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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUEDDIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDENÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE APUCARANA
OFÉLIA MIQUELON DE FREITAS
APUCARANA - PARANÁ2011
OFÉLIA MIQUELON DE FREITAS
AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DIALÓGICA
Produção Didático-Pedagógica – Caderno Pedagógico, apresentado a SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná, para atender requisito parcial do PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional, na área de Pedagogia.
Orientadora: Prof.ª. Drª. Edinéia Consolin Poli
APUCARANA - PARANÁ2011
AGRADECIMENTOS
A Deus que nos criou e nos ensina a todo momento dando-nos
oportunidades novas de aprendizagem e permitindo que com nossas falhas
possamos nos aperfeiçoar e sermos cada vez melhor.
Aos membros de nossas famílias pelo apoio, dedicação e compreensão
nos momentos difíceis dessa caminhada.
À professora Ednéia Consolin Poli pelas orientações e pela disponibilidade
em compartilhar conosco todo o seu conhecimento.
A nossa turma PDE 2010/2011 pela companhia, incentivo, troca de
experiências e amizade.
A todos que de certa forma colaboraram para que esse trabalho fosse
realizado nos apoiando e ajudando para que possamos crescer como
educadores.
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho é o resultado de uma das etapas do PDE –
Programa de Desenvolvimento Educacional, instituído pela Secretaria de Estado
do Paraná (SEED) sendo uma proposta de formação continuada em parceria com
algumas IES. O referido programa nos deu a oportunidade de retornar aos
estudos acadêmicos proporcionando-nos o aperfeiçoamento dos fundamentos
teórico-práticos necessários à organização do trabalho pedagógico.
Esse trabalho retoma a discussão sobre avaliação,
desencadeando um processo de reflexão, de estudo sobre concepções de
avaliações e formas de avaliar. Dessa forma defendemos a necessidade do
exercício de uma avaliação compatível com uma educação democrática, uma
avaliação que ofereça novas possibilidades de crescimento e melhoria na
qualidade do ensino.
Optamos pela elaboração de um Caderno Pedagógico que é uma
produção didática pedagógica que terá como finalidade ser utilizado como
material de apoio durante o processo de implementação do Projeto de
Intervenção no Colégio Estadual Nilo Cairo – Ensino Fundamental, Médio e
Normal, no 2º semestre de 2011.
O propósito desse estudo é fortalecer a educação, utilizando a
avaliação como instrumento que irá encorajar os professores que não vêem
perspectivas de melhoria e não aceitam o fracasso escolar como parte do
processo da educação. Este importante instrumento irá ajudá-los a compreender
e superar as dificuldades encontradas ao longo da jornada.
É importante que todos problematizem a educação e a sociedade,
construindo um mundo melhor com qualidade. Se todos almejam melhorias,
devem começar a partir das escolas que são responsáveis por mudar idéias e
pensamentos, fortalecendo o ensino e a aprendizagem.
O trabalho do professor pedagogo tem se confrontado com muitas
situações e obstáculos que geram problemas durante o final de cada período. O
professor se sente frustrado diante das dificuldades e da pouca aprendizagem
dos alunos. Diante disso, é necessário um novo posicionamento por parte de
todos os profissionais da educação.
Assim sendo, esperamos contribuir com os docentes e agentes
educacionais que não sabem como lidar com suas angústias e que a partir desse
trabalho, tenham um novo olhar para o desenvolvimento de suas práticas
pedagógicas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
TEXTO 1 - DA OBRIGATORIEDADE DA EDUCAÇÃO A RESPONSABILIDADE DE AVALIAÇÃO....................................................................................................9REFERÊNCIAS..................................................................................................... 12
TEXTO 2 - A DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA E A ATUAL PRÁTICA DA AVALIAÇÃO.................................................................................. 13DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E DA PROMOÇÃO..........................................................................................................14REFERÊNCIAS..................................................................................................... 17
7
INTRODUÇÃO
Os conteúdos reunidos neste trabalho foram pesquisados e
selecionados com a finalidade de contribuir para problematizar e provocar novas
reflexões de modo particular, àqueles que se preocupam com a educação. O ato
de avaliar é comum ao cotidiano das pessoas. No dia-a-dia, elas avaliam algo,
alguém ou a si próprias. Lima (2003, p.6) chama a atenção para esta questão
quando afirma que:
Avaliar é uma das atividades mais comuns na vida cotidiana de todo ser humano e é um componente fundamental no processo de desenvolvimento humano. No processo de avaliação o ser humano lança mão, desde a infância, de suas experiências vividas, do que sabe, do que percebe, dos conhecimentos acumulados, presentes em seu meio, e aos quais ele tem acesso, dos instrumentos culturais, das várias formas de agir que ele constitui através da experiência cultural.
Repensando a complexidade da avaliação, alguns autores
pesquisados reforçam a ideia de que a avaliação não é um ato neutro, tem
vinculações com a concepção que se tem sobre a sociedade, o homem e o
trabalho, (NAGEL 1985, P.02) chamou a atenção do leitor para esta questão
quando explicou que historicamente a educação e, consequentemente, as
avaliações conectam-se estreitamente vinculados aos interesses dos grupos
hegemônicos da sociedade.
A sociedade e a escola estão em constante transformação, a
história da humanidade é marcada pela relação estabelecida entre a forma como o
homem produz sua existência (trabalho) e os conhecimentos que são produzidos
nesse processo e repassados às gerações (educação), o presente trabalho
centrará suas análises nestes elementos do processo de humanização tendo como
enfoque a avaliação como agente transformador, capaz de oferecer novas
possibilidades de aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
O caderno é composto por quatro textos: divididos em
unidades elaboradas de acordo com as pesquisas bibliográficas. Cada unidade
enfatiza um aspecto conceitual e ainda traz sugestões de atividades.
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Texto 01 – Da Obrigatoriedade da Educação a Responsabilidade
da Avaliação – Esclarece alguns artigos da LDB, enfatizando a importância da
avaliação no processo educativo como requisito básico para o desenvolvimento de
toda e qualquer sociedade.
Texto 02 – A Democratização da Escola Pública e a Atual Prática
da Avaliação – Tendo como enfoque que refletir é também avaliar, planejar,
estabelecer objetivos. A avaliação constitui um processo intencional e que se aplica
a qualquer prática, seja ela social, educacional, política ou outra. Hoffmann (2000,
p.16), considera que “A avaliação é essencial a educação. Inerente e indissociável
enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a
ação.”
O objetivo desse caderno é auxiliar na implementação do
Projeto, dando subsídios aos professores em sua prática da avaliação, além de
servir como estímulo para um maior aprofundamento das questões abordadas,
porque, segundo Vasconcellos (2005, p.23) “Para que ocorram mudanças dessa
realidade é necessário o querer, o desejar, o compromisso efetivo, enfim, a
vontade política.
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TEXTO 1 - DA OBRIGATORIEDADE DA EDUCAÇÃO A RESPONSABILIDADE
DA AVALIAÇÃO
A reflexão sobre a avaliação pode seguir diferentes caminhos, é
um assunto amplo que envolve diferentes dimensões e aspectos da educação,
compreende a formação do homem na humanidade e na condição de cidadão. A
dimensão mais restrita envolve a escola, o professor e o aluno. Não temos rumos
claros, nem princípios claros no que se refere a avaliação da aprendizagem. Temos
claro que a educação é o requisito básico para o desenvolvimento de toda e
qualquer sociedade. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), diz:
Art. 205. A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. II –Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; lll – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógica e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; lV – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – Valorização dos profissionais do ensino, garantidos na forma da lei, planos de carreira para o profissional e ingresso por concurso público de provas e títulos; Vl – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei; Vll- Garantia de padrão de qualidade.(Ec. N°19/98 e Ec.N°53/2006).
A educação vem sendo discutida constantemente pelo Estado, é
o que mostra a (CONAE) Conferência Nacional da Educação – 2010: Realizada no
período de 28 de março a 1º de abril de 2010, em Brasília-DF, constitui-se num
acontecimento ímpar na história das políticas publicas do setor educacional no
Brasil e contou com intensa participação da sociedade civil, de agentes públicos,
entidades de classe, estudantes, profissionais da educação e pais/mães (ou
responsáveis) de estudantes. Ao todo foram credenciados/as 3.889 participantes,
sendo 2.416 delegados/as e 1.473, entre observadores/as, palestrantes, imprensa,
equipe de coordenação, apoio e cultura.
O documento da (CONAE) Conferência Nacional da Educação,
discutido pela população e organizado pelo Ministério da Educação está dividido
em seis eixos. (2010): EIXO I- Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação
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de Qualidade: Organização e Regulação da Educação Nacional. EIXO II -
Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação. EIXO III -
Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar. EIXO IV - Formação
e Valorização dos/das Profissionais da Educação. EIXO V - Financiamento da
Educação e Controle Social. EIXO VI - Justiça Social, Educação e Trabalho:
Inclusão, Diversidade e Igualdade. O Eixo II da (CONAE) Conferência Nacional da
Educação (p. 41, 2010) diz:
A Educação com qualidade social e a democratização da gestão implicam a garantia do direito à educação para todos, por meio de políticas públicas, materializadas em programas e ações articuladas, com acompanhamento e avaliação da sociedade, tendo em vista a melhoria dos processos de organização e gestão dos sistemas e das instituições educativas. Implicam, também, processos de avaliação, capazes de assegurar a construção da qualidade social inerente ao processo educativo, de modo a favorecer o desenvolvimento e a apreensão de saberes científicos, artísticos, tecnológicos, sociais e históricos, compreendendo as necessidades do mundo do trabalho, os elementos materiais e a subjetividade humana.
A garantia da educação e pleno desenvolvimento da pessoa só
serão garantidos se realizado em práticas concretas no espaço escolar. A gestão
democrática precisa ser assumida como fator de melhoria da qualidade da
educação. A Constituição do Paraná, baseada na LDB, também garante a
educação no Estado: Art. 179. O dever do Estado, dentro das atribuições que lhe
forem conferidas, será cumprido mediante a garantia de: I - Ensino Fundamental,
obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tenham tido acesso na idade
própria. II - Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino médio,
pré-escola e da educação especial. III - Ensino público noturno, fundamental e
médio, adequado as necessidades do educando.
A educação se faz necessária, cabe a escola a
responsabilidade de aplicá-la de acordo com a Lei Estadual. O Regimento Escolar
e a PPP do Colégio Estadual Nilo Cairo – Ensino Fundamental, Médio e Normal,
salienta: “Educação Pública com qualidade.” (2010). Portanto, toda educação
oferecida deve ser processada por um sistema de avaliação que garanta o
desenvolvimento global do aluno. A avaliação tem por objetivo salientar a
importância do papel do professor no sentido de observar o aluno, para medir e
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refletir sobre as melhores estratégias pedagógicas possíveis que visem promover a
aprendizagem. Cabe a escola a prática pedagógica com função de diagnosticar o
nível de conhecimento do aluno.
Segundo Luckesi (2001, p.30). “A educação dentro de uma
sociedade se manifesta como um instrumento de ação social.” Em contra partida
outros teóricos veem no processo educacional um instrumento de libertação ou
transformação social. (Libaneo, 1990 e Gadotti, 1984).
Para toda essa prática social faz-se necessário mudanças no
processo de avaliação que é uma tarefa didática para acompanhar o processo
ensino-aprendizagem. É uma tarefa complexa, mas contamos com a colaboração
de muitos teóricos que trazem sua colaboração para a educação de qualidade
prevista na LDB, nessa perspectiva diz Gasparin:
A prática social é a nova maneira de compreender a realidade e de posicionar-se nela, não apenas em relação ao fenômeno, mas à essência do real, do concreto. É o momento da ação consciente, na perspectiva da transformação social, agora modificada pela aprendizagem. (2007, p.149).
1) Atividade para discussão e reflexão:
a) Qual o real papel da avaliação para o desenvolvimento de uma educação de
qualidade?
b) Troque ideias com seus colegas e faça uma comparação com sua prática
pedagógica.
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REFERÊNCIAS
GADOTTI, Moacir. Educação e Poder. 5. ed. São Paulo: Cortez. Autores Associados, 1984.
LIBÂNEO, José C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. 17. ed. São Paulo, 2005.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2007.
PARANÁ, Secretaria de Educação e Cultura. Conselho Estadual de Educação. Curitiba: SEEO, 2009.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº9394/96, Brasília: MEC, 1996.
BRASIL, Ministério da Educação COVAE. Conferência Nacional de Educação. Brasília: 2010.
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TEXTO 2 – A DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA E A ATUAL PRÁTICA
DA AVALIAÇÃO.
A construção de uma educação com qualidade pressupõe uma
forma de gestão preocupada com a participação de todos os membros da
comunidade escolar: pais, alunos, funcionários, professores e direção. Não se
concebe uma escola sem o mínimo do diálogo que contribuem com a promoção da
aprendizagem, integração interna e estabelecer parcerias para o processo da
democratização da escola pública. Para Luckesi (2005, p.65),:
Será democrática a escola que possibilitar a todos os educandos que nela tiverem acesso uma apropriação ativa dos conteúdos escolares, ou seja, se uma criança se matricular na escola, ela tem o objetivo de conseguir aprender conteúdos que desconhece, ela pretende elevar o seu patamar de compreensão da realidade. Para tanto, a prática escolar e a prática docente deverão criar condições necessárias e suficientes para que essa aprendizagem se faça da melhor forma possível. Isso significa que a prática significa que a prática escolar e docente desenvolverão meios efetivos pelos quais os conteúdos que estão sendo propostos e ensinados.
A atual prática de avaliação na escola, muitas vezes, tem como
função a classificação e não o diagnóstico. Sendo utilizada como classificação,
pode-se constituir numa opressão, desta maneira podendo frear o processo de
crescimento do indivíduo permanecendo o sujeito estagnado, em perspectiva de
crescimento. Os docentes a partir de reflexões sobre a prática avaliativa tem
mudado suas concepções de avaliação, efetivando uma avaliação formativa da
aprendizagem. Muitos professores se sentem angustiados por não atingir seus
objetivos procurando sempre uma solução. Outros fatores podem influenciar a
prática pedagógica e por consequência a avaliação, tais como: a infraestrutura
adequada aos anseios da escola, a condição socioeconômica e cultural das
famílias.
Para Hoffmann (1996, p.66). “A avaliação tem por objetivo
salientar a importância do papel do professor e repensar sua prática pedagógica.”
O Estado do Paraná tem mostrado sua preocupação no desenvolvimento da
Educação e consequentemente na avaliação. Na Semana Pedagógica de 2009 foi
lançado um caderno de apoio aos professores das escolas públicas
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Movido pelo compromisso, o Regimento Escolar segue as instruções propostas
pela SEED, de aperfeiçoar uma educação ideal a todos os indivíduos que nela este
inserido, veja.
DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM, DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E DA
PROMOÇÃO.
Art... A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo
ensino aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
Art... A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características
individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art... A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando
métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Parágrafo único – É vedado submeter o aluno a uma única
oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Art... Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão
elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto
Político-Pedagógico.
Art... A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação
dos alunos entre si.
Art... O resultado da avaliação deve proporcionar dados que
permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola
possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
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Art... Na avaliação do aluno devem ser considerados os
resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo,
expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Art... Os resultados das atividades avaliativas serão analisados
durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Percebemos um amplo consenso quanto ao fato que a avaliação
escolar é hoje um grande desafio, que geram propostas inovadoras, práticas e
claras para aprendizagem e desenvolvimento integral do aluno. É o que mostra o
(PPP) Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nilo Cairo – Ensino
Fundamental, Médio, e Normal. (2010, p.51)
Há uma grande preocupação dos educandos em ter uma proposta de avaliação que contemple os princípios anteriormente descritos na concepção de Educação, aluno, escola, sociedade, aprendizagem e os critérios a serem adotados na ação do docente. Nesse processo são pensados e definidos os instrumentos que serão utilizados, que são os diferentes meios, através dos quais os alunos têm oportunidades de demonstrar o seu aprendizado, as relações que vem estabelecendo entre o novo conhecimento e as aprendizagens anteriores e as relações que fazem entre o conteúdo aprendido e as aprendizagens anteriores, e as relações que fazem entre o conteúdo aprendido, gerando dados que possibilitam avaliar o desenvolvimento da aprendizagem.
A Avaliação deve ser vista como uma perspectiva
transformadora e deve ser situada como elemento de uma escola democrática, que
favoreça o acesso das camadas populares e sua permanência no sistema de
ensino. Deve-se articular o processo avaliativo a um projeto educacional para a
formação do aluno como cidadão crítico, participativo e autônomo. Professor e
aluno devem ser considerados como sujeitos socioculturais e que as práticas
docentes e avaliativas tenham em vista uma apropriação efetiva e significativa do
conhecimento. Pensar no ensino-aprendizagem como um todo faz parte da escola
democrática que busca no seu dia a dia a valorização de valores sociais e culturais
que garantem a formação do aluno e valorização do conhecimento.
Haidt (1994), afirma que a avaliação deve ser um instrumento
para estimular o interesse e motivar o aluno o maior esforço e aproveitamento e
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não como punição. Isto significa que a avaliação deverá utilizar procedimentos que
assegurem o desenvolvimento do aluno, evitando a comparação dos alunos entre
si. Os resultados devem proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação
pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdo,
instrumentos e métodos de ensino.
1) Atividade para discussão e reflexão:
a) O que você deve fazer para efetivar uma avaliação contínua,
diagnóstica, democrática e formativa?
b) Interprete o conceito de avaliação formativa, segundo Nadal
(2002, p. 121):
Uma prática auxiliar do processo de ensinar e aprender, uma prática formativa porque informa os atores do processo (professor e aluno) com o objetivo de adequar os conteúdos e os procedimentos de ensino às características dos alunos, visando a garantia de seu desenvolvimento e da aprendizagem.
c) Discuta em grupos e apresente em plenária como é apresentada
a avaliação no PPP e no Regimento Escolar.
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REFERÊNCIAS
COLÉGIO ESTADUAL NILO CAIRO. Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar. Apucarana, 2010.
FUSARI, José Cerchi. Série Idéias n. 16. São Paulo: FDE, 1993. página: 70-71.
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática geral. São Paulo: Ética, 1994.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola a Universidade. 8. ed. Porto Alegre: Mediação, 1996.
_____. Avaliação. Mito & desafio. Uma perspectiva Construtivista, Porto Alegre 28 ed.: Mediação, 1997 e 2000.