o verdadeiro papel da escola ? educação ,informação ou formação! cabral de queiroz.pdf · a...
TRANSCRIPT
Por : Alessandra Cabral de Queiroz
O verdadeiro papel da escola ?
Educação ,Informação ou Formação!
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO "A VEZ DO MESTRE”
TÍTULO O VERDADEIRO PAPEL DA ESCOLA ?
EDUCAÇÃO FORMAÇÃO OU INFORMAÇÃO
por
Alessandra Cabral de Queiroz
Professor Orientador: Diva Nereida Marques M. Maranhão
RIO DE JANEIRO 08/2002
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO "A VEZ DO MESTRE”
TÍTULO O VERDADEIRO PAPEL DA ESCOLA ?
EDUCAÇÃO FORMAÇÃO OU INFORMAÇÃO
Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Ensino Fundamental e Médio para disciplina de metodologia da Pesquisa. Por: Alessandra Cabral de QueirozProfessora Orientadora: Diva Nereida Marques M. Maranhão
RIO DE JANEIRO 08/2002
AGRADECIMENTOS
Agradeço as minhas filhas, que muito me inspiraram e a meus mestres , que tantos conhecimentos me transmitiram.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família .
EPÍGRAFE
“Ao término de um período de decadência sobrevém o ponto de mutação. A luz poderosa que fora banida ressurge. Há movimento, mas este não é gerado pela força... O movimento é natural, surge espontaneamente. Por essa razão, a transformação do antigo torna-se fácil. O velho é descartado, e o novo é introduzido. Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando daí, portanto, nenhum dano.”
I Ching – O livro das Mutações - Oráculo Chinês [1997 – Capa ]
Sumário
Capitulo 1
Linhas Gerais De Desenvolvimento Teórico..............................................12 1.1- Iniciação As Idéias Pedagógicas.....................................................................12 1.2- Fatores Históricos .........................................................................................14 Capitulo 2 Psico-pedagogia e o individuo ..................................................................................15 2.1- Pensamento Psico-Pedagogico.......................................................................15 2.2 -Desenvolvimento Psico-pedagógico do Individuo...........................................16 2.2.1 - Teoria Mecanicista , Organicista ...............................................................17 2.2.2 – O Modelo do Ciclo Vital......................................................;..................18 2.3 – Orientações Psicológicas de Nosso Século..................................................19 2.4 – O Papel da Herança e do Meio na Determinação do Desenvolvimento.......20 2.5 - Teoria das Múltiplas Inteligências..................................................................21
Capitulo 3
A Evolução da Escola..............................................................................................22 3.1- Sobre A Escola e a Educação.........................................................................22 3.2– A Missão da Escola .......................................................................................26 3.3- Sobre a Autoridade na Escola ........................................................................28 3.4 - A Escola Tradicional X A Escola Nova ......................................................31 3.5 – O Educador....................................................................................................33
Conclusão...........................................................................................35 Bibliografia.........................................................................................39 Anexos ...............................................................................................40
RESUMO
O objetivo deste trabalho é desvendar, da verdadeira função da escola
dentro do processo de mudança social e desenvolvimento psicológico do
individuo . Para tanto seria necessário se fazer uma analise dos dispositivos
psico-educacionais, assim como dos caminhos percorridos e a percorrer dentro
de uma sociedade violenta e com gigantescos abismos culturais e econômicos.
Observamos uma incorrência a velhas filosofias e uma tendência ao
principio holístico , buscando construir uma teoria sistematizada, que fundamente
a pratica do ensino, o qual , havia se limitado ao ato de INFORMAR , deixando de
lado sua responsabilidade na FORMAÇÃO , individual dos valores sociais
,promovendo uma aprendizagem integral, a qual deve englobar portanto todas
as formas de potencialidades do individuo .
O ato de EDUCAR, é portanto, o desenvolvimento da múltiplas
potencialidades , tanto no campo da inteligência intuitiva quanto da criativa,
aperfeiçoando o processo de aquisição dos conhecimentos, dando ao aluno uma
compreensão intuitiva no ato de aprender.
Para ao final deste trabalho tecermos uma breve conclusão a respeito das
considerações aqui anotadas sobre este assunto extremamente profundo e
controvertido
INTRODUÇÃO
Para dar inicio ao nosso trabalho consideremos, sobre o sentido lato de
nosso tema, assim temos.
EDUCAÇÃO – ato ou efeito de educar; desenvolvimento integral de
todas as faculdades humanas; conjunto de normas pedagógicas aplicadas no
desenvolvimento geral, do corpo e do espírito ; polidez ; cortesia . (Dicionário da
Língua Portuguesa,1969)
FORMAÇÃO – ato ou efeito de formar; constituição organização; maneira
pela qual se uma mentalidade, um caráter. (Dicionário da Língua
Portuguesa,1969)
INFORMAÇÃO – ato ou efeito de informar; opinião sobre conduta de
alguém; noticia comunicação. (Dicionário da Língua Portuguesa,1969)
ESCOLA – Casa ou estabelecimento, onde se recebe Ensino de
ciências, letras, artes; sistema; aprendizagem; exemplo; fazer escola, assentar
princípios, depois seguidos por muita gente. (Dicionário da Língua
Portuguesa,1969)
Agora baseados nestas rudes e limitadas definições (Dicionário da Língua
Portuguesa,1969), meramente vocabulares, verificaremos algumas das linhas de
pensamento provenientes das praticas pedagógicas e psicológicas as quais
influenciaram e influenciam as relações inter pessoais e disciplinares da escola e
de seu corpo docente .
RESUMO
O objetivo deste trabalho é desvendar, da verdadeira função da escola
dentro do processo de mudança social e desenvolvimento psicológico do
individuo . Para tanto seria necessário se fazer uma analise dos dispositivos
psico-educacionais, assim como dos caminhos percorridos e a percorrer dentro
de uma sociedade violenta e com gigantescos abismos culturais e econômicos.
Observamos uma incorrência a velhas filosofias e uma tendência ao
principio holístico , buscando construir uma teoria sistematizada, que fundamente
a pratica do ensino, o qual , havia se limitado ao ato de INFORMAR , deixando de
lado sua responsabilidade na FORMAÇÃO , individual dos valores sociais
,promovendo uma aprendizagem integral, a qual deve englobar portanto todas
as formas de potencialidades do individuo .
O ato de EDUCAR, é portanto, o desenvolvimento da múltiplas
potencialidades , tanto no campo da inteligência intuitiva quanto da criativa,
aperfeiçoando o processo de aquisição dos conhecimentos, dando ao aluno uma
compreensão intuitiva no ato de aprender.
Para ao final deste trabalho tecermos uma breve conclusão a respeito das
considerações aqui anotadas sobre este assunto extremamente profundo e
controvertido
INTRODUÇÃO
Para dar inicio ao nosso trabalho consideremos, sobre o sentido lato de
nosso tema, assim temos.
EDUCAÇÃO – ato ou efeito de educar; desenvolvimento integral de
todas as faculdades humanas; conjunto de normas pedagógicas aplicadas no
desenvolvimento geral, do corpo e do espírito ; polidez ; cortesia . (Dicionário da
Língua Portuguesa,1969)
FORMAÇÃO – ato ou efeito de formar; constituição organização; maneira
pela qual se uma mentalidade, um caráter. (Dicionário da Língua
Portuguesa,1969)
INFORMAÇÃO – ato ou efeito de informar; opinião sobre conduta de
alguém; noticia comunicação. (Dicionário da Língua Portuguesa,1969)
ESCOLA – Casa ou estabelecimento, onde se recebe Ensino de
ciências, letras, artes; sistema; aprendizagem; exemplo; fazer escola, assentar
princípios, depois seguidos por muita gente. (Dicionário da Língua
Portuguesa,1969)
Agora baseados nestas rudes e limitadas definições (Dicionário da Língua
Portuguesa,1969), meramente vocabulares, verificaremos algumas das linhas de
pensamento provenientes das praticas pedagógicas e psicológicas as quais
influenciaram e influenciam as relações inter pessoais e disciplinares da escola e
de seu corpo docente .
Dentro desta linha racional é que situamos este trabalho, tentando traçar
uma colocação atual e necessária para a verdadeira vocação da escola, enquanto
base de um modelo social, e sendo ao mesmo tempo reflexo deste, e das
variantes psico-sóciais inerentes aos indivíduos.
Capitulo l
LINHAS GERAIS DE DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
1.1- Iniciação as Idéias Pedagogicas
Uma abordagem histórica se faz necessário a fim de permitir conhecer
quais foram as orientações fundamentais da psicologia evolutiva em nosso século.
Para que desta forma possamos identificar no conjunto de diretrizes que delimitam
o verdadeiro papel da escola na sociedade . Talvez encontraremos respostas
buscando auxilio nas teorias de aprendizagem, descobrindo novas respostas para
os desafios da época atual, desenvolvendo o aluno em uma consciência ética não
dogmática.
“pode-se inferir que a educação era voltada para códigos da vida social , para as regras do trabalho , para os segredos da arte , da religião e dos artefatos que precisavam ser reinventados para o dia a dia do grupo social”. BRANDÃO, Zaia [Org.] [1994]. A Crise dos Paradigmas e a Educação. 3ª ed. São Paulo. Cortez Editora.
A História das idéias pedagógicas é descontinua. Não existindo
propriamente um aperfeiçoamento crescente nestas idéias filosófico educacionais
antigas, que não deixem de ser válidas mesmo quando superadas pelas
modernas as idéias clássicas do da filosofia continuam atuais . É por isso que a
história da filosofia se distingue da história das ciências onde as novas
descobertas vão tomando o lugar das antigas e obsoletas , o que não ocorre com
a filosofia na teoria educacional. A reflexão filosófica auxilia na descoberta da
antropologia, de ideologias subjacentes aos sistemas educacionais, às reformas,
às inovações, às doutrinas pedagógicas e a prática da educação.
Nos séculos XVII e XVIII, movimentos culturais e religiosos como o
iluminismo e o Protestantismo deram lugar ao descobrimento de novas teorias
evolutivas, a medida que concepções fatalistas e predeterministas da vida
humana vão desaparecendo as pessoas sentem-se mais protagonistas de sua
própria existência e atribuem um papel importante à educação das crianças.
Os últimos decênios do século XIX trouxeram consigo no descobrimento
da infância e de sua consideração espacial. O avanço fundamental foi nesta
ocasião liberar as crianças da realização de trabalhos pesados. E, alguns escritos
de F. Engels, o inseparável companheiro de Kal Marx, encontram-se descrições
dramáticas das considerações de vida das crianças inglesas que tinham jornadas
de trabalho de doze horas por dia, realizando árduos trabalhos em fábricas e
minas. A maior parte dos pediatras ingleses consultados em 1833 consideravam
que a jornada das crianças não deveria passar de dez horas por dia, tendo-se em
vista que jornadas mais prolongadas faziam com que as crianças fossem
demasiadamente cansadas para a escola dominical, onde acabavam dormindo
embaladas pelos preceitos morais que lhes eram ministrados.
Os avanços sociais, as conquistas dos movimentos trabalhistas e os
interesses dos empresários foram se unindo para conferir a infância um status
especial, que foi, alem disso, favorecido por uma certa generalização do ensino
elementar.
Mais concretamente, nos séculos XVII e XVIII há filósofos cujas
concepções sobre a natureza humana e seu desenvolvimento, transformam-se em
pontos de vista sobre o desenvolvimento psicológico e educacional.
1.2 – Fatores Históricos
O esforço do homem pela história tem sido a busca da compreensão de si
mesmo , conhece-te a ti mesmo desafiou Sócrates em Delfos e continua a nos
desafiar .O desejo da transcendência nos diferencia substancialmente de outros
seres da natureza . Eles estão centrados em si mesmos , harmonicamente
plenos de si. Nenhum animal desejaria ser outro mas o homem deseja ser Deus.
Podemos conceituar o homem através de Cardoso [op.cit.] , o homem é um ser
das distancias , um ser de longínquos , ele pode estar bem materialmente e
afetivamente mas algo dentro dele de vez em quanto lhe inquieta o coração , e
bate no peito uma saudade que não sabemos bem do que possa ser . Uma
saudade de um paraíso perdido e então voamos para bem longe de nós
mesmos.
CAPÍTULO II
DESENVOLVIMENTO PSICO-PEDAGÓGICO DO EDUCANDO
2.1 - Pensamento Psico-Pedagógico
Com base nas teorias filosóficas cujas concepções sobre a natureza
humana e seu desenvolvimento transformam -se em pontos de vista sobre o
desenvolvimento psicológico e educacional.
“O britânico J. Lucke (1632-1704), segundo o
qual a mente humana pode ser comparada no
momento do nascimento, a um quadro em branco, a
uma tabula rasa”.
Seria a experiência que a criança adquire em contato com o meio, a
estimulação que recebe, que determinaria, a todo momento, os conteúdos do
psiquismo . Para dizê-lo com um aforismo mais clássico, não há nada na
inteligência que não tenha antes passado pelos sentidos. Certamente estes
aspectos serão frutos para futuras pesquisas, segundo Cardoso [A canção da
inteirza, Uma Visão Olistica da Educação,1995,pp92] , todo individuo possui
múltiplas potencialidades até hoje pouco ou nada desenvolvidas na escola ,
que estão no campo da inteligência intuitiva e criativa , que são igualmente
importantes no processo de aquisição de conhecimentos . De acordo com Bruner
[1973,p.54apud Cardoso op.cit.] a intuição permite ao pensamento dar saltos ,
pular etapas em campo de conhecimento familiar . Sendo o sentimento a
instância da consciências, onde se pode captar os conteúdos da razão analítica ,
dando-lhes mais profundidade e significância. Observamos que quase duzentos
anos após a morte de Locke, são encontrados posicionamentos na Psicologia que
defendem que a história psíquica do indivíduo não é nada mais do que a história
de suas experiências e de suas aprendizagens.
2.2 – Desenvolvimento psicopedagógico do individuo.
Segundo , Jesús Palácios em Desenvolvimento Psicológico e Educação,
pp.13 . As características inatas do ser humano foram vistas de modo diferentes,
no caso de J. J. Rousseau (1712- 1778), “a bondade natural das crianças”, ou
como no caso de I. Kant (1724-1804), ”com a existência de categorias inatas de
pensamento”, sendo interessante destacar que, J.J. Rousseau aparece com uma
visão da infância em estágios cada um dos quais apresentando suas característica
próprias, além disso exigindo um tratamento educacional diferenciado. Dois
séculos após grandes pensadores terem publicados suas obras alguns autores
europeus deram contribuições de grande importância na psicologia evolutiva e
enquadram-se perfeitamente nesta concepção filosófica que alguns classificam
como naturalista e outros como idealista. De fato os posicionamentos da
psicológica evolutiva denominados como orgânicos ou organicista situam-se
plenamente nesta situação de pensamento. Temos, portanto duas tradições
profundamente arraigadas o pensamento ocidental que para nosso interesse aqui
cristalizam -se em nosso de século e através de uma abordagem na qual são
enfatizados sobretudo os processos de aprendizagem e em outra, onde se nega a
importância dos fatores de experiência, se não enfatizado sobretudo os processos
de desenvolvimento que tem caráter universal, ou seja, que ocorrem em todas as
pessoas e todas as culturas, porque tem sua raiz em características inatas da
natureza humana. Cada uma destas duas abordagens merece que lhes sejam
dedicadas mais algumas linhas.
2.2.1 - Teoria Mecanicista, Organicista.
.
Chamamos de modelo mecanicista os que se situam em uma tradição do
empirismo. Importante não é o que há dentro do organismo, se não o que vem de
fora e o molda, se situando nesta perspectiva e limitando-se a trabalhar com
aquilo que pode ser definido e que é passível de ser medido e quantificado.
As coisas são vistas de forma muito diferente segundo a perspectiva dos
chamados modelos orgânicos ou organicistas. Aqui a ênfase é dada a processos
internos, muito mais que os estímulos externos. O desenvolvimento psicológico
não ocorre de qualquer maneira, não é um processo determinado de cada
indivíduo vivencia de maneira completamente diferente de outro. Existe uma certa
"necessidade evolutiva" que a faz com que o desenvolvimento passe, e todas as
pessoas por determinados estágios. Por outro lado os que adotam a esta ótica
utilizam conceitos que como o, por exemplo, implicam a inferência de realidades
cuja existência não pode ser de forma alguma ser quantificada . Para terminar,
uma última característica dos modelos evolutivos de orientação organísmica ou
organicista define a idéia que o processo evolutivo é um caminho orientado a se
atingir uma determinada meta, considerada algo semelhante ao ápice do
desenvolvimento temos autores ilustres como claros expoente, deste ponto de
vista (Freud e Piaget ) .
2.2.2 –O modelo do Ciclo Vital.
Até o fim dos anos setenta, o modelo mecanicista, e o organicista eram os
dois modelos explicativos fundamentais e existente na psicologia evolutiva com
uma forte predominância do organicista dada a pouca sensibilidade do modelo
mecanicista em relação a aspectos evolutivos. No final da década de setenta um
grupo de estudiosos do desenvolvimento reagem contra as limitações destes
modelos, uma proposta conhecida pelo nome de um modelo do ciclo vital, que
significa algo equivalente a um ciclo de vida de uma pessoa.Trata-se, como se
pode ver, de uma concepção do desenvolvimento menos restritiva que as
tradicionais e mais sensível aos aspectos evolutivos a influência do meio
preocupada com o papel da cultura, [Baltes,1979].
Por sua vez da orientação do ciclo vital pode-se dizer, que boa parte de
suas contribuições permanecem atualmente vigente, tanto no aspecto conceitual
quanto no metodológico, no entanto, mais que uma teoria sobre o
desenvolvimento psicológico dos seres humanos a perspectiva do ciclo vital é um
contexto amplo, com poucos compromissos conceituais, em que podem situar-se
investigações realizadas a partir de diversos pontos de vista teóricos, sempre que
se cumpram os requisitos básicos de não circunscrever o desenvolvimento ao que
ocorre nos primeiros anos da vida, de aceitar que o desenvolvimento psicológico é
um processo que tem múltiplas causas e que pode orientar-se em múltiplas
direções, de levar em consideração a conexão do aspecto psicológico com o
biológico e o histórico-social, e sempre que se utilizem métodos de investigação
sensíveis a estas diversas questões.
Mas, como indicávamos, a psicologia evolutiva atual contem uma maior
diversidade de enfoques e perspectivas que dificilmente podem se enquadrar sem
problemas e sem que percam sua especificidade nos contexto dos três modelos
recém comentados.
2.3 – Orientações Psicológicas de Nosso Século
Vários autores se ocupavam de questões evolutivas sob uma perspectiva
psicológica situando-se na segunda metade do século passado e nas primeiras
décadas deste , dentro desta ampla margem de tempo foram publicados os
primeiro livros sobre a infância e sobre a adolescência , sobre a idade adulta e
sobre a celeridade . Mas as bases das grandes orientações teóricas que tem sido
predominante na psicologia evolutiva nas ultimas décadas tendem
2.4 - O Papel da Herança e do Meio na Determinação do Desenvolvimento
São muitos os problemas que se pode escolher para uma reflexão sobre o
que é o processo de desenvolvimento psicológico e sobre algumas de suas
características e até que ponto uma descrição do desenvolvimento em estágio é
adequada no exame, sobre o papel que a herança e o meio ambiente e
desempenham na determinação do desenvolvimento . Tampouco o foi muito
frutíferas a etapa caracterizada pelo dualismo, quando se discutia que
percentagem da conduta ou do desenvolvimento devia-se a herança e que
percentagem ao ambiente.
Atualmente as coisas apresentam-se de forma muito diferente. Já que
existe um consenso em aceitar que nosso comportamento e desenvolvimento são
influenciados e determinados tanto pelo aspecto genéticos quanto por aspectos
ambientais, o problema fundamental reside em reconhecer a como estes se
relacionam entre si, e em estabelecer os elementos desenvolvimento são do
conteúdo genético ou da interação entre o elemento herdado e o adquirido no
contato como meio, um outro aspecto a desempenhar um papel mais ou menos
determinantes..
Toda essa conceitualização dos processos de evolução mental, social e
intelectual se faz necessário para melhor entendermos como são esses
processos, uma vez que, nosso trabalho está direcionado a determinação dos
verdadeiros objetivos da escola em nossa sociedade.
2.5 - Teoria das Múltiplas inteligências
Todo o indivíduo, possui muitas potencialidade até hoje pouco ou nada
desenvolvidas na escola ,que estão no campo da inteligência intuitiva e criativa, e
que são igualmente importantes no processo de aquisição dos conhecimentos.
Integral deriva, portanto em englobar todas as formas de construção da realidade,
inclusive as formas intuitivas e dos sentimentos . hoje já se tem conhecimento
sobre a chamada “apreensão intuitiva”assim chamada por Bruner [1973,
p.54,apud Cardoso,op.cit.], a intuição e permite ao pensamento e dar saltos, pular
etapas em campo de conhecimento familiar, a intuição poderia gerar hipóteses
súbitas, uma coordenação provisória de informações e meios para se investigar a
realidade com maior profundidade. O sentimento de lula é a instância a da
consciência onde se pode captar os conteúdos da razão analítica pelo dando-lhes
mais profundidade, significância. Sentimento de luta podemos entender porque
um computador não está funcionando pela manhães não poderemos compreender
a os conflitos existenciais do próximo. Politicamente pela aprendizagem é a
mudança de valores, implica numa conversão. O saber para poder é meio, o
saber para ser é fim. A educação deve promover a integração entre o saber e ser.
CAPÍTULO III
A EVOLUÇÃO DA ESCOLA
3.1 – Sobre Escola e a Educação.
Muitos são os autores que consideram que a educação escolar tem sido
atribuída de funções complementares para a sociedade, retirando-se desta
educação sua essencialidade e a transformando em instrumento de múltiplas
faces, desviando-a de sua tarefa principal .
É verdade que a escola muitas vezes se converte em aparelho para
resolver a questão da fome, da crise social, do desemprego, da saúde, da
segurança e etc. Chegando a tal ponto essa definição que muitos aceitam que, a
criança vai para escola, afim de garantir a sobrevivência e até a dos educandos,
os quais assumem um papel secundário, do ponto de vista da educação escolar
deixando muitas vezes de realizar o que é tarefa central, alfabetizar, ensinar
história, geografia e ciências, etc.
Mas alem da escola preparar, instrumentalisar e dar condições para que ele
possa se formar e se construir. Temos de afirmar a responsabilidade para com a
sociedade , a qual tantas mudanças , tem sido obrigada a absorver no campo
social e tecnológico. Assim sendo, a atividade educativa constitui o cerne , para
viabilizar as mudanças sociais , garantindo a base instrumental para as
mudanças técnicas o que constitui o cerne da atividade e educativa, garantia o
para a instrução da escola de hoje.
A escola atual é considerada uma escola democrática e que prepara o
individuo para a democracia. Mas desenvolver uma escola democrática siguinifica
desenvolver uma educação escolar que compreenda as diversas interferências
e interesses que perpassam a sociedade e que organiza o ensino de forma a
levar o educando a compreendê-los e a compreender o papel de cada um ,
individualmente , e o de cada grupo para poder interferir nas ações dessa
sociedade .
A escola democrática é aquela que compreende e permite o conflito , e é
capaz de administrá-lo . Como conflito colocamos as varias contradições que
perpassam , a possibilidade de que , alunos, pais ,a comunidade , apresentem
suas alternativas ,criticas, sugestões. Sendo a escola capaz de superar seus
conflitos , tendendo a não estabelecer uma oposição entre chefia e liderança ,
onde a chefia é instituída por um ato burocrático e a liderança por manifestações
dos liderados .
Atualmente este conceito é quase utópico , apesar disto a escola não
pode mais mascarar ou criar tampões nos olhos dos educandos . não deve se
abster , nem se tornar arma para se produzir felicidade ou infelicidade , mas sim
ser a mediação entre a realidade empírica e o conhecimento .
Frente a essa realidade a instituição ou função passa a organizar o saber e
viabilizar todo o sucesso de uma sociedade, viabilizando o acesso aos
instrumentos de produção cultural, científica, técnica e de política da sociedade
em que estes indivíduos vivem .A escola deve ser veiculo para permitir que o
educando, seja capaz de entrar no mundo dessa realidade para entendê-lo.
No cotidiano de cada um, seja crianças ou adulto, o conhecimento dos
direitos, o reconhecimento dos deveres, a adesão legítima às riquezas das
necessidades (mesmo nas areas sociais, morais e políticas) garantem o princípio
de liberdade e de cidadania. Isso confere ao cidadão o direito de escolher o lugar
que ele quer ocupar nas sociedades.
Vivemos em um mundo onde a sociedade produziu homens capazes de
impingir as maiores torturas a seus semelhantes, e qual terá sido a escola ou a
universidade que os educou para ações tão macabras contra o seu semelhante?
Enquanto o assassino mata por vingança para roubar ou para ganhar o
prêmio oferecido, a justiça condenar e a sociedade exige punição, seria possível
educar uma pessoa para agir com segurança e com a convicção de que está
praticando o bem por razões meramente ideológica?
Uma escola regular não consegue desenvolver este tipo de educação,
somente escolas especializadas. No entanto, não podemos absolver a escola, e
na sua totalidade, se pensarmos em certas práticas educativas sacramentadas
pela tradicional pedagogia que muitas vezes distorcem a personalidade dos
alunos, e levam os mesmos há um sério conflito.
Quando a instituição escolar nomeia alunos encarregados de controlar seus
colegas de facilitar o trabalho de disciplinar, e estes colegas são agentes dentro
da escola, levando nomes as coordenações e direção, visando incriminar colegas
mesmo que seja em defesa do bem comum, desenvolve-se processo de educação
não solidária, mais típica dos estados totalitários cuja sobrevivência e dependem
de inúmeros olheiros.
São sempre informações simples: o nome de quem escondeu o sapato do
colega , quem quebrou a janela do vizinho, qual o provocador da briga etc.
Através destas atitudes vai se formando a atitude anti-solidária, sempre
recompensada positivamente quando as informações chegam .
O processo pode ser muito perigoso se as pessoas encarregadas de
orientar a escola usam os alunos como agentes de controle dos professores em
vez de promover o diálogo entre professor e aluno.
A escola e os educadores amigos da instalação de um sistema de
informação dentro da escola, encoberta pelas informalidades do “papo” diário
descaradamente instituído. É um deformador porque o conflito existente e na
mente dos torturados passará a existir na mente dos educandos ativos no
processo. Se nada dizem, nada recebem como prêmio. Se dizem alguma coisa se
denunciam, sofrem em suas consciências a perda da tranqüilidade, obtida
somente a enquanto existe paz com a verdade, com a justiça a e com a
solidariedade humana.
Não há justificativa para tal atitude . A escola cabe o direito de
organizar-se , de exigir o que se pode considerar plausível para o funcionamento
de suas aulas e seu processo educativo.
3.2 - A Missão da Escola
A missão da escola e é enfrentar com coragem a educação do individuo e
sem transferência o problema para a família, a escola desenvolve um processo
sistemático de orientação .
Quando é colocado que a escola tem por função fundamental a informação
pura e simples, colocando que a formação moral e social e deve ser realizada pela
família, observamos que vivemos em uma crise sociais onde tais referências de
família muitas vezes o foram perdidas pelo individuo, desta forma, tornando-se
inviável tal transferência de responsabilidade.
Trabalhar junto com a família e não significa empurrar o desagradável para
esta e ficar com o que é fácil e simples de resolver a. É função da escola ter
mecanismos de recuperação de seus alunos porque para isso ela existe. A escola
não existe somente para os que não dão trabalho, para os que aprendem com
facilidade, para os que cumpre tudo o que está prescrito. A escola é, como
instituição, algo criado pela força das necessidades sociais visando atender ao
ajustamento de números seres desta mesma sociedade.
Muitos são os motivos da perda de referencial familiar dentro da sociedade,
aparentemente o distanciamento , sócio-econômico e cultural entre a elite e as
demais classes , torna sua universalidade vulnerável a distorções
comportamentais , tendo se em vista ser a elite fonte principal como formador de
opinião , devido a este grande abismo econômico-cultural , novas versões
distorcidas surgem causando o surgimento de indivíduos egocêntricos , abalando
em muito qualquer referencial da instituição familiar .
Cabe as escolas, não como instituições promotoras das famílias, mas
como elementos surgidos da família pela ação da família, em relação a tais
condições da sociedade moderna, ao meio ambiente social, as novas situações
das relações humanas e ao avanço da tecnologia e da comunicação .
O voltar para casa e, se foi no passada demonstração de ordem e disciplina
dentro de uma escola, hoje não passa demonstração de incompetência
pedagógica o de e responsabilidade civil.
3.3 – Sobre a Autoridade na Escola
Platão concebia uma sociedade organizada e dirigida pelos sábios e ,
portanto , sem a possibilidade de ser corrompida pela força da mesma sabedoria
dos governantes , Aristóteles defendia o poder fundamentado na lei votada e
consentida . Sábios ou não, todos deveriam ter apego a lei , marco visível .
Existiram propostas às quais repudiavam tais posicionamentos , estas de forma
anárquica defendiam o Maximo de liberdade que as utopias humanas
pudessem permitir , deixando o homem o mais livre possível ,sem amarras ou
freio algum , agindo cada um conforme a sua consciência , sem ser molestado por
qualquer outro tipo de ordem estabelecida .
Assim como cada estado tem seu arcabouço jurídico cada escola seguindo
os ditames da lei , decalca sua legislação interna nos parâmetros maiores que
balizam os limites do estado e de todos os cidadãos .
A autoridade exercida em nome da lei, pelo menos assim pensam as
sociedades liberais promotoras da democracia. A autoridade é sempre exercida
em nom e da força que está no poder, para legitimar sua ação, este poder procura
os mais variados meios e argumentos para justificar o exercício de seu poder .
Rápido olhar sobre as escolas brasileiras deixará atônitos qualquer
educador quando verificar a presença de dispositivos disciplinares que facilitam
sempre o retorno da criança para a sua casa. A escola brasileira quanto mais
subdesenvolvida, mais se exime da responsabilidade; apenas transfere para os
pais e todas as cargas da educação.
“Imaginemos uma escola em pleno Rio de
Janeiro devolvendo a casa uma aluna de 14 anos
portador de uma caderneta sem a assinatura, ou sem o
uniforme prescrito. Além destas duas exigências se
resquícios das burocracias típicas do
subdesenvolvimento terceiro-mundista, nós estamos
diante de uma atitude a de crime culposo. A família
deixa o filho no portão da escola entrega ou a uma
instituição considerada idônea. Segue o pai para o
trabalho, tranqüilo e seguro, quanto a criança. Dentro
da escola, ao chegar ao setor de verificação de
cadernetas o cumprimento das formalidades e legais
exigidas, a criança é barrada e convidada a retornar
para casa. Presume-se que durante todo o tempo de
atividade escolar esta criança ficará sem destino,
andando a pelo bairro de sua escola numa cidade onde
a segurança individual ou inexiste. Durante este tempo
o assédio de traficantes, ladrões e malfeitores de todas
as espécies será facilitado o e exclusiva culpa da
escola. Se neste período em alguma coisa ocorrer a
culpa pela sem dúvida, será da escola que jogou na
insegurança da cidade de 14 anos, contra a vontade e
da família, para atender seus dispositivos disciplinares
burocráticos”.[Vânia Maria Candau, A didática em
quatro tempos, pp.79]
Tal atitude se não for considerada crime por culpa será omissão embora o
pareça um exagero a maneira de expor o problema, é importante que se avalia a
desproporção entre.
a medida disciplinar e as conseqüência e ar a segurança do adolescente, pelo
atraso pedagógico, pelo desequilíbrio psicológico e dos pedagogos necessitados
de fazer sentir o exercício do poder.
A autoridade é exercida em nome da lei, pelo menos assim pensa as
sociedades liberais promotoras das democracias. Nos regimes onde a o império
da força, a autoridade é exercida que está em poder, que caracteriza a situação
dos estados totalitários, para legitimar sua ação procurando mais variados meios e
argumentos que justifiquem o exercício do poder, da igreja que justifica sua
autoridade ser proveniente de deus e, portanto fundamentada numa força de
origem divina. Esta é também nas escolas orientadas pela legitimidade Arquica
estão muito ligadas às escolas religiosas, em relação à origem do poder. A
legislação retratada nos regimentos escolares colocará à autoridade máxima na
figura do diretor, e os conselheiros existentes serão, todos eles, meramente
consultivos.
A Revolução Francesa modificou o fundamento da legitimidade do poder. O
que exerce influencia é a finalidade do uso do poder e autoridade, tornando a
legitimidade mais Télica que Arquica, mais preocupada com os fins que com as
origens.
Numa sociedade onde o poder Telico, as escolas organizam seus
regimentos através da participação das famílias e dos alunos , ao passo que no
modelo Arquico as escolas trabalham de acordo com os seus moldes , as normas
costumam estar sempre prontas em todas as escolas cabendo as famílias
aceitar ou não e o próprio aluno é relegado a função de mero espectador .
Neste tipo de escola não se consegue a unidade porque a uniformidade
tomou conta dos espaços. Tudo é feito pela escola e na escola, dificilmente faz-se
alguma coisa a partir dos alunos e para os alunos.
Vale por fim dizer que, numa sociedade aberta, o Arquico deverá ceder
lugar ao Telico porque as atitudes de criar molduras para os educandos são
uma barbárie educacional em nome de princípios moduladores de uma
sociedade não desejada pelos educandos e seus familiares .
3.4 - A Escola Tradicional X A Escola Nova.
Baseados na obra de “La Cuestión escolar, de Jesus Palácios”, poderíamos
pensar a questão escolar através de dois momentos históricos: o da educação
tradicional e o da educação nova. A educação tradicional repousava sobre a
certeza de que o ato educativo destinava-se a reproduzir os valores e a cultura da
sociedade. Os problemas começaram quando essa convivência harmoniosa entre
educação e sociedade foi rompida. Esse momento, segundo Palácios, foi
inaugurado por Rousseau, que contrapunha a inocência da criança ao nascer à
sociedade perversa. Mas as respostas a essa questão não foram satisfatórias. A
crise da escola começou com a perda da certeza na qual ela se apoiava em
relação a sua função reprodutora. As respostas a essa crise podem ser divididas
em três grupos:
1º.) O ´primeiro insiste na disfuncionalidade da escola
tradicional: são os sintomas através dos quais se
manifesta a “enfermidade” do sistema tradicional de
ensino.O primeiro grupo insiste que a superação da
crise passa pela superação das disfunções da escola
atual.
2º.) O segundo grupo de respostas reúne as várias
tendências não autoritárias, passando pela perspectiva
marxista e pela descolarização. A perspectiva marxista,
segundo Palácios, desvaloriza a ação pedagógica e cai
na ilusão socialista: redução da questão escolar à
questão social. Nesse grupo ele inclui também os que
defendem a descolarização da sociedade e acabam
desistindo de qualquer solução: a escola é culpada pela
sua própria existência.
3º.) O autor filia-se a um terceiro grupo, o da
“superação integradora das ilusões”. Cada professor,
cada classe, cada centro de ensino, cada sociedade
deve desenvolver seu esforço em função de seus
problemas e de suas possibilidades. Somente esse
esforço, unido ao esforço comum de transformação
social, pode conseguir que a educação seja um
processo enriquecedor e facilitador do desenvolvimento
pessoal e social; que a escola compense as
desigualdades ligadas ao meio de procedência;que a
escola se vincule à vida e as necessidades
vitais(família, bairro, cidade) da criança; que a escola
sirva a integração social e a cooperação entre os
indivíduos; que desenvolva ao máximo as
possibilidades e os interesses de cada um: que utilize
todos os recursos disponíveis da sociedade para a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos; que a
escola finalmente, deixe de reproduzir o statu quo e
ajude a transformá-lo “ ( La Cuestión escolar, de Jesus
Palácios pp.647).
3.5 - O Educador
O educador deve estar, comprometido com a educação o que exige um
chamamento, uma constante ocupação com o ato educativo. Na realidade, o ato
de educação exige necessariamente uma espécie de renovação diária de um
compromisso. Aquele educador que se sente comprometido politicamente já está
com sua vontade direcionada para preparação técnica e não há como preparar
alguém para o exercício da missão educativa se ele não se encontra, vocacionado
para essa função.
Educador, essa missão sagrada, se converte em realização os objetivos
determinados pelos detentores do poder, e cumpre bem sua missão preparando
os trabalhadores para trabalho requerido.Tudo iria muito bem, não fossem as
contradições, se o real fosse linear e natural, a escola não representaria um
ameaça aos objetivos. O real é o histórico, e a história é feita pelos homens. E
essa história em construção, atropela as ideologias, as filosofias pedagógicas e as
teorias de psico-pedagógicas em sua caminhada. Podemos dar papéis, diplomas,
títulos, mas não podemos de forma alguma prepará-lo tecnicamente para um e
exercício de sua função é fundamental a alem da competência técnica uma
vocação.
Conclusão
A escola tem por função em preparar o indivíduo para o exercício da
cidadania moderna, para a modernidade. Isso significa em conviver com
influências mundiais da cultura, da política, da economia, das ciências e da
técnica.
O homem de hoje em sua maioria absoluta é obrigado ao convívio com
culturas alienígenas e influencias sociais, políticas, econômicas, alem de uma
infinidade de violências; a cultura de hoje não é a cultura de aldeia; estamos
vivendo em uma sociedade onde estas relações culturais, são universais,
rompendo as fronteiras dos limites individuais e locais com a nossa escola,
portanto, tem que preparar um homem para viver na sociedade atual e não, na
sociedade do passado, ou mesmo na do futuro, o por quê temos diante de nós é
o homem presente, a realidade presente, a sociedade presente, com um mundo
de ações diferenciadas. Sendo, a escola a instituição que deve cumprir esse
papel, de maneira geral e universal. Temos de garantir que a escola o faça, de
forma democrática em conjunto com a família e ainda oferecendo um certo
suporte a esta, no sentido de educar de maneira universal, dando a estes
indivíduos uma base moral e ética, afim de que estes se tornem propagadores de
tais condutas, assim a escola atua em sentido global sua função realizando o ato
educativo de maneira geral e universal .
Assim sendo a preparação de nosso corpo docente, de maneira a se
superar em qualidade, com a formação continua do professor de hoje para tarefas
que precisa desempenhar . Vitor da Fonseca em “aprender a aprender” ,falamos
da importância do que chama de “educabilidade cognitiva “ , esse ato de aprender
, captar , elaborar e exprimir as informações ]e da necessidade dessa atitude de
eterno aprender estar muito ativa em todos hoje , nessa sociedade em que as
adaptações à mudanças tem que ser rápidas , principalmente por novas
tecnologias proliferam aceleradamente e imprevisivelmente . É uma mega e
marcante tendência da vida atual a aceleração das “mutações tecnológicas” as
quais atingem a todos os níveis da sociedade , e precisamos nos preparar
educacionalmente de forma criativa , eficaz e dinâmica .
“a escola do futuro terá que ser responsável
pelo desenvolvimento do pensamento.....
....o professor do futuro tem o dever de
preparar os estudante para pensar , para
aprender a serem flexíveis , ou seja , para
serem aptos a sobreviver na nossa aldeia de
informação acelerada” Fonseca, Vitor da -
Aprender a Aprender [1998 p.305]
Assim, o novo docente será muito mais aquele “animador da inteligência
coletiva” aquele que incita , acompanha , gerencia o aprendizado de seu grupo
do que aquele passivo ex- transmissor de informações “mortas” .
Temos de ter clareza, de que a escola é uma instituição social, e como tal,
esta inserida na história. Ela é uma instituição que sofre influências e que
influencia certa realidade da qual só recebe influências. Ela não é apenas o local
onde se produzem os interesses, valores, a cultura, a ideologia. Mas dela podem
também fluir valore para a sociedade onde está inserida.
“A educação é um fenômeno cultural . Não
somente os conhecimentos ,experiência crenças e
valores etc. , a transmitir ao individuo mas também os
métodos utilizados pela totalidade social pa ra exercer
sua função educativa ; em outras palavras a educação
é a transmissão integrada da cultura em todos os seus
aspectos , seguindo os moldes e pelos meios que a
própria cultura existente possibilita . O método
pedagógico é função da cultura existente . o saber é ao
conjunto dos dados da cultura , que se tem tomado
socialmente , consciente e que a sociedade é capaz de
expressar pela linguagem .
A educação é uma atividade teológica . A formação do
individuo sempre visa a um fim . Esta sempre “dirigida
para” .No sentido geral a este fim é a conversão do
educando em membro útil da comunidade no sentido
restrito, formal, escolar, é a preparação de diferentes
tipos de indivíduos para executar as tarefas especificas
da vida comunitárias, (daí a divisão da instrução em
graus, em carreiras , etc). O que determina os fins da
educação são os interesses do grupo que detém o
comando social”[Gadott , Moacir -História das Idéias
Pedagógicas , pg 252]
E que realidade é essa? É a que, resulta da totalidade dos atos , dos
valores, dos princípios em que a escola está colocada e da realidade histórica que
interferem na realidade e educacional, não se pode simplesmente considerar que
por estarmos inseridos numa sociedade – capitalista - onde há um setor
dominante da economia que organiza a estrutura de dominação no universo, da
ciência, da técnica, da cultura que a escola, como instituição social nessa
realidade, deva executar apenas a função de reproduzir os interesses desses
setores . A escola deve ser baseada e influenciada pela realidade social e ainda
as influências da concepção de cidadania presente na sociedade. Ela não deve
se levar apenas pelas interferências de uma elite , mas sim ser o alicerce da
reconstrução do contexto social .
1. Referências Bibliográficas:
1. BRANDÃO, Zaia [Org.] [1994]. A Crise dos Paradigmas e a Educação. 3ª
ed. São Paulo. Cortez Editora.
2. BRASIL [1996] Parâmetros Curriculares Nacionais – Objetivos Gerais de
Ciências Naturais para o Ensino Fundamental. Mec: SESU
3. CANDAU, Vera Maria... et al. [1995] Tecendo a Cidadania: Oficinas
Pedagógicas de Direitos Humanos. Editora Vozes, Petrópolis, RJ
4. CAPRA, Fritjof [1982]. O Ponto de Mutação. Editora Cultrix. São Paulo –
SP.
5. CAPRA, Frtjof [1996]. The Web of Life - A Teia da Vida. Uma nova
compreensão científica dos sistemas vivos. Trad. Newton Roberval
Eichemberg. Editora Cultrix. São Paulo.
6. CARDOSO, Clodoaldo Meneguello [1995]. A Canção da Inteireza – Uma
visão holística da Educação. Summus Editoral [pp. 92]. São Paulo – SP.
7. CAVALCANTE, Patricia Smith e GITIRANA, Verônica. [1998] A
globalização e a Tecnologia. Publicado em:
http://www.cac.ufpe.br/virtus/psmith/download/ Texto capturado em
21/10/99.
9. FAZENDA, Ivani [Org.] [1994]. Metodologia da Pesquisa Educacional. 3ª.
Ed. SP, Cortez Editora.
10. FERREIRA, Rosilda Arruda. [1998]. A pesquisa Científica nas Ciências
Sociais. Recife. Editora Universitária da UFPE. 160p.
11. FONSECA, Vitor da [1998]. Aprender a Aprender. A Educabilidade
Cognitiva. Porto Alegre, ArtMed. [pp.341].
12. FRANKL, Viktor E. [1999] Em: Holística, Uma Mutação de Consciência de
Roberto Crema. Capturado em 31/10/99 no site
http://www.unipaz.com.br/Holistica.html.
13. FREITAS, Ma. Teresa de Assunção.[1999]. Vygotski e Bakhtin. Psicologia
e Educação. Editora Ática, 4ª ed. São Paulo – SP.
14. GARCIA, Lucila Rangel. [Abril de 1988]. Universidade de Alagoas – UFAL.
Depto. de Letras – Lingüística. Mimeo.
15. GATE: Global Alliance for Transforming Education. Education 2000: A
Holistic Perspective. Holistic Education Review, 1991. Atlanta, Geórgia,
EUA.
16. GREUEL, Marcelo da Veiga. [Nov. 1996.pp.18-22] Holismo e Pedagogia.
Revista Chão e Gente. Publicação do Instituto de Economia Associativa.
SP-SP.
17. GUIMARÃES, Antônio Carlos Fragoso. Visão de Mundo, Paradigmas e
Comportamento Humano – Tempos Modernos . Texto capturado na Web
em Outubro 1999, na home page: http://www.geocities.com/Vienna/2809/
18. GUIMARÃES, Mauro. [1995]. A Dimensão Ambiental na Educação. Ed.
Papirus. Campinas, São Paulo.
19. GUTIÉRREZ, Francisco e PRADO, Cruz [1999] Ecopedagogia e Cidadania
Planetária. GUIA DA ESCOLA CIDADÃ. VOL 3. Instituto Paulo Freire
Editora Cortez
20. I CHING. O Livro das Mutações. [1997]. Trad. Richard Wilhelm. Prefácio
de C.G. Jung. 16ª Edição. Editora Pensamento.
21. KÜGELGEM, Helmut von. [1989]. A Educação Waldorf. Aspectos da
Prática Pedagógica. Editora Antroposófica. 2a. ed. São Paulo – SP.
22. LANZ, Rudolf.[1998]. A Pedagogia Waldorf – Caminho para um ensino mais
humano. Editora Antroposófica. 6a. ed. São Paulo - SP.
23. LITTO, Frederic. [março de 2000] Entrevista: O Futuro da Educação é
Plural. Revista Fundescola - Boletim Técnico. MEC Banco Mndial. Número
35. Ano V. Brasília – DF. http://www.fundescola.org.br/.
24. MARTINELLI, Marilu. [1999]. Conversando sobre Educação em Valores
Humanos. Editora Fundação Peirópolis. São Paulo – SP.
25. MATINELLI Marilu. [1996]. Aulas de Transformação: O Programa de
Educação em Valores Humanos. Série Educação para a Paz. 3a. ed.
Editora Fundação Peirópolis. São Paulo – SP.
26. MINC, Carlos [1997]. Ecologia e Cidadania. Coleção Polêmica. Editora
Moderna. São Paulo.
27. NARANJO, C. Educando a pessoa como um todo para um mundo como
um todo. BRANDÃO, D.M.S. e CREMA, Roberto [orgs.]. Visão Holística em
Psicologia e Educação. São Paulo , Summus, 1991.
28. NETO, Elydio dos Santos [1998] O vôo das Águias - Psicologia
Transpessoal. Revista Educação – MEC - Ano 25. No. 211 Novembro
1998, pg 3.
29. NIQUINI, Débora Pinto [1996]. Informática na Educação – Implicações
Didático Pedagógicas e Construção do Conhecimento. Brasília, Editora
Universa. Universidade Católica de Brasília. [pp.136].
30. OLIVEIRA, Marta Kohl de. [1993] Aprendizado e Desenvolvimento – Um
processo sócio-histórico. Série Pensamento e Ação no Magistério. Ed.
Scipione. São Paulo.
34. Revista Escola - A Revista do Ensino Fundamental [dez. 1998] Traga a TV
para sua sala de aula. Nº 18. Editora Abril. São Paulo –SP.
35. SAI, Sathya.[1999]. Educação em Valores Humanos. Manual para
Professores. Centro Sathya Sai de Educação em Valores Humanos. Trad.
Paulo Maurício B. A. Rego. Rio de Janeiro.
36. SANTO, Ruy Cezar do Espírito Santo.[1998] O Renascimento do Sagrado
na Educação. Papirus Editora – Coleção práxis Campinas – São Paulo.
37. WEIL, Pierre [1987]. Nova Linguagem Holística. Pontes Sobre as
Fronteiras das Ciências Físicas, Biológicas, Humanas e as Tradições
Espirituais. Co edição: CEPA/Espaço Tempo. Rio de Janeiro.
38. WEIL, Pierre. A Arte de Viver em Paz. Por uma nova Consciência, por uma
nova Educação. [1993]. 4ª ed. Editora Gente. São Paulo - SP.
39. WEIL, Pierre. O novo Paradigma Holístico. [1991] Editora Summus. São
Paulo – SP.
40. WEIL, Pierre. [1998.p.10.] Educação para a Paz, em direção a uma nova
Ordem Mundial. Tecnologia Educacional como Tecnologia da
Humanização. Anais III Simpósio de Tecnologia e Educação SENAC.
41. WEISSMANN, Hilda [1998]. Didática da Ciências Naturais – Contribuições
e Reflexões. Porto Alegre, Editora ArtMed.
42. GADOTTI, Moacir[1999], História das Idéias Pedagógicas – São Paulo,
Editora Ática
43. OLIVEIRA, Marta Khol de. [1992] O processo de formação de Conceitos.
In Piaget, Vygotsky, Vallon. Summus Editorial. São Paulo
ANEXOS