isabela vaz queiroz - tecsoma.brs/isabela vaz queiroz.pdf · trissomia, em que três cromossomos...

35
FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Fisioterapia Isabela Vaz Queiroz INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA POR MEIO DA ESTIMULAÇÃO PRECOCE EM UMA CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN: estudo de caso Paracatu 2013

Upload: trananh

Post on 08-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

FACULDADE TECSOMA

Curso de Graduação em Fisioterapia

Isabela Vaz Queiroz

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA POR MEIO DA ESTIMULAÇÃ O PRECOCE

EM UMA CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN: estud o de caso

Paracatu

2013

Page 2: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

Isabela Vaz Queiroz

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA POR MEIO DA ESTIMULAÇÃ O PRECOCE

EM UMA CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN: estudo de caso

Pré Projeto apresentado à disciplina de metodologia

científica 7º período, como requisito parcial para

obtenção de título de Bacharel em Fisioterapia.

Professor (a): M Sc. Cecília Nascimento.

Professor (a): M Sc. Michelle Faria Lima.

Paracatu

2013

Page 3: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

SUMÁRIO 1 TEMA ...................................................................................................................................... 4

2 HIPÓTESE .............................................................................................................................. 4

3 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 7 5 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 8

5.1 Objetivo geral ....................................................................................................................... 8

5.2 Objetivos específicos ............................................................................................................ 8

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 9 6.1 Síndrome de Down ............................................................................................................... 9

6.1.1 Incidência......................................................................................................................... 10

6.1.2 Fatores de Risco .............................................................................................................. 10

6.2 O Ciclo Celular e a Divisão Celular Normal ...................................................................... 11 6.2.1 Mitose .............................................................................................................................. 11

6.2.2 Meiose ............................................................................................................................. 12

6.2.3 O ciclo celular na Síndrome de Down ............................................................................. 13 6.3 Características relacionadas ás crianças portadoras de Síndrome de Down ....................... 13

6.3.1 Desenvolvimento motor da criança com Síndrome de Down ......................................... 14

6.4 Estimulação Precoce ........................................................................................................... 15

6.4.1 História da Estimulação Precoce ..................................................................................... 16 6.4.2 Intervenção fisioterapêutica por meio da Estimulação Precoce ...................................... 17

6.5 Método Neuroevolutivo Bobath ......................................................................................... 19 7 METODOLOGIA .................................................................................................................. 21 7.1 Método ................................................................................................................................ 21

7.2 Características do paciente ................................................................................................. 21

8 CRONOGRAMA .................................................................................................................. 23 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 24

ANEXO .................................................................................................................................... 27

APÊNDICE...............................................................................................................................29

Page 4: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

4

1 TEMA

Intervenção fisioterapêutica por meio da estimulação precoce em uma criança

portadora de Síndrome de Down: estudo de caso.

2 HIPÓTESE

Se a estimulação precoce for eficaz no processo de desenvolvimento da criança

portadora de Síndrome de Down, então proporcionará melhora das capacidades funcionais,

motoras e cognitivas desta criança.

Page 5: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

5

3 INTRODUÇÃO

A Síndrome de Down ou Trissomia do 21, é uma patologia cromossômica que ocorre

com frequência, atualmente é considerada a principal causa de retardo mental entre os

portadores de necessidades especiais. No Brasil estima-se um caso para cada 600 recém-

nascidos, cerca de 95% dos portadores tem trissomia no cromossomo 21 sendo a causa mais

comum de trissomia a não disjunção meiótica. A idade materna é um fator influente na

incidência da doença, existe a correlação devido a não disjunção meiótica do cromossomo 21

ocorrer no óvulo (KUMAR et al, 2010).

Conforme mencionado por Mattos e Bellani (2010), a Síndrome de Down foi à

primeira aneuploidia reconhecida em humanos descrita por Jhon Langdon Down em 1866,

porém somente em 1959 comprovou-se a origem genética da Síndrome, estudiosos franceses

afirmaram a existência de um cariótipo junto a um cromossomo a mais denominando então a

chamada trissomia 21. Para Vaughan e Mckay (1977), o tipo mais comum de aneuploidia é a

trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par.

Para Saldanha e colaboradores (2009), o diagnóstico de anomalias cromossômicas

fetais é feito através de exame ultrassonográfico de Translucência Nucal realizado durante o

primeiro trimestre da gravidez mais especificamente entre a 11ª e 13ª semana de gestação,

está correlacionada com aumento do fluido na região da nuca fetal, o exame é realizado

através de medição na região da nuca do feto; Considera-se como sendo um método efetivo e

de baixo custo para investigar distúrbios cromossômicos durante o período gestacional.

De acordo com Young (2005), nos recém-nascidos os reflexos primitivos são fracos,

apresentam hipotonia, hiperflexibilidade articular, e são sonolentas. À medida que a criança se

desenvolve as características tornam-se evidentes. As crianças e adultos com Síndrome de

Down apresentam aspecto facial característico da síndrome como pregas epicantais

proeminentes, língua protusa, excesso de pele no dorso do pescoço, hipotonia, frouxidão

ligamentar e baixa estatura. Grande parte de adultos desenvolvem a doença de Alzheimer,

geralmente são afetados gravemente aos 70 anos.

Segundo Mattos e Bellani (2010), devido à hipotonia e frouxidão ligamentar essas

crianças possuem atraso no desenvolvimento motor, o que dificulta a aquisição de padrões

posturais tornando-se indispensável à estimulação precoce em bebês com Síndrome de Down.

A intervenção fisioterapêutica precoce atua de forma preventiva potencializando o

desenvolvimento para os principais marcos motores como rolar, arrastar, sentar, engatinhar,

manipular objetos, levantar, permanecer de pé sem ajuda e andar.

Page 6: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

6

Toble e colaboradores (2013), enfatizam a importância da fisioterapia na estimulação

precoce para crianças portadoras de Síndrome de Down, descreve como eficiente, pois

promovem aptidão motora e habilidades funcionais. Para Brianese e colaboradores (2009), a

forma terapêutica abordada pela fisioterapia funcional enfatiza a prática da atividade e

interação com o meio dando prioridade para padrões motores significantes.

Sendo assim, os objetivos deste estudo visam comprovar a eficácia do tratamento

fisioterapêutico por meio da estimulação precoce em uma criança portadora de Síndrome de

Down, expondo os benefícios para o desenvolvimento neuropsicomotor através da

intervenção fisioterapêutica por meio da estimulação precoce.

Page 7: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

7

4 JUSTIFICATIVA

A Síndrome de Down por ser uma anomalia cromossômica frequente, e uma condição

genética em que os portadores apresentam características marcantes como hipotonia

generalizada, frouxidão ligamentar e retardo mental proporciona atrasos significativos nas

principais fases do desenvolvimento motor. O comprometimento neurológico afeta o

desenvolvimento neuropsicomotor fazendo com que a criança se desenvolva tardiamente em

relação à idade cronológica em que ela se encontra o que a torna dependente nas atividades de

vida diária podendo levá-la a desenvolver padrões anormais de movimento e postura.

Portanto esses déficits podem ser diminuídos pela intervenção fisioterapêutica

precoce. A estimulação precoce por meio da fisioterapia auxilia a criança nas aquisições de

habilidades motoras funcionais buscando maior independência e melhor desempenho social,

proporcionando facilidade e funcionalidade na realização de atividades básicas.

O fisioterapeuta utiliza como recurso para o tratamento os métodos de estimulação

precoce podendo associa-lo ao conceito neuroevolutivo de Bobath, estes proporcionam a

criança desenvolver-se em todos os aspectos, estimulam o aprendizado motor e cognitivo

facilitando a aquisição de padrões posturais. É considerada uma técnica eficaz e de baixo

custo visto que o tratamento também pode ser continuado em casa. Deste modo torna-se

imprescindível no desenvolvimento da criança com Síndrome de Down. O Fisioterapeuta é

capaz de atuar de forma preventiva e na promoção de saúde contribuindo para o

desenvolvimento global da criança com Síndrome de Down.

Page 8: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

8

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo geral

Identificar os benefícios da Estimulação Precoce utilizando também técnicas de

fisioterapia motora em uma criança portadora de Síndrome de Down.

5.2 Objetivos específicos

• Demonstrar a importância da Estimulação Precoce no desenvolvimento motor

e cognitivo da criança portadora de Síndrome de Down.

• Quantificar os ganhos funcionais da criança portadora de Síndrome de Down

através de testes de capacidade de desempenhar tarefas.

• Orientar os pais quanto aos estímulos que possam ser continuados em casa

durante o convívio com bebê portador de Síndrome de Down.

Page 9: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

9

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

6.1 Síndrome de Down

A Síndrome de Down (SD) é uma patologia decorrente de uma trissomia

cromossômica no par 21, comumente denominada trissomia 21, é causada por carga genética

extra desde o desenvolvimento embrionário (MATTOS; BELLANI, 2010). É considerada

como sendo a doença cromossômica mais comum e frequente e a principal causa de retardo

mental (KUMAR et al, 2010). Por ser uma condição genética conhecida há pouco mais de um

século, é definida como uma das causas frequentes de deficiência mental, abrange

aproximadamente 18% de deficientes mentais que frequentam instituições especializadas

(MOREIRA; HANI; GUSMÃO, 2000).

Conforme mencionado em um trabalho de Barata e Branco (2010), a causa genética

foi descrita primeiramente por Jhon Langdon Down em 1866; Down caracterizou a causa

como um distúrbio conhecido como mongolismo ou idiota mongoloide, comparando aos

pacientes estudados do grupo étnico mongol; Logo o ponto de vista entrou em descarte,

porém sua causa permaneceu incerta por quase um século.

De acordo com Mattos e Bellani (2010), em 1932, Wandenburg, oftalmologista

holandês, sugeriu a ocorrência da Síndrome de Down por uma aberração cromossômica,

posteriormente em 1939, Adrián Bleyer nos Estados Unidos supôs que tal aberração poderia

ser uma trissomia, mas somente em 1959 comprovou-se a origem genética da Síndrome de

Down descrita pelo francês Jerome Lejeune e colaboradores que afirmaram a existência de

um cariótipo junto a um cromossomo a mais denominando a chamada trissomia do 21

(YOUNG, 2005).

A literatura consta outras nomenclaturas para a síndrome, tais como: idiota

mongolóide, síndrome da acromicria congênita, mongolismo, trissomia G, trissomia 21,

síndrome de Langdon Down, permanecendo primordialmente a terminologia Síndrome de

Down (MATTOS; BELLANI, 2010).

A Síndrome de Down foi também à primeira aneoploidia cromossômica reconhecida

em humanos. A aneuploidia foi estuda primeiramente em plantas, o estudo demonstrou que

um desequilíbrio cromossômico em geral proporciona um efeito fenotípico. Tal estudo foi

realizado por Albert Blakeslee e Jonh Belling, descreveram aneuploidia como uma alteração

numérica em parte do genoma geralmente uma mudança na dosagem de um cromossomo,

perda ou ganho de um único cromossomo (SNUSTAD; SIMMONS, 2001).

Page 10: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

10

Conforme dito por Mattos e Bellani (2010), a Síndrome de Down pode ocorrer de três

formas diferenciadas: Trissomia simples, translocação e mosaicismo; A trissomia simples

ocorre devido a uma não disjunção cromossômica total, desse modo à medida que ocorre o

desenvolvimento fetal todas as células acabariam por adquirir um cromossomo extra no par

21. Na translocação gênica um cromossomo extra ou um componente encontra-se ligado ao

par de cromossomos. A forma mosaica denomina-se pela forma em que ocorre, a trissomia

não afeta todas as células, basicamente em forma de mosaico.

Segundo Bertapelli e colaboradores (2011), a Síndrome de Down é uma doença

genética em que aproximadamente 95% dos portadores apresentam um cromossomo extra no

par 21. Geralmente ocorre pela não disjunção de um par homólogo durante a divisão meiótica,

ou por segregação anormal dos cromossomos enquanto formam-se os gametas, sendo que dos

5% restantes, menos de 1% ocorre devido ao mosaicismo e o restante pela translocação do

cromossomo 21.

6.1.1 Incidência

Estima-se que a incidência da Síndrome de Down no Brasil seja um caso para cada

600 nascimentos, cerca de 8.000 novos casos por ano (BARATA; BRANCO, 2010). Dados

referentes ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de acordo com o censo de

2000 existem 300.000 pessoas portadoras de SD no país (KUMAR et al, 2010).

Nos países onde se realizam programas de diagnóstico pré-natal durante a gestação,

levantamentos estabeleceram que a Síndrome de Down contribui de modo aproximado em

30% de todas as crianças com retardo mental e 15% de adultos em instituições especializadas

devido defasagem no aprendizado (YOUNG, 2005).

6.1.2 Fatores de Risco

Conforme dito por Kumar e colaboradores (2010), a causa mais comum de trissomias

é a não disjunção meiótica. Os pais possuem cariótipos normais e são normais em todos os

aspectos. A Síndrome de Down tem sido relacionada á fatores ambientais, como exposição à

radiação, hábitos pessoais como consumo de álcool, droga, fumo e também a idade materna

(MATTOS; BELLANI, 2010).

Page 11: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

11

Segundo Gusmão, Tavares e Moreira (2003), a idade reprodutiva está diretamente

relacionada á trissomia cromossômica humana, a idade materna avançada, acima de 35 anos,

é uma variável significativa associada à Síndrome de Down.

Para Kumar e colaboradores (2010), a idade materna influi fortemente sobre a

incidência da trissomia do 21, estima-se 1 caso em 1.550 nascidos de mulheres com idade de

até 20 anos, já em mulheres com mais de 45 anos ocorre 1 caso para cada 25 recém-nascidos.

A correlação existe devido à maioria dos casos a não disjunção meiótica ocorrer no óvulo.

Segundo Snustad e Simmons (2001), esse risco aumenta devido a fatores que afetam o

comportamento cromossômico meiótico no decorrer do envelhecimento da mulher. Nas

mulheres a meiose começa no feto não se completando até que o ovócito seja fertilizado,

antes da fertilização as células meióticas estão paradas na prófase da primeira divisão, devido

este fator os cromossomos podem não parear; Sendo assim, quanto mais tempo na prófase

maior a chance de não pareamento e não disjunção.

6.2 O Ciclo Celular e a Divisão Celular Normal

De acordo com Snustad e Simmons (2001), para que ocorra a multiplicação celular é

necessária à distribuição adequada de material genético para as células filhas. O material

genético organiza-se em estruturas denominadas cromossomos, (chromo = cor; soma =

corpo). Os cromossomos realizam duas atividades principais: a transmissão de informação

genética de célula á célula, e a liberação ordenada de informações para controle funcional

celular e desenvolvimento.

O autor complementa ainda que para que um organismo se desenvolva ocorrem três

acontecimentos: a massa celular aumenta, ocorre uma duplicação do material genético,

também deve ocorrer um processo de multiplicação, proporcionando a cada célula filha um

complemento igual de material genético para assegurar a linhagem celular.

6.2.1 Mitose

A mitose é o processo em que a célula é capaz de multiplicar-se a si própria, resulta na

produção de duas células filhas que contém conjunto cromossômico igual e são geneticamente

idênticos á célula genitora. A mitose ocorre em cinco fases: interfase, prófase, anáfase, e

telófase. A interfase inicia-se na mitose nas células animais, o centrossomo é duplicado de

Page 12: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

12

modo que cada célula filha receba um, o centrossomo é uma organela de localização central

que atua como pólo de fusão durante a mitose. (SNUSTAD; SIMMONS, 2001).

Inicialmente na prófase os dois cromossomos separam-se movendo para os pólos

opostos da célula, os cromossomos que replicaram encontram-se distendidos, condensam-se

por helicoidação apresentando-se como entidades diferenciadas. Na metáfase os cromossomos

condensados compostos por cromátides irmãs centralizam-se entre os dois pólos, as

cromátides são altamente helicoidizadas e diferentes, proporcionando facilitação na contagem

cromossômica. Distúrbios por mudanças estruturais cromossômicas geralmente são feitos no

cromossomo metafásico (SNUSTAD; SIMMONS, 2001).

A anáfase só começa quando os centrômeros separam-se e as cromátides filhas

desprendem e movem para os pólos opostos da célula, cada cromátide possui um centrômero

individual sendo considerado um cromossomo, alongam e se movem para os respectivos

pólos do fuso (SNUSTAD; SIMMONS, 2001).

A telófase é a última fase da divisão mitótica, formam-se membranas nucleares

envolta de cada célula filha de 46 cromossomos e o núcleo começa a reaparecer, ocorre então

à clivagem citoplasmática também conhecida por citoacinese, formam-se desta duas novas

células filhas (YOUNG, 2005).

6.2.2 Meiose

A meiose é o processo em que cada célula diplóide nos ovários e testículos também

denominados ovócitos e esparmatócitos separam-se por divisão para formar gametas

haplóides; Nesta ocorre duas divisões celulares: meiose I, também denominada como divisão

reducional, e meiose II que é semelhante à divisão mitótica. Este processo ocorre como final

da formação de gametas e dura cerca de 60 dias nos homens e aproximadamente 50 anos em

mulheres (YOUNG, 2005).

Meiose I – É um processo contínuo, está dividida em prófase I, metáfase I, anáfase I e

telófase I. Na prófase I, os cromossomos já passaram por replicação do DNA para formar

cromátides- irmãs. Os cromossomos homólogos formam pares, conhecida por sinapse para

formar bivalentes e permanecem juntos. O material é trocado entre as cromátides de

homólogos opostos por meio de um processo chamado crossing-over ou recombinação

(YOUNG, 2005).

Page 13: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

13

Ocorrem dois processos por bivalente, onde as cromátides separam-se gradualmente

para permanecerem ligados aos pontos de recombinação, conhecidos como quiasmas.

Considerada uma fase longa é constituída por cinco etapas: Leptóteno – os cromossomos se

condensam, Zigóteno – ocorre à sinapse, Paquíteno – ocorre o crossing- over, Diplóteno –

começa a separação, Diacinese – ocorre uma maior condensação. Neste processo cada célula-

filha contém 23 cromossomos, cada um consiste de duas cromátides irmãs-unidas (YOUNG,

2005).

Meiose II – também chamada divisão equacional, assemelha-se a uma mitose normal,

porém o resultado da divisão é a formação de quatro células haplóides, cada uma contém um

membro de cada par de cromossomos homólogo. O número diplóide é recuperado na

fertilização, em que cada genitor faz uma contribuição igual de cromossomos (YONG, 2005).

6.2.3 O ciclo celular na Síndrome de Down

Cerca de 95% dos portadores de Síndrome de Down tem trissomia do 21, portanto esses

indivíduos possuem 47 cromossomos, em aproximadamente 4% dos casos de Síndrome de

Down, o material genético extra tem origem de uma translocação robertsoniana entre o braço

longo do cromossomo 21, nesse caso o óvulo fertilizado possui dois autossomas normais 21,

o material translocado fornece a mesma dosagem genética proporcionando a trissomia, ocorre

com frequência na divisão meiótica. O cromossomo que sofreu translocação é herdado de um

dos pais geralmente da mãe (KUMAR et al, 2010).

6.3 Características relacionadas ás crianças portadoras de Síndrome de Down

Conforme dito por Mancini e colaboradores (2003), a Síndrome de Down é uma

condição genética em que o indivíduo portador apresenta características físicas e mentais

específicas. Nos neonatos é possível identificar algumas delas como a hipotonia generalizada,

reflexo de moro fraco, frouxidão ligamentar, face aplanada, e pregas epicantais em declive. À

medida que a criança se desenvolve algumas características da Síndrome de Down são

evidentes como protrusão da língua, excesso de pele na região posterior do pescoço, cabelos

lisos, finos e ralos, genitália pequena, prega palmar única.

O deambular é característico nos portadores de Síndrome de Down, a base é alargada,

possui oscilação de tronco e cabeça, geralmente não conservam os membros inferiores

Page 14: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

14

estendidos, quando estão em ortostatismo, apresentam flexão em nível de quadris, joelho e

tronco. Além do mais podem apresentar alterações físicas e mentais de variados graus,

associados ao retardo do desenvolvimento neuropsicomotor (MATTOS; BELLANI, 2010).

Para Young (2005), as crianças com Síndrome de Down apresentam poucos reflexos

primitivos e articulações hiperextensíveis. A altura média é de 1,41 m para mulheres e 1,51 m

para homens, geralmente possuem um espaço entre o primeiro e segundo artelho, em sua

maioria as crianças com Síndrome de Down tem uma personalidade participativa.

Segundo Carvalho e Almeida (2008), alterações fenotípicas variam de acordo com

cada caso diagnóstico, podendo afetar diferentes sistemas e tecidos. Em relação às alterações

musculoesqueléticas são evidentes irregularidade da densidade óssea, hipoplasia da

cartilagem, baixa estatura e frouxidão ligamentar. Alterações motoras e perceptivas que

afetam o controle postural ocorrem frequentemente, pode observar-se nesse caso a redução do

volume total do cerebelo e diminuição das sinapses no córtex temporal.

Estão predispostos a desenvolver á doença de Alzheimer pelo fator da dosagem

gênica, o gene da proteína amiloide. O depósito de placas amiloides no cérebro é um dos

componentes diagnósticos da doença de Alzheimer. Grande parte de adultos desenvolvem a

doença, geralmente são afetados gravemente aos 70 anos (YOUNG, 2005).

Para Bertapelli e colaboradores (2011), a maioria dos indivíduos com Síndrome de

Down apresentam patologias associadas, possivelmente determinadas por fatores genéticos.

Além do atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, possuem predisposição para outros

problemas de saúde tais como cardiopatias congênitas, hipotonia, problemas de audição,

problemas de visão, alterações na coluna cervical, distúrbios da tireóide, problemas

neurológicos, alterações ortodônticas, anomalias do aparelho digestivo, obesidade,

envelhecimento precoce e alterações hematológicas também podem estar presentes

(MATTOS; BELLANI, 2010).

6.3.1 Desenvolvimento motor da criança com Síndrome de Down

De acordo com Shepherd (2006), a hipotonia muscular desfavorece o desenvolvimento

inicial da criança com Síndrome de Down tornando-o precário, inicialmente os sinais de

retardo mental são frequentes em relação à alimentação, o lactante possui dificuldade de sugar

e deglutir o leite, mostrando-se não estar interessado em alimentar-se. Outros sinais que

podem ser observados de retardo são o atraso de respostas sociais, como expressões faciais,

Page 15: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

15

capacidade para reconhecer o rosto da mãe, sono excessivo, choro fraco, diminuição na

realização de atividades espontâneas e a fala geralmente demora a se desenvolver.

Para Carvalho e Almeida (2008), crianças portadoras da Síndrome de Down

desenvolvem controle postural semelhante ao de crianças com desenvolvimento neurológico

normal, portanto a diferença consiste em déficits cronológicos para realizar os principais

marcos motores, consequentemente são realizados com redução da velocidade e de

coordenação motora tornando os movimentos desajeitados. Em geral comprovam-se

alterações atípicas do controle postural, locomoção e manipulação de objetos.

6.4 Estimulação Precoce

Conforme descrito por Brasil (1995), o termo estimulação precoce deriva da tradução

da expressão espanhola estimulación temprana ou estimulación precoz e também do inglês

early stimulation ou early intervention. Estimulação precoce designa a junção de atividades,

recursos humanos e ambientais capaz de levar a criança desde o nascimento experiências e

interação com o meio a fim de proporcionar o desenvolvimento motor e mental de acordo

com o processo evolutivo, evitando, atenuando e compensando os atrasos psicomotores,

sendo então o método mais adequado para intervenção precoce.

Para Bolsanello (2003), a estimulação precoce constitui o primeiro programa de

atendimento para educação especial, inicia-se em crianças de zero a três anos portadores de

necessidades especiais, visando proporciona-la o desenvolvimento potencial de suas

habilidades funcionais. Tem como principal objetivo prevenir, diminuir e sanar atrasos no

processo de desenvolvimento neuroevolutivo da criança. Já Ribeiro (2007), em seu estudo

menciona que a estimulação precoce é uma técnica terapêutica elaborada que compreende

vários estímulos destinados a intervir no processo de maturação da criança, visando facilitar o

desenvolvimento neuropsicomotor.

Segundo Hallal, Marques e Braccialli (2008), a estimulação precoce proporciona a

criança desenvolver-se em todos os aspectos, quanto mais precoce for à intervenção,

prioritariamente antes dos três anos de idade, maior a possibilidade de prevenir e minimizar

padrões de posturas e movimentos atípicos. Entretanto a estimulação precoce é composta por

exercícios que visam o desenvolvimento motor e cognitivo da criança de acordo com a idade

cronológica em que ela se encontra. Desse modo torna-se indispensável intervir precocemente

evitando intercorrências decorrente de atrasos ou distúrbios do desenvolvimento motor.

Page 16: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

16

6.4.1 História da Estimulação Precoce

Conforme dito por Effgen (2007), no século passado os serviços prestados a crianças

portadoras de limitações eram escassos e basicamente as famílias eram responsáveis pelo

cuidado, educação e tratamento das mesmas. Inicialmente no século XX os familiares

cuidadores eram convencidos à institucionalização das crianças com incapacidades,

posteriormente em meados do século XX instituições de caridade passaram a prestar

atendimento para estas crianças, porém obrigatoriamente a família acompanhava e realizava

passivamente o tratamento.

O autor complementa ainda que nos anos de 1960 nos Estados Unidos, surgiram

programas e projetos em prol desta causa, exemplo deles o Head Start como projeto de

intervenção foi então instituído, nesta época grupos de familiares lutaram por direitos e

atendimentos a tais crianças. De modo tradicional os profissionais da saúde eram responsáveis

pela implantação de programas de tratamento. As técnicas tinham como fundamento

aquisição do desenvolvimento das crianças e os resultados eram avaliados de acordo com a

atividade funcional realizada.

De acordo com Ribeiro e colaboradores (2007), na década de 70 decorrente da criação

de um programa interdisciplinar em 1972 nos Estados Unidos denominado Down no Child

Developmet Center (CDC) desenvolvido na Universidade do Tenessee, a técnica aplicada ao

tratamento de crianças portadoras de Síndrome de Down era baseada em estimulação sensório

motora, durante a realização da técnica era fundamental a participação da família. A

estimulação precoce como forma de intervenção foi considerado apropriado para maximizar o

desenvolvimento sensorial e motor de crianças portadoras de Síndrome de Down.

Ribeiro e colaboradores (2007), mencionam ainda que o Brasil vem acompanhando os

programas voltados para reabilitação infantil desde os anos 50 e 60, a partir deste fundamento

instituiu também em 1954 no Rio de Janeiro, a primeira Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais (APAE), porém somente em 1975 foi criado o setor de estimulação precoce,

inicialmente o tratamento por meio da estimulação precoce era destinado ao atendimento de

crianças portadoras de retardo mental.

Page 17: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

17

6.4.2 Intervenção fisioterapêutica por meio da Estimulação Precoce

Intervenção Precoce (IP) envolve identificar e intervir precocemente em uma situação

problema de modo a minimizar disfunções negativas e reduzir atrasos motores e cognitivo

futuro, é considerada precoce, pois se inicia em crianças jovens desde o nascimento até três

anos de idade (EFFGEN, 2007). Conforme dito por Navajas e Caniato (2003), a intervenção

precoce atua de forma preventiva minimizando déficits psicomotores contribuindo para a

interação afetiva, desenvolvimento cognitivo e motor, promovendo a integração com seus

familiares.

Segundo Formiga, Pedrazanni e Tudella (2004), a intervenção fisioterapêutica por

meio da estimulação precoce é eficaz e apresenta bons resultados, sendo os primeiros quatro

meses de vida a idade mais propícia para o início do programa de intervenção e estimulação

precoce. A equipe multidisciplinar é essencial no processo de intervenção precoce, o

fisioterapeuta precisa comunicar-se com todos os membros desta equipe, visando colaborar,

permitindo melhor estrutura ao programa de tratamento da criança (EFFGEN, 2007).

Para Effgen (2007), a equipe multidisciplinar é composta por fisioterapeuta, terapeuta

ocupacional, fonoaudiológo, psicólogo, assistente social, médicos e outros profissionais,

sendo assim o fisioterapeuta não deve avaliar uma criança de modo independente, bem como

planejar e aplicar um protocolo de tratamento; Nesse caso a equipe reavalia a criança antes do

tratamento. É fundamental que o programa inicial inclua a orientação da família, o

fisioterapeuta deve estar pronto para ouvir e trabalhar com os familiares até que o tratamento

seja esclarecido proporcionando o melhor para criança, os serviços de atendimento devem

incluí-los na avaliação e conduta.

De acordo com Effigen (2007), a avaliação deve conter informações da família.

Primeiramente o fisioterapeuta consulta a família sobre o desenvolvimento da criança, logo

após a mesma deve ser observada enquanto realiza atividades naturais em ambientes que lhe

darão oportunidades para demonstrar os níveis funcionais e capacidades da criança, a

intervenção deve ser baseada nos resultados do exame físico e da avaliação não devendo ser

determinada somente através de hipóteses a respeito do diagnóstico, pois cada criança

apresenta necessidades individuais, sendo necessário completo exame físico e avaliação para

ser assim iniciada a conduta terapêutica.

Segundo Ribeiro e colaboradores (2007), a estimulação precoce não é baseada

somente em uma técnica fisioterapêutica, portanto a fisioterapia é primordial nas patologias

em que há comprometimento motor e mental, o que a torna essencial no tratamento da

Page 18: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

18

Síndrome de Down. Neste caso a fisioterapia motora objetiva minimizar atrasos da

motricidade grossa e fina, facilita e estimula controle postural, prevenindo instabilidades

ósseas e articulares.

Toble e colaboradores (2013), mencionam que a intervenção fisioterapêutica tende a

oferecer a criança situações que estimulam a capacidade de responder aos estímulos

favorecendo o desenvolvimento de suas habilidades motoras, sendo então o tratamento ideal

para crianças portadoras de Síndrome de Down, pois devem ser estimuladas a participarem de

variadas atividades motoras, pois favorece interação e aprendizado motor.

Conforme dito por Michelleto e colaboradores (2009), a estimulação precoce

proporciona benefícios significativos aos portadores de Síndrome de Down, aos familiares e

até mesmo á sociedade, pois resulta em um melhor desenvolvimento do indivíduo em relação

as suas limitações. Para Mattos e Bellani (2010), o tratamento por meio da estimulação

precoce é indicado a fim de aumentar a interação biopsicosocial, obtendo padrões de respostas

motoras próximas a normalidade, potencializando os principais marcos motores.

A fisioterapia dedica-se ao treino de padrões motores e funcionais, afim de que a

criança adquira atividade motora intencional e que seja eficaz, como levar a mão a um objeto

e manuseá-lo. Para eficácia do tratamento o método mais apropriado é estimular a criança

incluindo campo visual e motor treinando a atenção fazendo com que ela inicie o movimento.

Os exercícios que incluem o treino de atividades funcionais importantes têm como objetivo

fortalecer os grupos musculares que realizam o movimento (SHEPHERD, 2006).

De acordo com Mattos e Bellani (2010), para obter sucesso no aprendizado motor

torna-se necessário que a estimulação seja diária e continuada em casa, à repetição favorece a

fixação, o tratamento individual também se torna indispensável para suprir as necessidades

cognitivas e motoras da criança. Intervir de forma lúdica com brinquedos coloridos, músicas e

conversas também são essenciais para o desenvolvimento global da criança, pois favorece a

socialização e desenvolvimento psicomotor. O fisioterapeuta e os pais devem encorajar a

criança para realização e prática dos movimentos.

Segundo Shepherd (2006), o treinamento do controle motor deve ser realizado em um

ambiente tranquilo propenso a atividade muscular, os movimentos repetitivos e frequentes são

essenciais para o aprendizado motor. A fisioterapia motora para criança com Síndrome de

Down potencializa o desenvolvimento para os principais marcos motores como rolar, arrastar,

sentar, engatinhar, manipular objetos, levantar, permanecer de pé sem ajuda e andar.

As aquisições motoras do lactante ocorre primeiramente nas posturas prona e supino

pelo fato de ainda não terem adquirido controle de tronco, não permanecendo nas posturas

Page 19: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

19

sentada e em ortostatismo. A posição prona favorece o controle cervical quando a criança

explora o ambiente, seguido de apoio nos antebraços e nas mãos afim de o observar melhor,

essas experiências são relevantes e essenciais para a formação das curvaturas da coluna

vertebral da criança (MATTOS; BELLANI, 2010). Quando sentado deve ser estimulado a

brincar com objetos que ele possa pegar, treinando também movimentos dos braços

(SHEPHERD, 2006).

Exercícios que exigem a extensão da cabeça, tronco e membros inferiores como

extensão sobre a bola e exercício de levantar o tronco com as mãos, fortalecem os extensores

do tronco e membros inferiores. A técnica deve ser treinada repetidamente para que através de

tentativas a criança realize com independência o padrão motor. Na posição sentada o principal

objetivo do tratamento constitui em treinar a criança a apanhar objetos e manuseá-los,

favorecendo o equilíbrio e ajustes posturais (SHEPHERD, 2006).

Para Godzicki, Silva e Blume (2010), o equilíbrio do tronco é fundamental para

adquirir o sentar independente, dentre os principais marcos motores destaca-se a passagem

para sedestação como a primeira habilidade para as próximas fases do desenvolvimento

neuropsicomotor, explana ainda que nesta fase tem se maior utilização dos membros

superiores o que proporciona maior exploração do ambiente favorecendo a marcha

independente. Quando sentado deve ser estimulado a brincar com objetos que ele possa pegar,

treinando também movimentos dos braços (SHEPHERD, 2006).

6.5 Método Neuroevolutivo Bobath

Segundo Weinert e Bellani (2011), o conceito Bobath é denominado assim devido aos

seus desenvolvedores o casal Berta Bobath- Fisioterapeuta e Karel Bobath- Médico, sua

criação foi na década de 50, quando descoberto, o casal trabalhava com pacientes adultos

hemiplégicos e mais tarde utilizaram o método aperfeiçoado em crianças portadoras de

Paralisia Cerebral. Atualmente o método é flexível e pode ser aplicado em vários tipos de

doenças.

Toble e colaboradores (2013), afirmam que entre os instrumentos de intervenção

fisioterapêutica aplicados em estimulação precoce destaca-se o conceito neuroevolutivo,

porém para crianças com Síndrome de Down poucos estudos baseados no conceito

neuroevolutivo são encontrados. A técnica terapêutica é elaborada e compreende vários

estímulos destinados a intervir no processo de maturação da criança, visando facilitar o

desenvolvimento neuropsicomotor. O conceito visa preparar o paciente para realização de

Page 20: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

20

atividades funcionais a fim de torna-la o mais independente possível, trata o paciente de forma

global adequando às necessidades individuais de cada um.

Para Weinert e Bellani (2011), o método neuroevolutivo de Bobath atualmente

conceito neuroevolutivo devido está em constante evolução, aborda um tratamento individual

para distúrbios funcionais e de controle postural, considerada como sendo uma das técnicas

mais utilizadas para tratamento de crianças com déficits neurológicos. A nomenclatura refere-

se ao desenvolvimento normal, sequencial. Este padrão é respeitado tanto na elaboração de

objetivos em longo prazo, quanto no atendimento, que evolui de padrões posturais simples até

posturas que exigem maior controle motor. Menciona ainda justificando que nos primeiros

anos de vida ocorre maior plasticidade neural.

Assim também Hallal, Marques e Braccialli (2008), afirmam que o desenvolvimento

motor é considerado como uma mudança evolutiva de ordem cronológica composta por

diferentes etapas, e caracteriza-se por desenvolvimento nas habilidades funcionais, padrões

motores sequenciais e progressivos durante o ciclo de vida (MATTOS; BELLANI, 2010).

De acordo com Weinert e Bellani (2011), em seu início o conceito Bobath era

realizado através de posturas estáticas para inibir alteração do tônus e padrões atípicos de

movimento, logo se visualizou que não era eficaz o bastante, passando a intervir inibindo

padrões reflexos e posicionando a criança em posturas neuroevolutivas, a partir deste passou

associar Padrões Influenciando o Tônus (PIT), o Padrão Influenciando o Tônus inibe os

padrões anormais e facilita o movimento ativo próximo à normalidade. Por ultimo

acrescentou-se o treino das reações de equilíbrio, proteção, retificação, e realização de

atividades funcionais, promovendo e potencializando a função motora. Durante o método o

fisioterapeuta guia por pontos chave o movimento, estimulando ou inibindo de acordo com o

tônus da criança.

Page 21: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

21

7 METODOLOGIA

7.1 Método

O presente estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa tipo observacional, o método

quantitativo tem como características a coleta informacional durante o tratamento por meio de

técnicas estatísticas comumente utilizadas durante o desenvolvimento de uma pesquisa

proporcionando resultado fidedigno. Utiliza-se com frequência em estudos descritivos, em

pesquisas que visam descobrir e classificar a relação entre outros fenômenos

(RICHARDSON, 2010).

7.2 Características do paciente

Será informante da pesquisa uma crianças portadora de Síndrome de Down que se

enquadra aos seguintes critérios do estudo, sexo masculino, idade cronológica entre 4 meses á

2 anos e 11 meses, residente no município de Paracatu-MG. Sendo que os critérios de

exclusão para o estudo serão idade superior a 3 anos de idade, crianças que já desenvolvem

padrão motor, e patologias associadas.

A pesquisa será realizada com um indivíduo do sexo masculino, 8 meses de idade, com

diagnóstico de Síndrome de Down, apresentando trissomia do cromossomo 21 e translocação

recíproca entre os cromossomos 4 e 7, residente no município de Paracatu-MG. O presente

estudo será desenvolvido na Clínica Fisiocenter, situada na Rua Salgado Filho, N° 65- Centro

no município de Paracatu – MG serão realizadas duas sessões semanais, terça-feira e quinta-

feira, com duração de meia hora cada, totalizando 30 sessões, sob supervisão da Dr.ª Miriele

Santos Silveira Oliveira.

A utilização da técnica de Estimulação Precoce visa aumentar a interação

biopsicossocial, com a finalidade de obter respostas motoras próximas ao padrão da

normalidade, proporcionando maior número de aquisições motoras do bebê nos primeiros

meses de vida. O programa de tratamento conterá 2 avaliações ( APÊNDICE-A) sendo uma

no início do tratamento e outra no final, utilizando os mesmos métodos aplicados na avaliação

inicial para quantificar os resultados obtidos.

O estudo será realizado com consentimento dos pais da criança por meio de um Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido para avaliação e monitorização durante o tratamento,

de acordo com as normas do Conselho Nacional de Saúde (resolução 196/6), (ANEXO-A).

Page 22: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

22

As sessões do protocolo de tratamento serão descritas, os dados dos principais surgimentos de

aquisições psicomotoras serão constatadas em apêndice, (APÊNDICE-B).

Page 23: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

23

8 CRONOGRAMA

ATIVIDADES PERÍODO: Fevereiro a Dezembro de 2013

F M A M J J A S O N D

Pesquisa bibliográfica X X X X X X X X

Confecção do projeto X X X X X

1ª Avaliação X

Aplicação do protocolo X X X X X X

2ª Avaliação X

Análise dos dados X

Conclusão e entrega X

Defesa do TCC X

Correção e devolução X

Page 24: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

24

REFERÊNCIAS

BARATA, Lívia; BRANCO, Anete. Os distúrbios fonoarticulatorios na Síndrome de Down e a intervenção precoce. Revista CEFAC. 2010 Jan-Fev; 12(1): 134-139. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v12n1/a18v12n1.pdf>. Acesso em: 12 Fev. 2013. BERTAPELLI, Fábio; SILVA, Fábia Freire da; COSTA, Leonardo Trevisan; GORLA, José Irineu. Desempenho motor de crianças com Síndrome de Down: uma revisão sistemática. Health Sci Inst. 2011; 29 (4): 280 -4. Disponível em: <http://www.efadaptada.com.br/biblioteca/V29_n4_2011_p280-284.pdf> Acesso em: 15 Fev 2013. BOLSANELLO, Maria Augusta. Concepções sobre os procedimentos de intervenção e avaliação de profissionais em estimulação precoce. Educar em revista. Curitiba, n. 22, p. 343-355. 2003. Editora UFPR. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/n43/n43a06.pdf> Acesso em: 07 de junho de 2013. Brasil Secretaria de Educação Especial. Diretrizes educacionais sobre estimulação precoce. Brasília: MEC, 1995. 3.45p. Disponível em: <http://www.portalinclusivo.ce.gov.br/phocadownload/cartilhasdeficiente/diretrizeseducacionaissobreestimulacaoprecoce.pdf>. Acesso em: 12 de junho 2013. BRIANEZE, Ana; CUNHA, Andréa Baraldi; PEVIANI, Sabrina Messa Peviani; MIRANDA Vanessa Cristina Ribeiro; TOGNETTI Virlaine Bardella Lopes; ROCHA Nelci Adriana Cicuto Ferreira; TUDELLA Eloisa. Efeito de um programa de fisioterapia funcional em crianças com paralisia cerebral associado a orientações aos cuidadores: estudo preliminar. Revista Fisioterapia e Pesquisa. São Paulo, v.16, n.1, p.40-5, jan./mar. 2009. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo. php?pid=S1809-29502009000100008&script=sci_arttext>. Acesso em: 06 de Junho de 2013. CARVALHO, Regiane; ALMEIDA, Gil. Controle postural em indivíduos portadores de Síndrome de Down: revisão de literatura. Revista Fisioterapia e Pesquisa. São Paulo, v.15, n.3, p.304-8, jul./set. 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/fp/v15n3/15.pdf>. Acesso em: 02 Fev. 2013. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Aprova Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996. Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, n. 201, de 16 out. 1996. Seção 1, p. 21082-5. Disponível em: <http://www.cremesp.org.br/library/modulos/legislacao/versao_impressao.php?id=331>. Acesso em 01 jun. 2013 EFFGEN, Susan K. Fisioterapia pediátrica: atendendo as necessidades das crianças. Traduzido por Eliane Ferreira. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 473 p. GODZICKI, Bárbara; SILVA, Patrícia A; BLUME, Luziane B; Aquisição do sentar independente na Síndrome de Down utilizando o balanço. Revista Fisioterapia em Movimento. Curitiba, v. 23, n. 1, p. 73-81, jan./mar. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/fm/v23n1/07.pdf>. Acesso em: 14 de Março de 2013.

Page 25: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

25

GUSMÃO, Fábio A. F.; TAVARES, Eraldo J. M.; MOREIRA, Lília M. A. Idade materna e Síndrome de Down no nordeste do Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n.4. 973-978 jul-ago, 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csp/v19n4/16847> pdf Acesso em: 12 Fev 2013. HALLAL, Camilla Z; MARQUES, Nise R.; BRACCIALLI, Lígia M. P. Aquisições de habilidades funcionais na área de mobilidade em crianças atendidas em um programa de estimulação precoce. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano. v. 18(1): p.27-34. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbcdh/v18n1/05.pdf>. Acesso em: 02 Fev 2013. KUMAR, Vinay; et al. Robbins e Cotran patologia: bases patológicas das doenças. Tradução de Patrícia Dias Fernandes; et al. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1458 p. MANCINI, Marisa Cotta; SILVA Priscila Carvalho e; GONÇALVES, Sabrina Corrêa, MARTINS, Simone de Medeiros. Comparação do desempenho funcional de crianças portadoras de Síndrome de Down e criança com desenvolvimento normal aos 2 e 5 anos de idade . Arquivo de Neuropsiquiatria. v 61 (2-B) p. 409 – 415, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anp/v 6 1n2B/ 1625 6.pdf>. Acesso em: 02 Fev 2013. MATTOS, Bruna; BELLANI, Claudia. A importância da estimulação precoce em bebês portadores de Síndrome de down: revisão de literatura. Revista Brasileira de Terapia e Saúde. Curitiba, v. 1, n. 1, p. 51‐63, jul./dez. 2010. Disponível em: <http: omnipax. com. br/ojs/index. php/ RBTS/article/view/5/13>. Acesso em: 02 Fev 2013. MOREIRA, Lília M; HANI, Charbel N E; GUSMÃO, Fábio. A. F. Martins. Revista Brasileira de Psiquiatria. v. 22(2): 96-9. 2000; Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbp/v22n2/a11v22n2.pdf>. Acesso em: 07 Fev 2013. NAVAJAS, Andrea F; CANIATO Francine. Estimulação precoce/essencial: a interação RIBEIRO, Carla. Perfil do atendimento fisioterapêutico na Síndrome da Down em algumas instituições do município do Rio de Janeiro. Revista Neurociência. São Paulo, v. 3, n. 1, p. 59-62, 2003. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2002/Pages%20from%20RN%2015%2002-4.pdf>. Acesso em: 18 de Abril de 2013. RICHARDSON, Roberto Jarry; Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed – 11ª reimpressão. São Paulo. Atlas 2010. 334 p. SALDANHA, Fátima Aparecida Targino; BRIZOT, Maria de Lourdes; LOPES Lilian Anomalias e prognóstico fetal associado a Trasnlucencia Nucal aumentada e cariótipo anormal. Revista Associação Medica Brasileira. v. 55; p. 54-59. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ramb/v55n1/v55n1a16.pdf> Acesso em: 14 Abril 2013. SHERPHERD, Roberta B. Fisioterapia em pediatria. 3ª Ed- 2ª reimpressão. São Paulo. Santos Livraria, 2006. 421 p. SNUSTAD, Peter D; SIMMONS, Michael J. Fundamentos de genética. Traduzido por Paulo Armando Motta. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.756 p.

Page 26: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

26

TOBLE, Aline; BASSO Renata Pedrolongo; LACERDA Andréa Cristina; PEREIRA, Karina; REGUEIRO; Eloisa Maria Gatti. Hidrocinesioterapia no tratamento fisioterapêutico de um lactente com Síndrome de Down: estudo de caso. Revista Fisioterapia em Movimento. Curitiba, v. 26, n. 1, p. 231-238, jan./mar. 2013. <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010351502013000100025&script=sci_arttext>. Acesso em: 02 de Abril de 2013. VAUGHAN, Victor; MCKAY, James. Pediatria de Nelson. 10ª ed. Rio de Janeiro: Interamericana Ltda, 1977 . 810 p. YOUNG, Ian D. Genética médica. Traduzido por Paulo A. Motta. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 259 p.

Page 27: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

27

ANEXO A- TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/ 96)

Eu..............................................................................RG................................................... abaixo

qualificado (a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui devidamente

esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Intervenção fisioterapêutica por meio da

Estimulação Precoce em uma criança portadora da Síndrome de Down: estudo de caso,

desenvolvido pela aluna Isabela Vaz Queiroz, do curso de graduação em Fisioterapia da

Faculdade Tecsoma, quanto aos seguintes aspectos:

A Síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21 é uma condição genética

frequente. Os portadores dessa síndrome apresentam hipotonia generalizada, e

hiperflexibilidade das articulações gerando prejuízos no desenvolvimento motor; Estes atrasos

podem ser diminuídos pela intervenção da Fisioterapia com o método de Estimulação

Precoce, com intuito de atuar de forma preventiva e na promoção de saúde, contribuindo para

desenvolvimento global da criança com Síndrome de Down. Será realizado um estudo para

verificar o benefício proporcionado ao paciente com diagnóstico de Síndrome de Down,

através da técnica de Estimulação Precoce durante 30 sessões. Durante ou após a pesquisa,

não haverá nenhum risco ou desconforto, bem como benefícios sobre o paciente.

O paciente tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu consentimento

em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e

cuidado. É garantido sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa.

Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de publicação e

produção do trabalho de conclusão de curso de graduação em bacharel em Fisioterapia.

DECLARO, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter

entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente a participação do meu

filho.......................................................................................................................nesta pesquisa.

Paracatu, de de 2013.

Page 28: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

28

QUALIFICACÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Objeto da Pesquisa

Nome:..........................................................................................................................................

Nome do responsável:.............................................................................................................

RG: .......................................Data de nascimento:....../....../......Sexo: M( ) F( )

Endereço:.............................................................................N............Bairro:..............................

Cidade......................................................... Cep.....................Tel...............................................

..........................................................................

Assinatura do Declarante

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR

DECLARO, para fins de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no capitulo IV da Resolução

196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntaria, o consentimento livre e esclarecido do

declarante acima qualificado para realização desta pesquisa.

Paracatu, de de 2013

...........................................................................................

Isabela Vaz Queiroz

Assinatura do pesquisador

Page 29: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

29

APÊNDICE A – FICHA DE AVALIAÇÃO NEUROPEDIÁTRICA

Dados Pessoais

Nome:

Data de nascimento:__________ Sexo:____________ Data da Avaliação:_______________

Endereço:____________________________________________Bairro:_________________

Cidade:_________________________________ Telefone:______________________

Médico Responsável:

Exame Físico

Geral Estado Geral Saúde:_____________________________________________________

TipoMorfológico:___________________________________________________

Estatura:________________________________________Peso:________________________

Mucosas/Pele: _______________________________________________________________

Anexos Cutâneos:____________________________________________________________

Pressão Arterial:______________________________________________________________

Frequência Cardíaca:__________________________________________________________

Frequência Respiratória:_______________________________________________________

Temperatura:________________________________________________________________

Ritmo Respiratório:___________________________________________________________

História da doença:

História da moléstia atual:

Page 30: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

30

Antecedentes pessoais:

Impressão Geral do Paciente

� Inconsciente � Confuso � Alteração da linguagem �Ansioso �Deprimido �Apático

�Colaborante �Agressivo �Outros__________________________________________

Locomoção

� Deambula Independente � Deambula com supervisão �Deambula com assistência

�Cadeirante independente �Maca Outros_________________________

Impressão Geral:

Habilidades e inabilidades Funcionais:

Padrão e Tônus Postural Básico:

Qualidade do Tônus:

Distribuição do Tônus:

Page 31: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

31

Desenvolvimento Motor

Padrões Motores e Posturais:

Reflexos Posturais e Mudanças de Decúbito

R= Realiza NR=Não Realiza RP=Realiza Parcialmente

D.D para D.L.E D.D para D.L.D

D.L.E para D.V D.L.D para D.V

Puppy com Joelho E Puppy com Joelho D

D.V. para Puppy (arrastar) 4 Apoios

Sentado 4 Apoios para Ajoelhado

Ajoelhado para Semiajoelhado Semiajoelhado para em pé:

Rolar

Marcha:

Correr:

Pular obstàculos:

Saltar:

Page 32: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

32

Reflexos e reações:

Informações Adicionais

Diagnóstico Clínico:

Exames Subsidiários:

Medicamentos que faz uso:

Equipe multidisciplinar e contatos:

Cuidadores:

Nome do cuidador responsável:

Grau de parentesco:

Page 33: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

33

Nível de colaboração de familiares e colaboradores:

Funções Cognitivas:

Linguagem Verbal ( ) Escrita ( )

Praxia:

Gnosia:

Equilíbrio

Estático

Dinâmico

Motricidade

Trofismo:

Tônus:

Page 34: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

34

Motricidade voluntária

Manobras deficitárias:

Page 35: ISABELA VAZ QUEIROZ - tecsoma.brs/ISABELA VAZ QUEIROZ.pdf · trissomia, em que três cromossomos homólogos estão presentes em lugar do par. Para Saldanha e colaboradores (2009),

35