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Ahíso II RIO 1»I0 J ANKIKO,-QUARTA-FEIRA, »1 1>E OUÍ LliKO DIÍ 19O0 Num. 5»

BI^^.^ «JJUAÍtTAí. W

O TALENTO DO JUQUINHA.Ainda o professor. [Continuação]

1. .¦¦¦ -p

-*-? ymí ^rU^

Ti frní ¦;^ WJBfjt/í.

Poucos dias depois da aventura que relatamos no ultimo numero o dr. Rubicundo foi á casa do JuquinhaPara dar a aula do costume. Mas, nesse momento, todos, em vão, procuraram o Jaquinha pela casa toda. Não foiPossível encontral-o..Nada, que elle ainda estava escaldado da lição que tomara por causa da tinta.

RFDACrÃO É ABMNISTRACÃO. R1^» cio OixTridor, ÍQS-RIO D£ JANEIRO

IlcaoaodTiMALHO ULAt -¦ " '.¦.¦¦¦¦'/. 1 •,-*„s -,

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O NARIZ DO REI TATÃO/

IV CAPITULO

Ficando de novo sem nariz, porque aqueile ^_-Í)«'^!M^L^-^»^^^

^V ^^ «9eÍ3ôa idéia! exclamaram todos os fidalgos. Mas quando o medico puxando W/ir~~~1n\ IV W/ "^ÉT^C^te:

)& uma enorme faca perguntou quem estava disposto a sacrificar um pedaço do braço, V J/mw\\\ \\\ jÊ\~\ ~~~ \\

0 rei andou dois dias com o rosto amarrado ao braço do soldado, mas depois ficou com o nariz perfeito e poude muito sa-tisfeito ir passar revista ás tropas.

Mas ainda d'esta vez, teve novos desgostos, conforme havemos de ver no próximo numero. ('Continua)

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tip— jO Tico-TiICO

EXPEDIENTEToda a correspondência, podidos do assignatura, etc,

devem ser dirigidos ao escríptorio o redacçAo d'0 Malho,rua do Ouvidor n. 132, Bio de Janeiro.

A empreza d'0 Malho publicará todas as quartas-feiras O Tico-Tico, jornal illustrado para crianças, noqual collaboram escriptores e desenhistas do nomeada.

Condições da assignaturaIntkrior : 1 anno 11 $000, ü mezes G$')30.Exterior: 1 anno 20$000, (5 mezes 12$:)00.

Numero avulso 200 réis. Numero atrazado 509 réis.Tiragem : 27.000 exemplares.Não se acceitam assignaturas por menos de 6 mezes.As assignaturas começam em qualquer mez, termi-

nandd em junho ou dezembro de cacla anno.

AVISO AOS LEITORES

Fomos informados de que uma importantecasa da rua do Ouvidor resolveu dar a todas aspessoas que, desde j dia 2 de outubro até o dia24 de dezembro deste anno, comprarem, nos seusarmazéns, roupas ou objectos para meninos, dovalor de 20S900 para cima, um cartão numerado,dando direito a um brinquedo que será entreguena véspera do Natal. Todos os cartões tèm di-reito a brinquedos; portanto, não se descuidemcs nossos leitores. Também vão ser distribuídaslindíssimas collecções de cartões postaes.

A' ultima hora conseguimos saber que a casaem questão é a conhecida TORRE EIFFEL queassim festeja o aniversário da inauguração doseu esplendido palácio.

O TICO-TICOEm uma bella tarde do mez.de outubro, fui passear

no jiirdim publico, com diversas amigas.Sentámos num banco, junto ao chafariz e ahi admira-

vamos as lindas flores.O sol já se ia sumindo pouco a pouco; os passarinhos

pulavam de flor cm flor, mais adoante desmaiava umarosa, qual sensitiva que, apenas se toca,desmaia.

De repente, ouvimos um como ruflar de azas, e osgritos de muitas crianças, curiosas fomos ver o que era.

No chão, cm cima dc um tapete de.verduras, jaziaumpequeno passi.ro, que,voando de muito longe, cahira narelva extenuado.

Esse pássaro... era um mimoso lico-lico !Ao redor dclle, havia uma immensidade de outros pas-

sarinhos quo tentavam levantar a pobre ave.Afinal uni tico-tico mais velho trouxe um ramo e

iijudaúo por outros pássaros menores, conseguiram pol-onum ninho,pois era muito novo ainda.

Passado um anno depois do quo narrei, estava eu<o n as mesmasamigas nojardimquandovimosapparocei'o tico-tico, mas que diffcrcnça da primeira víz!

Vinha crescido o bonito, com umas lindas pennas cvoando de ramo em ramo, parecendo estar muito alegre.

Esse dia era o dia 11 do outubro : ora o dia em quefazia um anno quo. tinha apparecído O Tico-Tico !

tíabeis quem ura esse tico-tico pequenino, o lico-lico

outros pássaros que o ajudaram a le-mais velho e osvantar '.'

O tico-tico mais velho era O Malho, o pequenino erao jornal querido ! e os outros que vos amparavam éramosnós que vos acolhemos com um itnmenso júbilo !

Hurrab ! Hurrah ! pelo dia 11 de outubro e um vivôdao Malho!

Belém do Dcscalvado. Carmf.lina Bi-.vilacqu*(10 annos.)

LE1TORESIIMHOS DO «TICO-TICO»

E' muito serio o que aqui vamos dizer... Por favor,Um momento de attençao :

Vocês não imaginam o transtorno que é i a confusãoque faz no nosso serviço quando nos mandam mais deuma solução de concursos, num só pedaço dc papel! E'um horror ! O vosso amiguinho encarregado de apurar eseparar essas soluções fica mesmo com a cabeça a ardor.

Mas o peior não ó isso; o peior é que algumas vezesnão ha attençao que baste para evitar quo soja tomadaum i só solução, quando ha duas, três e até quatro! E quemé o prejudicado com isso?

Em primeiro logar somos nós, que, sem querer, dei-xamos de mencionar o nome de um menino ou menina,como victorioso em mais de um concurso. Em segundologar o prejudicado também é o solucionista, cujo nona opodo deixar do entrar em todos os sorteios dos concursose ficando assim privado de serdistinguido pela sorte.

Ora, para evitar.isso, o remédio é tão simples que, cs-tainos certos, todos os nossos leitores e leitoras não terão amenor duvida em applical-o:

Ahi vai, pois, a receita:Cada solução de concurso deve vir em um pedaço do

papel separado trazendo nome, idade e residência,.Ora, ahi está!Falta-nos apenas accresccntar islo :Das soluções que vierem juntas, no mesmo papel, só

será aproveitada uma...Outra cousa: Por que é quo os nossos queridos leitores

escrevem no enveloppe: redacção d'0 Malho, quando cs-crevem s»»bre cousas do Tico-Tico1!

Não façam isso: escrevam somente no enveloppe : —Redacção do Tico-Tico.

Eis ahi a conversa importante que precisávamos tercom os nossos leitoresinhos.

ATE' AS CRIANÇAS I

A 1 óoó : — Olha o Cnelaninho como eslá bonito, mon-lado no seu bui-rinho!!... Para onde vais tu, com tantapressa, meu grande general'.' Ah ! ahi ahi...O menino {muito serio)': — Nao caçoo, nao, Vovó! Euvou ver si pego o Irátante doGarletlol...

O vovô : — Ora, aqui está um Caetano neto, que sai aoCaetano Júnior !...

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O Tico-Tico

J\ arte de formar braseirosCousas quo proelsani sabor os meni-

nos quo so querem tornar homensfortos-Cousus úteis quo os pais do-vem ensinar aos lillios— O <iue omenino deve saber para mais tardevenoor as dlfliculdades da vida.

O ACASOConheci um menino intelligenle como poucos, mas

vadio como ninguém.Entretanto, esse menino, apezar de estudar muito pou-

co, quasi nada, fazia boa figura no collegio, tirava bonspontos em todas as sabbalinas...

Como? por que? por acaso.Tinli i sorte o vadio, liava-se na intelligeneiaquo pos-

suia, na sua facilidade dc coniprehender as cousas o oacaso ajudava-o. Quasi sempre se arranjava com os pro-fessores, respondia brilhantemente c passava por bom es-ludante.

Isto durou mais de um anno. Mas um bello dia, umprofessor mais escrupuloso do que os outros, tendo obser-vado quo esse menino estudava muito pouco, náo se con-lentou com três ou quatro respostas bonitas, que elle lhedeu; exigiu mais, fez-lhe outras perguntas... O acaso,que sempre protegia o menino foi-lhe fatal nessa ocea-

Um menino que tião observa as horas com attemão.chega tarde ao collegio e assim, além de desgostar o pro-

fessor, perde tempo atrazando os seus própriosestudos.

pião. Náo lhe deu azo para se salvar o ficou provado quo«lcnáo sabia cousa alguma, era apenas um estudantefeliz, que tinha sorte cm exames.

Os meus amiguinhos não devem imitai-esse menino,que eu conheci e que.arrastado pelos máos hábitos, nuncamais conseguiu acabar os estudos o vive hojo como cai-xen-o dc uma venda, trabalhando desde as 5 horas dama-nha ale as 11 da noite, para ganhar só trinta mil réis pormez.

Náo se liem nunca no acaso, que é traiçoeiro. Nos cs-ludos, no trabalho, em tudo de que possa depender o nossofuturo, tratem de vencer todas as dilliculdades e náo searrisquem a dar um passo sem ter cumprido rigorosa-mente todas as obrigações necessárias ao bom evito.

Para isso e indispensável muito trabalho, mas não sedevem assustar com essa circumstançia.

O trabalho torna-se fácil e menos pçsado quando agente o iaz com methodo e cuidado.

Um dos melhores meios de trabalhar bem c depressaé marcar as horas destinadas ao serviço.

(Juem trabalha sem hur.t marcada distrahe-so insen-

Uvi menino que se sugeita a ler horas determinadaspara o estudo, wio só aprende mais do que os

outros como ainda faz tudo mais facilmente, fiiando-lhemuito tempo para brincar.

sivclmonte e perde muilo tempo, ao passo que sabendoque dispõe dc uni certo nnmero de horas para fazer estoou aqtielle serviço, a gente regularisa o esforço, mantémo trabalho regular, faz tudo quanto quer c ainda lhe sobratempo para deseanear.

Tudo deve ser cuidadosamente calculado na vida paradar bom resultado.'O dia de estudo, os mezes e até os annos dc q-uo ummenino dispõe para estudar devem ser calculados eapro-veidos com zelo para que elle, chegando a uma certa idadeesteja em condições de ganhar a vida e ser um homemindependente, capaz de se sustentar sosinho.

Náo se liem no acaso, náo se liem na sorle. O acasoé traiçoeiro; a sorle só protege aquelles que trabalham ese esforçam.

Tio JosÉ.

O NOSSO ANNIVERSARIOContinuamos hoje a publicar os nomes dos gentis lei-

tores que nos distinguiram com saudações.por oceasião donosso primeiro anniversario:

Coin gentilissimas cartas:Custodio Lobo Braga, Alipio Gonçalves dos Santos,

Laura de Sá, Carmen de Rezende, Franca, S. Paulo:Maria Alves Corroa, Henrique C. Lima, Arlindo Corrêa,João Dias Carneiro, Joaquim Pereira de Castro, OctacilioDias «ionies, C. Hugo Leal Dias, Eustaquio Wandeiiov,( Mavo de Oliveira. Marina de Azevedo, S. Paulo; CelinaCosia.' Maria de Lourdes. Alziinira de Oliveira, AtinaDulce Teixeira de Moraes, Natal, Estado do Rio Grandedo Norte; Ruih Queiroz de Barros, Ophelia Montcbello,Paulo'Montebello, Carlos Montcbello, Justo Montcbello,T. Montcbello C Ismenia C. de Lima.

(.oin graciosos versos:Alfredo Alvim, Antônio Alvim, Ilha Grande; AI«

horto Corrêa de Azevedo. Maria Edith da Silva, MariaIsabel Dias Fernandes, Ouiteria Quartarono. Julia PennaLacourt. Icarahy; Castellar Rodrigues Dias, Zelia deFreitas Dias. Gustavo Rodrigues Dias, Bembem RodriguesDias, Lybia Monlenegro, Tinibaúba, Pernambuco; MariaGabriel Muccuichar,Irene Antonia Miranda, José < ?lymplo,Marcellino Teixeira de Abreu, Heloisa de Azevedo, S. Pau-Io; Manuel Mendes Franco c Carmelina Bevilacqua.

Com interessantes desenhos: ,Luiz G. Pinheiro, Américo da Silva Santos, A. Neiva,

Luiz Adolpho Moreira.Ainda hoje deixamos de publicar muitos nomes ; i

falta do espaço.

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rO Tico-Tico

Á. ILHA IDO THESOUROGrande romance cie ave

(Hcsumo da parle rio romance já publicada : No anno (Jc 1782 ura velho ma-.¦inlioTO desconhecido, a quem chamavam »Oapitfio», foi hospedar-se emum albergue de Ilrislol, ondo havia um menino chamado Jim. Esse Ca-pilão era procurado por um bando do piraUs (le que elle fizera parte.Os piratas querem arrancar do Capitão o Segrede de um thesouro escoa-dido. Quem conta a historia ó o menino Jim.)

CAPITULO IICão Nrxino appauece f. torna a desapparecer

[Continuação)—E's um menino precioso, proseguiu o doente... Si

és bom cavallciro, pega o cavallo do primeiro _ viajanteque iliégãrVi hospedaria, e á carreira, mais rapidamente(In quo o raio, vai a casado Dr. Livesey. Não te espantes.A esse bomem que me quer matar á sikle dirás que si qui-tt-r i render a quadrilha do velho Fiint, pouco 1 lie custará.

K o Capitão, baixando a voz, proseguiu, depois deolhar em torno, como se temesse ser surprelmdido :

Para conseguir isso, bastará enviar aqui a policia...Meu caro Jim, eu fui ajudante do velho Flint, e só eu sei«mie ó o esconderijo, pois que em Savannab, no seu leito<ic morte, Flint me confiou a grande segredo. Mas,peço te,Jim, não repitas uma só palavra do que r.cab¦_> de dizer; sófaças Ilida isso si elles enviarem a marca negra, ou si tuvires, nas proximidades desta casa, Cão-Negro ou o ma-rintioiro do perna de páo....—Capitão, indaguei cu, que significa essa marca negra.

li' uin signa 1 convencionado, menino, um signaller; ivel I... Si elles me mandarem a marco nejm cu topivvinirei... Mas tu, Jim, vigia bem a casa; eu aindabei do ter muito dinheiro c prometto quo hei de dividircoinlitro.

- Nüo l.a ahi uma pessoa do bom coracòo que se prosle aauxiliar um pobre ce^o .

Sua voz se tornava gradativamente mais fraca. Dei-lho«ma porção calmante. ,

— Estou muito doente, murmurou elle.

Passadoíaiguns momentos, notei que o nosso hospe-de dormia. Decidi-me, então, a descer.

iat.Tj.ras (Para crianças }Ignoro qual teria sido o meu procedimento, si os

factos se tivessem suecedido naturalmente. Provável-mente teria contado tudo ao Dr. Livesey, pois todasaquellas historias mysteriosos me faziam muito medo.

Mas meu pai veiu a fallecer naquella mesma noile,de um modo súbito, c essa desgraça fez-nos evidente-mente esquecer o resto.

A' amargura que nos enchia a alma, as visitas dosvisinhos, os preparativos exigidos pelos funeraes, todasas circumstancios inherentes á nossa dolorosa situaçãonáo me permittiam pensar no marinheiro enfermo.

Mas, no dia do enterro, o capitão desceu, pela manhã,á sala de jantar, onde comeu pouco, mas onde bebeu,em compensação, de modo immodcrado, porquanto a gar-rafa de rhum se achava ao alcance de sua mão o ninguémo impedia de se servir abundantemente.

Assim, á tarde, antes do enterro, o mysterioso perso-nagem estava completamente rmbrigado.

Cantou, vociferou, como do costume, sem que nin-gueni ousasse impor-llic silencio, porquant > o Dr. Livesey,o único a quem o Capilão poderia obedecer, altendiaáqueüa hora a um doente grave.

O Capitão,no cmtanto, visivelmente enfraquecido pelaperda de sangue, arrastava-se diflieiImente, c a suarespi-ração offegantc denunciava a sua debilidade.

Pela maneira por que mo dirigia a palavra, supguzque oi 1 o já se linha esquecido da confidencia que mefizera a propósito da marca negra.

Mas o incommodo hospede se mostrava, mais do quenunca, violento. Tendo a seu lado, sobre a mesa, uma facaenorme, fixava os viajantes, ouse absorvi i cm meditações.

No dia seguinte é que se deu um farto terrivel:Eram Ires horas da tarde e um nevoeiro cspcssi oc-

cullava-nos o mar; triste, cu rçflcclia sobre o golpe cruelque mc dilacerava o coração, quaiida observei que umhomem, caminhando lentamente, vinha em direeção ánossa casa.

Era, apparenlemente, um cego, pois que a cada passoexplorava a eslrada com um páo ; por sobre os olhos urnagrande viseira verde revelava a sua lamentável enfenni-dado.

Curvado pela idade c pelas vicissitudes da existência,tendo aos hombros um grande manto despedaçado o semcor definida, o mendigo parecia disforme. Jamais vi umaphysionomia que tão."profundamente me impressionasse.Parando quasi cm frente á hospedaria, ergueu a voz la-muriosa e perguntou :

—Nào ha ahi unia pessoa de bom coração que se pies-te a auxiliar um pobre cego?

Minha mãi que nesse momento apparecia á janella,grit ai lá de cima.

—Jim ! Altendc esse pobre homem.O cego quo continuava o meio da eslrada, batendo

com o páò no chão, perguntou :—Onde estou eu?—Deante, do albergue do "Almirante Benbon», na

bab;a de Black Hill, d ssc eu, no me uno instante.li' um menino qu . me está falando—continuou elle.

—Quer sir bastante caridoso para me dar a mão e fazer-mc entrar na hospe laria ?

Innoccnti-inc no estendi-lhe a mão ; mns.iogo que ocego me sentiu muito perto delle, agarrou-me, por umbraço brutalmente.

Surprehendido o assustado, tentei livrar-mo delle,maso velho era furte, segurou-me com violência, dizendo emvoz baixa:

—Vais conduzir-me até junto d > Capitão !—Eu... náo posso... balbucei.Não me resista... Seria inútil. Si não me gniares, ou

lò quebrarei o braço.Soltei um grito, tão dolorosa era a pressão quo os

seus dedos me imprimiam.—Largue-me—disse cu—nào posso fazer o gue pede

porque isso seria perigoso. O Capitão anda furioso, estácom uma grande faca...

Olhe que já veiu aqui outro homem e...Basta, basta. Vamos...

Jamais a meus ouvidos soaram palavras tão império-sas, proferidas de maneira tão áspera.

Senli-me dominado por aquella voz.Vamos, ordenou o Cego.

Sem mais resistir, tomei a direeção da sala, onde ovelho pirata se achava sentado, junto ao fogo.

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IO Tico-Tico

— Logo que oCapitão me possalêr, disse-me, tugritarás : «Bill,3is aqui um dosteus amigos!» Ese assim não fize-res, tu te arre-penderás.

E continuava aapertar-me obraço. As dorese o terror força-itim-mc a obedc-cer.

Abri brusca-mente a porta dasala, repeti aspalavras ditadaspelo cego.

O Capitão es-tremcceu; e.len- /"""v^lando inutilnien- .^ à.te levantar-se, v ^muito pallido, li-xou o amigo, queeu, ateinorisado,lhe apresentava.

Bill, não te movas—disse o mendigo—Si mevista, tenho, em compensação, o ouvido apurado. Menino,pega na mão esquerda de Bill c approxima-a de minhamão direita.

Obedeci passivamente. Vi, então, que o cego passavaao Capitão qualquer cousa, que este oceultou.

Eslà feita a incumbência,—murmurou o mendi-

E, deixando-me rapidamente, com admirável agilida-' de, desappareceu.

O Capitão parecia tão estupefacto quanto eu.Observou a palma da mão altentamente e murmurou :

E' para as dez horas. Tenho ainda seis horas. E' obastante.

Ergueu-se.Mas, no mesmo momento, levou a mão á garganta, e

cahiu no chão inerte,"com um ruido surdo.Corri para elle, gritando por minha mãi; mas quandochegou já nada havia a fazer. O Capitão estava morto;

t

falta a

ella _-fora fulminado por urna apoplexia.

(Continua.)

FELICITAÇÃO—Completou mais um anno de feliz e risonha exis-

tencia, quinta-feira, 25 do outubro, a nossa gentil leitorasenhorita Jandyra Leite César, residente cm Taubaté (S.Paulo).

sVocês nào levam a mal que eu lhes diga alguma

cousa ainda sobre o crime da rua da Carioca. Esse casoicrrivel ainda é também o assumpto do dia para vocês.

O desapparecimento, pela fuga, de umdos assassinos, o tal Carletto, veio dar a essatragédia um interesse extraordinário, pelasperipécias que se estão desenrolando.

A policia tem tido no mesmo dia Iresc mais denuncias, vindas de diversas partes,da presença ou da passagem do ladrão poresses logares, como si esse patife pudesseestar tio mesmo tempo em toda a parte.Mas isso prova, meninos, o interesse queha cm pegar-se o terrível criminoso e o en-tregar á justiça. Sente-se um grande pesa-dello emquanto esse homem-féra anda emliberdade ! Quando elle for preso, aqui ouali, vocês hão de ver': será um contenta-monto geral, um allivio, unia cousa comoquando tiram de sobre nós um peso quenos parece esmagar !

E os filhinhos do bandido Rocca ! Vejamvocês que desgraça ! Essas criancinhas in-nocentes, que nada têm com a horrível

do pai, estão condeninadas a uma

se que sobre a cabeça dessas crianças de hoje andarásempre uma espécie de maldição !

E tudo isso por que ? Pela feia, pela nojenta ambiçãode se querer ser rico á força, não pelo caminho limpo edireito do trabalho e da honestidade, porque isso até seriamotivo de louvor, mas pelo caminho torto e sujo da des-honestidade—que digo eu ? — pelo horror e pela traiçãodo crime !

Meninos, preciso dizer-vos o seguinte : cuidar-se nosmeios de garantir o bem estar e a independência da nossavelhice e da dos nossos filhos, é uma cousa honrosa; masamontoar dinheiro só pelo prazer de ser rico, é sigrtal douma intelligencia acanhada e de uma alma vil! E' precisoevitar, é preciso repellir este habito fatal. .4 origem domal nào está no dinheiro, está no excessivo amor que selhe tem. .

E' este excessivo amor que achata a alma do indivíduoaté a tornar incapaz de qualquer aspiração ou acçào ge-nerosa. Quando vocês crescerem hão de ler muitoslivros mostrando estas verdades que lhes estou dizendo.Hão de ver que Walter Scott diz pela bocea de um deseus heroes, que «o numero de almas mortas pelo dinhei-ro é maior do que o dos corpos mortos pelo ferro».

O indivíduo que se entrega á paixão de só amontoardinheiro e mais dinheiro, fica sem habilitações para tudomais, e, para alimentar o seu egoísmo, só cuida dos seussemelhantes emquanto elles lhe podem ser de algumpresumo para conseguir o seu fim. Aquelle que só admit-te a lógica do dinheiro pode vir a ser riquíssimo, masnunca passará de um miserável, porque riquezas nialeriaesnão são prova de grandeza moral, e nào a possue o quepassou a vida somente aaferrolhar dinheiro.

E que pensam vocês?!... Esse vicio ambicioso de tersomente dinheiro é quo ana4a muitos homens á praticade mãos actos... Quando não é propriamente o crime dematar para roubar que elles praticam, são outros crimesmais brandos, a que elles não podem resistir, como nàoresiste o macaco quando dentro de uma cabaça se botaum punhado de arroz, como fazem os indígenas de Ar-gelia. O macaco mettea mão agarra o arroz e quer retira -se; mas, a mào fechada já não pode sahir pela abertura oo macaco ambicioso é incapaz de comprehender a ne-cessidade de abril-a; fica, pois, ali até ao romper do dia oé então apanhado, fazendo a mais ridícula figura : conser-vando teimosamente na mào o arroz que cobiçava !...

Pois, meninos, apezar de se dizer que—Macaco velhonão mellc a mão em combuca—o que é facto é que muitosindivíduos sào apanhados com a bocea na botija. •

E esses dous malvados, Rocca e Carletto, apezar dovelhos no crime, sào uma prova disso.

Vovô

«O TICO-TICO»

Fica para o próximo numero o supplemento que pro-mettemos para este — e que deixa de sahir por molivo deforça maior.

Nelle é que eslá a relação completa dos solucionislasdos últimos concursos de prazo vencido.

CHIQUINHO ARTEIRO E E JAGUNÇO RATEIRO

culpa«¦r.utdo vergonha por toda a vida

Quem são aquelles ?— per>São os filhos do assassin

fulano !... .Que horror, meninos, que horror pensar-

tintarão,assassino c ladrão,

^*«^

(Desenho enviado pelo nosso leitorlei o, residente era Santos, 12 annos.)

João Adelino de Moura Ili-

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_á_:_3C____ IDE UCÉHistoria em vários capltulos,relatando episódios interessantes passados antes, durante e depois do Dilúvio.—XVII

Não ha nada a que a gentenão se acostume. O habito faz

com que um organismo deixe de

soffrer com circumstancias quea principio causam torturas hor-

riveis.Todos nós quando embar-

camos pela primeira vez senti-mos uma afilicçào ímmensa por-que estamos acostumado a viversobre um terreno firme e extra-nhamos o movimento incessantedo navio. A oscillacâo constantecausada pela água perturba asfuncções do estômago e como oestômago tem grande importan-cia-no corpo, essa perturbaçãocausa-nos tonturas, dor de ca-beca, suores frios, uma agoniaimmensa.

Mas depois a gente se acos-tuma e passa perfeitamente por-que o habito tudo consegue.

O mesmo acontece com todosos animaes e com todos os orga-nismos vivos.

Assim, poucos dias depois, con-tinuando a arca a boiar, todosos que a habitavam foram-seacostumando aquella vida e come-çaram a passar calmamente osdias.

Todos os animaes alli presosandavam em perfeita harmonia e cada qual procurava se distrahir podia como para passar o tempo.

Só Noé persistia nas suas preoccupações e nos seus cálculos scientificos, cheio de saudade pelos demais habitantes da terra que por estupidez não tinham tomado

providencias para escapar ao dilúvio.

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OS PROGRESSOS DA GIRAFA

i Um inglez excêntrico foi viajar na Afric?.,com duas girafas, que aproveitou habilmentepara todos os serviços. Serviu-se d'ellas como

postes telegraphicos,guindastes para tirar águade poçc...

2 Quando queria viajar depressa, montava era umagirafa, punha-lhe uma vela no pescoço e coma tantocomo o vento.

3 Depois instaliou uma es-trada de ferro, e aproveitouas girafas como postes de si-gnaes.

c Quando queria divertir os pretinhos lá daAtrica armava jm mastro de sortes no pescoçoda girafa.

6 R qur.ndo queria escolher os fruetos de algum coqueiro montava na cabeça deuma girafa e, prompío... nada mais fácil.

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PHOTOCRAPHIA DE ESGUICHOSCENA DE CIRCO— -

i O Tony tinha feito ema porção 2 O Palhaço recebeu-o muito bem, mas resolveuilcode maldades com o Palhaço, mas se vingar. Em todo o caso, para melhor enganar o Tony,pensando que este se esquecia de fingiu-se muito amável,tudo, foi-lhe pedir para tirar o seuretrato.

3 O Tony, sem de nada des-confiar, tomou uma posição im-ponente para melhor ser retra-tado.

4 O Palhaço amolou-o bastante, fa-zendo-o esperar muito tempo, depoisquando o Tony se queixou de que jáestava cançado...

$5 O Palhaço mandou-o sentar-se em uma cadeira e pediu-lhe que esperarasse

mais um pouco, dizendo que ia buscar, uma chapa de photographia

6 Mas, em vez d'isso, foi buscar umagarrafa de siphon e escondeu-a dentroda machina photographi :a-

7 E quando o Tony estava olhando muito sério para a machina, afim de sahir bembonito no retrato, levou tão formidável esguicho, que cahiude pernas para o ar.

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RMSTOMiMA RO RRASII EM EIGWJRASÁ abdicação de I>. Pedro 1-7 de abril de 18S1

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D No auee Ha apuração da nossa nacionalidade, D. Pedro I, como portuguez, sentia-se profundamente odiado pelopovo e por isso sahia elle próprio disfarçado pelas ruas, onde com o coração amargurado via seus patrícios mortos e feridosem incessantes conflictos, conduzidos para os cemitérios e hospitaes.

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„ Nessas £-^«

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nas ruas, a multidão^foi augmentando e gritos de gueira echôaram por toda a cidadef//ini ii ii iin,\Vft—„ o !—_^r ^miiiiiiutua—.. ;i li . I i ,—;—*—f\'\\

q) O povo exigiu somente a dissolução doministério que lhe era suspeito,mas D. Pedro I,sempre irônico, sahiu-se com estas notáveis pala-vras diante de uma commissão dos amotinados:Tudo farei para o povo, mas nada pelo povo.

Mas o movimento revolucionário foicrescendo e D. Pedro 1, quando á meia noitedo dia 7 de abril soube que as suas tropaslhe eram infiéis, pegou em uma penna e cal-mamente escreveu : - Uzando do direito quea Constituição me confere declaro que heimuito voluntariamente abdicado na pestoa domeu muito amado e prezado filho, o sr. D.Pirtm rir Alcântara.

5> A 7 de abril de 1831, antes deromper a aurora D. Pedro II, com 6annos de idade já era imperador doBrasil, sob a tutoria de José Bomfa-cio. D. Pedro II logo depois dMssoper-guntava pelo seu papá ao que a con-dessa do Rio Secco respondia: - Vossopapá embarcou ha pouco para a Eu-ropa.

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O Tico-TiICO

Gaiola d'0 TICO-TICOJayme P. S., Roberto S. Porto, Gildadina de Abreu

Pires, Maria Pimentel, Ricardo Guimarães Sobrinho, Fer-liando Pontos, Lulusinho, Januário Ferriol, Virginio Munizde Lara Junior, Ida Cropalato, Antônio Ribeiro, AliatorMarlins, Waldemar Venancio Marques, Mario Leonor A.da Cunha, Pedro Zamith, Lourival Costa, Oito Jucá Reis,Felippe Viviani, Helvécio Bastos, Paulo Andrade,Jacy B.,Luzia Brederodes dos Reis Lisboa, Hymcrio MoacyrBaptista, Manuel Araújo, Anatilde Junqueira da Luz, Gui-lherme Lipsda Cruz, Maria Costa,Mercedes Marcondes daLuz, Aurélio Quintaes, Mario Jacy de Carvalho, Hilda C,Elodie Jaymot, Judith Salgado, Romeu Mendes Ribeiro,Euclides Pinheiro da Costa, Augusto do Campos Junior,Mario Pinheiro da Costa. José de Caslro F., Maria CelesteLobato, Odette de Rezende Levy, Joaquim I). R. Luz, Vir-pinia Nunes Sampaio, João Baptista Santiago, Lippmanndulivér, Daeio Rudge, Josó Paulo T. Cabrita, AnnibalThompson Viegas, Isabel Jaymot, Laura Barauna, SarahG. Vasques, Stella, Antonietta Fontes, Didace Marcondes,Maria Rosa dos Reis Lisboa, Plinio SanfAnna Junior eWaldemar Venancio Marques, Homem d'01iveira, Irenede Amaral Villela Picoulal Guimarães, Rollinha de An-drade, Diva de Andrade, Candinha Pinto, Maria da Glo-ria Freire de Mesquita, Floriano Ramalho, Dalila A.(.unha, Antônio da Silveira Caldeira, Waldemar Venancio•Marques, Waldemar Guimarães,Felippe Herminio, Scrto-rio Moreno, Benibem R. Dias, Carlos Pereira de Andrade,Edison Pio Dias, Heitor A. Lopes, Leonr M. da Conceição,Waldemar M.da Conceição, Fidelis Celano, Gehrilda, An-drade, Kuroki, Jayme P. Silva, Afrodisio Reboliças J.Corrêa, Carlos¦ Travassos Mòntebçllo, Jayme do Nasci-mento de Lima, Waldemar Venancio Marques, PeriandroBazileu de Souza Campos, Florinda Rocha. CandinhaPinto, Antônio S., Paulo da Costa, Jayme MontenegroDias, Virgílio Muniz de Souza Junior, Maria de LourdesSantos, Manuel de Araújo Góes, Carlos Junior, Djanira daCosta e Silva. Maria de Tal, Jayme Montenegro Silva,Joaquim Pereira de Castro, Primavera, Mafalda Caldeirade Alvarenga, Waldemar Venancio Marques, Seu Bé,H «/AngelinaSoares, Reginaldo Daltry, Lulusita de Sá,Mamedes Gouvêa, Augusto de Campos Junior, Christo-philo dos Santos, Ruascar Nopomuceno, João de AraujoL., Cândida Martins Neiva, João de Castro, Edith Morris-sy, Nestor de Souza Rodrigues, Josó Malafaia Junior,Álvaro Fayão dos Santos, Eloiza Ferreira, ChiquinhoSant:Anna, Guilherme Estellita Cavalcanti, Antônio Va-lenlim Leite, Arsenio de C. Guidão, Olga Araujo, ManuelPedro de Alcântara Azevedo, D. Marmanno, Sylvia Ver-gueiró, Manuel Gomes do Andrade, Clotilde Lopes MendesGastão Vieira Marques, Julieta Malagutti, Heloísa S. de< >liveira,Miguel Cahnon,EucIydes Apollinario d'Azevedo,Oscar de Souza, Lalinha da Costa Silveira, Silvia Ver-atieiro, Fanny Mandelbrann, Evcraldo Cavalcanli Fair-banks, Antônio J. Fernandes Ospinaçaral;, Hercules, Ju-rundyr Paes Leme. —Recebemos os seus problemas.Depois de lidos serão publicados aquelles que estiveremem condições.

Um leitor barbado—Muito agradecidos pelo seu gentilJuizo. Já temos recebido vários pedidos para a publica-'«¦à

> da Jiistoria do Brazil em volume especial. E' bem pos-sivel que após a confecção do« Almanachs ponhamos empratica essa.idóa.

Miguel Cornicolli («.Paulo—A pagina de armar quenos enviou está muito bonita mas e muito grande. Nãonos convém oecupar muitas paginas com uma construcçao.

Hormindo Quadros—Não publicamos historias copi-adas.

Maria Vilella (Pctropolis;—Não calcula o prazer quenoa deu tão bella noticia. Então alcançou ò grande pre-mio d'houneur, nos seus exames'.' Acceitcos nossos smce-i'os parabéns. Acollaboração para o nosso Almanach devevir até 15 de novembro.

Já nos mandou o seu retrato?Guilherme Alves Coelho da Silva.—Está inlcressanlls-

sima a sua construcçao, mas devemos avi.-ar quo outroctillnborador jã nos enviou nina toileUe para o Chiquinho.

Anna Fernandes de Castro—Pcdo mandar buscar«' .nulo quizer. .

Muia César Carmo e Mattos Recebemos o vale parai: casa de brinquedos. Aguardamos n problema.

Carmelina Bcvilacqua~Nao sahiu no numero aoannivcrsario por que uUo havia mais tempo. Chegou

eoro borac:ca — cura eczcnias.

BOA PILHÉRIA!(MONÓLOGO PARA MENINO)

Da escola o bando collegial sahira,Mal disfarçando um grande dissabor,

Náquelle triste dia,Porque—presa de forte nevralgia,Acamara a mulher do professor...

Pobre Dona Zulmira!O velho mestre escola,

Com o facto estava contrariado, inquieto,Nervoso, aborrecido.

—«Té manhâ.professorí»—Eum—«hâo amolla !»Ein resposla.reboava pelo tecto,Indo ferir da meninada o ouvido...

Coitado! era marido .O senhor Ubaidino, e amava a esposa !

Junto ao collegio havia,Por descuido, de certo, da intendencia,O botequim de uni tal José de Souza,Em cuja porta, ao sol, permanecia

Uma pipa vasia,Como si aquiilo fosse grande cousa;

E era unia penitenciaDa alegre pequenada,

Para irritar o homem do botequim,Passar o dar na pipa uma pancada,Tal barulho fazendo, que, por fim,Sobre o rotulo azul de Paraty,Lhe-pregou Zó de Souza este lettreiroEm typo gordo e portuguez cangueiro :'— £" prohibido se bater aquil

Naquellc dia, emtanto,Os petizes passaram calmamente,

Cousa que ao Zé de Souza encheu de espantoMas a Dona Zulmira. estava doenteE um barulhinho a encoinmodava tanto,Que, qual delles, emfim, mais complacente,Não queria augmentar-lhe a dor de dente.Na seguinte manhã, porém, mal vinha

Chegando á escola o Jucá,— Um doido, um ventoinha,Um cabeça maluca,

Viu á janclla a Dona Zulmirinha,Que, sã, de todo já, lhe pareceu:«Bravos! a professora está curada!»E isto dizendo, ao botequim correu

O endiabrado menino,Que. cm regosijo. á cara enfarruscada

Do próprio Zé de Souza,Se pôz na pipa repicando sino

Com uma ardosia quebrada,Como si, acaso, aquiilo fosse a cousa

Mais natural da vida...i Aliás, por facto idêntico, um meninoTinha levado, ha dias, uma sova

Do senhor Ubaidino,Que é malvado e severo a toda á prova.)Ao professor, que estava atrás da esposa,

Do Jucá essa partidaNão passara também despercebida.

O Jucá era levado !E viu que o mestre o tinha alli bispado...Chamou-o a contas, pois, mestre Ubaidino,

Mal, elle entrou a escola:—«Escuta, rnaiereado!O' cynico mariola,Mão, perverso, atrevido!

Pois não viste um cartaz alli pregado,Dizendo que é prohibido.Baternaquella pipa?Não ? ! Vais ser castigado !>¦E o Juquinha, coitado !

Já piesentindo a dor de uma chulipa,De olhos muito vermelhos,Sc desfez em soluços...

E o mestre, a geito, o collocou, de bruços,Jungindo-o, sobre os joelhos...Mas, ao lhe erguer o poletot velhinho,

Viu no assento das calças do gury,O lettreiro da pipa do visinho;—A" prohibido se bater aqui \

I.ivio Peràí-W

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O Tico-Tico

YKRSOSRECEBIDO POROCCASIÃO DO NOSSO ANNIVERSARIO

SALVE!

Como c bella, meu Deus, esta aurora,Ennastrada de flores gentis !Como vibra, festiva e canóra,A canção d'avesinhas gazis I

Hoje tudo respira harmonia,Hoje tudo perfumes traduz !Áurea data festeja a PoesiaCom sorrisos e flores e lu. 1

Tudo fala de amor _ cari. hos,Num concerto de paz e bonanças ;E as canções dos joviaes passarinhosSão eguaes. ás canções das crianças.

Pelos prados, ligeira, desusaA ribeira, mais bella c argentina !E o perfume, nas azas da briza,Nossas almas penetra o fascina !

— Concha azul, marchetada d'eslrella&Este céo que tão lindo se arqueia.Vem Irazer-nos as pompas mais bellas.Festejando a victoria da Idéia.

Salve I estreita de tantos querida,Que has de sempre no céo rcfiilgir !Tu no nos guias na estrada da vidaAo caminho d'um santo porvir I

Salvo ! herdes ! que arrastando os perisos,E quebrando, invencíveis, as lanças,Conquistastcs milhares de amigosEm milhares dc lindas crianças !

Nossa pátria vos deve um tributoDe sagrada e leal gratidão !E da infância no grêmio impollutoVossos nomes eternos serão

RioJu_.ii-.ta Moraes.

* *Desejo que o Tico-TicoConserve somente as pennasQue a natureza lhe deuE sempre que abrir o bico,Espalhe notas serenasPela Tcrraem que nasceu.

Plínio de Oliveira Adams (S. Paulo)

Neste dia venturosoEu também quero brindarO 'lico-Tico mimosoQue me vem sempre alegrar.

Maria Eugenia Landim (Campos^

Envio ao illuslrado Tico-TicoMeus parabéns sinceros neste diaDo seu anniversarió. Só queriaPossuir um talento forte e rico

P'ra poder nas columnas do famosoTico-Tico escrever com mui cadênciaE decantar seus feitos—na evidencia—Gloriosos, sifn ó mérito poderoso !

Porem não posso. As vespas muito maisBorboletas parecen desgostosasPor não poderem ser bem venturosas,Do 2!tco Tico nem se quer rivaes.

Que por certo te querem muito bem—Não espero teu prêmio destinadoAo concurso custoso ; mas de gradoBom ficarei—si houver ahi alguém

Que dê fé a intenção dum innocente.Termino desejando prosperidadeAo Tico-Tico bello, na verdade.E acceite meu adeus todo fervente.

Joaquim Fernandes dos Santos (S. Paulo}

Ao Tico-Tico, que nestaTerra de dcsillusõcsMuitas viclorias atlcsla,—Minhas felicitações.

E pVo Chiquinho valenteE o Juquinha, uns versos mando,Que compuz expressamente,Sua amizade esperando...

Luiz G. de Freitas. (10 annos)

E' hoje um dia solcmneP'ra petizada luzida,Pois brinca, saltando, infrene,Engalanada c garrida !

O pai-familia é que treme,Da matinada eslolida,Por ser só elle quem geme,No sello c perde a partida !...

Porém é justo, senhores,Que nós, saudares e floresLevemos, alto, em tom rubro !

E aqui, sinceros, bradamos..»—O Tico-Tico faz annosNo dia 11 de outubro !

(Bello Horizonte) IIant R. Du-RTE

Neste dia tão bello c fulguranteAo Tico-Tico venho aqui saudar,Jornal ditoso, c a quem ou constanteNáo deixarei um dia de o amar.

Bisonho seja sempre o seu porvir,De glorias e de muitos esplendoresFazendo a petizada sempre rir,Ganhando dia a dia, mil louvores.

Aos Bcdaclores pois do Tico-TicoEnvio os parabéns alegrementeHoje que é para mim um dia rico.

Estudo ainda, é pouco o meu saberMais tarde posso ser muito eloqüenteE então farei discursos a valer.

Mauia de Gouveia

'OTVSoourRecebemos os seguintes para fazermos entrega ás

diversas casas de caridade desta capital, dos petizes :Cláudio Vasconcellos. 175; Helena de Sá, 820; Maria da

Piedade Lourenço, 500, o Manuel Pedro de Alcântara Azc-vedo, 1.941.

Mais, fortificai os vossos filhos com o óleo de fígadode bacalháo, em homoeopathiá, sem gosto esem cheiro.deJ. Coelho Barbosa & C, ruas dos Ourives n. 80 e Quitandan. 74 F.

A BRAVURA DO CHIQUINHO

Um dos meninos (que estão brincando com um pássaro):— Então? Prendemos ou não prendemos o tal tico-tico?

O outro menino :—E' para já !O Chiquinho (indignado):—Estes garotos não se en-

xergani! Pensam que O Tico-Tico se deixa prender. PoisBiml Para defendcl-o cá estamos nós, eu e o Jagunço.

(Desenho e legenda enviados pelo menino RaymundoNeiva, 11 annos.)

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O Tico-Tico

OS NOSSOS CONCURSOSRESULTADO DO CONCURSO N. 80

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SOLUÇÃO EXACTA :

Qual! quem ó caipora, é caipora mesmo!assim, feito cm pedaços, este camarada ponde escaargúcia da nossa meninada.

Agarraram-no, puzeram-no de pé c zás, ! eil-o aiponto em branco, engravaladinho, tal qual como nósliamos. Um prodígio ! Uni verdadeiro assombro

Decidamente, a rapaziada d'0 Tico-Tico ê invciícVejamos agora os nomes dos dous vencedores

no sorteio, alcançaram a ponta. Foram :A menina

IRENE GOMES PEREIRA<lc 10 annos de idade, residente á rua dos Ourives n. 104-quo podo vir ao nosso escriptorio receber o 1° premio, que é de 15$, c o menino

TOTY DE MESQUITA SAMPAIOde 9 annos de idade, morador á rua da Liberdade n. I0.'5,S. Paulo, que pode mandar receber por pessoa automadao segundo prêmio, que é também de 15JJÒ0O.

ENVIARAM-NOS SOLUÇÕES CERTAS PARA E8TE CONCURSOOS 8EGUINTES PETIZES :

Maria da Piedade Lourenço, Carmelita Rozemberg,Leonor Soares, Gil Rodrigues Júnior, Theophanes deCarvalho, Eivara Vaheri, Pompeu de Carvalho, ClovisCosta, Altair Villaboim, Estella Briguet, Oddame Cario-¦Uagno, Garcia Corroa Sampaio. Jayme Salso Júnior,Mario Rocha, Maurício Durão, Dolores Machado, EduardoAlves Moreira, Ruth Coutinho de Oliveira. Oswaldo G.sHnt'Anna, Ayrton Lemos, Irene Gomes Pereira, LaurianoPenha, Luiz de Oliveira Lobo. Lulusita de Sá, Manuel deFreitas Calazans, Chiquinho de SanCAnna, Berenice deSouza Campos, Plinio de Oliveira Adams, Euclydes AlvesMoreira,Oswaldo Lessa,René Sarmento, Aracy Fróes.Odi-'"u Calmou Costa, Idalina Pires, Floriãno Chaves de AI-meida e Fioriano Ramalho.

ENVIARAM-NOS SOLUÇÕES QUASI CERTAS

Henrique Merialdo, Guanahyra Silva, Florinda Ro-cha, Fioriano Peixoto Xavier de Brito, Luiza Soares, Jo-sé Cardoso Sobrinho, Juquinha Xavier d'Aguiar, AracyNobrcga, Nair Falque, Hylamario Madureira BarbosaZmla Mattos, Ignez Noronha, Antônio de Moraes, IracemaCopacabanense Alves Moreira, Oswaldo Pimentel, JoséVicio, Elias da Cruz Ribeiro Filho, Maria SyMa da Boa-Viagem, Eugênio da Boa-Viagem, Herminio Xavier,Edilberto Trigueiros, Cecy Cunha, Hilário Cintra, OdetteEspinca, Chineiro V. de Oliveira, Maria de Oliveira,Esther Antunes Baptista, Jayminho Pinto, Ruth ArcoVerde Ribeiro Pessoa, José Néder, Maria das Dores daSilva, Antônio da Costa Guimarães, Othan de Sylos Cas-tro, José Sebastião Camargo, Armando Diniz, Jacyra daRocha Azevedo, Elza Lemos, Martha Leuzinger, Antorode Campos, Aracy Delphino Coelho, Maria da Gloria,Zulmira Fausto do Souza, Nair da Apparecida Junqueira,Custodio Lobo Braga, Hilda Cunha, Andcmaro da SilvaMagalhães, Alba Lima, Jubü do Carvalho, Ruy PiresFerreira, Herminio de Brito Ferraz da Luz, Antônio Luizda Silveira Barbosa, Nestor de Souza Rodrigues e LauraBracet.

RESULTADO DO CONCURSO N. 85RESPOSTAS CERTAS:

1*—Sombra.2a—Sol..Ia- -Pó, Pá.4a— ThuribulA.5a—Conselhos.6»—A letlra 31.Um dos nossos concursos de suecesso ! A petizadaseguindo sempre na sua marcha triumphal, resolveu

todos os nossos problemas num abrir c fechar d'olhos !...Mais uma estrondosa victoria !

Feito o sorteio dentre os decifradores exactos, a sortepronunciou-se favorável aos dous seguintes petizes :

HERMINIA DE BRITTO FERRAZ DA LUZ

de 11 annos de idade, moradora a rua do Barro Vermelhon. 12, que pode vir ao nosso escriptorio receber o prêmio,que é de 10$, e

HENRIQUE DRUMMOND POSTES

de 10 annos de idade,residente em Cataguazes, Estado deMinas Geraes, que pôde mandar buscar, por pessoa abo-nada, o segundo prêmio, que é também de lügOOO.

MANDARAM-NOS RESPOSTAS CERTAS PARA AS SEIS PER-OUNTAS OS MENINOS :

Carmen Soares, José Maria Goulart, Leopoldina Bar-reto, Savio Ramos de Azevedo, Herminia de Brito Ferrazda Luz, Ondina dos Santos, Flavio P. Soares de Moura,Guiomar Corrêa, Aluizio Masson, Ernani D. Palhares,Heraclito Deòclccio Palhares, Nelson Guimarães, Henri-que Drummond Portes, Vicente de Paula Pedroso, PlinioSanfAnna Júnior, Waldemar Guimarães, Edith MelloPillar, Oscar Przewodowski, Zaira Barbosa de Araújo.

MANDARAM-NOS RESPOSTAS PARA MENOS DF. SEIS PERGUNTAS:

Lafayctte Meirelles, Mario Teixeira, Atlila Branco,Milton Menezes, Doralice Couti de Castro, Jorge LohmannFrança, Li ura Rimes, Gracieta Ludovina Vieira, Luiz Es-pinheira, Hercilia Castro, Bruno Baltellí, João BaptistaPinto Júnior. Ascendino Ferreira Nascimento Filho,Américo Silveira, Francisco Pereira, Maria José BentoDurão, Guiomar de Almeida, Maria Cândida Fay, AryMonteiro da Silveira, Everaldo Cavalcanti Fairb.mks,Estella Maria Briguet, Paulo Malheiros, Zelinda Leite',Zélia de Freitas Dias, Alice de Freitas Reis, Judith Salga-do, Edith Morrissy, Marietta Quintanilha, Ruth Moura,Florinda Rocha, Roné Sarmento, Eugenia Câmara Silvei-ra, Rachel de Mattos Costa, Rafael de Mattos Costa, Arlin-do Pimentel Pereira,Na'ir Falque.Aflbnso Gonzalcs, GloriaAlves Teixeira, Manuel, Mario Jacy do Carvalho, MariaAdherbal de Carvalho, JoséHoltcm Júnior, Angenor Pi-montei o Gustavo Alves Teixeira, Waldemar Sanches deBrito, Maria Lydia de Araújo, Flavio dos Santos, ManuelPaim, Ruth Coutinho de Oliveira, Amélia F. Martins,Maria de Oliveira, Valenlina Marcondes, Manuel PiresLopes, Ramiro Monteiro, Juquinha Brederodes Cardoso,Fábio da Gama Cerqueira, Maria Amélia Carvalho

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O Tico-Tico

A SAÚDE DA MULHERRemédio heróico para a cura radical das moléstias das senhoras

em todas as suas phases.

DEPOSITO GERALDrogaria Pacheco

RUA DOS ANDRADAS 59Bosa, Maria da Eira, José de Aguiar Souza, Oswaldo D.Gomes, Odette D. Gomes, Octacilio Dias Gomes, AryCosta Lobo, Ruth Costa Lobo, Laura Valle, Silvia Salema,Maria Luiza Gonzaga, Casemiro Manuel Teixeira, Octaviode Andrade Teixeira, Emilia Cândida de Oliveira. JoséPinto da Silva Júnior, Archidemia Cerqueira Soutinho,João Ribeiro, Heloísa Ribeiro, Irene Antônio Marinho,Raul de Andrade, Cecília Branco das Dores, ldalina Piresde Almeida, Maria Villela, Isidoro Campos Filho, LuizAugusto Rodrigues, Polipio Gomes, Mario R. Dias,Brigida Vieira de Mello, Noel Falcão, Jandyra AranlesLandsmann, Guniercindo Pereira dos Reis.

CONCURSO N. 89

(papa os LriTonF.s desta capitai.)Perguntas:

Ia—Que é que ludo c Iodos fazem ao mesmo tempo?(Enviada pelo menino Oliveira Adams.)

2a—Que é, que é, que elle eslá na arvore e ella nopescoço'?

(Enviada pelo menino Fernando da Costa c Silva.)3a—Que é, que c, petisada :

Elle assusta a muita gente,Ella canta docementeQuando no ramo pousada ?

(Enviada pela menina Rosa d'Oliveira Lima.)

4a—Que é, que é, que eslá no navio c no pé .'(Enviada pela menina Semiraiuis Corrêa.)

5*—Que é, que é, que elle se monta e ella se come.(Enviada pela menina Alice Campos.)

0"—Que é que elle põe-se fora e cila limpa '.'

(Enviada pelo menino Norberto Sandim.)

Promplo, pelizada ! Abi estão asseis pergunlinhas,sempre chies c interessantes-. Difflculdades nau ha, e por-tanto os nossos c;miarailinlias que ataquem o redueto comtoda a coragem!... U vamos a ver quem cantará vi-ctoria!

Aos duos pi imeii os \ < nrrdoi es et níirircmos dous pie-mios, sendo um de 13$ ao primeiro e um de l'lg ao seguii-do. As soluções, acompanhadas dos vales, nos devem serremcltidas até o dia 8 de novembro.

CONCURSO N. 90

(PaUA OS LEITORES DE TODOS OS ESTADOS)

Problema :

MNada mais fácil nem mais interessante do que o nosso

problema de-l.oj.*. Destes quatorze palitos que abi estão,os nossos petizêd devem tirar sete, mas de modo quo}1(i"(;

S(' ''de um. Mas como ha de ser isso ? Como f,oha de arranjar esse par de botas ? E'isso justamente oque nos queremos saber e o que a petizada vai procurarresolver. -_ r

Como se trata de um concurso para todos os Estados,damos dous mezes de prazo para o recebimento das sola-çoes, as quacs nos devem ser enviadas ato o dia 20 dedezembro próximo.

Os.prêmios são dous de 20g cada um. por sorteioentre decifradores csactos. As soluções devem vlracom-panhadas do respectivo valo, que vai impresso em umadas paginas coloridas.

i DESENHO CURIOSO

BORO BORACICA — cura o azugrc.

Feito com um só traço (sem levantar a penna dopapel) pelo nosso leitor Antônio Gontijo de Carvalho, deoito annos, residente em Uberaba (Estado de Minas.)

UNÍCA DIVERSÃOInstpuçtiüa papa os nossos pe»

quenos leitopesü!Todos á TEIS I * V S VISTTA !

I<l<i Aor os logaros ondo JesusClirlSto nasoeu. sofTreu, fez míla-

«res, morreu, eto., elo.Uma bolllssima viagem <io 8

mil léguas em :to minutos :

114 AVENIDA mm 154Ido voi-! Ido a oi"!

A saudedamulbcr.Guratodasas enfermidades das senhoras.

O TOLO E O ESPERTO

£53Bk. ^

Sr "-íJUrljffii ^SvF^VfÍm&- W^~A\<e^^'''

Ninguém mais quer engraxar bulas no meio darua, como antigamente... Pois deixa eslar que quando eutiver mil contos de réis, liei de comprar uni palácio e heide botar uma caixa de ouro e uma cadeira de balanço nasala de visitas, para tirar toda a freguezia daquelle guri...Que grande tolo ! Quando eu tiver mil contos, nemquero ouvir falar cm engraxates !

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O avô rio Thomé

¦'i) O Thomé, um sujeito muito mentiroso'conta a seguinte historia: - Meu avô, antigosoldado de D Pedro I, era tão torte que agar-rava dous homens e dava, com elles, um nooutro.

(2) Esse Hercules chamava-se Beltrãoe estimava muito o seu cavallo-Russinho.Uma vez um medico lhe disse que o Rus-sinho estava doente e nSo se podia fa-ligar.

(3) Então Beltrão, em vez de montar nocavallo, carregava-o ás costas, para que ellenão se cansasse.

(4) Um soldado, por brincadeira, veiu to-ear um clarinete junto ao ouvido.de Beltrão.O hércules fez um gesto com tanta forçaque o outro enguliu o clarinete.

(5) E foi obrigado a tocar tambor noregimento,emquanto o outro soldado,mon-tado a cavallo por trás delle, tocava noclarinete que lhe ficara atravessado nagarganta.

(6) De outra vez, querendo acender o seucachimbo, Beltrão apanhou uma bala de ar-filharia que vinha pelo ar. Depois tornou aatirala para o inimigo.

(7) Mas a bella façanha do avô do Thomé'oi na guerra com a Argentina. Pedro I cha-mouo e...

(8) Disse lhe assim:—Beltrão, o inimi-go tem por alli naquella coluna um ca-nhão que me está incommodando.

g) Beltrão metteu o cavallo a galope e,chegando a tal coluna, viu . mas aqui já nãoha espaço para contar o que elle viu. Conta-remos no próximo numero.

TM-0 LITO I. MAI.VK.VIA JIJNIOU — ASSKMBLEA. 73

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AS RESVEJWTURAS RO CHIQUIJTHOUm passeio a.-.i.hutad.. -y;: I

2 Seguiram muito satisfeitos. Passando pelas obras do Mangue, viram p8'uma carroça de atterro. O nosso heroe foi passando, mas o carroceiro que tarai1'

i No outro dia Chiqutnho sahindo do collegio, resolveu ir leito_ do Tico.Tico reConheceu-o e gritou :para casa a pé, com o Jagunço para se dtvertir. _ 0> chiquinho, cuidado com o chinello da mamãe !

•3 Chinuinho náo gostou da brincadeira, ficou mesmo damnado. 4 Formou o plano de tirar uma vingança terrível da pílheri-!E vendo que o carroceiro, sentando-se na calçada, se preparava para ai- como havia de ser ? Rodeou a carroça duas vezes, até que lhe vej

moçar... idéa.