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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DIRETORIA DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE "Sv O Fort Ex/1946" CADERNO DE ORIENTAÇÃO ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO DO MEIO AMBIENTE NAS ORGANIZAÇÕES MILITARES NO ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASILEIRO 1ª Edição 2016 DPIMA-CO-02.2016

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DIRETORIA DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE

"Sv O Fort Ex/1946"

CADERNO DE ORIENTAÇÃO

ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO DO MEIO AMBIENTE NAS ORGANIZAÇÕES MILITARES NO

ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

1ª Edição 2016

DPIMA-CO-02.2016

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DIRETORIA DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE

"Sv O Fort Ex/1946"

CADERNO DE ORIENTAÇÃO

ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO DO MEIO

AMBIENTE NAS ORGANIZAÇÕES MILITARES NO ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

1ª Edição 2016

DPIMA-CO-02.2016

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Aprova o Caderno de Orientação para a gestão do meio ambiente nas organizações militares no âmbito do Exército Brasileiro, 1ª Edição, 2016.

O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO , no uso das atribuições constantes do inciso III, do art. 3º do Regulamento do Departamento de Engenharia e Construção (R-155), aprovado pela Portaria nº 368, do Comandante do Exército, de 9 de julho de 2003 e em conformidade com o parágrafo único do art. 5º, o inciso II do art. 12 e o caput do art. 44, das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército (EB 10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011, ouvido o EME, resolve:

Art. 1º Aprovar o Caderno de Orientação para a gestão do meio ambiente nas organizações militares no âmbito do Exército Brasileiro.

Art. 2º Estabelecer que este Caderno de Orientação entre em vigor na data de sua publicação em Boletim do DEC.

Gen Ex OSWALDO DE JESUS FERREIRA

Chefe do DEC

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FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES

NÚMERO

DE ORDEM

ATO DE

APROVAÇÃO

PÁGINAS

AFETADAS DATA

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Planejamento da gestão ambiental da OM. ............................................................... 19

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Anexo I do Extrato de Adesão do Exército à A3P, apresentado no Boletim do Exército nº 08/2011. ........................................................................................................... 27

Tabela 2 – Extraída da Instrução Normativa nº 10/2012, da SLTI/ MPOG. ....................... 29

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I 8

1 INTRODUÇÃO 8

1.1 LEGISLAÇÃO E NORMAS PRINCIPAIS .................................................................. 8

1.2 ABREVIATURAS ...................................................................................................... 9

1.3 CONCEITOS ........................................................................................................... 10

CAPÍTULO II 11

2 EXÉRCITO BRASILEIRO E O MEIO AMBIENTE 11

2.1 BREVE HISTÓRICO ............................................................................................... 11

2.2 MEIO AMBIENTE INSERIDO NA NORMATIZAÇÃO MILITAR............................... 11

2.3 ENQUADRAMENTO DAS OM E SEUS EMPREENDIMENTOS E ATIVIDADES NO

PREPARO E EMPREGO DA FORÇA TERRESTRE......................................................... 12

2.4 ESPECIFICIDADE DOS IMÓVEIS, EMPREENDIMENTOS E ATIVIDADES DE

CARÁTER MILITAR........................................................................................................... 14

CAPÍTULO III 17

3 RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS 17

3.1 RESPONSABILIDADES INDIVIDUAIS ................................................................... 17

3.2 RESPONSABILIDADES DOS ODS/ODOP ............................................................ 17

3.3 RESPONSABILIDADES DOS GPT E/RM .............................................................. 17

3.4 RESPONSABILIDADES DA OM ............................................................................. 17

CAPÍTULO IV 19

4 PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL 19

4.1 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL .................................................................................. 19

4.2 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL ......................................................................... 19

5 BIBLIOGRAFIA 21

6 ANEXOS 22

ANEXO 1 – MODELO DE PGA OM 22

ANEXO 2 – SUGESTÕES DE AÇÕES AMBIENTAIS 27

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CADERNO DE ORIENTAÇÃO PARA A GESTÃO DO MEIO AMBIENT E NAS ORGANIZAÇÕES MILITARES NO ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASIL EIRO

CAPÍTULO I

1 INTRODUÇÃO

Este documento visa orientar o planejamento e a execução da gestão do meio ambiente nas organizações militares (OM) no âmbito do Exército Brasileiro (EB), complementando as normas do Exército sobre o assunto.

Para isso, são destacados conceitos, procedimentos operacionais, educativos, logísticos, técnicos e administrativos relativos ao gerenciamento ambiental adequado das OM e seus imóveis, empreendimentos e atividades, a fim de que o EB cumpra o seu dever de manter os imóveis, as instalações e o meio ambiente sob a administração militar adaptados para o preparo e emprego das presentes e das futuras gerações de militares.

Os imóveis, as instalações, os meios orgânicos das OM e seus empreendimentos e atividades, objeto deste documento, têm caráter militar previsto no preparo e emprego da Força Terrestre (F Ter), nos termos da Portaria Normativa no 15, do Ministério da Defesa, de 23 de fevereiro de 2016.

Observados os prejuízos para a capacidade operacional da F Ter, poderão ser excluídos do preparo e emprego, dentre outras formas afins de utilização dos imóveis militares, os empreendimentos e atividades de caráter militar relacionados à utilização de imóveis militares em finalidade militar complementar, definida nas Instruções Gerais para a Utilização do Patrimônio Imobiliário da União Jurisdicionado ao Comando do Exército (IG 10-03), aprovada pela Portaria do Comandante do Exército n° 513, de 11 de julho de 2005, e nas Instruções Reguladoras de Utilização do Patrimônio Imobiliário da União Jurisdicionado ao Comando do Exército (IR 50-13), aprovada pela Portaria nº 11, do Chefe do Departamento de Engenharia e Construção, de 4 de outubro de 2005.

1.1 LEGISLAÇÃO E NORMAS PRINCIPAIS

A legislação base para a gestão do meio ambiente nas OM do EB são as Instruções Reguladoras para o Sistema de Gestão Ambiental no Âmbito do Exército (IR 50-20).

Destaca-se, a seguir, a legislação principal referente ao assunto objeto deste documento:

a. Constituição Federal de 1988: art. 142. Trata sobre as Forças Armadas;

b. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação;

c. Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999. Dispõe sobre as Normas Gerais para a Organização, o Preparo e o Emprego das Forças Armadas;

d. Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011: art. 7º, inciso XIV, alínea f. Trata do licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de caráter militar, excetuando do controle ambiental prévio da União os empreendimentos e atividades previstos no preparo e emprego das Forças Armadas;

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e. Portaria n° 571, de 6 de novembro de 2001. Aprova a Diretriz Estratégica de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro;

f. Portaria n° 934, de 20 de dezembro de 2007. Determina a atualização do Sistema de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro;

g. Portaria nº 001-DEC, de 26 de setembro de 2011. Aprova as Instruções Reguladoras para o Sistema de Gestão Ambiental no Âmbito do Exército (IR 50 - 20);

h. Portaria nº 003-EME, de 2 de janeiro de 2014. Aprova o Manual de Fundamentos EB20-MF-10.102 - Doutrina Militar Terrestre,1ª Edição, 2014;

i. Portaria nº 002-EME, de 2 de janeiro de 2014. Aprova o Manual de Campanha EB20-MC-10.204 Logística, 3ª Edição, 2014;

j. Portaria nº 004-EME, de 9 de janeiro de 2014. Aprova o Manual de Fundamentos EB20-MF-10.103 Operações, 4ª Edição, 2014; e

k. Portaria Normativa nº 15, de 23 de fevereiro de 2016, do Ministério da Defesa. Estabelece diretrizes para a declaração do caráter militar de atividades e empreendimentos da União, destinados ao preparo e emprego das Forças Armadas.

1.2 ABREVIATURAS

a. A3P – Agenda Ambiental da Administração Pública;

b. C Mil A – Comando Militar de Área

c. DEC – Departamento de Engenharia e Construção;

d. DGO – Diretoria de Gestão Orçamentária;

e. DOM – Diretoria de Obras Militares;

f. DPIMA – Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente;

g. EB – Exército Brasileiro;

h. F Ter – Força Terrestre;

i. Gpt E – Grupamento(s) de Engenharia;

j. IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;

k. MD – Ministério da Defesa;

l. ODOp – Órgão de Direção Operacional;

m. ODS – Órgão de Direção Setorial;

n. OM – Organização(ões) Militar(es);

o. RM – Região Militar;

p. SEF – Secretaria de Economia e Finanças;

q. SLTI/MPOG - Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

r. STD - Sistema de Transporte de Defesa; e

s. OPUS – Sistema Unificado do Processo de Obras.

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1.3 CONCEITOS

a. Diagnóstico ambiental – Documento produzido e atualizado anualmente pela OM, cujo objetivo é fornecer subsídios para o planejamento das atividades de meio ambiente da Força Terrestre e para a elaboração do Plano de Gestão Ambiental da OM, por meio do levantamento dos aspectos ambientais significativos. O diagnóstico ambiental permite o conhecimento dos principais problemas ambientais da OM, a determinação dos pontos críticos e o acompanhamento da evolução dos indicadores ambientais;

b. Plano de gestão ambiental da OM (PGA OM) – Documento produzido pela OM para o planejamento das ações ambientais, cujo objetivo é definir as medidas necessárias para regular as atividades e uniformizar os procedimentos para a execução da gestão ambiental no âmbito da OM. O PGA OM deve ser atualizado anualmente; e

c. Organização Militar – Denominação genérica atribuída à unidade de tropa, repartição, estabelecimento, navio, base, arsenal ou qualquer outra unidade administrativa, tática ou operativa, das Forças Armadas.

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CAPÍTULO II

2 EXÉRCITO BRASILEIRO E O MEIO AMBIENTE

2.1 BREVE HISTÓRICO

A consciência ambiental é inerente à cultura militar, conforme exemplifica o Decreto no 14.273, de 28 de julho de 1920, que “aprova o regulamento para o campo de instrução de Gericinó”. Esse documento já previa medidas de proteção ambiental nos níveis de prevenção, mitigação, controle e compensação que só foram incorporadas ao ordenamento jurídico federal por meio da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, a qual estabelece a política nacional de meio ambiente.

Em 1997 foi editada a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas, regulamentando o art. 142 da Constituição Federal de 1988.

Em 2001, foi aprovada a Diretriz Estratégica de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro, por meio da Portaria nº 571, do Comandante do Exército, de 6 de novembro de 2001. Essa norma também criou o Sistema de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro (SIGAEB), o qual foi atualizado pela Portaria nº 934, do Comandante do Exército, de 20 de dezembro de 2007. Assim, ficou definido que o Estado-Maior do Exército (EME) inserisse a Política de Gestão Ambiental do EB na Política Militar Terrestre da Instituição.

Em 2008, por meio da Portaria nº 386, do Comando do Exército, de 9 de junho de 2008, as Instruções Gerais para o Sistema de Gestão Ambiental no âmbito do EB (IG 20-10) foram aprovadas. A função das IG 20-10 é orientar as ações da Política Militar Terrestre para o gerenciamento ambiental efetivo dos empreendimentos e atividades de caráter militar, assegurando o cumprimento da legislação ambiental aplicável e promovendo a convivência harmônica da F Ter com o ecossistema. Fruto da determinação exarada pelas IG 20-10, foram aprovadas, em 26 de setembro de 2011, as Instruções Reguladoras para o Sistema de Gestão Ambiental no Âmbito do Exército (IR 50 - 20).

Em 2013, de acordo com a Portaria n° 142, do Comandante do Exército, de 13 de março de 2013, a Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA) foi criada como órgão de apoio técnico-normativo-consultivo do Departamento de Engenharia e Construção (DEC), com a missão de normatizar, superintender, orientar e coordenar as atividades da Administração Patrimonial e Ambiental do EB.

A Visão de Futuro da DPIMA é ser reconhecida pela excelência das Gestões Patrimonial e Ambiental no Exército. O presente documento foi elaborado a partir dessa premissa.

2.2 MEIO AMBIENTE INSERIDO NA NORMATIZAÇÃO MILITAR

O tema ambiental está inserido desde o planejamento militar, passando pelas operações militares, que podem envolver obras e serviços de engenharia, até a gestão das OM em todos os níveis da F Ter.

A fim de garantir efetividade à gestão ambiental no âmbito da F Ter, o meio

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ambiente deve ser inserido na metodologia tradicional de planejamento militar com o mínimo de alterações. Assim evitar-se-á a ideia de que existe um planejamento e gestão militar paralelo ou independente do planejamento e gestão ambiental no âmbito do preparo e emprego militares.

Nesse contexto, a Portaria nº 003-EME, de 2 de janeiro de 2014, a Portaria nº 002-EME, de 2 de janeiro de 2014, e a Portaria nº 004-EME, de 9 de janeiro de 2014, contemplam diretrizes ambientais a serem observadas na doutrina, na logística e nas operações militares terrestres, respectivamente.

As IG 20-10 e as IR 50-20 estabelecem as responsbilidades ambientais de cada nível de gestão (estratégico, operacional e tático) no âmbito do EB.

As "Orientações aos Agentes da Administração", publicadas anualmente pela Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO) da Secretaria de Economia e Finanças (SEF), estabelecem as responsabilidades de cada Órgão de Direção Setorial (ODS) e respectivos Órgãos de Apoio, no que diz respeito ao atendimento de todas as necessidades financeiras no âmbito da F Ter.

No que diz respeito às obras e aos serviços de engenharia sob a responsabilidade da Diretoria de Obras Militares (DOM) do DEC, a observância das normas ambientais aplicáveis aos projetos de engenharia é prevista nas IG 50-16, que tratam da elaboração, apresentação e aprovação de projetos de obras militares no Comando do Exército, ações que são realizadas por meio do Sistema Unificado do Processo de Obras (OPUS).

As obras de cooperação sob a responsbilidade da Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) do DEC observam as normas ambientais dos órgãos parceiros, bem como as diretrizes ambientais emitidas pela própria DOC/DEC.

2.3 ENQUADRAMENTO DAS OM E SEUS EMPREENDIMENTOS E A TIVIDADES NO PREPARO E EMPREGO DA FORÇA TERRESTRE

A única autoridade apta a definir o caráter militar de um empreendimento ou atividade militar, bem como a utilização no preparo e emprego, é o Comandante da Força Singular ou outra autoridade militar a quem a decisão for delegada, ou, em se tratando de atuação conjunta, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Há interesses estratégicos e informações classificadas que não podem se tornar públicas, sendo que, por isso, cabe tão somente ao escalão superior, ou seja, Ministro da Defesa e Presidente da República, questionarem o entendimento, caso assim avaliem, não cabendo tal atribuição a outros órgãos do Poder Executivo.

De acordo com a alínea “f”, inciso XIV, art. 7º da Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de caráter militar é uma ação administrativa da União. Porém, essa mesma alínea excetua do controle ambiental prévio da União os empreendimentos e atividades previstos no preparo e emprego das Forças Armadas.

O Manual de Fundamentos - Operações EB20-MF-10.103 define que OM é uma denominação genérica atribuída à unidade de tropa, repartição, estabelecimento, navio, base, arsenal ou qualquer outra unidade administrativa, tática ou operativa, das Forças Armadas.

O art. 2º da Portaria Normativa nº 15 do Ministério da Defesa, de 23 de fevereiro de

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2016, estabelece que:

“(...) empreendimentos e atividades de caráter militar previstos para o preparo e emprego são aqueles executados, normalmente, no interior das áreas militares, para o atendimento eficaz do emprego e da permanente eficiência operacional das Forças Armadas no cumprimento da destinação constitucional de defesa da Pátria, da lei e da ordem, e das suas atribuições subsidiárias particulares e geral, de cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil.”

Nas Considerações Gerais do Manual de Campanha – Logística EB20-MC-10.204 consta que:

“3.1.1 O apoio de material consiste no planejamento e na execução das atividades relacionadas: à previsão, provisão e manutenção de materiais às Forças apoiadas; ao movimento de pessoas e cargas por diversos modais; e à adequação da infraestrutura física, instalações e benfeitorias necessárias ao apoio logístico. Engloba os Grupos Funcionais Suprimento, Manutenção, Transporte, Engenharia e Salvamento”.

Reforçando a necessidade da F Ter dispor da sua própria infraestrutura de transporte, o Manual de Transporte MD34-M-04 estabelece que:

“2.1.3 Cada Força Singular deve dispor dos meios de transporte orgânicos mais apropriados as suas atividades específicas, a fim de apoiar as próprias operações.”

e,

“3.2.5 Além dos recursos de transporte disponíveis nos subsistemas das Forças, o STD se vale dos recursos da infraestrutura de transporte, nacional ou internacional, passíveis de contratação e/ou mobilização, com o intuito de atender as necessidades de transporte de defesa.”

Portanto, as OM e seus imóveis, empreendimentos e atividades, assim como seus meios orgânicos, por serem essenciais ao cumprimento da destinação constitucional e atribuições subsidiárias do EB e estarem sob a responsabilidade de comando, direção, coordenação, supervisão, orientação, planejamento, controle, gestão ou administração de autoridade militar da F Ter, ou por terceiros contratados por ela, têm caráter militar previsto no preparo e emprego do EB, nos termos da Portaria Normativa MD nº 15/2016.

Por conseguinte, os empreendimentos e atividades de caráter militar previstos para o preparo e emprego da F Ter, normalmente desenvolvidos nas áreas destinadas ao Exército, estão dispensadas de proceder ao licenciamento ambiental pelo órgão ambiental

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federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), assim como pelos órgãos de meio ambiente dos estados e municípios.

Entretanto, a dispensa do processo de licenciamento não exime a F Ter de promover todos os procedimentos adequados à manutenção e à segurança dos militares e dos civis – servidores ou contratados –, das instalações e do meio ambiente, de acordo com os preceitos em vigor aplicáveis aos empreendimentos e atividades de caráter militar, observados os prejuízos para a capacidade operacional da F Ter. Essa forma de proteger o meio ambiente está em harmonia com a histórica preocupação ambiental do EB, que tem se refletido na visível qualidade ambiental dos imóveis militares, especilamente das áreas e campos de instrução, os quais normalmente são as únicas manchas verdes em áreas antropizadas pelos usos e ocupações urbanos e rurais.

2.4 ESPECIFICIDADE DOS IMÓVEIS, EMPREENDIMENTOS E ATIVIDADES DE CARÁTER MILITAR

Os imóveis, empreendimentos e atividades de caráter militar têm, dentre outras, as seguintes especificidades:

a. são ações e patrimônio do Estado Brasileiro;

b. não têm caráter empresarial;

c. os imóveis públicos não estão sujeitos ao pagamento de impostos territoriais rurais ou urbanos;

d. os imóveis jurisdicionados às Forças Armadas não estão sujeitos à reforma agrária;

e. os imóveis jurisdicionados às Forças Armadas não são nem rurais e nem urbanos, dada a sua afetação especial imprescindível à defesa nacional, os quais comportam todos os usos e ocupações definidos pelos Comandantes das Forças Armadas, independente de estarem localizados na zona rural ou urbana dos municípios. Os usos e ocupações militares compreendem desde empreendimentos e atividades operacionais de combate propriamente dito, como instalações de comando e material bélico militares, dentre outras, até os empreendimentos e atividades operacionais de apoio ao combate, como instalações logísticas, áreas e centros de instruções, escolas, hospitais e residências militares;

f. o patrimônio e as ações militares visam à defesa nacional;

g. como regra geral, as ações e o patrimônio militares têm caráter militar previsto no preparo e emprego;

h. as normas – leis, decretos, resoluções, portarias – externas e internas às Forças Armadas, revogadas ou em vigor, sinalizam as especificidades do patrimônio, dos empreendimentos e das atividades militares;

i. a profissão militar reveste-se de especificidades muito especiais, quando comparadas com outras profissões. Dentre outras particularidades, nela é exigida dedicação exclusiva, há restrição de direitos, é requerida vivência nacional e alta rotatividade dos efetivos profissionais;

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j. as Forças Armadas têm atuação nacional, exigindo logística, metodologias, critérios e padrões de gerenciamento uniformes das organizações, operações/obras e do patrimônio militares, compatíveis com as doutrinas militares de cada Força e de atuação interdependente estabelecida pelo Ministério da Defesa. As doutrinas militares envolvem metodologias, critérios e padrões de desempenho operacional militares específicos, que para serem observados muitas vezes não podem atender previamente as metodologias, critérios e padrões de desempenho ambientais, requerendo, dessa forma, medidas de controle de danos colaterais das ações militares e corretivas de danos ambientais causados pela ação militar, sem que esse aspecto, em princípio, venha a configurar infração administrativa, civil ou penal para o agente militar;

k. a necessidade de conhecer toda a infraestrutura e as fontes de recursos naturais brasileiras, especialmente aquelas relacionadas aos modais de transportes e às matrizes de energia e recursos hídricos do País, a fim de viabilizar a formulação realista e exequível das hipóteses de emprego estabelecidas na Política e na Estratégia Nacional de Defesa. Esse conhecimento tem sido proporcionado também por meio da execução de exercícios militares de combate e de apoio ao combate em todo o território nacional, bem como por meio da execução de empreendimentos e atividades de cooperação com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, envolvendo obras e serviços de engenharia de adestramento de forças operacionais militares, realizados por tropas de Engenharia das Forças Armadas, especialmente pelo Exército Brasileiro;

l. a necessidade de permanente eficiência operacional singular e interdependente das Forças Armadas, visando ao pronto emprego;

m. as Forças Armadas também são órgãos do Estado Brasileiro integrantes do Poder Público, com competências exclusivas para regular os seus assuntos, que gozam de alto grau de especificidades, possuindo os comandantes das Forças Armadas competência e autonomia para gerir o pessoal (definir competências e qualificar), o patrimônio (incorporar, desincorporar, regularizar e utilizar), os empreendimentos e as atividades militares (definir metodologias, critérios e padrões de desempenho operacional militares, organizacionais e técnicos);

n. a disponibilidade de estrutura, normas e pessoal próprios para a gestão integral e independente do patrimônio, empreendimentos e atividades militares;

o. a qualidade histórica do patrimônio imobiliário (em torno de 86% regularizado), ambiental (áreas conservadas em todos os biomas do País) e histórico-cultural (manutenção e conservação compatível com as normas afins) dos imóveis militares, proporcionada pelos usos e ocupações militares sem restrições dos imóveis, os quais observam os regramentos internos do Ministério da Defesa e de cada Força Armada e os regramentos externos aplicáveis ao patrimônio e ações militares, observando-se os prejuízos para a capacidade operacional das Forças Armadas e buscando-se sempre a recuperação das alterações adversas após a execução das ações militares;

p. a responsabilidade e qualidade no planejamento e execução dos empreendimentos e atividades militares, tanto nos imóveis militares quanto em áreas públicas e privadas, no Brasil ou fora do País, onde quer que as Forças Armadas atuem; e

q. pequeno percentual dos imóveis jurisdicionados às Forças Armadas, os quais, mesmo que não estivessem conservados como estão, correspondem em torno de apenas 1% da área total do território nacional e ainda assim proporcionam todos os benefícios

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definidos no art. 142 da Constituição Federal e na Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999.

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CAPÍTULO III

3 RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS

3.1 RESPONSABILIDADES INDIVIDUAIS

Todo militar e servidor civil, individual e coletivamente, são responsáveis por cumprir as normas ambientais, contribuindo para a convivência harmoniosa com o meio ambiente.

Conforme prevê o Regulamento Interno dos Serviços Gerais (RISG), os comandantes de subunidades (Cmt SU) e os chefes de seções e dependências internas, quando envolvidos nas atividades militares próprias, são corresponsáveis junto ao fiscal administrativo (Fisc Adm) da OM, na esfera de suas atribuições, pela verificação do cumprimento, por seus subordinados, das providências e das normas que disciplinam a proteção do meio ambiente.

3.2 RESPONSABILIDADES DOS ODS/ODOp

Os ODS e o Órgão de Direção Operacional (ODOp) têm as seguintes responsabilidades ambientais gerais:

a. alocar recursos financeiros, sempre que possível, para as OM executarem seus projetos e atividades ambientais;

b. elaborar normas técnicas aditivas às IR 50-20, que considerem o transporte, o armazenamento, a coleta, o tratamento, a destinação final, a eliminação de expurgos e resíduos, bem como medidas passíveis de evitar danos ou degradação ao meio ambiente, que estejam em suas esferas de competência, observando a legislação aplicável; e

c. buscar parcerias com órgãos e instituições externas para apoio à implantação dos projetos e atividades ambientais, no âmbito do ODS/ODOp e das OMDS.

3.3 RESPONSABILIDADES DOS GPT E/RM

Os Grupamentos de Engenharia (Gpt E) e/ou as Regiões Militares (RM) têm como responsabilidades gerais assessorar, apoiar e controlar as ações ambientais no âmbito do respectivo Comando Militar de Área (C Mil A).

3.4 RESPONSABILIDADES DA OM

As OM têm as seguintes responsabilidades ambientais gerais, que devem ser cumpridas mediante assessoria e apoio do Gpt E/RM sempre que necessário:

a. executar a conservação e a recuperação ambiental das áreas sob sua responsabilidade;

b. realizar anualmente o diagnóstico ambiental dos seus imóveis, empreendimentos e atividades;

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c. elaborar o Plano de Gestão Ambiental da OM (PGA OM), com base no diagnóstico ambiental atualizado;

d. propor e/ou executar projetos e atividades ambientais visando à recuperação e à melhoria ambiental das áreas sob sua responsabilidade, observando as "Orientações aos Agentes da Administração" da SEF/DGO para o atendimento das necessidades. São exemplos de projetos ou atividades ambientais: recuperação de áreas degradadas (contaminadas, erodidas, desmatadas), coleta seletiva, proteção da fauna e flora, proteção dos recursos hídricos (recuperação de áreas de preservação permanente, instalação de sistemas para tratamento de efluentes, instalação de poços de monitoramento, etc), capacitação ambiental, dentre outros; e

e. estabelecer parcerias para orientar ações e solucionar problemas atinentes às necessidades ambientais em suas respectivas áreas, após ouvido o escalão superior.

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CAPÍTULO IV

4 PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL

O planejamento e execução da gestão ambiental na OM inicia com a realização do diagnóstico ambiental da OM, conforme ilustra a Figura 1.

Figura 1: Planejamento da gestão ambiental da OM.

4.1 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O diagnóstico ambiental é o instrumento que viabiliza o levantamento dos aspectos e impactos ambientais significativos da OM, sendo fundamental para o planejamento da gestão ambiental, e deve ser atualizado anualmente.

4.2 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

O principal documento para o planejamento da gestão ambiental na OM é o PGA OM. Nele devem ser inseridas todas as ações afins à gestão ambiental, evitando-se planos ou documentos separados. O Anexo 1 apresenta um modelo de referência para o PGA, que pode ser adaptado para a realidade da OM.

Nesse contexto, a seguir são apresentados tópicos que poderão compor o PGA OM:

a. finalidade;

b. referências;

c. objetivos;

Diagnóstico Ambiental

Elaboração/atualização do PGA OM

Execução do PGA OM

Monitoramento dos objetivos e metas do PGA OM

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d. caracterização da OM;

e. ações a realizar;

f. metas a serem atingidas;

g. prazos;

h. indicadores de desempenho;

i. recursos necessários para atingir as metas;

j. responsabilidades;

k. parcerias; e

l. outras informações julgadas necessárias.

Dessa forma, o PGA OM poderá contemplar, dentre outras ações:

a. cuidados com resíduos, efluentes, solo, recursos hídricos, fauna, flora;

b. logística reversa;

c. eficiência energética; e

d. orientações da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P).

O PGA OM poderá contemplar, ainda, no que couber, as seguintes informações, de acordo com as missões e atividades peculiares da OM:

a. avaliação dos riscos de danos ambientais das atividades militares desenvolvidas pela OM;

b. manejo nos campos e áreas de instrução (possibilidade de alternar o local das instruções para evitar ou minimizar o dano ambiental causado pelo uso repetitivo de determinado espaço da área);

c. atividades e empreendimentos submetidos ao licenciamento ambiental;

d. procedimentos adotados para a destruição de engenhos bélicos falhados após a realização do tiro, isolamento e identificação da área; e

e. previsão de projetos e atividades ambientais, tomando por base os impactos ambientais mais significativos e as metas estabelecidas. Para o atendimento dessas necessidades a OM deverá preencher a sua Ficha Modelo 18, obervando as “Orientações aos Agentes da Administração”.

As Tabelas 1 e 2 do Anexo 2 contemplam sugestões de ações que podem ser traduzidas em projetos ou atividades ambientais da OM.

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5 BIBLIOGRAFIA

Ministério do Meio Ambiente (MMA). Cartilha Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Brasília/DF: 5ª Ed., 2009.

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6 ANEXOS

ANEXO 1 – MODELO DE PGA OM

<Inserir Timbre>

TÍTULO

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA ÓRGÃO

MINISTÉRIO DA DEFESA – EXÉRCITO BRASILEIRO PALAVRAS-CHAVE

GESTÃO AMBIENTAL APROVAÇÃO/PROCESSO

GRUPO DE TRABALHO RESPONSÁVEL OBSERVAÇÕES Direitos autorais do Exército Brasileiro, sendo permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte (Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente), mantido o texto original e não acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial. REVISÃO DATA DISCRIMINAÇÃO

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ÍNDICE 1 RESUMO

2 APRESENTAÇÃO

3 FINALIDADE

4 REFERÊNCIAS

5 OBJETIVOS

6 CARACTERIZAÇÃO DA OM

6.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

6.2 DESCRIÇÃO DETALHADA DO EMPREENDIMENTO

6.2.1 Descrição das Atividades

6.2.2 Equipamentos Utilizados

6.2.3 Impactos Ambientais

6.2.4 Produção de Materiais Poluentes

6.3 RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO

6.4 COBERTURA VEGETAL

6.4.1 Característica da Vegetação

6.4.2 Estágio de Conservação e Manejo

6.5 RECURSOS HÍDRICOS

6.5.1 Bacia Hidrográfica

6.5.2 Categoria do Uso

6.6 USO DO SOLO

6.7 SISTEMA ATMOSFÉRICO

6.8 FAUNA

6.9 CLIMA

7 METAS A SEREM ATINGIDAS

8 PRAZOS

9 INDICADORES DE DESEMPENHO

10 RECURSOS NECESSÁRIOS PARA ATINGIR AS METAS

11 RESPONSABILIDADES

12 PARCERIAS

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1 RESUMO

<Inserir breve texto introdutório sobre as características da OM e a finalidade do PGA>

2 APRESENTAÇÃO

Identificação da OM

Nome da OM Endereço CEP Município Telefone Fax Subordinação/Vinculação Efetivo Missão da OM Atividades principais Atividades secundárias Composição do quadro de pessoal (quantificar) Oficiais Subtenentes/Sargentos Cabos/Soldados Servidores civis

3 FINALIDADE

<Inserir a Finalidade do PGA no âmbito da OM>

4 REFERÊNCIAS

<Inserir os Referências para a elaboração PGA no âmbito da OM>

5 OBJETIVOS

<Inserir os Principais Objetivos do PGA no âmbito da OM>

6 CARACTERIZAÇÃO DA OM

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6.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

6.2 DESCRIÇÃO DETALHADA DO EMPREENDIMENTO

6.2.1 Descrição das Atividades

6.2.2 Equipamentos Utilizados

6.2.3 Impactos Ambientais

6.2.4 Produção de Materiais Poluentes

6.3 RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO

6.4 COBERTURA VEGETAL

6.4.1 Característica da Vegetação

6.4.2 Estágio de Conservação e Manejo

6.5 RECURSOS HÍDRICOS

6.5.1 Bacia Hidrográfica

6.5.2 Categoria do Uso

6.6 USO DO SOLO

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6.7 SISTEMA ATMOSFÉRICO

6.8 FAUNA

6.9 CLIMA

7 METAS A SEREM ATINGIDAS

<Após análise do Diagnóstico Ambiental da OM, inserir as metas a serem atingidas>

8 PRAZOS

9 INDICADORES DE DESEMPENHO

10 RECURSOS NECESSÁRIOS PARA ATINGIR AS METAS

11 RESPONSABILIDADES

12 PARCERIAS

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ANEXO 2 – SUGESTÕES DE AÇÕES AMBIENTAIS

Tabela 1 – Anexo I do Extrato de Adesão do Exército à A3P, apresentado no Boletim do Exército nº 08/2011.

TEMA AÇÕES

USO RACIONAL RECURSOS/

COMBATE AO DESPERDÍCIO

a. Consumo do papel 1) Levantar e acompanhar o consumo de papel usado para

impressão e cópias; 2) Levantar as impressoras que precisam de manutenção ou

substituição; 3) Usar papel frente e verso; 4) Confeccionar blocos de anotação (com papel usado só de

um lado); e 5) Usar papel não clorado ou reciclado.

b. Consumo de energia 1) Fazer diagnóstico da situação das instalações elétricas e

propor as alterações necessárias para redução do consumo; 2) Levantar e acompanhar o consumo de energia; 3) Propor implantação de sensores em banheiros; 4) Promover a conscientização por meio de campanhas para:

a) Desligar luzes e monitores na hora do almoço; b) Fechar as portas quando ligar o ar condicionado; c) Aproveitar as condições naturais do ambiente de trabalho

- ventilação, luz solar; e d) Desligar um dos elevadores em horários específicos.

c. Consumo de copos plásticos 1) Realizar a conscientização para uso de copos individuais não descartáveis; e 2) Realizar aquisição de “canecas”.

d. Consumo de água 1) Levantar a situação das instalações hidráulicas e propor as

alterações necessárias para redução do consumo; 2) Levantar e acompanhar o consumo de água; e 3) Conscientizar sobre o desperdício da água.

GESTÃO DE RESÍDUOS

a. Adequação ao Decreto Presidencial 5.940 de 25/10/20 06 1) Instituir uma comissão setorial de coleta seletiva, com um

representante por unidade e envolver outros órgãos alocados no mesmo prédio ou condomínio;

2) Implantar a coleta seletiva (separar, no mínimo Seco e Orgânico. Quando couber, seguir a Resolução do CONAMA nº 275, de 25/04/01 - Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva);

3) Adotar materiais recicláveis para cooperativas de catadores de resíduos; e

4) Destinar adequadamente os resíduos perigosos. b. Logística Reversa

1) Segundo a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os fornecedores são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza

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urbana e de manejo dos resíduos sólidos. Abrange os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso;

II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e

de luz mista; e VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

LICITAÇÕES, CONSTRUÇÕES

E REFORMAS SUSTENTÁVEIS

a. Aquisição, sempre que possível, de bens e materiais e a contratação de serviços ambientalmente adequados, c omo por exemplo:

1) Impressoras que imprimam em frente e verso; 2) Reprografia e impressão dos documentos em frente e verso; 3) Papel reciclado ou não clorado; e 4) Serviço de copa e limpeza com adoção de procedimentos

que promovam o uso racional dos recursos e a capacitação dos funcionários para desempenho desses procedimentos. b. Contratação, sempre que possível, de obras que considerem a eficiência energética das edificações, utilização de materiais ambientalmente corretos, disposição de resíduos e utilização racional da água, como por ex emplo:

1) Aproveitar a ventilação e a iluminação naturais; 2) Utilizar madeira certificada ou de comprovada origem legal

e, de preferência, produzida nas proximidades; 3) Implementar sistemas de reaproveitamento da água para

fins não potáveis; 4) Aproveitar energia de fontes alternativas; e 5) Utilizar torneiras com temporizador, lâmpadas fluorescentes

sem mercúrio, lâmpadas LED, bacias sanitárias com menor consumo de água, controladores automáticos de luz para banheiros e corredores, etc.

QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE E

SEGURANÇA NO TRABALHO

a. Implantação de programas de qualidade de vida, saúd e e segurança no trabalho, como por exemplo:

1) Implantar programa de prevenção de riscos ambientais; 2) Formar comissão de prevenção de acidentes e brigadas de

incêndio; 3) Consertar ou substituir aparelhos que provocam ruídos no

ambiente de trabalho; e 4) Promover atividades de integração no local de trabalho e

qualidade de vida, tais como: ginástica laboral, oficinas de talento, etc.

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Tabela 2 – Extraída da Instrução Normativa nº 10/20 12, da SLTI/ MPOG.

I – Materiais de Consumo Papel 1. Dar preferência ao uso de mensagens eletrônicas (e-mail) na comunicação evitando o uso do papel; 2. Substituir o uso de documento impresso por documento digital; 3. Imprimir apenas se necessário; 4. Revisar os documentos antes de imprimir; 5. Controlar o consumo de papel para impressão e cópias; 6. Programar manutenção ou substituição das impressoras, em razão de eficiência; 7. Imprimir documentos no modo frente e verso; 8. Reaproveitar o papel impresso em apenas um lado, para a confecção de blocos de rascunho; 9. Utilizar papel reciclado ou papel branco produzido sem uso de substâncias cloradas nocivas ao meio ambiente; e 10. Realizar campanhas de sensibilização para redução do consumo de papel. Copos Descartáveis 1. Dar preferência para os copos produzidos com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem com vistas a minimizar impactos ambientais adversos; e 2. Realizar campanhas de sensibilização para conscientizar os servidores a reduzirem o consumo de copos descartáveis. Cartuchos para impressão 1. Dar preferência à utilização de impressão com estilo de fonte de texto capaz de economizar tinta ou toner. II – Energia Elétrica 1. Fazer diagnóstico da situação das instalações elétricas e propor as alterações necessárias para redução do consumo; 2. Monitorar o consumo de energia; 3. Promover campanhas de conscientização; 4. Desligar luzes e monitores ao se ausentar do ambiente; 5. Fechar as portas e janelas quando ligar o ar condicionado; 6. Aproveitar as condições naturais do ambiente de trabalho – ventilação, iluminação natural; 7. Desligar alguns elevadores nos horários de menor movimento; 8. Revisar o contrato visando à racionalização em razão da real demanda de energia elétrica do órgão ou entidade; 9. Dar preferência, quando da substituição, a aparelhos de ar-condicionado mais modernos e eficientes, visando reduzir o consumo de energia; 10. Minimizar o consumo de energia reativa excedente e/ou demanda reativa excedente, visando reduzir a quantidade de reatores ou adquirindo um banco de capacitores; 11. Utilizar, quando possível, sensores de presença em locais de trânsito de pessoas; e 12. Reduzir a quantidade de lâmpadas, estabelecendo um padrão por m² e estudando a viabilidade de se trocar as calhas embutidas por calhas "invertidas". III – Água e esgoto 1. Realizar levantamento e monitorar, periodicamente, a situação das instalações hidráulicas e propor alterações necessárias para redução do consumo; 2. Monitorar o uso da água; 3. Promover campanhas de conscientização para o não desperdício da água; 4. Dar preferência a sistema de medição individualizado de consumo de água;

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5. Dar preferência a sistema de reúso de água e de tratamento dos efluentes gerados; 6. Analisar a viabilidade do aproveitamento da água de chuva, poços artesianos; 7. Criar rotinas acerca da periodicidade de irrigação de jardins, de forma a estipular períodos padronizados para esta atividade em cada época do ano; 8. Dar preferência ao uso de descargas e torneiras mais eficientes; e 9. Dar preferência à lavagem ecológica. IV – Coleta Seletiva 1. Promover a implantação da coleta seletiva observada a Resolução do CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001, ou outra legislação que a substituir; 2. Promover a destinação sustentável dos resíduos coletados; e 3. Implantar a coleta seletiva solidária nos termos do Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006, ou outra legislação que a substituir. V – Qualida de de Vida no Ambiente de Trabalho 1. Adotar medidas para promover um ambiente físico de trabalho seguro e saudável; 2. Adotar medidas para avaliação e controle da qualidade do ar nos ambientes climatizados; 3. Realizar manutenção ou substituição de aparelhos que provocam ruídos no ambiente de trabalho; 4. Promover atividades de integração e de qualidade de vida no local de trabalho; 5. Realizar campanhas, oficinas, palestras e exposições de sensibilização das práticas sustentáveis para os servidores com divulgação por meio da intranet, cartazes, etiquetas e informativos; e 6. Produzir informativos referentes a temas socioambientais, experiências bem-sucedidas e progressos alcançados pela instituição. VI – Compras e Contratações 1. Dar preferência, quando possível, à aquisição de bens reciclados ou recicláveis; 2. Dar preferência à utilização de impressoras que imprimam em frente e verso; 3. Incluir no contrato de reprografia a opção de impressão dos documentos em frente e verso; 4. Dar preferência, quando possível, à aquisição de papéis reciclados, isentos de cloro elementar ou branqueados a base de oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio; 5. Incluir nos contratos de copeiragem e serviço de limpeza a adoção de procedimentos que promovam o uso racional dos recursos e utilizem produtos reciclados, reutilizados e biodegradáveis; 6. Exigir comprovação de origem das madeiras quando da aquisição de bens e na contratação de obras e serviços; 7. Priorizar, quando possível, o emprego de mão de obra, materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local; 8. Revisar o contrato de limpeza visando à racionalização em razão do real dimensionamento da área objeto do serviço contratado; 9. Utilizar, quando possível, software de comunicação eletrônica para o envio de mensagens instantâneas (instant text messaging) ou para a transmissão de voz (Voice over Internet Protocol – VoIP); 10. Adotar, quando possível, uma rede de comunicações telefônicas, entre unidades de um mesmo órgão ou entidade; 11. Revisar normas internas e os contratos de telefonia fixa e móvel visando a racionalização em relação ao limite de custeio, à distribuição de aparelhos e ao uso particular dos aparelhos; 12. Revisar o contrato de telefonia fixa e móvel visando à adequação do plano contratado com a real necessidade do órgão ou entidade; 13. Adotar segurança eletrônica, sempre que possível, nos pontos de acesso dos edifícios dos órgãos ou entidades, visando auxiliar a prestação do serviço de vigilância;

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14. Revisar normas internas e os contratos de vigilância visando o real dimensionamento dos postos de trabalho; e 15. Fomentar compras compartilhadas.