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O REGIME JURÍDICO DO PROFISSIONAL ESTRANGEIRO

NO BRASIL

24/08/11

ASPECTOS REGULATÓRIOS

Legislação aplicável• Lei nº 6.815 de 19/08/1980

• Decreto nº 86.715 de 10/12/1981

• Resoluções Normativas do Conselho Nacional de Imigração

Lei nº 6.815 19/08/1980

• Define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil e cria o Conselho Nacional de Imigração;

DOS VISTOS

• Ao estrangeiro que pretenda entrar no Brasil poderá ser concedido visto:– De trânsito;– De turista;– Temporário;– Permanente;– De cortesia;– Oficial; e– Diplomático.

VISTO DE TRÂNSITO

• Poderá ser concedido ao estrangeiro que, para atingir o país de destino, tenha de entrar em território nacional;

VISTO DE TURISTA

• Poderá ser concedido ao estrangeiro que venha ao Brasil em caráter recreativo ou de visita, assim considerado aquele que não tenha finalidade imigratória, nem intuito de exercício de atividade remunerada;

• Poderá ser dispensada a exigência do visto de turista ao turista nacional de país que dispense ao brasileiro idêntico tratamento (reciprocidade prevista em acordo internacional);

• Prazo de validade: 05 anos (múltiplas entradas com estadas não excedentes a noventa dias, prorrogáveis por igual período, totalizando o máximo de cento e oitenta dias por ano).

VISTO TEMPORÁRIO

Poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda vir ao Brasil:• Em viagem cultural ou em missão de estudos;

• Em viagem de negócios (90 dias);

• Na condição de artista ou desportista (90 dias); (Satisfação das exigências especiais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração e existência de contrato de trabalho, visado pelo Ministério do Trabalho, salvo se comprovada prestação de serviços ao governo brasileiro);

• Na condição de estudante (até 01 ano e prorrogável, se o caso, mediante prova do aproveitamento escolar e da matrícula);

VISTO TEMPORÁRIO

• Na condição de cientista, professor, técnico ou profissional de outra categoria, sob regime de contrato ou a serviço do governo brasileiro (Satisfação das exigências especiais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração e existência de contrato de trabalho, visado pelo Ministério do Trabalho, salvo se comprovada prestação de serviços ao governo brasileiro);

• Na condição de correspondente de jornal, revista, rádio, televisão ou agência noticiosa estrangeira;

VISTO TEMPORÁRIO

• Na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de congregação de ordem religiosa (até um ano);

• Prazo dos demais: o correspondente à duração da missão, do contrato ou da prestação de serviços, comprovada perante a autoridade consular, observado o disposto na legislação trabalhista.

VISTO PERMANENTE

• Poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda se fixar definitivamente no Brasil;

• Tal imigração objetivará, primordialmente, propiciar mão-de-obra especializada aos vários setores da economia nacional, visando a Política Nacional de Desenvolvimento em todos os aspectos e, em especial, ao aumento da produtividade, à assimilação de tecnologia e à captação de recursos para setores específicos.

DO IMPEDIMENTO

• O visto concedido pela autoridade consular configura mera expectativa de direito, podendo a entrada, a estada ou o registro do estrangeiro ser obstado pela inconveniência de sua presença no território nacional, a critério do Ministério da Justiça;

• O impedimento de qualquer dos integrantes da família poderá estender-se a todo o grupo familiar.

RESOLUÇÃO Nº 74 09/02/2007

• Disciplina os procedimentos para a autorização de trabalho a estrangeiros, bem como dá outras providências;

• Estabelece, em seu artigo primeiro, que a pessoa jurídica interessada na chamada de mão-de-obra estrangeira, em caráter permanente ou temporário, deverá solicitar autorização de trabalho junto à Coordenação Geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego, mediante a apresentação de requerimento (Formulário de Requerimento de Autorização de Trabalho), assinado e encaminhado por seu representante legal, ou procurador, instruído com os seguintes documentos:

Formulário de Requerimento de

Autorização de trabalhoDocumentos - Pessoa jurídica brasileira:• Ato legal que rege a pessoa jurídica devidamente

registrada no órgão competente;

• Demais atos constitutivos da requerente necessários à comprovação de sua estrutura organizacional;

• Ato de eleição ou de nomeação de seu representante legal devidamente registrado no órgão competente;

• Cópia do cartão do CNPJ;

• Procuração por instrumento público ou, se particular, com firma reconhecida, quando a requerente se fizer representar por procurador;


Autorização de trabalho• Termo de responsabilidade pelo qual a requerente assume

qualquer despesa médica e hospitalar do estrangeiro chamado, bem como seus dependentes, durante sua permanência;

• Compromisso de repatriação do estrangeiro chamado, bem como de seus dependentes, ao final de sua estada;

• Comprovante original de recolhimento da taxa individual de imigração;

• Informação do endereço de todos os locais onde o estrangeiro prestará serviços; e

• Outros documentos previstos em Resoluções do Conselho Nacional de Imigração.


Autorização de trabalho

Documentos – candidato estrangeiro:• Cópia da página do passaporte que contenha

o número, nome, data de nascimento, nacionalidade e fotografia do estrangeiro; e

• Outros documentos previstos em razão de Resoluções do Conselho Nacional de Imigração.

• Formulário de dados da requerente e do candidato (Modelo I);


Autorização de trabalho

• Contrato de Trabalho por prazo determinado, ou indeterminado, devidamente assinado pelas partes (Modelo II ou III).

• Observações: – a) os documentos produzidos fora do país deverão

passar por consulado e ser traduzidos, na forma da legislação em vigor;

– b) a ausência de documento ou falha na instrução do processo acarretará o seu sobrestamento para cumprimento de exigência, pelo prazo de trinta dias, contados da data de ciência do interessado, sob pena de indeferimento do pedido.

Exigências à concessão de

autorização de trabalho

• Poderá ser concedida autorização de trabalho ao estrangeiro quando a remuneração a lhe ser paga não for inferior a maior remuneração paga pela empresa, na mesma função/atividade a ser desenvolvida pelo estrangeiro chamado no Brasil;



• Poderá ser concedida autorização de trabalho ao estrangeiro, empregado de empresa integrante do mesmo grupo econômico, quando a remuneração a lhe ser paga no Brasil e no exterior não for inferior à última remuneração que tenha recebido no exterior;



• Mudar de função e/ou agregar outras atividades àquelas originalmente desempenhadas pelo estrangeiro merece apresentação de justificativa, bem como aditivo ao contrato de trabalho, quando cabível, junto à Coordenação-Geral de Imigração, no prazo máximo de quinze dias, após a ocorrência do fato;

RESOLUÇÃO Nº 8410/02/2009

• Disciplina a concessão de autorização para fins de obtenção de visto permanente para investidor estrangeiro – pessoa física;

• A autorização para concessão de visto permanente ao estrangeiro ficará condicionada à comprovação de investimento, em moeda estrangeira, em montante igual ou superior a R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), lembrando que o Conselho Nacional de Imigração poderá alterar tal valor considerando-se o interesse social conforme os critérios de geração de empregos, região do país onde será aplicado tal investimento, setor econômico onde ocorrerá o investimento e contribuição para o aumento de produtividade ou assimilação de tecnologia;


• Disciplina a concessão de autorização de trabalho para obtenção de visto temporário a estrangeiro com vínculo empregatício no Brasil;

• Na apreciação do pedido será examinada a compatibilidade entre a qualificação e a experiência profissional do estrangeiro e a atividade que virá exercer no país;


• Dispõe sobre critérios para a concessão de autorização de trabalho e visto temporário a estrangeiro, vinculado a Grupo Econômico cuja matriz situe-se no Brasil, com vistas a capacitação e à assimilação da cultura empresarial e em metodologia de gestão da empresa chamante;

• O estrangeiro exercerá função técnica-operacional ou administrativa, sem vínculo empregatício, para permitir o intercâmbio e compartilhamento de experiências inerentes à função exercida pelos profissionais;


• É vedado ao estrangeiro chamado a substituição de mão-de-obra nacional ou o exercício de função gerencial;

• Visto de até dois anos, prorrogado uma única vez por igual período, vedada a transformação em permanente.


• Disciplina a concessão de autorização de trabalho e de visto permanente a estrangeiro, Administrador, Gerente, Diretor, Executivo, com poderes de gestão de Sociedade Civil ou Comercial, Grupo ou Conglomerado Econômico –foi alterada pela Resolução nº 95 de 10/08/2011;

• A empresa brasileira deverá comprovar investimento em moeda estrangeira em montante igual ou superior a R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) por Administrador, Gerente, Diretor ou Executivo chamado, mediante a apresentação do SISBACEN – Registro declaratório eletrônico de investimento externo direto no Brasil; ou


• Investimento em moeda estrangeira em montante igual ou superior a R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) por Administrador, Gerente, Diretor ou Executivo chamado, mediante apresentação do SISBACEN e geração de 10 novos empregos, no mínimo, durante os dois anos posteriores à instalação da empresa ou entrada do Administrador, Gerente, Diretor ou Executivo, ou;


• Ao estrangeiro, membro de Conselho de Administração, poderá ser concedido, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, autorização de trabalho permanente;

• Fica o membro do Conselho de Administração, no exercício da referida função, isento de obrigação da residência fiscal no país, desde que declare o local onde oferece seus rendimentos à tributação.


• Disciplina a concessão de autorização de trabalho e de visto a estrangeiro sob contrato de transferência de tecnologia e/ou de prestação de serviço de assistência técnica, de acordo de cooperação ou convênio, sem vínculo empregatício ou em situação de emergência;

• Visto temporário, vedada a transformação em permanente;

• Estão excluídas do conceito de assistência técnica as funções meramente administrativas, financeiras e gerenciais;


• As autorizações de trabalho terão prazo de vigência de 01 ano, podendo ser prorrogado por igual período, desde que comprovada a necessidade;

• Havendo interesse da empresa requerente em continuar com a prestação de serviço do estrangeiro, deverá promover sua contratação nos moldes da legislação trabalhista brasileira;

• Nos contratos com cláusula de garantia serão admitidas prorrogações sucessivas de autorização de trabalho, perante o Ministério da Justiça, enquanto vigorar a garantia.

Aspectos trabalhistas

“Offer-Letter” – Carta de Oferta• Benefícios concedidos aos estrangeiros

– Habitação– Veículo– Telefone Celular– Despesas com Moradia– Cartão de Crédito– Passagens Aéreas (férias)– Complemento Educacional– “Stock Options”

• A visão da justiça do Trabalho

Tributação no Brasil

IMPOSTO SOBRE A RENDA

• O artigo 2º do Regulamento do Imposto de Renda – RIR – Decreto 3.000/99 estabelece que as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil são contribuintes do imposto de renda.

• Desses contribuintes serão tributadas as rendas, rendimentos ou proventos de qualquer natureza, inclusive ganhos de capital de operações realizadas no Brasil.

Definição de Residente

• De acordo com o artigo 2º da Instrução Normativa 208/2002 da Receita Federal, temos a definição de residente e não-residente:

• “Art. 2° Considera-se residente no Brasil, a pessoa física:

• III - que ingresse no Brasil:– a) com visto permanente, na data da chegada;


– b) com visto temporário:• 1. para trabalhar com vínculo empregatício, na data da chegada;

• 2. na data em que complete 184 dias, consecutivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de um período de até doze meses;

• 3. na data da obtenção de visto permanente ou de vínculo empregatício, se ocorrida antes de completar 184 dias, consecutivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de um período de até doze meses;”


• IV - brasileiro que adquiriu a condição de não-residente no Brasil e retorne ao País com ânimo definitivo, na data da chegada;

• V - que se ausente do Brasil em caráter temporário ou se retire em caráter permanente do território nacional sem apresentar a Comunicação de Saída Definitiva do País, de que trata o art. 11-A, durante os primeiros 12 (doze) meses consecutivos de ausência

Definição de Não-Residente

IN RFB 208/2002• Art. 3º Considera-se não-residente no Brasil,

a pessoa física:

• I - que não resida no Brasil em caráter permanente e não se enquadre nas hipóteses previstas no art. 2º;

• II - que se retire em caráter permanente do território nacional, na data da saída, ressalvado o disposto no inciso V do art. 2º;

Definição de Não-Residente

• III - que, na condição de não-residente, ingresse no Brasil para prestar serviços como funcionária de órgão de governo estrangeiro situado no País, ressalvado o disposto no inciso IV do art. 2º;

• IV - que ingresse no Brasil com visto temporário:– a) e permaneça até 183 dias, consecutivos ou não, em um

período de até doze meses;– b) até o dia anterior ao da obtenção de visto permanente ou de

vínculo empregatício, se ocorrida antes de completar 184 dias, consecutivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de um período de até doze meses;

• V - que se ausente do Brasil em caráter temporário, a partir do dia seguinte àquele em que complete doze meses consecutivos de ausência.

Tributação dos Trabalhadores

Estrangeiros no Brasil

• Base de Cálculo: A base de cálculo do imposto devido no ano-calendário será a soma de todos os rendimentos percebidos, exceto os isentos, não tributáveis, tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva, deduzindo-se os descontos previstos na legislação fiscal.(Art.83 RIR/99).

• Alíquota: alíquota progressiva de acordo com a tabela divulgada pela legislação (Art. 620-RIR/99)

Tributação dos Trabalhadores

Estrangeiros no Brasil

• Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física a partir do exercício de 2011, ano-calendário de 2010.

Base de cálculo mensal em R$

Alíquota %Parcela a deduzir do

imposto em R$Até 1.499,15

- -

De 1.499,16 até 2.246,757,5 112,43

De 2.246,76 até 2.995,7015 280,94

De 2.995,71 até 3.743,1922,5 505,62

Acima de 3.743,1927,5 692,78

Tributação dos Trabalhadores Estrangeiros no Brasil

Do recolhimento do Imposto

PESSOA FÍSICA RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO DO IR:• A Pessoa Física (profissional autônomo sem

vínculo empregatício) obrigada ao recolhimento do Imposto de Renda, deve proceder da seguinte forma:– A) Deduzir do rendimento recebido as contribuições

para o INSS e os valores atribuídos a dependentes (filhos, cônjuge e outros);

– B) Aplicar a alíquota descrita na Tabela Progressiva;– C) Recolher em qualquer agência bancária o imposto

apurado na Guia-Darf de código 0190



Exemplo Numérico:• A Pessoa Física auferiu o rendimento bruto de

R$ 10.000,00, INSS R$ 381,41 (Teto), sem dependentes. Nesta situação o cálculo será:– Base de Cálculo : R$ 10.000,00 - INSS de R$ 381,41– Alíquota do IR: 27,5% e parcela a deduzir de R$

692,78– Cálculo do Imposto: De acordo com a tabela

progressiva e suas respectivas parcelas a deduzir o valor do IR será de R$ 1.952,33

– Rendimento Líquido: R$ 7.666,26

• O Imposto de Renda na Fonte deverá ser recolhido na Guia - DARF Código 0190.



PESSOA JURÍDICA RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO DO IR:

• Quando a Pessoa Física for empregado com vínculo empregatício, a contratante será a responsável pelo desconto em folha de salários e posterior recolhimento do Imposto de Renda Retido, procedendo da seguinte forma:– A) Deduzir dos rendimentos recebidos as contribuições

para o INSS e os valores atribuídos a dependentes (filhos, cônjuge e outros);

– B) Aplicar a alíquota descrita na Tabela Progressiva;– C) Recolher, em qualquer agência bancária, o imposto

apurado na Guia-Darf de código 0561



• Vale Lembrar que no caso do trabalho assalariado a responsabilidade do pagamento é da fonte pagadora empregadora, sem prejuízo da pessoa física ser obrigada a declarar e recolher o IR na hipótese de não sofrer a retenção.

Decreto nº 4.012/2001 Convenção entre Brasil e Portugal

destinada a evitar a dupla tributação e a prevenir a evasão fiscal

TRIBUTOS ENVOLVIDOS

BRASIL: • o Imposto de renda

PORTUGAL: • o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

(IRS);• o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

(IRC);• a Derrama

Métodos de aplicação: Portaria do Ministério da Fazenda 28/2002



SERVIÇOS DE PROFISSIONAIS INDEPENDENTES

• Atividades independentes de caráter científico, literário, artístico, educativo ou pedagógico, bem como as atividades independentes de médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, dentistas e contabilistas.

• A tributação é devida exclusivamente no País em que o rendimento foi auferido.

• Exceção: O pagamento dos rendimentos ser realizado por residente do outro Estado. Neste caso, a tributação pode também ser apurada no Estado em que esteja localizada a fonte pagadora.

• (Artigo 14 do Decreto 4012/2001)



PROFISSÕES DEPENDENTES

• Quando o profissional português empregado for considerado não residente (estadia de no máximo 183 dias), seus rendimentos não serão tributados no Brasil, com exceção dos ganhos de capital.

• Quando o profissional português for considerado residente (visto permanente) seus rendimentos serão tributados no Brasil, podendo abater impostos da mesma semelhança a serem pagos em Portugal.




PROFESSORES

• Existência de Isenção tributária no Estado de origem e no Estado onde vier a exercer atividade de pesquisa ou de ensino, desde que em instituição pública ou sem fins lucrativos, pelo prazo de até dois anos de atividades.




JUROS e ROYALTIES

• Os juros e Royalties pagos no Brasil a não residente podem ser tributados em Portugal, podendo entretanto ser exigido o imposto de renda no Brasil à alíquota máxima de 15%.

• Definição de juros pela Convenção: rendimentos da dívida pública, de obrigações com ou sem garantia hipotecária e com direito ou não a participar nos lucros e de outros créditos de qualquer natureza, e quaisquer outros rendimentos assimilados aos rendimentos de importâncias emprestadas pela legislação fiscal do Estado de que provêm os rendimentos.

• (Artigo 11 E 12 do Decreto 4012/2001)



GANHOS DE CAPITAL POR NÃO-RESIDENTE

• Na apuração de ganho de capital pela venda de bens ou direitos por não residente no Brasil é devido o imposto de renda à alíquota de 15% .

• (Artigo 26 da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil 208/2002)



MÉTODO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO

• De acordo com o Art. 23 do Decreto 4.012/2001, quando um residente obtiver rendimentos que possam ser tributados em Portugal, no Brasil poderá ser deduzido o imposto pago em Portugal.

• “Art. 23 – Quando um residente de um Estado Contratante obtiver rendimentos que, de acordo com o disposto nesta Convenção, possam ser tributados no outro Estado Contratante, o primeiro Estado mencionado deduzirá do imposto sobre os rendimentos uma importância igual ao imposto sobre o rendimento pago nesse outro Estado.

• A importância deduzida não poderá, contudo, exceder a fração do imposto sobre os rendimentos, calculado antes da dedução, correspondente aos rendimentos que podem ser tributados nesse outro Estado.”



AUSÊNCIA DE APLICAÇÃO DOS BENEFÍCOS DA CONVENÇÃO

• Os benefícios da Convenção não serão atribuídos a residente ou domiciliado no Brasil que tenha direito a benefícios fiscais relativos ao imposto sobre a renda de acordo com os dispositivos da legislação ou de outras medidas relacionadas com as Zonas Francas da Ilha da Madeira e da Ilha de Santa Maria, ou a benefícios similares àqueles concedidos, disponíveis ou tornados disponíveis segundo qualquer legislação ou outra medida adotada por Portugal.

• (Portaria MF 28/2002)

Declaração de imposto de Renda da pessoa física

• De acordo com o art. 787 do RIR/99 as pessoas físicas deverão apresentar anualmente declaração de rendimentos.

• Estão obrigados a apresentação da declaração a pessoa física residente no Brasil ou que passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de cada ano.

Inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF

obrigatoriedade

O artigo 3º da IN/RFB 1042/2000, disciplina a obrigatoriedade de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, às pessoa físicas:

– sujeitas à apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF);

– cujos rendimentos estejam sujeitos à retenção do imposto de renda na fonte, ou que estejam obrigadas ao pagamento desse imposto;

– profissionais liberais;

– participantes de operações imobiliárias;

– titulares de contas bancárias, de contas de poupança ou de aplicações financeiras;

– que operem em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

Inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF

obrigatoriedade

• Residentes no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro público, inclusive: – a) imóveis; – b) veículos; – c) embarcações; – d) aeronaves; – e) participações societárias; – f) contas-correntes bancárias; – g) aplicações no mercado financeiro; – h) aplicações no mercado de capitais.

Contribuições para a previdência social e

entidades de classe e estataisDe acordo com o estabelecido na Lei 8212 de 1991, são contribuintes das contribuições sociais:

Como empregado (art. 12 - Lei 8212 de 1991):

• a) O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;

• b) O contribuinte individual;

• c) O trabalhador avulso que presta serviços a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento

Contribuições para a previdência social

Como empresa (art .15 – Lei 8212 de 1991)

• a) a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional;

Contribuições para a previdência social

Base de Cálculo e Alíquota das Contribuições -Empregados:

– De acordo com o artigo 20 da Lei 8212/91 a contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, observado o disposto no art. 28 desta lei, de acordo com a seguinte tabela:

A partir de 1º de Janeiro de 2011 (Portaria nº 407, de 14 de julho de 2011)

Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)

até R$ 1.106,90 8

de R$ 1.106,91 a R$ 1.844,83 9

de R$ 1.844,84 até R$ 3.689,66 11

Contribuições Sociais

Base de Cálculo das Contribuições devidas pela Empresa (artigo 22 da lei 8212/91):

• Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

Contribuições Sociais

São devidas pelas empresas as seguintes contribuições sociais:

• 20% à Previdência Social

• 1%, 2% ou 3% decorrente do Risco de Acidente do Trabalho

• 0,6% ao SEBRAE

• 2,5% do salário-educação

• 2,5% de contribuições às entidades do Sistema S (SESC, SENAC, SESI, SENAI, SEST, SENAT, SENAR)

• 0,2% ao INCRA

FGTSAspectos Gerais

• O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, instituído pela Lei 5.107/1966, é regido pela Lei 8.036/1990 e alterações posteriores.

• Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador empregado, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT (comissões, gorjetas, gratificações etc.) e a gratificação de Natal a que se refere a Lei 4.090/1962, com as modificações da Lei 4.749/1965.

• A Lei Complementar 110/2001, em seu artigo 2º, instituiu adicional de contribuição ao FGTS de 0,5% sobre as remunerações mensais, devida até setembro/2006.

Contribuições sociais e FGTS

PARCELAS NÃO ONERADAS PELAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E O FGTS PREVISTAS NO ARTIGO 28 DA LEI 8212/91:

I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;

IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;

V – seguros de vida e de acidentes pessoais;

VI – previdência privada;


VII – Parcelas “In Natura” recebida de acordo com Programas de Alimentação aprovado pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

VIII – Importâncias recebidas a título de Férias Indenizadas e o respectivo Adicional Constitucional;

IX – As Ajudas de Custo;

X – Importâncias recebidas a título de Abono de Férias na Forma dos Art. 143 e 144 da CLT;

XI – Importâncias recebidas a título de Licença-Prêmio Indenizada;

XII – A Participação nos Lucros ou Resultados da Empresa, quando paga ou creditada de acordo com a Lei específica;

XIII – Indenização por despedida sem justa causa do empregado no contrato de prazo determinado;


XIV – Importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;

XV – Diárias para viagens desde que não excedam a 50% da remuneração mensal;

XVI – Abono do Programa do PIS/PASEP

XVII – Ressarcimento de despesas pelo uso do veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista;

XVIII – O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa.

XIX – O valor da Multa paga ao empregado em decorrência das verbas rescisórias;

XXI – Importância recebida a título de incentivo à demissão;

Oneração social que pode ser discutida

judicialmentePARCELAS QUE PODEM SER CONSIDERADAS COMO INDENIZATÓRIAS OU PREVIDENCIÁRIAS E CUJA DESONERAÇÃO PELAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E PELO IMPOSTO DE RENDA PODE SER DISCUTIDA JUDICIALMENTE.

– Adicional de Horas Extraordinárias– Adicional Noturno– Adicional de Periculosidade– Adicional de Insalubridade– Salário Maternidade– Gratificações eventuais– Terço de Férias– Auxílio Doença– Auxílio Moradia– Aviso-prévio indenizado

A CONTRATAÇÃO DEMÃO-DE-OBRA ESTRANGEIRA

• ASPECTOS REGULATÓRIOS

• ESTATÍSTICA

• Política Nacional de Imigração

Recomendações práticas para Empresas

• Conselho Nacional de Imigração– Presidido pelo Ministério do Trabalho e Emprego– Outros Ministérios– Centrais Sindicais– Entidades patronais – Resoluções Normativas– Resoluções Administrativas– Resoluções Recomendadas

Participantes do Conselho Nacional de Imigração

I- Representantes do Governo Federal– Ministério do Trabalho e Emprego;– Ministério da Justiça;– Ministério das Relações Exteriores;– Ministério da Agricultura e Abastecimento;– Ministério da Saúde;– Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior;– Ministério da Ciência e Tecnologia;– Ministério da Educação;– Ministério do Turismo.

II – Representantes dos Trabalhadores– Central Única dos Trabalhadores;– Força Sindical;– Confederação Geral dos Trabalhadores;– Central Geral dos Trabalhadores;– Social Democracia Sindical.

III – Representantes dos Empregadores– Confederação Nacional da Indústria – CNI; – Confederação Nacional do Comércio – CNC;– Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil –

CNA;– Confederação Nacional das Indústrias Financeiras –

CNF;

IV - Representantes da Comunidade Científica e Tecnológica

– Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência.

• Evolução a partir de 1994

• Mudanças na política de concessão de autorizações de trabalho a partir de 1998

– Critérios de:• Temporariedade• Essencialidade• Qualificação

Principais órgãos na concessão dos vistos• Ministério do Trabalho e Emprego

– Coordenação Geral de Imigração– Critérios de análise para autorização de Trabalho– Fiscalização

• Ministério da Justiça– Departamento de Estrangeiros– Prorrogações e Transformações

• Ministério das Relações Exteriores– Divisão de Imigração– Concessão de Visto – Consulados Brasileiros no exterior

Providências após aprovação do visto

• Ao ingressar no Brasil:– Registro obrigatório junto à Polícia Federal dentro de

30 dias (RNE);

– Carteira de Trabalho, Inscrição no PIS/PASEP e em órgão de classe, se for o caso (visto temporário com vínculo empregatício);

– Inscrição no Ministério da Fazenda – CPF (vistos permanentes ou temporários com vínculo empregatício).

Providências após aprovação do visto

– Cancelar a autorização de trabalho e registro do estrangeiro mediante comunicação junto ao Ministério do Trabalho e à Polícia Federal;

– Regularização da situação fiscal, mediante Declaração de Saída Definitiva junto a S.R.F.

Considerações Finais

Informações que antecedem a vinda (chamada) do estrangeiro:• Qual atividade a ser exercida?• Qual o tempo mínimo de permanência?• Qual o tipo de autorização (visto) mais

adequado?• Permanente, Temporário com Contrato de

trabalho• ou Temporário sem Vínculo Empregatício.

Considerações Finais

• O visto de negócios (temporário II) é destinado tão somente a estudos de mercado, prospecção de negócios, fechamento de contratos, concedido preferencialmente para empresários e representantes de empresas estrangeiras.

• A permanência é de, no máximo, 90 dias, admitida uma prorrogação por mais 90 dias.

• Observar ainda:– Estudar os aspectos trabalhistas e tributários– Registro em órgãos de classe (se for o caso)– Se acompanhado da família, prever apoio para

acomodação e adaptação– Informações gerais da legislação brasileira

• Renata Curti• Renato Ungaretti• Sadi Ribeiro

www.cardillo.com.br – (55-11) 3125-6000

o regime jurÍdico do profissional … · resoluÇÃo nº 74 09/02/2007 • disciplina os...

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