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ORÇAMENTO EM OBRAS DE SANEAMENTO Como garan4r um bom detalhamento de custos Eng. Rogério Dorneles Severo, PMP Set/2014

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 ORÇAMENTO  EM  OBRAS  

DE  SANEAMENTO    

Como  garan4r  um  bom  detalhamento  de  custos  

Eng. Rogério Dorneles Severo, PMP

Set/2014

•  Rogério  Dorneles  Severo,  PMP  Profissional  com  mais  de  20  anos  de  experiência  em  empreendimentos  de  engenharia  nas  áreas  de  custos,  planejamento,  monitoramento  e  gerenciamento  da  construção  de  empreendimentos.    Diretor  da  TECHNIQUE  desde  1997,  empresa  que  atua  em  áreas  como  industria,  óleo  &  gás,  energia,  insfraestrutura,  saneamento  e  construção  imobiliária  para  os  setores  públicos  e  privados.    Capacita  profissionais  de  engenharia  e  arquitetura  para  a  gestão  de  contratos  e  empreendimentos.  Engenheiro Civil desde  1994  com  especialização  em  Saneamento  e  Engenharia  Ambiental  de  Obras  Civis.    Profissional  Certificado PMP pelo  PMI  desde  2009.  É  voluntario  do  PMI  Chapter  Rio  Grande  do  Sul  desde  2006,  onde  tem  par4cipado  da  diretoria  execu4va  e  de  ações  da  Integração  Nacional  dos  Chapters  PMI  do  Brasil.  A  TECHNIQUE  é  RCP - Consultoria Registrada no  PMI  Global  desde  2013.        

•  O  que  é  um  Orçamento  em  Obras  de  Saneamento  ?  

•  O  que  é  um  Orçamento  de  uma  Obra?  

– Esforço  da  Engenharia  de  Custos  e  de  seus  Profissionais  em  transformar  em  numero  o  resultado  e  detalhes  de  Projetos/Desenhos  de  Engenharia  

– É  sempre  o  primeiro  momento  de  execução  de  um  empreendimento  e  serve  para  auxiliar  os  Estudos  de  Viabilidade  dos  Empreendimentos  (win-­‐loss)    

ONDE  USAMOS?    •  Indústrias  •  Refinarias  •  Infra-­‐estrutura  •  Casas  •  Hotéis  •  Condomínio  •  Escolas  •  Conjuntos  habitacionais  •   etc…  

PMP Exam Prep - Rita Mulcahy,PMP, 2005

TIPOS SERVIÇOS

NORMAS TÉCNICAS

QUANTIDADE SERVIÇOS

PROJETO

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS C

US

TO

UN

ITÁ

RIO

S

ER

VIÇ

O

INSUMOS

Quantidade insumos M

ater

ial

Mão

-de-

obra

Equ

ipam

ento

s

Preços insumos

Encargos Sociais

CUSTO UNITÁRIO SERVIÇOS

Serviço Sn

BDI QUANTIDADE SERVIÇOS

CUSTO DIRETO

PREÇO FINAL

CUSTO INDIRETO LUCRO

Serviço S3

Serviço S2

Serviço S1

Serviço S3

Serviço S2

Serviço S1

Serviço Sn

•  Desafio  do  Profissional  de  Orçamentos:  

– Definir  um  padrão  de  trabalho  –  Criar  uma  boa  base  de  dados  (know  how  da  empresa)  –  Ter  uma  forma  de  manter  atualizada  essa  base  de  dados  

– Acompanhar  e  revisar  as  composições  de  custos  ao  término  de  obras  (lições  aprendidas)    

–  Fazer  uma  Analise  Cri4ca  do  Previsto  x  Realizado  com  seus  colegas  de  execução  (melhorar  know  how)  

– Desenvolver  adequadamente  todas  as  fases  de  Custo  de  Obras  

•  Qual  é  o  Tempo  Total  de  Execução  de  Obras  de  Engenharia  ?  

Projeto Básico e Legal Licitação Executivo

Necessidade Viabilidade Ante-Projeto

Projeto Executivo Execução e Fiscalização da Obra

Recebimento da Obra

Licitação Projeto

Licitação da Obra

Ciclo de Vida de um Projeto de Engenharia

Ciclo de Vida de um Projeto de Engenharia

•  Premissas  mínimas  

– Projetos  Detalhados  de  Arquitetura  e  Engenharia  são  documentos  de  referência  para  executar  as  obras  (NBR  13.532)  

– Agentes  Intervenientes  (NBR  5.671):  •  3.1  Proprietário  •  3.3  Empresa  Proje4sta  •  3.4  Autor  do  Projeto  •  3.6  Executante  •  3.7.1  Fiscal  Técnico  

•  Premissas  Mínimas  • Discriminações  Técnicas  • Memorial  Descri4vo  • Especificações  Técnicas  • Caderno  de  Encargos  • Projetos  de  Engenharia  e  Arquitetura  

• Critérios  de  Medição  • Prazos  Execu4vos  

Documentação de Engenharia

Após  os  Projetos  Básicos  de  Engenharia  já  são  feitos  EsKmaKvas  de  Custo  –  Devido  a  facilidade  de  usos  de  sonwares  de  orçamentos  e  de  planilhas  eletrônicas.  

–  Grande  parte  de  não-­‐conformidades  e  problemas  de  pós-­‐ocupação  tem  origem  na  etapa  de  projeto  

–  Projetos  claros  e  completos  diminuem  os  erros  de  execução  –  Etapa  de  compa4bilização  de  projetos  de  arquitetura  e  engenharia  (seja  pelo  proje4sta  ou  pelo  executor)  aumentam  a  confiabilidade  do  orçamento  

PMBOK  +  CONSTRUCTION  EXTENSION  

PMBOK® (47 processos)

Escopo Custo Tempo

Recursos Humanos Integração Qualidade

Comunicações Riscos Aquisições

Segurança Meio-Ambiente

Reivindicações Finanças

Extensão de Construção (13 processos)

Partes Interessadas

•  EsKmaKva  de  custos  

–  Cálculo  do  valor  aproximado  (es4ma4vo)    dos  custos  dos  recursos  necessários  para  execução  de  cada  a4vidade  do  projeto.    

–  Iden4ficação  das  causas  prováveis  de  desvios  (inclusive  riscos)    

– EsKmaKva  de  custo  ≠  definição  de  preço  

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•  Tipos  de  Orçamentos  de  Obras:  –  1º-­‐  ORÇAMENTO  EXPEDITO  ou  ESTIMATIVO:  servem  para  o  auxílio  na  

tomada  de  decisões  sobre  sequencia  de  um  projeto  •  Grau  de  precisão  do  custo  para  esse  /po  de  orçamento  es/mado  é  da  ordem  60  a  70%  

–  2º-­‐  ORÇAMENTO  ANALÍTICO  ou  DETALHADO:  subsidia  a  tomada  de  decisão  com  relação  ao  próprio  empreendimento  a  ser  executado,  definir  melhor  detalhes  

•  Grau  de  precisão  do  custo  para  esse  /po  de  orçamento  é  da  ordem  de    70  a    90%.  

–  3º-­‐  ORÇAMENTO  EXECUTIVO:  é  a  ferramenta  para  a  gestão  e  administração  do  empreendimento  

•  Grau  de  precisão  do  custo  para  esse  /po  de  orçamento  deve  ser  superior  a    90%.  

Restrição  Tripla  em  Projetos  

Tipo  de  Orçamento  que  vamos  fazer?  •  Es/ma/vo  /  Detalhado  /  Execu/vo  

–  Temos  as  COMPOSIÇÕES  DE  CUSTO  UNITÁRIO  –  Temos  a  LISTAS  de  materiais/equipamentos  –  Temos  as  REFERÊNCIAS  e  LIMITES  DEFINIDOS  (SINAPI,  BDI,  Leis  Sociais,  …)  

•  Para  executar  com  maior  precisão:  –  Definir  a  FORMA  DE  QUANTIFICAÇÃO  dos  SERVIÇOS  –  Definir  o  CRITÉRIO  de  MEDIÇÃO  dos  Serviços  –  Definir  o  INDICADOR  para  considerar  um  SERVIÇO  EXECUTADO  

Conhecemos  a  curva  ABC  do  Orçamento?    -­‐  para  atuar  sobre  insumos  /  recursos  chaves  

                                         26  itens  ~  60%                                        275  itens  =  100%    

E  os  Prazos?   CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO Item Discriminação dos Peso Valor Meses

Serviços (%) (R$) 1 2 3 4 5 6 7 1 CONTRATO 100,00% 11.613.869,00

- -

- -

- -

- 2 Projeto 4,06% 472.079,00

40,00% 40,00% 20,00% 188.831,60

188.831,60 94.415,80

- -

- -

2.1 Construção civil 7,29% 846.151,00 5,00% 10,00% 15,00% 25,00% 25,00% 20,00%

- 42.307,55

84.615,10 126.922,65

211.537,75 211.537,75

169.230,20 2.2 Montagem eletromecânica 49,08% 5.700.000,00

2,00% 15,00% 25,00% 45,00% 13,00% -

- 114.000,00

855.000,00 1.425.000,00

2.565.000,00 741.000,00

2.3 Condicionamento 1,69% 196.426,00 100,00%

- -

- -

- -

196.426,00 2.4 Infraestrutura 1,86% 216.482,00

30,00% 35,00% 15,00% 15,00% 5,00% -

64.944,60 75.768,70

32.472,30 32.472,30

10.824,10 -

2.5 Serviços complementares 6,21% 721.606,00 50,00% 50,00%

- -

- -

- 360.803,00

360.803,00 2.5.1 Fornecimento de equipamentos 21,34% 2.478.456,00

10,00% 20,00% 35,00% 25,00% 10,00% -

- 247.845,60

495.691,20 867.459,60

619.614,00 247.845,60

2.5.2 Fornecimento de materiais 6,14% 712.910,00 5,00% 35,00% 25,00% 25,00% 10,00%

- -

35.645,50 249.518,50

178.227,50 178.227,50

71.291,00 2.5.3 Partida, pré-operação e operação 2,32% 269.759,00

100,00% -

- -

- -

- 269.759,00

% Mensal 1,63% 2,55% 5,62% 15,15% 23,37% 33,98% 17,71% %Mensal Acumulado 100,00% 11.613.869,00

1,63% 4,18% 9,79% 24,94% 48,32% 82,29% 100,00% Valor Mensal Total (R$) 188.831,60

296.083,75 652.290,70

1.759.604,65 2.714.697,15

3.946.006,35 2.056.354,80

Valor Mensal Acumulado 188.831,60 484.915,35

1.137.206,05 2.896.810,70

5.611.507,85 9.557.514,20

11.613.869,00

No  controle  dos  Prazos  – Analisar  se  o  Cronograma  Físico  é  viável  – Definir  Marcos  Contratuais  – Definir  etapas  de  PLANEJAMENTO  –  Inserir  etapas  de  PLANEJAMENTO  nas  obras,  considerando  também  o  custo  dessa  equipe  já  na  viabilidade  da  obra  

•  Quais  as  principais  saídas  que  um  trabalho  de  Orçamento  deve  gerar  ?  

•  Principais  saídas  que  um  Orçamento  deve  ter:  a)  Relatório  Discriminado  do  Orçamento  

b)  Curva  ABC  do  Orçamento  para  atuar  conhecer  insumos  chaves    19  intes  ~  50%  

       26  itens  ~  60%          275  itens  =  100%  

 

c)  Ajudar  o  controle  da  tomada  de  decisões  x  custo  das  mudanças  

d)  Apoiar  o  controle  do  caminho  cri4co  dos  cronogramas:  a  aceleração  do  projeto  só  será  conseguida  se  forem  aplicados  os  recursos  necessários  nessas  a4vidades    

e)  Criar  referencias  e  indicadores  zsicos  e  financeiros  de  avanço  que  sejam  divulgados  periódicamente  para  a  equipe  do  projeto  (Curva  S)  

Curva S de Avanço Físico do Projeto

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Meses

Bas

es e

xecu

tada

s

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

Bas

es A

cum

ulad

as

Avanço Mensal ContratoAvanço Mensal RE-PlanejadoAvanço Mensal RealizadoAvanço Contratual Acum.Avanço RE-Planejado Acum.Avanço Realizado Acum.

f)  Facilitar  o  controle  de  andamento  e  medições  pelo  seu  detalhamento  quan4ta4vo,  facilitando  o  trabalho  dos  bole4ns  mensais    

 g)  Conter  custos  dos  insumos  do  local  de  execução  das  

obras      h)  Confirmar  a  metodologia  de  cálculo  dos  Encargos  

Sociais  e  BDI,    mantendo  assim  o  equilibrio  do  custo  das  composições,  obrigações  contratuais  e  as  obrigações  trabalhistas  

 

i)  Encargos  Complementares:  verificar  itens  que  foram  re4rados  das  Leis  Sociais,  agora  chamadas  de  Tabela  Desonerada  (transporte  de  pessoal,  Alimentação  de  pessoal,  Equipamentos  de  proteção  individual,  equipamentos  de  proteção  cole4va  e  ferramentas  manuais)    

j)  Administração  Local  e  Canteiro  de  Obras:  definir  como  será  o  plano  de  ataque  e  planejamento  da  obra    

k)  Usar  Tabelas  de  Referencias  para  Compara4vos  Unitários  (SINAPI,  SICRO,  etc)  

l)  Contemplar  a  Gestão  de  Riscos  e  a  Gestão  de  Mudanças  da  Obra:  adi4vos,  desvios,  erros,  etc...  

 

•  PDCA  aplicado  a  Orçamentos:  orçamento  /  cronograma  /  controle  /  alterações  

•  IPA  e  a  base  de  dados  de  grandes  obras  ?  

•  Quanto  o  Brasil  precisa  invesKr  em  Infraestrutura  nos  próximos  anos  ?  

•  Exame  e  Estado  de  São  Paulo  (19/08/2012)  100  bilhões  por  Ano  nos  Próximos  25  anos    

ou  4%  do  PIB  •  BNDES  –  Bole4m  Perspec4va  de  Inves4mento  

(Out/2013)  

510  bilhões  entre  2014-­‐2017  •  Especialistas  do  Setor  atualmente  seguem  recomendando  inves4mentos  entre  4%  e  6%  do  PIB.  

 Obrigado  !  

 •  Rogério  Dorneles  Severo,  PMP  

[email protected]  www.technique.eng.br  +55  (51)3381-­‐7457  

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