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APECA 44 EDIÇÃO DE O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2008 DR. JORGE MANUEL TEIXEIRA DA SILVA DR. ARMINDO LOURENÇO DR. ANTÓNIO RODRIGUES NETO DR. JOAQUIM ALEXANDRE DE OLIVEIRA E SILVA AUTORES: O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2008

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    Rua Avelino Santos Leite, 16 - Apartado 1205 - 4471-909 MAIATelef. 229 488 348 / 229 489 018 / 229 411 101 - Fax 229 449 382E-Mail: [email protected] Internet: www.apeca.pt

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    O TRABALHODE FECHO DE CONTASDO EXERCCIO DE 2008

    DR. JORGE MANUEL TEIXEIRA DA SILVADR. ARMINDO LOURENODR. ANTNIO RODRIGUES NETODR. JOAQUIM ALEXANDRE DE OLIVEIRA E SILVA

    AUTORES:

    O TRABALHODE FECHO DE CONTASDO EXERCCIO DE 2008

  • 1O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    O TRABALHO DE FECHO DE CONTASDO EXERCCIO DE 2008

  • 2 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

  • 3O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    Abril/2009

    TEMAS: 1 - ASPECTOS DE LEGISLAO COMERCIALDr. Jorge Manuel Teixeira da Silva - ROC

    2 - ASPECTOS CONTABILSTICOS/FISCAISDr. Jorge Manuel Teixeira da Silva - ROC

    3 - ASPECTOS FISCAIS DO FECHO DE CONTAS DE 2008

    3.1 - APURAMENTO DO LUCRO TRIBUTVEL DO EXERCCIO DE 2008Dr. Armindo D. Loureno - Economista - DGI

    3.2 - DETERMINAO DA MATRIA COLECTVELDr. Joaquim Alexandre O. Silva

    3.3 - CLCULO DO IMPOSTODr. Joaquim Alexandre O. Silva

    3.4 - BENEFCIOS FISCAIS PARA 2008Dr. Joaquim Alexandre O. Silva

    3.5 - AMORTIZAES E REINTEGRAESDr. Joaquim Alexandre O. Silva

    3.6 - PROVISES/AJUSTAMENTOSDr. Joaquim Alexandre O. Silva

    3.7 - DIFERIMENTOSDr. Joaquim Alexandre O. Silva

    3.8 - AJUDAS DE CUSTO E SUBSDIO DE DESLOCAESDr. Joaquim Alexandre O. Silva

    3.9 - DISSOLUO E LIQUIDAO DE SOCIEDADESDr. Joaquim Alexandre O. Silva

    4 - INVENTRIO PERMANENTEDrs. Jorge Manuel Teixeira da Silva - ROC e Antnio Rodrigues Neto - ROC, Doc. Ens. Sup.

    5 - IMPOSTOS DIFERIDOSDr. Jorge Manuel Teixeira da Silva - ROC

    6 - PROPOSTA DE PLANO DE CONTAS - IVA, IRC, IMPOSTO DE SELODr. Jorge Manuel Teixeira da Silva - ROC

    7 - DECLARAO MOD. 22 E SEUS ANEXOS

  • 4 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    Abril/2009

    TtuloO Trabalho de Fecho de Contas do Exerccio de 2008

    AutoresDr. Jorge Manuel Teixeira da SilvaDr. Armindo LourenoDr. Antnio Rodrigues NetoDr. Joaquim Alexandre Silva

    EdioAPECA - Associao Portuguesa das Empresas de Contabilidade e Administrao

    Depsito Legaln. 135371/99

    ISBN: 978-989-8095-07-7

    Execuo GrficaTipografia do Ave, S.A. - Vila do Conde

  • 5O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    AGRADECIMENTO

    A APECA ASSOCIAO PORTUGUESA DAS EMPRESAS DE CONTABILIDADEE ADMINISTRAO agradece aos Exmos. Senhores Dr. Jorge Manuel Teixeira da Silva,Dr. Armindo Loureno, Dr. Antnio Neto e Dr. Joaquim Alexandre Silva, a permisso paraa publicao dos presentes trabalhos.

  • 6 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

  • 7O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    NDICE

    PGINA1. PARTEASPECTOS DA LEGISLAO COMERCIAL1 - Introduo 132 - Obrigaes Especiais dos Contribuintes 143 - Os Livros dos Comerciantes 164 - Os Documentos de Prestao de Contas e o dever de relatar a gesto e apresentar contas 215 - Convocatrias das Assembleias Gerais 346 - Perda de metade do capital 367 - Deliberaes dos Scios 388 - Deliberaes sobre as Contas 399 - rgos de Administrao e Fiscalizao 41

    10 - Distribuio de Bens aos Scios 4411 - Lucros No Distribuveis 4512 - As Entidades Sujeitas a Reviso Legal 45

    2. PARTEASPECTOS CONTABILSTICOS E FISCAIS1 - Introduo 512 - A Imagem Verdadeira e Apropriada 633 - O Trabalho de Fim de Ano Propriamente Dito 67

    3.1 - Disponibilidades 673.2 - Dvidas de e a Terceiros 683.3 - Estado e Outros Entes Pblicos 693.4 - Acrscimos e Diferimentos 713.5 - Provises 743.6 - Existncias 763.7 - Imobilizaes 853.8 - Custos com o Pessoal 923.9 - Contabilizao das Operaes de Locao Financeira 923.10 - Locao de Imveis Cujo Contrato foi Celebrado at 31 de Dezembro de 1999 e Implicaes Fiscais no Ano

    da Opo de Compra (no Locatrio) 974 - Alguns Aspectos Fiscais Relacionados com o Fecho de Contas de 2008 98

    4.1 - Criao de Emprego para Jovens 984.2 - Mais-Valias e Menos-Valias Fiscais 1064.3 - O Regime dos Pagamentos por Conta e Especial por Conta Mais-Valias Fiscais 1144.4 - Benefcios Interioridade 118

    5 - Anexos 1235.1 - Programa de Trabalho para o Fecho de Contas 1235.2 - Outros Anexos 125

  • 8 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    3. PARTE3 - ASPECTOS FISCAIS DO FECHO DE CONTAS DE 20083.1 - Apuramento do Lucro Tributvel do Exerccio de 2008 1493.2 - Determinao da Matria Colectvel 1793.3 - O Clculo do Imposto 1873.4 - Benefcios Fiscais para 2008 1973.5 - Amortizaes e Reintegraes 2173.6 - Provises/Ajustamentos 2233.7 - Diferimentos 2293.8 - Ajudas de custo e subsdio de Deslocaes 2333.9 - Dissoluo e Liquidao de Sociedades 241

    4. PARTEINVENTRIO PERMANENTE 253

    0 - Introduo 253

    1 - Critrios Valorimtricos Aplicveis s Existncias 254

    1.1 - Plano Oficial de Contabilidade 254

    I - Enquadramento 254

    II - Valorimetria 255

    1.2 - Cdigo do IRC 257

    1.2.1 - Aspectos Gerais 257

    1.2.2 - Obras de Carcter Plurienal 257

    2 - Breve Anlise do Dec. Lei n. 44/99 de 12 de Fevereiro e do Dec. n. 79/03 de 23 de Abril 259

    3 - Consequncias da No Observncia do Dec. Lei n. 44/99 263

    4 - Breves Noes de Contabilidade Analtica 265

    4.1 -Custos, Gastos, Despesas, Pagamentos e Proveitos, Receitas, Recebimentos 265

    4.2 - Os Custos e as Funes da Empresa 265

    4.3 - Custos dos Produtos e Custos do Perodo 265

    4.4 - O Custo e os Produtos 265

    4.4.1 - Componentes do Custo Industrial 265

    4.4.2 - A Hierarquia dos Custos 266

    4.5 - Custos Fixos e Variveis 266

    4.6 - Mtodos de Apuramento de Custos 266

    I - Mtodo Directo 267

    II - Mtodo Indirecto ou de Custos por Processos 267

    4.7 - Sistemas de Custeio 2674.7.1 - Momentos do Clculo 267

    PGINA

  • 9O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    4.7.2 - Tratamento dos Custos 2674.7.2.1 - Custeio por Absoro ou Custeio Racional 2684.7.2.2 - Custeio Varivel 268

    4.8 - Determinao do Custo dos Resduos, Sub-produtos e Co-Produtos 2684.8.1 - Custos dos Resduos 2684.8.2 - Sub-produtos 2684.8.3 - Co-Produtos 269

    4.9 - Repartio e Imputao dos Custos 2694.10 - Custos Reais, Custos Bsicos? 271

    5 - Custeio por Absoro versus Custeio Varivel 2725.1 - Descrio dos Sistemas 272

    5.1.1 - Custeio por Absoro 2725.1.2 - Custeio Varivel 273

    6 - Planificao Contabilstica 2736.1 - Formas de Articulao 273

    I - Monista Radical 273II - Sistema nico Diviso 274III- Sistema Duplo Contabilstico 274IV- Sistema Duplo Misto 276

    6.2 - Plano de Contas Propostos 276I - Proposta de Plano de Contas de Contabilidade Analtica para Empresas de Construo Civil 277II - Proposta de Plano de Contas de Contabilidade Analtica para Outras Empresas Industriais 278

    7 - Exemplos Prticos em Sistema de Inventrio Permanente 2787.1 - Empresa Comercial 2787.2 - Exemplo Prtico Sistema Dualista 279

    8 - Demonstrao dos Resultados por Funes 281Bibliografia 283

    5. PARTEIMPOSTOS DIFERIDOS1 - Relaes entre Contabilidade e Fiscalidade 287

    1.1 - Normas Contabilsticas e Normas Fiscais 2871.2 - Diferenas entre o Lucro Tributvel e o Lucro Contabilstico 2881.3 - Diferenas Permanentes 2881.4 - Diferenas Temporrias 288

    1.4.1 - Diferenas Temporrias Tributveis 2891.4.2 - Diferenas Temporrias Dedutveis 290

    2 - Natureza do Imposto sobre Lucros. Os Mtodos de Contabilizao 290

    PGINA

  • 10 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    2.1 - O Imposto s/ os Lucros Gasto do Exerccio ou Distribuio de Resultados 2902.2 - Mtodos de Contabilizao 292

    2.2.1 - Mtodo do Imposto a Pagar 2922.2.2 - Mtodo dos Efeitos Tributrios 292

    2.2.2.1 - O Mtodo do Diferimento 2922.2.2.2 - Mtodo da Dvida 292

    2.2.2.2.1 - Mtodo de Dvida Baseado na Demonstrao de Resultados 2932.2.2.2.2 - Mtodo da Dvida Baseado no Balano 295

    2.2.2.3 - O Mtodo do Valor Lquido de Imposto 2953 - Reconhecimento e Mensurao de Activos e Passivos por Impostos Diferidos 2954 - Tratamento Contabilstico dos Impostos Diferidos 2975 - Prejuzos Fiscais 299

    5.1 - O Regime Fiscal dos Prejuzos 2995.2 - Tipos de Reporte de Prejuzos Fiscais 2995.3 - Natureza de Direito de Compensao de Perdas Fiscais 2995.4 - O Clculo e Contabilizao de Efeito Tributrio da Compensao 300

    6 - Apresentao, Divulgao e Regime Transitrio 3006.1 - Apresentao 3006.2 - Divulgao 3006.3 - Disposies Transitrias 302

    7 - Concluses 3028 - Exemplos Prticos 304

    8.1 - Exemplo de Diferena Temporria Tributvel 3048.2 - Exemplos de Diferenas Temporrias Dedutveis (que so diferenas tempestivas) 3068.3 - Ajustamentos de Dvidas a Receber 3078.4 - Exemplos de Diferenas Temporrias Tributveis 3098.5 - Regime Transitrio para a Introduo da Filosofia dos Impostos Diferidos 3138.6 - Prejuzos Fiscais 3148.7 - Contratos de Construo 315

    9 - Bibliografia 3199.1 - Documentos de Associaes de Profissionais de Contabilidade e de Organismos de Normalizao Contabilstica 3199.2 - Revistas 3209.3 - Livros 320

    6. PARTEPROPOSTA DE PLANO DE CONTAS ADAPTADO AO IVA, IRC E IMPOSTO DE SELO 321

    7. PARTEDECLARAO MOD. 22 E SEUS ANEXOS 383

    PGINA

  • 11O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    1. PARTE

    ASPECTOS DA LEGISLAO COMERCIALRELACIONADA COM O TRABALHO DE FECHO

    DE CONTAS DE 2008

    Por: DR. JORGE MANUEL TEIXEIRA DA SILVAREVISOR OFICIAL DE CONTAS

    Fevereiro de 2007

  • 12 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

  • 13O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    ASPECTOS DA LEGISLAO COMERCIAL RELACIONADACOM O TRABALHO DE ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE 2008

    1 A exposio deste ponto 1) segue, na sua parte inicial, de perto a obra Lies de Direito Comercial 12. Edio, Rei dos Livros.

    1 - INTRODUO 1

    I) QUEM COMERCIANTE1. As pessoas que tendo capacidade para praticar actos de

    comrcio, fazem deste profisso, e2. As sociedades comerciais (art. 13. do Cdigo Comercial).Portanto, os requisitos para a qualificao so: No caso de Comerciantes Individuais:

    a) Ter capacidade Comercial.b) Exercer a profisso de comrcio.d) Exercer o comrcio em nome prprio.

    No caso de Sociedades Comerciais, para que ela tenha aqualificao de comerciante necessrio:a) Ter um objecto comercial: Prtica de actos de comr-

    cio.b) Adoptar um tipo de forma referido no n. 2 do art. 1. do

    Cdigo das Sociedades Comerciais: Sociedade em nome colectivo. Sociedade por quotas. Sociedades annimas. Sociedades em comandita. Sociedade unipessoal por quotas.

    Quanto responsabilidade dos scios, as sociedades comer-ciais podem classificar-se em:a) Sociedades de responsabilidade ilimitada (em nome colectivo);b) Sociedades de responsabilidade limitada (annimas e por

    quotas plurais e unipessoais);c) Sociedades de responsabilidade mista (em comandita, sim-

    ples e por aces).Esta classificao auxilia-nos a distinguir as sociedades co-merciais umas das outras. Isto porque a responsabilidade dosscios uma caracterstica fundamental a atender, e podemesmo dizer-se que, volta dela, gira toda a organizao dassociedades.Para comprovar este facto, basta-nos considerar que o nomepelo qual toda a sociedade designada no exerccio do comr-cio a sua firma deve dar sempre a conhecer a responsabili-dade que os scios tomam pelas obrigaes assumidas pelasociedade. (sobre os requisitos da firma ver art. 10. do C.S.C.)Neste sentido, nas sociedades em nome colectivo, a firma deveincluir a expresso e Companhia ou qualquer outra que indi-que a existncia de outros scios, como seja e Sucessores(art. 177. do C.S.C.); nas sociedades por quotas, a firma deveincluir, em todos os casos, as palavras responsabilidade limi-tada ou simplesmente limitada (Lda.), nos termos doart. 200. do C.S.C.; nas sociedades, annimas, a firma deveincluir a expresso Sociedade Annima ou simplesmente asiniciais S.A., de acordo com preceituado no art. 275. do C.S.C.;nas sociedades em comandita, a firma formada pelo nome oufirma de um, pelo menos, dos scios comanditados e o adita-mento em Comandita ou Comandita, em Comandita porAces ou Comandita por aces (art. 467. do C.S.C.).O Decreto-Lei n. 257/96 de 31 de Dezembro, veio permitir acriao de sociedades unipessoais por quotas, tendo adita-

    do ao Cdigo das Sociedades Comerciais os arts. 270.-A, 270.--B, 270.-C, 270.-D, 270.-E, 270.-F e 270.-G. (ver alteraesintroduzidas ao art. 270.-D pelo Dec. Lei n. 36/2001 de 14/3).A este tipo de sociedades aplicam-se, salvo as excepes pre-vistas no n. 5 do art. 270-A do C.S.C., as normas que regulamas sociedades por quotas, excepto as que pressupem a plura-lidade dos scios.A sociedade unipessoal por quotas constituda por um nicoscio, pessoa singular ou colectiva, que titular da totalidadedo capital social (n. 1 do art. 270.-A do C.S.C.).A firma destas sociedades deve ser formada pela expressosociedade unipessoal ou pela palavra unipessoal limitadaou unipessoal Lda..Pode tal tipo de sociedades resultar de: constituio inicial com um nico scio, transformao da sociedade por quotas com vrias quotas

    cujo nmero de scios se reduz a um, transformao de EIRL (Estabelecimento Individual de Res-

    ponsabilidade Limitada).Por outro lado o scio da sociedade unipessoal por quotaspode modificar esta sociedade em sociedade por quotas pluralatravs de diviso e cesso de quota ou aumento de capitalcom entrada de novo scio.Importa referir ainda, outros aspectos caracterizadores destenovo tipo de sociedade: uma pessoa singular s pode ser scia de uma nica socie-

    dade unipessoal por quotas; uma sociedade por quotas no pode ter como nico scio

    uma sociedade unipessoal por quotas; nas sociedades unipessoais por quotas o scio nico que

    exerce as competncias da assembleia geral, e as suas delibe-raes por si tomadas devem constar de acta por ele assinada;

    os negcios entre o scio nico e a sociedade unipessoalpor quotas devem ser autorizados atravs da escritura daconstituio, e devem observar a forma escrita;

    os documentos de que constam os negcios jurdicos entreo scio e a sociedade, devem ser patenteados conjunta-mente com o relatrio de gesto e os documentos de presta-o de contas, podendo ser consultados por qualquer inte-ressado na sede social;

    a violao das normas referidas sobre negcios entre o s-cio e a sociedade, implica a sua nulidade e responsabilizailimitadamente o scio.

    De referir ainda que a sociedade unipessoal por quotas umapessoa colectiva, e portanto sujeita a tributao do rendimen-to em sede do IRC. O mesmo no acontece em relao ao EIRL(Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada),que sendo um patrimnio autnomo destacado do patrimnioparticular do comerciante, est sujeito a tributao do rendi-mento em sede de IRS.Depois desta breve referncia s sociedades unipessoais porquotas, importa analisar a responsabilidade dos scios nosdiversos tipos de sociedades. Assim:

  • 14 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    Comerciantes em nome individual (ou singulares): o nome completo ou abreviado.

    Firma propriamente dita, ou razo social: nomes de todos os scios, ou de um ou mais scios, com oaditamento explicativo da espcie de sociedade C.a, Ct.a, Lda. conforme se trate de soc. em nomecolectivo, em comandita, ou por quotas.

    Denominao social ou particular: uma palavra ou conjunto de palavras que dem a conhecer, quantopossvel, o objecto da sociedade, e o aditamento Lda. ou S.A., conforme se trate de sociedade por quotas ouannimas.

    SociedadesComerciais

    Modo deconstituioda firma

    FIRMA 2

    Caracteresda firma 3

    Todo o comerciante, singular ou sociedade, ser designado, no exerccio do seu comrcio, sob um nomecomercial, que constituir a sua firma.

    A firma deve dar a conhecer, no s a pessoa ou pessoas que exercem o comrcio ou o negcio explorado,mas tambm a responsabilidade que essas pessoas tomam pelas suas obrigaes mercantis. E, assim, osaditamentos obrigatrios: C.a, Ct.a, Lda., S.A..

    Todo o comerciante, com legtimo direito ao uso da sua firma, pode impedir que outro adopte uma igual outo semelhante que se preste a confuso.

    Obrigatoriedade

    Verdade ousinceridade

    Exclusivismo

    Sociedades em nome colectivoA responsabilidade de todos os scios perante as dvidas dasociedade subsidiria, solidria e ilimitada.Diz-se subsidiria porque os scios respondem pelas dvidassociais depois de executado todo o patrimnio da prpria so-ciedade; s no caso de insuficincia patrimonial das socieda-des que os scios so pessoalmente responsveis. solidria porque os credores da sociedade, depois de execu-tados os bens sociais, podem exigir totalidade ou a qualquerdos scios, o pagamento das dvidas da sociedade. No casodo credor exigir o pagamento a um dos scios, este ter direitode regresso contra os outros scios.A responsabilidade ilimitada porque os scios respondem,no caso de insuficincia patrimonial da sociedade, com todoo seu patrimnio pessoal, pelas dvidas sociais (art. 175.C.S.C.).

    Sociedades por quotasA responsabilidade dos scios perante as dvidas da socie-dade igualmente subsidiria e solidria, mas limitada.Subsidiria e limitada, mas pode estabelecer-se no contratosocial que um ou mais scios respondem solidariamentecom a sociedade at determinado montante para alm dasua quota, ou estabelecer-se que determinado scio res-ponde, para alm do valor da sua quota, at certo montan-te, mas subsidiariamente com a sociedade. Isto significaque pode haver scios que respondam em montante maiselevado que outros, mas mesmo assim a responsabilidadeser sempre limitada (arts. 197. n. 3 e 198. n. 1 do C.S.C.).

    Sociedades unipessoais por quotasA responsabilidade do scio nico subsidiria e limitada.Contudo a no observncia das regras sobre os negciosjurdicos entre o scio e a sociedade unipessoal por quo-tas, implica a nulidade dos negcios e responsabiliza ilimi-tadamente o scio (n. 4 do art. 270.-F do C.S.C.)

    Sociedades annimasSo caracterizadas por a responsabilidade de cada scio (ac-cionista) se limitar ao valor nominal das suas aces. Por ou-tras palavras: s a sociedade responsvel pelas suas dvidas

    e cada scio responde individual e exclusivamente para com asociedade pelo valor da sua entrada (art. 271. do C.S.C.).

    Sociedades em comanditaNo domnio da responsabilidade dos scios, tem como carac-tersticas o facto de existirem dois tipos de scios: os comandi-tados, que assumem a responsabilidade por dvidas nos mes-mos termos dos scios das sociedades em nome colectivo, eos comanditrios, que respondem apenas pela sua entrada,mas no pelas dvidas da prpria sociedade (art. 465. do C.S.C.).Estas sociedades compreendem dois tipos: as sociedades emcomandita simples e as sociedades em comandita por aces(art. 465. n. 3 do C.S.C.).

    2 - OBRIGAES ESPECIAIS DOS COMERCIANTESNos termos do art. 18. do Cdigo Comercial, os comerciantesso especialmente obrigados a:1. - A adoptar uma firma;2. - A ter escriturao mercantil;3. - A fazer inscrever no registo os actos a ele sujeitos;4. - A dar balano e a prestar contas.Estas obrigaes, que impendem sobre os comerciantes, soos meios de que a lei se serve para garantir o exerccio docomrcio em condies de equilbrio e segurana.Quais ento os fins primrios que se pretende atingir? Sofundamentalmente trs:a) distinguir claramente os comerciantes uns dos outros, bem

    como os seus estabelecimentos e os seus produtos;(Isto consegue-se pela regulamentao da firma, nome deestabelecimento, marcas, etc.).

    b) dar a conhecer, em qualquer altura, a situao econmica efinanceira do comerciante, e fazer a prova das suas opera-es;(Alcana-se este objectivo por meio da escriturao, balan-o e prestao de contas).

    c) dar publicidade a certos actos importantes que podem in-fluir na vida mercantil dos comerciantes.(O registo comercial satisfaz esta necessidade).

    Teceremos breves notas sobre estas obrigaes especiais doscomerciantes j que elas servem de introduo aos temasabordados mais frente.

    2 Extrado de pg. 114 e seguintes de Lies de Direito Comercial.3 No caso das Sociedades Unipessoais por quotas, a firma deve ser formada pela expresso Sociedade Unipessoal ou pela palavra Unipessoal antes da palavra

    Limitada ou abreviatura Lda..

  • 15O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    J que estamos a tratar, embora a ttulo de introduo, de uma obrigao dos comerciantes, que a de ter escriturao mercantil,parece pertinente aqui abordar quais os livros obrigatrios para os comerciantes e qual o perodo mximo de atraso em que taislivros podem estar.

    4 Extrado de pg. 114 e seguintes de Lies de Direito Comercial.5 Extrado de pg. 114 e seguintes de Lies de Direito Comercial.

    Distinoda firmaquanto aoutrasdesignaes

    Individualiza ocomerciante

    Individualizam oestabelecimento

    Individualizam oproduto

    Nome com que o comerciante, em nome individual ou sociedade, exerce o seucomrcio.

    Serve para designar e tornar conhecido um estabelecimento.

    Serve tambm para identificar um estabelecimento e torn-lo conhecido.

    Marcas industriais Servem para o industrial, o agricultor ou artfice assinalar osseus produtos, distinguindo-os de outros idnticos ou semelhantes.

    Marcas comerciais Servem para o comerciante assinalar os produtos do seucomrcio ainda que seja o produtor.

    Firma

    Nome deestabelecimentoInsgnia deestabelecimento

    Marcas

    REGISTO COMERCIAL 4

    Caractersticas da publicidade que se exprime principalmente numa garantia para todos que contratam com os comerciantes.Organizao de um cadastro dos comerciantes cadastro completo das sociedades comerciais, e dos comerciantes em nome

    individual, dado que o registo das suas firmas obrigatrio assim como dos factos mais importantes a eles respeitantes.Conhecimento dos actos mais importantes que podem condicionar a actividade mercantil pois que obrigatria a

    inscrio desses actos.Efeito fundamental do registo Os factos jurdicos sujeitos a registo s produziro efeitos contra terceiros desde a data

    do registo, e pela ordem por que este se ache feito.

    1. - Depsito de DocumentosMatrcula

    2. - InscriesAverbamentos

    3. - Publicaes legais

    Registo provisrio S produz efeitos durante certo tempo (6 meses), no fim do qual caduca, se no for convertido emdefinitivo. Tem lugar este registo para os actos que s mais tarde venham a realizar-se, ou quando haja dvidas sobre alegalidade dos documentos apresentados, e tambm no caso de falta de quaisquer formalidades ou do pagamento dequaisquer impostos, etc..

    Registo definitivo Realizado na generalidade dos casos sempre que se no verifiquem as circunstncias especiais que dolugar ao registo provisrio.

    Importnciado registoe suasvantagens

    mbito doregisto -factos queabrange

    Modalidadesdo registo

    O princpio do sigilo Nenhuma autoridade, juzo ou tribunal pode mandar investigar se o comerciante tem ou no os seuslivros devidamente arrumados (salvo Finanas, casos do art. 43. do Cdigo Comercial e violao do direito a informaodos scios).

    Fiscalizao para efeitos fiscais por parte dos servios de Finanas, que tm a faculdade de proceder aexames escrita dos comerciantes, para averiguarem sobre a regularidade no pagamento dos vrios impos-tos.

    Exibio (da escrita) abrange os livros comerciais por inteiro, isto , torna pblica toda aescriturao do comerciante. feita no tribunal e s admissvel em casos especiais: falncia,sucesso universal e comunho ou sociedade.

    Exame ( escrita) sempre parcial e diz respeito a pontos restritos que procuram esclarecer--se, designadamente os lanamentos efectuados em certa data e em certos livros. feitosempre no escritrio do prprio comerciante e na sua presena ou e quem represente (casoPeritagens).

    Sigilo daescriturao a regra eas excepes Excepes Prova nos

    tribunaisque revesteduasformas:

    Livros obrigatrios para as sociedades: obrigatrio apenas o livro de actas (art. 31. do Cd. Comercial).Livros facultativos Ficam ao arbtrio do comerciante e podem revestir as mais variadas espcies, nomeadamente os livros:

    Caixa, Compras, Vendas, Armazm, Clientes, Fornecedores, Depsitos em Bancos, etc..

    Livroscomerciais

    Registo das operaes do comerciante permitindo determinar em qualquer momento (e, como regra, no fim de cada ano)a sua situao econmico-financeira e apurar os resultados (lucros ou prejuzos) do exerccio.

    Possibilidade de fazer prova, em tribunal, a favor ou contra o prprio comerciante, assim constituindo uma garantia daactividade mercantil.

    Carcter obrigatrio que funciona, no s no interesse do prprio comerciante, como tambm das pessoas que com elecontratam, e, at, no interesse geral.

    ESCRITURAO MERCANTIL 5

    Vantagensdaescriturao

  • 16 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    3 - OS LIVROS DOS COMERCIANTESPara alm da escriturao auxiliar efectuada de forma manualou informatizada os comerciantes so obrigados a possuirlivros obrigatrios, no s pela legislao comercial mastambm pela legislao fiscal.Este um dos pontos onde a legislao comercial comple-mentada pela legislao fiscal. Vejamos ento, e utilizando tam-bm alguma terminologia fiscal, quais os livros obrigatriospara os comerciantes.

    I) SUJEITOS PASSIVOS EM NOME SINGULARNos termos do art. 28. do CIRS, a determinao dos rendi-mentos empresariais e profissionais faz-se:a) Com base na aplicao das regras decorrentes do regime

    simplificado; oub) Com base na contabilidade organizada.Pela sua importncia, e dadas as alteraes introduzidaspelo O.E de 2007 e de 2008 nesta matria, pensamos no serdescabida a transcrio integral dos art. 28. e 31. do Cdi-go do IRS:

    Artigo 28.Formas de determinao dos rendimentos empresariais

    e profissionaisRENDIMENTOS EMPRESARIAIS RENDIMENTOS

    PROFISSIONAIS REGIME SIMPLIFICADODE TRIBUTAO OPO TRIBUTAO CAT. A

    1 - A determinao dos rendimentos empresariais e profis-sionais, salvo no caso da imputao prevista no artigo20., faz-se: (Redaco dada pela Lei n. 109-B/2001, de27 de Dezembro - OE)a) Com base na aplicao das regras decorrentes do

    regime simplificado;b) Com base na contabilidade.

    2 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado os sujeitospassivos que, no exerccio da sua actividade, notenham ultrapassado no perodo de tributao imedia-tamente anterior qualquer dos seguintes limites:[Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 211/2005, de 7 deDezembro]a) Volume de vendas: 30.000.000$ ( 149.739,37);b) Valor ilquido dos restantes rendimentos desta cate-

    goria: 20.000.000$ ( 99.759,58).3 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplifica-

    do podem optar pela determinao dos rendimentos combase na contabilidade. [Redaco dada pelo Decreto--Lei n. 211/2005, de 7 de Dezembro]

    4 - A opo a que se refere o nmero anterior deve ser for-mulada pelos sujeitos passivos: [Redaco dada pelaLei n. 53-A/2006, de 29 de Dezembro - OE]a) Na declarao de incio de actividade;b) At ao fim do ms de Maro do ano em que pretendem

    alterar a forma de determinao do rendimento, me-diante a apresentao de declarao de alteraes.[Redaco dada pela Lei n. 53-A/2006, de 29 deDezembro - OE]

    5 - O perodo mnimo de permanncia em qualquer dos re-gimes a que se refere o n. 1 de trs anos, prorrogvel

    por iguais perodos, excepto se o sujeito passivo comu-nicar, nos termos da alnea b) do nmero anterior, aalterao do regime pelo qual se encontra abrangido.[Redaco dada pela Lei n. 53-A/2006, de 29 deDezembro - OE]

    6 - Cessa a aplicao do regime simplificado apenas quan-do algum dos limites a que se refere o n. 2 for ultrapas-sado em dois perodos de tributao consecutivos ou seo for num nico exerccio em montante superior a 25%desse limite, caso em que a tributao pelo regime decontabilidade organizada se faz a partir do perodode tributao seguinte ao da verificao de qualquerdesses factos. [Redaco dada pela Lei n. 64-A/2008,de 31 de Dezembro - OE].

    7 - Os valores de base necessrios para o apuramento dorendimento tributvel so passveis de correco pelaDireco-Geral dos Impostos nos termos do artigo 39.,aplicando-se o disposto no nmero anterior quando severifiquem os pressupostos ali referidos.

    8 - Se os rendimentos auferidos resultarem de servios pres-tados a uma nica entidade, excepto tratando-se de pres-taes de servios efectuadas por um scio a uma socie-dade abrangida pelo regime de transparncia fiscal, nostermos da alnea b) do n. 1 do artigo 6. do Cdigo doIRC, o sujeito passivo pode optar pela tributao deacordo com as regras estabelecidas para a categoria A,mantendo-se essa opo por um perodo de trs anos.[Redaco dada pela Lei n. 64-A/2008, de 31 de De-zembro - OE].

    9 - Sempre que, da aplicao dos indicadores de base tc-nico-cientfica a que se refere o n. 1 do artigo 31., sedetermine um rendimento tributvel superior ao que re-sulta dos coeficientes estabelecidos no n. 2 do mesmoartigo, ou se registe qualquer alterao ao montantemnimo de rendimento previsto na parte final do mesmonmero, com excepo da que decorra da actualizaodo valor da retribuio mnima mensal, pode o sujeitopassivo, no exerccio da entrada em vigor daqueles in-dicadores ou da alterao do referido montante mni-mo, optar, no prazo e nos termos previstos na alnea b)do n. 4, pelo regime da contabilidade organizada, ain-da que no tenha decorrido o perodo mnimo de per-manncia no regime simplificado. [Redaco dada pelaLei n. 53-A/2006, de 29 de Dezembro - OE]

    10 - No exerccio de incio de actividade, o enquadramentono regime simplificado faz-se, verificados os demais pres-supostos, em conformidade com o valor anual de provei-tos estimados, constante da declarao de incio de ac-tividade, caso no seja exercida a opo a que se refereo n. 3 do presente artigo. [Redaco dada pela Lein. 53-A/2006, de 29 de Dezembro - OE]

    11 - Se, tendo havido cessao de actividade, esta for reini-ciada antes de 1 de Janeiro do ano seguinte quele emque se tiverem completado 12 meses, contados da datada cessao, o regime de determinao dos rendimentosempresariais e profissionais a aplicar o que vigorava data da cessao. (Aditado pela Lei n. 32-B/2002, de30 de Dezembro - OE)

    12 - O referido no nmero anterior no prejudica a possibi-

  • 17O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    lidade de a DGCI autorizar a alterao de regime, arequerimento dos sujeitos passivos, quando se verifiqueter havido modificao substancial das condies doexerccio da actividade. (Aditado pela Lei n. 32-B/2002,de 30 de Dezembro - OE)

    13 - Exceptuam-se do disposto no n. 11 as situaes em queo reincio de actividade venha a ocorrer depois de ter-minado o perodo mnimo de permanncia. [Redacodada pela Lei n. 53-A/2006, de 29 de Dezembro OE.

    Artigo 31.Regime Simplificado

    CIRS - REGIME SIMPLIFICADO DE TRIBUTAO INDICADORES OBJECTIVOS COEFICIENTE

    DAS VENDAS1 - A determinao do rendimento tributvel resulta da apli-

    cao de indicadores objectivos de base tcnico-cien-tfica para os diferentes sectores da actividade econ-mica. [Redaco dada pela Lei n. 32-B/2002, de 30 deDezembro - OE]

    2 - At aprovao dos indicadores mencionados no n-mero anterior, ou na sua ausncia, o rendimento tribu-tvel obtido adicionando aos rendimentos decorren-tes de prestaes de servios efectuadas pelo scio auma sociedade abrangida pelo regime da transparn-cia fiscal, nos termos da alnea b) do n. 1 do artigo 6.do Cdigo do IRC, o montante resultante da aplicaodo coeficiente de 0,20 ao valor das vendas de mercado-rias e de produtos e do coeficiente de 0,70 aos restantesrendimentos provenientes desta categoria, excluindo avariao de produo, com o montante mnimo igual ametade do valor anual da retribuio mnima mensal.[Redaco dada pela Lei n. 53-A/2006, de 29 de De-zembro - OE]

    3 - O rendimento colectvel objecto de englobamento etributado nos termos gerais.

    4 - Em lista aprovada por portaria do Ministro das Finan-as so determinados os indicadores a que se refere on. 1 e, na ausncia daqueles indicadores, so estabe-lecidos, pela mesma forma, critrios tcnicos que, pon-derando a importncia relativa de concretas compo-nentes dos custos das vrias actividades empresariais eprofissionais, permitam proceder correcta subsunodos proveitos de tais actividades s qualificaes con-tabilsticas relevantes para a fixao do coeficiente apli-cvel nos termos do n. 2.

    5 - Para os efeitos do disposto no n. 2, aplica-se aos servi-os prestados no mbito de actividades hoteleiras e si-milares, restaurao e bebidas, bem como ao montantedos subsdios destinados explorao, o coeficiente de0,20 a indicado.(***) [Redaco dada pela Lei n. 67-A/2007, de 31 deDezembro - OE]

    6 - Aos rendimentos da categoria B cujo valor no excedametade do valor total dos rendimentos brutos engloba-dos do prprio titular ou do seu agregado, so aplic-veis as regras de determinao do rendimento previstasno artigo 30., desde que, no respectivo ano, no ultra-passem qualquer um dos seguintes limites:

    (*) [Redaco dada pela Lei n. 109-B/2001, de 27 deDezembro - OE]a) Metade do valor anual do salrio mnimo nacional

    mais elevado, tratando-se dos rendimentos previstosnas alneas b) e c) do n. 1 do artigo 3. e outrosrendimentos referidos nas alneas a) a g) do n. 2 domesmo artigo;

    b) O valor anual do salrio mnimo nacional mais ele-vado, tratando-se de vendas, isoladamente ou emconjunto com os rendimentos referidos na alnea an-terior.

    7 - Os subsdios ou subvenes no destinados explora-o sero considerados, para efeitos do disposto nosn.OS 1 e 2, em fraces iguais, durante cinco exerccios,sendo o primeiro o do recebimento do subsdio.(**) [Aditado pela Lei n. 109-B/2001, de 27 de Dezem-bro - OE]

    8 - Cessando a aplicao do regime simplificado no de-curso do perodo referido no nmero anterior, as frac-es dos subsdios ainda no tributadas, sero imputa-das, para efeitos de tributao, ao ltimo exerccio deaplicao daquele regime. [Aditado pela Lei n. 109-B//2001, de 27 de Dezembro - OE]

    9 - Para efeitos do clculo das mais-valias referidas na al-nea c) do n. 2 do artigo 3., so utilizadas as quotasmnimas de amortizao, calculadas sobre o valordefinitivo, se superior, considerado para efeitos deliquidao de imposto municipal sobre as transmissesonerosas de imveis. [Redaco dada pelo Decreto-Lein. 287/2003, de 12 de Novembro]](***) A alterao introduzida pela presente lei no n. 5do artigo 31. do Cdigo do IRS aplica-se aos exerc-cios de 2006 e seguintes. [n. 2 do artigo 45. da Lein. 67-A/2007, de 31 de Dezembro]

    Tambm, para 2003 e seguintes aplica-se o princpio daespecializao dos exerccios para todos os sujeitos passi-vos do IRS (por fora do n. 6 do art. 3. do CIRS). Assim: Sujeitos passivos com rendimento apurado com base na

    contabilidade: aplica-se o disposto no art. 18. do CIRC;

    Sujeitos passivos de IRS Regime simplificado: Os rendimentos ficam sujeitos a tributao desde o mo-

    mento em que se torna obrigatria, para efeitos de IVA,a emisso de factura ou documento equivalente, ouno sendo obrigatria a sua emisso, desde o momen-to do pagamento ou colocao disposio dos res-pectivos titulares.

    Para efeitos de apuramento do lucro tributvel em IRS, noregime simplificado, os subsdios no destinados explora-o, sero considerados em fraces iguais, durante cincoexerccios, sendo o primeiro o do recebimento do subsdio.

    Caso, no decurso deste perodo, cesse a aplicao do regimesimplificado, as fraces do subsdio ainda no tributadas,sero dadas a tributar no ltimo exerccio de aplicao doregime simplificado.

    ainda importante referir que por fora do aditamento doart. 36-A ao CIRS, pelo Oramento de Estado de 2003, quan-do o sujeito passivo tiver o seu lucro tributvel determinado

  • 18 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    com base na contabilidade, e tiver subsdios no destinados explorao, e passe ao regime simplificado, a parte dossubsdios ainda no tributados, ser imputada na sua tota-lidade, ao ltimo exerccio de aplicao do regime da con-tabilidade.

    I - a) SEM ESCRITA ORGANIZADA

    Tendo sido revogado o art. 111. do CIRS, a questo dosregistos a efectuar pelos sujeitos passivos enquadrados noregime simplificado de IRS, foi tratada no art. 107. do CIRS.Dada a renumerao de foram objecto os cdigos do IRS,IRC e EBF, tal matria vem tratada no art 116. do cdigo doIRS, que reza:1 - Os titulares dos rendimentos da categoria B so obriga-

    dos:a) A escriturar os livros a que se referem as alneas a), b) e

    c) do n. 1 do artigo 50. do Cdigo do IVA, no caso deno possurem contabilidade organizada; e

    b) A evidenciar em separado no respectivo livro de registoas importncias respeitantes a reembolsos de despesasefectuadas em nome e por conta do cliente, as quais,quando devidamente documentadas, no influenciam adeterminao do rendimento, quando no possuam con-tabilidade organizada.

    2 - Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, os sujeitospassivos que exeram actividades agrcolas, silvcolasou pecurias devem possuir ainda os seguintes elemen-tos de escrita:

    a) Livro de registo do movimento de produtos, gado e ma-teriais;

    b) Livro de registo de imobilizaes.

    3 - Os livros referidos no nmero anterior podem ser substi-tudos pelos livros e demais elementos de escrita exigi-dos pelo sistema adoptado na Rede de Informao deContabilidades Agrcolas (RICA) ou pelas listagens doSistema Gestagro, independentemente de os sujeitos pas-sivos estarem integrados na referida rede.

    4 - A escriturao dos livros referidos na alnea a) do n. 1obedece s seguintes regras: [Redaco dada pela Lein. 109-B/2001, de 27 de Dezembro - OE]

    a) Os lanamentos devero ser efectuados no prazo mxi-mo de 60 dias; [Redaco dada pela Lei n. 109-B/2001,de 27 de Dezembro - OE]

    b) As importncias recebidas a ttulo de proviso, adian-tamento ou a qualquer outro destinadas a custear des-pesas da responsabilidade dos clientes devem ser regis-tadas em conta corrente e escrituradas no respectivolivro, sendo consideradas como receita no ano posteri-or ao da sua recepo, sem contudo exceder a apresen-tao da conta final relativa ao trabalho prestado;

    c) Os lanamentos devem ser sempre suportados por docu-mentos comprovativos.

    5 - Os titulares dos rendimentos referidos nas alneas h) e i)do n. 2 do artigo 3. ficam dispensados do cumprimentodas obrigaes previstas no n. 1.

    6 - Os titulares de rendimentos da categoria B que, no sen-

    do obrigados a dispor de contabilidade organizada,possuam, no entanto, um sistema de contabilidade quesatisfaa os requisitos adequados ao correcto apura-mento e fiscalizao do imposto podem no utilizar oslivros referidos no presente artigo. [Redaco dada peloDecreto-Lei n. 238/2006, de 20 de Dezembro]

    Estes livros so:a) O livro de registo de compras de mercadorias e ou o livro

    de registo de matrias primas e de consumo,b) Livro de registo de vendas de mercadorias e ou o livro de

    registo de produtos fabricados;c) Livro de registo de servios prestados.

    Contudo no podemos ignorar que uma coisa o IRS outra o IVA. Assim sendo, para os sujeitos passivos de IRS quesejam simultaneamente sujeitos passivos de IVA, mantem-sea obrigatoriedade de escriturao dos livros referidos no c-digo do IVA.Vejamos ento:

    REGIME ESPECIAL DE ISENOPensamos que no caso de sujeitos passivos sujeitos ao regi-me especial de iseno os livros exigidos so os exigidos peloart. 116 do CIRS, ou seja, os livros mod. N.OS 1, 2, 3, 4 e 5 paraefeitos de IVA.Nos termos do art. 50. no n. 3 do cdigo do IVA, permitidoaos sujeitos passivos no obrigados a possuir contabilidadeorganizada que, no entanto, disponham de um sistema de con-

    PEQUENOS RETALHISTASN. 2 do art. 65. do CIVA e CIRC. n. 29/90 da D.G.C. Impostosa) - Livro de registo de compras, vendas e servios

    prestados ...................................................................b) - Livro de registo de despesas gerais e operaes

    ligadas a bens de investimentos ..............................N. 1 do art. 50.c) - Livro de registo de existncias de mercadorias,

    etc. .............................................................................

    Mod. 10

    Mod. 11

    Mod. 7

    LIVROS OBRIGATRIOS(IVA )

    SUJEITOS PASSIVOS EM NOME SINGULARIVA

    N. 1 do art. 50.REGIME NORMAL

    a) - Livro de registo de compras de mercadorias .....Livro de registo de compras de matrias-primas ede consumo ..............................................................

    b) - Livro de registo de vendas de mercadorias .........Livro de registo de produtos fabricados ...............

    c) - Livro de registo de servios prestados .................d) - Livro de registo de despesas e de operaes li-

    gadas a bens de investimento ...................................e) - Livro de registo de mercadorias, matrias-primas

    e consumo, de produtos fabricados e outras exis-tncias data de 31 de Dezembro de cada ano .....

    Mod. 1

    Mod. 2Mod. 3Mod. 4Mod. 5

    Mod. 6

    Mod. 7

  • 19O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    tabilidade que possibilite o correcto apuramento e fiscaliza-o do imposto, a substituio por este dos livros de registoprevistos para efeitos de IVA... Esta possibilidade de substi-tuio dos livros de registo tambm vlida para efeitos deIRS.Tal possibilidade est j prevista, como vimos, na redaco doart. 116. n. 6. do cdigo do IRS, dada pelo Oramento deEstado de 2002 (Lei n. 109-B/2001 de 27/12).

    I - b) COMERCIANTES EM NOME INDIVIDUALC/ ESCRITA ORGANIZADA

    So obrigados a possuir contabilidade organizada segundo oPlano Oficial de Contabilidade, e nos termos da lei comercial,que permita o apuramento e o controlo do seu rendimentotributvel: Aqueles que exeram a ttulo individual qualquer activida-

    de comercial, industrial ou agrcola, e que na mdia dos trsltimos anos, hajam realizado um volume de negcios supe-rior a 30.000 contos (art. 5. do Dec. Lei n. 410/89 que apro-vou o POC);

    Os sujeitos passivos que por ela tenham optado; O sujeitos passivos de IRS que no perodo de tributao

    imediatamente anterior tenham ultrapassado na sua activi-dade, quaisquer dos seguintes limites:a) volume de vendas : 149 739,37 euros;b) valor lquido dos restantes rendimentos: 99 759,58 euros.

    (art. 28. do CIRS).Para os sujeitos passivos de IRS com escrita organizada, re-cente alterao introduzida ao cdigo comercial, pelo Dec. Lein. 76-A/2006 de 29/3, no existem os livros obrigatrios paraos comerciantes em nome individual com escrita organizada.

    II) SOCIEDADES COMERCIAISii - a) - O Regime SimplificadoDe acordo com o art. 53. do cdigo do IRC,1 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado de deter-

    minao do lucro tributvel os sujeitos passivos resi-dentes que exeram, a ttulo principal, uma actividadede natureza comercial, industrial ou agrcola, no isen-tos nem sujeitos a algum regime especial de tributao,com excepo dos que se encontrem sujeitos revisolegal de contas, que apresentem, no exerccio anteriorao da aplicao do regime, um volume total anual deproveitos no superior a 30.000.000$ ( 149.639,37) eque no optem pelo regime de determinao do lucrotributvel previsto na seco II do presente captulo.

    2 - No exerccio do incio de actividade, o enquadramentono regime simplificado faz-se, verificados os demais pres-supostos, em conformidade com o valor total anual deproveitos estimado, constante da declarao de inciode actividade, caso no seja exercida a opo a que serefere o nmero anterior.

    3 - O apuramento do lucro tributvel resulta da aplicaode indicadores de base tcnico-cientfica definidos paraos diferentes sectores da actividade econmica, os quaisdevem ser utilizados medida que venham a ser apro-vados.

    4 - Na ausncia de indicadores de base tcnico-cientfica

    ou at que estes sejam aprovados, o lucro tributvel,sem prejuzo do disposto no n. 11, o resultante daaplicao do coeficiente de 0,20 ao valor das vendas demercadorias e de produtos e do coeficiente de 0,45 aovalor dos restantes proveitos, com excluso da varia-o de produo e dos trabalhos para a prpria empre-sa, com o montante mnimo igual ao valor anual dosalrio mnimo nacional mais elevado. [Redaco dadapela Lei n. 60-A/2005, de 30 de Dezembro - OE]

    5 - Em lista aprovada por portaria do Ministro das Finan-as so determinados os indicadores a que se refere on. 3 e, na ausncia daqueles indicadores, so estabele-cidos, pela mesma forma, critrios tcnicos que, ponde-rando a importncia relativa de concretas componen-tes dos custos das vrias actividades empresariais eprofissionais, permitam proceder correcta subsunodos proveitos de tais actividades s qualificaes con-tabilsticas relevantes para a fixao do coeficienteaplicvel nos termos do n. 4.

    6 - Para os efeitos do disposto no n. 4, aplica-se aos servi-os prestados no mbito de actividades hoteleiras esimilares, restaurao e bebidas, bem como ao mon-tante dos subsdios destinados explorao, o coefi-ciente de 0,20 a indicado. (*) [Redaco dada pelaLei n. 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]

    7 - A opo pela aplicao do regime geral de determina-o do lucro tributvel deve ser formalizada pelos su-jeitos passivos:a) Na declarao de incio de actividade;b) Na declarao de alteraes a que se referem os arti-

    gos 110. e 111., at ao fim do 3. ms do perodo detributao do incio da aplicao do regime.

    8 - A opo referida no nmero anterior vlida por umperodo de trs exerccios, findo o qual caduca, exceptose o sujeito passivo manifestar a inteno de a renovarpela forma prevista na alnea b) do nmero anterior.(Redaco dada pela Lei n. 109-B/2001, de 27 de De-zembro - OE)

    9 - O regime simplificado de determinao do lucro tribu-tvel mantm-se, verificados os respectivos pressupos-tos, pelo perodo mnimo de trs exerccios, prorrog-vel automaticamente por iguais perodos, salvo se osujeito passivo comunicar, pela forma prevista na al-nea b) do n. 7, a opo pela aplicao do regime geralde determinao do lucro tributvel. (Redaco dadapela Lei n. 109-B/2001, de 27 de Dezembro - OE)

    10 - Cessa a aplicao do regime simplificado quando olimite do total anual de proveitos a que se refere o n. 1for ultrapassado em dois exerccios consecutivos ou seo for num nico exerccio em montante superior a 25%desse limite, caso em que o regime geral de determina-o do lucro tributvel se aplica a partir do exerccioseguinte ao da verificao de qualquer desses factos.

    11 - Os valores de base contabilstica necessrios para oapuramento do lucro tributvel so passveis de correc-o pela Direco-Geral dos Impostos nos termos ge-rais sem prejuzo do disposto na parte final do nmeroanterior. (**)

  • 20 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    12 - Em caso de correco aos valores de base contabilsti-ca referidos no nmero anterior por recurso a mtodosindirectos, de acordo com o artigo 90. da lei geraltributria, aplicvel, com as necessrias adaptaes,o disposto nos artigos 52. a 57..

    13 - As entidades referidas na alnea b) do n. 1 do artigo 6.so abrangidas pelo disposto no presente artigo apli-cando-se, para efeitos do disposto no n. 4, os coefi-cientes previstos no n. 2 do artigo 31. do Cdigodo IRS.

    14 - Sempre que, da aplicao dos indicadores de base tc-nico-cientfica a que se refere o n. 3, se determine umlucro tributvel superior ao que resulta dos coeficien-tes estabelecidos no n. 4, ou se verifique qualquer alte-rao ao montante mnimo de lucro tributvel previstona parte final do mesmo nmero, com excepo da quedecorra da actualizao do valor da retribuio mni-ma mensal, pode o sujeito passivo, no exerccio da en-trada em vigor daqueles indicadores ou da alteraodo referido montante mnimo, optar, no prazo e nostermos previstos na alnea b) do n. 7, pela aplicaodo regime geral de determinao do lucro tributvel,ainda que no tenha decorrido o perodo mnimo depermanncia no regime simplificado. [Redaco dadapela Lei n. 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]

    15 - Para efeitos do disposto nos n.s 1, 4 e 10, aos valoresa previstos deve adicionar-se o valor do ajustamentopositivo a que se refere o n. 2 do artigo 58.-A. (Adita-do pelo Decreto-Lei n. 287/2003, de 12 de Novembro)

    16 - O montante mnimo do lucro tributvel previsto na partefinal do n. 4 no se aplica: [Aditado pela Lei n. 67-A//2007, de 31 de Dezembro - OE]a) Nos exerccios de incio e de cessao de activida-

    de; [Aditada pela Lei n. 67-A/2007, de 31 de De-zembro - OE]

    b) Aos sujeitos passivos que se encontrem com proces-sos no mbito do Cdigo da Insolvncia e da Recu-perao de Empresas, aprovado pelo Decreto-Lein. 53/2004, de 18 de Maro, a partir do exerccioda instaurao desse processo e at ao exerccio dasua concluso; [Aditada pela Lei n. 67-A/2007, de31 de Dezembro - OE]

    c) Aos sujeitos passivos que no tenham auferido pro-veitos durante o respectivo perodo de tributao etenham entregue a declarao de cessao de acti-vidade a que se refere o artigo 33. do Cdigo doIVA. [Aditada pela Lei n. 67-A/2007, de 31 de De-zembro - OE]

    O art 72. do OE/2009 (Lei n. 64-A/2008 de 31-12-2009),veio criar um regime de suspenso do regime simplificadode IRC, que se traduz, no seguinte:

    1 - No permitido aos sujeitos passivos de IRC optarpela tributao com base no regime simplificado pre-visto no art. 53. do cdigo do IRC, a partir de 1 deJaneiro de 2009.

    2 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplifi-cado de determinao do lucro tributvel, cujo pero-do de validade ainda esteja em curso no primeiro dia

    do perodo de tributao referido no nmero anterior,podem optar por uma das alternativas seguintes:a) Renunciar ao regime pelo qual estavam abrangi-

    dos, passando a ser tributados pelo regime geral dedeterminao do lucro tributvel a partir do pero-do de tributao que se inicie em 2009, inclusive;

    b) Manter-se no regime simplificado de determinaodo lucro tributvel at ao final do perodo de trsexerccios ainda a decorrer, excepto se deixarem deverificar os respectivos pressupostos, ou se ocorreralguma das situaes previstas no n. 10. do art. 53.do CIRC, caso em que cessa definitivamente a apli-cao daquele regime nos termos a contemplados.A renncia a que se refere a alnea a) do n. anteriordeve ser manifestada na declarao peridica de ren-dimentos (Mod. 22), relativa ao perodo que se inicieno ano de 2009, mediante indicao do regime geral.

    Resumindo:

    OE 2009 - IRCRegime SimplificadoArtigo 53. do CIRC

    Suspenso do regime simplificadoOs sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificadode determinao do lucro tributvel, cujo perodo de vali-dade ainda esteja em curso em 2009. podem optar por umadas alternativas: Renunciar ao regime simplificado, passando a ser tribu-

    tados pelo regime geral de determinao do lucro tribu-tvel a partir de 2009;ou

    Manter-se no regime simplificado at final do perodode trs exerccios que esteja a decorrer, excepto se deixa-rem de se verificar os respectivos pressupostos ou seocorrer alguma das situaes previstas no n. 10 do arti-go 53. do CIRC.

    OE 2009 - IRCRegime SimplificadoArtigo 53. do CIRC

    Suspenso do regime simplificadoDecises a tomar j?A renncia ao regime simplificado manifestada na decla-rao peridica de rendimentos modelo 22 relativa ao pe-rodo de tributao que se inicie no ano de 2009, medianteindicao do regime geral;Ou seja, no h lugar apresentao de declarao dealteraes

    ii - b) - Livros ObrigatriosOs livros obrigatrios para as sociedades por quotas, em nomecolectivo e em comandita simples, fruto de recente alteraointroduzida ao art. 31. do cdigo comercial, pelo Dec. Lei n. 76--A/2006 de 29/3, ficaram reduzidos apenas ao livro de actas.

    4 REGIMES DE TRIBUTAO DOS RENDIMENTOS

    GeralIsenodefinitiva

    Isenotemporria

    Reduode taxa Simplificado

    Transparnciafiscal

    Grupos desociedades NIF da sociedade dominante

    1 X 3 4 5 6 7 8 9

  • 21O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    Para as Sociedades Annimas, so: Registo de emisso de valores mobilirios (art. 43. do

    cdigo de valores mobilirios e Port. 290/2001 de 25/5 noselado)

    Livro de registo de obrigaes (no selado) Livros de actas para:

    Assembleia Geral (selado) Conselho de Administrao (selado) Conselho fiscal (selado)

    De acordo com o n. 2 do art. 31. do cdigo comercial, oslivros de actas podem ser constitudos por folhas soltas, nu-meradas sequencialmente e rubricadas pela administrao, oupelos membros do rgo social a que respeitam, ou quando,existam pelo secretrio da sociedade ou pelo presidente damesa da assembleia geral da sociedade, que lavram igualmenteos termos de abertura e de encerramento, devendo as folhassoltas ser encadernadas depois de utilizadas.

    De acordo com o artigo 59. do cdigo do imposto de selo, nopodem ser legalizados os livros sujeitos a imposto de seloenquanto no for liquidado o respectivo imposto nem efectua-da a meno a que obriga o n. 4 do artigo 23., que se traduz nameno do valor do imposto e da data da liquidao, de prefe-rncia na folha onde efectuado o termo de abertura ou deencerramento, liquidando-se imposto de selo, por cada folha,de 0,50.

    ATRASO NA ESCRITURAO MERCANTIL

    Para efeitos de IVA, os registos devem ser efectuados aps aemisso dos respectivos documentos e at apresentao dasdeclaraes peridicas se enviadas dentro do prazo legal ouat ao fim desse prazo, se essa obrigao no tiver sido cum-prida (art. 48. CIVA).

    Assim os sujeitos passivos do regime normal mensal poderoter a sua escriturao atrasada cerca de 40 dias, enquanto queos sujeitos passivos do regime normal trimestral, podem ter asua escriturao atrasada, at apresentao da respectivadeclarao peridica.

    Se se tratar de sujeitos passivos do regime especial dos peque-nos retalhistas, a sua escriturao no pode andar atrasadamais que 30 dias (n. 1 art. 65. CIVA).

    Vejamos agora a situao perante os impostos sobre o rendi-mento:

    I.R.S. Sujeitos passivos sem contabilidade organizada:

    Nos termos da alnea a) do n. 4 do art. 116. do CIRS, noso permitidos atrasos superiores a sessenta dias no regis-to das receitas. Assim o prazo previsto no Cdigo do IVA,no vlido para o IRS.

    Sujeitos passivos com contabilidade organizada:O regime aplicvel o das entidades sujeitas a IRC.

    I.R.C.Nos termos do n. 4 do art. 115. do CIRC, no so permiti-dos atrasos na execuo da contabilidade superiores a no-venta dias, contados do ltimo dia do ms a que respeitamas operaes.

    Nestes casos, para os sujeitos passivos de IVA, os noventadias no funcionam porque, os prazos para efeitos de IVAso diferentes, como j vimos. Os sujeitos passivos comcontabilidade organizada, do regime normal mensal do IVA,no podem manter a escrita atrasada mais de 40 dias (termodo prazo legal para envio ao SIVA da declarao peridica).

    Para evitar toda esta confuso, deveriam ser harmonizadasas respectivas legislaes que regulam o atraso da escritu-rao, o que at agora no aconteceu.

    O regime das penalidades aplicveis ao atraso na escri-turao vem referido no art. 121. do Regime Geral dasdas Infraces Tributrias (RGIT) aprovado pelo Dec. Lein. 15/2001 de 5/7.

    Assim, a no organizao da contabilidade de harmonia comas regras da normalizao contabilstica, bem como o atrasona execuo da contabilidade, na escriturao dos livros ouna elaborao de outros elementos de escrita, ou de regis-tos, por perodo superior ao previsto na lei fiscal, quandono sejam punidos como crime ou contra-ordenao maisgrave, so punidos:

    - Pessoas singulares - Pessoas colectivas-no caso de dolo: 50 euros a 1750 euros; 100 a 3 500 euros

    -negligncia: 50 a 875 euros. 100 a 1750 euros

    4 - OS DOCUMENTOS DE PRESTAO DE CONTASE O DEVER DE RELATAR A GESTO E APRESEN-TAR CONTAS

    A Lei n. 394-B/94 de 27/12, veio permitir que mediante requeri-mento dirigido ao Ministro das Finanas, as empresas comsede ou direco efectiva em Portugal, adoptem um perodoanual de tributao diferente do coincidente com o ano civil. ODec. Lei. n. 328/95 de 9/12, veio alterar vrios artigos do cdi-go das sociedades comerciais, no sentido de harmonizar a Leifiscal com a Lei das sociedades comerciais.

    Contudo, e de acordo com a circular n. 12/97 de 7/8 da Direc-o Geral dos Impostos, a adopo do exerccio anual diferen-te do ano civil, ao abrigo do disposto na alnea i) do art. 9. doCdigo das Sociedades Comerciais, aditada pelo Decreto-Lein. 328/95, de 9/12, no se reflecte automaticamente no domniodo imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC).De acordo com a circular referida, as sociedades que preten-dam adoptar um perodo de tributao diferente do ano civildevem efectuar o requerimento previsto no n. 3 do artigo 8.do cdigo do IRC, o qual s poder ser deferido, nos termosdesta disposio, quando existam razes de interesse econ-mico que justifiquem aquela adopo.

    Recente alterao introduzida pelo Dec. Lei n. 111/2005 de 7//12, vem permitir, sem dependncia de qualquer autorizao,que, as pessoas colectivas com sede ou direco efectiva emterritrio portugus, que nos termos da legislao aplicvelsejam obrigadas consolidao de contas, possam adoptarum perodo de tributao diferente do ano civil.

    O relatrio de gesto, as contas do exerccio e os demais docu-mentos de prestao de contas devem ser apresentados aorgo competente e por este apreciados, salvo nos casos pre-vistos na lei, no prazo de trs meses a contar da data de encer-

  • 22 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    ramento de cada exerccio anual, ou no prazo de cinco meses acontar da mesma data quando se trate de sociedades quedevam apresentar contas consolidadas ou que apliquem o m-todo da equivalncia patrimonial.

    As contas compreendem os seguintes documentos, conformerefere o Plano Oficial de Contabilidade e Directrizes Contabils-ticas: O balano, A demonstrao de resultados por naturezas, A demonstrao de resultados por funes (ver Directriz

    Contabilstica n. 20, Dec. Lei n. 44/99 de 12/2 e Dec. Lein. 79/2003 de 23/4),

    O anexo, A demonstrao de fluxos de caixa (ver Directriz Contabils-

    tica n. 14 e Dec. Lei n. 79/2203 de 23/4).O Dec. Lei n. 79/2003 de 23 de Abril6, veio tornar obrigat-ria: a adopo do sistema de inventrio permanente na con-

    tabilizao das existncias, a elaborao da demonstrao de resultados por fun-

    es, a elaborao da demonstrao de fluxos de caixa, a realizao de contagens fsicas com vista ao inventrio

    das existncias.

    Se bem que o balano, a demonstrao de resultados por natu-rezas e o anexo ao balano e demonstrao de resultados sode elaborao obrigatria para as entidades s quais obriga-tria a aplicao do POC, a demonstrao de fluxos de caixa e ademonstrao de resultados por funes no de obrigaoautomtica.

    Em relao s trs demonstraes financeiras sempre obri-gatrias, importante ainda referir a existncia de peasmais desenvolvidas e peas sintcticas ou menos desen-volvidas.

    Assim, uma entidade s fica obrigada, num determinado exer-ccio, elaborao de balano analtico, demonstrao de re-sultados analtica e anexo ao balano e demonstrao deresultados mais desenvolvido, se nos dois anos anterioresultrapassou dois dos trs parmetros referidos no art. 262 docdigo das sociedade comerciais.7

    Deixa de ser obrigada elaborao dessas peas desenvolvi-das a partir do exerccio seguinte quele em que, aps doisexerccios consecutivos no ultrapassou dois dos trs limitesreferidos.

    Quanto elaborao da demonstrao de resultados por fun-es e da demonstrao de fluxos de caixa, existe obrigaopara as entidades a quem seja aplicvel o POC, a partir dosegundo ano seguinte quele em que se ultrapassar dois dostrs limites referidos no art. 262. do cdigo das sociedadescomerciais, contando o primeiro ano em 2000. A ttulo de exem-plo, se no ano de 2000 ou 2001 forem ultrapassados dois dos

    trs limites referidos, a obrigao existe a partir do exerccio de2003, inclusive.

    Enquanto, que para a obrigao de elaborao da demonstra-o de resultados por funes, ela pode existir j em 2005, seem 2003 os referidos limites forem ultrapassados, o mesmo sepode passar com a obrigao da demonstrao dos fluxos decaixa . Por fora do art 5. do Dec. Lei n. 79/2004, a obrigaode elaborar a demonstrao de fluxos de caixa aplica-se aosexerccios que se iniciarem em, ou aps 1 de Janeiro de 2003,devendo para as entidades existentes o perodo de dispensaser contado a partir de 1 de Janeiro de 2000. Portanto, para asentidades existentes, em 2005 existir, a obrigao de elabora-o da demonstrao de fluxos de caixa, se em 2003 tiver ultra-passado dois dos trs limites do art. 262 do C.S.C..

    As regras de obrigao da adopo do sistema de inventriopermanente so idnticas s referidas. Isto , a sua obrigaoexiste, se num ano forem ultrapassados dois de trs limites doart. 262. do cdigo das sociedades comerciais, somente a par-tir do segundo ano seguinte. A ttulo de exemplo, se em 2001,os referidos limites foram ultrapassados, j em 2003 era obriga-tria a contabilizao das existncias pelo sistema de invent-rio permanente.

    Quanto s situaes em que deixam de ser obrigatrias asexigncias do Dec. Lei n. 79/2004, importa referir o seguinte: uma vez obrigatria a adopo do sistema de inventrio

    permanente, a obrigao cessa sempre que durante trs anosconsecutivos deixem de observar-se dois dos trs parme-tros referidos. A obrigao cessa a partir do ano seguinte aotermo daquele perodo;

    A obrigao de inventariao fsica das existncias, umaobrigao permanente;

    Em relao demonstrao de resultados por funes e demonstrao de fluxos de caixa, parece-me que uma vezcados na obrigao, no mais se poder sair dela. Isto que o que depreende do citado normativo, que apenas es-tabelece regras para o abandono da obrigatoriedade daadpoo do sistema de inventrio permanente.

    As contas anuais devem ser elaboradas com um objectivoprioritrio: Dar uma imagem verdadeira e apropriada da posio finan-

    ceira e dos resultados das operaes da empresa.

    Em traos muito largos consegue-se obter a tal imagem ver-dadeira e apropriada, quando na elaborao das contas soobservados os chamados princpios contabilsticos geralmenteaceites (ver cap. IV do POC), e a informao financeira possuideterminadas caractersticas qualitativas (nomeadamente acomparabilidade, fiabilidade e a relevncia).

    So diversos os utilizadores das Demonstraes Financeiras,nomeadamente, Fisco, Bancos, Credores, Pblico em Geral,etc..

    Assim sendo, vejamos quais os documentos a elaborar em

    6 Este normativo que alterou o Dec. Lei n. 44/99 de 12/2 e o Plano Oficial de Contabilidade, eliminou do POC a obrigatoriedade da elaborao da demonstrao de origem eaplicao de fundo.

    7 Estes parmetros so: Total do balano: 1.500.000 euros; Total de vendas lquidas e outros proveitos: 3.000.000 euros; nmero de trabalhadores empregados em mdia duranteo exerccio: 50.

  • 23O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    relao ao exerccio de 2008, para dar satisfao aos pedi-dos de alguns utilizadores das contas:

    DIRECO GERAL DAS CONTRIBUIESE IMPOSTOS:

    DECLARAO PERIDICA DE RENDIMENTOS Mod. 22 do IRC

    A declarao Mod. 22 de IRC, servir apenas para efectuar aliquidao do imposto e ter um anexo A para clculo da derra-ma (que a partir de 2007 incide sobre o lucro tributvel e nosobre a colecta como anteriormente), e um anexo B para clcu-lo do lucro tributvel no caso do regime simplificado de deter-minao do lucro tributvel.

    De acordo com o art. 112. do Cdigo de IRC: A declarao Mod. 22 de IRC, deve ser enviada, anualmen-

    te, por transmisso electrnica de dados, at ao ltimo diatil do ms de Maio.

    Relativamente aos sujeitos passivos que, adoptem um pe-rodo de tributao diferente do ano civil, a declarao deveser apresentada ou enviada at ao ltimo dia til do 5. msposterior data do termo desse perodo, prazo que igual-mente aplicvel relativamente sempre que o perodo de tri-butao for inferior a um ano.

    No caso de cessao da actividade, a declarao de rendi-mentos relativa ao exerccio em que a mesma se verificoudeve ser apresentada ou enviada at ao ltimo dia til doprazo de 30 dias a contar da data da cessao, aplicando-seigualmente estes prazos para a apresentao ou envio dadeclarao relativa ao exerccio imediatamente anterior.

    As entidades que no tenham sede nem direco efectivaem territrio portugus e neste obtenham rendimentos noimputveis a estabelecimento estvel a situado so igual-mente obrigadas a apresentar a declarao Modelos 22.

    Quando for aplicvel o regime especial de tributao dosgrupos de sociedades:a) A sociedade dominante deve apresentar ou enviar a

    declarao peridica de rendimentos relativa ao lucrotributvel do grupo apurado nos termos do artigo 64.;

    b) Cada uma das sociedades do grupo, incluindo a socie-dade dominante, deve apresentar ou enviar a sua decla-rao peridica de rendimentos onde seja determinadoo imposto como se aquele regime no fosse aplicvel.

    Os elementos constantes das declaraes peridicas de-vem, sempre que for caso disso, concordar exactamentecom os obtidos na contabilidade ou nos registos de escri-turao, consoante o caso.

    INFORMAO EMPRESARIAL SIMPLIFICADAA publicao no Dirio da Repblica, no dia 17 de Janeiro de2007, do Dec.-Lei n. 8/2007, veio criar a Informao Empresa-rial Simplificada (I.E.S.), uma medida interministerial do Sim-plex, promovida pelo Ministrio da Justia.

    O IES uma nova forma de entrega electrnica e desmateriali-zada de informaes de natureza contabilstica, fiscal e esta-tstica, que as empresas devem entregar a quatro entidadesdistintas.

    Assim, as empresas estavam sujeitas prestao anual daseguinte informao:1 - a prestao de contas junto da Conservatria do Registo

    Comercial;2 - entrega da declarao anual de informao contabilstica e

    fiscal, junto da administrao fiscal;3 - a entrega e elementos estatsticos relacionados com as

    contas anuais, junto do Instituto Nacional de Estatstica;4 - a entrega de informao estatstica ao Banco de Portugal.

    Com a IES, as empresas passam agora (j em 2007, relativa-mente aos elementos contabilsticos e outros de 2006) a cum-prir estas quatro obrigaes num nico momento, j no emformato de papel, mas atravs da Internet, por via do preen-chimento de formulrios electrnicos nicos.

    A IES poder assim ser entregue no site das declaraes elec-trnicas (www.e-financas.gov.pt) ou num site especfico daIES (www.ies.gov.pt).

    Com a entrega da IES, devem ser igualmente entregues asseguintes declaraes: A declarao anual de informao contabilstica e fiscal

    prevista no art. 113. do cdigo do IRS, quando respeitem apessoas singulares que no sejam titulares de EIRL;

    A declarao anual de informao contabilstica e fiscal eos mapas recapitulativos de clientes e fornecedores paraefeitos de IVA;

    A declarao anual de informao sobre o imposto de selo.

    A IES apresentada anualmente, nos seis meses posterioresao termo do exerccio econmico, considerando-se como datade apresentao a da respectiva submisso por via electr-nica.

    Sempre que a IES, constitua, por fora de obrigao legal, oregisto de prestao de contas, ser cobrada uma taxa domontante de 85 euros (art. 13-E da Portaria 1416-A/2006 de19.12, alterada pela portaria n. 562/2007 de 30/7).

    A informao a prestar, consta de modelos oficiais, publica-dos atravs da Portaria n. 8/2008 de 3/1, sendo referido queo modelo declarativo de IES agora aprovado ENTRA EMVIGOR EM 1 de Janeiro de 2008.

    Assim, aprovado o modelo declarativo da informaoempresarial simplificada (IES), e respectivos anexos que delefazem parte integrante: Folha de Rosto-IES-declarao anual; Anexo A IRC Informao empresarial simplificada (enti-

    dades residentes que exercem a ttulo principal, actividadede natureza comercial, industrial ou agrcola, entidades noresidentes com estabelecimento estvel);

    Anexo A1 IRC Informao empresarial simplificada (en-tidades residentes que exercem a ttulo principal, activi-dade de natureza comercial, industrial ou agrcola-contasconsolidadas modelo no oficial);

    Anexo B IRC Informao empresarial simplificada (em-presas do sector financeiro-Dec.Lei n. 298/92 de 31/12);

    Anexo B1 IRC Informao empresarial simplificada (em-

  • 24 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    presas do sector financeiro-Dec.Lei n. 298/92 de 31/12--contas consolidadas modelo no oficial);

    Anexo C IRC Informao empresarial simplificada (em-presas do sector segurador-Dec. Lei n. 94-B/98 de 17/4);

    Anexo C1 IRC Informao empresarial simplificada(empresas do sector segurador-Dec. Lei n. 94-B/98 de17/4 contas consolidadas modelo no oficial);

    Anexo D IRC Informao empresarial simplificada (en-tidades residentes que no exercem a ttulo principal, acti-vidade comercial ou agrcola);

    Anexo E Elementos contabilsticos e fiscais (entidadesno residentes sem estabelecimento estvel);

    Enexo F Benefcios fiscais; Anexo G IRC Regimes especiais (sociedades e outras

    entidades sujeitas ao regime da transparncia fiscal); Anexo H IRC Operaes com no residentes; Anexo I IRS Informao empresarial simplificada (sujei-

    tos passivos de IRS com contabilidade organizada).

    Para controlo de IVA: Anexo L IVA Elementos contabilsticos e fiscais; Anexo M IVA Operaes realizadas em espao diferen-

    te da sede; Anexo N IVA Regimes especiais; Anexo O IVA Mapa recapitulativo de clientes; Anexo P IVA Mapa recapitulativo de fornecedores.

    Para controlo do imposto de selo: Anexo Q Imposto de selo Elementos contabilsticos e

    fiscais.

    Informao estatstica: Anexo R Informao estatstica Informao empresarial

    simplificada (entidades residentes que exeram a ttulo prin-cipal, actividade comercial, industrial ou agrcola, entida-des no residentes com estabelecimento estvel e EIRL);

    Anexo S Informao estatstica Informao empresarialsimplificada (empresas do sector financeiro-Dec. Lei n. 298//92 de 31/12);

    Anexo T Informao estatstica Informao empresarialsimplificada (empresas do sector segurador-Dec. Lei n. 94--B/98 de 17/4);

    No que toca ao IRS, e de acordo com a Portaria n. 1632/2007de 31 de Dezembro, ficam obrigados ao envio da declaraoMod. 3 por via electrnica:1. Os sujeitos passivos da categoria B, cujos rendimentos

    so determinados com base na contabilidade;2. Os Sujeitos passivos da categoria B, no regime simplifi-

    cado, quando o montante ilquido dos rendimentos sejasuperior a 10.000,00 , e no resulte da prtica de actosisolados.

    So em ambos os casos, obrigados a apresentar a DeclaraoModelo 3 dos anos 2001 e seguintes por internet.

    Para os restantes sujeitos passivos de IRS, o envio por inter-net facultativo.

    Se as declaraes forem enviadas por internet, cada declara-

    o considera-se apresentada na data em que submetida, sobcondio de correco de eventuais erros no prazo de 30 dias.

    Findo este prazo, se no forem corrigidos os erros detectados,a declarao considerada sem efeito.

    Importa ainda referir, que o Dec. Lei n. 17/2004 de 15 de Janei-ro, regulamentado pela Port. n. 51/2004 de 16/1, introduziualteraes quanto ao prazo de entrega do Anexo J, agora Mod.10 de IRS, declarao anual, procedendo sua autonomiza-o. Atravs da Portaria n. 16-B/2008 de 9 de Janeiro, apro-vada a declarao Mod. 10 de IRS e respectivas instrues depreenchimento (comunicao de rendimentos e retenes),declarao esta a apresentar at 28 de Fevereiro de 2008.

    Assim: Ficam obrigados ao envio, por transmisso electrnica de

    dados, da declarao Mod. 10: todos os sujeitos passivos de IRC, ainda que isentos,

    subjectiva ou objectivamente; sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos em-

    presariais ou profissionais.

    As pessoas singulares, que no tendo auferido rendimentosempresariais ou profissionais, estejam obrigados a cumpriresta obrigao declarativa podero optar pelo envio atravsde Internet ou em suporte de papel.

    No que toca ao IVA e a ttulo meramente informativo, a decla-rao peridica deve ser enviada por transmisso electrnicade dados, nos seguintes prazos:a) At ao dia 10 do 2. ms seguinte quele a que respeitam as

    operaes, no caso de sujeitos passivos com um volumede negcios igual ou superior a 650.000 no ano civil ante-rior; [Redaco dada pela Lei n. 67-A/2007, de 31 de De-zembro - OE]

    b) At ao dia 15 do 2. ms seguinte ao trimestre do ano civila que respeitam as operaes, no caso de sujeitos passi-vos com um volume de negcios inferior a 650.000 no anocivil anterior. [Redaco dada pela Lei n. 67-A/2007, de 31de Dezembro - OE]

    O DOSSI FISCAL

    Em termos de apresentao de documentos, no so entre-gues com as declaraes referidas quaisquer documentos(excepto para as empresas objecto de acompanhamento pelaInspeco Tributria, que integrem um cadastro especial ouestejam sujeitos ao regime de tributao dos grupos de socie-dades).

    Contudo, por fora dos arts. 129. do Cdigo do IRS e 121. doCdigo do IRC, so os sujeitos passivos obrigados a organi-zar um processo de documentao fiscal, at ao termo doprazo para apresentao da declarao anual e que deveroconservar em boa ordem durante 10 (dez) anos. A este proces-so chama-se vulgarmente Dossi Fiscal.

    A composio desse Dossi Fiscal consta da Portaria doMinistro das Finanas n. 359/1999 de 20 de Junho cujo con-tedo consideramos insuficiente.

    De acordo com o referido normativo, os documentos internosque integram o processo de documentao fiscal podem sermantidos em suporte de papel ou em disquete.

  • 25O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    Os documentos so os seguintes:

    Acta da reunio ou assembleia de aprovao, quando legalmente exigida, ou declarao justificativade no aprovao no prazo legal

    Anexo ao balano e demonstrao de resultados

    Balancetes analticos antes e aps o apuramento de resultados da seguradora ou banco domstico,das sucursais, e consolidado

    Balancetes sintticos antes e aps o apuramento dos resultados do exerccio

    Contratos ou outros documentos que definem as condies estabelecidas para os pagamentosefectuados a no residentes

    Documentos comprovativos das retenes efectuadas ao sujeito passivo (1)(n. 3 do artigo 114. do CIRS)

    Documentos comprovativos dos crditos incobrveis

    Inventrio de ttulos e participaes financeiras

    Listagem dos donativos atribudos nos termos do Estatuto do Mecenato (Decreto-Lei n. 74/99, de 16de Maro)

    Mapa de modelo oficial das mais-valias e menos-valias fiscais

    Mapa de modelo oficial relativo aos contratos de locao financeira

    Mapa de modelo oficial das reintegraes e amortizaes contabilizadas

    Mapa de modelo oficial do movimento das provises

    Mapa de provises, partes 1, 2 e 3 (anexo instruo n. 91/96-BNPP n. 1, de 17 de Junho de 1996)

    Mapa demonstrativo da aplicao do art. 19. do CIRC (obras de carcter plurianual)

    Mapa de apuramento do lucro tributvel por regimes de tributao

    Mapa dos ajustamentos de consolidao

    Nota explicativa com definio do critrio de imputao de custos comuns sucursal financeiraexterior

    Relatrio e contas anuais de gerncia e parecer do conselho fiscal ou do conselho geral e documentaode certificao legal de contas, quando legalmente exigidos

    Outros documentos mencionados nos Cdigos ou em legislao complementar cuja entrega estejaprevista conjuntamente com a declarao de rendimentos

    DOSSI FISCAL

    IRSDocumentos IRC

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    Instituiesfinanceiras eseguradoras

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    Instituiesfinanceiras eseguradoras

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    Portarian. 359/2000

    (4.10.2)

  • 26 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    A nossa proposta de dossier fiscal completo a seguinte:DOSSI FISCAL A ORGANIZAR E ARQUIVAR RELACIONADO COM A MOD. 22 DO IRC E DECLARAO ANUAL

    ANO DE 2006SIM NO N/A SIM NO N/A

    1 Balano;2 Demonstrao resultados por natureza;3 Anexo;4 D. fluxos de caixa (se exigvel);5 Dem. Resultados por funes (se exigvel);6 Relatrio de gesto;7 Acta de aprovao de contas;8 Certificao legal das contas (se exigvel);9 Relatrio e parecer do conselho fiscal ou

    do fiscal nico (se exigvel);10 Fotocpia do Mod. 22 e respectivo anexo

    A e B (se for caso disso);11 Balancetes do razo e analticos antes e

    depois dos lanamentos rectificao eapuramento dos resultados do exerccio;

    12 Mapas de amortizaes;13 Mapas de provises;14 Mapa das mais e menos valias fiscais;15 Mapas relativo ao regime transitrio dos

    contratos de locao financeira, Aluguerde Longa Durao (se aplicvel);

    16 Documentos comprovativos de crditosincobrveis;

    17 Cartas de Advogados e Certides do Tri-bunal relacionados com a constituio deprovises;

    18 Discriminao e respectivos clculos dasvariaes patrimoniais positivas e negati-vas quer tenham ou no relevncia fiscal;

    19 No caso de imputao de lucros em virtu-de de transparncia fiscal, documentosemitidos que comprovem os rendimentose outros elementos;

    20 Dossi de cartas comprovativas do es-foro de cobrana no caso das provi-ses para cobranas duvidosas;

    21 Extractos de todos os movimentos e con-tas do exerccio;

    22 Fotocpia da acta do exerccio anterior nocaso de existirem gratificaes por aplica-o de resultados pagas no exerccio emapa donde conste os totais das gratifi-caes processadas no ano;

    23 Resumo das amortizaes no aceitescomo custos;

    24 Discriminao das provises no dedu-tveis;

    25 Discriminao das realizaes de utilida-de social e donativos dedutveis e nodedutveis;

    26 No caso eliminao ou atenuao da du-pla tributao econmica (art. 46. CIRC),discriminao dos clculos efectuados e//ou rendimentos;

    27 Resumo do acrscimo dos 40% das amor-tizaes de bens reavaliados;

    28 Discriminao dos clculos sobre a reali-zao das reservas de reavaliao;

    29 Clculos da tributao autnoma relacio-nada com:

    29.1 - Despesas de representao; (10%)29.2 - Viaturas ligeiras de passageiros e mis-

    tas; (10% ou 20%)- Despesas confidenciais - 50%.- Pagamentos a off-shore- Ajudas de custo (5%)

    30 Clculos relacionados com o aluguer deviaturas de passageiros ou mistos semcondutor (CIRC 24/91 de DGI);

    31 Clculo relacionado com o leasing de via-turas ligeiras de passageiros e imveis(contrato celebrados at 31/12/1993 CIRC 7/91 do DGI);

    32 Certides de inexistncia de dvidas paraos efeitos dos arts. 1. e 12. do EBF.;

    33 Documentao relacionada com as obri-gaes dos mecenas de acordo com a cir-cular n. 9/2005:1) Cpia do despacho conjunto que reconhe-

    ceu a qualidade de entidade beneficiria;2) Recibo de entidade beneficiria ou docu-

    mento que justifique a atribuio efectivaquela entidade e caso aplicvel, e que deveconter:

    a) A qualidade jurdica da entidade benefici-ria;

    b) O normativo legal onde se enquadra, bemcomo, se for caso disso, a identificao dodespacho necessrio ao reconhecimento;

    c) O montante do donativo em dinheiro, quan-do este seja de natureza monetria;

    d) A identificao dos bens, no caso de dona-tivos em espcie.

    3) Documento constante do dossier fiscal,onde se evidencie o clculo do benefciofiscal, de modo a justificar os valores ins-critos no anexo F da declarao anual;

    4) Declarao da entidade beneficiria de queo donativo foi concedido sem contraparti-das, conforme a interpretao que lhe dadapelo Circular n. 2/2004 de 20/01/2004.

    34 Relao das correces positivas e nega-tivas relativas a exerccios anteriores;

  • 27O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    SIM NO N/A

    35 Mapas demonstrativos dos clculos rela-cionados com obras de carcter pluria-nual;

    35.1 - Circular 5/90 do DGI;

    35.2 - Directriz contabilstica n. 3;

    36 Mapa de apuramento do lucro tributvelpor regimes de tributao;

    37 Mapa de controlo do reinvestimento dosvalores de realizao no caso de mais va-lias fiscais com tributao diferida nostermos do art. 45. do CIRC;- Mapa - Regime de 2000- Mapa - Regime 2001,- Mapa regime 2002 e seguintes- Mapa regime transitrio.

    38 Informaes sobre preos de transfern-cia n. 6 do art. 58. do CIRC Port.1446-C/2001 de 21/12 (ver nota no finaldeste quadro) 8

    38-A Mapas justificativos dos seguintes acrs-cimos no Q 07:L251 - Correces relativas a + preos de

    transfernciaL252 - Pagamentos a no residentes sujeitos a

    regime fiscal previlegiadoL253 - Imputao de lucros de sociedades no

    residentes sujeitas a um regime fiscalprevilegiado

    L254 - SubcapitalizaoL255 - Juros de suprimentosL256 - Despesas com combustveisL257 - Diferenas do art. 58.-A do CIRCL258 - Valores de documentos com NIF inv-

    lido ou inexistenteL270 - Ajustamentos de activos no dedu-

    tveis ou excessivos.L271 - Impostos diferidosL216, 274, 275 e 276 - demonstrao de valo-

    res a acrescer relacionados com maisvalias fiscais.

    39 Nota discriminativa e justificativa dosacrscimos ou dedues nas linhas embranco (C 225 e C 237) do Q 07 do Mod.22;

    40 Fotocpias da declarao de IES (Infor-mao Empresarial Simplificada) suporteinformtico;

    41 Inventrio das existncias no final do exer-ccio e notas discriminativas sobre os cri-trios valorimtricos utilizados;

    42 Discriminao dos custos comuns e res-pectivos clculos no caso do Q 07 do ane-xo D;

    43 Discriminao e clculos de todos os be-nefcios fiscais utilizados constantes doanexo F;

    SIM NO N/A

    44 Fotocpias dos contratos de trabalho nocaso de aproveitamento do benefcio doart. 17. do EBF (incentivo criao deemprego para jovens);

    45 Nos casos de utilizao de Crditos Fis-cais ao Investimento e outros benefciosfiscais, incluindo SIFIDE:

    45.1 - Certides comprovativas de inexistnciade dvidas ao Estado e Segurana So-cial, no ms anterior ao da apresentaoda declarao.

    45.2 - Declarao identificando as despesasobjecto de deduo, o clculo dos acrs-cimos das despesas em relao mdiados dois exerccios anteriores e outroselementos necessrios.

    45.3 - Fotocpia da nota do anexo ao balanoe Demonstrao dos Resultados don-de conste a meno do imposto que dei-xou de ser pago em resultado da utiliza-o do crdito fiscal;

    45.4 - Mapa das alienaes de bens dentro detrs anos a contar do investimento;

    Alm disso:46 No caso do SIFIDE resultante de despe-

    sas com investigao e desenvolvi-mento:

    46.1 - Declarao comprovativa das actividadesde investigao e desenvolvimento emi-tida por entidade nomeada por despachodo Ministro da Cincia e Tecnologia;

    47 No caso de Reserva Fiscal ao Investimen-to: (Aplicvel somente at 2006)

    47.1 - Declarao comprovativa de que os in-vestimentos correspondem efectiva-mente a investimentos em Investigaoe Desenvolvimento a emitir por entida-de nomeada por Despacho do Ministroda Cincia e do Ensino Superior;

    48 No caso de tributao pelo regime de tri-butao dos grupos de sociedades, mapados clculos do resultado fiscal do gru-po. Fotocpias das declaraes de rendi-mentos de todas as sociedades.

    49 Mapa discriminativo da imputao de ren-dimentos no caso de transparncia fiscal;

    50 Contrato ou outros documentos que defi-nam as condies estabelecidas para ospagamentos a no residentes;

    51 Discriminao das operaes com noresidentes sediados em parasos fiscais esua justificao;

    52 Fotocpia do mapa Mod. 30 (pagamentoa no residentes);

  • 28 O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    CAPTULO IV

    Das obrigaes acessrias dos sujeitos passivos

    Artigo 13.

    Processo de documentao fiscal

    1 O sujeito passivo deve dispor, nos termos do n. 6 do artigo 58. do Cdigo do IRC, de informao e documentao respeitantes poltica adoptadana determinao dos preos de transferncia e manter, de forma organizada, elementos aptos a provar:

    a) A paridade de mercado nos termos e condies acordados, aceites e praticados nas operaes efectuadas com entidades relacionadas;

    8 A documentao relacionada com os preos de transferncia poder ser considerada como uma extenso do dossi fiscal. Pela sua importnciatranscrevemos o contedo dos arts. 13. a 16. da Port. 1446-C/2001 de 21 de Dezembro:

    SIM NO N/A SIM NO N/A

    53 Mapas individuais dos rendimentos e res-pectivas retenes (art. 119. do CIRS) dasdiversas categorias, que permitem confe-rir a Dec. Mod. 10 de IRS;Outros documentos, nomeadamente:

    54 Art. 60. do CIRC:54.1 - Discriminao de rendimentos imputa-

    dos nos termos do art. 60. do CIRC;54.2 - Contas aprovadas das sociedades no

    residentes a que respeita o lucro, imputa-do;

    54.3 - Cadeia de participaes directas e indi-rectas existentes entre as sociedadesresidentes e a sociedade no residente;

    54.4 - Discriminao dos clculos da taxa efec-tiva de tributao prevista no n. 3 doart. 60.;

    55 Art. 68. do CIRC: - fuses e cises desociedades residentes:

    55.1 - No caso de fuses entre sociedades comsede ou direco efectiva em territrioportugus, declarao passada pela so-ciedade para a qual so transmitidos oselementos patrimoniais, que obedecerao disposto nos n.os 3 e 4 do art. 68. -ver art. 72. a) n. 1 do CIRC;

    55.2 - Art. 62. - Fuses e Cises de socieda-des de diferentes Estados membros daComunidade Europeia

    55.3 - al. b) n. 1 do art. 72. CIRC - A socieda-de que transmite deve integrar nodossier declaraes comprovativas con-firmadas e autenticadas pelas autorida-des fiscais do outro Estado membro deque so residentes as outras socieda-des intervenientes na operao, de queestas se encontram nas condiesestabelecidas no artigo 3. da Directivan. 90/434 /CEE, de 23 de Julho de 1990;

    55.4 - N. 2 do art. 72. - No caso referido non. 2 do art. 68. (transmisso de estabe-leci-mento estvel), alm das declaraesmencionadas na parte final do n. ante-rior, documento passado pelas autorida-des fiscais do estado membro onde se

    situa o estabelecimento estvel em quese declara o imposto que a seria devidona falta das disposies da directivan. 90/434 / CEE, de 23 de Julho de 1990.

    56 Art. 71. do CIRC - Permuta de acesN. 3 do art. 72. - Os scios da sociedadeadquirida devem fazer constar do dossifiscal os seguintes elementos:

    56.1 a) Declarao donde conste descrio daoperao de permuta de aces, dataem que se realizou, identificao dasentidades intervenientes,...;

    56.2 b) Declarao da sociedade adquirente decomo em resultado da operao de per-muta de aces ficou a deter a maioriados direitos de voto da sociedade ad-quirida;

    56.3 c) Se for caso disso, declarao compro-vativa de que so residentes as entida-des intervenientes na operao, de quese encontram verificados os condicio-nalismos da Directiva n. 90/434 / CEE,de 23 de Julho de 1990;

    57 Art. 78. do CIRC - Instrumentos finan-ceiros derivados - regras gerais:

    57.1 - N. 9 - Modelo apropriado onde se iden-tifiquem os custos ou perdas relativos aposies simtricas devidamente identi-ficadas;

    58 Art. 112. do CIRC - Declarao peridicade rendimentos:

    58.1 - N. 7 - No caso do n. 5 do art. 46. deve-r incluir a declarao confirmada e au-tenticada pelas autoridades fiscais com-petentes do Estado membro da CE deque residente a entidade que distribuios lucros e que esta se encontra nascondies de que depende aplicao doque nele se dispe;

    59 Fotocpia das Guias dos pagamentos porconta, especial por conta e dos documen-tos comprovativos das Retenes de IRefectuadas por terceiros.

    60 Cpias das Notas de Liquidao de IRC,enviadas pela DGI, como prova dos pre-juzos fiscais a inscrever no Q09 da De-clarao Mod. 22.

  • 29O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DO EXERCCIO DE 2008

    b) A seleco e utilizao do mtodo ou mtodos mais apropriados de determinao dos preos de transferncia que proporcionem uma maioraproximao aos termos e condies praticados por entidades independentes e que assegurem o mais elevado grau de comparabilidade das operaesou sries de operaes efectuadas com outras substancialmente idnticas realizadas por entidades independentes em situao normal de mercado.

    2 O processo de documentao fiscal referido no nmero anterior rege-se tambm pelo disposto nos n.OS 1 e 2 do artigo 121. do Cdigo do IRC.3 Fica dispensado do cumprimento do disposto no n. 1 o sujeito passivo que, no exerccio anterior, tenha atingido um valor anual de vendas lquidas

    e outros proveitos inferior a 3 000 000.Artigo 14.

    Informao relevante

    Para dar cumprimento obrigao referida no artigo anterior, o sujeito passivo deve obter ou produzir e manter elementos informativos, designadamentequanto aos seguintes aspectos:a) Descrio e caracterizao da situao de relaes especiais em conformidade com o disposto no n. 4 do artigo 58. do Cdigo do IRC que seja

    aplicvel s entidades com as quais realiza operaes comer