despertar 74

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O melhor ano do mandato! Entrevista ao Diretor do Agrupamento de Escolas António Feijó Índice Editorial Carta do Diretor e Opinião Encontro de Gerações Carta às Avós Educação para a Saúde Desporto Escolar Biblioteca Escolar Proteção Civil Escrita Criativa JI Serdedelo Entrevista ao Diretor Centro Educativo Trovela Centro Educativo Ribeira EB 1 de Ponte de Lima Centro Educativo Feitosa Centro Educativo Gandra EB 1 e JI de Rebordões Souto EB 2,3 António Feijó Os nossos finalistas 2 3 4 5 6 8 10 13 14 15 16 18 20 22 24 26 28 30 32 EB 2,3 ANTÓNIO FEIJÓ visita do Secretário de Estado EB 1 E JI DE PONTE DE LIMA na Serrada da Velha BIBLIOTECA escritores em Ponte de Lima CE REBORDÕES SOUTO com Semana da Leitura (Pág. 16) 74 Solidários com a AAPEL Os alunos do Agrupamento estiveram fortemente empenhados na “Caminhada Solidária”, organizada com o objetivo de angariar fundos para a AAPEL – Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana.

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Jornal Despertar do Agrupamento de Escolas de António Feijó

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Page 1: Despertar 74

O melhor ano do mandato!

Entrevista ao Diretor do Agrupamento de Escolas António Feijó

Índice

Editorial

Carta do Diretor e Opinião

Encontro de Gerações

Carta às Avós

Educação para a Saúde

Desporto Escolar

Biblioteca Escolar

Proteção Civil

Escrita Criativa

JI Serdedelo

Entrevista ao Diretor

Centro Educativo Trovela

Centro Educativo Ribeira

EB 1 de Ponte de Lima

Centro Educativo Feitosa

Centro Educativo Gandra

EB 1 e JI de Rebordões Souto

EB 2,3 António Feijó

Os nossos finalistas

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EB 2,3 ANTÓNIO FEIJÓvisita do Secretário de Estado

EB 1 E JI DE PONTE DE LIMAna Serrada da Velha

BIBLIOTECAescritores em Ponte de Lima

CE REBORDÕES SOUTOcom Semana da Leitura

(Pág. 16)

74

Solidários com a AAPELOs alunos do Agrupamento estiveram fortemente empenhados na “Caminhada Solidária”, organizada com o objetivo de angariar fundos para a AAPEL – Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana.

Page 2: Despertar 74

02 | DESPERTAR | JUNHO 2012 DESPERTAR | JUNHO 2012 | 03

FICHA TÉCNICA

Título: DespertarPeriodicidade: TrimestralData de publicação: Junho 2012Número da edição: 74 (3 de 2011/2012)Proprietário do título: Agrupamento de Escolas António FeijóEndereço, tel. - e-mail: Rua Dr. Luiz Gonzaga, 49; Ponte de Lima Telef. 258 909070; Mail: [email protected]: Sertório Veiga, João Carlos Gonçalves e Darlindo OliveiraColaboradores: Alunos e Professores do Agrupamento de EscolasTiragem: 750 exemplaresPreço: 1 DespertarInício de publicação: 1983Paginação, Arranjo Gráfico e Impressão: Mprint - Ponte de Lima

EDITORIAL

Grutas, igrejas, castelosCobrem os textos mais belosDe Eça, Torga ou Camões.

Contos, lendas, narrativas,Sejam reais ou ficções,Importadas ou nativas,De duendes ou anões,Gnomos e outros mais,Nunca nos deixam esquecerOs tempos mais ancestraisQue não queremos perder.

Tantas bruxas aparecemCom a sua malvadez!...E as Fadas não esmorecem,Tratando, por sua vez,Com varinha de condão,Que os feitiços malignosPassem logo a ser benignosEm prol da população.

Cavaleiros e gentalhaEntram com grande paixãoEm toda a luta e batalhaP ra defender a Nação.

E, contra as hordas do mal,Infantes, príncipes, reisDefendem com fé imortalO cumprimento das leis,Que proíbem a maldade,Toda e qualquer crueldade.

E nestas lutas acesasContra as criaturas másTambém não faltam princesasCom seus lacaios atrás.

Mas eis que muda a história,E surgem, por entre os maisQue reclamam a glória,Heróis que são animaisE estão na nossa memória.

Mas também os há vilõesE outros feitos de pau,Ratinhos, cisnes, dragões,E até um Lobo mau.

No céu, na terra ou no mar,Seja em espaços singelosOu outros mais requintados,Sempre nos fazem entrarNos episódios mais belosTotalmente extasiados.

Mas o local da açãoQue colhe mais simpatiaDesde os Grimm até Sophia,Seja encantada ou funesta,É, sem dúvida, a Floresta.

Mas, ai de quem entra nelaE se afasta dos seus trilhos:Logo deixa de ser belaVira monstro de sarilhos!

E o fim pode ser trágico… Mas sempre acaba mágico!Mesmo que alguém se aventure Pela terra de ninguém,Não há mal que sempre dureE tudo acaba bem!

João Carlos Velho, abril 2012

Trilhos e Sarilhos na Floresta

>Fotos com história

Opinião

REGISTO Da Direção Regional de Educação do Norte recebemos um simpático ofício, agradecendo o envio do “Despertar” e fazendo votos para que este veículo informativo “continue a contribuir para o entusiasmo pela leitura, dos alunos e jovens” e que seja “um veículo transmissor de conhecimentos e da realidade da comunidade educativa”.

OBRIGADO

O final do ano letivo cos-

tuma ser um momento

de intensa atividade nas

escolas. As que constituem o Agru-

pamento António Feijó não fogem a

esta regra. É, pois, no meio de uma

grande azáfama que nos propo-

mos efetuar um breve balanço da

atividade do DESPERTAR.

Foi num contexto de enormes di-

ficuldades para o nosso País, com

reflexo na educação, onde foram

efetuados cortes significativos e

mudanças com forte incidência no

dia-a-adia das escolas, que foi to-

mada a decisão de proceder a pro-

fundas alterações no nosso jornal.

Além da reformulação da equipa

responsável, operaram-se mudan-

ças bem visíveis no formato, no

grafismo e no conteúdo. Não tão

visíveis foram as alterações opera-

das no modelo de funcionamento,

procurando-se que o jornal seja

também um espaço de desenvol-

vimento de competências para os

alunos, alicerçando-se no trabalho

das bibliotecas escolares, com um

grande envolvimento dos discen-

tes. De salientar ainda o trabalho

dos docentes na dinamização de

atividades e da sua preocupação

em torná-las mediaticamente visí-

veis junto da comunidade, através

das páginas do DESPERTAR. Com

esta dinâmica, foi possível produ-

zir um jornal com qualidade, ex-

pressão e boa aceitação, facto bem

atestado pelo aumento das vendas

e, consequentemente, da tiragem.

Sendo o DESPERTAR um produto

fruto do trabalho de uma vasta

equipa, cumpre-nos agradecer aos

alunos, professores, anunciantes,

direção, coordenadores de esta-

belecimento, assistentes opera-

cionais, alunos/ardinas e a todos

aqueles que nos incentivam dia-

riamente, pelo contributo dado du-

rante este ano letivo, tranformando

o jornal num projeto pedagógico,

sustentável e elemento de coesão

do Agrupamento.

A Coordenação

1 de junho10h00 - EB1 de Ponte de Lima Comemorações do Dia Mundial da Criança, visita ao “Festival de Jardins”

CE de Gandra - Jogos Tradicionais e Lançamento de balões com Sementes de Girassol 5 de junho14h30 - Agrup. de Escolas António Feijó

Desfile de Chapéus pelas ruas da vila

de Ponte de Lima

6 de junho10h30 - EB1 de Ponte de Lima - Vaca das Cordas dos Pequeninos, no Largo de Camões e Rua Cardeal Saraiva

8 de junho19h00 - Agrup. de Escolas António Feijó

Arraial, na Escola EB 23 António Feijó 14 de junho17h30 - CE Gandra - Festa de Final de Ano e de Finalistas21h00 - EB1 de Ponte de Lima - Festa de

Finalistas, no Teatro Diogo Bernardes

15 de junho18h30 - CE Feitosa - Festa de Final de

Ano e de Finalistas 15h00 - CE Trovela - Festa de Final de Ano e de Finalistas10h00 - CE Ribeira - Festa de Final de

Ano e de Finalistas e “3º Encontro de Júnior a Sénior - Um Abraço”

Q uando me solicitaram para voltar a escrever um artigo para esta edi-ção do “Despertar”, pensei: - mas,

o que é que vou escrever agora?É que ao longo de quase quarenta anos de atividade, houve tantas histórias interes-santes, ocorreram tantos episódios engra-çados, que é muito difícil selecionar o que quer que seja!Entretanto, lembrei-me: - e se recordasse um pouco os primeiros tempos em que comecei a trabalhar nesta Escola? Talvez não fosse má ideia!Bom, em 1973, as aulas de Educação Física e Desporto Escolar, decorriam ao ar livre, ou seja, no espaço exterior (recreio) da Escola, pois ainda não existiam espaços desportivos cobertos em Ponte de Lima. Como se lembram, a Escola Preparatória ficava situada entre o Arrabalde e a Ala-meda de São João, com localização privi-legiada junto ao Rio Lima, em edifício que hoje, lamentavelmente, se encontra em péssimo estado de conservação.Nesse ano, havia duas Professoras de Educação Física para as turmas femininas (Profs. Ilda e Fátima) e dois Profs. para as turmas masculinas (Prof. Vítor Araújo e o autor destas linhas). Sim, porque no início da década de setenta, raparigas e rapazes tinham estas atividades letivas em turmas separadas!Os balneários situavam-se no rés-do-chão, por adaptação levada a cabo pelo saudoso Diretor da época, o Prof. Manuel Maria. No espaço masculino, o eficiente Sr. Ar-naldo, sempre zeloso e bem-disposto, não deixava ninguém pôr o pé em ramo verde! Sempre que estava mau tempo, escusado será dizer, as dificuldades eram enormes para aguentar a rapaziada que, ávida de jogo e à viva força, queria “chapinhar” na lama! Assim, foram inúmeras as vezes em que todos saíam das aulas completamen-te encharcados, situação que obrigava a tomar vários duches diários!A partir de 1974, fruto da massificação do Ensino, a Escola teve necessidade de encontrar soluções para albergar um au-mento significativo do número de Alu-nos. Convém recordar que nesta década a Escola era frequentada por Alunos de todo o Concelho de Ponte de Lima, assim como, por alguns Alunos provindos de Concelhos vizinhos (Ponte da Barca, Pare-des de Coura, Viana do Castelo, Barcelos, etc) e tinha também um grande número de Alunos oriundos das antigas colónias portuguesas (Guiné, Cabo Verde) que es-tavam instalados na Oficina de São José (Villa Moraes). Assim, implantaram-se novos pavilhões pré-fabricados na zona de recreio, devido à diminuição enorme do espaço dos cam-pos de jogos. A Escola, embora de forma rudimentar, possuía campos de jogos de Voleibol, Andebol / Futebol de 5 e Bas-quetebol onde, com frequência, Alunos e Professores realizavam jogos e conviviam salutarmente.Face a esta situação, as aulas de Educação Física e o Desporto Escolar começaram a realizar-se quer na Alameda de São João, que nessa época era em terra batida, quer no extenso e magnífico Areal de areia cla-ra e fina, excelente para o desenvolvimen-to de diversos jogos e múltiplas atividades educativas. Nos períodos de mais calor, o Rio Lima era sempre um ótimo meio para desenvolver atividades aquáticas onde, certamente, muitos Alunos deram as pri-meiras braçadas.Curiosamente, havia uma relação mui-to próxima entre as atividades letivas e as Lavadeiras do Rio Lima, oriundas do

Arrabalde e não só que, com o seu jeito característico e, normalmente, em gran-de número, colaboravam com a Escola dispensando à rapaziada, vareiros e cor-das livres que serviam de balizas. Como contrapartida, não poderiam sujar a roupa que se encontrava estendida na areia a co-rar, nem tão pouco, mexer nas pedras de esfregar roupa que se encontravam estra-tegicamente situadas na margem do rio!Entretanto, também as constantes cheias do Rio Lima preocupavam, causando per-manentes dores de cabeça à Comunidade Educativa, já que com muita regularidade em períodos de Outono e Inverno, galgava as margens e inundava tudo à sua volta, entre outros, os espaços mais baixos das instalações escolares.Face a todas estas ocorrências, em 1975 a primeira Comissão de Gestão constituída pelos Professores, Francisco Martins (Pre-sidente, já falecido), Jorge V. Silva (Secretá-rio), Estevão Silva (Tesoureiro) e Laurenti-no (Vogal), decidiu procurar solução para as dificuldades de espaço para as aulas de Educação Física e, com a gentileza e anuên-cia do Sr. Conde d’Aurora, passou a utilizar um espaçoso terreno agrícola adjacente à Escola Preparatória, local onde hoje se en-contra instalado o armazém de uma Em-presa de materiais de construção.A ocupação deste espaço, que inicialmen-te era uma área de cultivo com as caracte-rísticas habituais (esteios, arames, vinha, árvores diversas, couves, etc.), por ação de Alunos, Funcionários e Professores, rapi-damente se adequou ao fim a que se des-tinava, sem que, no entanto, não tenham deixado de ocorrer peripécias interessan-tes e engraçadas. A título de exemplo, em 1976, esteve pre-vista a construção nesse local de um pe-queno Pavilhão Gimnodesportivo e, na década de oitenta, realizou-se uma Tou-rada, pelo que, para o efeito, foi montada uma Praça de Touros amovível que, por falência do Proprietário, ali ficou instalada cerca de seis meses....! Agora, imaginem-se as consequências de tudo isto......!Para a próxima falaremos! Jorge V. Silva

Histórias simples da Gente cá da minha Escola (II) Mais um ano lectivo que está a chegar ao fim. Com efeito, é já no dia 8 de junho que os alunos que frequentam o 6.º e o 9.º ano terminam as suas actividades letivas. Depois disso, aqueles que durante o ano lectivo se dedicaram e trabalharam devi-damente, após mais uma semana de au-las de preparação, realizarão exames às disciplinas de Português e Matemática e se obtiverem resultados positivos, transi-tarão normalmente para o ciclo de ensino seguinte. Para os que frequentam os outros anos de escolaridade as aulas decorrerão durante mais uma semana, alcançando o direito às férias a partir do dia 15 de junho. Assim, como balanço final, e embora sem conhecermos ainda os resultados relati-vos aos de sucesso e insucesso escolares, poderemos desde já afirmar que o ano de-correu com grande normalidade, sendo de registar positivamente o fato de termos nas escolas do nosso Agrupamento mui-tos e muito bons alunos, sendo a maioria deles capazes de enfrentar positivamente as dificuldades inerentes à mudança de ciclo de ensino e de estabelecimento, no próximo ano lectivo.Quanto ao Plano Anual de Atividades (P.A.A.), cujo tema central e aglutinador era “ A floresta e a arte de envelhecer” podemos concluir que será integralmente cumprido, tendo sido realizadas um sem número de actividades que envolveram não só os alunos e os seus professores,

mas também os funcionários, os encarre-gados de educação, como muitos outros elementos da nossa comunidade educati-va. Assim, quero agradecer e felicitar todos aqueles que deram o seu melhor contri-buto e empenho para que, tanto as activi-dades de ensino/aprendizagem, como as do P.A.A., decorressem com sucesso nos diferentes estabelecimentos de educação e ensino do nosso Agrupamento de Esco-las: coordenadores de estabelecimento, docentes, assistentes técnicos e operacio-nais e encarregados de educação.Uma palavra de reconhecimento também para o Pelouro de Educação do Município de Ponte de Lima, para as Associações de Pais e Encarregados de Educação dos di-versos estabelecimentos do nosso Agru-pamento, para a PSP e GNR, em especial para os agentes da Escola Segura, para as Juntas de Freguesia e para a comunicação social local, escrita e falada, por todo apoio que nos foram prestando ao longo do ano lectivo. Finalmente deixar também o meu sincero reconhecimento, gratidão e louvor pelos serviços prestados, aos docentes e funcio-nários que após muitos anos de trabalho e dedicação em Escolas do nosso Agrupa-mento, vão passar ou já passaram à situa-ção de aposentados.

José António SilvaDiretor do Agrupamento de Escolas

de António Feijó

Em jeito de Conclusão

A primeira “casa” da EB 23 António Feijó, então Escola Preparatória, situava-se na Rua vasco da Gama, com entrada também a partir da Alameda de S. João. Apesar

das deficientes condições físicas, eram promovidas inúmeras atividades muito participadas.

Carta do Diretor

Despertar noutros tempos...

Page 3: Despertar 74

>Encontro de gerações04 | DESPERTAR | JUNHO 2012 DESPERTAR | JUNHO 2012 | 05

>Carta às Avós

Opinião

Olá querida avozinhaEstás boa?Vamos juntas tomar um café? Eu gosto de ir contigo ao café.Eu adorava ver-te.Queria que viesses outra vez à escola.Obrigada por ganhares o jogo das cadei-ras, eu fiquei muito orgulhosa de ti, avó!Foi porreiro quando comemos bolos e queques que os avós trouxeram.Foi um dia especial na escola!Podes vir outra vez?A professora já nos disse que haverá outra aula. Vai ser uma aula de inglês.Lembrei-me agora do teu arroz preto que eu adoro!Avó, és a minha amiga. Eu adoro-te avó.Dás-me as coisas de que eu gosto e fazes--me as coisas melhores do mundo.

Um beijo e um abraço da tua neta

Inês

Feitosa, 17 de maio de 2012

Olá avozinha!Sou a Mimizinha! Como estás?Gosto muito de ti! Tu fazes aquela massa que eu adoro! Fazes comida que eu adoro!Avó, é bom viveres na mesma casa que eu, não achas?Uma vez eu pedi-te para tirares o carregador da PSP e tu tiraste! Obrigada.Avó, és a melhor avó do mundo.Quando tu foste à minha escola no dia especial da ginástica para os avós, eu gostei muito.Podes vir outra vez?Lembras-te quando fizemos o jogo das cadeiras no polivalente e que te doía a perna? Eu fiquei triste, mas mesmo assim diverti-me.A vencedora foi a avó da Inezinha que é muito minha amiga. Sabias disso avó?Ainda bem que estavas aqui avó, na escola.O avô também podia vir, mas estava no trabalho.Eu queria que o avô viesse… A professora disse que ainda podia haver uma outra vez, mas agora numa aula de inglês.Um lindo dia para ti avó.Um abraço da tua neta

Mimi

Feitosa, 16 de maio de 2012

Olá avô!Avô, estás bom? Penso que neste momento deves estar no trabalho ou em casa com a avó.Avô, eu gostei muito da tua comida no domingo! Quem me dera dormir mais vezes na tua casa!Olha, lembras-te do dia dos avós, quando vieste à minha escola? Gostaste do jogo das cadeiras no polivalente? Quem ganhou o jogo foi a avó da Inês. Avô, não ficaste zangado por teres perdido o jogo das cadeiras, pois não? E depois viemos para a sala de aula comer bolo, queques, beber sumo e leite achocolatado.Sabes, vais ser convidado para uma aula de inglês. Espero que venhas.

Adeus avô.Esta carta é da tua neta Isabel.Claro que tu sabes isso!Um beijinho!

Isabel Feitosa, 16 de maio de 2012

Olá avó e avô,Sou a Francisca!Eu adoro-vos!Eu gosto da comida da avó! Adoro as salsichas.Também gosto do arroz seco que tu fazes avô.Avô quando durmo na tua casa o pequeno-almoço é delicioso!É tão bom ter avós!Vocês lembram-se quando vieram á minha escola?Gostava muito que viesses outra vez á minha escola.Eu adorava que voltasses para uma aula de inglês.Um beijinho para a avó e o avô.

Francisca

Feitosa, 17 de maio de 2012

No âmbito do tema do Projeto Educativo “A Arte de Envelhe-cer” que tem como objetivos

fomentar a solidariedade intergeracio-nal, a partilha de experiências e a con-tribuição para uma vida mais saudável e gratificante para os idosos e para as crianças, no dia 1 de Fevereiro do cor-rente ano letivo, os avós da turma do 1º B do Centro Educativo da Feitosa vie-ram à escola, a convite dos netos para participarem, em conjunto, numa aula de Educação Física. Esta aula foi prepa-rada, em Articulação, com a professora de Educação Física, a professora Sandra que preparou, como atividade, o “Jogo das cadeiras” que se realizou no Poliva-lente do Centro Educativo.Foi um momento de experiencia úni-ca, tendo em conta que, tanto os avós como os netos, se divertiram numa interação onde as idades não pareciam marcar a diferença.Por coincidência, uma das avós (a Pro-fessora Rosália Costa da freguesia de Santa Cruz onde lecionou), pode falar das suas experiencias como professo-ra aos alunos e restantes avós, fazen-do uso das suas palavras que passo a citar: “Fui professora de 1959 a 1992 e no meu tempo os manuais eram livros únicos e todas as escolas usavam os mesmos. Os textos tinham conteúdos que incidiam na família e na pátria. Ao sábado havia aulas no horário da manhã e cantava-se o hino Nacional, o hino da Restauração, limpava-se a esco-la e as meninas faziam lavores, (coziam e bordavam). Os meninos construíam objetos com madeira, rolhas, arame,… Nas paredes apenas existia o cruxifixo e as fotografias do Presidente da Repú-blica e do Primeiro Ministro. No come-ço das aulas rezava-se. Havia turmas femininas e masculinas. Nos recreios mantinham-se separados por um muro em pedra. As turmas eram muito numerosas, nunca menos de quarenta alunos e iam até aos setenta e mais. Cada professora tinha as quatro clas-ses. Nas carteiras sentavam-se três e quatro crianças. Escreviam nas lousas

Amor antigo…O Sr. José, um homem já com uma larga experiência de vida, trazida pelo peso dos anos, revive nesta entrevista, com alguma nostalgia, os tempos de quando era um jovem saudável, cheio de amor para dividir pelas meninas da sua idade.

Com que idade começou a namorar?Comecei a namorar aos 18 anos, antes de atingir essa idade não havia tempo nem permissão para pensar em raparigas.

Quando e onde costumava namorar?Algumas das namoradas que tive só po-diam sair ao domingo, por isso nós namo-rávamos nesse dia. As raparigas não tinham tanta liberdade como têm hoje, eram muito controladas pelos pais e muitas tinham que namorar à

porta de casa para que alguém da família visse o que estavam a fazer. Foi o que acon-teceu com uma das namoradas que tive e que hoje é minha esposa.

Era bem aceite pela família da sua namorada?Sim, as nossas famílias conheciam-se bem, o que nos permitiu ter mais um bocadinho de liberdade para namorar, no entanto continuava a haver um grande controlo.

Alguma vez namorou às escondidas?Sim, muitas vezes eu e a minha namorada fugíamos para um local mais escondido para podermos namorar sem a supervi-são dos pais e podermos dar uns beijinhos.

Enviava presentes à sua namorada?Enviei algumas cartas, flores, postais e

A propósito do dia de S. Valentim: Como namoravam os nossos avós?entrevistas

outras coisas. Naquela época era muito romântico fazer poemas de amor para as amadas e eu fiz um ou dois, mas eu não tinha muito jeito para aquilo. Os presen-tes não eram muitos, porque não havia dinheiro.

Quanto tempo namorou até ao casa-mento?Namorei por volta de dois anos até me ca-sar, e para me casar foi necessária a auto-rização do pai da rapariga.

Qual é a sua opinião sobre a forma dos jovens namorarem agora?É uma vergonha, são muito atrevidos e fazem coisas que nunca passaria pela ca-beça dos jovens do meu tempo. Bem…não é que não nos passasse pela cabeça, mas tínhamos muito medo.

Que idade tinham, a senhora e o avô, quando começaram a namorar?Avó: Eu tinha 18 anos e ele tinha 22.

Em que ano?Em 1955; o teu avô já tinha vindo da tro-pa. Morávamos na mesma freguesia, mas um no princípio e o outro no fim. Ainda rompeu muito os sapatos a vir ter comigo. Vinha todos os domingos, depois do terço, lá para as 16h.

Já tinha falado a outros rapazes? Ou a outras raparigas, no caso do avô?Eu já tinha conhecido outros rapazes, mas passados meia dúzia de meses não queria saber deles. No caso dele, namorava havia já oito anos com uma moça. Desde que me falou a primeira vez, não a viu mais.

Quando e onde se conheceram?Foi no casamento de uma minha irmã. Perguntou-me se no dia seguinte ia ter com ele em São João d’Arga, era festa lá. Mas eu disse: “Não senhor. Vou com o meu ir-mão Armindo e ele prefere ir sozinho a ter que ficar de olho nas irmãs quando estão com os rapazes. Não te quero ver lá.” Dois domingos para diante, veio ter comigo e começamos a falar.

Alguma vez deixaram de se falar depois desse domingo?Uma vez ele veio falar comigo e diz-me as-sim: ”Eu sei que falaste a outros rapazes, mas que os deixaste seis meses depois de se conhecerem. Já nos conhecemos há mais de seis meses… está na hora de eu me ir

Entrevista à minha avó Maria, a “tia Quinhas” que nasceu em 1937.

embora, não é?”. Eu não sabia o que pen-sar. Queria ele ir-se embora? Encontrara outra rapariga? Não, não podia ser. Mes-mo que ele fosse pobre e tivesse as orelhas grandes, eu gostava da humildade, da educação e das falas dele. Então disse-lhe que gostava dele. E ele ficou: gostava de mim também e não havia nenhuma moça no meio.

E os vossos pais? Aprovavam o namoro?Aprovar? Aceitar? Naquele tempo não havia disso. Andávamos juntos na rua e quando os nossos pais, ou padrinhos aparecessem afastávamo-nos. Eu andava devagarinho e ele mais depressa, para nos juntarmos mais à frente. Havia um respei-to pelos pais e pelos padrinhos!

Quanto tempo namoraram antes de casar?Três anos. Gostávamos um do outro e falá-mos em casar.

Como se pedia a mão das raparigas naquele tempo?Não se pedia. Dizia-se a alguém que pen-sávamos casar e essa pessoa arranjava maneira de dizer aos nossos pais. Mesmo que eles não deixassem, nós casávamos. Éramos os dois maiores de idade (21 e 25 anos), a lei deixava-nos casar. As raparigas que ainda não tinham 18 anos, diziam aos pais. Se eles deixassem, casavam logo; se não, esperavam até serem maiores de ida-de e casavam nessa altura.

Ofereciam prendas?Talvez oferecêssemos, se tivéssemos di-nheiro. Recebíamos 19 escudos por dia, mais ou menos 9 cêntimos, e todos os me-ses pagávamos o empréstimo da máquina de costura. As prendas, os postais e as car-tas eram para quem não trabalhava e era rico. E isso do dia dos namorados é mais umas dessas modernices para esvaziar as carteiras. Namorar naquele tempo era gostar de um moço e falar com ele meia dúzia de minutos. Se deixassem de se fa-lar não havia essas choradeiras que vocês

fazem agora. Nem havia tempo para isso.

Gostava de dar algum conselho aos jovens de hoje, sobre a matéria de namoros?Sim. Quando pensarem em casar com al-guém, vão, antes do casamento, a um sítio onde tenha muita gente e passem o dia nesse lugar. Ao fim do dia voltem a casa e pensem de quem sentiram mais falta, quem queriam que aparecesse ali. Se essa pessoa for o vosso(a) noivo(a), amam--se mesmo. Se não, esqueçam essa pessoa e o casamento.

com lápis de ardósia, nos cadernos com uma pena que molhavam nos tintei-ros que existiam nas carteiras. A tinta era feita pelos professores. No quadro escrevia-se com giz. Transportavam os livros e a lousa numa saca de pano. Não havia merendas. As crianças an-davam mal vestidos e sujas, passavam frio e fome. Nas aulas havia silêncio e os alunos raramente falavam e quando não sabiam eram castigados com as re-guadas e a cana da India. Muitas vezes prolongava-se o horário, continuando com os alunos na escola ou nas nossas casas. Repetiam anos, podiam estar na escola até aos 14 anos.”Chama a atenção às crianças para o facto de serem uns felizardos uma vez que podem usufruir de condições óti-mas nas escolas frisando, de um modo particular que: “as escolas, nos dia de hoje, têm, na sua maioria, condições físicas mais acolhedores. Têm espaços que proporcionam funcionalidades di-versas, (biblioteca, pavilhão, cantina, sala de aula com quadros interativos...)”Consideramos que foi válido este in-tercâmbio intergeracional. Tanto avós como netos mostraram-se entusias-mados com a possibilidade de voltar a proporcionar-se um momento idêntico que ficou agendado para o dia 8 de Ju-nho, desta vez para participar numa aula de Inglês.Conclui-se este encontro com um lan-che-convívio com a colaboração dos avós que teve lugar na sala de aulas.Mais tarde, os alunos escreveram car-tas que dirigiram aos avós, mostrando--lhes a alegria que sentiram por eles virem à escola e o desejo de que este momento se repita.

Professora Rosa Leão

CE Feitosa

“A Arte de Envelhecer”

A crise da família

O s pais são indispensáveis na educação e formação dos fi-lhos – é o seu dever principal.

Mas as solicitações da vida contempo-rânea originam que aqueles não pos-sam estar com os filhos tanto quanto gostariam, trazendo consequências para ambos.O trabalho, o cansaço, as tarefas diá-rias influenciam o tempo – e a quali-dade do tempo – que os pais passam com os filhos. Este é insuficiente para os pais os educarem, conhecerem ou simplesmente para descontraírem ou se divertirem juntos. Não havendo este tempo, os filhos afastam-se dos pais, acabando por não ter uma rela-ção saudável com eles. Também “não os conhecem”, não há confiança nem desejo de partilhar seja o que for, não há sentido de família.Hoje em dia, há muitos pais que só sabem satisfazer as necessidades ma-teriais dos filhos e esquecem o mais importante: os afetos, o respeito, a partilha e entreajuda. O poder para aconselhar sobre as melhores esco-lhas – amigos, assuntos escolares ou outros – não acontece, porque os mais novos não se reveem nos seus pais, nos seus valores ou ideais. Esta dife-rença de interesses causa instabilida-de familiar e rebeldia por parte dos filhos. Estes, devido à ausência dos pais, e como forma de se afirmarem, por vezes, têm maus resultados esco-lares, más companhias e é frequente que comecem a ter comportamentos menos aceitáveis como o uso de álco-ol, drogas, etc..O apoio e atenção dos pais podem mesmo fazer a diferença entre a vida e a morte…A este propósito, aconselho a leitura dos livros A Lua de Joana e Os Herdei-ros da Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez.

Ana Carolina Cunha – 8.º E

www.bpgas.ptwww.bp.ptNúmero Azul: 808 201 910

Largo da Lapa - 4990-044 Ponte de Limatel./fax. 258 743 654 - [email protected]

PAPELARIA A4®

Tel. e Fax. 258 742 846 ◊ [email protected] Cónego Manuel José Barbosa Correia

4990-079 PONTE DE LIMA

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Opinião

Mais um final de ano letivo se aproxima, cumprindo-se, assim, mais um ciclo de ati-

vidades escolares.Fazendo uma retrospetiva do trabalho desenvolvido ao longo deste ano im-porta, desde já, realçar o compromis-so, a disponibilidade, o empenho e o profissionalismo de todos os docentes que exercem funções no 1º Ciclo.Também os Pais e Encarregados de Educação que acompanharam o per-curso escolar dos seus educandos não podem ser esquecidos no seu esforço para estarem presentes e partilharem uma responsabilidade de educação que é cada vez mais imperiosa na so-ciedade em que vivemos. Acreditamos que todos deram o me-lhor de si, contribuindo para o cres-cimento académico e para o desen-volvimento pessoal, social e humano dos alunos, ao longo do ano. Os novos desafios e responsabilidades, resul-tantes desse desenvolvimento, recom-pensam o esforço de todos: alunos, professores, pais e encarregados de educação.Para os alunos do 4º ano chegou ao fim a caminhada no 1º Ciclo e novos desafios os aguardam.O repto da escola contemporânea não se confina à transmissão de conhe-cimentos. Para além deste, importa colocar o enfoque na preparação dos nossos alunos para a integração numa sociedade que exige uma postura de superação de dificuldades, a capaci-dade de enfrentar novos desafios e vencer as incertezas de um Mundo em constante evolução. Esta missão da Es-cola apenas será concretizada se toda a sua ação se alicerçar em princípios, valores e atitudes que promovam a formação de cidadãos ativos, críticos e socialmente intervenientes, de modo a contribuírem para a melhoria das condições de vida das comunidades em que se integram, não esquecendo, em momento algum, a história e a cul-tura do nosso país e da nossa região.Nessa perspetiva, foi possível come-morar datas e períodos significativos, bem como realizar outras atividades para além das que constam no Plano Anual de Atividades, as quais tiveram sucesso, contaram com uma adequa-da organização e com a participação de todos os docentes e da Comunida-de Educativa. Promoveu- se a troca de experiências e saberes, juntou-se a teoria com a práti-ca, a articulação entre a Educação Pré--escolar e o 1º Ciclo, desenvolvendo atividades promotoras de aprendiza-gens diversificadas o que proporcio-nou enriquecimento com implicações positivas na vida do Agrupamento e da Comunidade Escolar.Cabe-nos dar continuidade a estas ini-ciativas numa perspetiva de colabora-ção e partilha entre colegas. A todos, desejo um profícuo final de ano letivo e umas boas férias que vos proporcionem o alento e a motivação necessárias para o início de um novo ano escolar.

Rosário Gomes, Coordenadora de Departamento do 1º Ciclo

>Educação para a Saúde

Sugestões para o combate ao excesso de peso e obesidadeA obesidade não deve ser encarada como um problema estético, mas sim, um proble-ma de saúde. O excesso de peso pode pro-vocar o aparecimento de vários problemas como diabetes, problemas cardíacos e a má formação do esqueleto. A obesidade infantil é um problema grave e deve ser encarado com cuidado, assim, deixamos algumas su-gestões para combater a obesidade infantil:- Siga uma alimentação rica em frutas, legu-

mes e verduras. - Dê às crianças uma garrafa de água ou su-

mos naturais.- Evite os refrigerantes.- Faça sandes com pães integrais.

Sugestões para o combate ao excesso de peso e obesidade

- Respeite os horários das refeições e não deixe que os pequenos fiquem “petiscan-do” as guloseimas entre um intervalo e outro. Os horários e rotina para a alimen-tação são fundamentais.

- As refeições devem ser realizadas em lu-gares calmos, pois a refeição rápida com barulho e à frente da televisão contribui para que se coma mais do que o necessá-rio.

- Atividades físicas são sempre bem-vindas. Programe atividades diárias para toda a família que podem ser simples caminha-das e faça disso algo que atraia as crian-ças. O importante é estar sempre em mo-vimento.

IMC no JI e 1.º ciclo

O grupo docente de Educação Física con-tinua a acompanhar a evolução da massa corporal dos alunos da Escola EB 2,3 de António Feijó de Ponte de Lima com o objetivo de determinar a prevalência de excesso de peso, obesidade e baixo peso. Foram aplicados os pontos de corte da definição de excesso de peso, obesidade e baixo peso propostos por Cole et al. (2000), para as diferentes idades e para cada género, por permitirem uma conti-nuidade do critério do IMC na infância, adolescência e idade adulta. A recolha dos dados realizou-se mais uma vez no início deste ano letivo. No total, foram avaliados 840 alunos (417 rapazes e 423 raparigas) distribuídos pela faixa etária dos 9 aos 15 anos.A Obesidade é hoje o principal problema de Saúde Pública Mundial e um importan-te factor de risco para o desenvolvimento e agravamento de outras doenças. Segun-do os dados do Observatório Nacional da Atividade Física e Desporto de 2010, a prevalência de excesso de peso e obesida-de entre as crianças dos 10 aos 15 anos situava-se nos 26% (19,7% de excesso de peso e 6% de obesidade).Em termos globais, o valor combinado de excesso de peso e obesidade encontrado nos alunos da Escola E.B. 2,3 de António Feijó atingiu, no presente ano letivo, os 34,5% (25,6% de excesso de peso e 8,9% de obesidade). Da comparação global entre os sexos, verifica-se uma situação ligeira-

Como vai a saúde dos alunos da nossa Escola…

mente mais favorável no grupo das rapa-rigas. Relativamente ao baixo peso, foram encontrados valores residuais.Apresentamos de seguida o gráfico re-sumo da avaliação efectuada na Escola tendo em conta as diferentes categorias do IMC.O acompanhamento da massa corporal dos alunos da Escola sede deste Agru-pamento iniciou-se no ano letivo de 2007/2008, pelo que dispomos de dados relativos aos últimos cinco anos. O grá-fico que se segue mostra a evolução das taxas de excesso de peso e obesidade dos alunos.Paralelamente ao que se verifica a nível nacional, os dados mostram uma tendên-cia crescente do excesso de peso e obesi-dade nas crianças e adolescentes.A par de uma alimentação equilibrada, a prática de actividade física na escola e nos tempos livres é essencial para o bem--estar físico e psicológico, pois são estes os fatores que exercem a maior influên-cia na magnitude da expressão clínica da obesidade. Dada a sua prevalência crescente e as consequências para o futuro, a obesidade da criança e do adolescente necessita de uma intervenção urgente. Cabe aos pais e professores, principais promotores de um estilo de vida ativo e saudável, inver-ter aquela que é considerada a epidemia do Sec. XXI.

Professor Agostinho Sousa

>Educação para a SaúdeAs 10 melhores brincadeiras do Verão

Cuidado com o Sol

Com a chegada do calor e do verão surgem as férias as idas à praia e a

exposição ao sol.

O sol moderado faz bem à saúde. Mas o sol em excesso, sem a proteção

adequada pode provocar queimaduras no corpo. Quando fores para a praia não te

esqueças:

1. Evita a exposição solar das 11 às 16 horas - é neste período de tempo que o sol

está mais forte e a radiação ultravioleta atravessa-a mais facilmente:

2. Usa sempre chapéu de preferência chapéu com abas, ou pala.

3. Usa óculos de sol: os olhos também recebem a radiação e têm que ser protegi-

dos pelos raios ultravioleta);

4. Bebe Água frequentemente para evitar a desidratação;

5. Usa protetor solar adequado a tua idade

6. Tem em conta que o tempo nublado pode dar a falsa sensação de que os riscos

associados à exposição se tornam menores: esses riscos mantêm-se em tudo

semelhantes aos do céu limpo, porque os raios solares penetram nas nuvens

produzindo os mesmos efeitos do que estando o céu limpo, com o sol à vista.

Ele não está, mas os raios sim.

Praias e parques incentivam atividades muito agradáveis desde que se solte a imaginação. O importante é afastar os hábitos e as rotinas e experimentar no-vas situações.A criatividade deve ser a grande amiga das férias. É ela quem ajuda a inventar coisas diferentes. Apresentamos algu-mas sugestões de atividades para o pe-ríodo de férias:

1. Passeios de descoberta (com os pais) a sítios desconhecidos, mesmo que sejam perto de casa ou então fazer entrevistas aos habitantes para re-colher informações de como era a vida antigamente na localidade das férias.

2. “À Indiana Jones” (brincadeiras de exploração de recantos, grutas e bosques sob supervisão de um adulto).

3. Construir brinquedos em cartão, madeira, barro, areia molhada ou outro material (castelos, casas, veí-culos, barcos com vela, etc.).

4.Registar em desenho e pintura por-menores do local de férias (fontes, ruas, jardins, etc.).

5.“O investigador científico” (observar, descrever em caderno, desenhar ou fotografar plantas, animais e rochas para depois estudar consultando a internet ou enciclopédias).

6.“Neuróbica for kids” (jogo dos senti-dos e concentração), realizado em grupo, em que cada criança tem de identificar, através de sons, visão de partes de figuras, cheiros e o tato (com os olhos vendados), diferentes artefactos e situações.

7. “À Sherlock Holmes” (jogos em gru-po para descobertas de enigmas na praia ou em parques e jardins).

8. “À Harry Potter” (jogos de magia e ilusionismo que podem ser inventa-dos na hora)

9. O mapa do tesouro (jogo em que al-guém esconde um objeto - o tesouro - e fornece pistas enigmáticas para que seja possível construir-se uma rota que leve à sua descoberta).

10.Contadores de histórias hilariantes (em grupo, inventam-se partes de histórias, as mais excêntricas pos-síveis, registam-se num gravador e depois colam-se as diferentes sec-ções, o que dá origem a situações inimagináveis).

Informação recolhida de uma entrevista de Nel-son Lima, do Instituto da Inteligência, à revista

HAPPY WOMAN em Agosto 2010

No início do na escolar a professora Maria João, coordenadora do Proje-to de Educação para a Saúde, convi-

dou os professores titulares e educadores de infância a medir e pesar todos os alunos a fim de ser determinado o índice de massa corpora (IMC).O estudo foi delineado de modo a procurar verificar se a população escolar, do JI e 1º ciclo, do nosso Agrupamento, com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos, tem sido vítima dos malefícios das sociedades modernas, particularmente nos hábitos ali-mentares incorretos, da falta de atividade física e do sedentarismo. Para tal, procedeu--se à medição do peso e da altura, assim como à determinação do IMC, de modo a de-terminar os índices de excesso de peso e de obesidade nos elementos da amostra (parti-ciparam 1018, o que corresponde a 96,8%% da população do JI e 1º ciclo). Segundo um estudo realizado em 2003 pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimen-tação da Universidade do Porto, Portugal apresenta-se como o segundo país europeu com maior prevalência de excesso de peso e obesidade na população infantil.No relatório da International Obesity Task Force, de 2005, Portugal é dos países euro-

peus com maior prevalência de excesso de peso e de obesidade infantil, isto é, 31,5 % de crianças dos 7 aos 9 anos têm excesso de peso, das quais 11,3% são obesas.Os resultados do nosso estudo apontam para valores semelhantes aos valores en-contrados no território nacional. No 1º ciclo, registamos valores de excesso de peso superiores nas crianças do sexo masculino e valores superiores de obesida-de nas do sexo feminino. Assim verificamos taxas de 29,9% de crianças com excesso de peso e obesidade (sendo 33,8% dos rapazes e 2,7% das raparigas).Neste estudo, ao nível do Jardim de Infância, obteve-se uma prevalência de excesso de peso de 17,1% e 8% de obesidade. Verificou--se que o excesso de peso é mais prevalente nas crianças do sexo feminino e a obesidade mostra uma tendência crescente com a ida-de, nas crianças avaliadas dos 3 aos 6 anos. Torna-se fundamental que todos os pais e professores ajam com firmeza na tomada de decisões no que concerne às questões relacionadas com a obesidade infantil, en-corajando as crianças a terem uma dieta alimentar mais saudável e a adotar compor-tamentos que incluam a prática regular de atividade física.

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>Desporto Escolar

“Compal Air” Basquetebol 3x3

Canoagem

INFANTIS FEMININO INFANTIS MASCULINO INICIADOS FEMININO INICIADOS MASCULINO

BÁRBARA MARCOS - 6ºI

NÁDIA GONÇALVES - 6ºE

RITA GONÇALVES - 6ºI

LORRAINY FÍNGOLO - 7º1

PAULO AMORIM - 7º4

SIMÃO MONTEIRO - 7º4

JOSÉ PEDRO PIMENTA - 7º4

GUILHERME LOPES - 7º4

RAQUEL MARTINS - 9º4

MATILDE MATEUS - 9º4

PATRÍCIA COELHO - 8ºE

ROSÁRIO MARINHO - 9º3

GUILHERME GOMES - 9º4

NUNO SILVA - 9º2

JOÃO AMORIM - 9º4

PAULO MARINHO - 9º4

O Grupo de Educação Física

A Canoagem foi um projeto que teve início, na nossa escola, este ano letivo, no âmbito do Desporto Escolar. A opção por esta atividade revelou ser uma boa aposta dadas as condições que são proporcionadas aos nossos alunos e pela forma, como estes ade-riram ao programa; o grupo de alunos que se inscreveu desde cedo demons-trou interesse e disponibilidade, aca-bando mesmo alguns deles por envere-dar pela competição ativa.Com o avançar do ano letivo, novas propostas e/ou desafios foram sendo lançados aos alunos deste Agrupamen-to, algumas das quais tiveram um feed-back satisfatoriamente positivo. Novas ideias poderão surgir, tais como a ocu-pação das manhãs livres (para todos os interessados) e o protocolo estabe-lecido entre o Clube Náutico e a nossa Escola, para a prática da canoagem em situação de aula.Como qualquer ideia em fase de arran-que, apesar de termos níveis de adesão satisfatórios, aspiramos a um número muito maior de alunos, dada a abran-gência do Agrupamento. Este objetivo será certamente alcançado com o soli-dificar da canoagem na nossa escola, enquanto oferta do Desporto Escolar.

Prof. Rui Pereira

N o seguimento do apuramento realizado na fase de escola, 9 equipas da nossa Escola,

num total de 36 alunos, participaram na fase local do Torneio de Basquete-bol “Compal Air 3x3”, que se realizou no dia 12 de abril, em Ponte da Barca. Nesta competição, os nossos alunos estiveram à altura do acontecimento, competindo com afinco e apresentan-do uma atitude irrepreensível durante toda a prova. No torneio de Ponte da Barca, foram apurados os representantes do distrito de Viana do Castelo para a fase regio-

Dando continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos anos, o Grupo de Educação Física e o

Clube do Desporto Escolar proporcio-naram, no presente ano letivo, a possi-bilidade a todos os alunos da nossa Es-cola de participarem e competirem em diversas modalidades, quer no âmbito da atividade interna da Escola, quer na vertente competitiva do Desporto Esco-lar, através da participação nos grupos equipa. Ao longo do ano letivo, ao nível da ati-vidade interna, desenvolvemos com os nossos alunos atividades desportivas de carácter competitivo/recreativo/lúdico, nomeadamente: Corta-mato Es-colar, Torneio de Basquetebol Inter-tur-mas, aulas de Ténis e Canoagem, Jogos de Goalball, no âmbito da comemo-ração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, Olimpíadas Aquáticas da APPACDM, Torneio de Basquetebol Compal Air 3X3, Torneio de Voleibol Inter-turmas, competição de Mega Km

/ Mega Salto / Mega Sprint, Jornadas Aquáticas e Torneio de Andebol Inter--turmas. Ao nível da atividade externa, demos continuidade aos grupos equipa do ano transato e participámos nos Cam-peonatos Escolares nas modalidades de Basquetebol (Infantis Masculino e Feminino), Futsal (Iniciados Masculi-no), Dança e Natação, e iniciámos a par-ticipação nas modalidades de BTT, Ca-noagem e Patinagem. A aposta nestas novas modalidades foi muito positiva – não só pelo elevado número de alunos inscritos, mas também pela qualidade e comportamento dos alunos envolvi-dos. Participámos ainda no Corta-mato Distrital e no Regional de Natação, as-sim como nos projectos especiais do Desporto Escolar: Basquetebol “Com-pal Air 3X3” (fases Local, Regional Via-na/Braga e Nacional) e fase distrital do Mega Km / Mega Salto / Mega Sprint.Convictos de que podemos fazer mais e melhor, apelamos aos nossos alunos

a que se juntem a nós no próximo ano letivo. Aos Encarregados de Educação, relem-bramos a importância da atividade físi-ca e desportiva na promoção da saúde, no combate à obesidade e sedentaris-mo, e que os seus educandos têm no desporto escolar uma oportunidade de prática desportiva enquadrada e orga-nizada no contexto escolar.Por último, o fim deste ano letivo repre-senta também o final do 3.º ciclo para um grupo de alunos que nos acompa-nharam nos últimos anos – para todos eles aqui fica o nosso agradecimento pelo empenho, dedicação e comporta-mento exemplar, evidenciados na re-presentação da EB 2,3 de António Feijó.

O Grupo de Educação Física

Desporto Escolar na EB 2,3 de António Feijó: no próximo ano letivo, contamos com todos…

A Escola António Feijó passou a contar, este ano letivo, com mais uma modalida-de – Patinagem. Como era de prever, as inscrições foram muitas e os atletas esta-vam intensamente motivados.Assim, participámos com 15 atletas em três competições em Caminha, Arcozelo e Barroselas. Em cada encontro, os atletas competiam em duas provas: percurso de perícias (realização de várias destrezas no menor tempo possível, onde as falhas são penalizadas) e corridas (velocidade).Apesar de sermos estreantes, tivemos atletas medalhados: Rodrigo Martins (4.º ano), Sérgio Araújo (6.º H) e Gonçalo Melo da Silva (6.º H). De parabéns estão também os restantes atletas, que compa-

receram assiduamente aos treinos e se empenharam no sentido de melhorarem as suas prestações. São eles: Cristina Ve-lho (6.º H), Diogo Alves (6.º H), Eva Direito (6.º H), Inês Rolo (6.º H), Cláudia Silva (6.º H), José António Alves (6.º H), José Diogo Viana (6.º H), Lucie Dantas (6.º H), Teresa Rebouço (6.º H), Sara Amorim (5.º 7), Mar-ta Pereira (5.º 7), Cecília Silva (5.º 7), Ana Rita Gonçalves (5.º 7), Mara Castro (7.º 3), Ana Sofia Vieira (7.º 3), Paulo Alves (8.º E), Mariana Rego (5.º 2), Sara Barros (8.º B) e Luísa Silva (8.º B).Esperamos melhorar os resultados no próximo ano letivo e, para que isso seja possível, contamos convosco!!!

Prof.ª Cláudia Marinho

>Desporto Escolar

nal, que se realizou no dia 14 de maio, na E.B. 2,3/S de Joane (concelho de Fa-malicão), na qual participaram 4 equi-pas da nossa Escola.Nesta fase, mais uma vez todos os alu-nos da EB 2,3 de António Feijó demons-traram grande competência e estão de parabéns pelo esforço e qualidade de jogo demonstrada.Destaque para a equipa de Infantis Feminino – com alunas muito jovens e que apresentam grande margem de progressão na modalidade – que, ao conseguir o 1.º lugar no seu escalão, vai competir na Fase Nacional, a realizar

nos dia 2 e 3 de junho em Braga. Aqui ficam as equipas que participa-

ram, em representação da nossa Esco-la, na Fase Regional Viana/Braga.

Ténis

Foi com entusiasmo que ao longo do ano às 3ªs e 4ªs feiras os alunos se deslocaram ao campo de ténis municipal para, no âmbito do des-porto escolar, poderem praticar a modalidade.O projeto continuará no próximo ano letivo pelo que os alunos inte-ressados apenas terão que aguar-dar informação para se inscreve-rem. Parabéns aos alunos que já apro-veitaram a oportunidade este ano.

Professor Luís Matos

Disputou-se no dia 5 de maio de 2012, na piscina olímpica de Póvoa do Varzim, a fase regional de natação do Desporto Escolar. Ao longo do ano letivo foram disputadas três provas, (Arcos de Valdevez, Ponte de Lima e Vila Praia de Âncora) para apurar os

Regional de Natação 2012

3ºclassificado, 200 m Livres

João Rafael Gonçalves, 7º3

3ºclassificado, 50 m Bruços

Bruno Narciso, 9º6

1ºclassificado, 200 m Livres

Mariana Sousa, 7º3

3ºclassificado, 100 m Costas

Mariana Sousa, 7º3

representantes do distrito de Viana do Castelo. A nossa escola apurou dez alunos, no escalão de iniciados: Sofia Fernandes, 6ºE; Mariana Mateus, 6ºF; Ana Carolina Silva, 7º3; Ana Maria Sousa, 7º3; João Rafael Gonçalves, 7º3;

Mariana Sousa, 7º3; Diana Mendes, 9º3; Ana Paula Melo, 9º6; Bruno Narciso, 9º6; Carla Alves, 9º6.Aqui ficam os medalhados, no Regional de Natação, da EB 2,3 de António Feijó:

Parabéns a todos os nadadores.O grupo de Educação Física

2ºclassificado, Estafetas 4x50m Estilos

Sofia Fernandes, 6ºE; Ana Carolina Silva, 7º3;

Ana Paula Melo, 9º6; Carla Alves, 9º6.

2ºclassificado, Estafetas 4x50m Livres

Mariana Mateus, 6ºF; Ana Maria Sousa,

7º3; Mariana Sousa, 7º3; Diana Mendes, 9º3.

Pati

nage

m

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10 | DESPERTAR | JUNHO 2012 DESPERTAR | JUNHO 2012 | 11

>Biblioteca Escolar

João Pedro Mésseder... o escritor

que “mudou de nome”, que

tem predileção por palavras

exdrúxulas, e que gosta de visitar

agrupamentos com nomes de Poetas...

No passado dia 27 de abril esteve

de visita ao nosso agrupamento o

escritor João Pedro Mésseder, para

uma conversa sobre duas das suas mais

recentes obras: O guardador de Árvores,

junto dos alunos do 3º e 4º ano da EB1

de Ponte de Lima, e Gatos, Lagartos

e outros Poemas, junto dos alunos

do 1º e 2º ano da mesma escola e das

crianças do JI de Rebordões Santa Maria.

Tratou-se de uma jornada altamente

enriquecedora, sendo, uma vez mais,

notório, o trabalho de excelência

desenvolvido por professores e alunos,

permitindo converter estes momentos

em experiências positivas de leitura e de

formação de leitores.

João Pedro Messeder referiu que além

de gostar de vir a Ponte de Lima, gosta

de visitar agrupamentos que têm

nomes de poetas, como é o caso do

nosso, tendo iniciado a sua conversa

com os alunos com o poema Rouxinol

de António Feijó. Seguiram-se muitas

questões, pois a curiosidade em torno

de um escritor que “muda de nome” é

grande... Destacamos algumas.

Porque mudou de nome?

Inventei este nome para assinar os meus livros literários. Os escritores fazem mui-to isso. Foi o caso de Miguel Torga e de Eugénio de Andrade, por exemplo. Fi-lo para separar a minha vida das histórias que crio. Não é um nome muito invul-gar: Mésseder é um apelido de família, e João é o nome que eu gostava de ter quando tinha a vossa idade, era um nome curto e antigo, e eu não gostava do meu.

Com que idade descobriu que queria ser escritor?

Comecei a escrever e a gostar de escre-ver na escola. Achava que gostaria de escrever como alguns dos escritores que lia na altura. Devia ter 13 ou 14 anos.

Quais os escritores que mais o influenciaram?

Tantos!... Sophia de Mello Breyner, Fer-nando Pessoa (e o seu Comboio Descen-dente), Vinicius de Moraes...

Qual foi o seu primeiro livro?

Versos com Reversos. É um livro de po-esia.

Sabemos que tem obras em prosa e em poesia. O que é que prefere?

Gosto de escrever em verso porque a

João Pedro Mésseder esteve entre nós

poesia anda há muitos anos comigo. Talvez goste mais de poesia... tem mú-sica, canto, ritmo! Mas também gosto da prosa: além de criar histórias, como é o caso de A Caneta Feliz, Aquário, escrevo sobre outros autores, Miguel Torga, por exemplo, que conta a história do autor e da árvore de que ele gostava, sobre lugares, como Timor Lorosae, a propó-sito do povo timorense, e ainda sobre histórias da tradição popular que gosto de recontar à minha maneira, como é o caso das Histórias de Pedro Malasartes.

Qual o livro que mais apreciou escrever?

Todos! Este – O Guardador de Árvores – apreciei muito porque também aprecio muito as árvores. A cidade onde vivo (Porto) tem poucas, devia ter mais. Ad-miro as árvores: as folhas, os frutos, o tronco... mas sei muito pouco sobre elas. Tenho paixão pela riqueza e pela bele-za das árvores. Todos os livros me dão

muito prazer escrever. Por norma, é o último, o mais recente que me dá mais prazer...

Está a escrever algum livro novo?

Estou sempre a escrever alguma coisa. Não revelo títulos porque ainda não tem, é sempre a última coisa a fazer – chego a demorar meses para chegar ao título certo! Há muito que estou a ecrever um livro sobre música, músicos e instru-mentos musicais.

Alguma vez escreveu para os seus fi-lhos?

Sim... há muitos anos. Escrevi sobre o meu filho quando era criança e contava a história de como se transformou num verdadeiro leitor. E ainda alimento o sonho de escrever um livro cuja person-gaem principal seja a minha filha Inês (Inês, mais uma vez...).

Gosta de escrever para crianças?

Sim. Já escrevi mais livros para crianças do que para adultos porque me lembro dos livros que li em criança e de que gos-tei: ainda hoje os guardo! Estou muito agradecido aos livros.

Gosta de visitar as escolas para falar das suas obras?

Sim, muito! É que eu envelheço, mas os meninos estão sempre iguais (têm sem-pre 8, 9 ou 10 anos...). É uma mentira de que gosto de me alimentar. E também gosto de conversar com as crianças.

Já viu alguém a ler um livro seu em locais públicos?

Sim. E fico contente. É muito importante para mim.

Como concilia o trabalho de escritor e professor?

Como sou professor de literatura, ensino os meus alunos a lerem melhor livros (romances, poesia...) de outros autores. É fácil porque o objeto é o mesmo: é a literatura.

Que palavra usa mais?

A palavra ÁRVORE. É uma palavra esd-rúxula, e eu gosto de palavras esdrúxu-las. Além disso, contém o V de verde... e não podemos viver sem elas! Também gosto da palavra Sândalo e Sandália. E também há palavras de que não gosto, palavras horríveis como guerra, pala-vras assassinas como competitividade, que arruina as relações entre as pessoas...Escrever é o que mais gosta de fazer?Escrever é a segunda coisa que mais gosto de fazer! A primeira é LER!

Alexandre Parafita, escritor, investigador e professor na UTAD, de visita às escolas

do Agrupamento António Feijó no passado dia 16 de março, deixou uma mensagem de incentivo à leitura como meio de realização pessoal e profissional, revelando que “a literatura e a poesia contêm a vitamina certa para a formação de crianças leitoras e adultos realizados”, e acrescentando ainda que “quem vive à margem dos livros, será uma pessoa infeliz”.O escritor passou pela EB1 de Ponte de Lima, pelo Centro Educativo da Feitosa, pela EB1 de Rebordões Souto e pelo Centro Educativo de Trovela, tendo-se mostrado muito agradado, e positivamente surpreendido, com o trabalho desenvolvido em torno da sua obra. Deixou ainda uma apreciação muito positiva à forma como a leitura é trabalhada no agrupamento.Além da apresentação de trabalhos diversos, os alunos tiveram oportunidade de colocar algumas questões ao autor, ficando deste modo a conhecer melhor a sua vida e obra. Destacamos as mais relevantes.

Porque decidiu ser escritor?Quando andava na escola, os professo-res elogiavam as minhas composições. Gostava também de aplicar rimas aos nomes dos meus colegas, principalmen-te àqueles mais esquisitos. Mais tarde, escrevia poemas para o jornal do liceu...

Com que idade começou a escrever?Andava no Magistério primário quando escrevi o meu primeiro livro: “Ah! Trás--os-Montes. Trata-se de um livro de poe-sia dirigido a adultos.

Recebeu influências dos pais ou dos avós?Em termos de leitura, pouco. Sobre a vida, muito. Fui criado com os meus avós, pois como o meu pai era mili-tar da GNR não tinha “sítio certo”. Os meus avós tiveram muita influência na construção da minha personalidade, e ensinaram-me tudo o que sabiam, da vida e das suas histórias.Os meus pais deram-me o curso de professor primário com muita dificuldade, e foi um grande orgulho para a família, principalmente para a minha avó, tê-lo conseguido. Ser professor, na altura, era como hoje ser deputado ou ministro. O professor era um líder e um herói.

Mas deixou de ser professor primário...Sim. E essa mágoa ainda me acompa-nha. Enveredei depois pelas Ciências da Comunicação, área que integra as reco-

>Biblioteca Escolar

lhas da tradição oral que faço, e que re-presentam a forma que era usada para comunicar no passado. Escrever para crianças foi a forma que eu encontrei de me curar das mágoas de ter deixado as crianças...

Quantos livros já escreveu? Qual o seu preferido?Já publiquei cinquenta e dois livros, de-zassete dos quais se encontram no PNL. Não tenho um livro preferido. Tal como um pai que tem muitos filhos, gosto de todos. Os mais recentes estão mais na memória e são talvez os melhores, pois encerram mais sabedoria e experiência.

Excreve histórias com temas do quotidiano?Sim. Memórias de um Cavalinho de Pau, por exemplo, incorpora temas e cenários da minha aldeia (Sabrosa) e da minha infância: o meu avô era enxertador na quinta do Pousado, fazia as videiras que não prestavam darem bom vinho, e eu acompanhava-o. Este livro é uma forma

de ligar várias gerações num mesmo ce-nário. Outro exemplo é O Último Gaitei-ro que surge depois de uma reportagem sobre o gaiteiro. E há outros, Magalhães aos olhos de um Menino...

Das recolhas que fez, qual é a que mais gosta?Gosto de todas. Se a história dura é por-que tem algo de mágico que a faz per-durar no tempo, ouve-se muitas vezes com prazer. Além da graça e do humor, as histórias encerram mensagens “eter-nas”, e aprende-se muito com elas. Se ca-lhar, tenho alguma preferência para as recolhas relacionadas com os Diabos, no caso de O Diabo e o Lavrador, por exem-plo, vemos que essa personagem está sempre perto de nós a tentar aproveitar--se do nosso esforço.

De onde surgiu a ideia para A Pita Martinha?É uma história muito antiga pensada para agradar às crianças (e a vossa re-presentação é prova de que foi consegui-

“Quem não lê é como os Bogalhos”do). Pretende retratar um contexto social de famílias com muitos filhos, cujas mães eram obrigadas a deixar ir alguns deles para serem criados por outras pessoas (padrinhos, tios...), deixando transparecer, através da personagem Pita Martinha, o sofrimento das mães ao fazê-lo.

Porque razão tem vários ilustradores?Quem os escolhe são as editoras, de acordo com o texto que lhes apresento. Se se trata de um tema mais “brinca-lhão”, escolhem um ilustrador mais hu-morístico; ao tartar-se de um tema mais sério, é escolhido um ilustrador “a con-dizer”. Já me aconteceu de ficar muito incomodado com algumas ilustrações: a capa do livro Mala Vazia, que apresen-ta uma gaiola com melros, contaria a mensagem que pretendo transmitir.

Gosta mais de escrever prosa ou poesia? Para crianças ou para adultos?Gosto mais de escrever para crianças, pois precisam mais de ler. Além disso, é como que dialogar com elas. E o escritor também aprende ao dialogar com as crianças e com as escolas: foram as visi-tas aos Jardins de Infância que me inspi-raram a escrever Histórias a rimar para ler e brincar. Gosto mais de escrever Po-esia, apesar de ser mais difícil. Escrever em prosa é mais fácil uma vez que nós pensamos em prosa.

Onde escreve?Em qualquer lugar e em qualquer mo-mento. Por norma, ao computador. Mas também me acontece de escrever, por exemplo, enquanto corrijo exames, e até enquanto conduzo: o poema O Rei e a Lua foi ditado para o gravador do tele-móvel enquanto conduzia!

Quanto tempo demora a escrever um livro?Em geral, pouco tempo, uma ou duas semanas. O que demora mais é a com-posição. O Segredo do Vale das Fontes foi o livro que me levou mais tempo a escre-ver: cerca de meio ano.

Já tem ideias para o próximo livro?Sim. Ainda não tem título, mas uma das histórias, que eu vos vou dar a conhecer hoje, fala de dois caracóis, que podem ser vocês, pois os animais simbolizam vícios e virtudes dos humanos. E come-ça assim: Era uma vez dois caracóis, Rebolinho e Rebolão (...)

E os nossos alunos tiveram, assim, en-quanto não chega às bancas, o prazer de, em primeira mão, ficar a conhecer um dos novos trabalhos de Alexandre Parafita dedicado aos mais novos. Para os mais crescidos e entusiastas desta área do saber, acaba de ser publicado Antropologia da Comunicação, Ritos, Mitos e Mitologias.

à conversa com Alexandre Parafita

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>Biblioteca Escolar

O Cantinho do Cientista!!!João Pedro, T10, EB1 Ponte de Lima

Lê para mim, que depois eu conto…

Nos dias 08 e 09 de março, para encerrar da melhor forma as atividades da Semana da Lei-

tura, a escritora Maria do Céu Nogueira esteve presente no JI de Ponte de Lima, no Centro Educativo da Gandra e no Centro Educativo da Ribeira.A escritora contagiou todos os presen-tes com a sua energia e alegria e intera-giu com os meninos em jogos diverti-dos acerca de textos do livro Memórias, Histórias e Contos Tontos, que foi numa primeira fase trabalhado em sala de aula por professores e educadoras.«Maria do Céu Nogueira nasceu em Escariz, S. Martinho, concelho de Vila Verde. Cedo adotou Braga como seu segundo berço. Aí completou os seus estudos secundários e superiores com uma licenciatura no curso Filosófico--Humanístico na Faculdade de Filosofia

Visita da escritora Maria do Céu Nogueira ao Agrupamento

de Braga (UCP). Foi professora durante cerca de quarenta anos, lecionando quase exclusivamente Língua Portu-guesa. Como escritora, há muito que vem colaborando em vários jornais com textos de crítica literária e social, artigos de opinião, pequenas peças de teatro, contos, crónicas e poemas. Tem cerca de uma dezena e meia de livros publicados. Com A Magia do Sonho, co-letânea infanto-juvenil, saída em 2008, ganhou um prémio literário a nível na-cional. Anima semanalmente a “Hora do Conto” na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga. No seu voluntaria-do cultural, há anos que visita escolas, bibliotecas e Instituições de Solidarie-dade Social para contar ou ler as suas histórias.»

(In http://www.operaomnia.pt/)

UAUSabias que quase todos os planetas têm o nome de um Deus:

Mercúrio: mensageiro dos deusesVénus: Deusa Romana do AmorÚrano: Deus Grego dos CéusSaturno: deus Romano da AgriculturaNeptuno: Deus Romano dos maresMarte: Deus Romano da GuerraJúpiter: Rei dos Deuses RomanosPlutão: Deus Romano do Inferno

UAUA cor de uma estrela é indicadora da temperatura da sua superfície.As estrelas mais quentes são azuis ou brancas, e as estrelas mais frias são cor-de-laranja ou vermelhas.

TERRA A NOSSA CASA

VAMOS PROTEGER O NOSSO PLANETA

TerraAcredita-se que a Terra é o único lugar que tenha vida no universo. A atmosfera terrestre é diferente se comparada a dos outros planetas, entre elas a presença de 21% de gás oxigénio, capaz de gerar vida. O seu único satélite natural é a Lua, um dos grandes satélites de um planeta do sistema solar.

“Lê para mim, que depois eu conto...” nas II Jornadas de Crítica y Investiga-ción en Literatura Infantil y Juvenil na Universidade de Filoloxia e Tradución de VIGO.Organizadas pela ANILIJ (associación nacional de investigación en literatura infantil y juvenil), e realizadas nos dias 11 e 12 de maio, estas Jornadas de críti-ca e investigação em Literatura Infantil reuniram um conjunto de especialis-

tas, críticos, investigadores, autores, tradutores e editores que refletiram em torno da temática “A Família na Litera-tura Infantil e Juvenil”.O projeto “Lê para mim que depois eu conto...” foi selecionado pela Rede de Bi-bliotecas Escolares no âmbito da Candi-datura Ideias com Mérito 2010. Trata-se de um projeto de promoção da leitura em ambiente familiar, que integra os agrupamentos de escolas de António Feijó, Freixo, Marinhas e Darque. A equipa dinamizadora, composta pelas professoras bibliotecárias dos agru-pamentos envolvidos, deu a conhecer o trabalho que tem vindo a ser desen-volvido, neste âmbito, ao longo dos úl-timos cinco anos, tendo apresentado a comunicação “Lê para mim que depois eu conto... Literatura Infantil e Media-ção Leitora”.

Lúcia Barros

A o longo do ano letivo que ago-ra termina, numa parceria entre a Biblioteca Escolar e o

CENFIPE, foi dinamizado um conjun-to de oficinas de formação na área da Literatura e da Formação do Leitor ten-do como público alvo preferencial os docentes do Pré Escolar, 1º CEB, 2º e 3º CEB (Língua Portuguesa) do agrupa-mento. Estas ações foram concebidas com o objetivo de dar resposta a ne-cessidades concretas do agrupamen-to, no âmbito do Projeto Educativo e do Plano de Ação da Biblioteca Escolar.A redução de horário e de recursos humanos afetos à Biblioteca Escolar vieram encurtar, substancialmente, a presença do professor bibliotecário nas diferentes escolas, impossibilitan-do, deste modo, a dinamização sis-temática de atividades relacionadas com a Leitura, nomeadamente com a Leitura Orientada, assim como uma articulação permanente com os do-centes em geral. Estas ações aliaram o manifesto interesse dos professores por esta temática à necessidade de os dotar de ferramentas específicas que lhes permitissem colmatar a redução de tempo do professor bibliotecário nas escolas, continuando e consolidando, um trabalho que já tem alguma tradi-ção no agrupamento: a leitura como projeto de formação de leitores com-petentes, críticos e reflexivos.Deste modo, foram realizadas três ofi-cinas de formação distintas - O Papel da Literatura na Formação do Leitor, Literatura na Sala de Aula: Uma Nova Abordagem, e Professores, Livros e Leitores: o Papel da Escola na Promo-ção da leitura em Ambiente Familiar, dinamizads pela professora bibliote-cária Lúcia Barros, e frequentadas por oitenta e um docentes dos diferentes níveis de ensino, distribuídos por quatro turmas, três das quais com-postas exclusivamente por docentes do agrupamento. Uma das turmas integrou ainda professores da Escola Secundária de Ponte de Lima e da EBI de Távora.O trabalho desenvolvido ao longo das várias oficinas de formação foi pauta-do por um elevado grau de participa-ção e interação, salientando-se o facto de as mesmas decorrerem em contex-to real, e por conseguinte, darem res-posta às necessidades concretas dos docentes envolvidos. De referir, ain-da, a elevada qualidade dos produtos finais resultantes da vertente prática da formação (projetos de leitura), com impacto visível no processo de ensino aprendizagem dos alunos.

Formar Mediadores é Formar Leitores

>Proteção CivilLogótipo do Clube de Proteção Civil

Na edição 73 do jornal Despertar, o Clu-be de Proteção Civil lançou um desafio em forma de concurso, que consistia em criar um logótipo para o clube. Uma vez que um logótipo consiste numa ima-gem que deve obedecer a determinadas caraterísticas, criou-se um regulamento do concurso e solicitou-se o apoio dos professores de Educação Visual. Como resultado deste desafio, surgiram algu-mas imagens muito interessantes e, de-correntes da seleção feita pelos membros do clube, foram escolhidas duas imagens que se complementavam, uma vez que nestas estava representada a flora, a fau-na e a água. Assim, o logótipo resultou da junção de duas das imagens criadas pelas alunas Margarida Martins (9.º 2) e Solange Silva (8.º C): parabéns a estas alunas. Na montagem, tivemos a colaboração de um ex-aluno que tem formação na área da multimédia e a quem não podemos dei-xar de agradecer: Obrigada, Nuno Vale! Eis a imagem selecionada que está a ser trabalhada pelo professor Paulo Renato, para a transformar no formato logótipo. Mais uma vez, obrigada!

Prof.ª Sandra Fernandes e Prof. Filinto Elísio

Dia Mundial da CriançaDecorrente do desafio criado pelo “Clube de Proteção Civil” no vosso dia,1 de Ju-nho, o Clube irá oferecer um marcador de livros, criado pelos alunos que aderiram a este projeto e que consistiu em criar ilustrações e poemas sobre a Floresta. Surgiram trabalhos muito interessantes e, uma vez que a adesão foi grande, hou-ve a necessidade de fazer uma seleção. No entanto, todos os trabalhos irão estar em exibição na Biblioteca Escolar, na ex-posição que lá decorrerá entre 8 e 13 de junho. Esta exposição é o resultado final dos trabalhos realizados por todos os alunos deste Agrupamento, que ao longo do ano participaram em várias atividades relacionadas com a temática “Florestas” e promovidas por este Clube.

Prof.ª Sandra Fernandes e Prof. Filinto Elísio

Logótipo do Projeto TutoriasJoão Rafael Velho Gonçalves

A segunda atividade (via on-line) do proje-to Tutorias consistiu em fazer um logóti-po que representasse o projeto em que as turmas 5º 4, 5º 5, 7º 3 e 9º 4 participam. Este projeto resume-se a ajudar alguns alunos do 5º ano nas suas necessidades do dia-a-dia, no âmbito da escola.Será bom relembrar que a primeira ativi-dade baseou-se em fazer um autorretrato, e tentar adivinhar quem era a pessoa que estava no autorretrato, realizado pelas professoras integradas no projeto tuto-rias. Para ajudar a realizar esta segunda ati-vidade, os alunos puderam contar com a ajuda de alguns professores que expli-caram aos seus alunos como se fazia um logótipo.Em primeiro lugar, neste concurso só po-diam ser usadas as cores primárias, mas depois decidiram alargar a escolha das cores para um leque mais variado, o que facilitou a vida aos alunos que participa-vam no concurso. Os professores mos-traram-se sempre muito preocupados e atentos em todo o decorrer da atividade, dando uma dinâmica, aumentando o grau de interesse e desempenho por par-te dos alunos participantes.Os logótipos foram depois analisados pelo júri constituído pelo diretor da esco-la, professor José António, e pelas profes-soras responsáveis pelo projeto, profes-sora Fátima Laranjo, professora Sandra Fernandes e professora Teresa Coutinho. Esta atividade contou com a preciosa aju-da e colaboração do professor de Educa-ção Visual, Paulo Renato Castro.O concurso do logótipo foi ganho por

duas alunas do 7º3 chamadas Lara Brito Araújo e Teresa de Jesus Dantas Sendão. Foram efetuadas algumas perguntas a estas duas alunas que se mostraram sem-pre bastante divertidas e cooperantes, demonstrando nitidamente o seu compa-nheirismo:

Repórter: Em que se inspiraram para fazer o logótipo?

Lara e Teresa: Inspiramo-nos nas crianças que, como os nossos tutorados, precisaram de ajuda para se integrarem na escola. En-tão tentamos reproduzir a imagem de so-lidariedade. Nós somos o sol que “ilumina” os tutorados, ou seja, que os orienta.

Qual foi a sensação depois da vitória?

Foi muito boa, porque sentimos que o nos-so esforço foi recompensado.

Acham que fazem uma boa dupla?

Sim, entendemos bem e respeitamos as de-cisões uma da outra.

Gostaram de fazer este projeto?

Sim. Foi muito divertido.

Vocês convivem muito com os vossos afilhados?

Sim. Eles são muito simpáticos e queridos!

O júri gostou do resultado final e vocês, o que é que acharam?

Nós também gostamos muito do resultado final do nosso trabalho. Depois de muito esforço, sentimos que o objetivo pretendi-do foi atingido. E o facto de termos ganho é uma recompensa pela nossa dedicação. Esperamos que também tenham gostado do resultado final!

Querem dizer mais alguma coisa?

Agradecer ao júri por ter escolhido o nosso trabalho. Foi uma grande e ótima surpre-sa! Por outro lado queremos aproveitar a oportunidade para dar os parabéns a to-dos participantes que realizaram os outros trabalhos e pretendemos também agrade-cer toda a dedicação, colaboração e ajuda dos professores.

Foi duma forma divertida que termina-mos a entrevista às duas alunas que tive-ram a brilhante ideia de realizarem o lo-gótipo vencedor desta segunda atividade do projeto tutorias.Futuramente poderão contar com mais atividades do projeto Tutorias.Mais se informa que na plataforma Moo-dle já está disponível para consulta e res-posta a um questionário dirigido aos alu-nos envolvidos no projeto Tutorias para avaliar o mesmo.

Teve lugar no passado dia 26 de maio em Subportela – Viana do Castelo, o V Encon-tro Interconcelhio Lê para mim, que de-pois eu conto...Ao longo desta intensa jornada, os mem-bros desta “grande família” tiveram opor-tunidade de conhecer e apreciar os traba-lhos desenvolvidos, no âmbito do projeto, ao longo do ano que agora termina, pelos

Recarregar baterias no V Encontro Interconcelhioquatro agrupamentos envolvidos, poden-do, deste modo, comparar leituras e expe-riências leitoras. Do programa constou, para além da exposição de trabalhos, da mostra literária e da apresentação de tes-temunhos de algumas das famílias parti-cipantes, a primeira apresentação pública da mais recente obra de José Ilídio Torres: 4 Histórias de Pais & Filhos, a estreia do autor no mundo da literatura para crian-ças e jovens, que proporcionou a todos os presentes uma viagem pelos meandros da escrita literária. A dar corpo à verten-te mais recreativa do encontro, os jogos tradicionais organizados pela associação de pais da escola anfitriã, permitiram aos participantes mais novos experimentar as “brincadeiras de criança” dos seus pais e avós, e aos mais velhos recordar e revi-ver a sua própria infância.

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TEL. 258 909 120 FAX. 258 909 121 PONTE DE LIMA

>Jardim de Infância de Serdedelo

O Projeto “Atividades Rurais” chegou ao fim e é com saudade que deixamos a nossa “Horta Joaninha”…Para guardar a nossa horta, constru-

Notícias da nossa escola…

T endo em conta que o tema transversal do Plano Anual de Atividades é “As florestas e a

arte de envelhecer”, resolvemos fazer uma pesquisa sobre as árvores que rodeiam a nossa escola e chegámos à conclusão que está rodeada por uma variedade imensa de árvores e arbus-tos, que fazem com que seja um sítio muito especial. Depois, elaboramos um painel onde colocámos algumas folhas dessas árvores e arbustos, iden-tificando cada uma.Seguidamente, fomos identificar al-guns dos animais que habitam a “nossa” floresta e construímos esses animais, com diferentes técnicas de expressão plástica. Foram muitas se-manas de trabalho mas, gostámos do resultado!

A nossa escola ganhou o concurso o

“Oleão da minha escola” (prémio per

capita) e, por isso, recebemos uma má-

quina, candlemaker, que foi inventada

por um engenheiro português, Mário

Silva que, um dia, enquanto comia ba-

tatas fritas, começou a pensar que des-

tino dar aos óleos alimentares depois

de utilizados, sem prejudicar a nature-

za. Depois de muitas horas de trabalho,

inventou a “candlemaker” que é uma

máquina que transforma óleo alimen-

tar já utilizado, em velas perfumadas.

É realmente admirável !

Para além deste prémio, recebemos

também uma visita a uma fábrica que

transforma óleos alimentares em bio-

diesel, em Calvelo (Future Fuels Biote-

chnology). Foi muito interessante.

Oleão da minha escola

Projeto “Atividades Rurais” ímos o nosso espantalho “Joaninho” com sacos de cebolas e de batatas, um garrafão e algum plástico pois vai ficar à chuva e ao vento…

>Propostas de leituraLúcia Barros, professora bibliotecária

Leituras de VerãoNa praia, no campo, na montanha, em viagem, em casa, enfim... em qualquer lugar, Verão é tempo de férias... de alguma preguiça, e de pôr o prazer da leitura em dia. Aqui ficam, a título de sugestão, algumas novidades, a condizer com o cenário.

>Escrita Criativa No tempo em que as galinhas tinham dentes… no meio de uma floresta som-bria e com árvores da altura do céu, vivia uma princesa horrenda e magra que pela sua magreza lhe chamavam Olívia Palito.Esta horrível princesa até assustava to-das as pessoas e animais que andavam na floresta. Na verdade, todos os habi-tantes da floresta eram feios, sendo a Olívia Palito a mais feia de todos.Porém, havia uma forma de ficar boni-ta. Para isso acontecer era necessário descobrir o tesouro secreto que se en-contrava na casa da bruxa má. A bruxa era tão má, mas tão má que os seus gri-tos de raiva eram ouvidos pelos peixes no fundo do rio Negro.Para abrir esse tesouro secreto era pre-ciso ter uma chave especial que andava sempre presa à cintura da bruxa má. Isto explica a razão pela qual ninguém tinha coragem de se aproximar da casa da bruxa má. Mas a Olívia Palito queria muito ficar bonita para poder casar com um prínci-pe rico e bonito por quem se tinha apai-xonado quando foi de visita à cidade.Então, encheu-se de coragem e lá foi para a casa da bruxa má para ficar com o tesouro secreto. Como a Olívia Palito era tão feia, mas tão feia, a bruxa má mal a viu fugiu a sete pés e com o susto até deixou cair a chave especial que tra-zia presa à cintura. A Olívia Palito apanhou a chave especial e logo de seguida encontrou o tesouro secreto. Mal o abriu ficou imediatamen-te linda como o sol!A Olívia Palito encontrou o príncipe, este apaixonou-se por ela, foram viver para o palácio e ainda hoje lá estão a co-mer pão com melão.

Trabalho realizado pela aluna Beatriz Araújo Fabião 2º ano T.6

>A Princesa Feia

O amor…O amor é eternoDifícil de separarMas fácil de terPode ser abraçarPode ser beijarPode ser chorarE pode ser saudade!

Rodrigo Alves, T9, Eb1 de P. Lima

Destruir este meio natural,É um verdadeiro crime.Caçadores, não deveis caçar,

Nem lenhadores as árvores cortar(Turma 9)

Esta nossa florestaÉ linda de morrer!Dá-nos o oxigénioNecessário para viver.(Gonçalo Costa, T9)

Não destruam as florestasPensem nos brilhos radiantes,Nos fofos animais selvagens,Nas plantas verdejantes

Na água doce dos rios,No suave ar puro,Na frescura da brisa,Pensem no nosso futuro!(Joana, T9)

A frescura da sua água,A beleza naturalFaz da florestaUm lugar fenomenal!

Proteger a floresta a rimarAnimais bonitos,Plantas importantes.Vou deixar uma mensagem:Deixem tudo como era antes!(Afonso Lopes, T9)

Ar puro e silêncio,Alegria e fantasia.A nossa florestaParece uma sinfonia!(Miguel Fernandes, T9)

Poluir a florestaÉ destruir a vida.Vamos protege-laCom toda a energia!

Se poluirmos a floresta,Ar impróprio vamos ter.Se a floresta protegermosCom ar puro vamos viver!(Diogo Miguel, T9)

Floresta, lugar da alegria.Quando queremos brincar,No meio das árvoresNasce a fantasia.(Olívia, T8)

Minha dócil e amada floresta,Gosto muito de ti.Pareces a minha mãe,Por tudo o que fazes por mim.(Zé Miguel, T8)

Proteger a mãe NaturezaÉ uma grande missão.Manter os seus filhos limpos,Apesar de tanta poluição.

Somos filhos da Natureza,Por isso temos a obrigaçãoDe a manter sempre limpaCom muito amor e dedicação(João Miguel, Turma 5)

>Na Floresta da Preguiçade Sophie Strady e Anouk Boisro-bert e Louis Rigaud. Bruáa. 2012.

Tudo é verde, tudo é vida na floresta da preguiça. Gorjeiam os pássaros, enroscam-se os gatos à sombra das palmeiras, os papa-formigas aspiram insectos como que através de uma pa-lhinha… e a preguiça – estás a vê-la? (…)Assim começa este novíssimo traba-lho da Bruáa. Um livro pop up que tem por cenário a floresta amazónica, convidando à descoberta dos detalhes da sua fauna e flora. O leitor torna-se, nesta viagem, um verdadeiro explora-dor / salvador em busca da Preguiça, que alheia à ação do Homem, não se aprecebe do perigo eminente...O talento dos ilustradores desta obra foi já unanimemente reconhecido pela crítica internacional aquando da publicação de Popville, trabalho com que se estrearam nesta área.

>Ir e Virde Isabel Minhós Martins e Bernardo Carvalho Planeta Tangerina. 2012.

Talvez as férias sejam o momento oportuno para nos fazer “abrandar e pensar”. É o convite que nos é feito em Ir e Vir. Acompanhando as extraordinárias viagens de alguns animais menos conhecidos, como as andorinhas-árticas, as borboletas-monarca ou dos gnus africanos, o leitor é dasafiado a refletir sobre o modo pouco discreto como vivemos e nos movimentamos, muitas vezes pondo em risco o frágil equilíbrio do planeta.As Ilustrações desta obra foram selecionadas para a Exposição Ilustrarte 2012 (Bienal de Ilustração para a Infância).

>O que se leva desta vidaCrónicas e Estórias de Alice Vieira. Casa das Letras. 2011.

E, porque cá por “casa” também se faz literatura, sugerimos ainda, acabadinho de sair, 4 histórias de Pais & Filhos que, segundo o autor, é mais que um livro para crianças. José Ilídio Torres, docente do nosso agrupamento no CE de Trovela, refere que se trata de um livro escrito para gente sem idade, para ser lido em con-junto entre pais e filhos. Cada história reflete um tema maior: a morte de um dos progenitores, a queda dos mitos, os sonhos não realizados, os anseios dos pais relativamente aos filhos...Esta obra nasce das experiências do autor enquanto educador, pai e for-mador em futebol. Representa o início de uma caminhada na literatura para jovens, uma vez que já publicou conto, crónica, poesia e romance.

>4 Histórias de Pais & FilhosJosé Ilídio Torres e Silva Torres2012.

Para os mais crescidos, e para ler em qualquer lugar, este livro reúne um conjunto de pequenas estórias repletas de humor e sensibilidade, característicos da autora. Neste percurso deparamo-nos com velhinhas inglesas, bonecas partidas e camisolas verdes, com Callas e Chopin, com pessoas felizes e infelizes, com a língua portuguesa e os professores, com heróis, amizades, histórias de amor e questões familiares... Um verdadeiro manancial de temas para sorrir, rir... e refletir.

>Prepara o teu filho para a vida, valores para crescer felizJavier UrraEsfera dos Livros. 2011.

Porque a Educação não tira férias e é um desafio permanente e diário, esta obra de Javier Urra aborda um conjunto de temáticas que pretendem dar resposta à grande questão “Como podemos preparar os nossos filhos para a vida? Para ultrapassarem de forma serena, realista e otimista as pequenas ou grandes adversidades do seu dia a dia?”Esta obra dirige-se a pais / educadores que, com determinação, pretendem empenhar-se na formação de pessoas equilibradas, capazes de partilhar e cooperar e de se enriquecerem no gosto por aprender, ajudando a desenvolver conhecimentos, atitudes, aptidões, competências e valores fundamentais, que lhes forneçam “airbags para os encontrões da vida”.

EB1 de Ponte de Lima

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>Destaque >Destaque Entrevista ao Diretor do Agrupamento de Escolas de António Feijó, Prof. José António Silva

O professor José António Silva é um dos professores mais antigos da EB 2,3 de Antó-

nio Feijó e cumpre, no presente ano letivo, o 3.º ano do seu mandato en-quanto Diretor do Agrupamento. O Vasco e a Patrícia, alunos do oitavo ano, foram saber mais sobre o nosso Diretor, as suas ideias e objetivos.

Vasco: Quem é o Diretor do Agrupa-mento de Escolas de António Feijó?

Professor José António: É um homem comum, pontelimense que gosta muito da sua terra, que teve o prazer de ser um dos primeiros alunos da Escola An-tónio Feijó (já há um tempo, eu tenho 55 anos) e que está aqui com muito gosto, porque gosta sinceramente da profissão que tem e da instituição que dirige neste momento.

Patrícia: Sente que trabalha muito?

PJA: Costuma dizer-se que “quem corre por gosto não cansa”. Eu trabalho mui-to, mas tenho felizmente uma equipa de colaboradores que também dão o seu melhor, gente que não regateia horas de trabalho e que, se for preciso vir tra-balhar à noite ou ao fim de semana, cá está. Ainda agora estamos numa fase de muito trabalho, para além do diário e do que se relaciona com a preparação das provas de aferição e de exame que se avizinham, porque somos também Uni-dade de Aferição das provas do 4.º ano. O secretariado das provas de aferição e o secretariado de exames têm trabalha-do muito, inclusivamente à noite, para preparar todo o processo, de forma que tudo funcione devidamente.

V: Quanto tempo passa por dia na es-cola?

PJA: Olha, eu não contabilizo (risos). Chego à escola normalmente antes das 8.30h e saio por volta das 18h. São

muitas horas, mas como sabem o cargo de Diretor tem ausência de componen-te letiva e, por isso, não dou aulas – só faço isto. Às vezes sei que as horas não chegam… Tenho a sorte de as minhas filhas já não precisarem tanto de mim e, por isso, tenho algum tempo em casa e muitos sábados e domingos são usa-dos para fazer trabalho da escola. Mas penso que isso é comum a muitos profes-sores, porque os professores têm de pre-parar aulas, corrigir testes e trabalhos, etc.. Há muita gente a trabalhar fora de horas, embora alguns maldizentes ain-da digam que os professores trabalham pouco. Mas não. Um exemplo é que ain-da ontem alguns saíram desta escola às 22h, porque após um dia de aulas ainda tiveram formação contínua.

P: O que é fundamental para se ser um bom diretor?

PJA: O fundamental é gostar-se da pro-fissão. E gostar-se da profissão signifi-

ca gostar de ser professor. Eu acho que aqueles que são diretores sem gostarem de ser professores não são diretores completos, pois não gostando de dar aulas, possivelmente, estão sempre de-pendentes do cargo de diretor. Eu tenho uma vantagem comigo: como gosto de ser professor, nunca fui diretor, ou pre-sidente do Conselho Diretivo, como se dizia dantes, muito tempo seguido, in-tercalei sempre. O apelo da sala de aula a dada altura era muito forte e tinha de regressar.Não tenho turma, mas dos momentos melhores que passo na escola dão-se quando tenho de falar ou de estar com alunos… embora não sejam sempre momentos felizes, como quando tenho de “dar raspanetes” a alguns alunos (ainda há bocado aconteceu).Há uma coisa que gostava de dizer e não sei se todos têm consciência disso: eu sou Diretor, neste momento, do maior Agru-pamento distrital de escolas, a seguir ao dos Arcos de Valdevez, que tem ensino

secundário e apenas mais 100 alunos do que nós. A agravar a dimensão em termos de alunos, professores e funcio-nários, este Agrupamento é constituído por 11 estabelecimentos e isso exige de nós uma atenção muito especial em re-lação a todos eles, porque se um pai que tem muitos filhos tem o dever de dedicar a mesma atenção a todos, o diretor de um Agrupamento com 11 escolas tam-bém tem o dever de dedicar a mesma atenção a todas. Vou quando posso às outras escolas, não tanto como gostaria, mas cada uma tem um coordenador de estabelecimento que vai representando o diretor, desempenhando as funções de gestão do dia-a-dia de cada um desses estabelecimentos.

V: Se, quando tinha vinte anos, lhe dissessem que viria a ser o Diretor do Agrupamento de Escolas de António Feijó, acreditava?

PJA: Sabes, eu comecei quase assim! Vim para a então Escola António Feijó após ter feito estágio, no ano letivo de 1976-77. O primeiro cargo que tive foi ser delega-do de disciplina e logo no ano seguinte os mais velhos viram que eu tinha algu-ma aptidão para aquilo e meteram-me numa equipa. Portanto, com 21 anos não fui presidente do Conselho Diretivo,

mas fui vice-presidente. Todavia, na al-tura considerei que aquilo era um boca-do uma prisão, para um indivíduo que gostava de alguma liberdade de ação, e logo na primeira oportunidade saí. Regressei mais tarde, penso que quatro anos depois. Se me dissesses, nos meus 20 anos, que tinha de ser diretor, sabendo o que sei, acho que ia fazer tudo para não ser, a menos que fosse obrigado (risos). Acho que limita muito o resto do nosso dia--a-dia. Neste momento não faço mais nada, também limitado pela idade, se calhar, e por alguns problemas de saúde: a minha vida á “casa-trabalho, trabalho-casa” e poucas mais ativida-des extra. Por isso, sabendo o que sei, di-ria: “Calma, espera lá, deixa-me crescer mais um bocadinho.” E depois há outra coisa, sem querer pôr em causa o valor de quem tem 20 anos, acho que as pri-maveras que passam por nós nos vão dando alguma maturidade, no sentido de saber encarar e reagir às situações mais problemáticas. Este cargo é exigen-te. O Diretor mexe em tudo: é Presidente do Conselho Pedagógico, do Conselho Administrativo. É um cargo que exige que a pessoa esteja com os sentidos to-dos virados para isto.

P: Nos últimos tempos, muito ouvi-

mos falar de “Mega Agrupamentos”. Qual a sua opinião sobre este tema?

PJA: A minha opinião é esta: “Para me-lhor está bem, está bem; para pior, já basta assim.” (risos). O que quero dizer com isto: concretamente, no nosso caso, e penso que esta ideia é comum a todos os diretores de escolas do concelho de Ponte de Lima, somos como a pescada, que “antes de ser pescada, já era pes-cada”. Nós, antes de haver Mega Agru-pamentos, já éramos um Mega Agru-pamento. Reparem que há escolas que foram agora agregadas ou Agrupamen-tos agregados que vão ficar ainda assim com menos alunos e uma dimensão menor em termos de estabelecimentos. Eu sei que há um concelho cuja autar-quia negou a agregação de escolas por vários motivos, um deles a dimensão… que ainda assim era inferior à nossa.Creio que este Agrupamento dá respos-ta àquilo que lhe é solicitado. Em termos economicistas, se quisermos falar as-sim, penso que também tem a dimensão adequada para ser ainda gerido com alguma qualidade, tanto no que diz res-peito às regras de gestão, como no que diz respeito às relações humanas, o que é muito importante. Se o diretor não tem tempo para falar com os alunos, com os professores, com os funcionários, acaba por ser um diretor que funciona “com controlo remoto” e, portanto, deixa de conhecer o que se passa de facto no ter-reno. A escola é uma organização social, portanto as relações humanas têm de estar sempre presentes – e quando qui-serem afastar esta vertente da gestão de uma escola, mal estaremos. Então tam-bém, se calhar, um robô pode ser diretor de uma escola, desde que programado.

V: Será que, no futuro, outras escolas se vão agregar ao nosso Agrupamen-to?

PJA: Daquilo que eu sei, não. Houve já uma primeira reunião em que foi apre-sentada uma proposta que revela, por tudo aquilo que já vos disse, que a tutela percebeu que este Agrupamento, embo-ra não tenha ensino secundário, tem di-mensão suficiente para se manter como está. Nós temos 2090 alunos, 99 turmas, desde o pré-escolar ao nono ano e, como disse há pouco, 11 estabelecimentos. É uma dimensão muito grande!Também vos quero dizer que, ao fazer esta proposta, a tutela (DREN) não con-templou qualquer situação de exceção, visto que sei que há concelhos onde fo-ram agregadas escolas que, além de ficarem com uma dimensão menor do que esta, também não têm ensino se-cundário. E isto serve para dar resposta a algumas pessoas que argumentam que nós estamos em situação de privi-légio. Se tal acontece, é pela dimensão e pela complexidade de gestão deste Agrupamento.

P: Qual o balanço que faz do ano letivo que está prestes a terminar?

PJA: O balanço deste ano é positivo. Sin-ceramente ainda não sei como vão cor-rer as provas de aferição e os exames nacionais dos alunos do 4.º, 6.º e 9.º anos, mas penso que conseguimos estabilizar em termos de ambiente e da forma de estar dos alunos, quer na EB 2,3, que é aquela escola que às vezes apresenta mais problemas, quer nas outras. Não temos problemas de espécie alguma no pré-escolar e no 1.º ciclo, está tudo a funcionar plenamente. Poderemos ter, por vezes, alguns problemas na escola de 2.º e 3.º ciclo, relacionados com a dis-ciplina ou com o fraco aproveitamento e pouco interesse de alguns alunos. Mas penso que, enquanto houver escola, vai haver sempre problemas destes e não podemos ter a veleidade de pretender que todos sejam muito bons alunos e que nas escolas, sendo organizações de pessoas, não haja conflitos, problemas diários e outras coisas relacionadas com as pessoas. Penso que este será o melhor ano deste mandato.

V: Qual é o principal objetivo que já alcançou, ou pretende alcançar, en-quanto Diretor deste Agrupamento?

PJA: Não posso dizer que tenho um obje-tivo específico. A ausência de abandono escolar no nosso Agrupamento é algo que me deixa muito satisfeito. Os poucos alunos a cujas necessidades não conse-guimos dar resposta, são devidamente orientados pelo serviço de Psicologia para outras escolas e cursos.Agora, há coisas que gostaria que acon-tecessem: que não agrupássemos; que todos os alunos, professores, funcioná-rios e encarregados de educação, se in-teressassem verdadeiramente pela edu-cação e dessem o seu melhor…

P e V: Agradecemos, senhor Diretor, a sua disponibilidade para responder às nossas questões.

PJA: Eu é que agradeço. Gostei muito desta conversa e felicito-vos por serem ambos alunos dedicados, que se impor-tam com o bom nome desta escola. Ali-ás, a maioria dos nossos alunos são bons alunos, interessados e trabalhadores. E, os que não são, cá estamos nós para os ajudar.

Entrevista realizada por Patrícia Coelho e

Vasco Araújo – 8.º E

Já somos um mega Agrupamento

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DESPERTAR | MARÇO 2012 | 1518 | DESPERTAR | JUNHO 2012

>Centro Educativo do Trovela

PONTE DE LIMA - EM FRENTE AO TRIBUNAL

Quando ouço alguém chamar «deficiente» a uma criança ou adulto com Necessidades Edu-

cativas Especiais, subo nas «tamanqui-nhas».Ainda se ouço a expressão: «portador de deficiência», vá que não vá, mas nem essa expressão é actualmente con-siderada correcta.A própria designação «criança espe-cial», no que às crianças se refere, foi

>Acabemos com a palavra «Deficiente»!

substituída por criança com «Necessi-dades Educativas Especiais», cuja sigla é N.E.E. Trata-se de uma expressão bem mais abrangente, que não transporta consigo uma carga depreciativa, nem promove o preconceito, pressupondo uma abordagem diferente, de âmbito bem mais lato, que tem implícita a ne-cessária adequação de metodologias próprias para cada caso.E cada caso é um caso.Enquanto educador, todos os dias te-nho esta realidade bem presente na minha profissão, e luto pela inclusão destas crianças no seio das turmas, mesmo que a experiência me mostre que as crianças ditas normais, acolhem com carinho e a necessária compreen-são estes seus pares.A exclusão vem muitas vezes da pró-pria família, incapaz de lidar da me-lhor maneira com o facto de um dos seus membros necessitar de cuidados específicos, demonstrando em muitas situações que é ela própria promotora de desigualdades.Um dos casos com que muitas vezes me deparo, é aquele que se refere a uma tendência dos pais em quase im-porem ao educador um tratamento es-pecial para estas crianças. Que é uma espécie de preconceito ao contrário, ou seja, não se pede que o educador seja capaz de colocar a sua experiência e

O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também cha-mado de Dia Mundial do Livro)

é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais. O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995.O nosso Centro Educativo não quis deixar passar em claro esta data, e pro-moveu durante parte da manhã desse dia, para os alunos de todos os níveis de ensino e pré-escolar, uma pequena palestra intitulada «A evolução do livro através dos tempos», animada por um

>Comemoração do Dia do Livro e dos Direitos de AutorPalestra «A evolução do livro através dos tempos» e dramatização de uma história infantil

No dia 11 de Maio fizemos uma visita de estudo ao Museu dos Terceiros, em Ponte de Lima, onde fomos recebidos pela senhora Lurdes que nos acompa-nhou e explicou tudo.Vimos coisas impressionantes!Visitamos duas igrejas e na primeira reparámos que havia tampos de cai-xões no chão, porque antigamente não havia cemitérios e, então, as pessoas eram enterradas nas igrejas. Ainda no chão, mais à frente, havia um vidro e por baixo tinha a imagem de Jesus em barro, que encontraram em escava-ções, mas faltavam-lhe algumas peças. Também vimos a pedra com as marcas das unhas do diabo.Depois passámos por uma sacristia e vimos um armário com gavetões, onde os padres e os senhores que ajudavam na missa, guardavam as roupas e as jóias.Quando seguíamos para a outra igreja, passamos por uma fonte com moedas lá dentro das pessoas que pediam de-sejos. A segunda igreja era mais bonita pois era toda dourada! Vimos um quadro de

power-point, e que foi orientada pelo professor e autor, José Ilídio Torres.Os alunos seguiram muito atentamen-te as imagens que iam vendo e as expli-cações que foram ouvindo, colocando questões e interagindo de forma muito positiva.No final da sessão, uma surpresa: a turma 3 do 2º Ano, da qual é docente o referido professor, dramatizou uma das histórias do seu mais recente livro infantil, intitulada «Uma estrela no bol-so dos calções».Foram momentos encantados de parti-lha, com os pequenos atores a mostra-rem que o talento não tem idade, bem como o amor aos livros. Amigos sem-pre presentes para nos abraçarem.

>Visita ao Museu dos TerceirosNossa Senhora a pisar uma serpente com uma maçã na boca e anjos à volta; havia um piano antigo de tubos; e uma santa, a Nossa Senhora, com sete espa-das espetadas que simbolizavam a dor que sentiu quando Jesus morreu. A seguir passamos por uma antessa-cristia e uma sacristia onde tinha uma mesa e dois armários com as escrituras dos casamentos.Noutras salas havia exposições tempo-rárias e permanentes.No fim, a senhora Lurdes mostrou-nos um pequeno palco onde as freiras can-tavam e lá no meio tinha uma roda gi-gante para colocar o livro das músicas.Por último fomos ver o jardim que tam-bém era muito bonito e tinha muitas espécies de ervinhas que podiam ser-vir para chá e outros remédios.Visitem o Museu dos Terceiros porque é muito interessante e podem fazê-lo todos os dias das 10h00m às 12h30m e das 14h00m às 18h00m, exceto às se-gundas feiras.

Bruno, Diogo Martins, Jacinta, Luana, Micael e Rodrigo (3ºB)

>Os alunos do Jardim foram à nossa horta e com muita atenção ouviram as explicações da Educadora Luzia.

>Centro Educativo do TrovelaDESPERTAR | JUNHO 2012 | 19

>No dia 25 de abril pintamos um painel coletivo

As turmas 5 e 6, do 3º ano de Trovela.

opinião

métodos ao serviço dos resultados, tantas vezes silenciosos, mas quase se exige um «tratamento especial», pois que a condição daquele ser assim o de-manda.A avaliação de resultados, nomeada-mente os escolares, já é uma avaliação especial, menos quantitativa e mais qualitativa, e confundem-se aqui as crianças com dificuldades de aprendi-zagem, cujos pais muitas vezes que-rem ver incluídas nas Necessidades Educativas Especiais, como se de ver-dadeiros «deficientes» se tratassem, pois assim, é quase certo que no final do ano vão ser aprovadas…Nada de mais perverso, na minha

opinião.A igualdade faz-se fazendo-se,

promovendo-se. Faz-se

pela eliminação de barreiras: físicas, psicológicas e outras, e não é necessá-rio que a criança seja colocada numa re-doma de vidro pela sua condição, mas sim junto dos outros alunos, sendo-lhe possibilitadas o máximo de experiên-cias possíveis.Faltam técnicos, faltam professores nas escolas, faltam turmas mais reduzidas para que os resultados alcançados se-jam bem mais satisfatórios.No Desporto, área à qual estou ligado profissionalmente, as adaptações são um facto, e conseguem-se resultados extraordinários no aumento da auto--estima e felicidade, e o próprio país tem brilhado internacionalmente nas competições.Quando se discutiu recentemente se um atleta com uma prótese, um velo-cista, australiano com excelentes mar-cas, poderia competir lado a lado com atletas «normais», participando nas olimpíadas, no fundo, estava a discutir--se integração, igualdade.Falta que os homens sejam fraternos entre si, a igualdade surgirá sem que seja preciso proclamá-la.Da próxima vez que usar a palavra «deficiente», pense um pouco em si próprio, e sinta se é capaz de ser «efi-ciente» e mudar dentro de si um pouco dessa, afinal, especial condição.

José Ilídio Torres / Professor

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>Centro Educativo da Ribeira

>”O guizo do gato”

>Finalmente… finalistas!

Na Semana da Leitura, os alunos da turma G do 4.º ano do Centro Educati-vo da Ribeira deslocaram-se à escola--sede para apresentar uma divertida dramatização, baseada na conhecida fábula «A assembleia dos ratos». Estre trabalho, desenvolvido sobretudo nas AEC’s com as professoras Filipa e Cris-tina, agradou muito ao público presen-te, constituído por alunos e professores do 5.º ano. Foi mais uma atividade de articulação entre ciclos promovida pelo nosso Agrupamento.

Em baixo de uma macieiraMora um lindo morcegoPreferiu comer maçãsE deitar fora o pêssego.

Debaixo de um pinheiroVive uma toupeira malucaCome sempre as pinhasSem precisar de peruca.

Debaixo da tangerineiraEsconde-se a gata douradaDecidiu comer tangerinasE deitou as cascas na estrada.

Em baixo do pinheiroMora a raposa CastiçaQuis comer os pinhõesE por de lado a nabiça.

Os alunos do 4º F do Centro Edu-cativo da Ribeira, ao longo do ano lectivo de 2011/2012 tive-

ram como área de projecto, uma parce-ria com o Museu dos Terceiros, sob o tema “A arte de envelhecer”.As visitas decorreram ao ritmo de uma vez por mês e cada uma delas tinha o seu próprio tema.Assim sendo, na nossa primeira visi-ta, no dia 2 de Novembro, fomos ver o Museu dos Terceiros pela primeira vez e no final construímos um portfolio onde iríamos guardar todos os registos ao longo de todo o projecto. No dia 30 de Novembro, tivemos como tema de trabalho, a alimentação saudável. Ti-vemos uma pequena palestra em volta da roda dos alimentos; também obser-vamos um rol de alimentos comprados pelos frades franciscanos nos séc.XVI e XVII. Enquanto observamos tudo isto, fomos preparando um delicioso doce de abóbora com nozes que depois trou-xemos para a escola. Em Dezembro, a nossa visita teve como tema “O tempo”. Aqui observamos um friso cronológico, o qual fazia referên-cia ao nascimento de Cristo e depois a algumas datas históricas importantes para Ponte de Lima como a data da construção da Ponte Romana e da Pon-te Medieval; a Torre da Cadeia, a Igreja Matriz e outros edifícios antigos desta vila. Como atividade manual fizemos as decorações para o pinheiro de natal com material reciclável (estrelas, bolas, sinos e pinhas).Em Janeiro a nossa actividade esteve relacionada com arqueologia. Estive-mos a ver como poderíamos limpar pratas sem as romper ou degradar. Limpamos uma jarra.Em Fevereiro o tema da visita esteve relacionado com o corpo humano. Pri-meiro tivemos uma pequena palestra sobre o corpo humano. Seguidamente fizemos o jogo das estátuas e no final construímos (em barro) uma parte do corpo humano.Em Março estivemos a falar da conser-vação preventiva móvel. Aqui verifica-mos como é que alguns insetos (tér-

mitas e bichos da madeira) atacam as peças de museu. Vimos o que podería-mos fazer para combater estes insetos e aprendemos a verificar se os insetos estão presentes ou não. No final fize-mos um jogo de “Caça ao Inseto”.No mês de Abril, falamos sobre a con-servação preventiva imóvel. Falámos sobre a conservação dos edifícios. A importância dos restauros e vimos fo-tografias onde podíamos comparar o museu, antes e depois das obras. No fi-nal construímos uma pequena maque-te do edifício da Cadeia Velha.Finalmente, no dia 10 de Maio termina-mos o nosso projecto com uma refle-xão sobre tudo o que fizemos. No final da sessão construímos uma peça (cada 2 meninos) que deixamos ficar no mu-seu para posteriormente ser feita uma exposição colectiva, interturmas.

4º F

>Área de Projeto - A arte de envelhecer

Chegou o momento de refletir sobre o meu percurso escolar, até hoje. Sinto uma mistura de alegria e tristeza. Ale-gria, porque irei ter uma nova escola e tristeza, por deixar esta.Apesar de ter entrado nesta escola, no terceiro ano, todos me receberam de braços abertos, desde o professor, aos colegas de turma.Esta é uma escola simpática e com equipamento moderno. Tem uma boa biblioteca e bons espaços de recreio. Os funcionários são simpáticos, pres-táveis e muito preocupados com os alunos.Em relação à minha turma, ela não po-dia ser melhor! Somos todos muito uni-dos e bons companheiros. Claro que há amizades mais especiais, mas somos um grupo forte.Esta união entre a turma deve-se ape-nas a uma pessoa: ao nosso professor. Ele é o herói desta história. É graças a ele que me tornei um aluno mais res-ponsável e bem comportado. A sua exi-gência e a sua boa maneira de ensinar, fez-me gostar mais da escola e ser me-lhor aluno.Gostei muito de andar nesta escola, es-pecialmente do meu professor, que irei recordar para sempre.

Simão Matos, 4º ano; Turma G;

Finalmente, estou a terminar o quarto ano, sou finalista! Relembro agora, todo este tempo, com grande alegria e até saudade.Foram momentos duros, com muito para aprender e estudar, mas ao mesmo tempo, momentos de prazer, partilha-dos com todos os meus colegas.A escola, não foi apenas um espaço de aprendizagem, mas também um espaço de convívio, onde conheci muitos ami-gos e muitas pessoas que me ajudaram a ultrapassar os obstáculos, ao longo deste longo período, desde professores que me ensinaram tudo o que sei hoje, aos funcionários que me mostraram o que estava certo ou errado.Tive sorte em ter uma escola com con-dições adequadas e uma turma respon-sável e dedicada, que contribuiu para o meu desempenho e bom aproveitamen-to.Ao longo deste tempo, houve matérias que foram mais difíceis, mas com estu-do e ajuda do meu professor, consegui aprender.Gostei de tudo o que vivi, tirando, por ve-zes, alguma preguiça em sair da cama.Agora chegou o momento de me prepa-rar para uma nova etapa: conhecer no-vos amigos e estudar muito.Gostei muito de andar nesta turma. Ado-ro o meu professor e os meus colegas.

Ana Lima , 4º ano; Turma G; C. E. Ribeira

Debaixo do morangueiroVive um lindo ursinhoProcura o bom peixeMas preferiu o moranguinho.

Debaixo do carvalhoMora um leãozinhoDecidiu comer bolotas E pôs de lado o coelhinho.

Por baixo do eucalipto Vive o esquilo RisotasExperimentou as cápsulasE cuspiu fora as bolotas.

Debaixo do azevinhoEstá um ouriço espinhosoBrinca com as bagasE vive muito curioso.

“ A Floresta”A floresta é bonita

Tem árvores e animais

E muito mais

Pureza da Natureza

É tudo uma beleza!

Ela é querida

Levo-a ao colo

Para toda a vida.

Amo-te amiga

FLORESTA QUERIDA!

Poesia Coletiva – Turma 1º A Centro Educativo da RibeiraLENGALENGA

Em baixo do loureiroVoa um papagaio coloridoDecidiu penicar as folhasE ficou estendido.

Por baixo da nogueiraSalta o sapo saltitãoTenta chegar as nozesPois é muito comilão!

Vejam lá que engraçadoÉ escrever tudo trocado.Lengalenga com animaisÁrvores e outras coisas tais,Basta ler, imaginarE por a cabeça a funcionar!

Lengalenga ColetivaCER – Turma 2º C

>Centro Educativo da Ribeira20 | DESPERTAR | JUNHO 2012 DESPERTAR | JUNHO 2012 | 21

No JI da Ribeira foi

realizada uma árvore

com materiais recicláveis

e naturais, com a

participação das crianças

das duas salas. A árvore

escolhida para este projeto

foi o carvalho, por ser

uma árvore importante

nas nossas florestas e

por a termos descoberto

nas nossas visitas locais.

Foram recolhidas junto das

crianças várias propostas

para dar um nome à

nossa árvore e foi eleita

“O carvalho colorido”.

O trabalho foi realizado

com a imaginação e a

criatividade das crianças.

O carvalho colorido está

em exposição na Escola EB

2,3 de António Feijó.

>Momentos Literários

A Literatura Infantil está presente diariamente na sala, semanal-mente na Biblioteca Escolar, e

ainda noutros espaços. Têm sido pro-porcionados diversos encontros com autores contemporâneos dentro da temática “As Florestas / A arte de enve-lhecer” e de outras temáticas. Os edu-cadores / professores têm um papel fundamental como agentes educativos. São mediadores na promoção e envol-vimento da literatura entre as crianças e jovens levando-os a adquirir hábitos de leitura e desta forma preparar me-lhor a geração futura.Deixamos aqui alguns registos:

A história “Os três bandidos”, apresen-tada na B.E. da Ribeira pela professora bibliotecária Ana Margarida.

Visita da escritora Maria do Céu No-gueira ao CER, com apresentação do seu livro “Histórias, memórias e contos tontos”.

Visita à Biblioteca Municipal e apresen-tação de teatro de fantoches da história “A velhinha da floresta”

>Apresentação do projeto de leitura pelas docentes na Biblioteca Escolar da Ribeira, com a maravilhosa história “Avós”.

>A Mãe A Mãe É a mais bonita do planeta Terra!É uma fada,É uma boa cozinheira,É boa médica ou enfermeira,É uma costureiraE é boa professora.Canta como um pássaroE é mais forte que o vento.É fofinha como um sofá.É uma estrela que brilha à noite...E eu sou uma estrelinha que nasceu!

Gosto muito da minha MÃE!

(poesia realizada com o grupo da Sala 2)

>Convite aos avósOs avós das crianças do JI da Ribeira fo-ram convidados a vir às salas partilhar saberes.Foi com entusiasmo que as crianças da Sala 2 receberam uma avó simpática, que veio fazer bolinhos com o grupo. Esperamos mais visitas de avós. Obri-gada à avó Luísa!

Ao longo do ano letivo, foram muitas as experiências na Quinta de Pentieiros relacionadas com as atividades eques-tres. As crianças fizeram aprendiza-gens sobre raças, alimentação, higiene e cuidados a ter com os cavalos. Monta-ram póneis, a égua Zita, o burro Simão e andaram na charrete puxada pela Lagoa. Nas salas de atividade, demos continuidade aos projetos com a cola-boração das famílias.Os trabalhos que resultaram destes projetos foram expostos na Área Pro-tegida das Lagoas, onde poderão ser visitados pela comunidade.

>Atividades Equestres>Projeto de departamento do

pré-escolar “Floresta Mágica”

Page 12: Despertar 74

22 | DESPERTAR | JUNHO 2012 DESPERTAR | JUNHO 2012 | 23

>EB 1 de Ponte de Lima>Visita às Lagoas>Obrigado

No final do mês de abril a escola teve um ilustre convidado, nada mais, nada menos do que João Pedro Mésseder, escritor com inúmeras obras infantis que, durante toda a manhã, conversou, leu, contou histórias e encantou os alu-nos da EB1 de Ponte de Lima.O mote da visita foi a apresentação de duas das suas obras: “Gatos Lagartos e Outros Poemas”, para os alunos do 1º e 2º anos; “O guardador de árvores”, para

Uma Escola é feita por pesso-as e para pessoas: os alunos, os professores, os assistentes

operacionais, os pais e encarregados de educação, os diversos agentes da comunidade educativa. Mesmo com boas instalações, são as pessoas que marcam o ritmo de uma escola e a tor-nam boa ou má.No final do mês de abril, a assistente operacional Margarida Gonçalves, ou apenas D. Margarida como todos a co-nhecemos e tratamos ao longo de 36 anos de serviço, aposentou-se. Com a D. Margarida, deixou a escola uma ge-ração que iniciou funções nos anos se-tenta e que marcou o ensino em Ponte de Lima.As marcas que ficam serão suficientes para continuarmos a trilhar o nosso caminho. A D. Margarida, a D. Carmi-nho e todos aqueles, docentes e não docentes, que nos ajudaram a ser o que somos hoje continuarão a fazer parte do património da EB1 de Ponte de Lima.A única palavra que se ajusta ao momen-to é um grande e sentido OBRIGADO!

>Ler mais com Mésseder

Realizou-se no dia 4 de maio a visita de estudo do 1º ano de escolaridade da EB1 de Ponte de Lima. Durante a jorna-da, os alunos tiveram oportunidade de contactar com a diversidade da fauna do Rio Minho no “Aquamuseu” de Vila Nova de Cerveira, visita que foi comple-mentada com uma actividade prática em laboratório, sobre o mundo animal.No final, o momento mais desejado e festejado foi a viagem de comboio en-

>Divertir e … Aprender!

os alunos dos 2º e 4º anos de escolari-dade.Além da intervenção do autor e das respostas às inúmeras questões colo-cadas, João Pedro Mésseder teve opor-tunidade de ouvir os alunos a lerem algumas das suas poesias.Esta foi mais uma atividade de promo-ção e incentivo à leitura que, a crer na reação positiva dos alunos, os ajudou a ler cada vez mais.

tre Vila Nova de Cerveira, que permitiu a muitos dos participantes o primeiro contacto com aquele meio de transpor-te.Tratou-se de uma jornada de aprendi-zagem, com muita diversão e convívio, que ajudou a fortalecer os laços entre os alunos e entre estes e os professores e assistentes operacionais que os acom-panharam.

Hoje, dia 6 de fevereiro de manhã, eu fui às Lagoas com os meninos da mi-nha turma. Nas Lagoas havia um lago, sapos, mas eu não os vi porque os sapos só os ve-mos no verão. Tivemos que continuar o passeio e observámos árvores como o pinheiro, eucalipto etc. Depois pas-samos por uma ponte e fomos a um observatório e vimos lá com binóculos patos no lago, uma águia e uma paisa-gem lindíssima.Continuamos a andar e chegamos ao final do passeio e viemos de autocarro para a escola. Foi uma manhã diverti-da.

Vitória Maria Martins Monteiro

2º ano, T.6

Iniciamos dançando, terminamos ru-fando em troncos de madeira sob a sombra dos plátanos.Percorremos, em novelo, oito oficinas: dança, desenho de luz, encenação, representação, sonoplastia, figurino, cenógrafo e música. Todas elas com o seu encanto, todas elas preenchendo o palco, onde uma começa, termina a seguinte, são como instrumentos de

>Sempre a rufar...

uma orquestra, todos afinados, tocan-do com o mesmo fim.Foi nesta cumplicidade de saberes, de trabalho em equipa, que muito saudo-sos deixamos para trás do teatro Diogo Bernardes.

Turma 7, 3º ano, que participou nas actividades de área de Projeto, no TDB

>EB 1 de Ponte de Lima

Visitar Guimarães em 2012, ano em

que é Capital Europeia da Cultura foi

um objectivo definido no início do ano

letivo pelas turmas do 2º ano, concreti-

zado no dia 11 de maio. Na cidade que

também foi “berço” de Portugal, os alu-

nos puderam contactar com espaços

da Capital Europeia da Cultura, desig-

nadamente com o espaço ASA, antiga

fábrica têxtil onde estão patentes diver-

sas exposições.

Depois do almoço no Parque da Cida-

de, os alunos visitaram o Paço dos Du-

ques de Bragança e o Castelo de Guima-

rães, culminando uma jornada onde a

cultura e a diversão foram as tónicas

dominantes.

>Semana da Leitura

D ecorreu na EB1 de Ponte de Lima, entre os dias 5 e 9 de março a Semana da Leitura,

com um vasto programa de atividades que visaram promover e incentivar a leitura junto das crianças e respetivas famílias. Durante os cinco dias os alu-nos puderam ler as suas obras favoritas no recreio, adquirir livros na Feira do Livro e participar em mais de sessenta atividades de animação à leitura, pro-movidas por docentes e alunos.Todas as turmas participaram ainda na atividade “Novelo de Leituras” onde, a partir de uma obra, todos os alunos puderam transmitir por escrito a sen-sação que a mesma lhe causava, sendo depois apensa a um fio que uniu todas as salas.

Cerca de três centenas de alunos do Jardim de Infância de Ponte de Lima e da EB1 de Ponte de Lima saíram das suas escolas, e rumaram ao Largo de Camões, para cumprirem a tradição da Serrada da Velha.Foi no dia 14 de Março que, com as suas bonecas construídas com madei-ra e papel de jornal, cantaram rua fora, “Olha o balão, olha o balãozinho”, cul-minando com a queima em pleno cen-tro da vila.A tradição estava cumprida e as crian-ças assegurarão a sua transmissão às próximas gerações.A Serrada da Velha é uma das muitas actividades de articulação realizadas entre o Jardim de Infância de Ponte de Lima e a Escola Básica do 1º Ciclo, com o objectivo de promover a articulação e melhorar a integração dos respectivos alunos.

>Serrada da Velha >Visita de estudo

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>Educação especial CE FeitosaNo âmbito das comemorações do Dia Mundial da Árvore, um grupo de alunos de Educação Especial do Centro Educativo da Feitosa (os meninos da Unidade e dois colegas do jardim de in-fância) plantaram um carvalho português na Quinta de Pentiei-ros, acompanhados por um enge-nheiro responsável. No final da plantação foi colocada uma placa identificativa previamente cons-truída na Unidade com a partici-pação dos alunos envolvidos.

Opinião

Departamento de Educação Pré-Escolar“A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inser-ção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.”É com base neste pressuposto que o De-partamento de Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas de António Feijó desenvolve o seu trabalho, estimulando o desenvolvimento global de cada criança, o respeito pelas suas características individu-ais e a promoção de atividades que favore-çam aprendizagens significativas e diversi-ficadas.No presente ano letivo, este Departamento é constituído por dezoito grupos, com um total de trezentas e setenta crianças.Apesar da dispersão geográfica entre os di-versos Jardins de Infância, todo o trabalho pedagógico tem como suporte a legislação e os documentos orientadores da Educação Pré-escolar emanados pelo Ministério da Educação, assim como os documentos do Agrupamento, nomeadamente o Projeto Educativo e o Plano Anual de Atividades. Com base nestas linhas orientadoras e na avaliação diagnóstica das crianças, cada Educadora de Infância elabora o seu projeto curricular de grupo, onde define as metodo-logias pedagógicas que melhor se adequam ao grupo, tendo como referência o desenvol-vimento das crianças e as suas motivações, com vista ao seu progresso.Ao longo do ano estabelecemos, de forma sistemática e contínua, uma efetiva colabo-ração com a família, para uma melhor arti-culação em prol do desenvolvimento global da criança.Articulamos também com os nossos “par-ceiros” mais próximos (crianças e Profes-sores do 1.º Ciclo), definindo em conjunto atividades de articulação curricular, numa perspetiva de continuidade pedagógica.Para além destas atividades, também foi evidente ao longo do ano, a articulação com o 1.º Ciclo ao nível das comemorações festi-vas, nomeadamente o Dia de São Martinho, o Natal, o Carnaval, o Dia da Floresta, a Pás-coa, a Semana da Leitura, o Dia da Criança, a Festa de encerramento do ano letivo, entre outras. Tal como definido no Plano Anual de Atividades do Agrupamento, muitas destas atividades contaram com a participação da Comunidade Educativa.Importa, também, salientar a oferta educa-tiva do Município, a qual contribuiu para o desenvolvimento de atividades enriquece-doras em contextos diferenciados, propor-cionando às crianças experiências impor-tantes para o seu desenvolvimento.Com o apoio do Município e das Associações de Pais, foi organizada a Componente de Apoio à Família, de forma a poder proporcio-nar às crianças que frequentam os Jardins de Infância deste Agrupamento para além do horário letivo um tempo de permanência com espaços, materiais e atividades ajus-tadas às suas necessidades e motivações, privilegiando-se sempre a satisfação e o bem-estar da criança.

Dores Silva, a Coordenadora de Departamento

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>Centro Educativo da Feitosa>A família de palavrasA palavra mar ouve-se com clareza através do ar.A palavra flor é como um cristal de mil cores.A palavra búzio é como um músico.A palavra girassol brilha como um sol.A palavra coral é uma palavra que não faz mal.A palavra amar é como um coração que não tem dor.A palavra mel é tão doce como o mel. A palavra verdejante é como a chuva brilhante.A palavra cometa é bonita como uma borboleta.A palavra ar significa que já vou cantar.A palavra pinheiro é como o dinheiro.A palavra cantar brilha como o ar.A palavra chilrear é amorosa como o ar.A palavra laranja é tão boa como a toranja.A palavra chilrear significa que estamos a cantar.

A palavra rir quer dizer que há felicidade.

Sara Araújo – 4ºH

>Dia Internacional da Família

Eu, o meu pai e a minha mãeDamo-nos muito bemGosto da minha família E do meu cão também!

Tenho uma família grandeGrande como o marGosto muito delaEstamos sempre a brincar!

A minha mãe é gira Como o Sol a brilharO meu pai é forteComo um leão a rosnar!

O meu avô é um grande amigoAjuda-me a estudarBrinca muito comigoSomos um belo par!

Centro Educativo da Feitosa – 1ºA

>As palavras que iluminam o dia e a noiteA palavra mãe é como uma flor.A palavra pai é corajosa.A palavra amiga é muito bondosa.A palavra girassol tem pétalas e folhas.E podes descansar em cima dela.A palavra vento faz arrepiar.A palavra perfume cheira bem.A palavra gato arranha o tapete com as suas unhas afiadas.A palavra montanha é verdejante.A palavra casa aconchega as pessoas.A palavra luz ilumina a noite.A palavra estrada guia os caminhos dos automóveis.A palavra pau faz arder o lume.E o lume aquece as pessoas.A palavra coração faz aquecer o coração dos humanos.

A palavra cascata é transparente como o vidro.

Marta da Cunha Caldas - 4ºH

>A palavra…A palavra mãe é nossa amiga.A palavra pai e irmão é nossa colega.A palavra livro é uma ajuda.A palavra vermelho chama a amizade.A palavra verde a esperança.Ouve-se a canção dos pássaros e começa-se a dançar.A palavra canção junta-nos a todos.A palavra gato mia até não poder mais.A palavra cão é nossa companheira.Depois parámos para descansar debaixo de uma palmeira.Logo a seguir pomo-nos a caminho outra vez.A palavra árvore faz-nos viver.A palavra jovem é nova.A palavra terceira idade, já tem muito que contar.A palavra amizade é a nossa melhor amiga.

Neuza Sofia Martins - 4º H

>As palavras óbviasA palavra amor é para amar.A palavra bola salta sem parar.A palavra cão é amiga do homem.A palavra equipa joga a valer.A palavra culinária bolos sabe fazer.A palavra truque saltos incríveis sabe dar.A palavra ambiente é para ser respeitada.A palavra jogo é jogada.Vê-se a palavra visual.A palavra visual é para ser amável.

Ruben Cerqueira - 4ºH

>As palavras!A palavra cão ladra.

A palavra árvore limpa o ar.

A palavra vento leva tudo à sua passagem.

A palavra perfume cheira bem.

A palavra mãe abraça-nos.

A palavra anos traz-nos velhice.

A palavra imaginação faz-nos voar.

A palavra animal traz-nos felicidade.

A palavra roupa aquece-nos.

A palavra bolo é saborosa.

A palavra música faz-nos bailar.

A palavra amor anda no ar.

A palavra noite faz-nos dormir.

A palavra luz ilumina o caminho.

A palavra fim acaba este poema.

Eliana Maia – 4ºH

>“O limpa-palavras”A palavra macaco dá berros que não tem fim.

A palavra animação põe feliz o nosso coração.

A palavra orquestra faz belas melodias.

A palavra paixão trás uma boa recordação.

A palavra sol é capaz de iluminar a noite mais

escura.

A palavra amizade é a nossa felicidade.

A palavra rapaziada não para de brincar.

A palavra trabalho faz muito cansaço.

A palavra peso pesa tanto como uma mesa.

A palavra livro é uma boa companhia que nos

faz ter imaginação.

Bruno Martins – 4ºH

A o longo do ano lectivo as 3 salas de JI participaram no Projecto Actividades Rurais na Quinta de

Pentieiros. Este projecto finalizou com a colocação dos Espantalhos Flor, Rabanete e Batata nas respectivas hortas.As hortinhas, bem cuidadas e com mui-

>Projecto Actividades Rurais na Quinta de Pentieiros

to empenho de todos, acabaram por dar seus frutos. Os legumes colhidos - favas, ervilhas, couves, cebolinhas, alho fran-cês, beterraba e cenoura - depois de bem descascados e lavadinhos fizeram as de-lícias de todas as crianças numa sopa rica de cor e sabor.

>Abecedário sem juízo elaborado pelos alunosA é a Ariana, dorme debaixo da cama.B é a Beatriz, foi à festa e ficou feliz.C é a Carolina, gosta de se armar em fina. D e o Dinis, gosta muito do seu nariz.E é a Ema, na aula come a gema.F é o Fernandinho, foi à pipa e bebeu o vinho. G é a Guidinha, foi ao mar buscar sardinha. H é o Henrique, leva um urso ao piquenique.I é a Inês, não sabe jogar xadrez.J é o João, meteu a garrafa no balão.K é o Kevin, pensa que é pinguim. L é a Luana, come a casca da banana.M é a Maria, toma banho numa pia.N é a Nazaré, que não gosta de café.O é o Orlando, que detesta dançar tango.P é o Pedro, partiu a cabeça num penedo.Q é o Quico, come a sopa no penico.R é a Rosa, é professora na Feitosa.S é a Sofia, não gosta de comer enguia.T é o Tiago, faz corridas com um gelado.U é o Ulisses, que só diz patetices.V é o Vitaliano, que entalou a cabeça no cano.W é o Walter, passa o dia a correr.X é o Xavier, come a sopa sem colher.Y é a Yara, tem uma sarda na cara.Z é o Zeca, que tem um piolho na careca.

Feitosa, turma 3 -2º ano

>Centro Educativo da Feitosa>A florestaA floresta é o habitat de muitos animais e de imensas espécies de vegetação e é esta uma das principais razões pela qual a devemos proteger, não só para o nosso bem, mas também para o das próximas gerações.É ela que purifica o nosso ar, por cau-sa das árvores que se alimentam do dióxido de carbono que anda na at-mosfera, transformando-o no oxigénio indispensável à respiração dos seres humanos e dos animais. As florestas “comem” o “ar mau” e dão-nos o “ ar bom”, por isso, ouvimos muitas vezes dizer que as florestas são o pulmão do nosso planeta. São elas que fazem dele o “Planeta Verde”.A paisagem das florestas difere muito consoante os sítios e o clima em que elas se encontram, e também consoan-te as estações do ano. Uma das maiores do mundo é a Amazónia, na América do Sul com milhares de plantas e ani-mais.Além de contribuir para a purificação do ar, a floresta tem outras utilidades, pois é de muitas das suas plantas e ár-vores que se obtêm alimentos; madei-ra, medicamentos e outros produtos. Até o chocolate é feito dos grãos de uma planta tropical!Outro papel importante que a floresta tem é o facto de nos permitir desfru-tar da Natureza, fazendo piqueniques e convivendo com ela sendo sempre nossa obrigação deixá-la bem limpa, respeitando-a.Quem desrespeita a floresta, destruin-do-a com lixo, e nela ateando fogos não tem consciência, nem civismo. São pes-soas irresponsáveis que deveriam ser punidas até aprenderem que “A flores-ta é nossa amiga!!!”

Beatriz Patrocínio - 4º G

>Quadras sobre a FlorestaA floresta é tão belaÉ pena ser poluídaPorque é que nós não a conservamosComo se fosse a nossa vida?

Naquela floresta encantadaDe pirilampos de cor Encontrou um rapazinhoA dormir numa flor.

Vânia Freitas - 4º G

A floresta é cheia de verduraVerdura como a naturezaNatureza com ternuraTernura com beleza.

A floresta cheira a rosaRosa como o amorAmor como a mimosaMimosa amarela como a cor.

A floresta cheira a tulipaTulipa lá do meu jardimJardim bonito e floridoFlorido com cheiro a jasmim.

Sara Santos - 4º G

No mês de Maio decorreu no Cen-tro Educativo da Feitosa uma exposição acerca da floresta,

integrada no âmbito do Plano de Prote-ção Civil.Estiveram expostos variados traba-lhos acerca do tema. Empenhamo-nos imenso para concretizá-la. A forma como organizamos a exposição deu--nos muito prazer e alegria. Fizemos diversas pesquisas na Internet, enciclo-pédias e livros e elaborámos textos e poemas maravilhosos. Também, cons-truímos uma floresta em miniatura e várias máscaras. Todos nós consideramos esta inicia-tiva muito interessante já que nos fez refletir sobre a importância da floresta e da forma como a devemos proteger. Com os nossos trabalhos pretendemos transmitir a todos, que a visitaram, o gosto e a preservação pelo meio am-biente. Todas as pessoas devem ler os nossos trabalhos para ficarem infor-madas, agir e motivar os outros para a proteção das nossas florestas.

A f loresta deve ser protegida trata-a bem põe -na erguidapara tudo acabar bem.

Se todos contribuírem vamos conseguire no f inaltodos vão f icar a r ir.

A f loresta temos de protegeramigos devemos serbons hábitos devemos cultivarpara conseguirmos vencer.

Se todos contribuir-mos Só um bocadinhoNão vamos deixarA f loresta f icar num pedacinho

Com a missão concluída a f loresta vai estar verdejante e colorida.

Turma 4º H

>Poesia da florestaA florestaÉ muito nossa amiga,Onde podemos brincarCom a nossa amiga formiga.Na floresta Há vários animaisE se houver fogosEstão cá os guardas florestais.A floresta trás imensas coresO azul do céuO verde e o castanho das árvoresE o branco do véu.Gosto muito de comer Como maçãs, peras e toranjaQue é parecida

Com a laranja.De vês em quandoHá cavalos a cavalgarE pessoas na floresta A fazer a sua caminhada.Os fogosEstragam a florestaE nesse diasNão se faz festa.Com esta coisa todaEstou a preocupar-me maisCom a florestaPois vamos comerJá nada nos resta.

Margarida Morais - 4º G

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o Guilherme Gomes, a Maria João, o Lu-cas, a Inês, o Rodrigo Baptista, o Marti-nho e a Ana Beatriz. A equipa do 4ºano era constituída pelos alunos: o Marco, o Diogo Henrique, o Guilherme Sousa, o Joel, a Beatriz, a Luísa, o Zé Luís e o Marcelo. Todos os alunos do C E Gandra, que não foram convocados, apoiaram as equipas, aplaudindo os jogadores e emitindo palavras de incentivo. Em-bora as equipas do CE Gandra não se tenham sagrado vencedores, tiveram uma bela prestação.

Marco (4º ano), Tatiana e Gonçalo Ferreira (3º ano)

>Palestra de sensibilização SEPNA - Os incêndios

No dia 15 de maio, realizou-se uma sensibilização sobre medidas de pre-venção dos incêndios, pelo SEPNA. Os senhores agentes apresentaram-se e apresentaram um PowerPoint alusivo ao tema. Eles vieram falar com os alu-nos sobre a importância da floresta e sobre os cuidados a ter na sua preser-vação. Falaram também das regras a cumprir se a nossa escola arder, a nos-sa casa e principalmente a floresta e de como devíamos proceder se isso acon-tecesse. Ficamos muito sensibilizados e prometemos cuidar da nossa floresta que é de todos mas também minha.

Diogo António (4º ano) e Martinho (3º ano)

>Área de Projeto na Quinta de Pentieiros

No âmbito das atividades de Área de Projeto desenvolvidas ao longo do ano na Quinta de Pentieiros, as duas tur-mas do 2.º ano do CE Gandra elabora-

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>Centro Educativo de Gandra >Centro Educativo de Gandra

>A Árvore da nossa escola…

O s meninos do Centro Educativo de Gandra, no dia 21 de março construíram uma árvore com

materiais reciclados para comemorar o Dia da Árvore. Cada turma contribuiu para o trabalho fazendo flores para enfeitar a árvore, com mensagens alu-sivas à proteção das árvores. Também fizemos um hino do Dia da Árvore. De-pois dirigimo-nos para a árvore para colocar as nossas flores.

Guilherme (4º ano) e Tomás (3º ano)

>Visita do Jardim de Infância do CE Gandra à Biblioteca Municipal

No dia 13 de abril, as crianças da sala 1 e da sala 2 do Jardim de Infância fo-ram à Biblioteca Municipal de Ponte de Lima. Lá assistiram à apresentação da história “O gato comilão”. As persona-gens principais eram uma velha e um gato muito engraçado. Eles gostaram muito da visita.Foi um dia muito divertido!

Rodrigo Baptista e Rodrigo Mendes (3.º ano)

>Concurso: Os Maios em Família

No dia 23 de abril de 2012 a CE Gandra organizou o concurso “Maios em Fa-mília”. No dia do concurso os alunos

trouxeram para a escola os Maios e colocaram-nos no polivalente. Algum tempo antes do concurso os alunos es-tiveram a ver os Maios e o júri esteve a observá-los pormenorizadamente para identificar os melhores. Finalmente, o júri tomou uma decisão e escolheu os quatro Maios vencedores. Foram cha-madas as famílias /alunos vencedores e entregue os respetivos prémios. Os alunos vencedores referiram que sen-tiram muita alegria, excitação e até al-guma surpresa… Por fim, afixaram os Maios na entrada e os Maios vencedo-res foram para o agrupamento.Para nós, todos os Maios estavam mui-to bonitos e também muito criativos.

Beatriz e João Pedro (4º ano)

>Palestra - Dia da Solidariedade entre Gerações

No dia 30 de abril, veio ao CE Gandra o Senhor Padre Freitas falar sobre So-lidariedade entre Gerações. Estiveram presentes todos os alunos da escola e alguns idosos do Lar de Idosos de Gan-dra. Contamos ainda com a presença do Diretor do Agrupamento de Esco-las António Feijó, que falou connosco sobre o tema. Iniciou-se a atividade com um PowerPoint apresentado pela coordenadora, alusivo ao tema. O se-nhor Padre Freitas começou por falar dos idosos, das suas necessidades e das pessoas que trabalham com eles. Os alunos tiveram oportunidade de conversar com o Senhor Padre sobre o tema e mostrarem que sabem o que é ser solidário, principalmente com os idosos.

Patrícia (4º ano) e Francisco (3.º ano)

>Jogo convívio No dia 11 maio realizou-se o torneio de futebol. Nós jogámos contra os Benja-mins (Limianos). A equipa do 3ªano era constituída pelos alunos: o Gonçalo, o Francisco, o Bruno, o André, o Ricardo,

>Projeto “Histórias Partilhadas”

>Frederico

No dia 5 de março, a turma 1 da pré--escolar, integrada no projeto Histórias Partilhadas, contou-nos uma história cujo título era “Frederico”. A história falava de uma família de ratos muito trabalhadores, mas Frederico era um ratinho muito preguiçoso, gostava muito de ver o Sol. Todos os ratos pro-curavam comida e ele não, não fazia nada. Mas quando todos tinham frio, ele conseguiu-os aquecer com as histó-rias que contava.

Luísa, Marcelo (4º ano) e Maria João (3º ano)

>Dia Mundial da Floresta

No dia 21 de março vieram ao CE Gan-dra as técnicas da BMPL contar uma história alusiva ao dia mundial da flo-resta. As técnicas apresentaram a his-tória com um teatro de fantoches cujo título era “ A Velhinha da Floresta”. Foi muito engraçado ver o lobo sempre, sempre atrás da pobre velhinha e ela a conseguir-se salvar. Também foi diver-tido a velhinha sempre a sonhar com a

>Projeto: “Escutar, Ler… Imaginar e Aprender” da Biblioteca Municipal de Ponte de Lima

>O nabo gigante

No dia 6 de março, integrada no projeto Histórias Partilhadas, os alunos da sala 2, do pré-escolar, apresentaram a histó-ria “O nabo gigante”.Apresentaram um PowerPoint, com imagens da história feitas por eles. Cada um dos alunos tinha uma perso-nagem. As personagens eram a velhi-nha, o velhinho os três gatos pretos, os dois porcos, o rato, e os outros animais. A educadora ajudou-os a ler e foi um momento muito interessante e diver-tido porque eles são muito pequenos e tinha imensa graça vê-los a dizer as suas falas.

Mariana, Benjamim (4º ano) e Marta (3º ano)

>O incrível rapaz que comia livros

No dia 27 de abril, integrado no projeto Histórias Partilhadas, a turma dois do 2º ano contou-nos a história “O incrível rapaz que comia livros”. Esta história conta-nos que, um menino comia li-vros e mais livros, até que um dia co-meçou a baralhar os seus conhecimen-tos. Uma vez ficou enjoado e vomitou. Então, ele começou a ler livros em vez de os comer. Nós aprendemos com isso que devemos estudar, ler e sobretudo que devemos respeitar os livros. Todos nós adorámos aquela história porque foi muito divertida e aprendemos que devemos estar atentos ao que lemos e não lar apenas por ler, temos que ler com atenção e saborear cada palavra. Aconselhamos a leitura desta história a quem se quiser divertir um bocadinho.

José Luís e João Carlos (4º ano)

dança e a sua relação com o velhinho. O presidente da câmara daquela cidade organizou um concurso de dança para todos os idosos, porque é importante que eles também se divirtam e reali-zem os seus sonhos. E como sempre o bem venceu o mal.

Gabriel (3º ano), Diogo Henrique e Leonel (4º ano)

>Dia da Liberdade

No dia 26 de abril, vieram as técnicas da BMPL ao Centro Educativo da Gan-dra, contar-nos uma história alusiva ao 25 de Abril.Iniciamos a atividade a cantar uma mú-sica que foi uma senha na revolta do 25 de abril.Depois ouvimos uma história relacio-

nada com este acontecimento. Termi-namos com a canção com a qual tínha-mos iniciado.Todos os meninos se mostraram entu-siasmados e participaram com muito empenho.

Micaela (4º ano) e Gonçalo Sá (3º ano

>Semana da Leitura

A semana da leitura realizou-se entre os dias 5 e 9 de março.Durante estes dias, a escola esteve en-volvida num ambiente festivo em que o livro e a leitura foram o centro de todas as atividades. As turmas apresentaram várias histó-rias como a Formiguinha Aventurei-ra, O Gato Marau, Frederico, Um Gato na Árvore, A Casa da Mosca Fosca e O Dia em que a Mata Ardeu. Tivemos ainda oportunidade de ouvir a história A velhinha da Floresta, contada pelas técnicas da BMPL e a história Os Três Bandidos apresentada pela professora Margarida da BE. No dia 8, a escritora Maria do Céu Nogueira veio à nossa es-cola falar-nos da importância dos livros e da leitura na aprendizagem. Também se realizou a feira do livro, onde alguns meninos adquiriram livros que vão en-riquecer a sua sabedoria.

Joel (4ºano) e Lucas (3º ano)

>Comunhão Pascal

A comunhão pascal celebrou-se no dia 23 de março. Todos nós saímos da escola e fomos para

a igreja de São Martinho da Gandra. Sentámo-nos perto dos nossos profes-sores e colegas.Os padres presentes deram início à ce-lebração com a participação todas as crianças que entoaram musicas que tinham ensaiado com os professores de música. Durante a missa, alguns alunos das várias turmas foram inter-vindo com leituras, ofertório ...Foi uma atividade que contou com a presença de pessoas que quiseram par-tilhar connosco este momento.

Carina (4º ano), Diana e Inês (3º ano)

>As nossas árvores já têm nome científico…

No dia 22 de março, o engenheiro Paulo da equipa da Zona Protegida das Lago-as veio ao Centro Educativo de Gandra falar sobre as árvores e a sua importân-cia. O senhor engenheiro colocou tabu-letas com o nome científico das árvores da escola. Além disso também explicou a importância das árvores, a família a que pertencem e o país de origem. Na nossa escola temos a Oliveira, Olea Eu-ropaea L. que é o seu nome científico, que pertence à família das Oleaceae e a sua origem é a Parte Oriental do Mar Mediterrânio. Também existe a Liqui-dambar, o seu nome científico é Liqui-dambar Styraciflua, que pertence à fa-mília das Altingiaceae e a sua origem é a América do Norte.

Pedro (4º ano), Duarte e Mariana Oliveira (3º ano)

ram com muita imaginação e criativi-dade dois espantalhos “assustadores” para colocar nas hortas das respetivas turmas. São umas autênticas obras de arte!

Bruno (3.º ano)

>Projeto de Departamento da Educação Pré-Escolar“Floresta Mágica”

As crianças do Jardim de Infância de Gandra elaboraram de uma forma muito envolvente, uma árvore mágica à qual lhe puseram o nome de “Árvore dos Miminhos e Ternura”. Este projeto foi também o resultado de todo o tra-balho realizado ao longo do presente ano letivo, subordinado à temática das Florestas. Para que este trabalho fosse ao encon-tro da motivação de todos, numa pri-meira fase, cada criança elaborou o seu projeto de árvore mágica, identifican-do os elementos mágicos que gostaria de ver representado. Posteriormente foi feita a recolha do referido material e partiu-se para a concretização do pro-jeto. Ao longo de todo o processo foi eviden-te a ternura e o carinho com que todas as crianças se envolveram, compreen-dendo sempre que esta árvore iria ser partilhada com outros alunos e profes-sores da Escola de António Feijó. Depois de concluída, as crianças fize-ram o respetivo registo como forma de “guardar” a memória do seu trabalho.

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28 | DESPERTAR | JUNHO 2012

>EB 1 e JI de Rebordões Souto>EB 1 e JI de Rebordões Souto

tel. +351 258 931 305 tel. +351 258 900 110 fax. +351 258 931 306 email: [email protected]

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Lugar de S. Gonçalo, Arcozelo - 4990-150 Ponte de Lima

Já está pronta a nossa Árvore dos Avós! Gostamos muito de fazer este trabalho e agora vai para a

escola António Feijó. Todas as famílias colaboraram e enviaram mensagens de afeto e muito carinho pelos avós.Escolhemos a mensagem da família da Inês para partilhar:

>A minha Avó

Quem me trata com amor? A Avó

Quem me acorda devagar? A Avó

Quem sente a minha dor? A Avó

Quem nunca me que ralhar? A Avó

Quem guarda os meus segredos? A Avó

Quem esconde as minhas asneiras? A Avó

Quem me socorre dos medos? A Avó

Quem me tolera as brincadeiras? A Avó

Quem me pergunta porque choras? A Avó

Quem diz: “Onde vais? A Avó

Quem se preocupa se demoras? A Avó

Quem é a mãe dos teus pais? A Avó

Então a Avó é mãe duas vezes…

>Reflexão

No decorrer do ano letivo, as crian-ças do Jardim de Infância e os alu-nos da EB1, com a colaboração e

apoio das professoras titulares de turma e dos professores das AEC’s, realizaram variadas atividades inseridas no PAA e PEA. Todos os elementos que participa-ram na elaboração das mesmas propor-cionaram a toda a comunidade momen-tos únicos de convívio, respeito mútuo, aquisição e partilha de conhecimentos. Os alunos mostraram-se sempre muito empenhados, participativos e colaboran-tes com os seus pares. Há a salientar o valioso contributo das famílias, da arti-culação avós/escola, professora bibliote-cária (Lúcia Barros), Biblioteca Municipal, Equipa de Articulação Entre Ciclos, Clu-be de Proteção Civil, comunidade local, Junta de freguesia, Associação de pais, Pároco, assistentes operacionais/tare-feiras/pessoal auxiliar, corpo docente e Câmara Municipal. Ao Agrupamento, um especial agradecimento por todo o apoio, incentivo e disponibilidade cedidos em prol dos alunos desta freguesia, nas mais diversas atividades ao longo do ano leti-vo. Foi notório o empenho, a abnegação e profissionalismo de todo o corpo docente desta escola e Jardim de Infância em to-dos os contextos.

A coordenadora: Ana Soares

Ainda muito envolvidos pelo aconche-go dos avós, conversamos muito sobre a nossa família e fizemos alguns regis-tos.

Chegou ao fim o projeto das atividades

Equestres do Serviço Educativo da Área

Protegida.

Foram muito divertidas estas visitas

mensais, pois além da importância

do contacto com a natureza e tarefas

a realizar, tivemos oportunidade de vi-

venciar experiências significativas de

aprendizagem.

No dia 8 de março fomos levar o cavalo

“Fénix”, realizado com a colaboração

das famílias, o cavalinho de pau e a pe-

gada para a exposição sobre as ativida-

des equestres.

DESPERTAR | JUNHO 2012 | 29

>Semana da leituraA semana da leitura decorreu no período de 5 a 9 de março. A comunidade educati-va trabalhou com empenho e dedicação e as diferentes atividades realizadas ao lon-go desta semana permitiram mais uma vez que as famílias participassem em ar-ticulação com a Escola e Jardim de Infân-cia. Paralelamente realizou-se a feira do livro, que possibilitou um contacto direto com os livros do PNL e outros, contribuin-do para a alegria de todos os alunos. “A Árvore generosa”-1º e 2º anos-drama-tização

>Museu dos TerceirosOs alunos dos 3º e 4º anos desta escola sentiram-se presenteados com a visita ao Museu dos Terceiros, uma vez por mês ao longo de todo o ano letivo. Esta iniciativa foi muito importante para o grupo, uma vez que os alunos e profes-sores tiveram o privilégio de conhecer um valioso espólio religioso e cultural pertencente a este concelho. Os alunos realizaram várias tarefas ao longo das visitas, as quais ajudaram a uma melhor compreensão dos conteúdos a trabalhar.

>Visita do escritorO escritor Alexandre Parafita visitou esta escola. Os alunos e professores tiveram o privilégio de o ouvir discorrer sobre a sua vida e obra. Apresentou alguns livros e no fim houve uma sessão de autógrafos.

>Dia de Ponte de LimaA efeméride foi comemorada com algu-mas atividades, nomeadamente uma palestra pelo Senhor Fernando Calheiros. Muito gentilmente, mais uma vez par-tilhou com a escola os seus vastíssimos conhecimentos sobre a história do seu concelho incluindo a freguesia de Souto. Os alunos, pessoal docente e não docente da escola tiveram assim possibilidade de adquirir mais informação sobre o meio onde estão inseridos.

>Visita de estudo No dia 24 de abril de 2012, os alunos do Jardim de Infância e do 1º Ciclo realiza-ram um visita de estudo a Santa Maria da Feira, Paços de Brandão, para visitar os museus do papel e da cortiça. Visitámos em 1º lugar o museu do papel e nós, os alunos do 4º ano tivemos uma visita guia-da às instalações. O senhor chamava-se Pedro Oliveira e mostrou-nos os sítios mais importantes do museu. Ficámos a saber que o papel pode ser feito manual-mente ou com máquinas. Podemos usar o algodão ou o papel como matéria-prima para fazer o papel e ficámos a conhecer todos os passos necessários para a sua realização tanto manualmente como me-canicamente. Ainda visitamos o museu da cortiça que é conhecido como Museu de Santa Maria de Lamas. Aí vimos uma enorme coleção de objetos: medalhas, relógios, conchas, pedras, objetos de arte sacra. Vimos ainda inúmeros obje-tos em cortiça: presépios, videiras, nau quinhentista, castelos e até uma estátua de homenagem ao senhor Amorim, dono do museu! Para terminar, criámos cada um o nosso marcador de livros feito em cortiça. Saímos do museu, lanchámos e regressámos à escola. Foi uma visita mui-to interessante, divertida e aprendemos muitas coisas novas.

Texto coletivo-4º ano

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>EB 2,3 António Feijó >EB 2,3 António Feijó

Agrupamento António Feijó apoia a AAPEL

Os alunos do Agrupamento de Escolas António Feijó estiveram fortemente empenhados na

“Caminhada Solidária”, organizada com o objetivo de angariar fundos para a AA-PEL – Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana que está a construir a sua sede na antiga escola da Freiria, em Arcozelo. A iniciativa decorreu no dia 20 de março, no período da manhã e consis-tiu numa caminhada entre a EB23 Antó-nio Feijó e a sede da AAPEL, em Arcozelo, com forte animação das ruas das vilas

No passado dia 26 de abril, a nossa Escola comemorou uma vez mais a Revolução dos Cravos. A sessão foi aberta pelo Dire-tor do Agrupamento, Professor José Antó-nio Silva, que em breves palavras referiu a importância do 25 de abril e recordou alguns episódios pessoais relacionados com o tema. Várias turmas estiveram presentes no auditório, onde puderam ouvir algumas das mais representativas e emblemáticas “Canções de abril”, inter-pretadas pelos professores de História Noé Castro, João Carlos Velho e Darlindo Oliveira.Nesta sessão houve também lugar à apresentação de alguns poemas inéditos relativos ao tema, feitos pelos nossos alu-nos do 6.º ano, ao longo dos últimos dois anos letivos. Estes poemas encontram-se numa coletânea editada pela nossa Esco-la, da qual fazem parte também ilustra-ções sobre o 25 de abril, da autoria de alu-nos do 3.º ciclo. Este livro foi da iniciativa dos professores de História, aos quais coube também a organização e compi-lação dos trabalhos, mas só foi possível graças ao empenho dos professores de Língua Portuguesa (2.º ciclo) e Educação Visual (3.º ciclo).A todos os que contribuíram para este tra-balho, alunos e professores, bem como aos presentes na sessão comemorativa, o nosso muito obrigado.

A Coordenadora de Ciências Sociais e Humanas, Prof.ª Arminda Machado

Comemoração do 25 de Abril

Realizou-se no passado dia 20 de abril o Colóquio “ Flores-tas”, com a presença de Secre-

tário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Eng.º Da-niel Campelo. Teve a participação de duas alunas de ensino articula-do, com um duo de violinos (Filipa e Rosário, do 9.º 3) e as Vencedoras dos “Desafios Ecológicos” do mês de março, que declamaram os seus poemas sobre as florestas: Mariana (9.º 1) e Mara (7.º 3). A lembrança oferecida foi uma obra reciclada, da aluna Cátia (7.º 6).O “Olho Eco-Mágico” continua a “apanhar” alunos e a premiar os bons hábitos ecológicos. Foram apanhados a separar corretamente os resíduos os alunos: Davide Silva (6.º C); Ana Paula Melo (9.º 6); Le-tícia Magalhães (5.º 4); Alexandra Reigada (7.º 4); Cecília Martins (9.º 4); Inês Machado (7.º 2); Beatriz Pereira (6.º D); Bárbara Pereira (8.º E); Diana Mota (9.º 1); Cristiana Martins (8.º A); e Mariana Gama (9.º 3).Nos “Desafios Ecológicos”, temos como vencedores do mês de março Mariana Pereira (9.º 1) e Mara Cas-tro (7.º 3), com poemas alusivos às florestas; do mês de abril, temos os

“Nós pela Natureza”

vencedores das “Árvores Ecológi-cas” Jorge Pereira/Luís Sá (9.º 7), Tiago Resende / Henrique Coelho (9.º 7) e Gaspar Machado / Diogo Barros (9.º 7), e o prémio suple-mentar da aluna Cátia Sousa (7.º 6). Faltam ainda apurar os vencedores de maio, com o desafio “Cataventos Ecológicos”.No dia 5 de junho – Dia Mundial do Ambiente – realizar-se-á o II Mini--Colóquio, subordinado ao tema “Energias Renováveis”, que encer-rará as atividades deste projeto, com a entrega de prémios aos ven-cedores do “Olho Eco-Mágico” e dos “Desafios Ecológicos”.Contamos com a colaboração dos alunos Margarida Martins, Maria João Correia, Miguel Nunes e Mi-guel Pedras (9.º 2), e a presença do Eng.º Victor Mendes, presidente do município de Ponte de lima e da Eng.ª Estela Almeida, Vereadora do Ambiente.Um muito obrigada a todos os que participaram e colaboraram neste projeto!

Prof.ª Manuela Gonçalves

A FlorestaSempre verde, lá está elaA tentar-nos protegerContra todos os problemasQue o planeta está a sofrer.

Efeito de estufa, desflorestação,Chuvas ácidas, eutrofização…Estes são alguns, mas temos muitos mais;Isto são problemas ambientais.

Tudo o que é verde está a desaparecerE o ser humano nada está a fazer.Só quer construir fábricas, automóveis e aviões,Mas está a destruir o que não se compra com milhões.

As árvores e os arbustos,Com os seus portes robustos,

Na FlorestaAcabou o Inverno.A Natureza acordou! Na floresta,da raiz até à copa,a vida fervilha, as folhas nascemmacias, verdinhas, lindas e pequeninas, cobertas pelo brilho do orvalho.O tempo passa, devagar, devagarinho, e, lentamente, o fruto cresce e amadurece.O cheirinho atrai as abelhas,os passarinhos, as lagartase todos os bichinhos.Veio o tempo frio,mais uma vez,e a Natureza adormeceu.O Invernono mais profundo sonoa envolveu. Mara Castro – 7.º 3

Uma greve vão fazer!E depois, sem oxigénio? O que vamos fazer?

Por isso, pensem e repensemAs vossas atitudes.Transformem os vossos defeitos,Façam-nos em virtudes.

Espero que esta mensagem Fique bem presente,Pois neste Dia da ÁrvoreTemos que pensar no ambiente. Deixo-vos, então,A ler esta mensagem.Mas prefiro que se levantemE tratem da paisagem!

Mariana Pereira – 9.º 1

Secretário de Estado das Florestas deu “aula”!

CHEGOU A LIBERDADE

No dia 25 de abrilAcabou a ditadura.Os soldados com espingardas!Foi uma grande aventura.

Chegou o fim do túnelFicamos em liberdade.As pessoas estavam na ruaCheias de felicidade.

Grândola, Vila MorenaÉ uma linda música.Que juntamente com os cravosTem uma simbologia única.

Elisa – 6º E

A REVOLUÇÃO DE 25 DE ABRIL

Eu vou-te falarDe um acontecimento importante,O 25 de AbrilAcontecimento marcante.

Andávamos em guerra.Estávamos em ditadura.Morriam milhares de pessoas.Havia muita amargura.

Chegou o fim da lutaFicamos em liberdade.Adeus Estado NovoAcabou-se a crueldade.

Com o direito à greveE à liberdade de expressão,Ficamos mais felizesCom a nossa nação.

Das espingardas dos militaresSaíam cravos encarnados,Que a partir daí se tornaramSímbolo da liberdade.

Na data da liberdadeFoi um reinício primaveril.As pombas voavam altoViva o 25 de Abril!

Mariana – 6º E

LIBERDADE

Teve início de madrugadaA senha veio pela rádioGrândola Vila MorenaEra a senha combinada

Salgueiro Maia, capitãoAlgumas tropas comandava.Cercou o quartel do CarmoOnde Marcelo Caetano estava.

A ditadura caiuO regime democrático chegou.Toda a população gritouLiberdade! Liberdade! Liberdade!

A reação não passou,A reação não passará.Vivam as forças armadas Viva o MFA.

Rodrigo Brito – 6º E

Poemas sobre o 25 de Abril

de Ponte de Lima e Arcozelo, ajudando a divulgar a causa da AAPEL e de todos aqueles que a insti-tuição poderá vir a servir nas suas no-vas instalações.Estiveram fortemen-te empenhados, nes-ta iniciativa, mais de 1000 pessoas, entre alunos, professores e assistentes opera-cionais de diversos estabelecimentos de ensino do agrupa-mento António Feijó que, desta forma, continua a dar um

forte contributo para causas de índole social. Recorde-se que, no ano anterior, a “Caminhada Solidária” angariou fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.Cada participante devia contribuir com 1 euro e o montante global angariado as-cendeu a mais de mil e seiscentos euros, que reverteram integralmente para a as-sociação.A todos os alunos, pais e encarregados de educação, fica o agradecimento do agru-pamento e, obviamente, da AAPEL.

My classIn my class there are 28 students: fifteen girls and thirteen boys. We’re a nice class, but sometimes we make a little bit of noise. I play football with some friends of my class and we’re good players. I like my class because most of my friends are here!

Rodrigo Brito, Year 6 - class E

Visita de Estudo

Kidzos

Inesquecível

Discoteca

“Zumbástico”

Avião

Notícias

Impressionante

Animação até mais

6.º C (DT – Sofia V. Araújo)Carolina Calçada, 6.º AMargarida Fernandes, 6.º I

Ao longo do 3.º Período, o 9.º7 (PIEF) participou em algumas atividades e duas visitas de estu-do. Nos dias 16 e 30 de abril, no “Espaço Jovem” e no auditório da EB 2,3 António Feijó respeti-vamente, os alunos assistiram a duas sessões de esclarecimento sobre o tema “Sexualidade” orientados pela Enfermeira Mónica, promovi-das no âmbito das disciplinas de Mundo Atual Natural e Mundo Atual Social.No dia 17 de abril, fez-se uma visita à Escola Profissional Agrícola e a 27 de abril a turma participou na Feira das Profissões com a ven-da de porta-chaves realizados na disciplina de Artes Criativas.

O 9º 7 (PIEF) no 3 º PeríodoAinda no mês de abril (dia 18), realizou-se uma visita de estudo a uma exploração de cuinicul-tura e a uma exploração de flores, no âmbito da disciplina de Introdução à Produção Agrícola. A 21 de maio, fez-se outra visita de estudo. Em Viana do Castelo, procedeu-se à visita guia-da ao Navio Gil Eanes e a uma empresa de Pro-dução e Distribuição Hortícola do Litoral (Cha-fé). O almoço foi na Póvoa de Varzim, seguido de uma ida à praia da Apúlia.A turma participou no Projeto “Nós pela natu-reza” com a construção de árvores ecológicas. Foram premiados os seguintes alunos: Jorge Pereira e Luís Sá (1.º lugar); Tiago Resende e Henrique Coelho (2.º lugar) e Diogo Barros e

Gaspar Machado (3.º lugar). Este projeto está a ter continuidade com a elaboração de cataven-tos. Está a ser preparada uma exposição com os trabalhos elaborados nas disciplinas de Artes Criativas e Inglês, respetivamente “Land Art” e logótipo dos 3R’s.Estão em curso as seguintes atividades: logóti-pos dos bombos (Oficina Musical), eletrificação do recinto do arraial (Oficina de Eletricidade) e o Projeto “Uma tampa, um sorriso”.Logo no início do 3.º Período, a turma partici-pou na quarta prova de BTT, na “Diverlanho-so”. No escalão de Iniciados, o aluno Marco Cerqueira classificou-se em 4.º lugar, o David Carneiro, em 10.º lugar e o Maurício Silva nos

últimos lugares. No escalão de Juvenis, o aluno Luís Sá ficou em 4.º lugar.

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OS NOSSOS FINALISTAS

Os ardinas surgem em Portugal por volta do ano de 1864, aquando do nascimento do «Jornal de Notícias» e por influência da prática britânica. 22 de Junho, será a data que lhes pertence; o seu dia. O nome ardina lembra, pregões, rapazes correndo com seus sacos bojudos ao ombro de um lado para outro, mas tam-bém saltando acrobaticamente nos transportes em movimento. Os ar-dinas foram, ao longo dos tempos perdendo o seu estatuto desapare-cendo das ruas, das bancas ao ar livre. Todavia, o seu eclipse não foi total. Hoje acantonam-se em quios-ques, onde vendem jornais e revis-tas e outros produtos. Mas nem todos estão acantonados em quiosques. É o caso dos nossos ardinas. Os ardinas da Escola E. B. 2,3 de António que, todos os anos, se mobilizam para vender um dos jornais mais importantes da nossa comunidade: o Jornal «O Desper-tar».

«Ardinas da Escola»O êxito do jornal passa, não só pelos seus diretores e colaboradores com os seus artigos, mas também por aqueles que são responsáveis pela sua distri-buição, neste caso os seus vendedores,

isto é os ardinas. E é por esse motivo que, neste último número deste ano do Jornal «O Des-pertar», queremos deixar um agrade-cimento a todos aqueles meninos e

meninas que com o seu empenho, e sacrifício das suas horas vagas, se disponibilizaram para o fazer che-gar à comunidade.

Mais um ciclo que termina.Uma nova etapa está prestes a iniciar-se. Depois de tantos anos de partilha desejamo-vos felicidades e toda a sorte do mundo!