operação urbana consorciada bairros do tamanduateí

80
Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí Minuta do Projeto de Lei

Upload: sp-urbanismo

Post on 23-Jul-2016

265 views

Category:

Documents


25 download

DESCRIPTION

Minuta do Projeto de Lei

TRANSCRIPT

  • Operao Urbana ConsorciadaBairros do TamanduateMinuta do Projeto de Lei

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    2

    Sumrio

    Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate P.03

    A cidade que queremos P.05

    Socializar os ganhos de produo na regio P.06

    Assegurar o direito a moradia digna para quem precisa P.07

    Melhorar a mobilidade urbana P.08

    Qualificar a vida urbana dos bairros P.09

    Orientar o crescimento da cidade nas proximidades do transporte pblico P.10

    Reorganizar as dinmicas metropolitanas promovendo o desenvolvimento economico da cidade P.11

    Incorporar a agenda ambiental ao desenvolvimento da cidade P.12

    Fortalecer a participao popular nas decises dos rumos da cidade P.13

    Preservar o patrimnio e valorizar as iniciativas culturais P.14

    Perguntas frequentes P.15

    Plano Diretor Estratgico - macroreas e macrorea de estruturao metropolitana P.16

    Lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo - zoneamento proposto e Zonas Especiais de Interesse Social P.18

    Contexto metropolitano, ilhas de calor e reas de alagamento P.20

    Estratgias de desenvolvimento de projeto P.22

    Como ler o texto da Minuta do Projeto de Lei Ilustrada P.27

    Disposies gerais P.28

    Regras de uso e ocupao do solo P.31

    Do programa de intervenes P.39

    Da outorga onerosa de potencial adicional de construo, da emisso de certificados

    de potencial adicional de construo (CEPAC) e da sua vinculao P.40

    Da gesto P.41

    Das disposies finais e transitrias P.44

    Descrio de permetros, setores e subsetores P.46

    Corredores de centralidade e eixos de qualificao P.48

    Melhoramentos virios P.50

    Areas pblicas P.52

    Logradouros a requalificar P.53

    Parmetros de ocupao dos lotes, exceto de quota ambiental P.53

    Quota ambiental: pontuao mnima, taxa de permeabilidade mnima e fatores de ponderao segundo compartimento ambiental P.54

    Composio da pontuao da quota ambiental P.54

    Fator de incentivo da quota ambiental P.55

    Distribuio dos estoques de potencial construtivo adicional P.56

    Fatores de incentivo para as alienaes de imveis ao poder pblico P.56

    Equivalncia em CEPAC P.56

    Valor estimado de metro quadrado por quadra atingida pelos melhoramentos pblicos

    no momento da edio da lei de operao urbana P.56

    Exigncias da licena ambiental prvia da Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate P.57

    Plano Urbanstico Especfico P.58

    Permetro e permetro expandido P.59

    Subsetores, Eixos de Qualificao e Corredores de Centralidade P.60

    Compartimentos ambientais P.61

    Plano de Melhoramentos Pblicos P.62

    Parmetros Urbansticos P.63

    Mapa ndice das plantas de alinhamento virio P.64

    Cambuci, Mooca, Ipiranga, Henry Ford, Parque da Mooca, Vila Carioca e Vila Prudente P.65

    INTRODUO

    ESTRATGIAS

    CONTEXTUALIZAO

    TEXTO DA MINUTA

    CAPTULO I

    CAPTULO II

    CAPTULO III

    CAPTULO IV

    CAPTULO V

    CAPTULO VI

    QUADROS E MAPAS

    QUADRO 1A

    QUADRO 1B

    QUADRO 1C

    QUADRO 1D

    QUADRO 1E

    QUADRO 2

    QUADRO 3A

    QUADRO 3B

    QUADRO 3C

    QUADRO 4

    QUADRO 5

    QUADRO 6

    QUADRO 7

    QUADRO 8

    MAPA I

    MAPA II

    MAPA III

    MAPA IV

    MAPA V

    MAPA VI

    MAPA VII

    PLANO DE INTERVENES

    POR SETOR

  • 3A Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate (OUCBT) celebra com este nome um dos principais rios da cidade de So Paulo e os bairros que se desenvolveram ao longo de seu curso. Proposta que abrange quase a totalidade do setor Arco Tamanduate, junto Macrorea de Estruturao Metropolitana (MEM) definida pelo novo Plano Diretor do Municpio (PDE) Lei 16.050/2014.

    O PDE estabelece o projeto da cidade que queremos atravs de uma ampla pactuao entre a sociedade, pla-nejando diretrizes urbansticas, econmicas, sociais, ambientais e participativas. A partir destas diretrizes, e calcado nas premissas desta nova cidade, que a OUCBT define as transformaes urbansticas, as melhorias sociais e a qualificao ambiental futura para estes bairros.

    Operao Urbana Consorciada um instrumento de interveno pblica, regulado pelo Plano Diretor e aprovado mediante uma lei municipal, que estabelece uma regulamentao urbanstica especifica e incenti-vos ao adensamento populacional e construtivo para um permetro previamente definido. Tem por objetivos alcanar metas de qualificao para os bairros atra-vs de um conjunto de diretrizes urbansticas, como estabelece o Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257 de 2001). Estas diretrizes seguiro s aes determinadas por um Projeto de Interveno Urbana (PIU) para os bairros do Tamanduate.

    A proposta tem origem nos primeiros estudos da Operao Urbana Diagonal Sul, prevista pelo Plano Diretor Estratgico de 2002 com desenvolvimento reali-zado pela antiga Secretaria Municipal de Planejamento. A partir de 2012 novos estudos urbansticos, j sob as premissas da Operao Urbana Mooca-Vila Carioca foram elaborados pelo consrcio CMVC, contrata-do pela SMDU para elaborar subsdios ao projeto. Rebatizado de Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate, o projeto aqui apresentado trata-se de um conjunto de aes e estratgias urbansticas, sociais, ambientais e econmicas formatadas sob as orientaes do PDE. Baseado nas contribuies rea-lizadas pelos estudos urbansticos anteriores prope, alm de um programa de intervenes (melhoramentos virios, qualificao da drenagem e do transporte, pro-moo de habitao e equipamentos, criao de novos parques e resgate do patrimnio histrico), estratgias de financiamento da transformao e incentivos aos espaos produtivos da indstria, da logstica, da eco-nomia criativa e do comrcio e servios. Aliados a uma estratgia ambiental aprovada junto ao CADES, o proje-to se completa com inovadores instrumentos de gesto territorial e participativa, atestando sua viabilidade e assegurando seu controle social.

    Introduo OPERAO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO TAMANDUATE

    Partindo do conceito de Cidade Compacta, a Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate pretende equilibrar a oferta de empregos e de moradias na regio, promovendo o adensamento populacional e construti-vo, alm de uma maior diversidade dos servios e do comrcio local. Esta ao reduzir o tempo de desloca-mento entre o trabalho e a habitao e maior integrao social da populao, resultando em oportunidades a toda a populao. O projeto urbanstico composto por um programa de intervenes pblicas e por parme-tros urbansticos que geram a requalificao das orlas fluviais, o atendimento habitacional, a melhoria das conexes interbairros e a qualificao do habitat urba-no. Pretende ampliar a arborizao urbana, implantar novos parques e incrementar o sistema de drenagem como algumas das estratgias ambientais necessrias. Associado a todas estas melhorias h ainda um progra-ma de preservao dos territrios produtivos da regio existentes ao longo da ferrovia e das indstrias, assim como valorizao do patrimnio da cidade voltado ao trabalho e a histria.

    Para o aprimoramento do debate pblico da OUCBT, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano ela-borou esta publicao. De forma ilustrada, este caderno urbanstico demonstra os principais direcionamen-tos do Projeto, seus objetivos, estratgias e detalhes. O intuito bem informar todas as pessoas para que possam participar conjuntamente Administrao Municipal, da concretizao desse projeto de qualifi-cao dos bairros do Cambuci, Mooca, Ipiranga, Vila Carioca e Vila Prudente.

  • 4Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

  • 5Estratgias

    A CIDADE QUE QUEREMOSO Plano Diretor Estratgico do Municpio de So Paulo, aprovado e sancionado em 31 de julho de 2014, traz um amplo conjunto de diretrizes, estratgias e medidas para ordenar a transforma-o da cidade. Representa um pacto da sociedade em direo justia social, ao uso mais racional dos recursos ambientais, melhoria da qualidade de vida e intensa participao social sobre o futuro de So Paulo.

    As diretrizes expostas pelo PDE determinam quais so as pores do territrio que passam por processos de mudana nos padres de uso e ocupao e converso econmica, com concentrao de oportunidade de trabalho e emprego gerado por novas opor-tunidades de espaos produtivos. Localiza, da mesma maneira, a existncia de uma ampla rede de infraestrutura e de trans-porte adequada a suportar as necessidades de uma metrpole como So Paulo. Este o contexto da Macrorea de Estruturao Metropolitana MEM, onde o Plano Diretor indica o desenvol-vimento de Projetos de Interveno Urbana com o objetivo de promover transformaes urbansticas, sociais, ambientais e econmicas.

    O Arco Tamanduate um dos setores da cidade para o qual foi elaborado um Projeto de Interveno Urbana, em conjunto com a sociedade, com o objetivo de orientar as transformaes estruturais deste estratgico lugar da cidade. Transformaes que tm como premissa o adensamento populacional e cons-trutivo da regio, para o melhor aproveitamento dos terrenos vagos de antigas indstrias, das redes de transporte existentes e do ativo mercado de trabalho local. Equilibrar a oferta de moradia e emprego, ampliar a rede de equipamentos pblicos, promover melhorias urbansticas e qualificar as orlas fluviais so os objetivos deste Projeto, que tem como estratgias:

    1. SOCIALIZAR OS GANHOS DE PRODUO NA REGIO

    2. ASSEGURAR O DIREITO A MORADIA

    DIGNA PARA QUEM PRECISA

    3. MELHORAR A MOBILIDADE URBANA

    4. QUALIFICAR A VIDA URBANA DOS BAIRROS

    5. ORIENTAR O CRESCIMENTO DA CIDADE NAS

    PROXIMIDADES DO TRANSPORTE PBLICO

    6. REORGANIZAR AS DINMICAS

    METROPOLITANAS PROMOVENDO O

    DESENVOLVIMENTO ECONMICO DA CIDADE

    7. INCORPORAR A AGENDA AMBIENTAL

    AO DESENVOLVIMENTO DA CIDADE

    8. FORTALECER A PARTICIPAO POPULAR

    NAS DECISES DOS RUMOS DA CIDADE

    9. PRESERVAR O PATRIMNIO E VALORIZAR

    AS INICIATIVAS CULTURAIS

  • 6Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    1. SOCIALIZAR OS GANHOS DE PRODUO NA REGIOO potencial construtivo adicional o instrumento que gera os recursos para a implantao das melhorias urbanas propostas por este projeto na rea da OUCBT. Os grandes terrenos ou gle-bas, originalmente enquadrados em antigas zonas industriais oferecem oportunidades de grandes transformaes, atravs de seu parcelamento, com padres urbansticos inovadores, dos quais resultam em novas frentes urbanas, reas pblicas, praas e reas verde.

    Estratgias

    INCREMENTAR O POTENCIAL CONSTRUTIVO E DISTRIBUIO DOS ESTOQUES DISPONVEIS APLICAR OS RECURSOS NO PERMETRO DE ADESO DA OPERAO E DE SEU PERMETRO EXPANDIDO UTILIZAR PADRES URBANSTICOS ESPECFICOS PARA EMPREENDIMENTOS EM TERRENOS MAIORES DE 10.000M APLICAR O INCENTIVO AO PARCELAMENTO DE TERRENOS MAIORES DE 10.000M

    $

    PERMETRO EXPANDIDOno gera recursos mas recebe melhorias do poder pblico

    PERMETRO DE ADESOgera recursos e recebe melhorias do poder pblico

    EMPREENDIMENTOS EM TERRENOS MAIORES QUE 10.000m

    INCENTIVOS PARA PARCELAR TERRENO

    PADRES URBANSTICOS ESPECFICOS

    PADRES URBANSTICOS ESPECFICOS OUCBT

    >10.000m

    REA DO TERRENO

    COEFICIENTE BSICO = 1(1 x rea do terreno)

    POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL

    Tem

    Recebem

    >10.000m

  • 7Estratgias

    2. ASSEGURAR O DIREITO MORADIA DIGNA PARA QUEM PRECISAO Projeto da OUCBT assegura o direito moradia digna para at 20.000 famlias por meio da proviso de habitao de interesse social e de equipamentos de educao, sade, esporte, lazer e cultura e qualificadores do ambiente urbano.

    Estratgias

    DESTINAR 25% DOS RECURSOS PARA ATENDIMENTO HIS

    DESTINAR 15% DOS RECURSOS PARA EQUIPAMENTOS PBLICOS

    PUBLICAR CHAMAMENTO PBLICO PARA AQUISIO DE TERRENOS PARA HIS E EQUIPAMENTOS PBLICOS

    INCENTIVAR A PRODUO DE EHIS FORA DAS ZEIS

    REDUZIR O DEFICIT HABITACIONAL COM O ATENDIMENTO DE AT 20.000 FAMLIAS

    PROMOVER A REGULARIZAO FUNDIRIA DAS REAS DE ASSENTAMENTOS PRECRIOS DA VILA PRUDENTE, VILA CARIOCA E CAMBUCI

    recursos: 25% DESTINADOS PARA HABITAES DE INTERESSE SOCIAL

    CHAMAMENTO PBLICO PARA AQUISIO DE TERRENOS

    INCENTIVAR A PRODUO DE EHIS: DESTINAO DE 20% PARA ATENDIMENTO DE HIS

    recursos:15% DESTINADOS PARA EQUIPAMENTOS PBLICOS

    COTA DE SOLIDARIEDADE

  • 8Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    3. MELHORAR A MOBILIDADE URBANAA regio da OUCBT bem atendida por transporte pblico de alta capacidade pelas linhas 2 do Metr e 10 da CPTM. Para os prximos anos, tambm est prevista a chegada das linhas 6, 15 e 18 do Metr e do trem regional da CPTM. Porm, as linhas de trem, que deram origem aos bairros e que os conectam regio macrometropolitana (Campinas, Jundia e Baixada Santista), tornaram-se barreiras aos deslocamentos locais. Essas barreiras devero ser superadas com a implantao de um amplo plano virio e ciclovirio que restabelece conexes entre os bairros, garantindo uma melhor acessibilidade regio.

    Estratgias

    EXECUTAR O PLANO VIRIO PARA A CONEXO ENTRE BAIRROS:

    . CONEXO MOOCA / CAMBUCI

    . IPIRANGA / MOOCA

    . PARQUE DA MOOCA / CAMBUCI

    . ORATRIO / IPIRANGA

    . SACOM / VILA MARIANA

    . VILA CARIOCA / HELIPOLIS

    . HENRY FORD / VILA CARIOCA

    . IPIRANGA / MINIANEL

    IMPLANTAR NOVAS PASSARELAS PARA PEDESTRES E CICLISTAS JUNTO S ESTAES DO TREM E DA AV DAS JUNTAS PROVISRIAS

    IMPLANTAR PLANO CICLOVIRIO (CICLOVIAS, CICLOFAIXAS, BICICLETRIOS E SINALIZAO)

    MOOCA / CAMBUCI

    CAMBUCI / PQ DA MOOCA

    IPIRANGA / MOOCA

    SACOM / VILA MARIANA

    IPIRANGA/ MINIANEL

    IPIRANGA / ORATRIO

    HENRI FORD /VILA CARIOCA

    HELIPOLIS / VILA CARIOCA

    Destaponamento do rio Tamanduate, criao de um binrio de apoio e conexes nas ruas Ana Nery, Baro de Jaguara e Luis Gama

    Conexo rua da Independncia e viaduto So Carlos Conexo nas ruas Cipriano Barata, Presidente Costa Pereira e Odorico Mendes

    Ampliao nas ruas Gentil de Moura e Julia Cortines

    Prolongamento da avenida Nazar

    Nova via sob o linho e conexes entre os setores de Helioplis e Vila Carioca

    Ampliao do viaduto Pacheco Chaves

    Conexo Henry Ford e rua Guamiranga

  • 9Estratgias

    4. QUALIFICAR A VIDA URBANA DOS BAIRROSA OUCBT celebra com esse nome o Rio Tamanduate e os bairros que se alinham ao longo de seu curso como Mooca, Cambuci, Ipiranga, Vila Carioca, Vila Prudente e Vila Zelina. Esses bair-ros iro acomodar um adensamento populacional significativo, distribudo ao longo dos anos de implantao do projeto, e para suportar esse crescimento, preservando as caractersticas cultu-rais e a memria de cada um deles, foram propostas intervenes e diretrizes qualificadoras da vida urbana. A constituio de um sistema de espaos pblicos qualificados e de uma rede de equi-pamentos sociais, articulados pelo aumento da acessibilidade, o incremento da arborizao urbana e o incentivo do uso misto nas edificaes e dos trreos ativos so algumas das estratgias para essa qualificao.

    Estratgias

    INCENTIVAR AS FACHADAS ATIVAS COM USOS DE COMRCIOS E SERVIOS NOS TRREOS DAS EDIFICAES

    INCENTIVAR AS REAS DE FRUIO PBLICA

    AMPLIAR A LARGURA DAS CALADAS PARA 5M, NO MNIMO

    QUALIFICAR OS CAMINHOS HISTRICOS E AVENIDAS JUNTO AOS RIOS

    AUMENTAR A ARBORIZAO URBANA

    Conexo Henry Ford e rua Guamiranga

    COTA MXIMADE TERRENOPOR UNIDADEHABITACIONAL

    PROPOSTA DE ADENSAMENTO POR SETOR

    TAMANHO DE LOTE MNIMO

    INCENTIVOS S REAS DE FRUIO PBLICA

    AUMENTO DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

    INCENTIVOS AO USO MISTO E FACHADA ATIVA

    AUMENTO DA ARBORIZAO URBANA

    PROIBIO DE MURO CONTNUO

    TAMANHO MNIMO DE TESTADA

    DESINCENTIVOS PARA VAGAS DE GARAGEM

    CALADAS COM NO MNIMO 5M

    AUMENTAR A ARBORIZAO URBANA E QUALIFICAR OS CAMINHOS HISTRICOS JUNTO AOS RIOS E AVENIDAS

    Vila Cariocade 77 para 244hab/ha

    Henry Fordde 34 para 86hab/ha

    Parque da Moocade 110 para 267hab/ha

    Moocade 66 para 250hab/ha Cambuci

    de 66 para 250hab/ha

    Ipirangade 104 para 267hab/ha

    Vila Prudentede 130 para 270hab/ha

  • 10

    Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    5. ORIENTAR O CRESCIMENTO DA CIDADE NAS PROXIMIDADES DO TRANSPORTE PBLICOA grande oferta de transporte pblico, linhas de trem e metr e corredores de nibus, orienta as estratgias de adensamento para a rea da OUCBT, que aproveita esta condio para promo-ver um crescimento sustentvel da cidade. Parte desses eixos de transporte margeia os rios Tamanduate, Moinho Velho e Ipiranga, de modo que as novas construes sero instrumento de recuperao ambiental e paisagstica dessa parte da cidade.

    Estratgias

    INCENTIVAR O ADENSAMENTO JUNTO S AVENIDAS ALCNTARA MACHADO, DO ESTADO E DAS JUNTAS PROVISRIAS PARA PROMOVER A QUALIFICAO DESSAS VIAS ATRAVS DO RECUO ESPECIAL DE APP (REA DE PRESERVAO PERMANENTE) PROMOVER O ADENSAMENTO HABITACIONAL PRXIMO S ESTAES DE METR E TREM

    OTIMIZAR O USO DA TERRA NAS REAS PRXIMAS S ESTAES COM A DETERMINAO DE QUOTA MXIMA DE TERRENO POR UNIDADE HABITACIONAL DE 15m E CA=4 PARA OS NOVOS EMPREENDIMENTOS DESESTIMULAR VAGAS DE GARAGEM: 1 VAGA POR UNIDADE HABITACIONAL E 1 VAGA PARA 75m DE USOS NO RESIDENCIAIS

    INCENTIVAR O ADENSAMENTO e promover a qualificao com recuo especial de APP

    Promover o adensamento com QUOTA MXIMA DE TERRENO = 15mE CA=4 para novos empreendimentos

    RECUO ESPECIAL DE APP RECUO ESPECIAL DE APP

  • 11

    Estratgias

    6. REORGANIZAR AS DINMICAS METROPOLITANAS PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO ECONMICO DA CIDADEA Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate a pri-meira operao desenvolvida sob as diretrizes do novo Plano Diretor Estratgico para a Macrorea de Estruturao Metropolitana (MEM), mais especificamente, o setor Orla Ferroviria e Fluvial, reconhecendo este territrio como estratgico para o desenvolvimento metropoli-tano.

    A localizao privilegiada de conexes ferrovirias e rodovirias macrometropolitanas e a proximidade com a regio do ABCD indu-zem a manuteno de territrios produtivos no seu entorno. As re-as industriais e logsticas existentes sero preservadas e recebero incrementos em sua infraestrutura de mobilidade, favorecendo fluxos de carga na cidade.

    Na escala local, o estmulo ao uso misto com a predominncia de comrcios e servios um importante fator de viabilidade de desen-volvimento e oferta de empregos. Agrega-se a estes, o incentivo eco-nomia criativa, com a reconverso de edifcios de interesse histrico da Mooca e do Ipiranga.

    Estratgias

    MANTER AS ATIVIDADES PRODUTIVAS INDUSTRIAIS COM INCREMENTO DE 8000 EMPREGOS E PADRES URBANSTICOS ESPECFICOS: GABARITO CONTROLADO DE 28M E ISENO DE PARCELAMENTO OBRIGATRIO NO SETOR HENRY FORD

    IMPLANTAR PLATAFORMA LOGSTICA PARA ORGANIZAR A DISTRIBUIO DE CARGAS E INCREMENTAR 2200 NOVOS EMPREGOS NO SETOR VILA CARIOCA

    ADQUIRIR EDIFCIOS TOMBADOS, COM RESTAURO E RECONVERSO, PARA USO VOLTADO ECONOMIA CRIATIVA, NO SETOR MOOCA

    INCENTIVAR OS USOS MISTOS COMERCIAIS APROXIMANDO EMPREGO E MORADIA NOS CORREDORES DE CENTRALIDADE

    INCENTIVOS AS ATIVIDADES PRODUTIVAS INDUSTRIAISno setor Henry Ford

    IMPLANTAO PLATAFORMA LOGSTICAno setor Vila Carioca

    INCENTIVOS AOS USOS MISTOS COMERCIAISnos corredores de centralidade

    INCENTIVO ECONOMIA CRIATIVAno setor Mooca

  • 12

    Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    7. INCORPORAR A AGENDA AMBIENTAL AO DESENVOLVIMENTO DA CIDADEO Plano Diretor Estratgico do Municpio de So Paulo definiu a agenda ambiental como estratgica para o desenvolvimento da cidade. Dentro dessa premissa, a OUCBT incorpora da reviso PL 272/2015 - lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo - o conceito de Quota Ambiental como regramento de aferio da eficcia ambiental dos empreendimentos, fundamental para mitigao da ilha de calor, incremento da cobertura vegetal e equilbrio das condies de drenagem.

    Estratgias

    AMPLIAR AS REAS VERDES COM IMPLANTAO DE 11 NOVOS PARQUES, EM ESPECIAL O PARQUE FOZ DO IPIRANGA, S MARGENS DO RIO

    INCENTIVAR A PERMEABILIDADE NAS REAS DE ENCOSTA E A COBERTURA VEGETAL NAS REAS DE VRZEA

    ATENUAR A ILHA DE CALOR COM A ADOO DA QUOTA AMBIENTAL INCENTIVADA

    APLICAR O INCENTIVO DE CERTIFICAO NOS NOVOS EMPREENDIMENTOS

    REAS DE VRZEA:maior cobertura vegetal

    ADOO DE QUOTA AMBIENTAL

    MAIS REAS VERDES: implantao de 11 novos parques

    INCENTIVO DA QUOTA AMBIENTAL

    INCENTIVO DE CERTIFICAO AMBIENTAL

    +

    REAS DE ENCOSTA:maior permeabilidade

  • 13

    Estratgias

    8. FORTALECER A PARTICIPAO POPULAR NAS DECISES DOS RUMOS DA CIDADEGesto social e democrtica com a instituio de Grupo de Gesto da Operao, paritrio entre o governo municipal e a socieda-de civil. de responsabilidade do Grupo de Gesto a definio das prioridades do programa de intervenes da OUCBT. Parte da representao da sociedade civil no Grupo de Gesto ser realizado por membros dos conselhos municipais, ampliando assim a participao democrtica e fortalecendo desta forma o entendimento de que a regio dos Bairros do Tamanduate estratgica para o desenvolvimento de toda a cidade.

    Estratgias

    IMPLANTAR O GRUPO DE GESTO PARITRIO FORMADO POR MEMBROS DO GOVERNO E DA SOCIEDADE: . ENTIDADES ACADMICAS. EMPRESRIOS. ONGS. CONSELHO MUNICIPAL DE HABITAO. CONSELHO PARTICIPATIVO MUNICIPAL DAS SUBPREFEITURAS

    IMPLANTAR SISTEMA DE MONITORAMENTO, COM A PARTICIPAO DA SOCIEDADE, PARA ACOMPANHAMENTO, APRIMORAMENTO E CONTROLE SOCIAL DA IMPLEMENTAO DA OUCBT

    COMUNIDADE ACADMICA

    ONGS

    PREFEITURA MUNICIPAL DE SO PAULO

    EMPRESRIOS

    CONSELHO PARTICIPATIVO DAS

    SUBPREFEITURAS

    GRUPO DE GESTO

    SISTEMA DE MONITORAMENTO DAS AES DA OUCBT PELA SOCIEDADE

    S MOOCA

    IPIRANGAVILA

    PRUDENTE

    CONSELHO MUNICIPAL DE HABITAO

  • 14

    Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    9. PRESERVAR O PATRIMNIO E VALORIZAR AS INICIATIVAS CULTURAISA rea compreende um conjunto de presenas histricas distin-tas. Numa ponta, est o bairro da Mooca, uma matriz industrial da cidade vinculada histria do crescimento e pujana eco-nmica de So Paulo que ainda detm muitos dos testemunhos de suas origens. Destacam-se ali os imveis tombados da Rua Borges de Figueiredo, os galpes industriais ao longo da ferrovia e outros exemplares distribudos pelo bairro. Na rea da Operao Urbana Consorciada encontram-se situaes especficas: na regio do Cambuci, o Outeiro da Glria; no Parque da Mooca, o loteamento projetado por Jorge de Macedo Vieira; na regio do Ipiranga e do Sacom, os vestgios do antigo Caminho do Mar e monumento do Ipiranga, representao de um momento hist-rico nacional. As aes da OUCBT buscam reservar e enfatizar essas presenas histricas, em aes pontuais de recuperao e projetos urbanos de recomposio paisagstica.

    Estratgias:

    DESTINAR 4% DOS RECURSOS PARA PRESERVAO DE BENS TOMBADOS

    ADQUIRIR IMVEIS TOMBADOS PARA RESTAURO E RECONVERSO DE USOS, EM ESPECIAL PARA ATIVIDADES LIGADAS ECONOMIA CRIATIVA

    INCENTIVAR A PRESERVAO DE BENS CULTURAIS ATRAVS DA TRANSFERNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO

    CONTROLAR O GABARITO E O TAMANHO DOS TERRENOS DOS NOVOS EMPREENDIMENTOS NO SUBSETOR HIPDROMO

    RECUPERAR O EIXO PERSPCTICO DA AV. D. PEDRO I E AS SIMETRIAS DA PRAA DO MONUMENTO PARA VISIBILIDADE E DESTAQUE DO MONUMENTO INDEPENDNCIA

    CONTROLAR GABARITO E TAMANHO DE TERRENO dos novos empreendimentos

    RECUPERAR EIXO PERSPCTICO para visibilidade do Monumento Independncia

    4% DESTINADOS PARA PRESERVAO DE BENS TOMBADOS

    ADQUIRIR IMVEIS TOMBADOS

    para restauro e reconverso de usos

    TRANSFERNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO

  • 15

    O que Operao Urbana Consorciada?

    Operao Urbana Consorciada (OUC) um instrumento definido no Estatuto da Cidade (Lei Federal n 10.257 de 10 de julho de 2001) e previsto na Lei n. 16.050/14 Plano Diretor Estratgico (PDE). Seu objetivo gerar transformaes urbansticas estruturais, melhorias sociais e econmicas e valorizao ambiental de determinadas re -gi es do Municpio por intermdio de Projeto de Interveno Urbana (PIU). Cada Operao Urbana Consorciada deve ser aprovada por lei especfica, que define um conjunto de transformaes, espera-das para determinado territrio da cidade, com relao a melhoria no transporte e mobilidade e tambm aos equipamentos urbanos j existentes ou a serem implantados (parques, equipamentos de sade, educao, cultura, habitao de interesse social, etc). Os recursos pblicos necessrios para a implantao das melhorias previstas na lei da operao urbana so arrecadados especialmente com a venda dos Certificados de Potencial Adicional de Contruo CEPAC, que viabilizam a utilizao de potencial adicional de construo no ter-ritrio da prpria operao urbana.

    O que Potencial Construtivo?

    Potencial construtivo o quanto se pode construir, EM METROS QUADRADOS, num terreno qualquer. O PDE e a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo (LPUOS), atualmente em discusso na Cmara Municipal de So Paulo, definem o potencial construtivo mnimo, bsico e mximo de todos os terrenos do Municpio. Para que o proprie-trio possa construir mais que o bsico e at o mximo do potencial construtivo do terreno (usando o potencial adicional de construo), ele precisa pagar uma CONTRAPARTIDA em dinheiro. No caso das operaes urbanas consorciadas, o proprietrio faz isso adquirindo os CEPAC. Vale lembrar que o potencial construtivo mximo estabelecido no PDE tambm pode ser alterado por essa lei especial que aprova a operao urbana consorciada.

    Ento o que CEPAC?

    Os CEPAC (Certificados de Potencial Adicional de Construo) so va-lores mobilirios emitidos pela Prefeitura do Municpio de So Pau-lo, atravs da SP-Urbanismo. Os interessados em construir na rea da operao urbana consorciada, adquirindo os CEPAC, compram o direito de utilizar determinada quantidade de metros quadrados em edifcios novos ou para reformar os j existentes. Com o dinheiro da venda, a Prefeitura ter recurso para implantar os equipamentos, as habitaes de interesse social, os parques e realizar as obras de mobi-lidade previstas na lei da operao urbana. Quem prioriza a aplicao dos recursos ou seja, decide o que ser feito primeiro - o Grupo de Gesto da Operao Urbana Consorciada, nos termos definidos na lei.

    Como a sociedade civil participa do processo de implementao das intervenes da OUCBT?

    Com a Lei aprovada pela Cmara Municipal de So Paulo e sancionada pelo Prefeito, se inicia a Operao Urbana Consorciada. A primeira providncia a formao do Grupo de Gesto da Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate. Este Grupo de Gesto ser com-posto por representantes da sociedade civil e do poder pblico, sempre de forma paritria. O Grupo de Gesto deliberar sobre o plano de prioridades dentre as intervenes previstas na lei, iniciando assim a preparao para o primeiro leilo de CEPAC. A populao poder, assim, mais do que acompanhar, participar das aes que desenvolvem a Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate.

    Mas como o processo de participao da sociedade civil na elaborao do projeto de lei da OUCBT?

    Durante os estudos desenvolvidos pela Prefeitura, atravs da SP Urbanismo, foram promovidos vrios encontros com a populao diretamente envolvida na transformao urbana pretendida para o territrio dos Bairros do Tamanduate.

    Os encontros para o desenvolvimento dos estudos ocorreram na Associao Comercial de So Paulo Distrital Mooca, Subprefeitura da Mooca, Subprefeitura do Ipiranga, Subprefeitura de Vila Prudente, Subprefeitura da S. Alm disso houve reunio temtica sobre Habitao e sobre Equipamentos Pblicos, reunio no CADES, na Associao dos Amigos e Moradores do Cambuci (AMAC), na COVISA, uma Audincia na Cmara Municipal e visita Comunidade da Vila Prudente. Foram realizadas tambm trs audincias pblicas, para a emisso da Licena Ambiental Prvia (LAP) no Clube Atltico Juventus, Crculo dos Trabalhadores Cristos e CEU Meninos para que todo e qualquer interessado pudesse acompanhar a apresentao e oferecer contribuies.

    Com o licenciamento prvio concedido, abre-se nova agenda de debate da minuta do Projeto de Lei, bem como consulta eletrnica atravs do site gestaourbana.sp.gov.br. A minuta estar disponvel para con-tribuies at 24/09/2015.

    Quando as transformaes comeam a acontecer?

    A Operao Urbana Consorciada traz seu plano de intervenes urba-nas, porm necessria a captao de recursos para seu incio. Esta captao depende do interesse do setor imobilirio em adquirir o CEPAC atravs do leilo na Bolsa de Valores. Somente com recursos disponveis as obras podem ser viabilizadas; por isso chamamos de Operao Urbana Consorciada, pois ela s ocorre num consrcio entre poder pblico e iniciativa privada, contribuindo para a melhoria ambiental e urbana da cidade.

    Onde encontrar as informaes da Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate ?

    Com o objetivo de dar mais transparncia s principais informaes sobre os estudos, projetos e planos relacionados a OUCBT possvel encontrar a documentao produzida, desde o incio dos estudos, no site Gesto Urbana (gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br)

    PERGUNTAS FREQUENTES

    Perguntas frequentes

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    16

    PLANO DIRETOR ESTRATGICO MACROREAS

    Para garantir um desenvolvimento urbano sustentvel equilibrado, o Plano Diretor Estratgico definiu os elementos estruturantes do ordenamento territorial, macrozonas e macroreas, que so reas homogneas que orientam os objetivos especficos de desenvolvimento urbano e a aplicao dos instrumentos urbansticos e ambientais.

    Permetro de Adeso da OUCBT

    Macrorea de Estruturao Metropolitana

    Macrorea de Urbanizao Consolidada

    Macrorea de Qualificao da Urbanizao

    Macrorea de Reduo da Vulnerabilidade

    Macrorea de Reduo da Vulnerabilidade

    Urbana e Recuperao Ambiental

    Macrorea de Conteno Urbana e Uso Sustentvel

    Macrorea de Preservao dos

    Ecossistemas Naturais

    rea de Proteo e Recuperao

    de Mananciais

    Limite das Subprefeituras

    Mancha Urbana da RMSP

    Hidrografia

    0 10 25 50km

    Base Cartogrfica: Mapa Digital de So Paulo, 2004. Elaborao: Prefeitura do Municpio de So Paulo. So Paulo Urbanismo. Fonte: PDE Lei n 16.050, de 31 de julho de 2014.

  • 17

    Contextualizao

    PLANO DIRETOR ESTRATGICO MACROREA DE ESTRUTURAO METROPOLITANAPara reorganizar a dinmica metropolitana e melhorar a distribuio da oferta de trabalho e moradia articulando os polos de emprego locali-zados nos diversos municpios que compem a regio Metropolitana de So Paulo, o Plano Diretor reconhece como estratgico o territrio que conecta essas centralidades, definindo a Macrorea de Estruturao Metropolitana. Nessa rea, onde se localizam os sistemas de infraes-truturas que permitem o deslocamento de pessoas e produtos - fer-rovias, avenidas estruturais e rios - localiza-se o Arco Tamanduate, que tem a Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate como um instrumento urbanstico de viabilizao das transformaes dessa regio.

    Permetro de Adeso da OUCBT

    Arco Tamanduate

    Setor Orla Ferroviria e Fluvial

    Setor Central

    Setor Eixos de Desenvolvimento

    Virio estrutural

    Rodoanel Planejado

    Municpio de So Paulo (MSP)

    Mancha Urbana da RMSP

    Hidrografia

    0 5 12,5 25km

    Base Cartogrfica: Mapa Digital de So Paulo, 2004. Elaborao: Prefeitura do Municpio de So Paulo. So Paulo Urbanismo. Fonte: PDE Lei n 16.050, de 31 de julho de 2014.

    Rodo

    anel

    Rod. Ayrton Senna

    Rod. Du

    tra

    Rod.

    Fer

    no

    Dia

    s

    Rod. A

    nchieta

    Ro

    d. d

    os Im

    igran

    tes

    Rod.

    Rg

    is B

    itten

    cour

    t

    Rod. Raposo Tavares

    Rod. Castelo Branco

    Rod. Anhanguera

    Ro

    d. d

    os B

    and

    eirantes

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    18

    LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAO DO SOLO ZONEAMENTO PROPOSTO

    ZEIS-3

    ZEIS-4

    ZEIS-5

    ZDE-1

    ZDE-2

    ZPI-1

    ZPI-2

    ZOE

    ZPR

    ZER-1

    ZER-2

    ZERa

    ZPDSu

    ZPDSr

    ZEPAM

    ZEP

    AC-1

    AC-2

    Virio estrutural

    Hidrografia

    Permetro de Adeso da OUCBT

    Permetro Expandido da OUCBT

    ZEUu

    ZEUa

    ZEUPu

    ZEUPa

    ZEM

    ZEMP

    ZCu

    ZCa

    ZC-ZEIS

    ZCOR-1

    ZCOR-2

    ZCOR-3

    ZCORa

    ZMu

    ZMa

    ZM-ISu

    ZM-ISa

    ZEIS-1

    ZEIS-2

    Base Cartogrfica: Mapa Digital de So Paulo, 2004. Elaborao: Prefeitura do Municpio de So Paulo. So Paulo Urbanismo. Fonte: Projeto de lei 272/2015-Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo

    0 2,0 5,0 10km

  • 19

    Contextualizao

    A lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo, em processo de reviso, divide o territrio municipal de zonas que observam os objetivos e diretrizes das macrozonas e macroreas definidas no Plano Diretor Estratgico.

    Dentre elas, as ZEIS Zonas Especiais de Interesse Social so pores do territrio destinadas, predominantemente, moradia digna para a populao de baixa renda, por intermdio de melhorias urbansticas, recuperao ambiental e regularizao fundiria de assentamentos precrios e irregulares, bem como proviso de novas Habitaes de Interesse Social HIS e Habitaes de Mercado Popular HMP a serem dotadas de equipamentos sociais, infraestruturas, reas verdes e comrcio e servios locais, situadas na zona urbana.

    LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAO DO SOLO ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL

    Base Cartogrfica: Mapa Digital de So Paulo, 2004. Elaborao: Prefeitura do Municpio de So Paulo. So Paulo Urbanismo. Fonte:Projeto de lei 272/2015-Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo

    0 2,0 5,0 10km

    Permetro de Adeso da OUCBT

    Permetro Expandido da OUCBT

    ZEIS-1

    ZEIS-2

    ZEIS-3

    ZEIS-4

    ZEIS-5

    Virio estrutural

    Hidrografia

    ZPI-1

    ZPI-2

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    20

    A rea da OUC BT historicamente caracterizou-se como eixo de passagem da Estrada de Ferro Santos-Jundia em seu processo de formao e conexo entre o interior do Estado e o Porto de Santos, com a implantao da ferro-via e da via Anchieta. considerada estratgica devido sua posio com o eixo de conexo do centro de So Paulo com os municpios do ABC e a Baixada Santista.

    Este fator, alm da proximidade com o centro da cidade, definiu o seu carter de centralidade macrometropo-litana presente at hoje. Sua geografia e sua posio estratgica dentro da RMSP reforam a importncia deste eixo, assim como, o uso e a ocupao de seu territ-rio, em processo de transformao. A regio formada por uma mescla de bairros residenciais e de atividades produtivas e de armazenagem, beneficiadas pela acessi-bilidade e por articulaes inter-regionais criadas pela

    ferrovia e a ligao com a zona leste.

    A ocupao industrial, histrica na regio, provocou uma ocupao extensiva do solo, com poucas reas verdes e permeveis. Como consequncia, a regio apresenta aumento da temperatura, que caracteriza a atual ilha de calor existente. De acordo com o Mapa de Temperatura de Superfcies, as reas de vrzea e baixos terraos do Vale do Tamanduate, incluindo a rea da Operao Urbana Consorciada, possuem temperaturas relativamente elevadas, justamente por se tratarem de reas densamente urbanizadas, que recebem e absor-vem maior quantidade de radiao solar.

    A impermeabilizao do solo e a baixa vazo na vrzea ainda contriburam para a ocorrncia de enchentes e inundaes, na Bacia do Rio Tamanduate. A retificao do rio acarretou o aumento da vazo das guas, uma

    vez que acabou com os meandros naturais do leito, acelerando a correnteza e favorecendo as enchentes e pontos de estrangulamento.

    A OUC BT pretende requalificar ambientalmente a rea, reduzindo as ilhas de calor e contribuindo para o con-trole de cheias do Rio Tamanduate, alm de equilibrar a oferta de habitaes em rea com grande nmero de empregos.

    CONTEXTO METROPOLITANO0 10 25 50km

    JUNDIA /

    CAMPINAS

    SOROCABA

    SO JOS DOS

    CAMPOS

    SANTOS

    Rod.

    Fer

    no

    Dia

    s

    Rod. Du

    tra

    Ro

    d. d

    os Im

    igran

    tes

    Rod. Castelo Branco

    Ro

    d. A

    nch

    ieta

    Rodo

    anel

    Rod. dos Bandeirantes

    Rod. Anhanguera

    Rod. Ayrto

    n Senna

    Rod.

    Reg

    is B

    itten

    cour

    tRod. Raposo Tava

    res

    Base Cartogrfica: Mapa Digital de So Paulo, 2004. Elaborao: Prefeitura do Municpio de So Paulo. So Paulo Urbanismo. Fonte: PDE Lei n 16.050, de 31 de julho de 2014.

    Permetro de Adeso da OUCBT

    Permetro Expandido da OUCBT

    Virio estrutural

    Rodoanel Planejado

    Mancha Urbana da RMSP

    Municpio de So Paulo

    Hidrografia

  • 21

    Contextualizao

    ILHAS DE CALOR REAS DE ALAGAMENTO

    Permetro de Adeso da OUCBT

    Permetro Expandido da OUCBT

    Virio principal

    Pontos de inundao

    reas de alagamento

    Hidrografia

    Permetro de Adeso da OUCBT

    Permetro Expandido da OUCBT

    Virio principal

    Hidrografia

    Temperatura aparente da superfcie

    31.5o

    27.0o

    Base Cartogrfica: Mapa Digital de So Paulo, 2004. Elaborao: Prefeitura do Municpio de So Paulo. So Paulo Urbanismo. Fonte: CMVC - EIA-RIMA (R2.3)

    Fonte: Atlas Ambiental Elaborao: Prefeitura do Municpio de So Paulo. So Paulo Urbanismo.

    0 2,0 5,0 10km

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    22

    ESTRATGIAS DE DESENVOLVIMENTO DO PUE DA OUCBTO Plano Urbanstico Especfico da OUCBT teve como ponto de origem os elementos fundamentais na confor-mao desse territrio: o Rio Tamanduate e a ferrovia. A partir do rio, desdobram-se os temas dos alagamen-tos, da drenagem e da degradao ambiental das orlas fluviais. A ferrovia arrasta as questes do patrimnio fabril e ferrovirio, da segmentao dos bairros e as indagaes sobre o futuro dos espaos produtivos a ela associados.

    A maior parte da rea de interveno est tomada pela vrzea do Rio Tamanduate. Os pontos de alagamento nesses terrenos baixos coincidem com as entradas dos rios e crregos contribuintes: Mooca, Moinho Velho e Ipiranga. As encostas que ladeiam o rio trazem para a vrzea as guas do Parque da Mooca e do alto do Ipiranga.

    As solues do projeto tratam de medidas no- estru-turais de mitigao de alagamentos, em complementa-o obra do reservatrio Guamiranga, capacidade de 850.000 m em construo na confluncia do Crrego da Mooca com o Tamanduate. semelhana, so propos-tos parques inundveis nas entradas do Crrego Moinho Velho e do Rio Ipiranga, equipamentos que se prestam dupla funo de recreao pblica e acomodao de guas de cheias.

    Tambm foram concebidos canais de reservao vegeta-dos, para conteno das guas superficiais que escorrem das encostas antes que cheguem ao Tamanduate. So canais com comportas, que vo liberar as guas reti-das passado o pico da cheia. As reas de preservao permanente do Tamanduate, do Ipiranga e do Moinho Velho recebem incentivos para a sua desocupao e recuperao como rea vegetada.

    Tais estruturas de drenagem so concebidas em asso-ciao com parques, reas verdes e corredores ambien-tais, que adentram os bairros e aproximam os rios dos moradores. A conformao de um sistema integrado de espaos pblicos tambm vem atuar sobre o clima, arrefecendo a ilha de calor que contm a rea da OUCBT.

    A inaugurao da Rodovia Anchieta, em 1947, expandiu a ocupao industrial at ento restrita vizinhana da ferrovia para o outro lado do rio Tamanduate.

    A rede rodoviria foi ampliada desde ento e o mini anel virio - que corta a rea de projeto e d acesso s grandes rodovias por onde circula a produo munici-pal - combina-se ferrovia para alimentar, ainda hoje, o parque industrial da Mooca e Vila Carioca.

    MAPA BASE

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADE

    NOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    MAPA BASE

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADE

    NOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    MAPA BASE

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADE

    NOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADENOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    AMBIENTAL

    MOBILIDADE

    reas verdes existentesHidrografia existente Hidrografia proposta reas de Proteo Permantente

    Transposies existentesSistema de transporte Sistemas de transporte +

    adensamento

    Plano ciclovirio

  • 23

    MAPA BASE

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADE

    NOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    MAPA BASE

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADE

    NOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADENOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    MAPA BASE

    AMBIENTAL

    HISTRICO

    MOBILIDADE

    NOVOS PARQUESAPP CANAIS DE DRENAGEM CORREDORES SOMATRIA

    MAPA BASE

    AMBIENTAL

    GUA

    VERDE

    HISTRICO

    MOBILIDADE

    FORMAO DO TERRITRIO

    1897

    Chegada da ferrovia -

    fragmentao do territrio

    Curso original do Rio com

    travessias em pontos diversos

    Incio do sculo XX

    Implantao do virio ao lado do

    canal no trecho retificado do rio

    2 metade sculo XX

    Extenso do vrio ao longo de

    todo trecho do rio

    Canais de drenagem Corredores ecolgicos Ambiental consolidadoNovos parques

    Destaponamento do rio

    Tamanduate + Binrio

    Conexes propostas Mobilidade consolidadoRio Tamanduate tamponado

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    24

    Concentrao industrial 1930 Concentrao industrial 1950

    reas de requalificao reas de adensamento

    Concentrao industrial 1970

    reas atuais consolidadas

    Concentrao industrial 1997

    Bairros centrais e entornos

    de estaes

    Espaos produtivos

    TRABALHO

    MORADIA

    Corredores

    Corredores de centralidade

    Setores produtivos

    Polo criativo

    Polo industrial

    Polo logstico

  • Hidrografia

    Vegetaoreas verdes existentes Aras de Proteo Permantentes Novos ParquesCanais de drenagemCorredores ecolgicos

    RequalificaoNovas estaes CPTMEdifcios de transposio Edfcios de interesse histrico Requalificao de logradouros pblicos

    Virio

    Intervenes

    Constatar o vigor das zonas industriais da rea de projeto determinou a preservao desses territrios produtivos e dos empregos que geram, alm de incre-mentar a vocao logstica deste estratgico territrio. O entendimento da atividade econmica na rea de pro-jeto permitiu tambm a identificao dos corredores comerciais, que concentram os servios dos bairros, e a prospeco de edificaes do patrimnio fabril capa-zes de abrigar atividades ligadas economia criativa, segmento indito na rea que poder beneficiar-se das redes de trem e metr que ligam a regio aos quatro cantos da cidade.

    O eixo ferrovirio e as vias estruturais que fazem da rea localizao excepcional para atividades produtivas pro-vocam, na escala local, a fragmentao do territrio. A circulao entre os bairros abrangidos no projeto, com-prometida pela ferrovia, pelas quadras extensas e pelo virio truncado dos loteamentos originais, melhorada por pequenas ligaes, pela requalificao e reconstru-o de viadutos e por uma obra de grande significado urbanstico: o destamponamento do Rio Tamanduate, que ir recuperar ligaes histricas entre Mooca e Cambuci , substituindo as pistas expressas que correm sobre o canal por um sistema binrio conformado por vias abertas nesses bairros a cada lado do rio.

    Estabelecidas as infraestruturas territorial, econmica e de mobilidade, foi desenvolvido um modelo para o adensamento populacional. O projeto garante a repro-duo do padro urbanstico j consolidado nos bairros do Parque da Mooca e do Ipiranga, definidos como reas de adensamento construtivo, no vinculado ao aden-samento populacional. Em contrapartida, incentiva o adensamento populacional pelo controle do nmero mnimo de habitaes nos empreendimentos dos bair-ros do anel central Mooca e Cambuci - favorecidos pela proximidade dos empregos dos distritos S e Repblica e tambm, em sintonia com o PDE, das reas sob influncia das estaes das redes de trem e metr que servem a OUCBT.

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    26

    IPIRANGA

    CAMBUCI

    MOOCA

    HENRY FORDPQ. DA MOOCA

    VILAPRUDENTE

    VILA CARIOCA

    MOOCA

    GUA RASA

    VILA PRUDENTE

    LIBERDADE

    VILA MARIANA

    SADE CURSINO

    SACOMA

    SO CAETANO DO SUL

    IPIRANGA

    CAMBUCIBELA VISTA

    BOM RETIRO

    BRS

    PARI

    BELM

    TATUAP

    Plano Urbanstico Especfico OPERAO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO TAMANDUATE

  • 27

    IPIRANGA

    CAMBUCI

    MOOCA

    HENRY FORDPQ. DA MOOCA

    VILAPRUDENTE

    VILA CARIOCA

    MOOCA

    GUA RASA

    VILA PRUDENTE

    LIBERDADE

    VILA MARIANA

    SADE CURSINO

    SACOMA

    SO CAETANO DO SUL

    IPIRANGA

    CAMBUCIBELA VISTA

    BOM RETIRO

    BRS

    PARI

    BELM

    TATUAP

    Estudos Diagonal Sul

    Capacidade de suporte

    Estudos econmicos

    Plano Urbanstico Especfico

    Estudos ambientais

    2004 a 2012

    jun2012 a nov2013

    Plano Diretor

    Projeto de Interveno Urbana

    dez2014

    ago2015

    Estamos aqui

    set2015

    Audincias Pblicas

    Audincias Pblicas

    Implantao

    Projeto de Lei

    Sano do prefeito

    Licena Ambiental Prvia

    Minuta da Lei

    PIU

    OUCBT

    jul2014

    Dilogo social

    +

    rgos pblicos

    Sociedade civil

    Votao na cmara dos vereadores

    Como ler o texto da Minuta do Projeto de Lei Ilustrada da Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate?

    Para facilitar a compreenso do contedo da Minuta, esto inclusos, junto ao texto de lei, diagramas expli-cativos que apresentam os principais elementos do projeto e referncias externas como legislaes, polticas e programas alm dos mapas e quadros que compem o texto integral da lei. Na parte inicial e final da Minuta Ilustrada, esto dispostas ilustraes especficas que exemplificam o resultando da trans-formao urbana desejada. Com isto, pretende-se que seus contedos sejam facilmente aprendidos pelo leitor.

    Onde estamos?

    TEXTO DA LEI DIAGRAMAS EXPLICATIVOSEstes contedos no fazem parte do texto da lei da OUCBT

    CAPTULO DA PUBLICAO

    Estudos Urbansticos

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    28

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS SEO I DO CONCEITO

    Art. 1. Fica aprovada a Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate - OUCBT, compreendendo um conjunto integrado de intervenes e medidas promo-vidas pela Prefeitura Municipal de So Paulo, com a implantao coordenada pela empresa Bairros do Tamanduate S/A - BTSA e participao dos proprie-trios, moradores, usurios e investidores, visando alcanar transformaes urbansticas estruturais e valorizao ambiental.

    1. A OUCBT instrumento de ordenao e reestru-turao urbana, elaborada a partir do seu Projeto de Interveno Urbana - PIU, com propostas relativas a transformaes urbansticas, ambientais, sociais e econmicas sobre o territrio, bem como as formas de financiamento e de gesto democrtica da Operao, nos termos do Plano Diretor Estratgico PDE (Lei n. 14.050/2014).

    2. O PIU constitudo pela implantao de um Plano Urbanstico Especifico - PUE, por programas de aten-dimento habitacional e qualificao ambiental, por estratgias para o financiamento da implantao e incremento dos espaos produtivos concernentes aos setores industrial, de logstica, de economia criativa e de comrcio e servios, somado ao processo de controle social.

    3. Para fins da consolidao do regramento da OUCBT, integram esta Lei os Mapas, Quadros e Plantas mencio-nados em suas disposies, abaixo relacionados:

    I. Quadro 1A: Permetros, Setores e Subsetores;II. Quadro 1B: Corredores de Centralidade e Eixos de Qualificao;III. Quadro 1C: Melhoramentos Virios;IV. Quadro 1D: reas Pblicas;V. Quadro 1E: Logradouros a Requalificar;VI. Quadro 2: Parmetros de Ocupao dos Lotes, exceto de Quota Ambiental;VII. Quadro 3A: Quota Ambiental: Pontuao mni-ma, Taxa de Permeabilidade Mnima e Fatores de Ponderao segundo Compartimento Ambiental;VIII. Quadro 3B: Composio da Pontuao da Quota Ambiental; IX. Quadro 3C: Fator de incentivo da Quota Ambiental;X. Quadro 4: Distribuio do Potencial Construtivo Adicional;XI. Quadro 5: Fatores de Incentivo para as Alienaes de Imveis ao Poder Pblico;XII. Quadro 6: Equivalncia em CEPACs;XIII. Quadro 7: Valor Estimado de Metro Quadrado por Quadra Atingida pelos Melhoramentos Pblicos no Momento da Entrada em Vigor da Lei da OUCBT; XIV. Quadro 8: Exigncias da Licena Ambiental Prvia da OUCBT;XV. Mapa I: Plano Urbanstico Especfico (PUE);XVI. Mapa II: Permetro de Adeso e Permetro Expandido; XVII. Mapa III: Subsetores, Eixos de Qualificao e Corredores de Centralidade; XVIII. Mapa IV: Compartimentos Ambientais; XIX. Mapa V: Plano de Melhoramentos Pblicos; XX. Mapa VI: Parmetros Urbansticos; XXI. Mapa VII: Mapa ndice das Plantas de Alinhamentos Virios;XXII. Plantas de Alinhamentos Virios do Arquivo SIURB/Superintendncia de Projetos Virios PROJ 3, nmeros A a Z.

    SEO IIDA ABRANGNCIA TERRITORIAL

    Art. 2. A OUCBT abrange as reas delimitadas pelo Permetro de Adeso e pelos Permetros Expandidos I e II, assinalados no Mapa II e descritos no Quadro 1.

    1. O Permetro de Adeso delimita o territrio no qual incidir o regramento urbanstico especfico trazido nesta lei.

    2. Os Permetros Expandidos delimitam reas que podero receber recursos da OUCBT para atendimen-to habitacional de interesse social, de drenagem e de mobilidade de mdia capacidade, bem como interven-es complementares s aes propostas pelo PUE no mbito do Permetro de Adeso.

    A Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate define dois permetros

    PERMETROS DE ADESO E EXPANDIDO

    o PERMETRO EXPANDIDO no gera recursos mas recebe melhorias do poder pblico

    PODER PBLICO

    OUCBT

    Recursos

    Melhorias

    o PERMETRO DE ADESO gera recursos e recebe melhorias do poder pblico

    PROJETO DE INTERVENO URBANA(PIU)

    1

    URBANSTICOS Elaborao de projetos urbanos com etapas e fases Definio de uso e ocupao de solo

    SOCIAIS Promoo de moradia social Instalao de equipamentos pblicos

    AMBIENTAIS Solues para reas de risco ambiental Melhorar condies ambientais e paisagsticas

    ECONMICO-FINANCEIRAS Estudos de viabilidade econmica das intervenes urbanas Elaborar estratgias de financiamento

    GESTO DEMOCRTICA Mecanismos de participao social Instrumentos para o monitoramento e avaliao das aes

    O PIU elaborado pelo poder pblico com objetivo de promover transformaes urbansticas em permetros especficos. O PIU apresenta propostas:

    Projeto de Lei N /15, do ExecutivoEstabelece objetivos, diretrizes, estratgias e mecanismos para a implantao da Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate, define Projeto de Interveno Urbana para a rea da Operao Urbana Consorciada e autoriza a criao da empresa Bairros do Tamanduate S/A.

    SEO IIIDAS DEFINIES

    Art. 3. Para fins do disposto nesta lei, consideram-se as seguintes definies:

    I. rea Excedente Onerosa a rea construda desti-nada a balces, terraos e vagas de garagem que excede o limite estabelecido nesta lei para essas finalidades,

  • 29

    Texto da Minuta

    no considerada no clculo do potencial construtivo lote, passvel de aquisio mediante contrapartida em CEPAC;

    II. Certificado de Potencial Adicional de Construo (CEPAC) um ttulo mobilirio comercializado em Bolsa de Valores ou Mercado de Balco Organizado, utilizado para pagamento do potencial adicional de construo, rea excedente onerosa e edificao em espao areo e subterrneo;

    III. Compartimento Ambiental de Encosta poro do territrio da OUCBT caracterizado como colinas e morros baixos que circundam as plancies aluviais do Permetro de Adeso;

    IV. Compartimento Ambiental de Vrzea poro do territrio da OUCBT caracterizada como parcela das plancies aluviais que cortam o Permetro de Adeso, com baixa capacidade de infiltrao de guas pluviais;

    V. Corredores de Centralidade - so trechos de logra-douros, destacados no Mapa III, nos quais os lotes con-frontantes com as vias caracterizadoras dos corredores tem atividades no residenciais incentivadas e para os quais so estabelecidos parmetros de uso e ocupao do solo especficos;

    VI. Declarao de Converso em CEPAC de Potencial Construtivo Passvel de Transferncia o documento

    que expressa a quantidade de CEPAC gerada pela alie-nao de um imvel Prefeitura ou pela transferncia de potencial construtivo de um imvel tombado;

    VII. Eixos de Qualificao so trechos de logradouros, destacados no Mapa III, para os quais os lotes confron-tantes com as vias caracterizadoras dos Eixos tem par-metros de uso e ocupao do solo especficos, visando requalificao dos espaos pblicos e renovao das edificaes;

    VIII. Faixa de Servio faixa localizada nas caladas, com 1,20 m de largura, medidos a partir da guia, reser-vada para o plantio de espcimes arbreos e implanta-o de canteiros em solo natural, de mobilirio urbano e iluminao pblica, acomodao de rampas de acesso de pedestres e veculos e implantao de sinalizao vertical;

    IX. Plano Urbanstico Especfico (PUE) o plano de transformao fsico-territorial compreendendo o Programa de Intervenes e o regramento urbanstico definido para os imveis privados contidos na OUCBT;

    X. Projetos Estruturantes so aqueles de infraestru-tura sistmica que transformam o territrio como a implantao do transporte pblico de alta capacidade, a macrodrenagem do Rio Tamanduate e a utilizao de terras e servios associados faixa de domnio fer-roviria;

    XI. Programa de Intervenes o conjunto de inter-venes pblicas fsico-territoriais previsto no PUE da OUCBT, necessrio ao alcance das melhorais sociais e ambientais na rea;

    XII. Projeto de Interveno Urbana (PIU) o projeto que subsidia e apresenta as estratgias de desenvol-vimento urbano na rea de abrangncia da OUCBT, prevendo os objetivos prioritrios da interveno, as propostas relativas a transformaes urbansticas, ambientais, sociais e econmicas sobre o territrio, bem como as formas de financiamento e de gesto democrtica da Operao;

    XIII. Quota Ambiental (QA) - corresponde a um con-junto de regras de ocupao dos lotes objetivando qua-lific-los ambientalmente, tendo como referncia uma medida da eficcia ambiental para cada lote, expressa por um ndice que agrega os indicadores Cobertura Vegetal (V) e Drenagem (D);

    XIV. Quota de Garagem a relao entre a soma das reas destinadas a circulao, manobra e estaciona-mento de veculos e o nmero total de vagas de esta-cionamento, excludos os espaos destinados a carga e descarga;

    XV. Quota de Terreno a relao entre a rea do terreno e o nmero de unidades habitacionais em um determinado empreendimento, sendo calculada

    SETORES E SUBSETORES DA OPERAO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO TAMANDUATE

    SETOR Cambuci1430719.m 143ha

    SUBSETORES LavapsAlberto Lion (poro leste)

    REA TOTAL: 1668ha

    SETOR Henry Ford2.021.020m 202ha

    SETOR Mooca2.946.826m 295ha

    SUBSETORES Alberto Lion (poro leste)HipdodromoSo Carlos

    SETOR Vila Prudente880.397m 88ha

    SUBSETORES IbitiramaAnhaia Mello

    SETOR Parque da Mooca1.706.227m 171ha

    SUBSETORES JuventusPaes de barros

    SETOR Vila Carioca3.645.434m 365ha

    SUBSETORES AmadisAuriverdeLogsticoHelipolis / COHAB

    SETOR Ipiranga4.038.781m 404ha

    SUBSETORES Teresa CristinaIndependnciaSacom

    Liberdade

    Cambuci

    Mooca

    Belm

    Brs

    Ipiranga

    Sacom

    Vila Prudente

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    30

    proporcionalmente em relao rea destinada ao uso residencial no caso dos empreendimentos de uso misto.

    Art. 4. Com o objetivo de tratar de forma especfica as particularidades do territrio abrangido no PIU desta operao urbana e considerando a distribuio espacial da populao, das atividades econmicas e sociais, da oferta de infraestrutura e de servios urbanos de sua rea de abrangncia, o Permetro de Adeso da OUCBT divide-se nos seguintes Setores e Subsetores, represen-tados no Mapa III e descritos no Quadro 1A:

    I. Setor Cambuci, dividido em:a. Subsetor Lavaps;b. Subsetor Alberto Lion (poro oeste);

    II. Setor Mooca, dividido em:a. Subsetor Hipdromo; b. Subsetor So Carlos;c. Subsetor Alberto Lion (poro leste);d. Subsetor So Carlos;

    III. Setor Parque da Mooca, dividido em:a. Subsetor Paes de Barros;b. Subsetor Juventus;

    IV. Setor Henry Ford;

    V. Setor Ipiranga, dividido em:a. Subsetor Teresa Cristina;b. Subsetor Independncia;c. Subsetor Sacom;

    VI. Setor Vila Carioca, dividido em:a. Subsetor Amadis;b. Subsetor Auriverde;c. Subsetor Logstico;d. Subsetor Helipolis-COHAB;

    VII. Setor Vila Prudente, dividido em:a. Subsetor Anhaia Mello;b. Subsetor Ibitirama.

    1. Ficam criados os Eixos de Qualificao Tamanduate, Moinho Velho, Alcntara Machado, D. Pedro I e Corredores Comerciais, assinalados no Mapa III.

    2. Os Eixos de Qualificao Tamanduate, Moinho Velho e Alcntara Machado constituem os Permetros Incentivados.

    3. Os Subsetores Independncia, Juventus, Amadis, Ibitirama e Paes de Barros constituem os Permetros Consolidados.

    SEO IVDOS OBJETIVOS GERAIS, DIRETRIZES ESPEC-FICAS E DAS ESTRATGIAS DE TRANSFORMA-O URBANSTICA

    Art. 5. A OUCBT, nos termos definidos em seu PIU, tem como objetivos gerais:I. promover o adensamento populacional e o incre-mento das atividades econmicas, com diversidade de

    faixas de renda e de atividades, de forma a aproveitar a infraestrutura instalada e prevista, em especial o transporte pblico de alta capacidade;

    II. promover a reestruturao da orla ferroviria, permitindo melhores condies de insero urbana e integrao espacial com o entorno, articulada com a preservao do patrimnio histrico industrial da cidade;

    III. melhorar as condies de acesso e mobilidade da regio, especialmente por meio de transportes coletivos e no motorizados, e oferecer conforto, acessibilidade universal e segurana para pedestres e ciclistas;

    IV. melhorar a relao da cidade com os rios Tamanduate, Moinho Velho e Ipiranga, promovendo melhorias nas vrzeas e reas de Proteo Permanente desses cursos dgua;

    V. requalificar a Av. do Estado, a Av. Juntas Provisrias e a Av. Alcntara Machado e as reas contguas a estes logradouros, sem prejuzo dos fluxos de circulao metropolitanos, preservando as caractersticas da plancie de aluvio em suas funes de drenagem;

    VI. requalificar urbanisticamente a Av. Dom Pedro I, de forma a contribuir com o destaque e a visibilidade do Monumento Independncia;

    VII. incentivar a preservao do patrimnio histrico, cultural e ambiental urbano;

    VIII. conformar redes de infraestrutura qualificadas (mobilidade, drenagem, reas verdes e espaos pbli-cos) projetadas para atender as caractersticas fsicas e geomorfolgicas de cada poro do territrio atingido;

    IX. expandir o parque pblico de Habitao de Interesse Social e Equipamentos e Servios Pblicos;

    X. incrementar a oferta de espaos pblicos e reas verdes, com a possibilidade de implantao de equi-pamentos sociais;

    XI. implantar o Projeto de Interveno Urbanstica pre-visto na presente lei, atendidas as diretrizes da gesto democrtica das cidades.

    Art. 6. A OUCBT tem as seguintes diretrizes especficas: I. promover o adensamento populacional, com predo-minncia de populao de renda mdia e baixa e de empregos nos Subsetores Lavaps, Hipdromo, So Carlos, Sacom, Auriverde e Anhaia Mello, dinamizan-do reas com localizao privilegiada e consolidando as caractersticas originais dos bairros;

    II. garantir a qualidade urbana no desenvolvimento de novos empreendimentos por meio da integrao com o tecido urbano e a volumetria das edificaes existentes nos Subsetores Independncia, Juventus e Paes de Barros;

    III. promover a transformao e o desenvolvimento de novos empreendimentos nos Subsetores Amadis e Ibitirama em padres urbansticos assemelhados aos

    bairros do Ipiranga e Parque da Mooca, com incentivos a implantao de usos mistos nas edificaes.

    IV. promover o incremento de atividades produtivas, em especial das atividades industriais no Setor Henry Ford, de centros de logstica e distribuio de cargas no Subsetor Logstico, dos centros comerciais dos bairros e de atividades ligadas economia criativa em imveis de interesse histrico do Subsetor Hipdromo;

    V. incentivar o adensamento construtivo e a trans-formao das glebas, dos grandes lotes existentes e do entorno do Parque Linear Foz do Tamanduate em padres urbansticos sustentveis, minimizando a ilha de calor e aumentando a arborizao urbana nos sub-setores Alberto Lion e Teresa Cristina;

    VI. requalificar ambientalmente as reas de Proteo Permanente do Rio Tamanduate, Crrego Moinho Velho e em especial do Crrego do Ipiranga, com a criao de parque inundvel e reconfigurao viria;

    VII. implantar melhorias na Praa Alberto Lion, Avenida D. Pedro I e Praa do Monumento para valo-rizao do conjunto de bens tombados do Parque da Independncia;

    VIII. viabilizar a implantao de novos parques urba-nos no Subsetores Lavaps, Alberto Lion, Hipdromo, Juventus, Teresa Cristina, Auriverde e Helipolis/COHAB;

    IX. incentivar o incremento de reas permeveis no Compartimento Ambiental da Encosta e de reas vegetadas no Compartimento Ambiental da Vrzea, favorecendo a reteno de guas de chuva e a reduo das temperaturas, com a mitigao da ilha de calor;

    X. incentivar a implantao de sistemas de uso e reuso racional da gua, nas novas construes ou reformas com acrscimo de rea aderentes ao regramento da operao urbana;

    XI. incentivar a realizao de construes saudveis e a instalao e utilizao de equipamentos e estruturas urbanisticamente sustentveis, tais como equipamen-tos de gerao de energia eltrica fotovoltaica, telhados verdes, ventilao e luz natural e caladas permeveis.

    Art. 7. Para atender as diretrizes previstas nesta lei, devero ser observadas no mnimo as seguintes estra-tgias de transformao urbanstica:

    I. orientao dos investimentos pblicos pelos critrios de maior possibilidade de transformao urbanstica associada melhor viabilidade econmica da inter-veno;

    II. incio das aes promovidas pelo Poder Pblico para a implementao do Programa de Intervenes priori-tariamente pelos Permetros Incentivados;

    III. atendimento s exigncias previstas na Licena Ambiental Prvia da OUCBT, constantes no Quadro 8.

  • 31

    Texto da Minuta

    CAPTULO II REGRAS DE USO E OCUPAO DO SOLO

    SEO IREGRAS GERAIS

    Art. 8. Para a implementao do PUE da OUCBT, esto sujeitos ao atendimento das disposies estabelecidas nesta lei os pedidos de licenciamento de construes protocolados para imveis contidos no Permetro de Adeso que tenham por objeto novas edificaes, refor-mas com mudana de uso e reformas com ampliao da rea construda computvel que ultrapasse o coeficiente de aproveitamento bsico ou que pretendam utilizar os incentivos estabelecidos na presente lei.

    Pargrafo nico. Os empreendimentos situados na rea de abrangncia do Permetro de Adeso esto isentos de atender ao nmero mnimo de vagas de estacionamento estabelecido na legislao geral de parcelamento, uso e ocupao do solo.

    Art. 9. Aplicam-se na rea de abrangncia do Permetro de Adeso da OUCBT os parmetros urbansticos esta-belecidos no Quadro 2.

    Pargrafo nico. A taxa de ocupao mxima do lote no ser aplicada s reas construdas em subsolos.

    Art. 10. O atendimento das estratgias do PUE inclui a observncia dos parmetros urbansticos especficos previstos no Subsetor Lavaps para os imveis lindeiros s Ruas do Lavaps e da Independncia, e no Eixo de Qualificao D.Pedro I para os imveis lindeiros Av. D. Pedro I, conforme o Quadro 2.

    Pargrafo nico. O potencial construtivo adicional uti-lizado em empreendimentos localizados nos imveis apontados no caput no integra o estoque de potencial

    construtivo adicional da OUBTC, devendo sua comer-cializao e a destinao do numerrio obtido obedecer as regras de legislao urbanstica ordinria.

    Art. 11. Os empreendimentos sujeitos s disposies previstas nesta lei devero prever a cesso Prefeitura Municipal de faixa suplementar de terreno para amplia-o das caladas lindeiras.

    1 A calada dever ter largura final mnima de 5m (cinco metros) e pavimento uniforme e desimpedido de quaisquer elementos na parcela situada entre a faixa de servio e o alinhamento predial.

    2 Os empreendimentos que disponibilizarem a faixa suplementar de calada nos termos previstos no caput tero direito a calcular o potencial construtivo resul-tante a partir dos coeficientes bsico e mximo do lote considerando a rea original de terreno.

    Art. 12. Nos lotes contidos no Permetro de Adeso da OUCBT no se aplicam as regras de recuo frontal de subsolo previstas na legislao geral de parcelamento, uso e ocupao do solo, desde que:I. sejam respeitados os novos alinhamentos prediais previstos nesta lei e a largura mnima de 5m (cinco metros) das caladas lindeiras;

    II. sejam preservadas as faixas permeveis e as reas de Proteo Permanente dos rios Tamanduate, Moinho Velho e Ipiranga e Subsetor Alberto Lion, quando cou-ber.

    Art. 13. So consideradas reas no computveis:I. as reas cobertas, em qualquer pavimento, ocupadas por circulao, manobra e estacionamento de vecu-los, desde que o nmero de vagas, exceto as especiais, motocicletas e bicicletas, no ultrapasse:

    a. nos usos residenciais, 1 (uma) vaga por unidade habitacional, observada a quota de garagem mxima igual a 25m (vinte e cinco metros quadrados) por vaga,

    INCLUSO DE LOTES LINDEIROS S RUAS LAVAPS, INDEPENDNCIA E AVENIDA DOM PEDRO I

    Subsetor LavapsDENTRO do Permetro de adeso da OUCBT

    FORA do Permetro de adeso

    da OUCBT

    Caminhos histricos a serem qualificados NOS DOIS LADOS DA RUA

    Rua Lavaps e Rua Independncia

    Lotes lindeiros da Av Dom Pedro I

    Subsetor Teresa Cristina

    A OUCBT tem como objetivos gerais promover o adensamento populacional, o incremento de atividades produtivas, a reestruturao da orla ferroviria e a requalificao dos rios Tamanduate, Ipiranga e Moinho Velho.

    ADENSAMENTO POPULACIONAL E O INCREMENTO DAS ATIVIDADES

    ECONMICAS

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    32

    computados os espaos de circulao e manobra de veculos;

    b. nos usos no residenciais, 1 (uma) vaga para cada 75m (setenta e cinco metros quadrados) de rea cons-truda computvel, observada a quota de garagem mxi-ma igual a 25m (vinte e cinco metros quadrados) por vaga, computados os espaos de circulao e manobra de veculos;

    II. as reas ocupadas por vagas especiais destinadas a pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida e idosos, vagas de motocicletas e vagas para carga e descarga, at o limite mnimo exigido pela legislao pertinente;

    III. as reas destinadas a bicicletrios e vestirios de ciclistas;

    IV. em edifcios com uso residencial, compartimento com at 5 m (cinco metros quadrados) de rea por uni-dade habitacional, nos pavimentos de garagem;

    V. balces e terraos, at o limite de 10% (dez por cento) da rea til do pavimento;

    VI. reas tcnicas;

    VII. as demais reas no computveis previstas na legislao edilcia.

    Pargrafo nico. A somatria das reas construdas no computveis relacionadas neste artigo no poder ultrapassar a rea construda computvel da edificao.

    Art. 14. Mediante o pagamento de contrapartida em CEPAC, os empreendimentos localizados nos Permetros Consolidados podero adquirir rea excedente onerosa para edificar balces, terraos e vagas de garagem alm do limite estabelecido nesta lei para essas finalidades.

    Art. 15. Na rea de abrangncia do Permetro de Adeso da OUCBT so vedadas:

    I. a utilizao das reas livres do recuo frontal, situa-das no pavimento de ingresso, para estacionamento de veculos;

    II. a utilizao das reas definidas no inciso II do Art. 23 para o estacionamento de veculos.

    III. a utilizao de potencial adicional de construo nas reas de terreno atingidas por melhoramentos pblicos previstos no Plano de Melhoramentos Pblicos indica-dos no Mapa V e demais leis de melhoramentos virios existentes.

    Art. 16. Na rea de abrangncia da OUCBT, a aplicao da Cota de Solidariedade, prevista nos termos do art. 111 e 112 do PDE observar as disposies, condies e parmetros estabelecidos nesta lei.

    1. Os empreendimentos com rea construda compu-tvel superior a 20.000m (vinte mil metros quadrados) ficam obrigados a edificar adicionalmente o equivalente a 10% (dez por cento) da rea construda computvel total para a proviso de unidades habitacionais de

    SETORES E SUBSETORES DA OPERAO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO TAMANDUATEREAS DE PRESERVAO PERMANENTE (APP)

    reas que devem ser protegidas para preservar recursos hdricos, paisagem, estabilidade geolgica e biodiversidade, conforme as definies do cdigo florestal brasileiro. Veja no esquema ao lado os tipos de APP:

    TOPOS DE MORROS, MONTES,MONTANHAS E SERRAS

    NASCENTES

    Raio de 50m ao redor das nascentes

    ENCOSTAS

    Regies com declividade superior a 45o

    VRZEAS

    rea varivel em funo da largura do curso dgua

    COMPARTILHAMENTO AMBIENTAL DE ENCOSTA E VRZEA

    VRZEA

    VOLUME DE GUA

    ENCOSTAVRZEARIO

    ENCOSTA

    = 70% = 30%

    = 30% = 70%

    = Fator de ponderao dos indicadores de COBERTURA VEGETAL = Fator de ponderao dos indicadores de DRENAGEM

    O Mapa IV desta lei define as

    compartimentos de VRZEA e

    ENCOSTA

    Fatores indicadores de

    COBERTURA VEGETAL

    DRENAGEM

    Interesse Social, voltadas a atender famlias com renda at 6 (seis) salrios mnimos, de acordo com regulamen-tao definida no PDE.

    2. A rea construda destinada Habitao de Interesse Social no empreendimento referido no caput desse artigo ser considerada no computvel, dispensado o pagamento de contrapartida financeira pela utilizao do potencial construtivo adicional.

    3. Alternativamente ao cumprimento da exigncia estabelecida no pargrafo 1 deste artigo, o empreen-dedor poder:

    I - produzir Empreendimento de Habitao de Interesse Social - EHIS com no mnimo a mesma rea construda exigida no caput desse artigo em outro terreno, desde que situado nos permetros de adeso ou expandido da OUCBT;

    II - depositar no fundo especfico da OUCBT, em conta segregada para Habitao de Interesse Social, 10% (dez por cento) do valor da rea total do empreendimento,

    calculado conforme laudo de avaliao a ser aprovado pela BTSA.

    4. Atendida a exigncia estabelecida no 1, inclusive pelas alternativas previstas no 3, o empreendimen-to poder beneficiar-se de acrscimo de 10% (dez por cento) no coeficiente de aproveitamento do terreno, edificvel mediante contrapartida em CEPAC.

    5. Caber ao empreendedor a comercializao das unidades habitacionais de Interesse Social produzidas com rea adicional nos termos do 1, cabendo BTSA a fiscalizao sobre o atendimento da faixa de renda indicada.

    6. Aplica-se o disposto no 1 aos empreendimentos com rea construda computvel inferior a 20.000m (vinte mil metros quadrados), quando originrios de desmembramentos aprovados aps a publicao desta lei, com rea computvel equivalente superior a 20.000m (vinte mil metros quadrados), calculada conforme a equao a seguir:

  • 33

    Texto da Minuta

    PARMETROS URBANSTICOS

    CA - COEFICIENTE DE APROVEITAMENTOCoeficiente de Aproveitamento a relao da rea edificada computvel e a rea do lote.

    TAXA DE PERMEABILIDADETaxa de Permeabilidade a relao entre a parte permevel, que permite a infiltrao de gua no solo, livre de qualquer edificao, e a rea do lote.

    A - rea permevel do terrenoB - rea com cobertura vegetal no terreno

    CA - RECUOSA - Recuo de frenteDistncia entre uma edificao e o limite frontal de propriedade.

    B - Recuo de fundosDistncia entre uma edificao e o limite traseiro de propriedade.

    C - Recuo lateralDistncia entre uma edificao e o limite lateral de propriedade.

    TO - TAXA DE OCUPACAOTaxa de ocupao a relao entre a rea de projeo da edificao e a rea do lote

    COTA PARTECota parte de terreno corresponde quantidade de unidades habitacionais segundo unidade de rea do terreno. Define a densidade habitacional a partir da relao entre o nmero de unidades habitacionais a serem idealmente produzidas e a rea total do terreno

    COEFICIENTEMXIMO

    RUA

    COEFICIENTEBSICO

    CA

    B

    GABARITO a dimenso vertical medida desde a cota de soleira at ao ponto mais alto do edifcio.

    A

    B

    N

    CAu

    At

    CAmax

    Q

    (CAu x At)

    (CAmax x Q)N =

    Nmero mnimo de unidades

    Coeficiente de aproveitamento do

    projeto

    rea do terreno

    Coeficiente de aproveitamento mximo

    Quota mxima de terreno por unidade habitacional

    2004 2014

    COEFICIENTE BSICO = 1 PARA TODA CIDADE (PDE 2014)

    CA < 1NA

    CA = 1CA < 1NA

    CA = 1CA > 1

    GABARITO

    EDIFCAO

    REA DE PROJEO DA EDIFCAO

    REA DO LOTE

    Todos os empreendimentos devero doar faixa do terreno para ampliao da calada. A calada dever ter largura final mnima de 5m

    Os proprietrios podero calcular o potencial construtivo bsico e mximo do lote considerando a rea original do terreno.

    DOAO DE FAIXA PARA AMPLIAO DA CALADA

    5m

    Nova rea apscesso do terreno

    5m

    rea original do terreno

    ACce = (ACc x ATo) / ATd, onde:ACce - rea construda computvel equivalente; ACc - rea construda computvel do terreno desmem-brado; ATo - rea do terreno original; ATd - rea do terreno desmembrado; SUBSEO IDas regras referentes Quota Ambiental - QA

    Art. 17. A aplicao do parmetro da QA ocorrer, na OUCBT, de acordo com as seguintes disposies:

    I. A rea compreendida no Permetro de Adeso fica dividida em Compartimento Ambiental de Encosta e Compartimento Ambiental de Vrzea, delimitados no Mapa IV, que expressam a prevalncia, no clculo dos ndices de eficcia ambiental dos empreendimen-tos, dos indicadores de Drenagem (D) para as reas de encosta e dos indicadores de Cobertura Vegetal (V) para as reas de vrzea.

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    34

    INCENTIVO DA QUOTA AMBIENTALO proprietrio que ultrapassar o valor mnimo da quota ambiental poder requere o Incentivo da Quota Ambiental na forma de desconto na contrapartida em CEPAC

    INCENTIVO DA CERTIFICAOO proprietrio de imveis que obtiverem a certificao de sustentabilidade reconhecida em mbito nacional ou internacional podero solicitar a desvinculao de parte da contrapartida efetuada em CEPACs

    QUOTA AMBIENTAL A quota ambiental corresponde a uma pontuao mnima de parmetros de eficcia ambiental, expressa por indicadores de Cobertura Vegetal (V) e Drenagem (D), que deve ser atingida por todos os empreendimentos.

    D - Indicador de drenagemV - Indicador de cobertura vegetal

    QUOTA AMBIENTAL / INCENTIVO DE QUOTA AMBIENTAL E INCENTIVO DE CERTIFICAO

    PROPRIETRIODO IMVEL

    CEPAC

    C.S

    Certificado de sustentabilidade

    D V

    Prefeitura

    PROPRIETRIODO IMVEL

    CEPAC

    Requisio

    Prefeitura

    CEPAC Valor unitrio do ttulo CEPAC, na data do pedido de vinculao do CEPAC no projeto, sendo con-siderado o valor mais recente entre o valor inicial de oferta de ttulos e o valor do ltimo leilo, atualizado.

    2. A desvinculao no estar sujeita incidncia de multa.

    3. Os empreendimentos que aderirem ao Incentivo de Certificao no esto dispensados do atendimento da pontuao mnima da QA.

    4. O Incentivo de Certificao no ser cumulativo ao Incentivo da Quota Ambiental.

    Art. 20. Os procedimentos para obteno do incentivo e a disponibilizao das informaes sobre incentivos e os procedimentos de fiscalizao do atendimento QA sero regulados nos termos do decreto.

    Art 21. Os empreendimentos sujeitos ao atendimento da QA mnima esto obrigados instalao de dispo-sitivos independentes de reservao para controle do escoamento superficial e para aproveitamento de guas pluviais, aprovados nos termos da legislao vigente.

    Art. 22. Para a emisso do alvar de aprovao, os empreendimentos situados no Compartimento Ambiental de Vrzea devero apresentar parecer tc-nico favorvel execuo das obras, considerando:

    a. o risco de recalque das fundaes;b. a estabilidade das paredes de escavao e das mar-gens dos cursos dagua; c. a profundidade do lenol fretico;d. a capacidade de suporte do solo;e. a suscetibilidade ocorrncia de alagamentos a partir da soluo do projeto apresentado;f. a implantao das obras de saneamento e sistema virio, quando cabvel.

    Pargrafo nico. Para os empreendimentos citados no caput ser permitida a construo de apenas um

    CAP: Coeficiente de Aproveitamento Pretendido no empreendimento;

    FQA: Fator de Incentivo da Quota Ambiental, em reais (R$) por metro quadrado, conforme Quadro 3C desta lei, de acordo com o tamanho do terreno, o Compartimento Ambiental onde se encontra o empreendimento e o VQA Mn que corresponde razo entre o valor numrico da QA atingida pelo projeto do empreendimento e o valor mnimo exigido da QA;

    At: rea final do terreno, em metros quadrados;

    CEPAC Valor unitrio do ttulo CEPAC, na data do pedido de vinculao do CEPAC no projeto, sendo con-siderado o valor mais recente entre o valor inicial de oferta de ttulos e o valor do ltimo leilo, atualizado.

    2. O Fator de Incentivo da Quota Ambiental poder ser atualizado anualmente pelo Executivo.

    Art. 19. Poder ser concedido Incentivo de Certificao, sob a forma de desvinculao de parte dos CEPAC utili-zados para novas edificaes ou reformas com aumen-to de rea construda que obtiverem certificao de sustentabilidade reconhecida em mbito nacional ou internacional.

    1. O Incentivo de Certificao a ser concedido se dar de acordo com a seguinte equao:IC = (FC x At x CAP) / CEPAC

    sendo:IC: Incentivo de Certificao, em nmero inteiro de CEPAC a serem desvinculados;

    FC: Fator de Certificao, de acordo com o grau de cer-tificao:para o grau mnimo de certificao: FC = R$ 40/m;para o grau mximo de certificao: FC = R$ 120/m;At: rea final do terreno em metros quadrados;

    CAP: Coeficiente de Aproveitamento Pretendido no empreendimento;

    II. A QA calculada pela seguinte equao: QA = V x D, sendo:

    V: indicador Cobertura Vegetal, calculado a partir do Quadro 3B ;

    D: indicador Drenagem, calculado a partir do Quadro 3B;

    (alfa): fator de ponderao dos indicadores de Cobertura Vegetal, definido no Quadro 3A;

    (beta): fator de ponderao dos indicadores de Drenagem, definidos no Quadro 3A.

    III. Os empreendimentos situados no Compartimento Ambiental da Vrzea podero se beneficiar da reduo da Taxa de Permeabilidade fixada no Quadro 3A, na proporo do incremento da QA adotada no projeto, desde que:

    a. no estejam localizados em ZEPAM ou ZPDS;b. atinjam pontuao superior QA mnima.

    IV. Os lotes com rea total at 500m (quinhentos metros quadrados) esto isentos de aplicao da QA.

    Pargrafo nico. O Executivo disponibilizar em seu stio eletrnico na Internet as planilhas eletrnicas para auxiliar os clculos relativos QA e aos respectivos indicadores do Quadro 3B, sendo a pontuao mnima exigida para os empreendimentos fixada indicada no Quadro 3A, segundo a dimenso do lote.

    Art. 18. Atendida pontuao superior mnima esta-belecida no Quadro 3A, o interessado poder requerer a concesso de Incentivo da Quota Ambiental, sob a forma de desconto na contrapartida em CEPAC.

    1. O Incentivo da Quota Ambiental ser calculado de acordo com a seguinte equao:IQA =((2 x (CAP - 1) / (CAP)) X FQA X At) / CEPAC

    sendo:IQA: Incentivo da Quota Ambiental, em CEPAC;

  • 35

    Texto da Minuta

    3. Os incentivos previstos neste artigo tem vigncia pelo prazo determinado de 5 (cinco) anos a partir da entrada em vigor desta lei, no podendo ser usufrudos aps tal data.

    Art. 25. Os proprietrios de imveis compreendidos no Permetro de Adeso podero solicitar a cesso one-rosa do espao pblico areo ou subterrneo para a instalao de redes de infraestrutura e a circulao de pessoas e veculos.

    1. A ocupao do espao areo somente poder ocorrer a partir da altura de 5,50 m (cinco metros e cinquenta centmetros), contados do ponto mais alto da rea doada.

    subsolo, situado no mximo a 4 (quatro) metros abaixo do pavimento de ingresso, observado o limite do lenol fretico existente, excetuados desta restrio os dispo-sitivos de deteno de guas pluviais.

    SEO II INCENTIVOS

    Art. 23. Na OUCBT, so consideradas reas no com-putveis incentivadas:

    I. as reas comuns de circulao at o limite de 20% (vinte por cento) da rea construda computvel de cada pavimento tipo, nos seguintes casos:

    a. nos empreendimentos residenciais sujeitos obser-vncia da Cota de Terreno mxima ou situados em ZEIS;

    b. nos empreendimentos de uso no residencial desti-nados a hotis, escolas e hospitais;

    II. as reas destinadas aos usos no residenciais situa-das no pavimento de ingresso das edificaes voltadas para o logradouro pblico, limitadas a 50% (cinquenta por cento) da rea do terreno;

    III. at 20% (vinte por cento) da rea construda com-putvel total destinada a Habitao de Interesse Social ou equipamentos pblicos em empreendimentos no situados em ZEIS;

    IV. nos edifcios com uso residencial, as reas comuns de quaisquer pavimentos destinadas ao lazer, desde que a soma total dessas reas corresponda no mximo a 50% (cinquenta por cento) da rea do lote.

    Pargrafo nico. No ser devida contrapartida finan-ceira utilizao de rea no computvel incentivada.

    Art. 24. As reas demarcadas como ZEIS 1, ZEIS 2 e ZEIS 3 em terrenos contidos no Permetro de Adeso da OUCBT e atingidas por seu Programa de Intervenes podero ser relocadas dentro do prprio lote ou gleba, desde que preservada a sua rea original.

    1. Na hiptese de parcelamento de lote ou gleba com

    destinao de rea ao Poder Pblico, a rea relocada dever ser proporcional rea original, tendo em vista o quadro de reas resultante do parcelamento.

    2. Mediante parecer favorvel da BTSA e anuncia do Grupo de Gesto da OUCBT e Secretaria Municipal de Habitao, at 50% (cinquenta por cento) das reas demarcadas como ZEIS 1, ZEIS 2 e ZEIS 3 podero ser relocadas para outros lotes, contidos no Permetro de Adeso da OUCBT e no grafados originalmente como ZEIS.

    3. Os incentivos previstos neste artigo tem vigncia pelo prazo determinado de 5 (cinco) anos a partir da entrada em vigor desta lei, no podendo ser usufrudos aps tal data.

    IV

    Nos edifcios residenciais, a soma das reas comuns de qualquer pavimento dedicada ao lazer, corresponda a no mximo 50% da rea do lote

    REAS NO COMPUTVEIS INCENTIVADAS

    III

    At 20% de rea construda destinada a Habitao de Interesse Social ou equipamentos pblicos, fora de zonas ZEIS

    20% da rea total comput[avel

    Soma das reas comuns at 50% da rea do lote

    III

    reas destinadas aos usos no residenciais no pavimento de ingresso voltadas para logradouro pblico, limitadas a 50% da rea do terreno

    reas comuns de circulao at 20% da rea construda computvel do pavimento nos empreendimentos sujeitos observn-ciade cota de terreno mxima

    REAS NO COMPUTVEIS / REA EXCEDENTE ONEROSA

    Para uso RESIDENCIAL

    Para uso NO RESIDENCIAL

    At 1 vaga para carros por unidade

    habitacional (UH)

    At 1 vagaa cada 75m derea construda

    Vagas especiais: para pessoas com deficincia, mobilidade reduzida e idosos. bicicletrios e vestirios de ciclistas, balces, terraos e reas tcnicas

    A rea no computvel que exceder o nmero de vagas e rea dos balces ser considerada rea excedente onerosa

    Algumas reas cobertas da edificao no entram no clculo do CA. Estas so as reas no computveis, tais como:

    reas computveis

    reas no computveis

    reas excedentesonerosas

    A rea no computvel que exceder o nmero de vagas de estacionamento e rea de balces ser considerada rea excedente onerosa

    Poder Pblico

  • Operao Urbana Consorciada Bairros do Tamanduate | Minuta do Projeto de Lei | Agosto de 2015

    36

    BTSA e anuncia da SEHAB, dever atender s seguintes disposies:a. at 1/3 (um tero) da rea doada pode ser destinada para Habitao de Interesse Social ou equipamentos pblicos;

    b. no mnimo 2/3 (dois teros) da rea doada deve ser destinada a melhoramentos pblicos.

    4. Os lotes contidos no Setor Henry Ford e no Subsetor Logstico ficam dispensados do parcelamento compul-srio quando destinados s categorias de uso industrial e aos servios de infraestrutura de transporte, arma-zenamento e distribuio de carga.

    5. Os incentivos previstos neste artigo tem vigncia pelo prazo determinado de 5 (cinco) anos a partir da entrada em vigor desta lei, no podendo ser usufrudos aps tal data.

    Art. 27. Os empreendimentos em terrenos com rea maior ou igual a 10.000 m2 (dez mil metros quadrados) devero atender s seguintes disposies:

    I. quando for pretendido o uso residencial, o empreendi-mento deve ser obrigatoriamente destinado a uso misto, com no mnimo 10% (dez por cento) da rea construda computvel destinada ao uso no residencial;

    II. reserva de rea de fruio pblica, averbada em car-trio de registro de imveis, maior ou igual a 20% (vinte por cento) da rea de terreno, dos quais no mximo 50% (cinquenta por cento) podero ser atendidos na parcela destinada ao atendimento taxa de permeabilidade do lote;

    III. implantao de fachada ativa em no mnimo 25% (vinte e cinco por cento) da extenso das fachadas vol-tadas para os logradouros confrontantes e para as reas de fruio internas ao lote;

    IV. na hiptese do terreno confrontar com dois ou mais logradouros, seja garantida interligao entre as ruas, integrada rea de fruio pblica;

    V. Perfazer, no mnimo, 30% de permeabilidade

    2. A ocupao do subsolo dever estar no mnimo 5 m (cinco metros) abaixo do nvel da via.

    3. O pedido de utilizao do incentivo mencionado no caput ser analisado no tocante a seus aspectos urbansticos pela BTSA e, caso aprovado, concedido mediante contrapartida financeira, calculada em CEPAC sobre o total de rea construda relativa rea de cesso solicitada.

    4. A contrapartida financeira mencionada no par-grafo anterior no se aplica na hiptese do caso de terreno parcelado pela implantao de melhoramento pblico doado Municipalidade, sendo autorizada a reserva de servido de uso do subsolo ou do espao areo da rea doada em favor do proprietrio original.

    Art. 26. Ficam dispensados do parcelamento compul-srio, quando aplicvel, os terrenos com rea maior ou igual a 10.000 m (dez mil metros quadrados), desde que:

    I. seja realizado parcelamento do terreno, nos termos deste artigo, no prazo mximo de 5 (cinco) anos, con-tados a partir da primeira oferta pblica de CEPAC;

    II. sejam doadas Municipalidade no mnimo 30% (trinta por cento) da rea total do terreno, computadas as parcelas atingidas pelos melhoramentos pblicos aprovados por esta lei;

    III. a implantao dos melhoramentos pblicos previs-tos no Mapa V fique a cargo do empreendedor, coorde-nada pela BTSA.

    1. Fica assegurado aos proprietrios de imveis que realizarem seus empreendimentos com base neste