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No Rio $500 Nos Estados. . . . $600 PREÇOS O TICQ^TOGO ANNO XXIV SEMANÁRIO DAS CREANÇAS PUBLICA-SE A'S QUARTAS FE"~ YRIO OE JANEIRO , 2 DE JANEIRO DE 1929 Um dia de prece :%~ ~Z^y, ~j -,/a 8y^yÈ^Ê^y^^^X, De joelhos, caladinhos, ¦desando vamos pedir Perdão J Nossa Senhora Que nossa voz vae ouvir, Sejamos bons para sempre i_ra que nos queiram bem Como a Jesus pequenino Que foi menino também.

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No Rio $500Nos Estados. . . . $600

PREÇOS

O TICQ^TOGO

ANNO XXIVSEMANÁRIO DAS CREANÇAS PUBLICA-SE A'S QUARTAS FE"~

RIO OE JANEIRO , 2 DE JANEIRO DE 1929

Um dia de prece

:%~ ~Z^y, ~j -,/a y^yÈ^Ê ^y^^^X,

De joelhos, caladinhos,¦desando vamos pedirPerdão J Nossa Senhora

Que nossa voz vae ouvir,

Sejamos bons para semprei_ra que nos queiram bemComo a Jesus pequeninoQue foi menino também.

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/___Kl\ v

luxuosíssima publicação com centenas de retratosde artistas cinematographicos, todos a cores

e mais vinte artísticas ,trichromias_..

f

Acha-se á vencia

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2 — Janeiro — 1929 c_ 3 Q TIÇO-TICã

. *REZÂ"Santa TherezinhaDo Menino Jesus,Que estaes com as mãos cheias de rosas..-.]Diga prá mim, * -Olhando bem prá mim,Que eu vou ser muito- feliz na vida,Ivluito feliz.Que mesmo que seja mentira,Não faz mal... '

.Santa TherezinhaDo Menino JesusQue estaes com as mãos cheias de rosas..-.]

José Bento Barbosa.

Dobustece eengordo

MUSICAS NOVASDa conhecida Casa Arthur Napoleão recebemos,

uma collecção de siusicas infantis do nosso compa-nheiro Eustorgio Wanderley e que acabam de sereditadas pela referida (.a*-a.; '

E' uma serie de seis composições próprias para,as festas escolares deste fim dc anno.

Da mesma casa recebemos ainda duas cançõesbrasileiras: "Magua do roceiro" do maestro Sá Pe-reira e "Lenda de amor"", tango de Heitor R. dàSilva, ambas fazendo muito successo sempre que sãocantadas.

Somos graios á gentileza da offena, recomrtidn-dando as referidas musicas aos nossos leitores.

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CITHARA IDEALAté creanças de seis annos executam as melhores mu-

suas, bastando dez minutos de pratica. Cada Cithara e«ucaixa com dez musicas, cliave, pa-. .I betas, cordas de sobresalentes • \jS^ZZIzi'?!£Z--M\iiistrucçõe< clarns, custa 3US. __P^*" I^Pi |31pilo correio mais 5.Í0UÜ parp'rte c enma].i«oin garaptida. Prcam prospecto» _ _é_S^-_i^Se catalosíOS «rans aC Ji tH HGRAÇA& Cia— Rua doOuvidor,133 — Rio de Janeiro. — Nota: O presente annuncio d'idireito no acto da compra de uma Cithara, a uma iintl.,caneta-tinteiro que oíterecemos como brinde aos leitoresdo O Tico-Tico.

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O TICO-TICO — 4

MÃESI

DÂÊ A VOSSOS FILHOSLICOR «CACAU*Vermifugo de Xavier é o

melhor lombrigueiro porquenão tem dieta, dispensa o

purgante, não con--tém óleo, é gostoso)

e fortifica ascrianças.

Faz expellir osvermes intestinaes. '¦>

que tanta mortandade

prcduz nas creanças JDIGA AO PAPÁ

QUE COMPRE

NOCAMIHEIRO28/32 ASSEMBLÉA,

A mais importante casa de camizas do Rio

A MORTE DA GRIPPE

%\\S lenha £amadcfjfmeu,6afi/i(f,x Êsema mençtAeceutxte

l^canjstipaçajcfj-ia^jou gt^I pcnaue mamâè mandou*É joornptaÀ,seis~üid/w$,

Ê ida. mUagtoscu ,Tlf/t/ym'/

l/lL/ leruho ixvnadddrnMhanltf ¦ \lr, x Isemamencfc/ceceuJxle. /^~i&0*\$ \l^aem£tipaçadJ-t:^sexnígtífib^r\ \Aç~^ |.I ¦ I pcyufue rrvaina& mandou» yj jjy í|'

K\Sl~ /suk ma|iygL v \ JL_*

2 — Janeiro - - 1929

5&

V

^Durante amá eõtaçao,

uma colher de

mdada a

seus filfios,a/udal-os-d aconciliar o õownoe eOibar-lhes-áum pesfriado.

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M"U%IVVV.'U"ararVVWa%/àr.-.raf\nrf^

Q TJCO-TICOJIL-*^

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Redactor-Chefe: Carlos Manhães — Director-Gcrente: Antônio A. de Souza e SilvaAa»lKn;,inrn. — llraalli 1 anno. 25$000| 0 mosca, 13*000 —, Estrangeiro! 1 anno, OOfOUOi fl ntm, ílõifUOO

ODAS1Aí'i^iHaf(ií'0-0DneÇanl semPre no dia 1 da mez em que í orem tomadas e serão acceltas annual ou semestralmente.om vain H i j ONDÜNC1A, corno ts>da a remessa de din netro, (oue pfitie ser feia por vala poetai ou oarta registrada' mu no «,*?. , ' deve ser d'rlglda â Sociedade Anony nin O Malho — Rua fo Ouvidor, 164. Endereço telesraohlco:

Suíi.íia.i-- o V hones: Gerencia: Norte, 6102. Esorlpto rio; Norte: 681». Annunclos: Norte, 6181. Ortlcinas: Villa, 6217,ouccursai em S. Paulo, dirigida pelo nr. Plínio Cavalcanti — KUa Senador FelJO a. 27, 8* andar. Salas 86 » ti.,*^'W*»vv.vvv^.a/-.-.%.-.-.-.-^^^

RA/n/s netinhos.

Vovô hontem ouviu uma palestra do Arnaldocom o seu priminho Jayme. Dizia este ao Arnaldonao saber a razão dos arco-iris apparecerem no céo

.somente de dia e geralmente depois de fortes chuvas.-O Arnaldo não soube explicar ao primo devida-

mente. Vovô vae fazel-o, para satisfação da curiosi-dade do Jayme e sciencia de vocês.

O arco-iris, essa faixa curva e colorida que ap-parece no céo, geralmente depois dos fortes aguacei-ros, é formado, como toda a gente sabe, pelas gottasde chuva e produz-se em conseqüência da re fracçãoe reflexão da luz do sol nas gottinhas dágua emsuspensão na atmosphera. Esse phenomeno dá-se doseguinte modo: — a luz do sol penetra na gotta ouchuva e, depois de se reíractar dentro delia, refle-cte-se e decompõe-se em varias porções, que corres-

R

pondem exactamente as differentes cores do arco-iris, chamadas cores primitivas,

A luz branca, cemo Vovô já disse uma vez avocês, é uma mistura de muita cores. As ondas lumi-nosas, correspondentes a essas differentes cores, aopassaram pelas gottinhas dágua em suspensão no ar,desviam-se da sua direcção normal e sahem em gru-pos ordenadamente dispostos. Para melhor clareza devocês: o raio de luz branca, luz solar, que entrana gottinha d*agua, sae de dentro delia como se fos-se uma faixa de cores,

E á noite, por'que não apparece o arco-iris? Poruma razão muito simples: é que á noite não ha aluz do sol e a das estrellas e a da própria lua não têma intensidade bastante para produzir o phenomenode refracção e reflexão da luz... conhecido pelonome de arco-iris.

VOVÔ

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O TICO-TICO 6 — 2 — Janeiro — 192ÍJ

OTICOT1CO

NASCIMENTOS

*-s> <$ O lar do industrial Sr. Charles Liberal Esberard,acha-se enriquecido com o nascimento do menino CharlesAlfred.

¦3> *$ Está em festas o lar do tenente Gutnercinclo deToledo e de sua esposa E'. Horalice Mathias de Toledo, como nascimento de uma menina que receberá, na pia baptismal,o nome de Ely Therczinha.

ANNIVERSARIOS

Mario Corrêa de*3> <3> Fez annos hontem o meninoAlmeida, nosso estudioso amiguinho.

*3> *$> Festejou ante-hontem a passagem de sua data na-talicia a graciosa Maria da Gloria, filhinha do Dr. EduardoCampello.

* <fr Faz annos hoje a graciosa Odette, filha do' Sr., Manoel Cruz de Almeida.

<§> <S> Passou sabbado ultimo a data na-talicia do menino Ary Velloso.

3> <$> Faz annos hoje a menina CéliaVieira Lopes,

EXAMES

3> <$> Coin a nota distineta acaba decompletar o 1° anno c!a Escola Americanao estudioso joven Moacyr M. Porto.

*** <••> Jorge M. Forto, applicado alumnodo Collegio Municipal Salesràno de Ni-ctheroy, obteve notas distinetas nos exa-mes que prestou para c primeiro anno..

EM LEILÃO...

3> 3> Estão em leilão as seguintes meninas e meninos•da Rua Luiz Barbosa: Quanto dão pelas conversas de Da-niel? pelos assumptos de Hélio? pela curiosidade de Edith?pelos olhares de Zézé? pelos olhos de Waldemiro? pela mei-guice da Yolanda? pelos cabellos cie Álvaro? pela gordurado Ruy? pelo vestido azul da Stella? pela altura do Mario?pela delicadeza de Oatis? pelo falar da Jacyra? pelos modosdo Durval? pela educação de Cicero? peia bondade da Ja-cyra? e quanto dão pela lingua do leiloeiro?

<& *3> Estão em leilão as seguintes senhoritas e rapazesde Inhaúma: Qü.inío dão pelo andar da Ivone B.? pelos ca-bellos da Stella R. F. ? pelo sorriso do Pepe? pela fala deMercedes? pelos bonitos modos de Luiza? pelo bigodinho doTico? pela franginha da Nilcla? pelo olhar de Paulo? pelasrisadas da Mimi? pelos loiros cabellos da Olga? pelo sorrirde Lòla? pelo andar de Gysselia? pelos lindos olhos azuesdo Jorge B.? pela graça da Maria Augusta? pelo li-.ido

moreno de Rubens? pelo modo de falar da Amélia? pelaalegria de Leonor? pelos olhos do Garcia? pelos modos deGuilherme? pelo bonito porte de Antoniquinho, e, final-mente, quanto dão pelo leiloeiro? — Amigo de todos.

SECÇAO DA DOCEIRA.r

^ ^ Querendo fazer um bolo para offerecer a umaamiguinha, resolvi arranjar as seguintess meninas e meni-nos da Avenida 15 de Novembro, Petropolis: 100 grammasda bondade de Odette; 1]2 kilo da tagafellice de Marina;20 grs. do olhar de Nadyr; 600 grs. das idéas da Celina;200 gias. da elegância de Nelly; 30 grs. do riso de Jorge;40 grs. da graciosidade de Enny; 900 grs. do corado deHélio: 1|2 kilo da gordura de Elsa.

NO CINEMA...

® ® Resolvendo fazer um íilm com as alumnas do annofinal da Escola Republica da Colômbia, in-titulado Conquisdoras do Amor, contractei asseguintes: Nair e Lucinda Rodrigues, respe-ctivamente Norma e Constance Talmadge;Yolanda Nunes, Clara Bow; Marina, DorisHill; Gonsuelo, Alice White; Olympia,Winie Law; Nadyr Nery, Lelita Rosa; Ma-ria, Marion Nixon; Maria da.Gloria, VioletIa Plante; Odette, Duane Thompson; Euni-ce, Colleen Morre; Thereza, Norma Shea-rer; Lucilia, Mary Brian; Flora, Heda Hoo-per e mais 8 .meninas para fazerem o papelde extras.

$ ^ Foram convidados a posar num grande film osmeninos e meninas seguintes: Darly, o Antônio MorenojDevanaghi, a graciosa Clara Bow; Dirceu, o George O'Brien; Jacy, a quieta Janet Gaynor; Diony, o LIarold Lloyd;Lenyra, a levada Madge Bellany; Paulo, o Jack Holt; JacyMoraes, a linda Lily Damíta; Joel, o Raymond Grifíith; Glo-rinha. a Esther Ralston; Geraldo, o Chico Boia; LucyHiltner; a loura Alice Terry; Alceu, o Buster Keaton;Lourdes, a sympathica Mary Philbin; José, o Conrad Nagel;Mariazinha, a Pola Negri; Walter, o Jonh Barrymoore;Rosita, a Bebe Daniels; Wilson Moraes, o Richard Dix;Esther, a engraxada Louise Fazenda; Carlos, o Ronald Col-man; Semiramis, a Lia Tora.

Querendo organisar um film, contractei os meninos emeninas de Villa Isabel: Annita, a Olive Borden; Raul, oRicardo Cortez; Cinira, a Pola Negri; Raul, o William Hart;Clara, a Ruth Roland; Oscar, o D. Alvarado; Sophia, aRachel Torres; TitO, o Colher Jr.; Maria Rosa, a Doloresdei Rio; Waldemar, o Ramon Novarro; Violeta, a LupaVelez; Arthur, o Lon Chaney; Alzira, a Mary Mc Avoy;Gustavo, o Richard Barthelmcss.

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2 — Janeiro — 1929 7 - - U TICO- 1 i C ü

íL__n

_tò______jl__A H A C o

O meu boneco azul' foi o mais bello presente quePapae Noel deixou no meu sapato na noite encantadoiado Natal. Que boneco interessante. E' um palhaço, com acara toda pintada,^ bocea escancarada num riso constante,os olhos apertados e pequeninos como se estivessem, tam-bem, a sorrir. . . Os dois pandeiros dourados que elle temnas mãos fazem um barulho grande quando se tocam.Meu palhaço é alegre como todos os palhaços. Mas, coi-tado, é de páo. Não faz mal, o que eu quero é que elle sejaalegre e esteja sempre sorrindo. E elle está. Quando, po-rém, aperto a mola pequenina que elle tem na cabeça, omeu palhaço, fala, como se estivesse a chorar, com umavoz muito arrastada, muito triste. Só diz: ¦— "Eu — sou— de circo!" Tenho pena do meu palhaço! Obrigado afalar, o meu boneco chora e diz que é de circo, aquellelegar bonito onde todos os palhaços riem, riem sempre,embora estejam tristes, procurando esconder a maguaintima que têm de serem palhaços, mesmo palhaços de

páo*como os bonecos.

CARLOS M A N H Ã E S

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O TICO-TICO - 8 _ — Janeiro 1929

HISTORIAS— D E —

NOSSA PÁTRIA V» i 1. Pi m n nO Dr. Prudente de

Moraes tomou posse (Jogoverno em 15 de No-vembro de 1894,

Neste período presí-dencial foram occorri-tios os seguintes aconte-cimentos: — o restabc-lecimento das relaçõesdiplomáticas com Portu-gal; a pacificação doRio de Janeiro, o coníli-cto do Amapá, a occu-pação da Ilha da Trindade pelos inglezes, asexpedições de Canudos.a solução das questões delimites ao sul e ao norte

e o attentado de 5 de No-vembro de 1897.

A pacificação do RioGrande do Sul se reali-sou a 23 de Agosto dessemesmo anno por meio dcum accordo celebradoentre o General Galvãode Queiroz, por parte dogoverno e o General Sil-va Tavares, por partedos revoltosos federalis-tas. Os inglezes occupa-

ram clandestinamente ailha da Trindade em Ja-neiro de 1895 e só a 18de Julho teve o GovernoFederal conhecimento desse facto.

Protestou immediatamente e depois de umarbitramento propostopelo Governo Britanni-

co, e rejeitado pelo nos-so, mediante a interven-ção officiosa do Gover-no Portuguez. resolveua Inglaterra reconheceios nossos direitos.

Uma grande força deinfantaria da marinhaíranceza desembarcou einvadiu o Amapá, ter-

ritorio neutralizado, queera governado por Veiga

Cabral, com intenções de prendel-o ou reclamar a en-

trégá de um preto de nome Trajano, aliás brasileiro,

que era mantido preso por aquelle.

Nesta invasão houve luta em que morreu o capi-

tão france?. Lunier, _. „ ,JJr. FrudentedeMoraes.

WÈSMÉÊÊk_TJffl_»3raít_*__^_f wÊ^^&k^í -_^1 \T-

I ¦ ii / WAé^fi^^i mmI

!t\~VÊ zHMNÍ i __r\ A \W/ fiWÊr^ ^U W^**Eiz\ \\^i/yy%7//^ f\\ immmw

- */o-i».tí<»-*e./

O sacrifício do Marechal Bittencourt.

Essa questão foi decidida juntamente com a anti-ga questão de limites do Brasil com a Guyana Fran-ceea — pelo arbítrio do Presidente da ConfederaçãoSuissa, a nosso favor, em 1899.

Houve depois a questão das Missões, isto é, a doslimites do Brasil com a Argentina, da qual pelo laudo«Io arbitro do Prc-jUente dos Estados Unidos da Ame-ca. foi, a 5 de Fevereiro de 1895, decidido também anosso favor.

No Governo do Dr. Prudente de Moraes foi quehouve os suGçessos sanguinolentos de "Canudos" em

que foi sacrificado

grande numero de bra-sileiros illustres e valen-tes (o que mais tarde tra-taremos em pagina se-

parada, este assumpto).A 5 de Novembro de

1897 tendo o PresidenteDr. Prudente de Moraesido a bordo receber oGeneral Barbosa e bata-Ihões que voltavam deCanudos, ao desembar-car, foi no arsenal deGuerra aggredido porum 'anspeçada do 10."batalhão de linha pornome Marcelüno Bispode Mello que tentou dis-parar sobre elle umagarrucha.

O Coronel Mendes deMoraes, puxando pelaespada deu-lhe uma

pranchada que o poztonto ao mesmo tempo

que o Marechal Bitten-court tentava subjugal-oe foi morto por Mareei-lino Bispo, com uma pu-nhalada. quando se pu-nha á frente do Presi-

dente da Republica, pro-curando defendel-o denovo assalto do solda-do.

Foi o governo do Dr.Prudente de Moraes omelhor, tendo sido em 15de Novembro de 1898.

quando passou o manda-to ao seu suecessor Dr.Campos Salles, alvo dasmais sincçras e enthu-siasticas ovações porparte do povo satisfeito

pelo restabelecimento daordem e firmado o regi-men da lei.

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© AIHMAIHIÂC8ÍI w © mouco mu& nwNas photographiasdesta pagina hauma idéa da formi-davel tiragem do"Almanach d'0TICO-TICO". Re-pre sen tam ellas ache ga da ao pateoda Estação PedroII dos caminhõescheios de pacotes do"Almanach d'0TICO-TICO" des-

tinados a SãoPaulo.

¦ I >-\. .

jÊmmmmÊÊm^^^mmmw^M

¦ Sul .'fSSL^^sl r^j.

PBJP^r, ,-^-*J^H ->' ~*mBI •^K***** ^m^m^mt '* W**Mm sssssssssssssssssssssMb%.-**sV -JmmsssssssT^sMb. 88t—-^ Ki^^tsV^!«^^9Hssd m

^n|p I^T ^^Ts»8ff*ÍHLssssssssS^n*Sssl^^ssssT ""J

JSHS. «Pm

*^ ,| „ _„., . ¦ - - . L. J, ¦, •.A**- ' -—

"* **«. » Jmímr\ iÍsBT^TK Tf »'""•w*/- ¦JlÉh^-'''*'**m ^£_ ^^18 EL * "* * ~^E^KT

— -»--i-fj*s**fj»iTf f í^-*-*^^ -ts^BpWjfsL^SÊ- m^it^KmmW&^m^m^m^m^m^m^m^m^mr^^^

HLsra-^rtss^sB-^sssWsssss*sssssBTak*****»MM r^^is»**ss'sT*M**íBfc »-" "^V^'*>^V^'^'^isf^^^^^^í»'*^ssH

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v -*i •W^sfe íWi*»'**-»-;Ir ^X^^^^HH

Foi necessário umvagão especial paraconduzir á capitalpaulista a preciosacarga dos 20 milAlmanachs. O va-gão foi cheio e con-duziu ao grandeEstado a alegriamaior de todas as

crianças.

Os quatro cami-nhões que ahi es-tão parados carre-gam "vinte mil"exemplares do "Al-manach d'0 TICO-TICO para 1929",des ti na dos, exclu-sivamente, á vendana capital de São

Paulo.

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•5

I

Nicoláu CallegasFilho

¦: .:•-_._ WmwmuI I __¦

Geraldina SeixasS. Paulo

Jonas, filho do Sr.Waldemar Martins

OSNOSSOS

AMIGUINHOS

Bv> 'tjr _WB___T ''^^^1

¦________________ _-_i* .._.________________

;

Isaléa, filha do Sr.Antônio Raymundo

da Silva

Maria Thereza e Ge-raldo Herdy Dutra

~~ ' _________

Luiz F. Breno e umseu amiguinho

fl>4__K___,.

Therezinha, filha do Sr.Domingos Carneiro

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2 — Janeiro — 1929 11 — O TICO-TICO

püstoria de um Qoneeo de PauCAPITULO 23 (CONTINUAÇÃO-)

Sem mais conversa Pinocchio montou nascostas da pomba como se monta a cavallo. edepois a pomba lhe perguntou: " Prompto ?"

*'Sim respondeu Pinocchio".A pomba abriu as azas e em poucos mo-

mentos quasi que tocava as nuvens.Chegando a esta altura extraordinária.

Éòneco teve a curiosidade de olhar parbaixo. Teve tanto medo que collocou os bra-,cinhos ao redor do pescoço da pomba. Voaram o dia inteiro. A' tarde a pomba lh

>endo comido depressa, continuaram a

iornada, Na manhã seguinte «negaram á

praia,A pomba poz Pinocchio 10 chão. e não

O bote eia levado pelas ondas e de vez em

quando ru «obeno pelas vagas. Pinocchio de

pe -no alto de uma pedra chamava o pae pelo

nome e latia g. ..tos com os braços e abanava

c chapéu.

Corr.qjamo Geppetto estivesse muito longe

da pr.iia. reconheceu-o, porque também ace-

"Estou com muita sêdc"."Estou com muita fome", ajuntou Pinoc-

chio."Vamos

parar ahi neste pombal um poucoe depois continuaremos, e amanhã cedo che-garemos á praia".

Entraram na casa das pombas e acharam-na deserta: somente havia dentro uma vasi-lha com agua e um cestinho de cang.quinha.perto da porta. O boneco nunca conseguiracomer cangiquinha. Só o nome o fazia ficardoer.te. Mas nessa noite elle a comeu comappetite e quando acabou de comer virou-sePara a pomba: "Nunca pensei que a cangí-quinha fosse tão boa!"

"E bom saber meu menino, que quando seesta verdadeiramente com fome. até cangi-quinha tem gosto delicioso". Não se faz lu-xinho quando se tem fome-'»

querendo ouvir os agradecimentos pela bôaacção. voou. desaparecendo logo.

A praia estava cheia de gente que gesti-culava f gritava olhando em direcção ao

mar,

"Que aconteceu?" perguntou Pinocchio a

uma velha.

Um velho tendo perdido o seu filhinho,

aventurou se a atravessar o oceano para en-

contrai o e o mar esta-tão bravo que pensa-

mos que vae naufraga.'".

"Onde está o barco ?"

"Lá ao ionge". disse a velha apontando

para um barquinho. e estava tão longe quetinha o tamanho de uma casca de nós e via

se dentro um homemzinho,"Emeu papae! E' meu papae!"

nou cem o chapéu e !ez > èt que desejava vo!-'.ai mas as ondas o impediam Subitamenteveio ..ma grande onda que cobriu o bote. Es-

peraram muito [empo mas r.áo o i'iiam mais."Pobre rornem'" disseram os pescadores.

Nada podendo fazer po: elle iam voltar paracasa guando ouviram um grito e viram aflO

menino pular dentro da agua." Fu quero salvar meu papae!*Pinoccr.io. sendo de madeira fluetuava bem

c aadava eomo um peixe.Ora desapparecia íeoaixo dágua. levado

pelas onüas ora appa.-ecia ouira .».i

Os pescadores ficaram oih.. •*-:.;¦ >:e -, e o

perderam de vista,"Pobre menino', Jisseram. b" romo nada

podiam fazei por eile. [oram p<"> " sudS

«.asas.

iContinúa)

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O TICO-TICO 12 — 2 — Janeiro 1929

O R í D O R

(Conto de Natal)Foi no Egypto n'esse paiz de lendas cfnde du-

rante longos annos. longos séculos, reinaram falsosdeuses, n'esse paiz de invernos adoráveis onde frionão se sente, onde o ceu é sempre azul, e onde aatmosphera jamais é escurecida por sombrias nuvens,que uma estrella resplandecente e pura appareceue por esta estrella guiados os reis magos atravessan-do o Sahara, este deserto immenso, onde a areia temondulações, de Oceano, e o Sol queima como chamma.atravessando campinas de trigal doirado que Balouçadocemente fertilisado pelas águas do magestoso Niloque vindo de longínquas terras ahi chegaram no dor-so de possantes camellos ricamente ajaezados, Bcl-chior Balthazar e Gaspar, traziam em cofres de mar-fim e bronze, ouro, mirrah, e incenso, para offerta-rem ao Rei que vinham adorar!... •

Longa fora a viagem, durante muitos dias, anatureza mudara os seus diversos trajes. Primeiroa Aurora com seu estupendo colorido a vestira, dahia momentos dando logar ao dia que garridamente aenfeitava, até que o manto avelludado da noite acobria para a festa do luar...'

Vagarosamente, na marcha monótona dos ca-mellos indolentes, elles os 3 reis approximavam-sedo logar sagrado, onde sobre palhas, o feno desti-nado ao sustento dos animaes, sobre tosca mangedou-ra, repousava o Filho de Deus...

N'um ceu perfeito, dia e noite luzia uma des-comunal estrella, a estrella que os guiara até ali!Seu brilho, tinha tal fulgor, que chegava a rivalizarcom o sol!

Calmamente, com a calma habitual dos sábios,elles os reis guiados pela estrella, chegaram ao ai-bergue pobre, humilde, onde nasceu Jesus!

Seria possível, pensavam elles, que uma estrellaresplandecente pura como aquella que até ali os guia-ra, irradia-se com seu brilho aquelle albergue humil-de, lhes mostrasse com seus divinos raios, apenassobre uma tosca mangedoira, uma loira criancinha?

Mas elles tinham sido pela estrella guiados, ese esta, cm vez de lhes mostrar um sumptuoso pala-cio, onde sobre purpurca c ouro, o Rei dos reis nas-cera, os trouxera á aquella hospedaria humilde, epobre, era porque ahi, entre os modestos, os humil-des, e mesmo os animaes. Deus ctuizera enviar SeuFilho!

Desmontando dos camellos, que já por terra setinham lançado os 3 reis encaminharam-se ate a en-trada da estalagem e ahi viram, pousando sobre pa-lha, numa tosca mangedoura, o Deus Menino!

Com tal fé, até ahi tinham vindo, tão certo es-tavam desencontrar o Rei dos Reis, que contrictos,os 3 se ajoelharam, em adoração!

Vendo Jesus, tão meigo e lindo, a sorrir paraelle, a face de Balthazar o rei negro, de fé se irra-diu e sobre Belchior também se fez sentir.

Gaspar, o mais joven dos 3 reis magos, prosta-ra-se por terra acompanhando os pastores que avi-sados pelo anjo, das campinas visinhas tinham vindoe ahi se encontravam em adoração.

Conta a Biblia, que durante longo tempo, reve-rentes, elles ficaram em adoração. Mas cousa algu-ma jamais foi dita, ou escripta, sobre as florinhas,que dos campos tinam vindo entre o feno colhidopara o sustento dos animaes!... Elias as pobrezi-nhas, emurchecidas e tristes, salientavam-se do ama-rellecido feno em um matiz neutro...

E' bem provável que na ocçasião não tivessemellas sido notadas se, os raios luminosos da estrellaque batiam em cheio 110 interior da estalagem ondenascera Jesus, não as mostrassem!...

Vendo-as, Jesus em cujo olhar desde já, paira-va a luz da sabedoria» d'ellas se compadeceu, e deu-lhes vida e còr. .. Assim é que as papoulas ficaramvcrmelhinhas, as margaridas brancas com miolinhoamarello e a flor do trigo, azul, azul...

E' essa a razão porque se, se encontra nas cam-pinas os trigaes a baloriçar com o bafejo da briza,aqui e ali como á espreitar por entre as altas astes,vê-se pequeninas flores... florinhas que ahi nascemsem serem semeadas... São tão lindas e singellas,

; 'ermelhas, brancas e azues.. .Bem poucas são as creanças que conhecem essa

lenda das florinhas das campinas, e jamais imaginamque lá no Egypto a terra do Sol, o paiz de Deuscomo os Egypcios o chamam; são ellas as florinhas,as únicas que alguns diaa «após o dia de Natal, vêmem miragem passar, os reis magos guiados por umaestrella resplandecente c pura, que lhes mostra umahumilde mandegoura onde ha muitos e muitos se-culos nasceu o Rei dos Reis.

BWBB' HISLOP

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2 — Janeiro — 1929 — 13 — O TICO-TICO

As aventuras de Faustina e Zé Macaco - FAUSTINA VIROU ESPANADOR

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O TICO-TICO — 14 — 2 _ Janeiro — 1929

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Era Maneco uni pequeno opera-rio de fabrica. Franzino, amaréllo,era o typo especial do candidato átuberculose, devido á prisão, des-de a manhã, ao sol posto, no meiodas machinas, respirando um arcorrompido, cheio de azeite e fia-

pos de algodão.,Orphão de pae c mãe, o pobre-

zinho trabalhava assim, para ga-nhar sete mil reis por semana, com

que ajudava sua avózinha; e ánoite ainda ia entregar ás fregue-zias a roupa que ella lavava e en-

gommava, apezar dos seus setentaannos.

Naquella tarde, Maneco ia con-tente para casa.

O patrão dissera que estava sa-tisfeito com elle, que ia para o an-no lhe augmentar o ordenado, .eainda lhe dera 5$oo rs. de festas.

Cinco mil reis!. .. Era uma for-tuna para um garotinho de onzeannos, que nunca pudera dispor deum tostão!

— Estes são de quebra, diziaelle com seus botões. O patrãodisse que era para as minhas fes-,tas! Posso gastar tudo á vontade...Levo um presentinho para minhaavó... compro uns doces paranós festejarmos o Anno-Bom. —

Com o resto. . . que hei de fazer?Preciso pandegar um pouco!

Nisto, passava o Júlio, seu com-

panheiro de fabrica. Com o cha-

péo dc banda e um cigarro na boc-ca, era o typo completo do vaga-4bundo.

Não sei porque, o mal tem sem-

pre um attractivo fácil! '

Emquanto o bem, é tão difficildc se imitar!

Olha o Maneco, já dentro do bo-tequim, pedinck um maço de cigar-rinhos...

Um homem, que estava ali to-mando café, intcrpellou-o:

Para quem é isso, menino?

NA VÉSPERA DOANNO BOM

(Conlo de Maria Ribeiro de Al-incida — IIlustração dc J. Villin).

Ora, para quem ha de ser ?!é para mim.

E não sabes que o cigarro éum veneno? Si cabes no vicio, nãovaes longe, com essa cara de ma-gricella.

E vendo que o pequeno não lhedava ouvidos, o freguez levantou-se, e quiz tomar-lhe os cigarros.

O senhor não é meu Pae!.. .gritou o pequeno, repetindo o cs-tribilho dos meninos malcreados,sempre que alguém procura lhesdar algum bom conselho.

E sahiu aos pinotes para o meioda rua.

Mas agora, como accender o ei-

garro? Esquecera-se dos phospho-ros. '

Vigiava elle si o homem ia-seembora, para voltar ao botequim,quando se lhe deparou á porta daestalagem um guryzinho muito me-nor do que elle, que chorava des-esperadamente.

Era outro orphãozinho como ei-le, que vivia, por caridade, em casade uma mulher muito má. A me-donha criatura obrigava o pobfezi-nho a andar pedindo esmolas, con-tando mentiras, e dava-lhe pança-da quando achava fraca a collecta.

©Compadecido, Maneco procurou

consolar o Carlito. Mas este, ber-rando sempre, como si perdera umthesouro, contou-lhe que

"o Sr.Juiz tendo prohibido ás creançasde ganhar dinheiro, a tal sua pro-tectora expulsou-o de casa, dizen-do que não podia dar tecto e pãoa gente que não presta para nada!

E o pobrezinho acerescentou queainda não tinha comido nada. ..

Eram cinco horas da taçde.¦— Vamos depressa ali no bote-

quim. Quem chora na véspera doAnno-Bom, chora o anno inteiroCarlito!

Mas eu não tenho nem umtostão. Maneco! Os homens dobotequim são maus!

Eu tenho dinheiro, Carlito.Vem depressa. Vamos pandegar!

E já, esquecendo o cigarro e osphcsphoros, eil-o solicito, como umirmão mais velho, arrumando oCarlito, e pedindo com a autorida-de de que tem cobres:.

Duas médias!E emquanto Carlito devorava os

bolinhos, Maneco, olhando o céotão azul de nossa terra, que fazpensar em Nossa Senhora e nosanjinhos que a rodeiam... Ma-neco estudava um discurso parasua avó:

Mãezinha... o Patrão deu-me as "festas", e prometteu quepara o anno vou ganhar dez milréis por semana. Eu queria trazer-te também umas festas, mas nãosabia o que havia de ser. .. Então,Nossa Senhora mandou-me umdos anjinhos que andam cá pelaterra, soffrendo sem ter feito mala ninguém. Ahi está o teu pre-sente de festas, minha bôa velhi-nha! Agora tens dous filhos, parate amarem e te ajudarem!...

E' escusado dizer que a bôa avó-iúnha aceitou o presente.

E nunca teve que se arrepender..

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2 — Janeiro 1929 _ 15 O TICO-TICO

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A PAGINA DE DESENHO

OS LEQUES

Os primeiros leques dobradiços appa-receram no. VII século, no Japão. Oschins usavam esses accessorios elegan-tes no anno de 960. Na Clima j no Ja-pão o leque era imprescindível, a pontode não se fazer um passeio sem o os-tentar, sob pena de faltar ás regras doBom Tom. Nesses paizes havia lequesde guerra, de commando, de justiça e degraça. O leque, collocado numa bandejade fôrma particular, annunciava nos tri-bunaes uma condemnação ou uma ab-solvição.

Depois de colorido a lápis de côr ou aquarella, devem osdesenhos desta pagina ser enviados á redacção d'0 Tico-Tico.

Os autores dos melhores trabalhos verão seus nomes aquipublicados.

Dentre o grande numero de desenlios que nos foi enviadodestacamos, pelo capricho e bom gosto demonstrados no seucolorido, os dos seguintes meninos: Tito Pellisoni, Yvette Tu-nis, Izolda Orsetti, Jeny Salgueiro, Manoel Trancoso Neto,Luiz Venosa, Nelson Medeiros, Mozart Seixas Silva, Waldc-mar Altis Almeida, Thomé de Souza Lamas, Aldo Carrilho,Maria Cecília de Niemeyer, Adilia de Araújo Pereira, Gui-lherme Magalhães, Luiz Pereira, Inah Marques de Abreu, Fer-nando Coelho de Sequeira, Odette Pinheiro, Waldemar de Al-meida, Lúcia Vieira de Moraes, Alberto dos Santos Veiga,Ruth Cardoso dos Santos. Maria Eugenia de Carvalho e EdgardValentin de Abrev

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< r i <; tt-.x ico 1G 2 — Janeiro — 1!)2'J

A ROSA ENCANTADA

Havia ôutr'ora um rei muito mau. ' Seu povovivia descontente com elle por ser muito maltratado.

Tratava mal a todos, sem excepção de pessoaalguma, até ás próprias fadas elle desconsiderava. Arainha tambem o acompanhava nas façanhas. Um dia,porém, a rainha teve uma linda princezinha. Era oencanto do palácio. Todas as fadas compareceram aochamado do rei, excepto uma, a da maldade, que foiesquecida. Ella nâo se conformou e exasperada oortamanha desconsideração jurou vingar-se.

Passaram-se 15 annos e a prineezà cada vez maislinda e fascinante. Preparava-se grande festa no pa-lacio. Era o anniversario da galante princezinha;completaria ella 15 primaveras.

A fada da maldade planejava com todo ódio seu.tcrrivel intento. O correr dos annos lhe não tinha mo-di ficado o gênio, nem abrandado ao menos seu ran-eoroso coração.

As portas do palácio se abrem para os convida-dos.

Todos os fidalgos foram convidados e levarampresentes, valiosos brilhantes. A's 11 horas o baileprincipia.

Ha muitas luzes e muitas flores.A prineezà valsava elegantemente com um prinçi-

pe, talvez com o principe dos seus sonhos. Terminei-da a contradansa aquelle mimoso par volteia pelovasto salão; depois segue para o jardim: lá hr> mui--to mais poesia.

A lua estava linda e majestosa; seus raios pra-tcados .Iluminavam todo o jardim do palácio. O ca-sal de pombinhos senta-se num banco de mármore.Conversam alegremente, falam do seu futuro... doseu próximo casamento.

De repente o principe sente-se completamente

só! A prineezà tinha desapparecido; mas de uma ma-neira mysteriosa. Altonito, afflicto e nervoso corre eavisa ao rei.

O rei, sabedor do facto, culpa o principe e pren-de-o no subterrâneo até que a prineezà appareça.A festa terminou.Toda aquella alegria transformou-se em triste-

zas para os fid.ilgos e trabalhos para os burguezes,porque a elles competia a captura da formosa prineezà.

Porém ninguém se lembrou da fada do mal, ella,implacável e má, tinha levado a effeito sua vingançacontida ha tantos annos!...

Transformara a gentil prineezà 11'uma rosa en-cantada e este encanto só teria fim. quando um pobremancebo chorasse copioso pranto, deixando cahir ai-gumas das suas lagrimas sobre aquella roceira, e estemesmo mancebo seria tambem o seu esposo.

Passou-se um anno e o pobre principe seu'noivodesapparecera do cárcere. Morrera, talvez. Nuncamais o palácio se abriu para recepções.

O rei com o grande golpe por que passara deperder a filha ficou melhor de coração; agora tempena do seu povo, daquelle povo a quem elle tantosannos seguidos calcou e humilhou debaixo dos péscomo se fora um cão.

Agora está arrependido...Procura reconciliar-se com todos. Não tem mais

asperezas, nem a rispidez que teem todos os reis, au-tocratas: agora é democrata.

Decorreram cinco annos e por uma linda e fres-ca manhã de azul e rosa chega aquelle reinado umforte e liello pastor de ovelhas. Vinha de muito lon-ge, de plagas longinguas a procura de um rebanhopara apascentar. ..

Procurou harmonisar aíi debaixo daquelle ceu

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2 — Janeiro — 1929 — 17 O TICO-TICO

tão azul toda a sua vida triste de desventuras e dissa-bores. O ambiente ali lhe parecia mais risonho o céo

mais azul, as estrellas mais brilhantes, a lua maislinda, o mar mais calmo, a passarada mais alegre eos campos mais verdejantes.

Pediu uma pousada ao rei e elle lha deu; porém,com a condição de lhe apascentar as ovelhas comcuidado, para não lhe faltar uma que fosse, pois acmel-le rebanho representava o sustento do seu povo.

O pastor de lindos olhos verdes da cor do maraceitou o contracto. A's tres horas da madrugada,sahiu elle pelos campos em fora, atraz das ovelhasbrancas, tão brancas como a neve.

O ceu ainda está marchetado de estrellas...:A viração é amena. A's cinco horas o sói vem

despertando preguiçosamente deixando-se entrever portraz das collinas.

O rebanho está pastando e o pastor descansasentado á sombra de uma secular videira meditandono seu passado de infortúnios e dá graças a Deuspela grande felicidade de ter encontrado aquelle reitão bom, que sem o conhecer lhe confiou seu rebanho.

Elle medita tanto que se esquece das ovelhas.As ovelhas se afastam, e elle tão absorto nas suasphantasias, não dá por isso. Cada vez mais ellas seafastam, sem se aperceberem do grande perigo que asespera.

Despreoccupadamente elle volve os olhos para oscampos verdejantes, e vê, com grande! espanto, que orebanho se afastou demais. Corre; porém as ovelhascorrem muito mais do que elle e de súbito atravessama collina e a metade do rebanho precipita-se no abys-mo...

O pobre pastor, com grande esforç, conseguesalvar apenas a terça parte das ovelhas e desoladovolta a cidade sem coragem de se apresentar ao rei:lembra-se das suas palavras: — "Aquelle rebanho ttroresenta o sustento do seu povo.

Como explicar toda aquella desgraça, toda aqueí-Ia catastrophe ?!.. .*

Triste e com o coração amargurado, dirige-se aojardim do palácio, e enclina-se sobre a roseira e choramaguado pranto.

Suas lagrimas repassadas de amargura cabemgotta a gotta, sobre a rosa, desmanchando seu encanto.

Admirado vê surgir deante de seus olhos inuirdados de lagrimas uma formosíssima donzella.

A princeza radiante de alegria agradece ao pas-tor o beneficio que lhe fez seu pranto, e juntos cor-

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rer ao palácio. O rei completamente aparvalhado pe-de uma explicação á filha pelo .cu desapparecimeuto.Ella então lembra o pae que pelo seu nascimento fo-iam convidados todas as fadas, menos a da maldade;enciumada e enraivecida, jurou vingar-se delia, trans-formando-a em uma rosa feia e sem cdor, e que oseu encanto só acabaria quando algum joven pobrechorasse copioso pranto, deixando cahir sobre ella ai-gutnas das suas lagrimas; e que este mesmo mance-bo, seria o seu esposo. O pastor era o principe queconseguira fugir do cárcere e se fizera pastor.»

Agora felizmente a princezinha está livre.O rei e a rainha estão satisfeitíssimos pela appa-

rição da filha e nessa mesma noite se realisaram asbodas da princeza com o joven pastor-principe doslindos olhos verdes da cor do mar...

Eu fui ao casamento, trouxe uns doces para osmeus amiguinhos; porém escorreguei e cahi; então oscães vagabundos, que perambulavam pelas ruas, come-ram-nos tod»os... Picará para outra vez,~KL1A

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UMA FOLHA DE HERA— Quem quer uma folha] de

bera? Uma folhinha de hera! quemquer?...i«. ."• • • • • • • • • " *!

A folha de hera é graciosa, ex-quisita na sua forma recortada ecaprichosa no seu colorido, que vaepor toda a escala do verde, desdeo escuro quase preto, até o vivobrilhante e alegre dos capinzaesmaduros, e muitas vezes, como afolhagem do cajueiro, viva para oamarello, para o vermelho e parao castanho.

A folha da hera, que cria raizesem qualquer logar, trepa e se en-rosca nas cercas, nas arvores, ouentão se estende pelo chão aforaou sobe pelas paredes das casas.

Mesmo maltratada e sem rega-dio, ella vive e se apega ao soloonde nasceu.

Ella é o symbolo da amizadeverdadeira e durável; ella é os sym-bolos da tenacidade e constância;ella é o symbolo da felicidade namemória, na lembrança e na sau-dade .j

Quanta cousa! dirão os meninosmeus amáveis e attentos leitores...quanta cousa, para uma folhazinhatão pequenina!... '

Pois fiquem sabendo que no dia24 de Dezembro, isto é, na vésperado Natal, a folhazinha de heraassumiu uma tal importância, eresponsabilidade tal, que o seu no-me, tão pequenino, de quatro letrasapenas, passou a se escrever comletra maiúscula:

A Hera! a folha de Hera! Odia da Hera!

Porque ?!...Porque, nesse dia, a folhinha de

bera, impellida pelo vento da Ca-ridade, foi se espalhar por toda acidade, para falar aos corações,cm favor dos garotinhos abandona-dos, que vivem á tôa, na rua, semque ninguém olhe para elles.'.".*Garotinhos de tres a quatro annos,que já estragam aj saúde fumandocigarros! que só acham quem lhesensine a atirar pedras nos outros.

(GEALMA D-ALBA)

a trepar nos bondes, a dizer nomesfeios!...

E ninguém se mexe para arran-car, a tantos perigos e misérias, es-ses pobres, innocentes, que hoje sãoanjos, e amanhã serão demônios?!

Não é que faltem corações gene-rosos e bons, almas compassivas,que se deixem commover pela sor-te dos pobres pequeninos, filhos danossa terra.

Mas, não adiantam as esmolasde um dia, nem os esforços de pes-soas isoladas.

Nós precisamos de uma empre-sa firme e duradoura, como exis-tem nos outros paizes tão adianta-dos como o nosso, e até menosadiantados. Entre muitas associa-ções e casas de educação, sustenta-das pela bôa vontade do povo, haumas! obra, que nasceu em Roma,

sob o olhar carinhoso do Papa PioX, o Santo Amigo das criancinhas,que nunca deixou de abençoarquem lhes fizesse bem.

Essa obra se chama:"A OBRA DA DIVINA PRO-VIDENCIA". Está hoje espalha-da no mundo inteiro; e foi ha pou-co installada no bairro da Gávea,emquanto espera recursos paraabrir officinas em outros arrabal-des. (*)

Com dinheiro emprestado, os"Padres da Divina Providencia"compraram um terreno, e ali vãoconstruindos aos poucos os pavi-lhões para as aulas; as officinasonde aprendem a ganhar a vida;o refeitório, o dormitório, o thea-trinho e a capella.

Como não podem pagar operari-os, os Padres, que já recolherammais de 100 peraltinhas, levan-tam-se todos os dias ás 4 horas damanhã, para fazerem o serviço depedreiros, carpinteiros, architectos,etc, emquanto não chega a horade se tornarem professores, typo-graphos, artistas, e optimos educa-dores.

Os gurys adoram os seus bem-feitores.

Querer vêl-os sorrirem satisfei-tos, dar saltos de alegria e merecema ingênua admiração de suas al-mas juvenis, é dar alguma cousinbapara a Casa da Providencia, queconsideram sua.

E as folhazinhas de Hera, voan-do por toda a cidade, engalanadade festas, na Véspera do| Natal,disseram ao povo desta terra."comoc que se fazem bons cidadãos!"...

E vós, leitores meus, deixates ca-hir as vossas moçdas, como o or-valho do céo, quando ouvistes avoz da Caridade, do Trabalho e doPatriotismo, offerccendo a flor dosgarotinhos da rua:"Uma folhinha de Hera!...quem quer?... quem quer umafolhinha de Hera?!...(*) A rua Lopes Quintas —Gávea.

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OÇ ÇAPATFIRflÇ CANÇONETA INFANTIL — MUSICA E VERSOS DEW D t\ T f\ l V. I t\ V JOAQUIM DEISTER

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O TICO-TICO — 24

GS SAPATEIROS2 — Janeiro — 192Í)

CANÇONETA INFANTIL — MUSICA E VERSOSDE JOAQUIM DEISTER

Nós somos bem querido? sapateiros,Ultistres aíamados remendei ros. -Como nós, iguaes não haNo mundo, no mundo inteiro,No mundo inteiro, (bis)Não, não ha, bons senhores,Tão perfeitos batedores,Como estes que aqui estão

Fazemos sapatos,P'ros gansos e p'ros patos; ( bisP'ros gansos e p'ros patosPatos, patos, patos, etc.

IIAs nossas obras são bem garantidas;Só empregamos solas bem curtidas.'Cheguem, cheguem para verOs nossos, os nossos trabalhos,Os nossos trabalhos (bis)Para que lá por fora,Não digaes a toda hora,Que nós somos uns paspalhões.

P'ras púlgàs e p'ros gatos, (Fazemos sapatos, ( bisP'ras pulgas e p'ros gatos,Gatos, gatos, gatos, etc.

IIJFazemos sapatinhos bem baratos,De todos os tamanhos e formatos.Quem quizer calçar o pé,Não deve, não deve deixarDe nos procurar, (bis)Após esta festinha,Tão alegre engraçadinha.Cá na '"rua dos Remendões".

Fazemos sapatos,P'ros gallos e p'ros ratosP'ros gallos e p'ros ratos.Ritos, ratos, ratos, etc.

IVNós somos verdadeiros especialistas,Em fabricas sapatos anticalüstas.

Quem sem callos quer ficar,Não deixe, não deixe de usarOs nossos modelos, (bis)Para que bem servidos,Fiquem muito convencidos,Que não somos uns paspalhões.

Fazemos sapatos (P'ros bois e carrapatos, ( bisP'ros bois e carrapatos, (Carrapatos, carrapatos, carrapatos,

[patos; (bis)

Preguiça e tristeza nunca temos.Cantamos, trabalhamos, bemdizemosNossa cara profissão,Tão bella, tão bella, honradaTão bella e honrada, (bis)Ah! estejam scientes,Não ha homens mais contentes,T>q que estes que aqui estão!

Fazemos sapatos (P'ros sapos e lagartos, ( bisP'ros sapos e lagartos,Garfos,- gartos, gartos, etc.

VI

Que o sapateiro é indispensável,E' sem duvida facto incontestável.Sem a nossa profissão,O mundo, o mundo estariaDe pernas para o ar, (bis)

Porque todos os entes,Deveriam malcontentes,Andar sempre de pé no chão.

Fazemos lanchinhas (Para os almofadinhas, ( bisPara os almofadinhas.Mofadinhas, mofadinhas, mofadi-

[nhas, dinhas; (bis)

VII

Imagmaé agora as melindrosas,Mocinhas estouvadas, salerosas

Si tivessem que andarDescalças, descalças e semOs celebres tacões, (bis)Muitas dellas, senhores.Morreriam de pavores,Com tão grande humilhação.

Fazemos tacõezinhos, (Geitosos, perfeitinhos, bisGeitosos, perfeitinhos,Perfeitinhos, perfeitinhos, perfeití-

[nhos, tinhos; gbis)

yinAgora, bons senhores, terminamos,Porque a tarefa de hoje já findamos.Va*nos todos descansar,Restaurar, restaurar as forças,As forças esgotadas (bis)Para que novamente,Amanhã incontinente,Comecemos a trabalhar.

A nossa narrativa, (Contamos muito viva, ( "(fContamos muito viva,Viva, viva, viva, viva, viva o sa-

Ipateiro; (bis)

Observação: •— Esta cançoneta pôdeser representada por um grupo de 5 ou6 meninos, vestidos á caracter, é emmangas de camisa, avental e talvez umgorrozinho, (barba, óculos, ad libitum),tendo cada um a sua mezinha de tra-balho com alguma ferramenta e sapatosde todos os tamanhos, inclusive sapati-nhos de boneca. Nos últimos 8 com-passos da cançoneta imitarão compas-sadamente o sapateiro batendo sola,sendo necessário para isto: um ferro(machado sem cabo), um martello eum pedaço de sola. Nos 8 compassosdo Interludio fingirão cozer. Emfm, oensaiador, com alguma pratica, poderádar a esta cançoneta muita graça egrande effeito.

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Janeiro — 1929 0 TICO-TICO

(lÊ^Gí^^M^fl©CABIDBS PARA BASTÕES

Em um acampamento, não ha-vendo muito cuidado em guardar-se os bastões, no momento em quehouver necessidade delles, será dif-ficil encontral-os. Para que tal nãoaconteça, apresentamos aqui, umaserie de cabides para bastões, queos leitores procurarão fazer, certoque com qualquer um delles terãoêxito. w

'Figura i

A) A figura i apresenta o pri-me iro modelo: em pedaço de caboC) preso em torno de um tronco e

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Figura 2

nellê fixos supportes de madeiraou de arame figura 2.

Pode-se fazer no chão algunsburacos para alojar as pontas dosbastões. Não ha necessidade deexplicar o seu emprego pois é elleextremamente simples.

P>) A figura 3 dá-nos um outromodelo: tres varas P solidamenteenterradas no solo e reunidas pordous triângulos de madeira A e Bsendo o primeiro incompleto. Osbastões ficam collocados como in-<lica o traço pontuado.

C) Um bello modelo é aprcsen-tado pela figura 4 tendo o incon-veniente de precisar de uma certaquantidade de pontas de cabo paraa sua confecção.

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Figura 3

D) Finalmente a figura 5 indicaa maneira de confeccionar um mo-delo de uma simplicidade extrema,mas que apresenta' o inconveniente

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Figura 4

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Figura z

de ser incommodo, quando houvernecessidade de procurar o seu bas-tão entre os outros.

Todas as patrulhas podem fa-zer o seu cabide, alinhando-os pro-ximo ao mastro.

PARA A CAIXA DAPATRULHA

Em toda a casa de familia lê-sediariamente um jornal pelo menos,e se bem que as mamas encontremsempre mil applicações para elles,acontece que muitos sejam guarda-dos atulhando moveis e oecupandoespaço que seria melhor aprovei-tado.

Os escoteiros sabem que jornaesvelhos podem ser vendidos emqualquer armazém ou quitanda,elevem portanto pedir ás suas ma-mãs os inutilisados e as sobras pa-ra reunir aos que seus cotnpanhci-ros de patrulha conseguiram c ven-del-os revertendo o resultado paraa caixa da patrulha.

Como todos sabem, o papel deestanho que envolve chocolate, etc.e as cápsulas metállicas de garra-fas de cerveja são tambem compra-das por bom preço servindo alémdo mais para optimos e úteis tra-balhos.

" Os colleccionadores de sellospodem vender as suas duplicatas eos engenhosos farão brinquedos,silhuetas recortadas etc, que ven-derão por optimo preço em bene-'ficio da caixa da patrulha.' Todas as potrulhas devem pos-suir uma caixa que lhes permitiaadquirir o necessário para a suaactividade e ainda mais a praticade bellas e opportunas B. A.

SIGNAUSAÇÃO A' NOITE

Com algumas taboas, um peda-ço de arame, uma lata de biscou-tos velha, uma lanterna de aeety-leno e um pouco de engenho e arte,qualquer escoteiro pôde construirum apparelho de signalisação no-cturna que dará um resultado ex-traordinario pois pode ser empre--gado até á distancia de . kilome-tros.

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O TICO-TICO — 26 — 2 — Janeiro 11)29

O funccionamentoj para a signa-lisação pelo Morse é feito por meioda alavanca que se vê no lado di-

reito do apparelho e que abre efecha a cortina da frente da lan-terna.

VMA BOA ACÇÃO QUE U*(TAMBÉM UM PRESENTE ¦

PARA rA MAMÃE

Um optimo presente para a ma-mãe, que demonstrará pratica econcretamer.tc o amor de seu filho

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escoteiro é um guarda vassourase outros utensílios de limpeza comoo do desenho.

Para os escoteiros que são "bons"

no seguimento de pistas.í 1

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Neste desenho está representadauma scena simples que deve sertraduzida para o "vernáculo" pe

los escoteiros e leitores que o pü-derem.

Enviem em uma folha de papela norração do que aconteceu, e en-derece a BOTO VELHO que pro-mette um objecto de utilidade es-coteira ao que melhor interpretar ooceorido.

MORDEDURA DE CAODAMNADO

Ao ser mordido por um cão da-ninado, o primeiro cuidado é cor-rer, sem demora, ao Instituto Pas-teur da cidade mais próxima, se nasua nãq houver.

Si de todo for impossível pôdeser tentado; o seguinte tratamento,immediatamente após o accidente:

i — Garrote logo acima do fe-rimentó;

— Alargar a ferida, com umcanivete bem desinfectado em aci-do phenico ou flambado no álcool;'

— Lavar abundantemente comagua c sal ou sueco dc cebola'

4 — i Cauterizar com ácido sul-phurico, potassa cáustica, ácidophenico ou mesmo um ferro embrasa.i

O cão damnado anda de cabeçabaixa, o rabo entre; as pernas, ca-minhando fixo para a frente, olhardesvairado, rouco, espumando.

Atacado por um cão damnado,joga-se-lhe o chapéo, o casaco.Elle atira-se furioso para os estra-

calhar. E' o tempo de fugirmos oumatal-o.

O cão damnado deve ser1 sacrifi-calo logo. Por mais de estimaçãoque seja, não duvidar um momen-to em tirar-lhe a vida.

Deve-se evitar passarj próximo aum cão desconhecido, e quando setiver de o fazer, não demonstrarmedo, passa-se sem o olhar.

Quando um cão avança, ladran-do, si não se der importância emgeral, elle vae embora.- Mas si seapproximar demais, finge-se quese lhe atira uma pedra, e elle foge.

r------.'mVm-.".ui-^-«-»---".-.-.-»-.-------.-.-.

ARVOREAlém, ao longe no campoOnde a verdura viceja, '

)chòa nessas paragens '

O som do sino da igreja.:

E as arvores verdes sombras1Erguidas em cada estrada,São a guarida dos pobresQue não tiverem morada.-

Emquanto as ovelhas pastam,No decorrer da jornada,O pastor si está cançadoPede as arvores, pousada'

Tal como arvore da estradaQue, os desgraçados abriga,Também sejaes uns aos outrosComo esta arvore amiga!

Hclcio Muniz:

'A NATAÇÃO.

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A tristeza do escoteiro que nao sabe nadar.

O verão está ás portas e os es- pois movimenta todos os músculos!coteiros devem, durante elle, trei- do corpo e dá a quem o praticanar cm natação, um dos melhores energia, domínio dos nervos qsports ou melhor o mais completo confiança em si.

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O EXCURSIONISTA TCHIFFLEY, NO PALCODO CAPITOL. DE NEW YORK, CERCADOPELOS ADORADOS E POPULARES PETIZESDA TELA. AO HOMBRO DE TCHIFFLEY

ESTÁ O INIMITÁVEL CHUCA _. CHUCA

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Janeiro — 192!) — 29 — O TICO-TICO

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MODA INFANTILi° — Lindei vc.tido lingeric. Bordado cm relevo.

Ruches de renda. Cinto de f;ta. 2» — Beilo vestidoem tafetá escossez. Barra e golla de seda de «ma só cór. Fa:-xa de seda. 3° — Original vestidinho para demoiselle, corpo pi¦ sado, seguro na pala. sa:a ligeiramente tem forma. 4° — Ves-tido de pongée, grupos de pregas. Incni.taçõcs de renda valen-ciana. 50 — Vestidinho de creança em tecido esponja. Nnhosde abelhas do lado da pá'.a. Tiras de setim foncé

Guirlanda para bordar a seda de enfes. — Ram nhos dc cerejas e violetas paraalmoíadas ou tapetinhos. — Escudos e nomes figurados para roupa branca. —

Tres qualidades dèfestoncs para roupa branca.

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O TICO-TICO 2 — Janeiro — 1925)

C i R c o

O circo, aquella barraca de lona cheia de bandeiras,é o encanto da meninada. No circo mora o palhaço, quedá risadas qundo diz cousas tristes e chora quando falaem alegria. Lá estão os animaes amestrados, que dan-sam e fazem gymnastica, como se fossem gente. No circoestá a maravilhosa fantasia que' dá a felicidade. E', comoa felicidade, o circo nunca demora muito. Vem e vae

logo se embora. Mas os nossos leitores vão ver, logo quetermine a publicação do lindo brinquedo de armar que éa locomotiva, o mais bello dos circos. Um circo com bi-chos, palhaços, musica, uma porção de maravilhas, comodá idéa a gravura acima, modelo do que O Tico-Ticovae publicar. Aguardem os próximos números d'0 Tico-Tico.

r^TlA^A^^^WWWAA^^^M^^AA^M

Quem dá aos pobres empresta a DeusArnaldo e José eram muito ami-

gos, collegas de classe, e frequen-tavam a mesma escola.

Arnaldo além de ser pobre eranm menino activo, intelligente emuito estudioso; José, o contrario,era muito rico, mas preguiçoso, desobediente e mau. Era costume, to-das as vezes que os dois collegasvinham encontrarem com uma po-bre velha que andava a esmolar:quando a velha fcstendia a mão aJosé, este escarnecia delia negando-lhe uma esmola. Arnaldo, ao con-trario, era pobre mais repartia asua merenda com a pobre mendiga.

Arnaldo dava sempre conselho^

a José, e por ser rico julgando-semaior que os seus collegas não osdava. ouvido e maltratava-os e in-juriava-os.

Vinte annos se passaram. Amai-do cia agora um grande capitalis-ta, o negociante mais abastado eacreditado da cidade. José, ao con-trario, por seus maus costumes foiexpulso da casa de seus pães, etornou-se ladrão, praticando comos seus comparsas toda sorte decrime.

Uma certa noite muito escura,José, acompanhado de seus compar-sas. foi assaltar, p prédio de Ar->naldo j

Todos dormiam.Quando os ladrões tentavam ar-

rombar o cofre forte, fizeram rui-1do, despertando Arnaldo, que le-vantando de revolver em punho, co-meçou a atirar para todos os lados,matando alguns ladrões... Joséficou mortalmente ferido e expira-va nos braços de Arnaldo, pronun-ciando -esta ultima palavra — Per-dão.

Arnaldo conta esse facto aoàseus netinhos, que ficam muitocr>rn.movidos.

(13 annos de edade)Terjallc. Nassife

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2 — Janeiro — 1921 — 31 — 0 TICO-TICO

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RESULTADO DO CONCURSO N. 3289

A solução exacta do concurso

Solucionistas: — Heloisa Santo Lyra,Lysia Esbérard, Pedro Gomes, Alipio Nas-cimento Ribas, Moacyr M. Porto, JorgeM. Porto, Isolda Or-etti, Mozart Baptis-ta, Carlos Ferreira, Helia da FonsecaRodrigues Lopes, Edith Ferreira JoséTelles Netto, Sylvio da Costa Reis] Moa-cyr Solon, Antônio Alves Villela Sobri-nho, Leda Pagani Feücio dos Santos, Ma-riazinha Izento, Durval de Alvarenga,Oaldemar Ludwig, Octavio de BreynéHyland, Abilio Ferreira, Armando Ferrei-ra Júnior, José da Silva Mangualde, Au-relia Wilches, José Marques Machado,Maria de Lourdes Novaes, Maria Appare-c4a Toledo Martins, Hamilton da Silva eCosta, Regina Penha, Ricardo Chiramelli,Dulce Moraes, Luiz Volpe, Joffre do Sil-va Carneiro, Alceu Ferreira, Maria Ama-lia Gonçalves, Waldemar Rodrigues, Cel-so Fortunato da Silva, Hugo Fortunato daSilva, Maria Cantora, Ernesto AugustoPereira, Alfredo P. Porto, Alvir PinheiroPorto, Orlando Pettito, C. Vinícius Ra-poso da Câmara, Denize Moratti, Fernan-do, Naporano, Rubens Farias Franco, JoséCosta, Luiz Oscar Figueira, Herbert Pin-to de Carvalho, Pedro Jonidandel, Ephige-nia Stella Pereira, Nereida Martins, Au-xibio de Souza Valente, Beanita Celesti-no, Genezio José da Silva, Margarida Lo-pes Ferraz, Hestus Rivereto, Paulo Lima,Emilia Garcia, Laurinha Santos, FelicioRomualdo Giannini, Ilia Antunes, Yolan-da de Mello, Francisco Augusto de Almei-da Barros, Maria G. Oliveira, AlfredoKlinger, Lourdes Pereira Muniz, RenêHenriques, Diva Torres, Maria de Lour-des Vasconcellos, Bianor da Costa Simões,Luiz Marcondes Carvalho, Edson Duarte,Dcnise da Costa, Luiza Weber, GualterMartins da Silva, Lucy Ribeiro Sobral,Geraldo Garcindo F. de Sá, Alcides Diasde Souza, Guilherme B. Amaral, Maria-zinha Ayres Netto, Mario Ebolato, JuracyAugusta de Andrade, Cláudio Fianda. So-lon Seixas, Paulo Amaral Arantes, Baldi-lio Sanches Garcia, Alcindo Teixeira de

Abreu. Almyr de Oliveira, Hilda Lima,Orchidéa Pereira de Oliveira, Nyny de P.Almeida, Rita Luiza Drummond, Marinhade Campos Ferreira, Regina Fernandes,Nilva Fonseca Musa, Milton J. Rios, Or-lando da Rocha Carvalho, Francisco dePaula Moraes, Adolphina Portella, Heitorda Costa Torres, Arthur Peixoto, Acyr

^v..,.»l.,iiiiiirjk^iimiiinii.rr/^.«__«l _¦

AmWkíCinearte-Altu

I £M\ JORN

-__!> ________Luxuo/a colleccdo dereinato/ a côr>e/ do/a/tro/ cinematoapQpVico/

OS

Pitanga Seixas, Henrique Chaves Vascon-cellos, Marilza Campos Xavier, Nice Ma-galhães, Francisco Simeão das Neves, Gi-na Boccia, Bernardo Blay, Gastão Tcitel,Elza A. da Costa Cruz, N. Dora Nie-mayer, Esther Bertaim, Yolanda Dia;, Ma-rio Junqueira da Silva, Edia Barros, Ho-lopercio Lins de Albuquerque, AgenorStant, Julio Pinto Duarte, Rubens daCosta Maia, Moacyr Viga, Cidida O. Ra-bello, Mario Baratta Filho, Raymundo Al-

mmnmves Paixão, Mafalda Antonelli, AtalibaCabral Neves, Armando Tavares Filho,Helena Bhering, Horacio Porto, Dinah Es-pirito Santo, Francisco Gidra, Jorge deSouza, Roberto Assaf, Fernando Paulo Q.Magalhães, Humberto de Barros Pereira,Américo Ribeiro Temperany. Pilar Lopes,Murillo Corrêa Netto, Nair Salvatore, Ru-bens M. Gonçalves, Carlos Eduardo deAlmeida Santos, Lodovico Julio Frizzarin,Luiz Vaz Pacheco, Sebastião Mathias,Joaquim de Oliveira, Carlos Ávila, Yolan-da ele Castro, Ophelia Lemasson, Hélio Pi-cottis da Cunha. Diva Sgucglia, Therezi-nha Ribas Perdigão, Antônio dos SantosGomes, Wilton da Silva Ferreira RubensCordeiro, Léa Sorelli, Dante Sovelli, Per-cilio Nunes de Oliveira, Elomar Na?.a-reth Bezerra Alves da Cunha, MariaFran-cisca Rangel, José Julio Rangel, FrneidàMartins Vianna, Marilia de Barros Vieira,Luiz Villasbôas Telles Ferreira, Antoni«>de Mattos, Joel Fernandes de Amorim,Mary de Lellis Ferreira, Altina de LourdesÂngelo, Alberto Freesz, Dalmo Gildo Pon-tual, Ney Correia, Rodolpho A. Linhares,Francisco da Silva Pantolla Júnior, CiceroSequeira, Orinos Teixeira de CarvalhoArantes, Dyléa Pereira da Costa, TitoPellinoni, Rubem Dias Leal. Ruy de AbreuCoutinho. Lelia Castro, Antônio' Rufino.Avrton Gracel, Carlos Alberto de C. Ar-mando, Dinah Martins, Dinah Martins <\\Silveira, Manoe! \rauio Azevedo. Raul daCruz e Silva. Áurea Teixeira Bastos. Al-{redo Martins, Marina Negalho. Jersey P.Guimarães, Cândido Wandicy Rocha, El-son Portugal Alves Pequeno, Os\va!<>i Pe-reira Boudraux, Rosa Brant Lima, Olyn-

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Euxir GftWCTOGENOTonifica o organismo

e produz leiteV

Formula do DrMiranda Carvalho- fabricação oe 5 ilva Araújo &0?

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O TICO-TICO — 32 Janeiro — 1929

tho Bueno, Alfredo Heitor de Carvalho,Maria de Lourdes Pessoa, Paulo de Sou-za Pires, Rodolpho de Souza, Vinio VictorBuongonnino, Nilo da Silva Pessoa, Ar-thur José Pereira Filho, Armando SimãoFerreira, Aldair Scnna Gomes, Manoel Do-mingues de Azevedo Maia, Maria RosaSouza Brito, Maria Angela BarbalhoíUchôa Cavalcanti, Irene Pereira, LaisPontes Pereira, João Ariovaldo Pereira,Augusto J. Cavalcanti Filho, Euüna Pra-ta Carvalho, Joaquim Bernardino da Sil-va Jayme Adalberto Mencghini, WalterFerreira Braga, Maria Santiago, ManaJosé Souza, Jorge dc Barros Barreto, Ma-rio Moura Soares, Altivo NascimentoGama, Triestrina Zito, Leny Jacques Soa-res, Gilda Maria d'Abrcu Ruos, Claude-miro Augusto Coelho, Mana da GloriaMouro Ferraz, Flavia Calazans Viera,Arthur Oliveira, Oswaldo Ferraro de Car-valho, Rubem Musco, Maria Thereza SaBandeira, Custodio de Almeida, José deSouza Negreiros, Hertz Diniz Gonçalves,João Gomes Fernandes, Francisco BragaNetto, Calixto de Jesus, João B. Cas-caldi, Walter Augusto Kersten, Iza deOliveira Simões Barbosa, Eugênio da Ko-cha Brito, Igitda Aguiar Lobão, FranciscoErnesto Bulhões de Carvalho, Juracy Ban-dera, Accacio Lehnia da Silva, Nair Ja-cques Soares, Leny Jacques Soares, NiloJacques Soares, Yolanda Maciel Pinto Cm-tra Marietta Jaurisano, Antônio Meirelles,Djanira Velho, Maria Faustina CorrêaWilat Maria Lourdes Serpa, MoacyrBrandão Lopes, João Botelho Ma-chado, Daniel Rodrigues, Mano M. Pe-res Raul José de Campos, Yedda RegaiPo^solo, Octaviano Galvão, Dulce Sam-paio Tavares, Antônio Augusto Gomes,Eugenia Uchôa Peres, Corina Wanderleyde Castro, Emilia Ceccarelli, Neusa LealArnaut Maria Apparecida B. Santos,Velloso, Zuleika Marques, Izaura AlvesAriston Casaes Andrade, Haroldo CoimbraRosa Elza Roseiro, Plinio Walter de Oh-veira! Ivaldo Furiati, Cyro Sampaio Cor-rêa Luiz André, João Antônio C. da Trin-dade, Paulo Graça, Almir Oliveira MariaSimões Ferreira, Emilio Mallan, WaldyrValle, Benedicto Limongi Neves, AntônioJosé de Oliveira, Armando Alves da CostaJúnior, Wilson Mattos, Nilza Mattos,Maria de Lourdes Carvalho Taveira, MoacyrFrancisco Lino, Carlos Cardoso da Silva,Antônio da Silva, Francisco Fernandes,João Moreira, Waldemiro Pereira, Celina

ANTI - GRIPPAL

Falta deAppetite

Impalludismoconvale/cença/*

ITE TSMO\:NÇAr\

ANTI- FEBRIL

Martins Reis, Carios Gomes, Renato Coim-bra Velloso, Epitacio Alexandre das Ne-ves, Fábio de Pavina Cavalcanti, José Car-los Ramos Barbosa da Silva, Nilza RochaCavalcanti, Luiz Suares, Nilza Rosa Bas-tos, Aldhair de Oliveira Silva, Jonas Cor-reia Santos, Therezinha Gomes Braga,Orlando Carlomagno Huguenin, Raul Soa-res, Geraldo José da Süva.

Foi o seguinte o resultado final ao con-curso:

l° Prêmio:

PEDRO GOMES

de 9 annos de idade e morador á Es-trada de São Jeronymo n°. 107, em Be-lém, Estado do Pará.

2o. Prêmio:

CÉLIA BORGES

de 10 annos de idade e morador á ruaDuque de Caxias n°. 47, Ribeirão Preto,Estado de São Paulo.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3^2

Respostas certas:

ta Juivor, Murillo Antunes Alves, Marialelies, Roberto d'Arloy, Willy Meyer, Ruycie Abreu Coutinho, Fernando OctavioGonçalves, Zaira Carneiro, Therezinha Ri-ba.i Perdigão, Isolda Orsetti, Snétly Wal-nr de Oliveira, Armando Taveres Filho,Egas Polônio, Antônio Carlos Magalhães,Maria de Lourdes Carvalho Taveira, Fe-tila do Espirito Santo, Lucy Ribeiro So-lix 1'eral Rangel Júnior, José Paulo. Myr-bral, Benedicto Fernandes Bonilha, Yolan-ila Helena Figueiredo de Carvalho, Ame-rico Rosa da Silva, Flora Leite, Paulo deCarvalho Armando, Dulce Moraes, LuizAndré, João Botelho Machado, DjaniraVelho, Decio Carvalho Carati, ElmanoConceição Magalhães, Néa Miranda, Ruyda Costa Mesquita, Jonathas Barrctto, DéaCaminha, Odette Roseiro, Orchidêa Pereiradc Oliveira, Ecclesia de Assis Nogueira,

'Nazir Eugenia de Souza, José AmazonasPilho, Renato Pagani, Hedi Reichen, Geny.Xavier, Maria Amalia Gonçalves, NellyKeller, Moacpr Solon, Oswaldo José Gon-

•çalves, Acyr Pitanga Seixas, José da Sil-va Mangualde, Carlos M. Seixas, OrlandoC. Huguenin, Eneide Martins Vianna, Au-xibio de Souza Valente Rubem Dias Leal,Diogo Lopes, Hamilton da Süva e Costa,Wanderlina Gonçalves de Oliveira, JoséCarlos Martins, Luiz Philippe de Carva-lho, Luciano da Costa e Silva, Waldir Au-gusto de Andrade, Mria Helena de Tara,Raul C. Soares, Jorge de Barros Barreto,Rita Luiza Drummond, Heloiza da Fon-seca Rodrigues Lopes, Ayrton Sá dosSantos,Aida Rosa da Silva, Dina Maria dasNeves, Paulo Volney Belache, Maria He-kiia Á. Serra, Irmã A. Serra, José A.Serra Júnior, Odette Lolito, Walter FreireCapiberíbe, Waldemar Ludwig, Sylvio San-tos de Oliveira, Oscar Porto Vieira, Ru-bens Farias Franco, Mariazinha Isento,Virgínia Gomes, Cyrano Niemeyer Porto-carrero, Jersey Sivinerd, Holopercio Linsde Albuquerque, Moacyr Simões Ferreira,Helena Barros de Vasconcellos, Robertode Oliveira, Yedda Possolo, Maria Appa-recida B. Santos, Zilã Barbosa, CelltaBarbosa, André Vasqucs.

Foi premiada a concurrente:

HELOÍSA DA FONSECA RODRI-GUES LOPES

de 6 annos de idade e moradora á rua SãoCláudio n<>. 34, nesta Capital.

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I* — Gavião .— Avião.;2" — Collete.3a — Joelho — Coelho.4* — Sua.S" — Lá.

Solucionistas: — Ivo Pereira Braga,Jorge M. Porto, Moacyr M. Porto. Wal-demar Martins, Naire da Cruz Ribeiro,Oliveiras Lana Paula, Oscar Mello, JudithVieira, Suas Alves Falcão, Geraldo Amil-car Otiz do Rego Barros, Lanuza DuarteRozalvos, Moacyr Alencar, Roque Alen-car, Maria Angela Barbalho Uchôa Ca-valcanti, Paulo Pessoa Guerra, José Vas-concellos da Silva, Dalmo Gildo Pontual,Maria Luiza Tthayde de Sá, Maria The-reza Sá Bandeira, Armando Alves da Cos-

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2 — Janeiro — 1929 r- 33 — O TICO-TICO

CONCURSO N. 3-302

Para os leitores besta capital E dosEstados próximos

Perguntas:

Ia — Qual o abrigo marítimo que comnma letra trocada é animal?

CONCURSO N. 3-303

Para os leitores desta capital E dos Estados

(2 syllabas)Odette Silva

2* — Qual o animal que é parente selhe tirarmos a primeira syllaba?

(3 syllabas)Antônio Cruz.

3a — Qual o sobrenome que é carta?(3 syllabas)

Esther Vieira'

4a — Qual a bebida que não é para nós?(3 syllabas)

Luiz Pinheiro

5a — Qual o animal doméstico que évestimenta dc juiz se lhe invertermos assyllabas?

(2 syllabas)

As soluções devem ser enviadas á re-dacção d'0 Tico-Tico devidamente assi-gnadas e acompanhadas do vale n. 3.302.

Para este concurso, que será encerradono dia 26 do corrente mez, daremos comoprêmio, por sorte, entre as soluções eer-tas, um rico livro de leituras infantis.

PARAOCONCURSO

M^ 3.302

Para lêr e aprenderPARA QUB DORMIMOS?

.0 menino sabe para que dormi-mos? Não sabe? Pois a respostae muito fácil. Dormimos para des-cansar.

Todo o nosso organismo descan-sa emquanto dormimos. O cere-bro, o coração, os pulmões, os mus-culos, o estômago, durante o tem-po em qne estamos adormecidos

_.- F~-~~

àfí MN^/V,V-: IA Ü K ffl

\ :; ¦ ¦ 1 "¦ à\ ::Z

WA\ LJ...:..^__jl..l.:.^haajM.e à:..E_JRecortem os pedaços do clichê acima e

formem com elles o retrato do senhorUrso fazendo exercicio militar.

As soluções devem ser enviadas á re-dacção d'0 Tico-Tico devidamente assi-gnadas, separadas das de outros Kjuaes-quer concursos e acompanhadas não só dadeclaração de idade e residência do con-co-rente como também do vale que vae

publicado a seguir-e tem o n. 3.303.Para este concurso. Que será encerrado

no dia 9 de Fevereiro vindouro, daremoscomo prêmios, de i" e 2" logares, por

sorte, dois livros [Ilustrados para a in*fancia.

TA LG O BORIGI NADO 51LVA ARAU J O

f? PARA CRIANÇAS E>D.U LTOS tt'CONTRA A5 IRRITAÇÕES DOCALOR^

deixar.! de agir intensamente comQacostece quando estamos acorda-dos. O somno é necessário a todoser vivo.} O homem não pode pas-sar nem um dia, sem prejuízo dasaúde, entregue á actividade semrepouso. A creanças principalmen-te precisam dormir muito pois éduranle o somno que se tonificamos músculos, que se opera a assi-milação e que se cresce. A cre-anca que, em conseqüência doruido ou de alguma enfermidades,não dorme o tempo necessário,cresce com difficuldade, torna-serachitica, nervosa,, doente e nuncaattinge a idade que é commum noser humano. Vocês durmam omais que puderem, sem esquecer, éclaro, o tempo dedicado aos deve-res escolares, e aos cuidados da hy-

giene, tão necessários como indis-

pensavçis.

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O TICO-TICO 2 — Janeiro — 1929

¦

_ I

sO menor Jorge, filho do casa rtubert»

Pinto.O que nos escreve seu «pae:A' CIA. NESTLE' ¦Rio de Janeiro, II de Novembro dc 1028.lllmos. Snrs. Nestlé & Anglo-Swiss

Condensed Mük C°. — Caixa Postal, 760.Pre.acia. Senbores

Com o máximo prazer, junto esta pho-tographia do meu filhinho Jorge Pinto,contando 'I anno de idade e pesando IIkilos, c une como poderá verificar se en-contra _in pleno desenvolvimento e 10-bustez, muito embora esteja no periodo dadentição que em geral provoca o mau estardas creanças.

Ao vosso inteiro e incondicional dispor,firmo-me com muita estima e subidoapreço.

De VV. SS.Am». Ati°. Obd».

Roberto PintoLadeira do Barroso, 27.

— 34 —

A's mães cujos bebês não píogridem, re-comtnendamos que se dirijam á Compa-nliia Nestlé — 12, Rua da Misericórdia —Rio, afim de receberem, gratuitamente, umaamostra de Farinha Láctea Nestlé e uminteressantíssimo livro sobre os deveresde mãe. assim como um brinde para o pe-querrucho.

USANDO

IhhríieDepura -foríalece

EngordaTÂ'0 SAÕOfíOSO COflO QUÂlQUfP L/CO0 D£ MIA

O k 1 r_r m o JD J& X:'1'C5 - X I c O.Em uma roseira florida, um gracioso tico-tico,

com srrande cuidado e amor, íoi fazer o seu ninho.Entre as ricas flores perfumosas, ninguém o enxerga-ya; era preciso olhar de perto, para descobril-o, peque-nino e lindo. ....:

A ave, de mansinho, muito cuidadosa e dedicada,apanha, aqui e acolá, palhinhas e bocadinhos de ai-godão para levar ao abrigo de seus futuros filhinhos.

Depois de alguns dias, o ninho ficou prompto.Quando fui vel-o, havia nelle tres ovitos muito cguaes.

O ninho era macio c quente.Em certa risonha manhã primaveril, a avezinha

cantou mais alegre, parecendo annunciar a todas asoutras aves o movimento de seus gentis filhinhos. Oseu cuidado era todo para elles. os implumes passari-nhos!

Todos os dias, á beira do canteiro, cu espalhavafarcllinho de pão e alpista, para regalo dos' lindos pe-

quenitos. Quando se approximava alguém, piadas do-lidas sahiam da garganta da mãe terna e dedicada.ficava em uma arvore, escondida, para vigiar os seusencantos, o seu enlevo.

Tive muito cuidado e não toquei nos coitadinhos.Confiava em mim, a avezinha mãe.

Eu olhava os pequenitos, e ella, pertinho, obser-vava-me muito satisfeita, com seus olhos redondinhose brilhantes.

Mas, quando via outra pessoa, ella ficava tristo-nha e inquieta.

Eu os vi até a ultima hora. . . Eu os vi dar oseu primeiro vôo... E o ninho ficou vazio, abando-nado...

Só a mãe permaneceu para criar outros passa-jeinhos.

Jandyra Vigueirôa Faria..

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2 — Janeiro 1929 — 35 O T I C U - I I C O

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Bola, bola, boleta... Assim paísava a apregoír ovendedor fe bolas, des- >s tjue Dizem oencanto das crianças e ella corriam ao fjortãochamando-o, e os tostões, as moe_i_has, cie 4CXJ e 500réis, passavam de suas rnãosinha_ impacientes, para amão grande, grosseira, tio venci •¦.'. tomundô\as

ardava no bolso 8a jaqueta, já tun .'...E o i.equenito coití;i, e alegre jüj.í a eu mpraque fizera, carregando o bal ..'¦¦-.<azul ou vermelho da côr de uma páp ... emquantoeste durava, era um prazer ver os a brincarementre si.

Um dia, Cadinhos brincando ao jaiâ rua Barata Ribeiro, ouviu apregoar,e foi a correr pedir a mãe que lhe compraà:tinha i poi i chegado do interior delá na fazenda aonde ttiorara, jamais vira aqtiell

e cores diversas presos por uma linha... Quizpor força comprar um.

A mãe fez-lhe à vontade, e elle lá se foi com onovo brinquedo, e muito satisfeito começou a dar-lhe uns

ihas com a n jão procurando desta forma fàzel-o su-bir. A mãe vendo-o fazer isso, disse-lhe: cuidado Carli-nhos, se lhe bales com muita força, o balãozinho arr_-benta.

ftías Cadinhos tinha o horrível defeito de ser muito'so. e não fez caso da admoestarão da mãe; conti-

r.uou a bater no pobre balãozinho que a cada batidsllasubia, para de novo cahir.

Durante um instante .assim fez, até que dando uniapancada com mais vigor o balãozinho arrebentou, evapo-rando-sc assim o ar que o conseivava cheio e suspen-so... E auenas delle ficou uns pedacitos de borrachaque por ser muito fina, enroscou-se, e do lindo balãozi-nho nach restou.

Fazia pena, ver a carinha consternada de Carlinhosao ver, que de seu rico balãozinho nada restava!

Por ser teimoso bem depressa sem elle tinha ficado.Carlinhos pensou comsigo: Como fui um tolo cm nãoattender a mamãe c;uando ella me disse que o balãozinhoeni frágil! Que batendo-o assim com tanta força eltç re-bentaria! E fez o firme propósito de nunca mais teí-mar... ^-

Como o Carlinhos desta historiazinha muitas vezesas crianças são tambem teimosas, por isso Bònzo lhesaconselha que quando a mãezinha falar devem prestarattenção, e mesmo se Babá disser: menino não faça as-s:ni devem obedecer-lhe, pois é sempre para o bem dascrianças que os mais velhos lhes icprebcnde.ni. lhes dãoconselhos.

BEBÊ HISLOP.

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iao t-\N\_v* \ vmtxo \jv) x/r\\\j\}\Y^Y\\o — VJ } F\>í>V-> \ ~T.

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"*r Chiquinho, Jagunço e Benjamin{ estavam no campo, na casa de um

parente. Havia nas proximida-...;.o-'

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:— wyJTT ^. _ -\ -jLg| Cp l^aB£M@í!S5° /^ "'^AcvcmWÁZS^^'

.ir.des da chácaraum rio *> um ja-b o i y m u i i ogrande. 0 garoioirepou as costasdo bitho que ca*minhou como senada tivesse

yU^vAr-^T^fc»^ ~~ ^rfVffvy innrge

aav/Vü—fA^yWcftXvr- ,.„,..- .-ri^T^yVjL^oVvr lembra

¦ , i *—^

...sobre o casco. Feita a expe-riencia e conhecida a força do...

ED PA

]A!^W/.

^^^^^^W^^^MM^Êã^^^B'-

... animal, Chi-quinho atrellou-oa um desses car*ros toscos. 0 Ja-boty poz-se a an-dar e os meninosembarcaram. Obicbo encami*...

____^_—~-^_

Tyn"V'i*VTi"7Vi/v *m ?wAt»T'*^ffái^ritf^V'y ^

u-se para o rio arrastando o carro e nadou oara am opposla. Tudo ia muito bem se o Jaboty não sesse de dar um mergulho ao fundo do rio. No mergu-

lho o Jaboty arrastou o carro para o fundo e os garotosacharam corno tahoa de salvação uma arvore á margem do rio, onde se agar»raram com unhas e dentes. Desta vez a mamáe de nada soube, mas o susto foi

para elles o melhor castigo

¦