o tribunal de contas frente às novas normas de contabilidade

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ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EACH/USP CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU” EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ADAIR GONÇALVES DAMACENO O TRIBUNAL DE CONTAS FRENTE ÀS NOVAS NORMAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO SÃO PAULO-SP 2012

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Page 1: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – EACH/USP

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU” EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ADAIR GONÇALVES DAMACENO

O TRIBUNAL DE CONTAS FRENTE ÀS NOVAS NORMAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

SÃO PAULO-SP 2012

Page 2: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

ADAIR GONÇALVES DAMACENO

O TRIBUNAL DE CONTAS FRENTE ÀS NOVAS NORMAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

..

SÃO PAULO-SP 2012

Monografia do Curso de Pós-Graduação “latu sensu” em Gestão de Políticas Públicas. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Arno Nerling

Page 3: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha companheira Rosilene e aos meus filhos, Bruna, Daniela e Vinicius que me apoiaram e permitiram que eu fizesse essa obra com tranquilidade e paciência.

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AGRADECIMENTOS

Ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo pela valorização de seus Servidores por meio desse Curso de Pós Graduação em Gestão de Políticas Públicas em parceria com a Universidade de São Paulo. Ao meu Orientador e incentivador Prof. Dr. Marcelo Arno Nerling que não mediu esforços para que essa obra se concretizasse. Aos amigos e colaboradores da Escola de Contas Públicas pela amizade, apoio e material cedido para a conclusão dessa obra. Aos colegas da Diretoria de Contabilidade e Finanças que antes e durante o curso me apoiaram e incentivaram em todas as fases dessa Monografia.

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RESUMO

Este trabalho traz as principais novidades apresentadas pelas normas de convergência da contabilidade pública aos padrões internacionais. No primeiro capítulo procura-se mostrar o controle operacional com os vários tipos de controle interno e externo, inclusive o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, suas atribuições, o Mapa Estratégico e seus objetivos; e ainda os relevantes sistemas aplicados ao controle e gestão de programas de governo, principalmente o Sistema Integrado de Administração Financeira e Orçamentária para Estados e Municípios – SIAFEM/SP. No capítulo II evidencia-se o controle orçamentário, financeiro e patrimonial. Nele apresenta-se o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público fruto da convergência aos padrões internacionais; Para fortalecer o controle externo e interno por seus vários órgãos e entidades, principalmente o cidadão, sugere-se o Cadastro de Gestores Públicos no sistema SIAFEM/SP e a criação de contas contábeis para o seu registro e acompanhamento, para atender o princípio da transparência tanto reclamado pela sociedade e ao plano estratégico do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; demonstra o conteúdo do Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentária - LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA, todos do Estado de São Paulo; faz o detalhamento contábil dessas peças citadas na forma do novo plano contábil aplicado ao setor público e ao mesmo tempo apresenta e compara as telas da execução orçamentária nos moldes do plano de contas anterior no sistema SIAFEM/SP, com as devidas sugestões e instrumentos para se efetuar uma auditoria preventiva e concomitante pelo Agente da Fiscalização do TCESP e outros órgãos de controle; mostra o sistema AUDESP e suas aplicações. O capítulo III é composto pelas Normas de Contabilidade e Controle. Destacando as normas da Secretaria do Tesouro Nacional; as orientações editadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC; as Normas Brasileiras de Contabilidade regidas pelo Conselho Federal de Contabilidade; a “accoutability” e ainda o registro da conformidade contábil pelo Gestor. Palavras chave: contabilidade pública; controle externo; auditoria; transparência; accoutability.

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ABSTRACT This paper presents the main novelties introduced by the rules of public accounting convergence to international standards. In the first chapter tries to show the operational control with the various types of internal and external control, including the Accounting Courts of the State of Sao Paulo, its duties, the Strategy Map and its goals, and also the relevant systems in place to control and management of government programs, especially the Integrated Financial Management and Budget for states and municipalities - SIAFEM / SP. In Chapter II it is evident budgetary control, financial and equity. In it we present the Chart of Accounts Applied to Public Sector was the convergence to international standards; To strengthen the internal and external control by its various agencies and entities, primarily the citizen, it is suggested that the Register of Public Managers in the system SIAFEM / SP and the creation of financial accounts for your registration and monitoring, to meet the principle of transparency demanded by both society and the strategic plan of the Accounting Court of the State of São Paulo, shows the contents of the Multiannual Plan - PPA, the Budget Guidelines Law - LDO and the Annual Budget Law - LOA, all of the State of São Paulo, is a detailed accounting of the pieces mentioned in the form of the new accounting plan applied to public sector and at the same time presents and compares the screens along the lines of budget execution planPrevious accounts on the system SIAFEM / SP, with the necessary tips and tools to make an audit and concomitant preventive agent by the Supervisory TCESP and other control bodies; AUDESP shows the system and its applications. Chapter III consists of the Accounting Standards and Control. Highlighting the standards of the National Treasury, the guidelines issued by the Accounting Pronouncements Committee - CPC, the Brazilian Accounting Standards governed by the Federal Accounting Council, the "accoutability" and yet the record of compliance by the accounting manager. Keywords: public accounting, external control, audit, transparency; accoutability.

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Árvore dos sistemas NAVEGA-SIAFEM-COMUNICA-SIAFÍSICO ............. 25 Figura 2 - Cadastramento de usuário – tela 1. ................................................................. 36

Figura 3 - Cadastramento de usuário – tela 2. ................................................................. 36

Figura 4 - Registro contábil da Aprovação do PPA. ......................................................... 47 Figura 5 - Registro contábil do Gerente de Programas a designar. .............................. 48

Figura 6 - Registro contábil do Gerente de Programas designado. .............................. 48 Figura 7 - Registro contábil dos Responsáveis por Ações a designar. ........................ 50

Figura 8 - Registro contábil dos Responsáveis por Ações designados. ....................... 50 Figura 9 - Registro contábil das Metas Fiscais. ................................................................ 52

Figura 10 - Registro contábil dos Riscos Fiscais. ............................................................. 53 Figura 11 - Registro contábil do Ordenador de Despesa a designar. ........................... 56 Figura 12 - Registro contábil dos Ordenadores de Despesa designados. ................... 56

Figura 13 - Registro contábil dos Gestores Financeiros a designar. ............................ 57 Figura 14 - Registro contábil dos Gestores Financeiros designados............................ 57

Figura 15 - Registro contábil dos Gestores Orçamentários a designar. ....................... 58

Figura 16 - Registro contábil dos Gestores Orçamentários designados. ..................... 58

Figura 17 - Registro contábil dos Gestores Executores a designar. ............................. 59

Figura 18 - Registro contábil dos Gestores Executores designados. ........................... 59 Figura 19 - Tela SIAFEM.NET – Consulta de Unidade Gestora.................................... 60

Figura 20 - Tela SIAFEM.NET – Consulta de Unidade Gestora – tela 2. .................... 60 Figura 21 - Registro contábil da Estimativa da Receita. ................................................. 61

Figura 22 - Registro contábil do reconhecimento da Receita. ....................................... 63

Figura 23 - Registro contábil da Arrecadação da Receita orçamentária e disponibilidade financeira. .................................................................................................... 64

Figura 24 - Registro contábil do Recolhimento da Receita. ........................................... 65

Figura 25 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Dotação. ......................................................... 68 Figura 26 - Tela SIAFEM.NET – Lista Unidades Gestoras – tela 1. ............................. 70

Figura 27 - Tela SIAFEM.NET – Lista Unidades Gestoras – tela 2. ............................. 70 Figura 28 - Tela SIAFEM.NET – Lista Unidades Gestoras – tela 3. ............................. 71

Figura 29 - Registro contábil da Fixação da Despesa. .................................................... 71

Figura 30 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito inicial- tela 1. ....................................................................................................................................... 72

Figura 31 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito inicial – tela 2. ....................................................................................................................................... 73

Figura 32 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito disponível. ... 74 Figura 33 - Registro contábil – Fixação da Cota de despesa. ....................................... 74

Figura 34 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa autorizada. .............................................................................................................................. 75

Figura 35 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa a fixar. ...................................................................................................................................... 75

Figura 36 - Registro contábil – Liberação da cota financeira. ........................................ 76 Figura 37 - Registro contábil – Cota financeira a distribuir. ............................................ 76

Figura 38 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Movimento de distribuição de cotas. ............................................................................................................. 77

Figura 39 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira a distribuir. .................................................................................................................................. 77 Figura 40 - Registro contábil – Transferência de dotação. ............................................. 78

Page 8: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

Figura 41 - Nota de Crédito. ................................................................................................. 79

Figura 42 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque concedido – tela 1. ................................................................................................................. 79

Figura 43 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque concedido – tela 2. ................................................................................................................. 80

Figura 44 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque recebido – tela 1. ................................................................................................................... 80

Figura 45 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque recebido – tela 2. ................................................................................................................... 81

Figura 46 - Registro contábil – transferência do Crédito disponível.............................. 81

Figura 47 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito disponível – tela 1. .................................................................................................................................... 82

Figura 48 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito disponível – tela 2. .................................................................................................................................... 82 Figura 49 - Registro contábil – Anulação de cota de despesa autorizada. .................. 83

Figura 50 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Anulação da cota de despesa autorizada. ......................................................................................................... 83

Figura 51 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa autorizada. .............................................................................................................................. 84

Figura 52 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa a fixar. ...................................................................................................................................... 84

Figura 53 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Lançamento da Movimentação de cotas – tela 1. ....................................................................................................................................... 85

Figura 54 - SIAFEM.NET – Nota de Lançamento da Movimentação de cotas – tela 2. .................................................................................................................................................. 85

Figura 55 - Registro contábil – Cota de despesa disponível a empenhar.................... 86

Figura 56 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa disponível a empenhar. ......................................................................................................... 86 Figura 57 - Registro contábil – Cota financeira distribuída. ............................................ 87

Figura 58 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira distribuída – tela 1. ................................................................................................................ 87

Figura 59 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira distribuída – tela 2. ................................................................................................................ 88 Figura 60 - Tela SIAFEM.NET – Inclusão de processo. ................................................. 90

Figura 61 - Tela SIAFEM.NET – Lista de processos. ...................................................... 91 Figura 62 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Reserva. ......................................................... 91

Figura 63 - Registro contábil – Reserva de recursos. ..................................................... 92

Figura 64 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Dotação orçamentária reservada. ....................................................................................................... 92

Figura 65 - Registro contábil – Controle de processos com reserva de recursos. ..... 93

Figura 66 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de processos com reserva de dotação – tela 1. ..................................................................... 94

Figura 67 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de processos com reserva de dotação – tela 2. ..................................................................... 94

Figura 68 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de processos com reserva de dotação – contrapartida. ....................................................... 95 Figura 69 - Registro contábil – Cota de despesa reservada. ......................................... 95

Figura 70 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira reservada - contrapartida. .................................................................................................... 96

Figura 71 - Registro contábil – Pregoeiros a designar. ................................................... 96

Page 9: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

Figura 72 -Registro contábil – Pregoeiro designado. ....................................................... 97

Figura 73 - Registro contábil – Comissão de Licitação a designar. .............................. 97

Figura 74 -Registro contábil – Comissão de Licitação designada. ................................ 98 Figura 75 - Tela SIAFEM.NET – Relação de pregoeiros. ............................................... 98 Figura 76 - Tela SIAFEM.NET – Cadastro de pregões. .................................................. 99

Figura 77 - Tela SIAFEM.NET – Itens de materiais de pregão...................................... 99

Figura 78 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Empenho – tela 1. ....................................... 100

Figura 79 -Tela SIAFEM.NET – Nota de Empenho – tela 2. ........................................ 101 Figura 80 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Empenho – tela 3. ....................................... 101

Figura 81 - Registro contábil – Empenho a liquidar. ...................................................... 102

Figura 82 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Empenho a liquidar. .................................................................................................................................. 102

Figura 83 -Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Empenho a liquidar - contrapartida. ....................................................................................................... 103

Figura 84 - Registro contábil – Crédito empenhado. ..................................................... 103

Figura 85 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito empenhado liquido. ............................................................................................................. 104

Figura 86 - Registro contábil – Cota de despesa empenhada. .................................... 104

Figura 87 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa empenhada. .......................................................................................................................... 105

Figura 88 - Registro contábil – Disponibilidade de recursos. ....................................... 105 Figura 89 - Registro contábil – Gestor de contrato a designar. ................................... 106

Figura 90 - Registro contábil – Gestor de contrato designado. .................................... 106

Figura 91 - Cadastro de Serviços Terceirizados. ........................................................... 107

Figura 92 - Contratos de Serviços Terceirizados. .......................................................... 108

Figura 93 - Registro contábil – Fiscal de contrato a designar. ..................................... 108

Figura 94 - Registro contábil – Fiscal de contrato designado. ..................................... 109

Figura 95 - Registro contábil – Contrato de fornecimento de bens. ............................ 109

Figura 96 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Contrato de fornecimento de bens. ......................................................................................................... 110

Figura 97 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Direitos e obrigações contratadas – tela 1. ....................................................................................... 111

Figura 98 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Direitos e obrigações contratadas – tela 2. ....................................................................................... 111 Figura 99 - Registro contábil – Almoxarife a designar. .................................................. 112

Figura 100 - Registro contábil – Almoxarife designado. ................................................ 112

Figura 101 - Registro contábil – Comissão de recebimento a designar. .................... 113

Figura 102 - Registro contábil – Comissão de recebimento designada. .................... 113 Figura 103 - Tela SIAFEM.NET – Registro de Ocorrências – tela 1. .......................... 114 Figura 104 - Tela SIAFEM.NET – Registro de Ocorrências – tela 2. .......................... 115

Figura 105 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Liquidação da despesa. ........................... 116 Figura 106 - Registro contábil – Entrada em estoque. .................................................. 116

Figura 107 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil - Estoque. ................. 117

Figura 108 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Fornecedores e alugueis. ................................................................................................................................ 117

Figura 109 - Registro contábil – Contrato de fornecimento de bens. .......................... 118 Figura 110 - Registro contábil – Empenhos a liquidar. .................................................. 118 Figura 111 - Registro contábil – Crédito realizado. ........................................................ 119

Figura 112 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito realizado. . 119 Figura 113 - Registro contábil – Crédito liquidado a programar. ................................. 120

Page 10: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

Figura 114 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a programar. ......................................................................................................................... 120

Figura 115 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a programar - contrapartida. .............................................................................................. 121

Figura 116 - Registro contábil – Cronograma financeiro executado. .......................... 121

Figura 117 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cronograma financeiro executado. .......................................................................................................... 122 Figura 118 - Registro contábil – Disponibilidade de recursos. ..................................... 122

Figura 119 - Tela SIAFEM.NET – Programação de Pagamento. ................................ 123 Figura 120 - Registro contábil – Crédito liquidado a pagar. ......................................... 123

Figura 121 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a pagar. ................................................................................................................................. 124

Figura 122 - Registro contábil – Crédito liquidado a pagar. ......................................... 124

Figura 123 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a pagar - contrapartida. ....................................................................................................... 125 Figura 124 - Registro contábil – Obrigações contratadas a pagar. ............................. 125

Figura 125 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Fornecedores e alugueis. ................................................................................................................................ 126

Figura 126 - Tela SIAFEM.NET – Ordem Bancária. ...................................................... 127 Figura 127 - Registro contábil – Pagamento das obrigações contratadas. ............... 127

Figura 128 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Banco. ........... 128 Figura 129 - Registro contábil – Crédito liquidado pago. .............................................. 128

Figura 130 - Registro contábil – Crédito liquidado pago - contrapartida. ................... 128 Figura 131 - Registro contábil – Disponibilidade de recursos. ..................................... 129

Figura 132 - Registro contábil – Responsáveis por adiantamentos a serem liberados pelo TCESP. ......................................................................................................................... 131

Figura 133 -Registro contábil – Responsáveis por adiantamentos liberados pelo TCESP. .................................................................................................................................. 132

Figura 134 -Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de Imobilizado. ........................................................................................................................... 133

Figura 135 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de obras. ..................................................................................................................................... 134

Figura 136 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de Imóveis. ................................................................................................................................. 134

Figura 137 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de bens móveis. .................................................................................................................................. 135

Figura 138 - Tela SIAFEM.NET – tabela de eventos. ................................................... 136 Figura 139 - Tela SIAFEM.NET – Índice dos eventos. .................................................. 136

Figura 140 - Sistema AUDESP ......................................................................................... 137

Figura 141 -Tela SIAFEM.NET – Consistência documental. ....................................... 138

Figura 142 - Tela SIAFEM.NET – Conformidade documental. .................................... 139 Figura 143 -Tela SIAFEM.NET – Consistência documental. ....................................... 139

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INDICE DE FLUXOGRAMAS

Fluxograma 1 - Fluxo dos Gestores Públicos nas peças orçamentárias. .................... 31 Fluxograma 2 - Fluxograma do PPA no Estado de São Paulo. ..................................... 46

Fluxograma 3 - Fluxograma do Processo Orçamentário no Estado de São Paulo. ... 54

Fluxograma 4 - Funcionograma da Execução Orçamentária no Sistema SIAFEM/SP. .................................................................................................................................................. 54

INDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - Esquema da Distribuição de recursos orçamentários. ............................ 69

Ilustração 2 - Esquema – Distribuição orçamentária para Unidades Gestoras Executora. ............................................................................................................................... 78

INDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Mapa Estratégico do TCESP ........................................................................... 21 Quadro 2 - Objetivos Estratégicos Institucionais. ............................................................. 22

Quadro 3 - Natureza das Informações - Contas de Ativo e Passivo ............................. 28 Quadro 4 - Natureza das Informações - Contas de Variação Patrimonial. .................. 28

Quadro 5 - Natureza das Informações - Contas Orçamentárias. .................................. 29

Quadro 6 - Natureza das informações – Contas de Controle. ....................................... 30 Quadro 7- Contas contábeis – Gestores Públicos. .......................................................... 32

Quadro 8 - Contas contábeis orçamentárias devedoras – 1º nível. .............................. 46 Quadro 9 - Contas contábeis orçamentárias credoras – 1º nível. ................................. 47

Page 12: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................. 6 INDICE DE FLUXOGRAMAS .................................................................................... 10 INDICE DE ILUSTRAÇÕES ...................................................................................... 10 INDICE DE QUADROS ............................................................................................. 10 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

CAPÍTULO I CONTROLE OPERACIONAL

1. Controle Interno (Art. 70, CF) ............................................................................. 15 2. Controle Externo ................................................................................................ 17 3. TCE-SP .............................................................................................................. 18 4. A T.I. e os lançamentos contábeis ..................................................................... 23 4.1 SAO – Sistema de alterações Orçamentárias ................................................. 23 4.2 SIMPA - Sistema de Monitoramento de Programas e Ações do Plano Plurianual .................................................................................................................. 23 4.3 SIGEO - Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária ..... 24 4.4 SIAFEM ........................................................................................................... 24 4.5 SIAFISICO ....................................................................................................... 26

CAPÍTULO II CONTROLE ORÇAMENTÁRIO, FINANCEIRO E PATRIMONIAL

1. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público ....................................................... 27 2. Cadastro De Gestores Públicos ......................................................................... 30 2.1. CPF e o Cadastramento .................................................................................. 35 2.2 Gerente de Programas .................................................................................... 37 2.3 Responsáveis por Ações ................................................................................. 38 2.4 Ordenadores de Despesa ............................................................................... 38 2.5 Gestor Orçamentário ....................................................................................... 40 2.6 Gestor Financeiro ............................................................................................ 40 2.7 Gestor Executor ............................................................................................... 40 2.8 Pregoeiro ......................................................................................................... 40 2.9 Comissão de Licitação .................................................................................... 41 2.10 Gestores de Contrato ...................................................................................... 42 2.11 Fiscal do Contrato ........................................................................................... 43 2.12 Almoxarife........................................................................................................ 43 2.13 Comissão de Recebimento ............................................................................. 44 3 PPA .................................................................................................................... 44 4 LDO .................................................................................................................... 51 5 LOA .................................................................................................................... 53 5.1. Receita ............................................................................................................ 61 5.2 Despesa .......................................................................................................... 67 6. Suprimento de fundos (Regime de Adiantamento a funcionários) ................... 129 6.1. A Prestação de Contas de Adiantamento e o TCESP ................................... 130 7. Controle e Auditoria ......................................................................................... 132

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8. SIAFEM e sua Expansão ................................................................................. 135 9. Auditoria AUDESP ........................................................................................... 137 10. Controle concomitante ................................................................................... 138 11. Controle a posteriori pelo TCE-SP ................................................................ 141

CAPÍTULO III NORMAS DE CONTABILIDADE E CONTROLE

1. Resolução STN ................................................................................................ 142 2. CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis ............................................... 144 2.1. As normas de convergências ........................................................................ 145 2.2 As normas p/ Administração Pública ............................................................. 147 3. Contador e a tarefa de “conformidade dos lançamentos” ................................ 149 4. Accoutability, novos conceitos e legislação, eficiência e eficácia ..................... 150 BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA ......................................................................... 154

Page 14: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

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INTRODUÇÃO

Nessas duas décadas após a Promulgação da Constituição de 1988,

vivemos grandes mudanças na Administração Pública. A primeira foi a Reforma

Administrativa Federal promovida na Gestão do Presidente Fernando Collor de

Mello. Nessa esteira veio as Emendas Constitucionais 19 e 20 de 1998, e mais

recentemente a Lei de Responsabilidade Fiscal, com a missão de equilibrar as

finanças e reduzir a dívida pública. Em seguida o Estatuto da Cidade.

Os Tribunais de Contas não poderiam ficar alheios a esses

acontecimentos os quais vêm se aprimorando por meio de integração de seus

controles com outros órgãos, na busca da eficiência e eficácia no gasto público.

Podemos destacar a Associação dos Tribunais de Contas - ATRICON e o Instituto

Rui Barbosa – IRB, entidades imbuídas nessa empreitada.

Como já sabemos a Contabilidade é um dos principais instrumentos

de controle do gasto público e privado, entre outras atribuições. Ela também está

passando por uma das maiores transformações de sua história. Depois da criação

da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), esta é a mais significativa. O marco

inicial deu-se com os escândalos nas auditorias promovidas nos países estrangeiros,

onde se buscou maior transparência nas demonstrações financeiras e operacionais

das empresas, alem da seriedade e confiabilidade das organizações de auditoria.

Estamos na fase de convergência das normas brasileiras de

contabilidade aos padrões internacionais. Dessa forma, o impacto no setor público é

inevitável, com reflexo na atuação dos órgãos de controle, haja vista as novas

formas de contratação, tais como as Parcerias Públicas Privadas, as Organizações

da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, os Contratos de gestão, dentre

outras.

A execução orçamentária, financeira e patrimonial da receita e da

despesa do Estado de São Paulo é realizada por meio do sistema

SIAFEM/SIAFISICO. Com base na pesquisa, buscou-se aprimorar a auditoria e os

controles realizados por meio desse sistema, desde a fase de planejamento

(PPA/LDO/LOA) até a sua execução final, com ênfase na transparência por meio do

sistema contábil, bem como o aperfeiçoamento do AUDESP utilizado pelo Tribunal

de Contas do Estado de São Paulo.

Page 15: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

14

A estrutura contábil do sistema AUDESP utilizado pelo TCESP é

semelhante à adotada pelo SIAFI (federal) e o SIAFEM (estadual), com algumas

adaptações. Portanto os benefícios apurados desse trabalho resultarão

positivamente para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Nessa monografia adotou-se a metodologia indutiva “cuja

aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais

abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão

ascendente)” e a dedutiva “que, partindo das teorias e leis, na maioria das vezes

prediz a ocorrência dos fenômenos particulares (conexão descendente)” conforme

MARCONI e LAKATOS (2010, p.88). A pesquisa foi exploratória aplicada e os meios

utilizados foram o documental e bibliográfico.

Page 16: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

15

CAPÍTULO I

CONTROLE OPERACIONAL

1. Controle Interno (Art. 70, CF)

O controle Interno é um tema bastante discutido tanto no setor

público como no setor privado. Na área pública tem “status’ constitucional (Art. 70 e

74, CF). (NERLING, 2010)

São vários os conceitos e definições atribuídos ao Controle Interno.

Cito o conceito abaixo publicado no sitio do Senado Federal, por estar atualizado e

engloba as várias etapas da gestão pública.

Controles Internos - é o conjunto de atividades, planos, métodos e procedimentos interligados utilizado com vistas a assegurar que os objetivos dos órgãos e entidades da administração pública sejam alcançados, de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objetivos fixados pelo Poder Público. Disponível em <http://www.senado.gov.br/sf/senado/scint/insti/controles_internos_01_conceituacao.asp>. Acessado em: 25/02/2012.

Há que esclarecer conforme apontado por PISCITELLI e TIMBÓ

(2009, pag.424/425), que “... controle interno e externo não é a mesma coisa que

auditoria interna e externa”. Para os autores, “a atuação do controle interno, no

âmbito das entidades – que têm estrutura própria -, mais se assemelha à auditoria

independente (externa)” e ainda:

[...] não se deve confundir, tampouco, sistema(s) de controle interno – um conjunto de órgãos e funções da Administração – com sistema de controles internos, do âmbito de cada entidade ou empresa – compreendendo unidades, competências, relações, práticas, procedimentos e tudo o que

constitui seu modo de ser e agir. (PISCITELLI e TIMBÓ, 2009).

O controle interno no âmbito público federal está atualmente sob a

coordenação da CGU – Controladoria Geral da União, porém houve grandes

alterações desde a Reforma Administrativa de 67 até os dias de hoje, conforme

pesquisa de PISCITELLI e TIMBÓ (2009 pag. 426/430).

Na Constituição do Estado de São Paulo o sistema de controle

interno está previsto nos Artigos 32 e 35, para os Estados, e artigo 150 no que tange

aos municípios. (NERLING, 2010)

Page 17: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

16

O sistema de controle interno na gestão financeira e orçamentária do

Estado de São Paulo está também disposto no Artigo 1º da Lei 10.320, de 16 de

dezembro de 1968.

Sob o enfoque contábil, a Norma Brasileira de Contabilidade NBC-T

16.8 aprovada pela Resolução CFC nº 1.135/08, expressa que Controle interno

compreende o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados

pela entidade do setor público, com a finalidade de:

Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais;

Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;

Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;

Estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas;

Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;

Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes,

malversação, abusos, desvios e outras inadequações.

Com outras palavras, as Normas de Auditoria Governamental

editadas pelo Instituto Rui Barbosa trata o tema da seguinte forma:

4207.2 – Os controles internos compreendem todas as atividades da organização estruturadas e implantadas com a finalidade de demonstrar e documentar que uma determinada obrigação legal ou um objetivo, uma meta ou um indicador específico foram cumpridos de acordo com os requisitos legais ou operacionais previamente estabelecidos. (Normas de Auditoria Governamental (NAGS)./Instituto Rui Barbosa. Tocantins: IRB, 2011) e ainda,

4207.3 – Os controles internos devem ser entendidos como qualquer ação tomada internamente pela Administração Pública para aumentar a probabilidade de que não vão ocorrer falhas ou deficiências nas suas atividades, irregularidades, prejuízos ou desvios de recursos, nem vão ser comprometidos indicadores ou metas de desempenho ou resultados estabelecidos no planejamento. (Normas de Auditoria Governamental (NAGS)./Instituto Rui Barbosa. Tocantins: IRB, 2011).

Essas Normas citadas foram debatidas no “Seminário de

Lançamento Nacional das Normas de Auditoria Governamental aplicáveis ao

Controle Externo” realizado em 05 e 06 de novembro de 2011 na sede do Tribunal

de Contas do Estado de São Paulo na cidade de São Paulo.

Teve como objetivo harmonizar os procedimentos de auditoria das

Cortes de Contas às normas internacionais e foi organizado pelo Tribunal de Contas

do Estado de São Paulo, com apoio do Instituto Rui Barbosa - IRB, da Associação

Page 18: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

17

dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil - ATRICON, dos Grupos

Deliberativos e Técnicos do PROMOEX e da Direção Nacional do programa junto ao

Ministério do Planejamento e contou com a participação de vários representantes do

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Disponível em < http://www.controlepublico.org.br/evento/Principal.php?id=42&Menu=Principal>. Acessado em: 21/02/2012.

2. Controle Externo

No âmbito constitucional o controle externo esta preconizado nos

artigos 70 a 75. Ele está cargo do Congresso Nacional com o auxilio do Tribunal de

contas da União. (NERLING, 2010)

Podemos entender o controle externo sob dois enfoques: o controle

político e o controle técnico.

O controle político é aquele que é exercido pelos seguintes Entes:

Pelo cidadão por meio do voto. Com este instrumento da cidadania o eleitor retira

do mundo político aquele que não atende as expectativas da população ou atua

de forma ilegal contrariando as normas postas pela Constituição ou pelas leis

infraconstitucionais;

As Organizações Não Governamentais também tem participação no controle das

Entidades Públicas e Agentes Políticos;

Disponível em <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos52005/89.pdf> acessado em 10/03/2012.

Os Orçamentos Participativos previstos por algumas administrações;

A imprensa;

Conselhos Gestores;

Audiências Públicas;

Conferências sobre políticas públicas;

Ouvidorias

(MARCO TEIXEIRA, 2011)

O controle técnico por sua vez é exercido pelas instituições criadas

para esse fim específico dentro de sua área de atuação, tais como:

Tribunais de Contas;

Poder Legislativo;

Page 19: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

18

Auditorias;

Sistema de monitoramento;

Polícia federal;

Sistema de Justiça;

(MARCO TEIXEIRA, 2011)

O controle externo também pode ser visto como

“Accountability política” que é a responsabilidade do governo, dos funcionários

públicos e dos políticos que presta conta ao público e ao Poder Legislativo.

Disponível em< http://pt.wikipedia.org/wiki/Accountability>. Acessado em 25/02/2012.

3. TCE-SP

A luta pela instituição do Tribunal de Contas no Estado de São Paulo

vem desde a Constituição Estadual de 1891 e passou por várias turbulências de

caráter político. Sua concretização ocorreu por meio da Lei 1961, de 29 de

dezembro de 1923. Porém na Revolução de 1930 pela instalação do Estado Novo

ele foi extinto pelo Decreto 4793, de 12 de dezembro de 1930.

Na vigência da Constituição de 1946 o Tribunal de Contas do Estado

de São Paulo novamente é instituído por meio do Decreto-Lei 16690, de 7 de janeiro

de 1947.

Na atual Carta Paulista de 05 de outubro de 1989 o TCE-SP figura

no artigo 31 para disciplinar a sua composição, que é integrado por sete

Conselheiros; os requisitos de sua nomeação quais sejam, a) mais de trinta e cinco

e menos de sessenta e cinco anos de idade, b) idoneidade moral e reputação

ilibada, c) notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou

de administração pública; d) mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva

atividade profissional que exija conhecimentos mencionados no item anterior.

(NERLING, 2010).

A escolha dos Conselheiros é realizada da seguinte forma:

Dois, pelo Governador do Estado com aprovação da Assembléia Legislativa,

alternadamente entre os substitutos de Conselheiros e membros da Procuradoria

da Fazenda do Estado junto ao Tribunal, indicados por este, em lista tríplice,

Page 20: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

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segundo critérios de antigüidade e merecimento; (ADIN 397-6 – LIMINAR

DEFERIDA);

2 - quatro pela Assembléia Legislativa;

3 - o último, uma vez pelo Governador do Estado, e duas vezes pela Assembléia

Legislativa, alternada e sucessivamente.

Em relação às garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos

e vantagens eles terão as mesmas dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do

Estado e somente poderão aposentar-se com as vantagens do cargo quando o

tiverem exercido efetivamente por mais de cinco anos, conforme previsto no § 3º do

mesmo artigo. Os Substitutos de Conselheiros terão as mesmas garantias e

impedimentos do titular quando no efetivo exercício da substituição.

Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado farão declaração

pública de bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo, disciplina o §

6º do artigo 31 da Constituição do Estado de São Paulo já no espírito da

“Accountability política” citada anteriormente.

Quanto à fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária o artigo

33 estabelece que o controle externo, a cargo da Assembléia Legislativa, será

exercido com auxílio do Tribunal de Contas do Estado. (NERLING, 2010).

As competências daquela Egrégia Corte de Contas são as

elencadas a seguir, nos termos do texto Constitucional:

Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, mediante

parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias, a contar do seu

recebimento;

Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens

e valores públicos da administração direta e autarquias, empresas públicas e

sociedades de economia mista, incluídas as fundações instituídas ou mantidas

pelo Poder Público estadual, e as contas daqueles que derem perda, extravio ou

outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;

Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a

qualquer título, na administração direta e autarquias, empresas públicas e

empresas de economia mista, incluídas as fundações instituídas ou mantidas

pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em

comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,

Page 21: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

20

ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato

concessório;

Avaliar a execução das metas previstas no plano plurianual, nas diretrizes

orçamentárias e no orçamento anual;

Realizar, por iniciativa própria, da Assembléia Legislativa, de comissão técnica ou

de inquérito, inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário, do Ministério Público e demais entidades referidas no

inciso II;

Fiscalizar as aplicações estaduais em empresas de cujo capital social o Estado

participe de forma direta ou indireta, nos termos do respectivo ato constitutivo;

Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados ao Estado e pelo

Estado, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres;

Prestar as informações solicitadas pela Assembléia Legislativa ou por comissão

técnica sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade

de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras

cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias

ao exato cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;

Sustar se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à

Assembléia Legislativa;

Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;

Emitir parecer sobre a prestação anual de contas da administração financeira dos

Municípios, exceto a dos que tiverem Tribunal próprio;

Comunicar à Assembléia Legislativa qualquer irregularidade verificada nas

contas ou na gestão públicas, enviando-lhe cópia dos respectivos documentos.

Disciplina ainda, os casos de contratos determinando que o ato de

sustação será adotado diretamente pela Assembléia Legislativa que solicitará, de

imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. E caso as providências não

forem tomadas no prazo de noventa dias, o TCESP decidirá a respeito. (NERLING,

2010).

Page 22: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

21

Enfatizando a “Accountability política”, o Tribunal de Contas tem a

atribuição de encaminhar à Assembléia Legislativa, trimestral e anualmente, relatório

de suas atividades.

O TCE-SP atualmente está regido pela Lei 709, de 14 de janeiro de

1993 e suas alterações posteriores.

A Gestão Estratégica do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

está estruturada com a Missão de “fiscalizar e orientar para o bom e transparente

uso dos recursos públicos em benefício da sociedade” e sua Visão de Futuro é

“Fiscalizar, orientar e divulgar, em tempo real, o uso dos recursos públicos,

priorizando a auditoria de resultados e a aferição da satisfação social, consolidando

uma imagem positiva perante a sociedade.”

Disponível em <http://www.tce.sp.gov.br/instituicao/gestaoestrategica/index.shtm>. Acessado em 25/02/2012.

Abaixo apresentamos o Mapa Estratégico do Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo:

Quadro 1 - Mapa Estratégico do TCESP

Fonte: http://www.tce.sp.gov.br/instituicao/gestaoestrategica/mapa-institucional.shtm.

Page 23: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

22

Objetivos Estratégicos Institucionais

Quadro 2 - Objetivos Estratégicos Institucionais.

Resultados

Código Objetivo Descrição

R01 Aumentar a efetividade das ações do TCESP

Ampliar o acatamento das decisões e recomendações do TCESP, por meio da comunicação e da produção de relatórios mais objetivos, visando a redução de irregularidades e o aprimoramento da gestão pública.

R02 Contribuir para o cumprimento dos programas governamentais

Realizar essa contribuição por meio de acompanhamento e avaliação de resultados, concomitante à execução do programa.

R03 Promover o controle social sobre a gestão pública

Instrumentalizar o controle social a partir das informações do TCESP, com relatórios apropriados para o controle social.

Entregas

Código Objetivo Descrição

E01 Aprimorar a análise das contas anuais

Utilizar critérios de seletividade e atuar de forma concomitante para aprofundar as análises onde necessário, produzindo efeitos no próprio exercício.

E02 Aprimorar e agilizar a análise dos processos autônomos

Utilizar critérios de seletividade e triagem para os processos autônomos permitindo melhor qualidade das análises em menor prazo.

E03 Formar e Informar o público alvo

Aprimorar a informação e a formação dos jurisdicionados e cidadãos nas práticas do TCESP com formatos e conteúdos apropriados para cada público.

Processos

Código Objetivo Descrição

P01 Apurar denúncias relevantes e fundamentadas

Implementar processo estruturado (com sistemas inteligentes) de triagem de denúncias para aprofundar a investigação das relevantes e agilizar a elaboração de relatórios.

P02 Implementar ações corretivas durante o exercício

Implementar processos de fiscalização concomitantes para que as ações corretivas tenham efeito no próprio exercício e que as contas dos órgãos sejam analisadas no mesmo exercício das análises das contas dos governos (estadual e municipais).

P03 Estruturar processo de comunicação

Estabelecer processo estruturado de comunicação visando reconhecimento do trabalho do TCESP e possibilitando o controle social.

P04 Aperfeiçoar o processo de capacitação externa

Estabelecer processo para identificar e atender a demanda considerando os critérios de interesse do TCESP.

P05 Redesenhar o processo de planejamento

Redesenhar e institucionalizar processo de planejamento das fiscalizações visando a seletividade e a concomitância, considerando a disponibilidade dos recursos.

P06 Incrementar a avaliação de programas governamentais

Estabelecer e institucionalizar processo de acompanhamento e avaliação de resultados, incluindo o acompanhamento e avaliação de programas governamentais.

P07 Otimizar os processos finalísticos

Redesenhar os processos finalísticos do Tribunal visando a seletividade, concomitância e a implantação do processo eletrônico.

Meios

Código Objetivo Descrição

M01 Redesenhar e padronizar os procedimentos administrativos

Planejar, redesenhar e padronizar os procedimentos administrativos assegurando racionalização no uso dos recursos do TCESP, considerando as interfaces entre as áreas visando o alcance dos resultados do Tribunal.

M02 Efetivar a gestão de pessoas

Aprimorar a gestão de pessoas visando agregar, aplicar, recompensar, manter, monitorar e desenvolver os servidores, de forma integrada e centralizada, porém não unificada.

M03 Adequar e padronizar os sistemas e a infraestrutura de tecnologia da informação

Desenvolver capacidades e infraestrutura de tecnologia da informação necessárias para atender às demandas, incluindo o processo eletrônico e a gestão eletrônica de documentos, nas áreas fim e meio, visando decisões mais céleres e assegurando a ampla defesa, a melhor gestão do conhecimento, a redução do uso de papel e do custo processual e, a otimização do espaço físico e da logística.

M04 Manter adequadas as instalações e infraestrutura do TCESP

Planejar e executar ações para manter as instalações e infraestrutura do TCESP adequadas às necessidades.

M05 Fortalecer a capacidade de orientação e pedagogia do TCESP

Estruturar a ECP visando atender as demandas de orientação e pedagogia do TCESP estabelecendo e implantando um plano plurianual de formação.

Fonte: http://www.tce.sp.gov.br/instituicao/gestaoestrategica/objetivos-institucionais.shtm.

O objeto deste trabalho está vinculado aos seguintes objetivos

estratégicos institucionais do TCESP:

Resultados-02 – Contribuir para o cumprimento dos programas

governamentais; Realizar essa contribuição por meio de acompanhamento e

avaliação de resultados, concomitante à execução do programa.

Page 24: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

23

Processos-02 – Implementar ações corretivas durante o exercício;

Implementar processos de fiscalização concomitantes para que as ações

corretivas tenham efeito no próprio exercício e que as contas dos órgãos

sejam analisadas no mesmo exercício das análises das contas dos governos

(estadual e municipal).

Processos-05 – Redesenhar o processo de planejamento.

Resultado-03 – Promover o controle social sobre a gestão pública;

Instrumentalizar o controle social a partir das informações do TCESP, com

relatórios apropriados para o controle social.

Entrega-03 – Formar e informar o público alvo; Aprimorar a informação e a

formação dos jurisdicionados e cidadãos nas práticas do TCESP com

formatos e conteúdos apropriados para cada público.

Processo-06 – Incrementar a avaliação de programas governamentais;

Meios-05 – Fortalecer a capacidade de orientação e pedagogia do TCESP;

Estruturar a ECP visando atender as demandas de orientação e pedagogia do

TCESP estabelecendo e implantando um plano plurianual de formação.

4. A T.I. e os lançamentos contábeis

4.1 SAO – Sistema de alterações Orçamentárias

Este sistema é utilizado para efetuar as alterações orçamentárias

durante o Exercício de acordo com as necessidades do órgão e depende das

disponibilidades de recursos orçamentários.

Disponível em <http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/boletins/boletim32000/3legisla/estadual3/resconj1.htm>. Acessado

em 25/02/2012.

4.2 SIMPA - Sistema de Monitoramento de Programas e Ações do Plano Plurianual

O SIMPA é uma base de informações que se obtém por meio do

sistema Estrutura de Programas e Ações – EPA.

Nos termos do manual do SIMPA editado em julho de 2004, ele tem

como objetivo constituir-se na base principal de informações que suportará os

Page 25: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

24

diversos Sistemas de Avaliação que levarem em conta componentes do Plano

Plurianual, e os procedimentos de revisão anual do PPA durante o processo de

elaboração das propostas da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei de

Orçamento Anual – LOA.

Disponível em <http://lua.planejamento.sp.gov.br/owa/epa/login_epa$.startup?p_origem=SIMPA>. Acessado em: 25/02/2012.

4.3 SIGEO - Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária

Esse aplicativo extrai informações gerenciais do Sistema Integrado

de Administração Financeira para Estados e Municípios – SIAFEM/SP e do Sistema

Integrado de Informações Físico-Financeiras – SIAFÍSICO e ainda permite ao

administrador público e a toda comunidade, o acesso a uma macrovisão da

execução orçamentária e financeira do Estado de São Paulo, proporcionando

clareza e transparência no gerenciamento dos recursos públicos, conforme expressa

o manual do SIGEO que detalha todo o seu funcionamento.

Disponível em http://www.fazenda.sp.gov.br/download/default.shtm). Acessado em 25/02/2012.

4.4 SIAFEM

O SIAFEM/SP - Sistema Integrado de Administração Financeira para

Estados e Municípios é um sistema que foi desenvolvido pelo governo federal por

meio do SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados. Foi instituído pelo

Decreto Estadual nº. 40.566 de 21 de dezembro de 1995 e implantado em 2 de

janeiro de 1996. É um banco de dados da execução orçamentária, financeira,

patrimonial e contábil do Estado.

Tem ele como objetivo:

Aperfeiçoar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial e

contábil de forma integrada;

Reduzir os custos;

Obter maior transparência, eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos;

Facilitar a apreciação de contas do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do

Poder Executivo e de Controle Externo representados pela Assembléia

Legislativa e Tribunal de Contas.

Page 26: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

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Para a segurança do sistema foi desenvolvida a ferramenta

denominada NAVEGA, que administra e controla o acesso dos usuários aos

Sistemas bem como fornece de forma padronizada os menus que conduzem os

usuários às transações permitidas e escolhidas.

O acesso aos sistemas é feito por meio do CPF e senha do usuário,

sendo esta pessoal e intransferível. Assim, o usuário é responsável pela utilização

dos sistemas sob sua senha.

Disponível em<http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_siafem:vsiafem>.

(Acessado em 25/02/2012).

Outro sistema que compõe o sistema SIAFEM é o COMUNICA que

tem com função administrar a troca de mensagens entre os usuários dos sistemas.

Vale ressaltar que as mensagens recebidas e não confirmadas irão aparecer quando

do acesso ao Sistema SIAFEM.

Os cadastros dos fornecedores, dos materiais, dos serviços e dos

preços praticados, são armazenados no sistema SIAFISICO que processa também a

despesa orçamentária referentes a materiais e serviços, descarregando sua

contabilização (nota de empenho e liquidação) no SIAFEM/SP. O sistema abriga

ainda o subsistema “Bolsa Eletrônica de Compras”.

A seguir a árvore dos sistemas NAVEGA, COMUNICA, SIAFISICO E

SIAFEM.

Figura 1 - Árvore dos sistemas NAVEGA-SIAFEM-COMUNICA-SIAFÍSICO

Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf.

Page 27: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

26

4.5 SIAFISICO

O sistema SIAFISICO, contém os cadastros dos fornecedores, dos

materiais, dos serviços e dos preços praticados, processa também a despesa

orçamentária referentes a materiais e serviços, descarregando sua contabilização

(nota de empenho e liquidação) no SIAFEM/SP. O sistema abriga ainda o

subsistema “Bolsa Eletrônica de Compras”.

Disponível em <http://www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf>. Acessado em: 25/02/2012.

Page 28: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

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CAPÍTULO II

CONTROLE ORÇAMENTÁRIO, FINANCEIRO E PATRIMONIAL

1. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

Com o objetivo de adequar o plano de contas nacional às normas de

convergências ao padrão internacional, a Secretaria do Tesouro Nacional elaborou o

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

Para isso, por ser a responsável pela sua administração, conforme

citado no Manual de Contabilidade aplicada ao Setor Público – parte IV, a STN

contou com o apoio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis. Este teve várias

reuniões com diversas entidades técnicas representativas da sociedade, resultando

em algumas diretrizes para o PCASP, dentre elas:

Adoção de estrutura de Plano de Contas padronizada nas três esferas de governo, para fins de consolidação nacional e compatibilização com a elaboração de relatórios e demonstrativos previstos na legislação vigente e nas normas de contabilidade, e para, ainda, contemplar peculiaridades inerentes às empresas estatais dependentes, sendo facultativo para as empresas estatais independentes. (MPCASP-2011). Flexibilidade para que os entes detalhem em níveis inferiores, a partir do nível de detalhamento definido como mínimo a ser observado, de modo adequado às suas peculiaridades. (MPCASP-2011).

E ainda, conforme o MPCASP-2011 as contas contábeis são

classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam:

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Quadro 3 - Natureza das Informações - Contas de Ativo e Passivo

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Quadro 4 - Natureza das Informações - Contas de Variação Patrimonial.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Contas com Informações de Natureza Patrimonial: são as contas que registram, processam e evidenciam os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público, representadas pelas contas que integram o Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) e Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA). (MPCASP-2011).

Page 30: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

29

Quadro 5 - Natureza das Informações - Contas Orçamentárias.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Contas com Informações de Natureza Orçamentária: são as contas que registram, processam e evidenciam os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária, representadas pelas contas que registram aprovação e execução do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar. (MPCASP-2011).

Page 31: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

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Quadro 6 - Natureza das informações – Contas de Controle.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Contas com Informações de Natureza Típica de Controle: são as contas que registram, processam e evidenciam os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como outras que tenham função precípua de controle, seja para fins de elaboração de informações gerenciais específicas, acompanhamento de rotinas, elaboração de procedimentos de consistência contábil ou para registrar atos que não ensejaram registros nas contas patrimoniais, mas que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio. (MPCASP-2011).

2. Cadastro De Gestores Públicos

Sugere-se a criação desse cadastro que tem o intuito de evidenciar

por meio de registros contábeis todos os atos relevantes praticados pelos gestores

responsáveis. Para isso será inserido o Cadastro de Gestores Públicos no Plano

de Contas Aplicado ao Setor Público, que será operado contabilmente a cada passo

da execução das peças orçamentárias (PPA, LDO e LOA).

Utilizar-se-á a plataforma do sistema SIAFEM/SIAFISICO praticado

no Estado de São Paulo, bem como a estrutura do sistema AUDESP gerenciado

Page 32: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

31

pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Cadastrar-se-ão os Gestores

públicos, a exemplo do cadastramento de fornecedores, credores, responsáveis por

adiantamento, e outros no sistema SIAFEM/SP.

Com isso se efetua as consultas contábeis “on line” no sistema pela

“internet” e nelas aparecerá o nome e o CPF dos gestores responsáveis até aquela

fase da execução orçamentária. Para cada peça de planejamento se obtém o

controle desejado, conforme fluxograma abaixo:

Fluxograma 1 - Fluxo dos Gestores Públicos nas peças orçamentárias.

Fonte: elaborado pelo autor.

A figura acima demonstra a partir de qual instrumento de

planejamento os gestores públicos estão vinculados.

Page 33: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

32

A seguir a sugestão de contas contábeis a serem criadas na forma

do novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público:

Quadro 7- Contas contábeis – Gestores Públicos.

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Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

2.1. CPF e o Cadastramento

O CPF – Cadastro de Pessoas Físicas perante a Receita Federal é o

número utilizado para acessar o sistema SIAFEM/SIAFISICO.

O Artigo 7º da Instrução CGE-G-1, de 15-12-2006 disciplina o

acesso ao sistema:

Artigo 7º - O Centro de Apoio ao Usuário - CAU da Contadoria Geral do Estado é o núcleo gerenciador do sistema NAVEGA, que centraliza o cadastro dos usuários, cabendo-lhe exclusivamente a inclusão e exclusão de senhas, bem como a alteração e definição do nível e perfil de acesso aos sistemas SIAFEM/SP, SIAFISICO e COMUNICA. Parágrafo Único - A utilização dos sistemas será efetivada após o cadastro feito pelo próprio usuário, via site da Secretaria da Fazenda, indicando os sistemas desejados, a autorização do gestor responsável e a habilitação pelo Núcleo Cadastrador - CAU.

Assim todo usuário deve fazer o cadastro no sitio

www.fazenda.sp.gov.br/cau.

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Figura 2 - Cadastramento de usuário – tela 1.

Fonte: https://www.fazenda.sp.gov.br/cau/.

Uma vez cadastrado, todos os documentos emitidos no sistema

SIAFEM/SIAFISICO serão identificados pelo nome completo do emitente, conforme

se observa nas telas do SIAFEM impressas na fase da execução orçamentária.

Dessa forma os órgãos de controle terão ciência dos operadores daquela

ferramenta.

Figura 3 - Cadastramento de usuário – tela 2.

Fonte: https://www.fazenda.sp.gov.br/cau/ficha_inic.asp?tipo=0.

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37

A sugestão que se faz para o sistema SIAFEM/SIAFISICO é a

liberação de senha para o cidadão com o perfil de consultas, para que ele possa

acessar o SIAFEM.NET pelo sitio https://www6.fazenda.sp.gov.br e acompanhar

toda a execução orçamentária e os respectivos lançamentos contábeis e suas

demonstrações.

Estende-se essa sugestão de perfil de consulta a todos os

servidores operadores do sistema SIAFEM/SIAFISICO para que possam consultar

outros órgãos além daquele de sua lotação, possibilitando nesse caso verificar como

os servidores de outras Entidades estão operando o sistema, aprimorando-se assim

os conhecimentos em cada área de atuação.

Com isso atendemos ao Princípio da Publicidade, previsto no Artigo

37 da Constituição Federal de 1988, que se refere à obrigação de dar

publicidade, ou seja, levar ao conhecimento de todos, os atos, contratos ou

instrumentos jurídicos praticados pela Administração Pública. (NERLING, 2010).

E ainda, responde ao Princípio da Transparência que confere a

possibilidade de qualquer pessoa questionar e controlar toda a atividade

administrativa, nos termos do Artigo 48 da Lei 101 de 4 de maio de 2.000.

(NERLING, 2010).

2.2 Gerente de Programas

A implantação dos GERENTES DE PROGRAMAS teve início com a

experiência adotada pelo governo federal por meio do Decreto nº 2.829, de 29 de

outubro de 1998 e no Estado de São Paulo, desde o exercício de 2004, por meio do

SIMPA – Sistema de Monitoramento de Programas e ações, implantado por meio da

Resolução SEP - 5, de 26-7-2004 da Secretaria de Economia e Planejamento.

A Diretoria de Planejamento e Avaliação - DPA dá suporte a todos

os usuários desse sistema, que compreendem cerca de 200 gerentes de programa e

340 responsáveis por ações, conforme relatório das atividades da administração

estadual em 2010 publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, Suplemento

do Poder Legislativo, na data de 06 de abril de 2011.

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Os gerentes dos programas do PPA são designados pelos

Secretários de Estado ou dirigentes de órgãos, na forma prevista no parágrafo único

do artigo 2° do Decreto n° 47.658 de 18 de fevereiro de 2003.

Dentre outras atribuições, os GERENTES DE PROGRAMAS são os

agentes responsáveis para alimentar o sistema SIMPA com os dados referentes à

programação, à execução e aos resultados e ações do PPA, nos termos do artigo 3º

da Resolução SEP – 5, de 26/07/2004:

Artigo 3º - São agentes responsáveis pelo registro e consistência das informações referentes à execução das metas das ações e resultados dos programas do PPA: I - os gerentes dos programas designados pelos dirigentes dos órgãos e unidades administrativas, em conformidade com o parágrafo único, do artigo 2º e com atribuições conferidas pelo artigo 3º, ambos do Decreto nº 47.658, de 18 de fevereiro de 2003. Disponível em: <http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates$fn=default.htm&vid=sefaz_financeira:vfinanc> acessado em 10/03/2012.

2.3 Responsáveis por Ações

Na definição do Artigo 3º da Resolução SEP - 5, de 26-7-2004, que

dispõe sobre o Sistema de Monitoramento dos Programas e Ações do Plano

Plurianual – SIMPA, os Responsáveis por Ações, são agentes responsáveis pelo

registro e consistência das informações referentes à execução das metas das ações

e resultados dos programas do PPA.

Os responsáveis pela execução das ações são identificados pelos

respectivos gerentes dos programas e aprovados pelos dirigentes dos órgãos e

unidades administrativas.

Disponível em: <http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates$fn=default.htm&vid=sefaz_financeira:vfinanc>

acessado em 10/03/2012.

2.4 Ordenadores de Despesa

O conceito legal de “ordenador de despesa” pode ser encontrado no

§ 1º do art. 80 do Decreto-Lei Federal nº 200/67:

Art. 80 - Ordenador de despesas é toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recurso da União ou pela qual esta responda.

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Os Chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário uma vez

empossados nomeiam seus auxiliares diretos para gerir os recursos públicos nas

diversas áreas do Estado. Estes são os Ordenadores de despesa chamados

primários.

Devido à complexidade de gerenciamento das finanças públicas

aqueles auxiliares diretos nomeiam os Ordenadores de Despesa Secundários, que

são geralmente funcionários de carreira e especialista nessa área de atuação.

Disponível em: <http://tc-rs.jusbrasil.com.br/noticias/1518362/ordenador-de-despesas-na-administracao-publica>. Acessado em 14/03/2012.

O Manual do SIAFEM/SP classifica o Ordenador de despesa em

dois tipos:

Ordenador Nato, cuja capacidade está ligada ao cargo que ocupa, previsto em leis, Regulamentos, Estatutos, e outros; Ordenador Delegado, cuja autoridade basea-se em DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA formal, nominativa e específica.

A DELEGAÇÃO de COMPETÊNCIA “tem caráter facultativo e transitório, apoiando-se em razões de oportunidade e conveniência e na capacidade do Delegado de exercer a contento as atribuições conferidas, de modo que o delegante pode sempre retomar a COMPETÊNCIA e atribuí-la a outrem ou exercê-la pessoalmente” (MEIRELLES, H. L., 2000). Disponível em http://www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf. acessado em 15/03/2012.

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2.5 Gestor Orçamentário

O Gestor Orçamentário é a pessoa responsável pelo gerenciamento

e controle das dotações de cada Unidade Orçamentária.

Disponível em< http://www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf>. Acessado em 15/03/2012.

2.6 Gestor Financeiro

O Gestor Financeiro é a pessoa responsável pela gestão e controle

dos recursos financeiros.

Disponível em< http://www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf>.Acessado em 15/03/2012.

2.7 Gestor Executor

O gestor Executor é a pessoa responsável pela execução

orçamentária e financeira da despesa.

Disponível em <http://www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf>.Acessado em 15/03/2012

2.8 Pregoeiro

O Pregoeiro é um profissional encarregado pela administração

pública para a condução dos pregões e julgamento do vencedor da licitação.

Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pregoeiro>. Acessado em 16/03/2012.

A função de Pregoeiro está inserida no inciso IV do artigo 3º da Lei

nº 10.520, de 17 de julho de 2012:

IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.

No âmbito do Estado de São Paulo a função do pregoeiro está

disciplinada no artigo 4º do Decreto 47.297, de 6 de novembro de 2002:

Artigo 4º - Somente poderá atuar como pregoeiro o servidor ou o empregado que tenha realizado curso de capacitação específica para exercer a atribuição.

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Quanto às atribuições do pregoeiro o artigo 5º daquele mesmo

Decreto estabelece:

Artigo 6º - São atribuições do pregoeiro: I - conduzir o procedimento, inclusive na fase de lances; II - credenciar os interessados, mediante a verificação dos documentos que comprovem a existência de poderes para formulação de propostas, lances e demais atos inerentes ao certame; III - receber a declaração dos licitantes de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação, bem como os envelopes-proposta e os envelopes-documentação; IV - analisar as propostas e desclassificar aquelas que não atenderam os requisitos previstos no edital; V - classificar as propostas segundo a ordem crescente de valores ao final ofertados e a decidir motivadamente quanto à aceitabilidade do menor preço; VI - adjudicar o objeto do certame ao licitante vencedor, se não tiver havido na sessão pública a declaração de intenção motivada de interposição de recurso; VII - elaborar a ata da sessão pública, que conterá, sem prejuízo de outros elementos, o registro: a) do credenciamento; b) das propostas e dos lances formulados, na ordem de classificação; c) da decisão a respeito da aceitabilidade da proposta de menor preço; d) da análise dos documentos de habilitação; e e) os motivos alegados pelo licitante interessado em recorrer. VIII - receber os recursos; IX - encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade superior para o exercício das atribuições definidas nos incisos V, VI e VII do artigo 3º deste decreto. Parágrafo único - Interposto recurso, o pregoeiro poderá reformar a sua decisão ou encaminhá-lo, devidamente informado, à autoridade competente para decidir.

2.9 Comissão de Licitação

Há algumas definições para a Comissão de Licitação, dentre elas,

apontamos a da Prefeitura Municipal de Mesquita, que assim a define:

A Comissão Permanente de Licitações, geralmente conhecida por C.P.L., representa um centro de competência e atribuições fundamentais na relação entre a Administração Pública e o cidadão, ao desempenhar atividades de aquisição de materiais, serviços, tecnologias, obras, serviços de engenharia, dentre outras ações, dentro dos princípios informados pela Constituição Federal e legislações, como legalidade, publicidade, eficiência, transparência e observância do interesse público. Disponível em http://www.mesquita.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1696%3Acomissao-permanente-de-licitacoes-cpl&catid=41%3Asemug&Itemid=345. Acessado em 16/03/2012.

Nos termos da Lei nº 8.666/93 o artigo 6º prescreve:

Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se:

[...] XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os

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documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes.

A composição e a forma de julgamento estão definidas no Artigo 51

do Estatuto das Licitações, nos seguintes termos:

Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.

§ 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas

pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente.

§ 2o A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro

cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.

§ 3o Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente

por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.

§ 4o A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá

a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subseqüente.

2.10 Gestores de Contrato

Os gestores de Contrato são aqueles servidores especialmente

designados pela Administração para acompanhar e gerenciar os contratos

assinados. Essa exigência está prevista no Artigo 67 da Lei 8.666/93, como segue:

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

Para tanto a lei estabelece alguns procedimentos para quem ocupa

esta função, dentre outros:

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Anotar em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do

contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou

defeitos observados, conforme prevê o parágrafo 1º do Artigo 67; e

Na forma do § 2º, as decisões e providências que ultrapassarem a competência

do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para

a adoção das medidas convenientes.

Quanto ao perfil do Gestor, é de suma importância que o servidor

designado tenha os atributos necessários para desempenhar a função, tais como:

Gozar de boa reputação ético-profissional;

Possuir conhecimentos específicos do objeto a ser fiscalizado;

Não estar respondendo a processo de sindicância ou processo administrativo

disciplinar;

Não possuir em seus registros funcionais punições em decorrência da prática de

atos lesivos ao patrimônio público, em qualquer esfera do governo; dentre outros

previstos no manual de gestão de contratos encontrado na internet.

Disponível em:<ftp://ftp.ufv.br/Proplan2/Formularios/manualGestaoContratos.pdf>. Acessado em 10/03/2012.

2.11 Fiscal do Contrato

Podemos definir o Fiscal do Contrato aquele servidor que vai a

campo verificar a efetiva execução do contrato nos termos nele estabelecidos. O

fiscal de Contrato não se confunde com o Gestor do Contrato. Na prática o Fiscal

auxiliar o Gestor do Contrato.

Disponível em: <http://unesp.br/prad//mostra_arq_multi.php?arquivo=7870>. E

<http://www.sefaz.am.gov.br/arquivos/3%20VERS%C3%83O%20DO%20MANUAL%20_28%2002%2008.pdf>. Acessados em

10/03/2012.

2.12 Almoxarife.

O almoxarife é a pessoa responsável pelo almoxarifado e tem a

missão receber, conferir, armazenar, organizar, distribuir o estoque da entidade.

Disponível em <http://pt.wiktionary.org/wiki/almoxarife>. Acessado em 17/03/2012.

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44

2.13 Comissão de Recebimento

A Comissão de Recebimento tem uma função muito importante na

fase de execução da execução orçamentária. Ela garante que o foi estabelecido no

Edital de licitação e o adjudicado pelo pregoeiro ou a comissão de licitação, sejam

cumpridos em relação ao material. Ela é instituída para cumprimento do parágrafo 8º

do Artigo 15º da Lei 8.666/93:

§ 8

o O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no

art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros.

3 PPA

Na definição da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento

Regional do Estado de São Paulo:

O PPA pode ser considerado a consolidação de uma visão unificada em

relação aos problemas, prioridades e estratégias do Governo do Estado de

São Paulo, embutindo uma proposta de trabalho conjunto de todas as suas

instâncias, para o período de quatro anos. Mapeia os objetivos estratégicos

de cada pasta, bem como a definição de suas prioridades e metas ao longo

desse período.

Disponível em <http://www.planejamento.sp.gov.br/index.php?id=12 >.

Acessado em 25/03/2012.

A instituição do Plano Plurianual está previsto no Artigo 165 da

Constituição Federal, e na Constituição Paulista no artigo 174. (Nerling, 2011).

Salientamos que um dos métodos de planejamento mais utilizados é

o método PES – Planejamento Estratégico Situacional.

O método PES de criação de Carlos Matus:

É um método e uma teoria do Planejamento Estratégico Público, o mais

novo dos ramos do planejamento estratégico. Foi concebido para servir aos

dirigentes políticos, no governo ou na oposição. Seu tema são os problemas

públicos e é também aplicável a qualquer órgão cujo centro de jogo não

seja exclusivamente o mercado, mas o jogo político, econômico e social.

(MATUS, 2007, pg. 22/23).

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O glossário de finanças da Secretaria da Fazenda do Estado de São

Paulo define o Planejamento Estratégico Situacional da seguinte forma:

Estratégico por admitir opositores, o que requer a formulação de estratégias para conseguir o apoio necessário para sua viabilização. Situacional porque centraliza sua análise, propostas e ação, preponderantemente na situação, baseado na certeza de que para alterar a projeção do futuro indesejável, tem que se atuar no presente. Sintetiza-se no seguinte conceito; “é o cálculo constante, que precede, preside e segue a ação orientada à solução de problemas e a lograr uma imagem objetiva desejada”. A função de produção usada, além dos fatores econômicos, compreende também os relativos ao poder, e por isso, a necessidade de formular estratégias, para viabilizar os fatores necessários à ação, de forma dinâmica e flexível. Disponível em<http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_glossario:vglossar. Acessado em 25/03/2012.

A discriminação da despesa no plano Plurianual esta estruturada em

função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais na forma

prevista no inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320, de 17

de março de 1964, e atualizada pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do MOG

– DOU de 15.4.99. Os conceitos nela previstos são:

FUNÇÃO - é o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que

competem ao setor público;

SUBFUNÇÃO - representa uma partição da função, visando a agregar

determinado subconjunto de despesa do setor público;

PROGRAMA – é o instrumento de organização da ação governamental visando

à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores

estabelecidos no plano plurianual;

PROJETO – é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um

programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais

resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação

de governo;

ATIVIDADE – é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um

programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo

contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção

da ação de governo;

OPERAÇÕES ESPECIAIS – são as despesas que não contribuem para a

manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não

geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

Page 47: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

46

No Estado de São Paulo o PPA está esquematizado da seguinte

forma:

Fonte: http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_siafem:vsiafem.

Aprovado o PPA segue-se o lançamento contábil, tendo como

estrutura o plano de contas aplicado ao setor público, já aprovado, em consonância

às normas internacionais:

Quadro 8 - Contas contábeis orçamentárias devedoras – 1º nível.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Fluxograma 2 - Fluxograma do PPA no Estado de São Paulo.

Page 48: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

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Quadro 9 - Contas contábeis orçamentárias credoras – 1º nível.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Figura 4 - Registro contábil da Aprovação do PPA.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Com esse lançamento registramos o valor de todos os programas e

ações de governo aprovados no PPA. Isto faz com que tenhamos transparência de

todos esses programas, e que eles possam ser conhecidos e acessados por meio da

“internet” por todos aqueles que tenham interesse - inclusive o cidadão - em

acompanhar os gastos públicos .

Page 49: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

48

Mas somente esse registro não é suficiente para entender e

fiscalizar a atuação do Estado. Precisamos ir além.

Logo após o registro do PPA efetuamos os lançamentos contábeis

de cadastramento dos Gerentes de Programas como segue:

Figura 5 - Registro contábil do Gerente de Programas a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Utilizamos a conta GERENTE DE PROGRAMAS A DESIGNAR

porque no momento do registro do PPA ainda não temos os Atos administrativos de

designação dos Gerentes de Programas.

Figura 6 - Registro contábil do Gerente de Programas designado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 50: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

49

Com a designação dos GERENTES DE PROGRAMAS por meio dos

atos administrativos, há a transferência da conta GERENTE DE PROGRAMAS A

DESIGNAR para a conta GERENTE DE PROGRAMAS DESIGNADOS.

Uma vez inseridos os gerentes de programas, todos os lançamentos

contábeis envolvendo os programas de sua responsabilidade terão sua identificação.

Assim todo cidadão terá como acompanhar contabilmente quem é o responsável

pelo programa/projeto de seu interesse e cobrá-lo no que for pertinente.

Principalmente a sua presença nas audiências públicas, visto que o cidadão terá em

suas mãos todos os nomes dos responsáveis por determinado programa ou ação

em qualquer fase do planejamento e da execução orçamentária.

Cada lançamento contábil deverá estar com as seguintes

informações:

Nome e CPF do gerente

Programa responsável.

Metas a atingir

Indicadores de desempenho

Para efeito de controle pelo Tribunal de Contas, podemos, por meio

dessas contas contábeis, aferir quantos programas estão sem o respectivo

responsável, bem como verificar a quantidade de programas que está a cargo

daquele gerente designado, alem de acompanhar e fiscalizar todos os atos de

gestão que envolve recursos orçamentários e financeiros praticados por eles. Bem

sabemos que se houver uma sobrecarga de programas para aquele gerente, aliada

a complexidade de cada um (programa), poderá afetar a eficiência e eficácia

esperada.

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50

Do mesmo modo registramos os RESPONSÁVEIS POR AÇÕES:

Figura 7 - Registro contábil dos Responsáveis por Ações a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Para auxiliar os Gerentes de Programas e integrar as informações

das várias secretarias e administração indireta são identificados os

RESPONSÁVEIS PELAS AÇÕES.

Figura 8 - Registro contábil dos Responsáveis por Ações designados.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

As ações são distribuídas para cada RESPONSÁVEL POR AÇÕES

por meio desse lançamento contábil. Assim aprimoramos o controle de cada ação

com essa identificação.

Page 52: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

51

Ao apontar o Gerente do Programa ou o Responsável por Ação, o

Poder Executivo, bem como o Tribunal de Contas poderão direcionar os

treinamentos específicos necessários para cada um deles, seja por meio de cursos

internos ou externos.

O sistema de custos a ser implantado pela administração pública

terá grande fonte de informação a partir das informações dos Gerentes de

Programas e os Responsáveis por Ações.

4 LDO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias teve sua previsão no inciso II do

artigo 165 da Constituição de 1988 e artigo 4º da Lei 101/2000. Ela é considerada o

elo entre o PPA e a LOA. (NERLING, 2010).

A LDO é composta das metas e prioridades da administração

pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente.

Tem como objetivo:

Orientar a elaboração da lei orçamentária anual;

Dispor sobre as alterações na legislação tributária; e

Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Farão parte do projeto de lei de diretrizes orçamentárias os Anexos

de Metas e Riscos Fiscais. (NERLING, 2010).

Estabelecer-se-á no Anexo de Metas as metas anuais, em valores

correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário

e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois

seguintes. Ainda conterá:

Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de

cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas

nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as

premissas e os objetivos da política econômica nacional;

Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando

a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

Page 53: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

52

Avaliação da situação financeira e atuarial:

o Dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos

e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

o Dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem

de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Em relação ao Anexo de Riscos Fiscais, neles serão avaliados os

passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,

informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. (NERLING,

2010).

A nova proposta para essa etapa é efetuar os registros contábeis do

Anexo de Metas Fiscais e do Anexo de Riscos Fiscais.

Para um efetivo controle, transparência e acompanhamento das

metas fiscais, há que registrá-las logo após a publicação da LDO. O lançamento

contábil deverá ser feito pelo Departamento de Arrecadação Fiscal ou semelhante,

para que a sociedade e os órgãos de controle tenham uma visão de futuro das

prováveis receitas.

O lançamento contábil terá a seguinte formatação:

Figura 9 - Registro contábil das Metas Fiscais.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

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53

Informar o ano e o tipo de tributo e o respectivo valor.

Figura 10 - Registro contábil dos Riscos Fiscais.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Informar o numero do CNPJ ou CPF do beneficiário e o respectivo

valor, numero do processo judicial, entre outros.

5 LOA

A Lei Orçamentária Anual faz parte de um capítulo específico da

Constituição Federal de 1988, precisamente nos artigos 165 a 169. Nela serão

discriminado os recursos orçamentários e financeiros para o atingimento das metas

e prioridades constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias. (NERLING, 2010).

Fará parte dela:

O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e

mantidas pelo poder público (art. 165, § 5º, inciso I, da CF/88), (NERLING,2010);

O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (art. 165, §

5º, inciso II, da CF/88); (NERLING,2010) e

O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a

ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e

Page 55: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

54

fundações instituídos e mantidos pelo poder público (art. 165, § 5º, inciso III, da

CF/88), (NERLING,2010).

A LOA deverá estar compatível com o PPA e a LDO.

No Estado de São Paulo o processo orçamentário segue o seguinte

fluxograma:

Fonte: http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_siafem:vsiafem.

Fluxograma 4 - Funcionograma da Execução Orçamentária no Sistema SIAFEM/SP.

Fonte: http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_siafem:vsiafem.

Fluxograma 3 - Fluxograma do Processo Orçamentário no Estado de São Paulo.

Page 56: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

55

Durante a elaboração deste trabalho houve muitas alterações nas

Normas de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, seja pelo Conselho Federal de

Contabilidade, seja pela Secretaria do Tesouro Nacional.

No que tange a Execução Orçamentária houve inovação no Plano

de Contas Aplicadas ao Setor Público, bem como ao regime de competência

adotado para registro das Receitas e Despesas Públicas. Assim todas elas já estão

sendo consideradas aqui.

Considerando a minha experiência na área de contabilidade,

finanças, auditoria e licitações públicas, apresento a seguir a Execução

Orçamentária de forma didática considerando cada uma de suas fases e inserindo

sugestões para a auditoria preventiva e concomitante do TCESP, utilizando os

lançamentos contábeis na forma do novo plano de contas aplicado ao setor público.

Pelo Manual do SIAFEM/SP as fases da receita e da despesa são

as seguintes:

a) Receita:

Previsão;

Lançamento;

Arrecadação; e

Recolhimento.

b) Despesa:

Fixação; (Lei 4.320/64 e LOA)

Reserva; (SIAFEM/SP)

Via de regra licitação ou dispensa de licitação ou inexigibilidade de licitação ou

ainda adiantamento; (8.666/93 e 6544/89)

Empenho; (4.320/64)

Liquidação; (4.320/64)

Programação; (SIAFEM/SP)

Pagamento (4.320/64)”

Page 57: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

56

Nesta etapa sugerimos o lançamento contábil do cadastramento dos

Ordenadores de despesa, Gestores orçamentários, executores e financeiros, como

segue:

Figura 11 - Registro contábil do Ordenador de Despesa a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Efetua-se o lancamento acima enquanto não há a designação do

ordenador de despesa.

Figura 12 - Registro contábil dos Ordenadores de Despesa designados.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado o ordenador de despesa efetua-se a baixa

daquela pendência.

Page 58: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

57

Figura 13 - Registro contábil dos Gestores Financeiros a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Registra-se para o Gestor Financeiro o lancamento acima enquanto

não há a sua designação.

Figura 14 - Registro contábil dos Gestores Financeiros designados.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado o Gestor Financeiro lança-se a baixa daquela

pendência.

Page 59: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

58

Figura 15 - Registro contábil dos Gestores Orçamentários a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Efetua-se o lancamento acima enquanto não há a designação do

Gestor Orçamentário.

Figura 16 - Registro contábil dos Gestores Orçamentários designados.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado o Gestor Orçamentário lança-se a baixa daquela

pendência.

Page 60: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

59

Figura 17 - Registro contábil dos Gestores Executores a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Registra-se para o Gestor Executor o lancamento acima enquanto

não há a sua designação.

Figura 18 - Registro contábil dos Gestores Executores designados.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado o Gestor Executor lança-se a baixa daquela

pendência.

Esse registro deve ser compatível com o cadastro das Unidades

Gestoras no sistema SIAFEM/SP que poderá ser verificado pela auditoria

concomitante do Tribunal de Contas do Estado ou o controle interno das Secretarias,

por meio da seguinte consulta no sistema:

Comando: > conug

Page 61: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

60

Figura 19 - Tela SIAFEM.NET – Consulta de Unidade Gestora.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 20 - Tela SIAFEM.NET – Consulta de Unidade Gestora – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp

Page 62: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

61

5.1. Receita

A receita pública pode ser definida da seguinte forma:

“1- A entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo. 2 - Toda arrecadação de rendas autorizadas pela Constituição Federal, Leis e Títulos Creditórios à Fazenda Pública. 3 - Conjunto de meios financeiros que o Estado e as outras pessoas de direito público auferem, e, livremente, e sem reflexo no seu passivo, podem dispor para custear a produção de seus serviços e executar as tarefas políticas dominantes em cada comunidade. Em sentido restrito, portanto, receitas são as entradas que se incorporam ao patrimônio como elemento novo e positivo; em sentido lato, são todas quantias recebidas pelos cofres públicos, denominando-se entradas ou ingressos (em sentido restrito, nem todo ingresso constitui receita pública; o produto de uma operação de crédito, p. ex. , é um ingresso mas não é receita nessa concepção, porque em contraposição à entrada de recursos financeiros cria uma obrigação no passivo da entidade pública). 4 - No sentido de CAIXA ou CONTABILÍSTICO são receitas públicas todas e quaisquer entradas de fundos nos cofres do Estado, independentemente de sua origem ou fim. 5 - No sentido financeiro ou próprio são receitas públicas apenas as entradas de fundos nos cofres do Estado que representem um aumento do seu patrimônio. Outra maneira de se ver o problema é considerar que, para que exista uma receita pública, é necessário que a soma de dinheiro arrecadada seja efetivamente disponível, isto é, que possa em qualquer momento ser objeto dentro das regras políticas e jurídicas de gestão financeira, de uma alocação e cobertura de despesas públicas.” Disponível em http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_glossario:vglossar. Acessado em 21/04/2012.

5.1.1. 1ª FASE DA RECEITA – PREVISÃO

O registro contábil da previsão da receita ocorre logo após a edição

do Decreto Estadual da Execução Orçamentária.

Disponível em <http://www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf>. Acessado em: 25/02/2012.

Figura 21 - Registro contábil da Estimativa da Receita.

Page 63: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

62

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

O registro contábil acima ocorre após a publicação do Decreto

Estadual no sistema SIAFEM/SP, e sua baixa deve ser feita invertendo-se o

lançamento contábil quando houver a realização da receita.

5.1.2. 2ª FASE DA RECEITA – LANÇAMENTO

Cabe aqui uma interferência para comentarmos inovações trazidas

pelas normas de convergências da contabilidade pública aos padrões internacionais.

Regime de Competência x Regime de Caixa:

No setor público tem se aplicado o regime misto: O de competência,

a receita e a despesa é reconhecida no momento do fato gerador; O regime de

caixa, a receita é reconhecida no momento que ocorre a arrecadação; nos termos do

artigo 35 da Lei nº 4.320/64:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

I – a s receitas nele arrecadadas;

II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Reconhecimento da Receita Pública no fato gerador:

Essa é uma novidade para o Setor Público que há muito tempo tem

registrado a receita no momento da arrecadação.

Com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação patrimonial aumentativa, independentemente da execução orçamentária, em função do fato gerador, observando-se os princípios contábeis da competência e da oportunidade. (MCASP/2011).

Nos termos das Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 16.5, os

registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados nas

demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam reconhecidos,

portanto, pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da

execução orçamentária.

E ainda, conforme o Art. 9º da Resolução CFC nº 1.282/2010 “O

Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos

Page 64: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

63

sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do

recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência

pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.”

Assim o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público - parte I

– Procedimentos Contábeis Orçamentários, nos fornece algumas diretrizes e

exemplos de como efetuar o registro das receitas orçamentárias no momento do fato

gerador. (STN, 2011).

Exemplo (STN, 2011):

A legislação que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade Predial

e Territorial Urbana (IPTU) estabelece, de modo geral, que o fato gerador deste

tributo ocorrerá no dia 1º de janeiro de cada ano. Nesse momento, os registros

contábeis sob a ótica do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público são os

seguintes:

Lançamento no momento do fato gerador (dia 1º de janeiro):

Figura 22 - Registro contábil do reconhecimento da Receita.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Esse registro provoca o aumento do ativo e do resultado do

exercício, atendendo ao disposto nos arts. 100 e 104 da Lei nº 4.320/1964.

Houve grande debate na fundamentação legal desses registros.

Chegou-se à conclusão que eles têm suporte no artigo 35 da Lei nº 4.320/1964, para

dar o enfoque orçamentário:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadadas; II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Page 65: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

64

E pelo enfoque patrimonial os artigos 85, 89, 100 e 104 da Lei

4.320/64:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.

Portanto, na contabilidade é imprescindível que todos os atos e fatos

que alterem a situação patrimonial de uma entidade sejam evidenciados, seja ela

pública ou privada. E isto na contabilidade pública fica demonstrado no sistema

patrimonial.

5.1.3. 3ª FASE DA RECEITA – ARRECADAÇÃO

Figura 23 - Registro contábil da Arrecadação da Receita orçamentária e disponibilidade financeira.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

O registro acima demonstra a transferencia da conta Receitas a

Realizar para a conta Receitas Realizadas, permitindo o seu controle, e ainda

enfatiza o controle da Disponibilidade Financeira.

Page 66: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

65

5.1.4. 4ª FASE DA RECEITA – RECOLHIMENTO

Figura 24 - Registro contábil do Recolhimento da Receita.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Aqui fica demonstrado o registro do recolhimento da Receita pública, ou seja, a transferência do Banco arrecadador para os cofres públicos, em contrapartida a baixa dos Créditos Tributários a receber.

5.1.5. Fonte de Recursos/Destinação de Recursos

Aspecto importante na apuração da Receita Pública é a Fonte de

Recursos e consequentemente a sua destinação, em atendimento do parágrafo

único do art. 8º da LRF e o art. 50, inciso I da mesma Lei: (NERLING,2011)

Art. 8º [...]

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:

I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada.

5.1.6. Proposta de inovação: Regionalização da Receita Pública

Aponto a regionalização como um meio de se apurar de qual região

do país ou estado se originou o recurso. Assim podemos perguntar:

Page 67: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

66

O recurso do ICMS vem de quais regiões (cidade) do Estado?

Qual o montante apurado de cada uma delas?

Dessa forma o agente político, o cidadão, e os órgãos de controle

terão contabilmente esta informação por meio de cadastro de regiões como já

acontece no empenho da despesa no sistema SIAFEM/SP, conforme itens do

Manual do SIAFEM/SP: (SIAFEM/SP/2011)

PLANOREG - Plano de Regionalização - visa o desenvolvimento e a integração

regional do Estado, mediante o estabelecimento de pólos de irradiação e atração.

Ele é composto pela junção de várias regiões governamentais em uma região

administrativa e seus respectivos municípios; (SIAFEM/SP/2011)

REGADM - Região Administrativa - foi criada para elevar a eficiência das

unidades locais de prestação de serviços, por meio do encurtamento das linhas

burocráticas de suprimento de recursos; (SIAFEM/SP/2011)

REGGOV - Região Governamental – foi criadas visando a tomada de decisões

capazes de orientar o desenvolvimento econômico-social das diferentes regiões

do Estado e reduzir excessiva concentração do progresso em torno de sua

capital; (SIAFEM/SP/2011)

MUNICÍPIOS - Este módulo define quais os municípios que integrarão as regiões

governamentais, administrativas e o plano regional; (SIAFEM/SP/2011)

Podemos ainda verificar se alguma obra em determinada cidade

está sendo financiada por seus próprios recursos (impostos arrecadados na região)

ou se outras regiões a está financiando, bastando apenas comparar o arrecadado

(Guia de Recolhimento) com o aplicado naquela região (Nota de Empenho), pelo

código da região.

O controle externo da receita pública ainda precisa avançar muito,

pois não houve na cultura dos tribunais de contas tanta preocupação com ela quanto

houve com a despesa pública.

A análise da receita é tão importante quanto da despesa.

Page 68: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

67

5.2 Despesa

Defini-se a despesa como:

l - Em sua acepção financeira, é a aplicação de recursos pecuniários em forma de gastos e em forma de mutação patrimonial, com o fim de realizar as finalidades do estado e, em sua acepção econômica, é o gasto ou não de dinheiro para efetuar serviços tendentes àquelas finalidades. 2 - Compromisso de gasto dos recursos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletividade prevista no orçamento. Disponível em: <http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_glossario:vglossar>. Acessado em 21/04/2012.

5.2.1. 1ª fase da despesa – fixação

Conforme estabelecido no Artigo 1º da Instrução CGE-G - 1, de 19-

3-2004, o primeiro estágio da despesa é a FIXAÇÃO.

A Execução Orçamentária do Estado de São Paulo para o Exercício

de 2012 está disciplinada pelo Decreto nº 57.733, de 10 de janeiro de 2012. Em seu

artigo 1º estabelece que a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil

do Estado de São Paulo será obrigatoriamente realizada em tempo real no Sistema

Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios - SIAFEM/SP.

O gerenciamento da Execução Orçamentária é feito por meio de

Unidades Gestoras:

UNIDADE GESTORA FINANCEIRA – UGF - unidade responsável pela

gestão e controle dos recursos financeiros, que centraliza as operações e

transações bancárias.

UNIDADE GESTORA ORÇAMENTÁRIA – UGO - unidade gerenciadora e

controladora das dotações de cada Unidade Orçamentária, que centraliza

todas as operações de natureza orçamentária, dentre as quais a distribuição

de recursos às Unidades Gestoras Executora e aos Fundos Especiais de

Despesa.

UNIDADE GESTORA EXECUTORA – UGE - unidade administrativa

codificada no SIAFEM/SP, integrante da estrutura dos órgãos da

Administração Direta, das Autarquias, das Fundações e das Sociedades de

Economia Mista classificadas como dependentes, incumbida da execução

orçamentária e financeira da despesa.

Page 69: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

68

UNIDADE GESTORA FUNDOS – UG-FUNDOS – Para os Fundos Especiais

a UGF e UGE funcionarão concomitantemente.

Para cada UG é designado um gestor que terá perfil de acordo com

as atribuições previstas no Decreto Estadual que fixa a execução orçamentária.

Essa distribuição se faz necessária para atender um princípio

fundamental de administração e de controle interno, que é a segregação de funções.

A distribuição das dotações orçamentárias aprovadas pela Lei do

Orçamento é automaticamente disponibilizada no SIAFEM/SP, por meio da Nota de

Dotação com o detalhamento da:

I - classificação institucional por Órgão e Unidade Orçamentária;

II - classificação funcional por função e subfunção;

III - estrutura programática por programa, atividade e/ou projeto;

IV - classificação econômica até o nível de elemento; e

V - fonte de recursos.

No exemplo abaixo está uma Nota de Dotação emitida no Exercício

de 2012:

Figura 25 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Dotação.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 70: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

69

A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional distribui

os recursos diretamente às Unidades Gestoras Orçamentárias de cada órgão.

Ilustração 1 - Esquema da Distribuição de recursos orçamentários.

ORGÃO

UNIDADE ORÇAMENTARIA

UNIDADE GESTORA

ORÇAMENTARIA

UNIDADEGESTORA

EXECUTORA

UNIDADE GESTORA

EXECUTORA

UNIDADE GESTORA

EXECUTORA

ORÇAMENTO

Fonte: elaborado pelo autor.

Nesta etapa sugere-se ao TCESP por meio da auditoria

concomitante verificar se todas as Unidades Gestoras inseridas no sistema

SIAFEM/SIAFISICO estão legalmente criadas por meio do instrumento adequado, ou

seja, por meio de decretos, conforme previsto no artigo 6º do Decreto-lei nº 233, de

28 de abril de 1970, que estabelece normas para a estruturação dos Sistemas de

Administração Financeira e Orçamentária da Administração Pública Estadual,

Centralizada ou Direta: “Artigo 6.º - As Unidades Orçamentárias e de Despesa serão

fixadas através de Decreto do Poder Executivo.”.

Page 71: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

70

O comando no sistema SIAFEM poderá ser verificado da seguinte

forma: Comando: >LISUG

Figura 26 - Tela SIAFEM.NET – Lista Unidades Gestoras – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 27 - Tela SIAFEM.NET – Lista Unidades Gestoras – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 72: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

71

Figura 28 - Tela SIAFEM.NET – Lista Unidades Gestoras – tela 3.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Lançamento contábil

Para maior compreensão da execução orçamentária e dos

lançamentos contábeis, adotou-se a codificação do novo Plano de Contas Aplicado

ao Setor Público até o quinto dígito. Os quatro últimos dígitos foram utilizados do

plano de contas do sistema SIAFEM/SP. Dessa forma o leitor poderá comparar os

dois modelos de contas contábeis uma vez que serão demonstradas as telas da

execução orçamentária do sistema SIAFEM/SP.

Figura 29 - Registro contábil da Fixação da Despesa.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 73: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

72

Para se verificar os valores dos recursos orçamentários lançados

para o exercício, efetua-se a seguinte consulta:

>DETACONTA

Conta a ser consultada: 522.11.01.00 e 622.11.00.00 (novo plano de

contas aplicado ao setor público)

No exemplo abaixo se utilizou a conta 192.11.01.00 (plano de contas

anterior):

Figura 30 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito inicial- tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 74: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

73

Figura 31 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito inicial – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

O detalhamento da conta contábil deverá ter o nome e CPF do

Gerente do Programa, do Responsável pela Ação e do Gestor Orçamentário,

conforme proposto no item 3 do capítulo II.

Dessa forma os órgãos de controle podem verificar quais são as

pessoas responsáveis pelo programa executado em cada fase do orçamento para

que se façam as correções necessárias e efetuem o devido treinamento desses

servidores conforme programação de cursos do setor competente.

Por sua vez o Gestor Orçamentário faz a conferência dos recursos

que ficaram a sua disposição e prepara a sua distribuição para as Unidades

Gestoras Executora.

Page 75: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

74

Figura 32 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito disponível.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp>. Acessado em 02/02/2012.

Juntamente com os recursos orçamentários efetua-se o registro da

Cota de Despesa Autorizada. Destacando-se o Gerente do Programa o Responsável

pela Ação e o Gestor Orçamentário.

Figura 33 - Registro contábil – Fixação da Cota de despesa.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

No exemplo abaixo se utilizou a conta 193.11.01.00 (conta contábil

correspondente no plano de contas anterior):

Page 76: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

75

Figura 34 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa autorizada.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Verifica-se que o saldo da conta acima é cumulativo, ou seja, não

reduz durante a execução orçamentária, apenas acresce-se por meio dos créditos

adicionais.

Figura 35 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa a fixar.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 77: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

76

Nesta tela acima o saldo varia conforme a execução orçamentária e

podemos verificar por meio do detalhamento contábil os documentos que deram

origem aos fatos contábeis.

Após a distribuição dos recursos orçamentários, a Secretaria da

Fazenda do Estado de São Paulo libera as Cotas Financeiras para as Unidades

Gestoras Orçamentárias.

Figura 36 - Registro contábil – Liberação da cota financeira.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Por meio dessas contas contábeis a Secretaria da Fazenda tem o

controle das cotas financeiras liberada para cada Unidade Gestora Orçamentária.

Figura 37 - Registro contábil – Cota financeira a distribuir.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Nas contas acima o Gestor Orçamentário consegue enxergar a Cota

Financeira sob sua administração. Uma com valor cumulativo e outra

acompanhando o saldo no decorrer do Exercício.

Page 78: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

77

Conta contábil - 193.99.01.02 correspondente no plano de contas

anterior:

Figura 38 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Movimento de distribuição de cotas.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Conta contábil - 293.99.01.02 correspondente no plano de contas

anterior:

Figura 39 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira a distribuir.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 79: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

78

Movimentação de Crédito Orçamentário

O gestor orçamentário de posse dos recursos fará a distribuição

para as Unidades Gestoras Executora conforme a necessidade de cada uma para

atender aos programas de governo de sua Secretaria.

Ilustração 2 - Esquema – Distribuição orçamentária para Unidades Gestoras Executora.

ORGÃO

UNIDADE ORÇAMENTARIA

UNIDADE GESTORAORÇAMENTARIA

UNIDADE GESTORAEXECUTORA

UNID. GESTORAEXECUTORA

UNID. GESTORAEXECUTORA

ORÇAMENTO

SECRETARIADE PLANEJAMENTO

Fonte: elaborado pelo autor.

Para isso emite o documento no sistema SIAFEM/SP denominado

Nota Movimentação de Crédito – NC.

Figura 40 - Registro contábil – Transferência de dotação.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 80: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

79

Figura 41 - Nota de Crédito.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Uma vez transferido o recurso da Unidade Gestora Orçamentária –

UGO (destaque concedido) para a Unidade Gestora Executora – UGE (destaque

recebido), cada Gestor terá conhecimento e controle desses valores consultando as

referidas contas contábeis.

Figura 42 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque concedido – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 81: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

80

Na tela acima o Gestor Orçamentário conhece os recursos

orçamentários concedidos.

Figura 43 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque concedido – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na tela acima o Gestor Executor conhece os recursos orçamentários

concedidos.

Figura 44 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque recebido – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na tela acima o Gestor Executor conhece os recursos orçamentários

recebidos.

Page 82: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

81

Figura 45 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Destaque recebido – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na tela acima o Gestor Executor conhece os recursos orçamentários

recebidos.

Figura 46 - Registro contábil – transferência do Crédito disponível.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Neste lançamento contábil o gestor orçamentário e o gestor executor

verificam o saldo das contas. E se ainda resta algum valor para repassar.

Page 83: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

82

Figura 47 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito disponível – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na tela acima o Gestor Executor conhece os saldos dos recursos

orçamentários disponíveis.

Figura 48 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito disponível – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na tela acima o Gestor Executor conhece os saldos dos recursos

orçamentários disponíveis.

Page 84: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

83

Figura 49 - Registro contábil – Anulação de cota de despesa autorizada.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

As cotas de despesas autorizadas também são transferidas para a

UGE e terão controle em contas específicas.

Figura 50 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Anulação da cota de despesa autorizada.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp

Page 85: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

84

Figura 51 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa autorizada.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 52 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa a fixar.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Movimenta-se também a Cota de Despesa a Fixar para as Unidades

Gestoras Executoras que segue para a próxima etapa. Neste momento emite o

documento Nota de Lançamento no sistema SIAFEM/SP para efetuar a

movimentação de cotas.

Page 86: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

85

Figura 53 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Lançamento da Movimentação de cotas – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 54 - SIAFEM.NET – Nota de Lançamento da Movimentação de cotas – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 87: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

86

Figura 55 - Registro contábil – Cota de despesa disponível a empenhar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez fixada as Cotas de Despesa, já existe a disponibilidade

para empenhar a despesa.

Figura 56 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa disponível a empenhar.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 88: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

87

Figura 57 - Registro contábil – Cota financeira distribuída.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Aqui há o controle da Cota Financeira que foi distribuída pela

Unidade Gestora Orçamentária.

Figura 58 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira distribuída – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 89: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

88

Figura 59 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira distribuída – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Neste momento se encerra a fase contábil da fixação da despesa

que foi gerenciada inicialmente pela Secretaria do Planejamento conjuntamente com

a Secretaria da Fazenda e finalmente pela Unidade Gestora Orçamentária do órgão

pelo seu Gestor Orçamentário.

5.2.2. 2ª FASE DA DESPESA – RESERVA

Para dar início a esta etapa se deve ter em mente que existe um

Planejamento a ser cumprido (PPA/LDO). Portanto os Gerentes de Programa, os

Responsáveis pelas Ações, os Gestores (Orçamentário, Executor e Financeiro), os

Gestores de Contrato, Fiscais de Contrato e os Ordenadores de Despesa, devem

estar em completa sincronização quanto ao controle e acompanhamento das

despesas.

A existência de contratos em andamento decorrentes de programas

de duração continuada, conforme previsto no artigo 16 da Lei 101/2000 (Lei de

Responsabilidade Fiscal), deve ter suporte orçamentário e a priori devem ser

reservados e empenhados.

Page 90: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

89

Nessa fase sugere-se ao TCESP a verificação pela auditoria

concomitante da existência desses contratos e a correspondente reserva ou

empenhamento dos recursos.

Para se atender o princípio da Economicidade alguns procedimentos

devem ser tomados antes de se fazer qualquer aquisição de bens, seja de consumo

ou permanente.

O princípio da economicidade está previsto no artigo 70 da

Constituição Federal de 1988:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,

quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das

subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,

mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada

Poder.

E dentre os conceitos apontamos o abaixo:

Pelo princípio da economicidade, a gestão financeira e orçamentária da

Administração Pública deve ser toda orientada no sentido da máxima

eficácia dos resultados econômico-sociais com o mínimo de recursos

disponíveis.

Disponível em: < http://www.prolegis.com.br/revista/index.php?cont=12&id=2063>. Acessado

em 30/04/2012.

O Setor de Compras ao receber a requisição de bens deve:

Certificar a correta descrição daquele bem, auxiliando o requisitante nesse

quesito. Ocorre muitas vezes que o requisitante solicita bens com alto grau de

sofisticação ou quantidade além de suas necessidades;

Confirmar se o bem requisitado é para reposição de outro obsoleto ou

quebrado; ou se é para atender a expansão do setor requisitante:

o Se para reposição de bem quebrado, questionar se houve providência

para seu conserto por meio de estudo de viabilidade econômica.

Verificar a existência daquele bem no almoxarifado;

Novas aquisições de bens e serviços estão sujeitos ao processo

licitatório nos termos do inciso XXI o artigo 37 da Constituição Federal:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as

Page 91: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

90

condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

E ainda conforme Artigo 2º, 14 e 38 da Lei 8.666/93:

Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.”

“Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.” “Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente [...]

No sistema SIAFEM/SP, por meio da Unidade Gestora Executora,

com a supervisão e orientação do Gestor Executor e aprovação do Ordenador da

Despesa, começamos a executar a despesa com o cadastramento do processo

administrativo, com o seguinte comando: > INCPROCESS.

Figura 60 - Tela SIAFEM.NET – Inclusão de processo.

Fonte:https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 92: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

91

Figura 61 - Tela SIAFEM.NET – Lista de processos.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Após a inclusão do processo a Unidade Gestora Executora emite a Nota de Reserva.

Figura 62 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Reserva.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp>.

Page 93: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

92

Figura 63 - Registro contábil – Reserva de recursos.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Com a emissão da Nota de Reserva o sistema efetua o lançamento

acima o qual transfere os recursos orçamentários disponíveis para outra conta

contábil informando os recursos reservados.

Figura 64 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Dotação orçamentária reservada.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 94: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

93

Figura 65 - Registro contábil – Controle de processos com reserva de recursos.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

O lançamento contábil dessa conta é muito importante para os

órgãos de controle, dentre eles o TCESP, que poderá ter conhecimento do que está

pendente de solução. Verifica-se, por exemplo:

Quais processos estão em fase de licitação;

Se o período entre a reserva de recurso e a contratação do fornecedor de

bens ou serviços é razoável, uma vez que a licitação por meio da

modalidade pregão é célere;

Investiga-se: qual o motivo da demora da baixa da reserva, se houver?

Houve impugnação do edital? Se houve qual a motivação?

O defeito apontado no edital é técnico ou é questão legal?

Se a impugnação do edital for procedente, e se existirem várias

impugnações de editais de mesma natureza. Questiona-se: a equipe de

servidores públicos teve treinamento adequado para elaboração de

edital?

Houve recurso administrativo na licitação? Se houve analisar os motivos.

Houve revogação ou anulação da licitação? Se a resposta for afirmativa,

efetuou-se o cancelamento da reserva?

Todos os questionamentos anteriores são levantados durante a

auditoria concomitante, buscando-se a origem do problema, se houver, e a

alternativa de soluções.

Page 95: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

94

Figura 66 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de processos com reserva de dotação – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 67 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de processos com reserva de dotação – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Com o detalhamento da conta acima verificamos a data em que foi

efetuada a reserva, o número do documento de reserva, o valor reservado, entre

Page 96: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

95

outros. E se quisermos verificar o preenchimento daquele documento basta detalhá-

lo na própria tela.

Figura 68 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de processos com reserva de dotação – contrapartida.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Em contrapartida nesta outra conta acima demonstra os números

dos processos que estão com recursos reservados. Bem como para qual

compromisso efetuou-se a reserva.

Figura 69 - Registro contábil – Cota de despesa reservada.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 97: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

96

Figura 70 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota financeira reservada - contrapartida.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

5.2.3. 3ª FASE DA DESPESA – LICITAÇÃO

Faz-se o cadastro do Pregoeiro ou da Comissão Permanente de

Licitação, conforme implementação sugerida anteriormente.

Figura 71 - Registro contábil – Pregoeiros a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 98: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

97

Efetua-se o lancamento acima enquanto não há a designação

Pregoeiro.

Figura 72 -Registro contábil – Pregoeiro designado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado o Pregoeiro lança-se a baixa daquela

pendência.

Figura 73 - Registro contábil – Comissão de Licitação a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Efetua-se o lançamento acima enquanto não há a designação da

Comissão de Licitação.

Page 99: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

98

Figura 74 -Registro contábil – Comissão de Licitação designada.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado a Comissão de Licitação lança-se a baixa

daquela pendência.

Nesta fase devem-se seguir os procedimentos previstos no artigo 38

da 8.666/93 (Lei de Licitações) e Lei 10.520/2002.

Os órgãos de controle poderão fazer consultas nas contas contábeis

acima para confirmar o pregoeiro para aquele certame, e ainda consultar no sitio

www.pregao.sp.gov.br.

Figura 75 - Tela SIAFEM.NET – Relação de pregoeiros.

Fonte: http://www.pregao.sp.gov.br/apoiopregoeiro/capacitacao/pregoeiro-asp/Pregoeiro.asp?par=Tribunal De Contas.

Page 100: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

99

Figura 76 - Tela SIAFEM.NET – Cadastro de pregões.

Fonte: http://www.cadastro.pregao.sp.gov.br/?Opendocument&view=/Pregoes-aRealizarDataAbertura&gh=I-Pr.

Figura 77 - Tela SIAFEM.NET – Itens de materiais de pregão.

Fonte: http://www.cadastro.pregao.sp.gov.br/?Opendocument&view=/Pregoes-aRealizarDataAbertura&gh=I-Pr.

Busca-se desde a elaboração do Edital de licitação uma descrição

do objeto que não cause dúvida ao licitante. Para isso elabora-se uma boa pesquisa

de mercado, bem como se verifica os preços praticados pelos órgãos públicos em

outras aquisições de bens ou serviços.

Page 101: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

100

Alguns serviços1 são oferecidos no estado de São Paulo para

auxiliar os compradores.

5.2.4. 4ª FASE DA DESPESA – EMPENHO

Encerrada a licitação emite-se a Nota de Empenho.

Figura 78 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Empenho – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

1 O sitio www.pregão.sp.gov.br, para se verificar os preços médios praticados;

O sitio www.cadterc.sp.gov.br, apresenta os preços referenciais;

O sitio www.bec.sp.gov.br, valores adquiridos pela bolsa eletrônica.

Page 102: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

101

Figura 79 -Tela SIAFEM.NET – Nota de Empenho – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 80 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Empenho – tela 3.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 103: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

102

Figura 81 - Registro contábil – Empenho a liquidar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez emitida a nota de empenho, o registro contábil acima

informa que a aquele valor está disponível a liquidar.

Figura 82 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Empenho a liquidar.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na primeira conta contábil demonstra:

Nº da nota de empenho

Processo

CNPJ

Nome do credor

Valor

Page 104: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

103

Figura 83 -Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Empenho a liquidar - contrapartida.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na segunda conta contábil demonstra:

Nº da nota de empenho

Processo

CNPJ

Nome do credor

Valor

Figura 84 - Registro contábil – Crédito empenhado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Aqui ocorre uma transferência da conta Dotação Orçamentária

Reservada para Crédito Empenhado Líquido.

Page 105: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

104

Figura 85 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito empenhado liquido.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na segunda conta contábil demonstra:

Programa de trabalho resumido

Fonte de recursos

Elemento de despesa

UGO

Código do município

Valor

Figura 86 - Registro contábil – Cota de despesa empenhada.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Do mesmo modo ocorre a transferencia da conta contábil Conta

Financeira Reservada para Cota De Despesa Empenhada.

Page 106: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

105

Figura 87 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cota de despesa empenhada.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na segunda conta contábil demonstra:

Fonte de recursos

Grupo de despesa

Ano

Mês

Valor

Figura 88 - Registro contábil – Disponibilidade de recursos.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Aqui há o controle da disponibidade financeira na fase do

empenhamento.

Page 107: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

106

Figura 89 - Registro contábil – Gestor de contrato a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Após o empenhamento a Administraçao faz a designação do Gestor

do Contrato. Mas enquanto não ocorre este ato administrativo efetua-se o

lançamento acima para termos o controle dos contratos sem designação.

Figura 90 - Registro contábil – Gestor de contrato designado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado o Gestor do Contrato damos baixa daquela

pendência.

Faz-se o controle dos Gestores de Contrato após esse lançamento

contábil que terá a árdua tarefa de acompanhar todos os contratos sob sua

responsabilidade. Alguns instrumentos legais e administrativos foram criados para

auxiliar esses profissionais e os órgão de controle.

A Instrução Normativa nº 2, de 30 de abril de 2008, emitida pela

Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação pertencente à estrutura do

Page 108: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

107

Ministério Do Planejamento, Orçamento E Gestão, é um desses instrumentos, que

dispõe sobre regras e diretrizes para a contratação de serviços, continuados ou não.

Por sua vez temos no Estado de São Paulo o Cadastro de Serviços

terceirizados, criado pela Secretaria de Gestão Pública, que está inserido no sitio

www.cadterc.sp.gov.br.

O responsável pela administração desse cadastro é o Grupo de

Apoio Técnico à Inovação – GATI que tem como atribuições a promoção de estudos,

projetos e pesquisas que estimulem a adoção de novos métodos, diretrizes,

parâmetros, técnicas e ferramentas para a melhoria da gestão pública.

O GATI realiza ainda a gestão dos sítios do pregão

(www.pregao.sp.gov.br) e de sanções administrativas (www.sancoes.sp.gov.br) e

outros na área de abrangência.

Figura 91 - Cadastro de Serviços Terceirizados.

Fonte: www.cadterc.sp.gov.br.

Page 109: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

108

Figura 92 - Contratos de Serviços Terceirizados.

Fonte: www.terceirizados.sp.gov.br/terceirizados/ua000100.nsf/Pagina?ReadForm.

Esse Cadastro de Serviços Terceirizados é de suma importância

para quem atua na área de contratação de serviços; pelos pregoeiros no momento

da negociação em sessão pública; e para a auditoria concomitante do Tribunal de

Contas do Estado de São Paulo que poderá aferir os registros dos contratos em

andamento ou já realizados, dentre outras necessárias ao cumprimento do plano de

auditoria. Por isso sugere-se que todo Agente da Fiscalização Financeira do TCESP

tenha a senha de acesso a esse cadastro.

Figura 93 - Registro contábil – Fiscal de contrato a designar.

Page 110: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

109

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Registra-se esse lançamento enquanto se aguarda a designação do

fiscal do contrato.

Figura 94 - Registro contábil – Fiscal de contrato designado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Após designação acompanha-se os fiscais de contrato responsáveis

pelos respectivos contratos.

Figura 95 - Registro contábil – Contrato de fornecimento de bens.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Assinado o contrato de fornecimento de bens ou serviços efetua-se

o registro na forma acima.

Com esse apontamento nós temos condições de saber quantos

contratos estão em andamento perante a unidade orçamentária executora.

Page 111: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

110

Salientamos que o saldo pode ultrapassar mais de um exercicio de

acordo com o prazo de vigencia de cada um.

Essas contas de controle também auxiliam os responsáveis pela

elaboração do orçamento do exercício seguinte, que terão os saldos atualizados

para comprometimento no ano posterior.

Os órgãos de controle da mesma forma, farão dessas contas um

instrumento para saber quais contratos estão em andamento, bem como os que já

foram encerrados.

A sugestão que se faz para o sistema SIAFEM/SP é a inclusão do

número do contrato nesse registro, tendo em vista que uma mesma empresa

contratada pode ter vários contratos diferentes, mas o CNPJ é o mesmo.

Figura 96 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Contrato de fornecimento de bens.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na primeira conta contábil demonstra:

CNPJ da empresa contratada

Nome da empresa contratada

Valor

Page 112: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

111

Figura 97 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Direitos e obrigações contratadas – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 98 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Direitos e obrigações contratadas – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

A segunda conta contábil demonstra o valor global que poderá ser

detalhado:

Data do registro

Unidade Gestora executora

Page 113: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

112

Número da Nota de Lançamento

Evento

Valor

Para as aquisições deverá ser designado o Almoxarife como

responsável pelo recebimento dos bens móveis ou materiais de consumo

Figura 99 - Registro contábil – Almoxarife a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Efetuamos o lancamento acima enquanto não há a designação do

Alomoxarife.

Figura 100 - Registro contábil – Almoxarife designado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado o Almoxarife damos baixa daquela pendência.

Page 114: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

113

Figura 101 - Registro contábil – Comissão de recebimento a designar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Efetuamos o lancamento acima enquanto não há a designação da

Comissão de Recebimento.

Figura 102 - Registro contábil – Comissão de recebimento designada.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Uma vez designado a Comissão de Recebimento damos baixa

daquela pendência.

O Estatuto das Licitações (Lei 8666/93) estabelece o seguinte

procedimento na Execução do contrato:

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido: [...] II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos: a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação;

Page 115: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

114

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e conseqüente aceitação.

5.2.5. 5ª FASE DA DESPESA – LIQUIDAÇÃO

A liquidação da despesa é a fase mais preocupante da execução

orçamentária. Pois as maiores irregularidades apontadas pelos órgãos de controle

situam-se nesse momento, tais como:

Material recebido em desconformidade com o previsto no Edital de licitação;

Obras ou serviços executados também em desacordo com o memorial descritivo;

Irregularidades de superfaturamento, dentre outras.

Nos casos de atraso de fornecimento de materiais ou irregularidades

na execução de serviços o sistema SIAFISICO/SP mantém uma funcionalidade para

o registro de OCORRÊNCIAS.

Figura 103 - Tela SIAFEM.NET – Registro de Ocorrências – tela 1.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 116: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

115

Figura 104 - Tela SIAFEM.NET – Registro de Ocorrências – tela 2.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

O pregoeiro, após consultar as ocorrências do licitante vencedor no

sistema SIAFISICO/SP, deverá alertá-lo, caso haja registro de irregularidades. Pois

em casos de reincidência poderá ser passivo de multa aplicada pela Administração.

Sugere-se ao TCESP por meio da auditoria concomitante verificar a

existência desse apontamento por meio das unidades recebedoras dos materiais ou

serviços, alertando da importância dele.

O TCESP ao analisar os contratos administrativos sugere-se

consultar esses registros.

Confirmado o recebimento do material ou serviço, emite-se a Nota de Lançamento referente à Liquidação da despesa.

Page 117: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

116

Figura 105 - Tela SIAFEM.NET – Nota de Liquidação da despesa.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 106 - Registro contábil – Entrada em estoque.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Ao dar entrada dos materiais no almoxarifado efetua-se o

lancamento contábil acima com a a assunção do compromisso de pagar o

fornecedor.

Page 118: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

117

Figura 107 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil - Estoque.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

A primeira conta contábil demonstra:

Número da Nota de Empenho

Elemento de despesa

CNPJ

Fornecedor

Valor

Figura 108 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Fornecedores e alugueis.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 119: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

118

A segunda conta contábil demonstra:

CNPJ

Número da Nota de Empenho

Elemento de despesa

Fonte de recursos

Valor

Figura 109 - Registro contábil – Contrato de fornecimento de bens.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

À medida que se recebe o material faz-se a baixa dos controle dos

contratos.

Figura 110 - Registro contábil – Empenhos a liquidar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Efetua-se a baixa dos controles dos valores a liquidar.

Page 120: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

119

Figura 111 - Registro contábil – Crédito realizado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Registra-se o crédito realizado por meio do lançamento acima.

Figura 112 - SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito realizado.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na segunda conta contábil demonstra:

Programa de trabalho resumido

Fonte de recursos

Elemento de despesa

UGO

Código do município

Valor

Page 121: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

120

Figura 113 - Registro contábil – Crédito liquidado a programar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Contas de controle de obrigações a programar.

Figura 114 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a programar.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Page 122: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

121

Figura 115 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a programar - contrapartida.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na segunda conta contábil demonstra:

Programa de trabalho resumido

Fonte de recursos

Elemento de despesa

UGO

Código do município

Valor

Figura 116 - Registro contábil – Cronograma financeiro executado.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 123: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

122

Figura 117 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Cronograma financeiro executado.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 118 - Registro contábil – Disponibilidade de recursos.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Acompanha-se o registro das disponibilidades de recursos que

passa para próxima fase.

5.2.6. 6ª FASE DA DESPESA – PROGRAMAÇÃO DE PAGAMENTO

Recebido o material ou o serviço conforme previsto no contrato,

emite-se a Programação de Pagamento.

Page 124: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

123

Figura 119 - Tela SIAFEM.NET – Programação de Pagamento.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 120 - Registro contábil – Crédito liquidado a pagar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Lança-se o registro do crédito orçamentário que passa de

programar para a pagar.

Page 125: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

124

Figura 121 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a pagar.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na primeira conta contábil demonstra:

CNPJ

Número da Nota de Empenho

Elemento de despesa

Fonte de recursos

Valor

Figura 122 - Registro contábil – Crédito liquidado a pagar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 126: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

125

Figura 123 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Crédito liquidado a pagar - contrapartida.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na segunda conta contábil demonstra:

Programa de trabalho resumido

Fonte de recursos

Elemento de despesa

UGO

Código do município

Valor

Figura 124 - Registro contábil – Obrigações contratadas a pagar.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 127: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

126

Registra-se a passagem das obrigações a programar para

obrigações a pagar.

Figura 125 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Fornecedores e alugueis.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Na segunda conta contábil demonstra:

CNPJ

Número da Nota de Empenho

Elemento de despesa

Fonte de recursos

Valor

5.2.7. 7ª fase da despesa – pagamento

Efetuada a programação de desembolso, no dia do vencimento

efetua-se o pagamento. No sistema SIAFEM/SP é gerada a Ordem Bancária.

Page 128: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

127

Figura 126 - Tela SIAFEM.NET – Ordem Bancária.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

Figura 127 - Registro contábil – Pagamento das obrigações contratadas.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Efetivado o pagamento registra-se a baixa da obrigação perante o

fornecedor e a saida do numerário do banco.

Page 129: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

128

Figura 128 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Banco.

Disponível em: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp. Acessado em 03/02/2012.

Figura 129 - Registro contábil – Crédito liquidado pago.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

As contas de controle são baixadas registrando-se o pagamento.

Figura 130 - Registro contábil – Crédito liquidado pago - contrapartida.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Page 130: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

129

Na contrapartida as contas de controle são baixadas registrando-se

o pagamento.

Figura 131 - Registro contábil – Disponibilidade de recursos.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

Aponta-se com esse registro de disponibilidades utilizadas o

encerramento desse ciclo orçamentário.

6. Suprimento de fundos (Regime de Adiantamento a funcionários)

Nos termos do Manual de Contabilidade Aplicado ao Serviço Público

– Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários: “O suprimento de fundos é

caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura

prestação de contas.”

E ainda, conforme orientação do Manual citado:

“Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois no momento da concessão não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.”

No Estado de São Paulo, o Artigo 6º da Lei 10.320/68 disciplina o

regime de adiantamento:

“Artigo 6.º - A despesa pública far-se-á: I - pelo regime ordinário ou comum; II - pelo regime de adiantamento, consistente na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesa, nos casos expressamente definidos em lei, que não possam ou não convenham subordinar-se ao processo ordinário ou

Page 131: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

130

comum; III - pelo regime de suprimento, consistente na entrega de numerário para classificação "a posteriori", que só poderá ser feito a Pagadorias, Tesourarias e Exatorias, fiscalizadas por serviços de contabilidade anexos, que mantenham escrituração em perfeita ordem, a juízo da Secretaria da Fazenda. § 1.º - A entrega de numerário para classificação "a posteriori", a que se refere o inciso III, constitui simples movimento de fundos. § 2.º - Na realização de despesa por conta de suprimento observar- se-ão as normas aplicáveis ao regime ordinário ou comum, e ao regime de adiantamento, se for o caso.”

A Lei 4.320/64 estabelece em seu artigo 68:

“Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.”

O adiantamento para funcionários no sistema SIAFEM/SP segue o

mesmo padrão de documentos emitidos para a aquisição de bens e serviços, ou

seja, emissão de Nota de Empenho, Nota de Liquidação, Programação de

Desembolso e Ordem de Pagamento. Porém, acrescem-se algumas contas

contábeis de controle.

Ocorre, porém, que no sistema atual do SIAFEM/SP não se está

aplicando o regime de competência para a despesa, pois ela é registrada quando do

recebimento do numerário. As normas de convergência aos padrões internacionais

estabelecem aquele regime para as despesas oriundas dos adiantamentos,

conforme citado acima.

6.1. A Prestação de Contas de Adiantamento e o TCESP

A Lei complementar Nº 709, de 14 de janeiro de 1993, (Dispõe sobre

a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado) disciplina no Artigo 15:

Artigo 15 - Estão sujeitos à jurisdição do Tribunal de Contas e só por decisão deste podem liberar-se de sua responsabilidade: [...] VI quem receber benefício dos Poderes Públicos por antecipação ou adiantamento;

Prescreve ainda, nos Artigos 48 e 50:

Page 132: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

131

Artigo 48 - O ordenador de despesa não é responsável por prejuízos causados ao erário, decorrentes de atos praticados por subordinado que exorbitar das ordens recebidas. Parágrafo único - O processo resultante de despesas feitas em regime de adiantamento para atender aos gastos referidos no “caput” do artigo 46 desta lei será julgado pelo Tribunal de Contas, independentemente do processo de tomada de contas do ordenador de despesa.

Artigo 50 - O ordenador de despesa será quitado e o responsável liberado do adiantamento, quando da apreciação do respectivo processo de tomada de contas da Unidade de Despesa, salvo nos casos a que se refere o “caput” do artigo 46 desta lei.

Para se ter um controle maior das prestações de contas de

adiantamento dos órgãos jurisdicionados sugere-se ao TCESP perante o sistema

SIAFEM/SP a criação de contas contábeis que auxiliem na evidenciação dessas

prestações, conforme sugestão abaixo:

Figura 132 - Registro contábil – Responsáveis por adiantamentos a serem liberados pelo TCESP.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

O lançamento acima deverá ser efetuado quando se der a baixa de

responsabilidade do responsável perante o sistema SIAFEM/SP.

Ele fica liberado para receber outro adiantamento, mas fica pendente

de liberação perante o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo .

Page 133: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

132

Figura 133 -Registro contábil – Responsáveis por adiantamentos liberados pelo TCESP.

Fonte: adaptado do Plano de Contas da STN/MPCASP-2011.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo após liberação do

responsável pelo adiantamento efetuará o lançamento contábil acima.

7. Controle e Auditoria

As normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público

trouxeram novo enfoque aos registros contábeis no que tange ao patrimônio público.

Os agentes políticos até então só se preocupavam com o orçamento

público, principalmente com a arrecadação. Com a adoção das normas de

convergência aos padrões internacionais novos conceitos se inserem ou se renovam

no setor público.

Para a contabilidade a palavra de ordem é registrar o Patrimônio

público. Esse é o seu objeto. Para isso vários dispositivos normativos foram

publicados. Dentre eles as Resoluções abaixo:

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.129/08 - Aprova a NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas

Contábeis.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.136/08 - Aprova a NBC T 16.9 – Depreciação,

Amortização e Exaustão.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.137/08 - Aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e

Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público.

Page 134: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

133

Conforme esse regramento, o Patrimônio Público é o conjunto de

direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados,

produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que

seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à

prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor

público e suas obrigações.

Portanto será aplicado sobre ele a depreciação, amortização e

exaustão. Bem como a avaliação.

Cabe ao controle interno, dentre outras finalidades, salvaguardar os

ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais.

O sistema SIAFEM/SP por meio do seu plano de contas implantou

algumas contas específicas de controle, tais como:

Controle específico de imobilizado;

Controle de obras.

Figura 134 -Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de Imobilizado.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

As contas acima registram o Controle de Imobilizado.

Page 135: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

134

Figura 135 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de obras.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

As contas acima registram o Controle de Obras.

Figura 136 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de Imóveis.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

As contas acima registram os bens imobilizados incorporados ao

patrimônio.

Page 136: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

135

Figura 137 - Tela SIAFEM.NET – Detalhamento da conta contábil – Controle de bens móveis.

Fonte: https://www6.fazenda.sp.gov.br/indexsiafemnetVHI.asp.

As contas acima registram os bens móveis incorporados ao

patrimônio.

Com o auxilio desses controles deve-se providenciar a depreciação,

a amortização e exaustão conforme os critérios previstos nas Normas Brasileiras de

Contabilidade e ainda com base nos Manuais elaborados pela Secretaria do

Tesouro Nacional.

8. SIAFEM e sua Expansão

As transações com o sistema SIAFEMSP relativas à execução

orçamentária no que tange a aquisição de bens e serviços foram apresentadas

anteriormente no tópico da Lei de Execução Orçamentária em cumprimento à

Instrução CGE-G – 11, de 19 de março de 2004.

Para a realização daquelas transações no sistema

SIAFEM/SIAFISICO/SP, tendo em vista a complexidade de contas do Plano de

Contas que contem os quatro sistemas contábeis (orçamentário, patrimonial,

financeiro e compensação) adotaram-se os códigos de eventos.

Conforme o manual do SIAFEM/SP, EVENTO é um código

associado a cada tipo de ato ou fato que deva ser registrado contabilmente pelo

Page 137: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

136

sistema e ao qual se associa, por sua vez, um roteiro contábil, ou seja, uma lista das

contas de débito e crédito que devam ser afetadas, de forma a que todos os

operadores do SIAFEM possam efetuar lançamentos contábeis.

O código do evento é composto de seis algarismos estruturados da

seguinte forma:

Figura 138 - Tela SIAFEM.NET – tabela de eventos.

Fonte: www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf.

Figura 139 - Tela SIAFEM.NET – Índice dos eventos.

Fonte: www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf.

Page 138: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

137

Outras funcionalidades do sistema foram abordadas em capítulos

anteriores.

9. Auditoria AUDESP

O sistema AUDESP é um projeto de Auditoria Eletrônica que se

iniciou no ano de 2003 pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Desde

então vem se aperfeiçoando por meio da interface do Comitê de Tecnologia da

Informação com os usuários do sistema, quais sejam: Os jurisdicionados, os agentes

da fiscalização, os contadores, dentre outros.

Tem como objetivo aprimorar os procedimentos de coleta de dados

e informações dos órgãos fiscalizados para tornar mais ágil os trabalhos, e aumento

da qualidade. E ainda colocar á disposição da fiscalização um banco de dados

contendo informações de cada órgão, em especial a sua contabilidade, com

conteúdo padronizado e atualizado diretamente pelos próprios órgãos objeto de

fiscalização.

Para atender o principio da transparência e as determinações da Lei

de Responsabilidade Fiscal, é disponibilizado para o público por meio da internet.

O acompanhamento da execução das peças de planejamento (PPA,

LDO e LOA) de todos os municípios obrigados a elaborá-los é feito pelo sistema

AUDESP.

Esse sistema está relacionado com várias atividades da gestão

pública conforme se verifica no esquema abaixo:

Figura 140 - Sistema AUDESP

Fonte: http://www4.tce.sp.gov.br/sites/default/files/Audesp_Manual_Tecnico_Operacional_v1a.pdf.

Page 139: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

138

10. Controle concomitante

Esse controle visa apontar os erros, evitar irregularidades e

desperdícios durante a execução orçamentária. Uma vez detectado esses defeitos, o

gestor público pode corrigir em tempo hábil todas as anomalias e mudar o rumo do

processo para o objetivo determinado pelo PPA, LDO e LOA.

Outro fato importante para o cumprimento das auditorias efetuadas

pelo Tribunal de Contas do Estado é a confirmação da veracidade e a conformidade

das informações inseridas nos vários sistemas utilizados pelo Estado. E para dar

cumprimento a essas atribuições o TCESP atua com fulcro no artigo 25 § 1º, e artigo

26 da Lei Complementar 709/93 de 14 de janeiro de 1993:

§ 1º Nenhum processo, documento ou informação poderá ser subtraído das inspeções do Tribunal de Contas, a qualquer pretexto, sob pena de responsabilidade Artigo 26 - Para cumprimento de suas funções, o Tribunal de Contas poderá utilizar-se dos elementos apurados pelas unidades internas de controle da administração direta e autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público estadual ou municipal.

No sistema SIAFEM/SP a conformidade dos registros contábeis é

feita por meio do comando abaixo, pelos gestores responsáveis.

Figura 141 -Tela SIAFEM.NET – Consistência documental.

Fonte: www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf.

Page 140: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

139

O ideal é que a cada mês se efetue essa conformidade.

Figura 142 - Tela SIAFEM.NET – Conformidade documental.

Fonte: www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf.

Figura 143 -Tela SIAFEM.NET – Consistência documental.

Fonte: www.fazenda.sp.gov.br/download/cge/manual_siafem_integra.pdf.

O Governo do Estado de São Paulo implantou ainda o sistema

SIMPA que faz o monitoramento e acompanhamento de todos os programas e

ações de suas Secretarias.

Page 141: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

140

Essas atribuições estão a cargo dos Gerentes de Programas e dos

Responsáveis por Ações, conforme dispõe a Resolução SEP – 5, de 26 de julho de

2004.

O Manual do SIMPA foi instituído pela Portaria CPA-1, de 26 de

julho de 2004 e estabelece as orientações abaixo:

O Sistema de Monitoramento dos Programas e Ações do PPA- SIMPA, instituído

pela Resolução SEP-5, de 26/07/2004, constitui-se num processo contínuo de

acompanhamento e avaliação da execução dos programas e ações contidos no

Plano Plurianual;

As informações referentes ao SIMPA serão registradas em sistema informatizado

que está disponível, na página da Secretaria de Economia e Planejamento -

www.planejamento.sp.gov.br, a todos os agentes da administração pública

estadual, envolvidos no processo de planejamento;

No monitoramento será observada a periodicidade mensal para atualização das

informações, até o décimo dia útil do mês subsequente, de acordo com a

especificidade e a sazonalidade de cada ação.

Outro sistema criado pelo Governo estadual por meio do Decreto nº

49.003, de 30 de setembro de 2004, é o Sistema de Acompanhamento dos

Programas, Projetos, Atividades e Obras Prioritários do Governo Estadual,

denominado Agenda SP 21. Tem os seguintes objetivos, sempre voltados aos

programas, projetos, atividades e obras prioritários:

Oferecer ao Governador do Estado informações atualizadas e com qualidade;

Criar condições favoráveis ao adequado gerenciamento e acompanhamento;

Aprimorar a cultura de gestão com foco nos resultados para a sociedade;

Oferecer aos gestores:

a) metodologia e sistema próprios;

b) cursos de capacitação e aperfeiçoamento;

Viabilizar o uso da informação como instrumento de gestão, de maneira a:

a) Compartilhar informações referentes às ações prioritárias de cada órgão e

entidade governamental;

b) tornar transparente, aos gestores e às instâncias decisórias, a execução

do Plano de Governo;

Page 142: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

141

c) agilizar a tomada de decisão gerencial;

d) contribuir para a integração dos órgãos e entidades governamentais.

11. Controle a posteriori pelo TCE-SP

Esse controle tem sido o mais utilizado pelos órgãos de controle

externo até então. A crítica que se faz a esse procedimento é a dificuldade ou a

impossibilidade de corrigir os erros ou irregularidades cometidos durante a execução

orçamentária.

Nesse tipo de controle verificam-se os Demonstrativos financeiros,

orçamentários e patrimoniais e outros exigidos pela Lei 4.320/64 e a Lei 101/2000.

Os resultados dos programas e ações também são avaliados nessa

etapa da auditoria quanto a sua eficiência, eficácia e efetividade.

Page 143: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

142

CAPÍTULO III

NORMAS DE CONTABILIDADE E CONTROLE

1. Resolução STN

A Secretaria do Tesouro Nacional é um órgão vinculado à estrutura

do Ministério da Fazenda e foi instituída pelo Decreto nº 92.452, de 10 de março de

1986. Ela centraliza o Sistema de Administração Financeira Federal e do Sistema de

Contabilidade Federal.

As competências atribuídas à Secretaria do Tesouro Nacional foram

estabelecidas pelo Artigo 7º do Decreto nº 6.976, de 7 de outubro de 2009. Dentre

elas apontamos às que se aplicam aos demais Entes da Federação no que tange às

convergências da contabilidade pública aos padrões internacionais:

I - estabelecer normas e procedimentos contábeis para o adequado registro dos

atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e

entidades da administração pública, promovendo o acompanhamento, a

sistematização e a padronização da execução contábil;

II - manter e aprimorar o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e o

processo de registro padronizado dos atos e fatos da administração pública;

XII - elaborar, sistematizar e estabelecer normas e procedimentos contábeis

para a consolidação das contas públicas da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios;

XIV - promover a harmonização com os demais Poderes da União e das demais

esferas de governo em assuntos de contabilidade;

XVII - definir, coordenar e acompanhar os procedimentos relacionados com a

disponibilização de informações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, para fins de transparência, controle da gestão fiscal e aplicação de

restrições;

XX - promover a adoção de normas de consolidação das contas públicas,

padronização das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de

Page 144: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

143

gestão fiscal, por meio da elaboração, discussão, aprovação e publicação do

Manual de Demonstrativos Fiscais - MDF e do Manual de Contabilidade Aplicada

ao Setor Público - MCASP;

XXI - dar suporte técnico aos entes da Federação quanto ao cumprimento dos

padrões estabelecidos no MCASP, no MDF, e em normas gerais aplicáveis à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;

XXII - disseminar, por meio de planos de treinamento e apoio técnico, os

padrões estabelecidos no MCASP e no MDF para a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios;

XXIII - prestar suporte técnico aos órgãos dos Estados e Municípios para

melhoria da qualidade do processo sistêmico e organizacional da gestão

contábil;

XXVII - identificar as necessidades de convergência aos padrões internacionais

de contabilidade aplicados ao setor público;

XXVIII - editar normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e

plano de contas aplicado ao setor público, objetivando a elaboração e publicação

de demonstrações contábeis consolidadas, em consonância com os padrões

internacionais de contabilidade aplicados ao setor público; e

XXIX - adotar os procedimentos necessários para atingir os objetivos de

convergência aos padrões internacionais de contabilidade aplicados ao setor

público.

No que tange às normas de contabilidade aplicadas ao setor público

editadas pela STN temos as seguintes as edições:

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 4ª Edição (Válido para

2012);

Manual de Demonstrativos Fiscais– 4ª Edição (Válido para 2012);

Cartilha do SISTN.

Page 145: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

144

2. CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis

Durante muito tempo tem se debatido sobre a necessidade de

padronizar os demonstrativos contábeis e financeiros e seus relatórios perante a

comunidade internacional. Vários países desenvolvidos já tomaram essa iniciativa

por meio de Entidades autônomas, tais como o IASB – International Accounting

Standards Board.

Os Estados Unidos em 1973 deram o pontapé inicial na criação

desses Organismos internacionais com a criação do FASB – Financial Accounting

Standards Board com o objetivo de estabelecer e melhorar os padrões de

contabilidade e relatórios financeiros para entidades não-governamentais.

O FASB é uma entidade privada sem fins lucrativos. Com seu

surgimento ela substituiu o Comitê de Procedimentos de Contabilidade (PAC) e a

Junta de Princípios Contábeis (Accounting Principles Board-APB) do Instituto

Americano de Contadores Públicos Certificados (American Institute of Certified

Public Accountants - AICPA).

Concomitantemente, organismos de profissionais de contabilidade

de dez países (Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Irlanda,

Japão, México, Países baixos e Reino Unido) criaram o International Accounting

Standards Committee – IASC visando formular e publicar com independência um

novo padrão de normas contábeis internacionais que seja aceito mundialmente.

Mais adiante, precisamente em 01 de abril de 2001, foi criado

o International Accounting Standards Board – IASB, respondendo pelas atribuições

daquele órgão. Teve como objetivo melhorar os pronunciamentos contábeis

internacionais (IAS) anteriores emitidos pelo IASC.

Os pronunciamentos contábeis desse novo órgão são chamados de

IFRS (International Financial Reporting Standard).

Seguindo essa mesma estrutura de independência e autonomia,

varias entidades do setor contábil e financeiro do Brasil preocupadas com a

convergência das normas contábeis aos padrões internacionais, resolveram criar o

Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi criado no Brasil pela

Resolução CFC º 1055/05 de 07 de outubro de 2005.

Page 146: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

145

Tem como objetivo, nos termos do Artigo 3º da Resolução acima, o

estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos

de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a

emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e

uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a

convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

O CPC é composto das seguintes Entidades:

ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas;

APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento

do Mercado de Capitais;

BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; (Redação dada

pela Resolução CFC nº 1.339/11)

CFC – Conselho Federal de Contabilidade;

IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;

FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarias e Financeiras.

2.1. As normas de convergências

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis emite os seguintes

produtos:

Pronunciamentos Técnicos;

Orientações; e

Interpretações.

Os Pronunciamentos Técnicos emitidos até o momento são:

CPC 00 Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para a

Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro

CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos

CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de

Demonstrações Contábeis

CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa

CPC 04 (R1) Ativo Intangível

Page 147: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

146

CPC 05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacionadas

CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil

CPC 07 (R1) Subvenção e Assistência Governamentais

CPC 08 (R1) Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores

Mobiliários

CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado

CPC 10 (R1) Pagamento Baseado em Ações

CPC 11 Contratos de Seguro

CPC 12 Ajuste a Valor Presente

CPC 13 Adoção Inicial da Lei n.º 11.638/07 e da Medida Provisória n.º 449/08

CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e

Evidenciação (Fase I)

CPC 15 (R1) Combinação de Negócios

CPC 16 (R1) Estoques

CPC 17 Contratos de Construção

CPC 18 Investimento em Coligada e em Controlada

CPC 19 (R1) Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Join

Venture)

CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos

CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária

CPC 22 Informações por Segmento

CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

CPC 24 Evento Subsequente

CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis

CPC 27 Ativo Imobilizado

CPC 28 Propriedade para Investimento

CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola

CPC 30 Receitas

CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

CPC 32 Tributos sobre o Lucro

CPC 33 Benefícios a Empregados

CPC 35 (R1) Demonstrações Seperadas

CPC 36 (R2) Demonstrações Consolidadas

Page 148: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

147

CPC 37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade

CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração

CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação

CPC 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação

CPC 43 (R1) Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 41

CPC PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (R1) (com

Glossário de Termos)

As normas acima são aplicadas às empresas do Setor Privado. Em

virtude dessa convergência, a Lei 6.404/76 (Lei das S.A.) teve bastante alteração

por meio da Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007, além de uma série de

normativos emitidos por outras Entidades, como O Banco Central do Brasil,

Comissão de Valores Mobiliários, SUSEP, MPS, SPC/PREVIC, RFB, dentre outros.

2.2 As normas p/ Administração Pública

No âmbito internacional o Setor Público foi contemplado com as

IPSAS - International Public Sector Accounting Standards, que significa Normas

internacionais do Setor Público (IPSAS).

As IPSAS são um conjunto de normas contábeis a serem aplicadas

em entidades do setor público em todo o mundo na preparação de demonstrações

financeiras. Estes padrões são baseados em International Financial Reporting

Standards (IFRS) emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Atualmente existem 31 normas sobre o regime de competência de

contabilidade e um padrão sobre o regime de caixa da contabilidade.

No Brasil as normas de convergência serão implantadas

paulatinamente, e sua exigência será a partir de 2012 para os órgãos federais e

estaduais e 2013 para os municípios.

São várias as novidades nessas normas de convergência da

contabilidade para o setor público, dentre elas:

Dar maior transparência à situação patrimonial da União, Estados, Distrito

Federal e Municípios;

Page 149: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

148

As receitas e despesas serão registradas obrigatoriamente pelo regime de

competência;

Depreciação, amortização e exaustão dos bens, depois que eles forem

reavaliados.

Efetuar teste de imparidade da dívida ativa e de outros bens;

As Entidades Públicas foram alvo de normas específicas para

atender a convergência da contabilidade aos padrões internacionais.

Apresentamos a seguir as Normas Brasileiras de Contabilidade

Aplicadas ao Setor Público:

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.128/08 - Aprova a NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto

e Campo de Aplicação.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.129/08 - Aprova a NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas

Contábeis.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.130/08 - Aprova a NBC T 16.3 – Planejamento e seus

Instrumentos sob o Enfoque Contábil.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.131/08 - Aprova a NBC T 16.4 – Transações no Setor

Público.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.132/08 - Aprova a NBC T 16.5 – Registro Contábil.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.133/08 - Aprova a NBC T 16.6 – Demonstrações

Contábeis.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.134/08 - Aprova a NBC T 16.7 – Consolidação das

Demonstrações Contábeis.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.135/08 - Aprova a NBC T 16.8 – Controle Interno.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.136/08 - Aprova a NBC T 16.9 – Depreciação,

Amortização e Exaustão.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.137/08 - Aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e

Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.268/09 - Altera, inclui e exclui itens das NBC T 16.1,

16.2 e 16.6 que tratam das Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas

aplicadas ao Setor Público e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.366/11 - Aprova a NBC T 16.11 – Sistema de

Informação de Custos do Setor Público.

Page 150: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

149

3. Contador e a tarefa de “conformidade dos lançamentos”

Os registros contábeis devem corresponder fielmente aos atos e

fatos da Execução Orçamentária. Para isso o sistema SIAFEM/SP trouxe

ferramentas para que os responsáveis possam acompanhar a consistência dos

lançamentos contábeis e dar a conformidade dos documentos emitidos.

Para isso essa conformidade está amparada nos seguintes atos

normativos conforme Manual do SIAFEM/SP:

Decreto nº 41.312, de 13 de novembro de 1996, artigo 2º, inciso XIII;

Decreto nº 42.639, de 16 de dezembro de 1997, artigo 1º, inciso IV;

Resolução SF-17, de 26/02/1999;

Portaria do Coordenador Estadual de Controle Interno, de 06/04/1999;

Foi então criado o subsistema AUDICON que é composto pelos

seguintes módulos:

CONFUG – Conformidade da Unidade Gestora;

CONFSET – Conformidade Setoriais;

CONCILIA - Conciliação.

CONFUG

O módulo CONFUG está estruturado para se atestar a consistência

documental, sempre que ocorrerem lançamentos no SIAFEM/SP.

Nos termos da Resolução SF – 17, De 26 de fevereiro de 2002,

Compete aos Ordenadores de Despesa a responsabilidade de consistência entre os

documentos e transações que comprovem os fatos ocorridos e os documentos de

entrada no SIAFEM/SP

Essas autoridades deverão estar devidamente autorizadas perante o

Centro de Apoio ao Usuário - CAU, da Contadoria Geral do Estado – CGE.

Nesse módulo compõe as seguintes transações:

REGCONSDOC - Reg. Consistência Documental;

LISUSUCONF - Lista CPF que deu Conformidade

CONMOVSINT - Consulta Movimento Sintético

CONMOVANA - Consulta Movimento Analítico

Page 151: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

150

IMPCONSDOC - Imprime Documentos para a Consistência

CONCONSDOC - Consulta a Consistência Documental

CONFSET

Permite atestar o correto registro das informações relativas à

execução orçamentária, financeira e patrimonial no SIAFEM/SP;

Conforme Manual SIAFEM/SP é competência dos CCA’s e CRCA’s,

após o fechamento do mês, a Conformidade Setorial das UGE’s pertencentes à

Administração Direta – Poder Executivo; quanto aos órgãos dos Poderes Legislativo

e Judiciário, e do Ministério Público, bem como a das entidades da Administração

Indireta, deverá ser procedida pelos seus respectivos Gestores;

Essa tarefa será registrada com base na Consistência Documental

expedida pelos Ordenadores de Despesa e demais instrumentos previstos na

portaria do Coordenador da CECI;

Nesse módulo permite as seguintes transações:

REGCONFSET - Registra Conformidade Setorial

ALTCONFSET - Altera Conformidade Setorial

CONCONFSET - Consulta Conformidade Setorial

CONCONFORG - Consulta Conformidade do Órgão

CONCONFDIA - Consulta Conformidade Diária

CONMOVDIA - Consulta Movimento Diário

4. Accoutability, novos conceitos e legislação, eficiência e eficácia

A Administração Pública está em transformação. Novos termos e

conceitos são inseridos no seu dia a dia e que muitas vezes não são compreendidos

por aqueles que realmente fazem a máquina administrativa seguir seu rumo. Um

desses termos é a palavra inglesa “Accountability”.

Várias traduções já percorreram os manuais da gestão pública,

porém nenhuma delas nos dá uma tradução exata para a língua portuguesa.

As traduções mais citadas são:

Page 152: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

151

Obrigação – dever de membros de um órgão administrativo ou representativo de

prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados;

Responsabilização;

Prestar contas - explicar o que faz, como faz, por que faz, quanto gasta e o que

vai fazer a seguir.

Alguns profissionais definem “accountability” conforme a sua área de

atuação, como por exemplo:

Na Ética – responsabilidade social;

Na Administração – governança;

Na História - origina-se do termo latino accomptare (tomar em conta), derivado da

forma prefixada computare (computar), que por sua vez deriva de putare

(calcular);

Na política - É a responsabilidade do governo, dos funcionários públicos e

dos políticos ao público e a corpos legislativos tal como congresso ou

o parlamento;

Dentre as definições e observações inseridas na enciclopédia

Wikipédia, a que me chamou mais atenção afetas ao setor público foi a seguinte:

“Não se trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de

auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo

em que se falhou. A obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto maior

quanto a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos

pagos pelo dinheiro dos contribuintes.” (disponível em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Accountability. acessado em 25/02/2012)

Nessa esteira, o autor Masayuki Nakagawa em artigo intitulado:

“Accountability: a razão de ser da contabilidade” nos brinda com a seguinte

passagem:

No trabalho intitulado Governança Empresarial publicado em 2004, a International Federation of Accountants(IFAC) aponta para a existência de duas formas de accountability: (1) Accountability exógena, que decorre da necessidade de o Conselho de Administração realizar prestação de contas (evidenciação) à Assembléia Geral Ordinária dos acionistas e stakeholders. Essa forma de quitação de accountability tem como base técnica a atividade de contabilização (bookeeping) sob a responsabilidade legal e técnica do contador, visando a demonstrar a conformidade da empresa às leis que regulam suas atividades e (2) Accountability endógena, direcionada pela necessidade de os dirigentes da empresa realizarem a prestação de contas

Page 153: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

152

(evidenciação) da eficiência e eficácia de seu plano estratégico de negócios perante o seu Conselho de Administração. Essa forma de quitação de accountability é realizada com base na atividade de Contabilidade (accounting) da empresa, sob a responsabilidade técnica de seus contadores gerenciais ou controllers, capacitados a interpretar e comunicar a todos os gestores de negócio da empresa e seus stakeholders os riscos associados aos fenômenos direcionadores do desempenho da empresa e seus administradores, com especial destaque à estimativa dos fluxos de caixa de futuros negócios.

Em outro momento, ao se referir à aplicação da “Accountability” no

serviço público:

Seria o instituto da accountability aplicável também ao setor público? De acordo com Cameron, accountability é um importante elemento que caracteriza a boa governança no setor governamental. O conceito envolve a obrigação de se prestarem contas (evidenciação) pelos resultados de decisões ou ações, com freqüência, para prevenir o mau uso do poder e outras formas inadequadas de comportamento de outrem. No âmbito das organizações públicas, essa obrigação pode ser entendida como um dever imposto àqueles que detêm o poder de Estado, no sentido de que dêem visibilidade aos seus atos e, conseqüentemente, gerem um maior grau de confiança entre governantes e governados. Parece haver consenso, na literatura, de que o fundamento dos sistemas democráticos está verdadeiramente na accountability, já que a informação é um pressuposto básico da transparência dos negócios públicos em uma verdadeira e legítima democracia. Sem informações apropriadas a respeito da gestão pública, os cidadãos ficam privados de realizar julgamentos adequados em relação aos atos praticados por seus governantes.” Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-70772007000200001&script=sci_arttext em 23/01/2012.

Page 154: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

153

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Após a explanação de toda a pesquisa decorrente do problema

abaixo, faço as seguintes considerações:

Problema: Podemos melhorar os controles sobre o PPA/LDO/LOA pelo Tribunal de

Contas do Estado de São Paulo em virtude das novas normas de contabilidade?

Hipótese: A priori, a aplicação da contabilidade em todas as etapas de

planejamento, principalmente no PPA/LDO/LOA permite dar maior controle,

integração e confiabilidade das informações na gestão pública.

Confirma-se parcialmente a hipótese, pois os controles existentes

carecem de aprimoramentos. A sugestão da criação do Cadastro de Gestores

Públicos inserido no Plano de Contas do sistema SIAFEM/SP dará maior

transparência á receita e aos gastos públicos na forma demonstrada na execução

orçamentária; A contabilização da receita por fonte de recursos e de forma

regionalizada será instrumento importantíssimo para gerir as finanças do Estado,

uma vez que estará mapeado o fluxo de caixa em confronto com a despesa

regionalizada; a auditoria preventiva e concomitante evitará desperdício e

malversação do erário; a prestação de contas de adiantamento liberada

contabilmente pelo TCESP apontará para a sociedade quais gestores estão

pendentes de acerto de contas.

Com todas essas sugestões implantadas estaremos sem sombra de

dúvidas cumprindo os objetivos Estratégicos Institucionais do TCESP.

Page 155: O Tribunal de Contas frente às novas normas de contabilidade

154

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