômicos aplicáveis.

Ao ser aprovada, a PNRS estabeleceu metas arrojadas para conduzir os

problemas ambientais e sociais relacionados aos resíduos sólidos. Dentro dessas

metas, duas se destacam: a primeira diz respeito ao destino final dos resíduos

sólidos, em que a legislação federal determinou que a acomodação final

ambientalmente adequada dos rejeitos precisará ser estabelecida em até quatro

anos após a data de publicação dessa Lei, prazo encerrado em agosto de 2014; a

outra se refere à inclusão dos catadores na cadeia reversa dos materiais recicláveis

em todos os municípios do país (TEODÓSIO, DIAS, SANTOS, 2016).

Entretanto, as realidades das regiões e municípios brasileiros são bastante

diferentes em relação ao potencial de investimento na gestão dos resíduos sólidos.

Além do obstáculo financeiro, outros tipos de dificuldades caminham na contramão

da efetiva implantação de um sistema de reciclagem de materiais no Brasil, tais

como a falta de adesão da população à coleta seletiva, pouca participação do setor

industrial no desenvolvimento de um sistema de logística reversa, inexistência de

locais adequados para a triagem dos resíduos, além de longas distâncias entre os

centros geradores de resíduos e as indústrias de processamento e reciclagem

(MANNARINO, FERREIRA, GANDOLLA, 2016).

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A PNRS (BRASIL, 2010), define resíduo sólido como o material, substância,

ou bem descartado resultante de atividades humanas destinado no estado sólido ou

semissólido, bem como os gases contidos em recipientes e líquidos cujas

particularidades impossibilitem seu lançamento na rede pública de esgoto ou em

corpos d’água. De acordo com o artigo 13º da PNRS, é possível identificar nove

classes de resíduos quanto à origem: resíduos sólidos urbanos (RSU), resíduos de

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, resíduos dos serviços

públicos de saneamento básico, resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde,

resíduos da construção civil, resíduos agrossilvopastoris, resíduos de serviços de

transporte e resíduos de mineração, sendo os RSU oriundos das atividades

domésticas em residências urbanas e os resíduos de limpeza urbana, originados da

varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, foco deste trabalho.

A geração total de RSU no Brasil em 2015 foi de aproximadamente 79,9

milhões de toneladas, o que representa um aumento de 1,63% em relação a 2014,

índice superior à taxa de crescimento populacional no país no período, que foi de

0,8%. A quantidade de RSU coletados em 2015 aumentou em todas as regiões do

Brasil, em comparação a 2014, sendo a região Sudeste responsável por 52,6% do

total produzido e pelo maior percentual de cobertura dos serviços de coleta do país.

Em relação à disposição final no âmbito nacional, cerca de 42,6 milhões de

toneladas seguiram para aterros sanitários. Entretanto, também foi registrado um

aumento no volume de resíduos enviados para lixões e aterros controlados, que não

possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para a proteção do meio

ambiente (ABRELPE, 2015). Fato que vai contra a determinação da PNRS que

estipulou o ano de 2014 como data limite para a extinção de lixões e aterros

controlados (BRASIL, 2010).

Ao observar estes dados, surge o questionamento sobre qual órgão é

responsável pela coleta dos resíduos gerados diariamente pela sociedade. É válido

lembrar que na PNRS ficou definido que os governos Estadual e Municipal têm

autonomia para criar seus próprios planos de resíduos sólidos desde que também

atendam a PNRS. Assim, a responsabilidade pelo gerenciamento, coleta e

destinação de acordo com cada tipo de resíduo sólido, pode variar em cada região.

A prefeitura de São Paulo, por exemplo, é responsável pela destinação de resíduos

gerados em domicílios, em estabelecimentos comerciais, em locais públicos e é

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responsável também por pequenas quantidades (50 kg ou 100 L) de descartes de

construção civil. Já o descarte de outros tipos de resíduos fica a cargo do gerador

(PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2017).

Segundo a ABRELPE (2015) os municípios da região Sudeste aplicaram em

2015, em média, R$ 12,98 por habitante/mês na coleta de RSU e demais serviços

de limpeza urbana, o que representa um aumento de 1,84% em relação a 2014. Se

utilizarmos estes dados como base, a cidade de São Paulo, que atingiu a marca de

aproximadamente 12,04 milhões de habitantes (IBGE, 2016), gastou cerca de

156.279 milhões de reais com coleta e limpeza urbana no ano de 2016,

representando um gasto altíssimo para os cofres públicos.

Levando em consideração que a geração de resíduos vem crescendo ano

após ano, é cada vez mais necessário realizar melhorias na eficiência dos serviços

de logística, infraestrutura e, principalmente, aprimorar a aplicação de recursos

humanos e financeiros para que o impacto nos cofres públicos seja mitigado

(ABRELPE, 2015). De acordo com Costa (2009), a aceitação e prática de novos

preceitos e hábitos devem ser iniciadas por parte de quem comanda o processo;

depois, de quem trabalha na coleta e separação do descarte; e, em terceiro, da

população em geral. Não obstante, a PNRS determinou como metas, entre outros

objetivos, a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos

sólidos, bem como disposição final ambientalmente correta dos rejeitos (BRASIL,

2010).

Entretanto, mais do que simplesmente criar novas rotinas e métodos, a

proposta de implantação de um programa de redução de resíduos exige uma

verdadeira mudança de disciplina. Assim, é necessário realizar uma reeducação

ambiental antes, durante e após sua implantação. De acordo com a Lei Federal

9.795 (BRASIL, 1999) educação ambiental são processos pelos quais o indivíduo e

a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, sendo um

componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente

em todos os níveis e modalidades do processo educativo.

De acordo com Fernandes et al. (2003) consideram que a educação

ambiental é uma ferramenta de grande valia na proteção do meio ambiente e ajuda

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a reaproximar o homem da natureza, visto que a educação ambiental age

diretamente na formação e conscientização de cidadãos éticos possibilitando a estes

participar e entender de processos inerentes à preservação ambiental, garantindo

um futuro com mais qualidade de vida para todos, pois desperta maior

responsabilidade e respeito dos indivíduos em relação ao meio ambiente.

Costa (2009) afirma ainda que a primeira descoberta, quando se pensa em

cuidar do próprio lixo, é que não há lixo único, genérico. Existem vários tipos de

resíduos dentro da categoria de RSU, como papéis, plásticos, vidros, metais,

isopores, embalagens cartonadas, restos de alimentos e bebidas, entre outros.

Portanto, o descarte consciente deve passar por etapas condizentes com cada tipo

de resíduo encontrado em meio ao RSU gerado em um estabelecimento ou

domicílio. Assim, um descarte limpo, reciclável e sustentável pode ter variadas

destinações, que vão desde a sua doação para projetos sociais até sua reutilização,

como matéria-prima para outros produtos.

Ainda segundo Costa (2009) para se implantar um programa de gestão de

resíduos sólidos é preciso considerar formas de envolvimento da equipe do

estabelecimento numa empreitada desse tipo, pois, na teoria, a ideia do programa é

perfeita e ambientalmente correta. Contudo, na prática, mostra-se trabalhosa,

exigindo participação dedicada, pois todos os componentes da equipe precisam

estar cientes do emprego do programa para que se comprometam de forma integral

com os processos que serão aplicados.

Em estudo realizado por De Conto (2010) foi destacado que os problemas

relacionados aos resíduos em locais com circulação de grande número de pessoas

são diversos, exigindo soluções complexas e sistêmicas, principalmente voltadas à

prevenção da sua geração. É importante analisar as etapas de gerenciamento de

resíduos a serem hierarquicamente desenvolvidas nas instituições. Nas decisões

sobre o que fazer e como fazer, devem ser explicitadas as vantagens e as limitações

dos sistemas adotados para a solução dos problemas que decorrem da geração de

resíduos. Através de esforços multidisciplinares e uma consistente e variada atuação

de diversos campos profissionais as soluções para o processamento de resíduos

podem ser mais rápidas ou facilmente encontradas.

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Consciente de sua missão educacional, a Universidade Presbiteriana

Mackenzie (UPM) desenvolve projetos de conservação do meio ambiente e de

educação ambiental. Merece destaque o Programa Mackenzie Ambientalmente

Responsável (MAR), que tem como objetivo a redução nos gastos de compra e

descarte de materiais; a destinação ambientalmente correta e redução da

quantidade dos resíduos gerados nos campi; e a busca por parcerias com ONGs

que desenvolvam a inclusão social e geração de renda por meio do trabalho com

materiais recicláveis (MACKENZIE, 2014).

Em 2013, o programa MAR promoveu a coleta de resíduos gerados em

grande volume no campus Higienópolis com doação de 56 toneladas de papel e de

aproximadamente 10 toneladas de sucata metálica para o projeto Reviravolta-

Coorpel. Em paralelo a esta doação foi realizada a venda de 3,5 toneladas de

aparas de papel, destinação de centenas de cartuchos vazios para reutilização e

providenciada a descontaminação de mais de 10 mil lâmpadas fluorescentes

(MACKENZIE, 2014).

Figura 1 – Modelo de lixeiras para a coleta seletiva, instaladas no campus Higienópolis da UPM. Fonte: Departamento de Sustentabilidade da UPM.

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Apesar de a UPM possuir projetos socioambientais como o MAR, assim

como relatórios de sustentabilidade, informações sobre as quantidades totais de

RSU gerados nos campi da UPM não existem, visto que por muitas vezes o descarte

realizado pelos frequentadores do campus é inadequado, tornando a contabilização

pouco precisa e a destinação adequada de todo o resíduo oriundo da UPM pouco

efetiva do ponto de vista ambiental. Por conta disso, um novo modelo de lixeiras foi

adotado em meados de Abril de 2016 e instalado em alguns pontos do campus a fim

de melhorar a qualidade do descarte de resíduos (figura 1).

Como é possível observar na figura 1 cada recipiente da lixeira é identificado

com um adesivo de acordo com o tipo de resíduo que ali deveria ser descartado

(Reciclável ou Orgânico). Contudo, cerca de um ano após sua instalação os

adesivos se encontravam praticamente ilegíveis (figura 2) tanto pela descoloração

por conta da ação climática, quanto pela prática de frequentadores fumantes de

apagar o cigarro nos adesivos, resultando numa identificação ineficaz que gera o

descarte equivocado e em um resíduo de má qualidade encaminhado para a

reciclagem.

Figura 2: Adesivos danificados. Fonte: Próprio autor.

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Tendo isso em vista, para melhorar a eficácia da coleta seletiva foi elaborada

uma nova proposta de educação socioambiental pela UPM que consiste na troca

dos adesivos antigos e danificados por um novo adesivo com cores vívidas (figura 3)

que será aplicado na parte superior das lixeiras e que contém informações

importantes sobre o ciclo do resíduo sólido de modo a facilitar a identificação dos

recipientes e reforçar a consciência ambiental dos frequentadores do campus a fim

de aprimorar o descarte de resíduos.

Figura 3 - Novo adesivo adotado pela UPM. Fonte: Departamento de Sustentabilidade da UPM. Conjunto com novo adesivo aplicado. Fonte: Próprio autor.

2. OBJETIVO

Avaliar a eficiência do emprego de educação socioambiental a fim de refinar

o descarte, coleta e separação do resíduo sólido urbano gerado no campus

Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

possui métodos de coleta seletiva que se iniciam diretamente nas lixeiras, sendo

disponibilizados dois coletores em uma mesma lixeira, sendo um para descarte de

resíduo reciclável (RR) e outro para o descarte de resíduo orgânico (RO). São

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encontrados 20 conjuntos iguais aos mostrados nas figuras 1 e 3. O resíduo

descartado nestas lixeiras é coletado várias vezes ao dia, sendo concentrado na

Central de Resíduos da UPM localizada próximo ao prédio 35 (figura 4A). A cada

dois dias o RO coletado é encaminhado para a destinação final no aterro sanitário e

semanalmente o RR recolhido é destinado para a cooperativa Reviravolta, para que

produtos recicláveis sejam separados e vendidos.

Para avaliar a eficiência da proposta e da adesão dos frequentadores da

UPM foram amostrados cinco conjuntos localizados em cinco pontos distintos e com

grande trânsito de pessoas dentro do campus Higienópolis da UPM (figura 4B),

durante cinco dias antes e cinco dias depois da implantação da nova campanha de

educação socioambiental.

Figura 4 – Mapa do campus Higienópolis da UPM. A) Círculo vermelho indica a localização da Central de Resíduos da UPM. B) Pontos vermelhos indicam a localização dos conjuntos amostrados.

A coleta dos resíduos das lixeiras foi realizada pelos funcionários da

empresa de limpeza contratada pela UPM, que foram orientados a colocar o resíduo

descartado no coletor para RO em sacos verdes fechados dentro dos sacos

transparentes (figura 5), junto com o resíduo que foi descartado no coletor destinado

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para RR e encaminhá-los à área reservada para armazenamento de resíduos que

seguiriam para a cooperativa na Central de Resíduos.

Figura 5 – Esquematização da orientação passada aos funcionários da empresa de limpeza. Fonte:

Próprio autor.

A partir daí, os sacos foram separados manualmente em dois grupos:

coletores orgânicos (CO) e coletores recicláveis (CR) (figura 6). Após essa

separação a coleta de dados era iniciada. Inicialmente foi contabilizado o peso bruto

total dos resíduos, que consistia em uma pesagem bruta dos sacos oriundos dos

COs e uma pesagem bruta dos sacos oriundos dos CRs. Depois, cada grupo de

sacos era aberto e tinha seus resíduos divididos em dois novos grupos: descarte

correto e descarte incorreto. Cada novo grupo era pesado novamente para

determinar, posteriormente, o percentual de rejeitos em cada tipo de saco.

Feito isso, o resíduo orgânico era descartado junto ao lixo que seguiria para

o aterro sanitário e era realizada a gravimetria do resíduo reciclável restante, ainda

dividido em dois grupos: resíduo reciclável coletor orgânico (RRCO) e coletor

reciclável (RRCR), onde os resíduos recicláveis de cada grupo foram separados de

acordo com seu material de composição (papel, vidro, metal, plástico, isopor,

embalagens cartonadas) e pesados novamente para mensurar qual tipo de resíduo

era o mais descartado.

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Figura 6 – Esquema de separação dos resíduos após a coleta realizada pelos funcionários da

empresa de limpeza contratada pela UPM. Fonte: Próprio autor.

Resíduos que potencialmente seriam recicláveis e que se encontravam

ainda com muito material orgânico, onde não havia a possibilidade de separação do

material reciclável do material orgânico foram considerados como resíduos

orgânicos e descartados de acordo. O peso dos resíduos foi medido em uma

balança da marca Toledo modelo 2098 C com capacidade máxima de 300 quilos e

aferição mínima de 1 quilo (e=d=0,05kg).

4. RESULTADOS

Na amostragem anterior a implantação da nova campanha de educação

socioambiental foi aferido um total de 25,05 quilos de resíduos, sendo 14,45 kg de

resíduos orgânicos e 10,6 kg de resíduos recicláveis (figura 4).

10,6 kg

42% 14,45 kg

58%

Resíduo Reciclável

Resíduo Orgânico

Figura 7 – Quantidade dos resíduos coletados nos recipientes antes da implantação da nova campanha de educação socioambiental.

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A gravimetria dos recicláveis coletados na primeira etapa (figura 5) revelou

que papéis, plásticos e metais são os principais resíduos descartados nas lixeiras

amostradas no campus Higienópolis da UPM. Sozinhas estas três classes de

resíduos somaram 8,7 quilos, cerca de 82,07%, do total de resíduos recicláveis.

A relação entre o descarte correto e incorreto, elaborada com os dados

obtidos na primeira fase, torna possível observar que os 11,5 quilos medidos no

descarte incorreto ficam próximos aos 13,55 quilos aferidos no descarte correto

(figura 6).

Vidro Papel Plástico Metal IsoporEmbal.

Cartonada

Coletor Reciclável 0 0,75 3,35 1,1 0,65 0,6

Coletor Orgânico 0,15 0,65 1,95 0,9 0,25 0,25

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

Pe

so

em

Qu

ilo

s

Recicláveis coletados pré ação socioambiental

0

2

4

6

8

10

12

14

ColetorOrgânico

ColetorReciclável

Total

Descarte Correto 7,1 6,45 13,55

Descarte Incorreto 4,15 7,35 11,5

Pe

so

em

qu

ilo

s

Qualidade do descarte pré ação socioambiental

Figura 9 – Comparativo da qualidade do descarte nos coletores orgânicos e recicláveis antes da implantação da nova campanha socioambiental.

Figura 8 - Comparativo dos resíduos recicláveis coletados nos recipientes antes da implantação da nova campanha de educação socioambiental.

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Posteriormente a aplicação dos novos adesivos formulados foram coletados

ao todo 39,20 quilos de resíduos, sendo 15,75 quilos de resíduos orgânicos e 23,45

quilos de resíduos recicláveis.

Assim como na primeira etapa, a pesagem realizada após a gravimetria dos

resíduos recicláveis coletados em cada recipiente (figura 8) mostrou que papéis,

plásticos e metais continuaram como os principais resíduos descartados nas lixeiras

amostradas somando 19,60 quilos, cerca de 83,6%, do total.

23,45 kg

60%

15,75 kg

40% Resíduo Reciclável

Resíduo Orgânico

Vidro Papel Plástico Metal IsoporEmbal.

Cartonada

Coletor Reciclável 0,30 4,20 4,85 1,55 1,45 0,40

Coletor Orgânico 0,30 1,35 4,80 2,85 1,05 0,35

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

Pe

so

em

Qu

ilo

s

Recicláveis pós ação socioambiental

Figura 10 - Percentual dos resíduos coletados nos recipientes depois da implantação da nova campanha de educação socioambiental.

Figura 11 - Comparativo dos resíduos recicláveis coletados nos recipientes depois da implantação da nova campanha de educação socioambiental.

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Contudo, apesar de ter sido obtido um percentual de 60% de resíduos

recicláveis coletados e a quantidade de papéis ter aumentado no coletor reciclável

um pouco mais de cinco vezes da primeira (0,75 quilos) para a segunda etapa (4,2

quilos), as quantidades de descarte certo e errado posteriormente a aplicação do

adesivo (figura 9) mantiveram uma proporção parecida com a primeira fase.

Figura 12 - Comparativo da qualidade do descarte nos coletores orgânicos e recicláveis depois da

implantação da nova campanha socioambiental.

Portanto, para se traçar um paralelo entre o descarte em ambas as etapas, a

fim de se avaliar a qualidade desse descarte, os valores totais de acertos e erros

foram compilados na figura 10.

Figura 13 - Comparativo da taxa de descarte correto e incorreto entre a primeira e segunda etapa.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

ColetorOrgânico

ColetorReciclável

Total

Descarte Correto 8,65 12,75 21,40

Descarte Incorreto 10,70 7,10 17,80

Pe

so e

m q

uilo

s

Qualidade do descarte pós ação ambiental

54,1% 54,6%

45,9% 45,4%

0

10

20

30

40

50

60

Descarte Correto 1ºetapa

Descarte Correto 2ºetapa

Descarte Incorreto 1ºetapa

Descarte Incorreto 2ºetapa

Comparativo entre acertos e erros pré e pós

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5. DISCUSSÃO

O aumento na expectativa de vida, no número de pessoas no planeta, no

crescimento do consumo de novas tecnologias aliados a um modelo econômico

baseado no consumismo desenfreado e em uma globalização em ascensão

provocam a produção de imensas quantidades de resíduos e rejeitos sem

destinação correta, sendo o equacionamento dessa situação um dos maiores

desafios da sociedade moderna (JACOBI; BESEN, 2011; SIMONS, 2013). Seguindo

esta tendência os principais resíduos descartados nas lixeiras amostradas no

campus Higienópolis da UPM são papéis, plásticos e metais, materiais que

compõem a maioria das embalagens descartáveis (figura 5 e 8) dos mais variados

produtos e bens de consumo comercializados atualmente (figura 11).

A pesagem realizada antes da nova campanha socioambiental apontou que

foram descartados incorretamente no coletor reciclável 7, 35 quilos e no coletor

orgânico 4,15 quilos, totalizando 11,5 quilos de descarte incorreto frente a 13,55

quilos de descarte correto (figura 6). A partir dos resultados obtidos é possível

afirmar que uma grande quantidade dos resíduos descartados é de recicláveis

(42%), o que de acordo com Da Paixão, Dias e Do Prado (2012) deve-se a

características muito comuns entre os alunos universitários como maus hábitos

alimentares, da praticidade de alimentos contidos em embalagens recicláveis e falta

de tempo.

Figura 14 – Principais resíduos descartados nas lixeiras do campus Higienópolis da UPM. Fonte: Próprio autor.

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Esta elevada quantidade de resíduos descartados erroneamente pode ser

explicada pela má identificação por conta do adesivo avariado (figura 2) tanto pela

descoloração por conta da ação climática, pela prática de frequentadores fumantes

de apagar o cigarro nos adesivos e pela contaminação de resíduos recicláveis por

resíduos orgânicos.

É interessante ressaltar que durante a separação de recicláveis e orgânicos

realizada nas pesagens o volume de rejeitos orgânicos continham poucos rejeitos

como cascas de frutas ou restos de lanches (figura 12), sendo a grande parte do

volume composta por materiais recicláveis contaminados por sobras de sucos, milk-

shakes, cafés, refrigerantes, entre outros líquidos, que acabam por serem

absorvidos por todo o resíduo que não seja impermeável como plásticos e metais.

Segundo Bringhenti (2004), infelizmente, ao ser descartado em meio aos

resíduos sólidos urbanos, o material reciclável perde qualidade, por conta da

contaminação oriunda de outros componentes do lixo (materiais orgânicos e

inorgânicos), contribuindo para a redução do seu potencial de recuperação e sua

destinação para aterros sanitários ao invés de serem reciclados ou reaproveitados.

Levando-se em conta que o lixo produzido nas cidades é cada vez mais

composto de elementos recicláveis, os catadores desempenham um papel

significativo, pois além da geração de renda para os trabalhadores envolvidos, há

Figura 15 - Bandejas com rejeitos recicláveis não contaminados e contaminados por rejeitos orgânicos. Fonte: Próprio autor.

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contribuição à saúde pública e ao sistema de saneamento; o fornecimento de

material reciclável de baixo custo à indústria; a redução nos gastos municipais e a

contribuição à sustentabilidade do meio ambiente, tanto pela diminuição de matéria-

prima primária utilizada, que conserva recursos e energia, como pela diminuição da

necessidade de terrenos a serem utilizados como lixões e aterros sanitários

(WIEGO, 2009; DE PAULA; SOUZA-PINTO; DE SOUZA, 2010).

Contudo, estes trabalhadores encontram-se expostos a condições de

trabalho insalubres, enfrentam a exclusão social e o entorno social hostil, pois são

vistos com desprezo, confundidos com mendigos e infratores, mesmo representando

um elo importante da cadeia de reciclagem, o trabalho dos catadores é tido pela

sociedade, e mesmo pelos próprios catadores, como destituído de importância

(WEIGO, 2009).

Logo, a proposição de um programa de educação ambiental na universidade

origina-se na necessidade de explicar e sensibilizar os frequentadores do campus,

representados por alunos, professores, administradores, terceirizados, locatários e

fornecedores, sobre a responsabilidade socioambiental de cada indivíduo. Para

tanto, é essencial que a informação passada pelo programa seja de qualidade e

atemporal para que a educação ambiental seja efetiva, o que segundo De Conto

(2010), depende da união de forças multidisciplinares e com uma sólida e variada

atuação de diversos campos profissionais, as soluções para os crescentes

problemas ambientais podem ser facilmente encontradas.

Seguindo por este caminho, a UPM desenvolve projetos de conservação

ambiental, sendo o mais importante o MAR, que tem como objetivo a redução nos

gastos de compra e descarte de materiais; a destinação ambientalmente correta e

redução da quantidade dos resíduos gerados nos campi; e a busca por parcerias

com ONGs que desenvolvam a inclusão social e geração de renda por meio do

trabalho com materiais recicláveis (MACKENZIE, 2014).

Por conta disso, utilizando estratégias oriundas do marketing verde que tem

como cerne a educação ambiental e a ênfase de uma característica benéfica de um

produto, de modo que ele seja percebido como valor significativo pelos

consumidores (GONZAGA, 2005), foi desenvolvido pelo Departamento de Marketing

da UPM um novo adesivo, abrangendo informações sobre gestão integrada de

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resíduos sólidos com a finalidade de estimular a consciência ambiental dos

frequentadores do campus, melhorar a visualização e identificação dos recipientes,

de modo a aprimorar o descarte de resíduos nas lixeiras.

De acordo com Mesquita Júnior (2007), o conceito de gestão integrada atua

na origem do processo de produção de um produto e o envolve como um todo. A

gestão integrada é um processo e deve ser entendido e conduzido de forma coesa,

tendo como pano de fundo e razão das ações tomadas os resíduos sólidos e suas

diversas implicações. Nela, devem ser definidas estratégias, ações e procedimentos

que busquem o consumo responsável, a minimização da geração de resíduos e a

promoção do trabalho dentro de princípios que orientem para um gerenciamento

adequado e sustentável, com a participação dos diversos segmentos da sociedade.

Posteriormente a instalação dos novos adesivos nas lixeiras, houve

mudança na proporção de resíduos recicláveis e orgânicos em relação aos dados

obtidos na primeira etapa, uma vez que os recicláveis que representavam 42% do

total (figura 4) passaram a representar na segunda etapa 60% (figura 7). De maneira

similar, também há o indicativo de que houve um maior cuidado no momento do

descarte por parte dos frequentadores da universidade, uma vez que, após a

aplicação dos adesivos os papéis se encontravam em quantidade muito maior no

coletor reciclável (4,2 kg), do que no coletor orgânico (1,35 kg), números muito

diferentes da primeira etapa onde os valores foram 0,75 e 0,65 quilos para o coletor

reciclável e coletor orgânico, respectivamente (figura 5).

Entretanto, levando-se em conta que a porcentagem de descartes corretos e

incorretos variaram apenas 0,5% entre as etapas (figura 10), pode-se afirmar que a

estratégia que emprega o novo adesivo foi ineficaz, uma vez que o intuito da

comunicação é convencer um terceiro a participar da ação proposta, agregando

valores e criando necessidades, através de estratégias e técnicas verbais (do texto)

e não verbais (da imagem). Logo, a comunicação vai além da simples informação,

há um discurso que impõe modelos e ideias, conceitos e comportamentos

(SCATOLIM, 2008).

Contudo, a ineficiência da nova ação socioambiental pode ter origem no

método de comunicação fornecido pelo adesivo, uma vez que o indivíduo tem que

chegar à informação o que caracteriza uma comunicação passiva (MONTES, 2016).

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Assim, é possível que se houvessem campanhas de educação ambiental com maior

proatividade como eventos em datas comemorativas ao meio ambiente, palestras,

workshops, treinamento de professores para que sejam repassadas as informações

em sala de aula, a taxa de acertos poderia ser aumentada.

Durante o período de coleta, houve ocasiões em que os funcionários

terceirizados erraram na cor dos sacos colocados nas lixeiras, colocando sacos

verdes e pretos ao invés de sacos transparentes e verdes (figura 13b), também na

ordem de colocação dos sacos de lixo, colocando sacos verdes no coletor reciclável

e os sacos transparentes no coletor orgânico (figura 13a) ou quando ambos os

casos aconteciam (figura 13c).

Além disso, em um determinado momento um funcionário foi visto

depositando os resíduos do coletor de recicláveis e do coletor de orgânicos num

mesmo saco que posteriormente foi destinado ao aterro sanitário. Portanto, a

qualidade da coleta seletiva foi afetada também pela deficiência no recolhimento dos

resíduos das lixeiras. Portanto, segundo Donaire (1999) o desempenho de uma

empresa na implantação de um sistema de gestão ambiental está intimamente

relacionado à qualidade de seus recursos humanos, de modo que seus

colaboradores podem se revelar como o maior potencial ou como o principal

obstáculo para que os objetivos sejam alcançados.

Figura 16 – Erros cometidos pela equipe de limpeza na manutenção das lixeiras. A) Ordem dos sacos

invertida. B) Cores dos sacos erradas. C) Ordem invertida e cores erradas.

Portanto, a inclusão de treinamentos regulares voltados a conscientização e

educação ambiental nos programas de treinamento preexistentes na organização

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pode fornecer uma maneira mais adequada para que os funcionários percebam a

questão ambiental como fundamental no processo de tomada de decisão.

Outra questão que se coloca é a manutenção dos adesivos dos coletores,

visto que anteriormente os adesivos estavam completamente danificados pela ação

do tempo e pelo costume de indivíduos fumantes de apagar suas bitucas de cigarro

na identificação. Os novos adesivos foram instalados no dia 02 de Maio de 2017, e

exatamente sete dias após a aplicação já se pôde notar marcas de cigarro em

diversas lixeiras (figura 14).

Na tentativa de sanar o problema é sugerida a instalação de bituqueiras ao

lado de todas as lixeiras e em outros pontos onde há grande concentração e

frequência de pessoas fumantes, pois de acordo com Fleming e Almeida (2013) em

estudo realizado sobre o descarte e reciclagem na Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP) foi observado que o coletor de bitucas, popularmente

conhecido como bituqueiras, é eficaz no combate inapropriado de bitucas e cinzas.

Figura 17 – Adesivo danificado pelo apagamento de bitucas por fumantes. Fonte: Próprio autor.

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6. CONCLUSÃO

A melhora na porcentagem de resíduos recicláveis observada, de 42% na

primeira etapa para 60% na segunda etapa, indica que há espaço para melhorias na

coleta seletiva feita pela UPM.

Contudo, a pequena variação na porcentagem de descartes corretos, de

54,1% na primeira fase para 54,6% na segunda fase, mostra que apesar de

campanhas e projetos já empregados por parte da UPM ainda é necessário um

maior esforço no sentido de melhorar a consciência ambiental por parte dos

frequentadores do campus, sejam eles colaboradores administrativos, alunos,

professores ou fornecedores, uma vez que há uma grande quantidade de resíduos

potencialmente recicláveis sendo contaminados por resíduos orgânicos e, portanto,

não sendo reaproveitados pela cooperativa, sendo destinados a aterros sanitários.

Assim, os resultados obtidos pelo presente estudo revelaram que a troca de

adesivos não resultou na melhora significativa da qualidade do descarte e, por

consequência, na coleta seletiva realizada atualmente.

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APÊNDICE A

Tabela 1 - Pesagem bruta, coletor reciclável pré-ação socioambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Resíduo Reciclável

(kg)

Resíduo Orgânico

(kg) Total (kg)

22/fev 1,75 1,65 3,40

23/fev 1,10 1,80 2,90

24/fev 1,35 1,30 2,65

03/mar 1,00 1,50 2,50

04/mar 1,25 1,10 2,35

Total (kg) 6,45 7,35 13,80

Tabela 2 - Pesagem bruta, coletor orgânico pré-ação ambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Resíduo Reciclável

(kg)

Resíduo Orgânico

(kg) Total (kg)

22/fev 1,05 1,90 3,00

23/fev 1,00 2,30 3,10

24/fev 0,80 1,40 2,25

03/mar 0,50 1,10 1,60

04/mar 0,80 0,40 1,20

Total (kg) 4,15 7,10 11,15

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APÊNDICE B

Tabela 3 – Pesagem de recicláveis, coletor reciclável pré-ação socioambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Vidro Papel Plástico Metal Isopor Embalagem

Cartonada

22/fev 0,00 0,10 0,95 0,15 0,10 0,20

23/fev 0,00 0,10 0,50 0,35 0,20 0,00

24/fev 0,00 0,15 0,70 0,15 0,15 0,20

03/mar 0,00 0,20 0,60 0,20 0,10 0,10

04/mar 0,00 0,20 0,60 0,25 0,10 0,10

Total

(kg) 0,00 0,75 3,35 1,10 0,65 0,60

Tabela 4 – Pesagem de recicláveis, coletor orgânico pré-ação socioambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Vidro Papel Plástico Metal Isopor Embalagem

Cartonada

22/fev 0,00 0,15 0,50 0,25 0,05 0,10

23/fev 0,00 0,15 0,40 0,30 0,10 0,05

24/fev 0,15 0,10 0,45 0,10 0,00 0,00

03/mar 0,00 0,05 0,20 0,15 0,05 0,05

04/mar 0,00 0,20 0,40 0,10 0,05 0,05

Total

(kg) 0,15 0,65 1,950 0,90 0,250 0,25

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APÊNDICE C

Tabela 5 - Pesagem bruta, coletor reciclável prós-ação socioambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Peso R. Reciclável

(kg)

Peso R. Orgânico

(kg) Total (kg)

11/mai 4,25 0,9 5,15

12/mai 3,1 2,65 5,75

13/mai 2,85 1,7 4,55

15/mai 1,55 1,1 2,65

17/mai 1,0 0,75 1,75

TOTAL (kg) 12,75 7,1 19,85

Tabela 6 - Pesagem bruta, coletor orgânico pós-ação ambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Peso R. Reciclável

(kg)

Peso R. Orgânico

(kg) Total (kg)

11/mai 2,00 1,15 3,15

12/mai 4,70 3,65 8,35

13/mai 2,15 1,50 3,65

15/mai 1,35 1,00 2,35

17/mai 0,50 1,35 1,85

TOTAL (kg) 10,70 8,65 19,35

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APÊNDICE D

Tabela 7 - Pesagem de recicláveis, coletor reciclável pós-ação socioambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Vidro Papel Plástico Metal Isopor Embalagem

Cartonada

11/mai 0,00 2,85 0,75 0,35 0,15 0,15

12/mai 0,00 0,60 1,40 0,60 0,45 0,05

13/mai 0,30 0,40 1,35 0,20 0,40 0,20

15/mai 0,00 0,25 0,90 0,10 0,30 0,00

17/mai 0,00 0,10 0,45 0,30 0,15 0,00

Total (kg) 0,30 4,20 4,85 1,55 1,45 0,40

Tabela 8 - Pesagem recicláveis, coletor orgânico pré-ação socioambiental. Fonte: Próprio autor.

Dia Vidro Papel Plástico Metal Isopor Embalagem

Cartonada

11/mai 0,00 0,40 0,80 0,45 0,25 0,10

12/mai 0,00 0,60 1,90 1,60 0,45 0,15

13/mai 0,30 0,15 1,15 0,30 0,20 0,05

15/mai 0,00 0,10 0,75 0,40 0,10 0,00

17/mai 0,00 0,10 0,20 0,10 0,05 0,05

Total (kg) 0,30 1,35 4,80 2,85 1,05 0,35