o páteo edição de agosto

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  • 8/22/2019 O Pteo Edio de Agosto

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    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA1

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 1

    GESTO XI DE AGOSTOpgina 2,3,4

    110 anos de XI de Agostopanorama do Dossi SanFrano que aCoalizo Estudantil?

    EMBATE:mais mdicos

    pginas 5 e 6 antigosalunospg10

    PENDURA E SUASHISTRIASProf. Simo pg 11

    entrevista pg 12:Dep. Adriano Diogo

    80anos daAtlticapg 13

    MURAL:

    andr ungaroTUMULTOS EREFLEXES

    luiz pricoPORQUE

    VIRAMOS DIRETA.

    beatriz riccoESTRANHO COMOOS SEGREDOS

    VIAJAM DEPRESSA

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    Gesto do Centro Acadmico XI de Agosto

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA2

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 2

    GESTO XI DE AGOSTO

    110 ANOS DE XI DE AGOSTO

    No prximo dia XI de agosto, nossocentro acadmico comemora 110 anos. Dessa forma, um

    momento para se repensar o papel que o XI tem dentro da

    So Francisco e do movimento estudantil como um todo.

    Em livros como A Herica Pancada comum

    entendermos a atuao do XI por meio de momento

    histricos como O Petrleo Nosso, Fora Collor ouDiretas J; mas e hoje? Olhando alm do aniversrio,

    qual o sentido de lembrarmos o aniversrio de nosso centro

    acadmico? Por qu a Semana do XI um momento

    essencial para o debate poltico na faculdade?

    preciso observar que ainda hoje o XI tem umpoder de mobilizao considervel. Em meio s

    manifestaes dos ltimos meses, conseguimos reunir

    numa semana de provas cerca de 35 centros acadmicos de

    todo o Estado - que levou criao da Coalizo Estudantil.

    A nota escrita nessa reunio chegou a ser notcia dediversos jornais e portais de notcias importantes, e isso

    s uma pequena amostra do que ns, franciscanos, somos

    capazes. No auto-indulgncia que se deve ter ao pensar

    no que esses 110 anos significam, mas olhar para a frente e

    saber carregar a responsabilidade histrica que nossa

    Faculdade carrega, seja pelo papel de vanguarda muitas

    vezes exercido pelo XI dentro do movimento estudantil,

    seja pelas grandes mentes que j saram de nossa faculdade

    ou por tudo que nosso centro acadmico j alcanou.

    A Semana do XI, ento, surge como o momentomximo dos eventos realizados durante todo o ano. No

    anterior, quase todos os candidatos prefeitura de So

    Paulo vieram ao pteo das arcadas discutir sua propostas.

    Nesse ano, so trazidos temas como mobilidade urbana, as

    manifestaes dos ltimos meses, reforma poltica e

    comisso da verdade. No so temas escolhidos ao acaso,

    mas uma oportunidade de olhar e debater para pontos-

    chave do atual cenrio do pas. Alm de duas grandes

    festas, essa a maneira ideal de se comemorar o

    aniversrio de nosso centro acadmico e usar esses debates

    para que tenhamos uma atuao concreta em alguns temas

    relevantes para a sociedade. O XI uma entidade de

    carter essencialmente poltico, e isso que a Semana do

    XI deve ressaltar (sem, claro, se esquecer do direito

    tambm).

    Poltica, direito e cultura estaro presentes naprogramao da Semana, que ir at o dia 16 de agosto -

    culminando no Baile do XI, no Memorial da Amrica

    Latina. Confira a programao nessa edio e participe dos

    eventos.

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    Gesto do Centro Acadmico XI de Agosto

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA3

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 3

    GESTO XI DE AGOSTO

    PANORAMA DO DOSSI SANFRAN

    Cadeiras quebradas, fiaes expostas,banheiro sem produtos de higiene bsica. Acostumamo-nos

    com problemas como estes e, o que inicialmente apenasincomodava, ao longo de cinco anos de faculdade passa a

    integrar nosso dia-a-dia. No comeo, visto com os olhos

    deslumbrados de quem acaba de passar no vestibular, tudo

    que era tido como um "preo" a se pegar por estudar na

    Faculdade de Direito da USP, com o passar do tempo acabaesquecido: j sabemos em qual cadeira no sentar, quais

    lmpadas no acendem e qual cabine do banheiro no

    devemos usar.

    O Centro Acadmico XI de Agosto possui, como

    entidade que representa os estudantes do Largo So

    Francisco, grande potencial de transformao, e essa

    mudana pode, e deve, ocorrer tambm dentro da

    Faculdade. Com isso em mente, na tentativa de explorar ao

    mximo esse potencial, surge o Dossi SanFran. O projeto

    atenta-se demanda dos estudantes em razo das

    pssimas condies do prdio histrico da Faculdade. Visaa elaborao de um documento composto por anlises das

    salas e reas mais utilizadas pelos estudantes no Prdio

    Histrico, como bibliotecas e banheiros. O objetivo

    apresent-lo diretoria da Faculdade e aos candidatos a

    diretor, como forma de manifestao dos estudantes quanto

    aos problemas de estrutura precria no prdio histrico.

    importante frisar que o Dossi, elaborado pelos prprios

    alunos, no objetiva apresentar carter tcnico, mas sim

    expor a viso e as necessidades de quem convive

    diariamente com tantos problemas, como expem os

    relatrios feitos semanalmente.

    Desde quando foi lanado, em maro, o Dossi

    Sanfran conta com uma adeso cada vez maior por parte

    dos alunos, tanto na realizao das anlises quanto na

    participao na pgina do Facebook, que conta hoje com

    quase 500 seguidores. Diversas vezes, o projeto ganhou

    destaque na mdia, seja na USP, com o "Jornal do Campus",

    ou no prprio "O Estado de So Paulo". Esse alcance nos

    meios de comunicao, especialmente naqueles no ligados

    ao meio acadmico, demonstra que no falta aos

    franciscanos razes em exigir transformaes na

    Faculdade. A repercusso aparece tambm entre os antigos

    alunos e pessoas que admiram a Faculdade, que porentenderem a importncia da conservao estrutural do

    prdio histrico, tm demonstrado grande apoio ao projeto

    atravs de elogios peridicos enviados pgina.

    Desde a criao e apresentao dos relatrios do

    projeto, alguns problemas pontuais vm sendo resolvidos

    na Faculdade, e at reformas amplas vm sendo feitas. No

    intervalo entre a primeira anlise das salas e reas comuns

    do trreo e a reviso das mesmas, foi possvel constatar

    grandes melhorias. Por exemplo, a troca de tomadas antes

    inutilizveis, e de lmpadas queimadas, alm claro da

    instalao de novos bebedouros, pois os antigos estavam

    com a fiao exposta, apresentando risco a quem os usava

    devido ao constante vazamento de gua. Alm disso, foram

    observadas reformas em duas salas: a Sala das Teses de

    Lurea e a Sala dos Estudantes, sendo essa, inclusive, o

    objeto de anlise do projeto piloto do Dossi, exposto no

    primeiro ms de aulas aos alunos em reunies abertas e

    para toda comunidade acadmica. A movimentao,

    portanto, vem dando resultados.

    O Dossi Sanfran ter um espao reservado na

    Semana do XI, que acontece entre os dias 5 a 16 de agosto,

    na Faculdade de Direito do Largo So Francisco. O projeto,

    que agora se encontra em sua fase final, ser apresentado

    comunidade acadmica e ao pblico em geral.

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    Gesto do Centro Acadmico XI de Agosto

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA4

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 4

    GESTO XI DE AGOSTO

    O QUE A COALIZO ESTUDANTIL?

    Na quinta feira, 13 de junho de 2013,ocorreu o 3 Grande Ato Contra o Aumento da Passagem,

    duramente reprimido pela Policia Militar do Estado de So

    Paulo. No mesmo dia, o Centro Acadmico XI de Agosto

    (Faculdade de Direito do Largo So Francisco USP)

    convocou uma reunio aberta para que fossem discutidos

    os protestos, a violncia policial e as prximas aes de

    dezenas de entidades estudantis ali presentes. Concomitantemente, um grupo de alunos criou aCoalizo Estudantil em Defesa dos Manifestantes, para

    impetrar um Habeas Corpus coletivo preventivo, com o

    objetivo de acabar com as prises por averiguao de

    m a n i f e s t a n t e s , i n c o n s t i t u c i o n a i s d e s d e a

    redemocratizao.

    Nas semanas seguintes, houve ampla adeso dapopulao ao movimento, que tomava as ruas do pas

    pedindo o fim da violncia policial e a revogao do

    aumento das tarifas, e nos tornamos a CoalizoEstudantil , transcendendo o intuito da proteo jurdicados manifestantes e passando a espao de articulao de

    todo o Movimento Estudantil, com reunies abertas que

    renem centros acadmicos, movimentos sociais,

    professores e manifestantes. So nessas reunies que so

    pensadas as reivindicaes dos estudantes que ocupam o

    espao pblico por mudanas.

    A Coalizo hoje dividida em 3 frentes de trabalho:

    Transportes, Segurana Pblica e Reforma Poltica.

    O grupo de trabalho de transportes, inicialmente,prestou-se a estudar questes relativas licitao e ao

    oramento pblico, com a ideia de dar sugestes Administrao para melhorar o sistema de mobilidade

    urbana, durante a fase de consulta pblica da licitao que

    havia sido proposta pela Prefeitura de So Paulo. Com o

    cancelamento da licitao, o grupo concentra esforos no

    acompanhamento da recm instaurada CPI dosTransportes na Cmara Municipal de So Paulo, tanto no

    requerimento de informaes quanto no trabalho

    independente do poder pblico, alm de manter os estudos,

    junto a outros grupos, sobre possveis mudanas ao modelo

    de transporte que possam ser apresentadas para o Estado.

    O grupo de segurana pblica tambm trabalhapara apresentar solues concretas que sejam positivas

    para todos, dividido em duas frentes. Primeiramente,

    analisar o trabalho da PM como condutor de protestos,

    para que se torne uma instituio que permita a discusso

    democrtica e a liberdade de expresso e, em segundo

    lugar, estudar sua estrutura, os problemas enfrentados

    pelos policiais e o porqu de uma polcia violenta, tentando

    sempre levar a uma discusso mais profunda do tema e

    uma compreenso holstica do trabalho policial enquanto

    agente de segurana do Estado. Pretende-se tambm

    estudar os modelos de polcia em funcionamento por todo o

    mundo, aplicados no s em pases desenvolvidos, mas

    tambm em pases com uma realidade social mais parecida

    com a brasileira.

    Por fim, o mais recente grupo de trabalho, sobrereforma poltica, cuja atividade se iniciou com a proposta

    de um possvel plebiscito versando sobre o tema, tem seu

    foco na discusso de modelos para a poltica brasileira.

    Nosso foco no ficar apenas nos pontos j propostos como as questes sobre voto distrital, em lista, menor

    influncia privada nos financiamentos de campanha,

    coalizes, etc. mas tambm outros no abordados.

    Aprofundar a discusso e trazer esse to importante

    debate para fora do mbito exclusivamente acadmico

    essencial.

    Com esses pontos, a Coalizo se coloca algunsobjetivos para os prximos meses. Manteremos as reunies

    em ritmo constante durante os prximos meses, reunindo

    todos os participantes e confirmando as deliberaes de

    cada grupo de trabalho. Continuaremos sendo um espao

    aberto de articulao dos estudantes, de entidades da

    sociedade civil, movimentos sociais e de quem mais desejar

    contribuir. Acreditamos que assim, poderemos buscarposies propositivas e conseguir mudanas para alguns

    dos problemas do pas.

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    Francisco Camura (12-185)

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA5

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 5

    EMBATE

    mais mdicos: SIMPRECISAMOS TAMBM DE MEDIDAS EMERGENCIAIS

    O anncio da proposta do governo detrazer profissionais da medicina estrangeiros para o Brasilvem gerando muitas opinies contrrias, principalmente,entre os setores mdicos. Veremos, porm, que esse temadeve ser analisado por uma outra perspectiva.

    Muitos, ento, dirigem suas crticas ao tom oportunista damedida, em virtude de s ter sido tomada diante de umsingular cenrio de presso popular. A questo, contudo, mais do que o oportunismo em si, uma vez que ele naturalmente inerente a medidas de carter poltico. O realproblema o fato de a pressa em responder s demandasdo povo levar tomada de decises paliativas noacompanhadas de outras capazes de resolver o problemaprincipal, no caso, a infraestrutura do sistema pblico desade. E foi exatamente o que aconteceu.

    Realmente, no podemos negar que a importao demdicos no veio acompanhada de um efetivo plano dereforma estrutural a longo prazo do SUS, o qual deveriaabarcar a formulao, nos cursos de medicina, de umcurrculo mais humanstico e voltado ateno bsica

    sade; o aumento dos recursos investidos na sade pblica,ainda mais diante de um preocupante quadro deinvestimento predominante na sade privada; e tambm aadoo, nas reas desassistidas, de uma equipemultiprofissional composta, no somente por mdicos, mastambm dentistas, enfermeiras, nutricionistas, etc. Diante disso, muitos argumentam que a vinda demdicos estrangeiros seria um mero paliativo e, por causadisso, repudiam a ideia. exatamente a que est o erro dequem pensa assim. No h dvida de que a importao dematerial humano para o SUS uma medida emergencial.O problema, no entanto, reside em achar que uma medida

    ruim e desnecessria simplesmente pelo fato de serpaliativa. H, no Brasil, municpios que contam com apenasum mdico para todos os seus habitantes. Milhares depessoas, nos lugares mais pobres e afastados, morrem emvirtude de doenas que poderiam ser facilmente tratadasse houvesse uma equipe mdica a postos. Mdicos tm quese utilizar da mais frtil imaginao para atender a todagama de ocorrncias que, muitas vezes, fogem da suaespecialidade. Diante de um quadro crtico como esse, ficaclaro que o Pas necessita, sim, de medidas emergenciais,alm, obviamente, de reformas estruturais.

    bom lembrar que muitos dos que criticam aimportao de mdicos tm o seu plano de sade privadopago em dia e podem contar com um tratamento mdicosatisfatrio, sem precisar passar horas nas filas do SUSpara receber um atendimento de qualidade duvidosa. Ressalte-se ainda que um ponto extremamentepositivo da medida o fato de que as atividades desses

    profissionais do exterior se concentraro na atenoprimria sade, ou seja, o foco ser a sade no ambientecomunitrio e familiar, voltando-se para preveno erecuperao das doenas mais frequentes na regio, com autilizao de mtodos eficientes e de baixo custo com osquais a comunidade realmente pode arcar. Apesar da aparente simplicidade dos atendimentosa serem realizados, a sade brasileira no pode prescindir

    da qualidade nos servios. No tocante a esse ponto, os problemas relativos aplicao do Revalida, exame nacional para a revalidaode diplomas obtidos no exterior e conhecido pelo alto nvelde dificuldade e pelas baixas taxas de aprovao, nopodem impedir que os estrangeiros sejam submetidos auma rgida avaliao. O simples acompanhamento dessesmdicos por universidades brasileiras pelo curto perodode trs semanas, como prope o governo federal, nogarantir a atuao de mdicos estrangeirosverdadeiramente competentes em nosso territrio. Em sntese: a importao de mdicos, apesar demedida emergencial, , sim, necessria e bem-vinda, diante

    do quadro crtico da sade pblica no Pas, desde que elaseja acompanhada de um plano efetivo de reformaestrutural a longo prazo do SUS, o qual ainda no foiapresentado de maneira satisfatria, e que essesprofissionais sejam submetidos a uma rgida avaliao deseu conhecimento.

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    Centro Acadmico Oswaldo Cruz - Faculdade de Medicina da USP

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA6

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 6

    EMBATE

    mais mdicos: no

    O CAOC, entidade representativados estudantes de medicina da

    FMUSP, coloca-se contrria MP 621, mais conhecidacomo programa Mais Mdicos. Estimamos que a medida,pela sua natureza compulsria e seu direcionamento a umanica profisso inconstitucional. Alm disso, toca apenas

    na superfcie dos complexos problemas da sade brasileira,no resolvendo questes estruturais. Trata-se de umataque liberdade individual do estudante e fere oprincpio de autonomia universitria. Das motivaesestruturais Acreditamos que a MP 621 se coloqueerroneamente como resposta precariedade da sade emregies carentes e exiguidade de contedo referente aateno bsica em muitos currculos mdicos. Do ponto devista social , o programa Ma is Mdicos ignora aimportncia tanto de outros profissionais de sade como deinfraestrutura. No basta ter o profissional mdico, necessrio investimento em equipes de sade completas,respeitando a complexidade da ateno bsica e doatendimento populao. Saneamento bsico, educao,estrutura e abastecimento de unidades de sade locais sotambm indispensveis. A vinculao do programa s faculdades demedicina torna-o mais interessante tendo em vista asuperviso da atuao dos graduandos, mas ela segue nosendo efetiva. Primeiramente, ela ignora as condieslamentveis em que se encontram alguns cursos demedicina, que no tm condies de manter o internato oumesmo a graduao, sendo invivel para muitas delas oacrscimo de dois anos de estgio. Isso agravado pelo fatode o programa no prever aumento no nmero de docentes

    e de especialistas em MFC (Medicina de Famlia eComunidade) para supervisionar os alunos durante oatendimento e aprendizado. A interveno em atenobsica seria mais eficiente caso ela permeasse o cursomdico. Alm disso, a insero desse atendimento durantea formao em medicina pode sensibilizar mais o alunopara a necessidade de atuao em ateno bsica. Da necessidade de providncias Devem serpromovidas revises curriculares pelas instituies deensino. Esses processos devem caminhar para a definiodas competncias e terminalidades na graduao, deacordo com as demandas de sade da populao e

    considerando as possibilidades de atuao do profissional eo prosseguimento de seus estudos. Concomitantemente, fundamental o incentivo pesquisa e desenvolvimento demodelos de melhora da sade em regies afastadas, e ainstitucionalizao de projetos de extenso universitrios,tornando-os mais completos em termos de possibilidade deatuao e mantendo-os em de modo a capacitar o SUS local.

    Finalmente, importante ressaltar que a clusula da MP(Captulo 1, Art.1 - III - aprimorar a formao mdica noPas e proporcionar maior experincia no campo de prticamdica durante o processo de formao) no compreendeum objetivo a ser cumprido com excelncia, dando aoprojeto vis demaggico. Como elucidado, h diversas formas esclarecidasde tornar a educao mdica complementada e voltada

    para ampliar a experincia do graduando de medicina emateno primria e medicina de famlia, no necessitandoda adio dos dois anos de servio civil obrigatrio emquesto. As crticas direcionadas MP 621 no significamque estejamos parte aos problemas de fato graves dasade pblica no pas. Com isso, propomo-nos a elaborar,com estudo aprofundado, solues mais transformadoras eque supram de maneira mais pertinente as reaisnecessidades de sade da populao. A criao de vagas deresidncia em MFC se faz necessria para atender asnecessidades de sade da populao. A prioridade seria para a medicina de famlia,a m p l i a n d o a s v a g a s e i n c e n t i v a n d o o s s e u s

    preenchimentos. Sabemos que a residncia contribui para afixao de mdicos, mas certamente a aprovao do planode carreira de Estado na medicina o faria com maioreficincia e agilidade, logo a melhor estratgia pararequerida interiorizao de profissionais de sade. necessrio que o governo reveja sua forma de investimentoem sade. Acreditamos que o governo deva manter ofomento restrito ao prprio SUS, impedindo que haja aapropriao direta e/ou indireta pelo setor privado. Aindapensando na forma de investimento em sade, cremos queo investimento pblico deva ser aumentado, aproximando-se dos investimentos em sade realizados nos sistemas

    universais de referncia pelos pases centrais. A FMUSPcomeou um processo de reestruturao curricular, na qualuma das prioridades ser a insero da ateno bsica.Naturalmente, trata-se de um processo que exige cautela e,por isso, demanda tempo. Acreditamos que seremoscapazes de contemplar essa questo e propor mais umasoluo ao problema.

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    segunda-feira 5 de agosto:11h: Sesso da Comisso Nacional da Verdade

    Belisrio dos Santos JrJos Carlos Dias, ex-Ministro da JustiaIdibal PivettaWellington Cantal

    14h: Tomada do prdio da Auditoria Militar -Memorial da Luta pela Justia19h: Balano das manifestaes de junho

    Marcos Nobre, Prof. IF-UNICAMPPedro Serrano, Prof. PUC-SP

    Jos lvaro Moiss, Prof. Titular FFLCHAldo Fornazieri, Prof. FESP-SP

    tera-feira 6 de agosto:11h: Workshop de Pindura Jos Fernando Simo, Prof. FD-USP19h: Mulheres na poltica (em parceria com Dandara)

    Helena Werneck, Coordenao Nacional de Mulheres PPSJuvandia Moreira, Sindicato dos BancriosJuliana Borges, Secretaria Municipal de Polticas Pblicas para MulheresDeisy Ventura, Prof. IRI-USPNdia Campeo, Vice-Prefeita de So Paulo

    quarta-feira 7 de agosto:11h: Coalizo Estudantil19h: Roda Viva: Ciro Gomes

    quinta-feira 8 de agosto:19h: Jri simulado - Caso Orestes e a Anistia Poltica

    sexta-feira 9 de agosto:19h: Desafios da mobilidade urbana

    Luza Erundina, ex-Prefeita de So PauloLucio Gregori, ex-Secretrio Municipal de TransportesVitor Schirato, Prof. FD-USPMauro Zilbovicius, Prof. EP-USP

    23h08: Cervejada de 110 Anos do XI Largo So Francisco

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA8

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 8

    SemanadoXI110anos

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    segunda-feira 12 de agosto:11h: tica religiosa e sexualidade

    Erika Kokay, deputada federal (PT-DF)Jos Reinaldo de Lima Lopes, Prof. Titular FD-USPValria Buzin, Grupo Catlicas Pelo Direito de Decidir

    15h: Resultado do concurso Nova Biblioteca

    tera-feira 13 de agosto:11h: Apresentao do Dossi SanFran19h: Ato pela reforma poltica

    quarta-feira 14 de agosto:11h: Perspectivas de Reforma polticaElival da Silva Ramos, Prof. Titular FD-USPAndr Singer, Prof. FFLCHAndr Ramos, Prof. FD-USP

    19h: Pea do Teatro Marrey

    quinta-feira 15 de agosto:11h: Grandes Juristas nas Arcadas com Ada Pellegrini Grinover

    sexta-feira 16 de agosto:17h: Msica nas Arcadas: Orquestra Vilani19h: Roda Viva: Jos Eduardo Cardozo

    23h08: Baile do XI: Pop Art Memorial da Amrica Latina - Espao Simn Bolvar

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA9

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 9

    Semana

    doXI110anos

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    Jos Carlos Madia de Souza, Presidente da Associao dos Antigos Alunos

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA10

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 10

    ANTIGO ALUNO

    O XI DE AGOSTO E O PTIO

    Estamos celebrando nesteAgosto, os 110 anos de nosso glorioso CentroAcadmico. O primeiro dentre as agremiaes no mbito

    da USP (que s viria a nascer na dcada de 1930, muito

    depois). Essa primazia se deu por exatos 20 dias o da

    Politcnica foi fundado em 1 de Setembro do mesmo

    1903. Depois, na sequncia, vieram outros, Oswaldo Cruz

    (1913); Filosofia Cincias e Letras (1936) e, assim

    sucessivamente.

    O Ptio ou Pateo muito mais velho. No o atual,que tambm da dcada de 1930, quando erguido o que

    hoje denominamos Prdio Histrico. Entretanto, sendo

    esta a terceira das edificaes utilizadas por nossa

    Faculdade de Direito, conserva, no mesmo espao, o Ptio

    Franciscano. Quando para c viemos, em 1827 (escolha

    entre os Conventos do Carmo, de So Bento e oFranciscano, o escolhido), o Ptio j existia no mesmo

    local, com o mesmo formato. Espao delineado pelas

    colunas em arcos, conformando um piso quadrado. E as

    arcadas, o movimento do enlace das colunas formando as

    Arcadas, outra de nossas marcas: XI de Agosto, Pateo,

    Arcadas.

    E ns, Antigos Alunos de sempre, que passamos evivemos ao menos 5 anos, talvez os melhores de nossas

    vidas, com o XI, no Pateo e sob as Arcadas, aqui estamos

    para saudar a gerao atual, aqueles que a ns se

    incorporaro ao trmino do curso, companheiros solidrios

    da permanente evocao dos bons tempos.

    Parabns ao XI de Agosto, por seus gloriosos emarcantes 110 anos, presena forte na defesa das

    liberdades e do Direito.

    E ao Pateo, informativo que se inaugura neste anocomemorativo. Que nasce sob os melhores auspcios,

    oferecemos como bandeira as palavras do epteto do

    imortal Goffredo Telles Jnior:

    Conheo-te, XI. Conheo-te na paz e na rebelio;Conheo-te nas batalhas internas dos partidos, e nos

    embates externos da poltica. Conheo-te nos intervalos de

    tranquilidade e nas horas de desarrojadas faanhas contra

    as ditaduras. Conheo-te nas preocupaes dos exames,

    nas emoes da convivncia em nosso Pateo, nos enlevos

    de amor em nossos corredores. Conheo-te nas descobertas

    misteriosas da poesia e da msica. No Jardim de Pedra de

    nossa Academia . Mas conheo-te, tambm em tuas

    gostosas folgas, nos acolhedores Itamaratis da vida

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    Jos Fernando Simo, Prof. Associado de Direito Civil

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA11

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 11

    professor

    PENDURA E SUAS HISTRIAS

    Quando ingressavam os calouros noLargo de So Francisco em 1992, logo eram informadospelos veteranos de nossas centenrias tradies. Se eram centenrias, creio que no, mas se eramtradies, isto tenho certeza. Na poca do trote tnhamos asCarruagens de Fogo, em que o cho das arcadas recebiafarta quantidade de gua e sabo e os calouros, sem camisae devidamente numerados, teriam que dar um certo

    nmero de voltas e o primeiro que realizasse o feitosagrava-se vencedor. Detalhe: a cada volta o calouro ingeriauma potente dose de Jamel, a caninha do Bacharel! Outra importante tradio era a Pendura ouPindura para os ntimos. A tradio consistia em comerde graa, pagando apenas os 10% do garom, no dia XI deAgosto. A regra vetava expressamente o consumo debebida alcolica. Bem, comer de graa apenas no dia XI de Agosto?Ora, era muito pouco. Na dcada de 1990 a Pendura seiniciava no primeiro dia de aula do segundo semestre eterminava no dia XI de agosto. Eram dias de festa ecorreria. Logo aprendemos que havia 3 tipos de Pendura. Aprimeira e menos divertida era aquela agendada, chamadade diplomtica, em que se ligava para o restaurante e semarcava uma data para comer de graa. Apesar de poucodivertida, eram refeies calmas, regadas de muitaconversa, em que normalmente se comia a refeio servidapor escolha do restaurante, ou ainda, de nossa escolha se oestabelecimento assim permitisse. A segunda era a tradicional. Primeiro se come,depois se retira o ofcio do XI de Agosto, o ofcio assinadopor todos os alunos e entregue ao garom, junto com os10% e um belo discurso dos alunos. Normalmente garons egerentes reagem mal. Querem a prova de que os presentesrealmente estudam Direito, chamam a polcia algumas

    vezes etc. A ltima e muito interessante, s recomendada aosque tem melhor forma fsica, a selvagem. Come-se ecorre! Alguns, j portadores de CNH, faziam algo diferente.Um dos alunos levava o carro porta do restaurante aps arefeio, entravam no carro e se evadiam do local. Recuperei minha agenda de 1992 para lembrarquantas Penduras dei naquele ano. Para minha tristeza, amaioria delas foi diplomtica, devidamente agendadas.Outras foram tradicionais. Interessante que fui a vriosrestaurantes pedir Pendura diplomtica.

    Os restaurantes em que fui dar Pendura tradicionalforam: Almanara (R. Baslio da Gama), Massadoro (por

    quilo na Lbero Badar) e Viena (no me lembro a rua). O Almanara da Baslio da Gama um dos melhoresrestaurantes de comida libanesa de So Paulo. Demos aPendura de 3 de agosto em sete pessoas. Ainda hoje soufrequentador. O Massadoro, restaurante por quilo bem prximo Faculdade, faliu ainda nos anos 1990. A Pendura de 4 de

    agosto demos em 11 pessoas. Um verdadeiro exagero. Odono se irritou, trancou a porta do restaurante, apesar denossos juramentos solenes sobre o Cdigo Civil de queefetivamente estudvamos Direito no Largo So Francisco.Lembro que uma de minhas amigas no tinha a Carteira doXI para provar e, assim, simplesmente saiu correndo dorestaurante transformando a Pendura em selvagem. Ela sparou quando se trancou no banheiro feminino daFaculdade temendo uma perseguio que, diga-se de

    passagem, nunca ocorreu. O Viena existe at hoje. Do mesmo grupo oRascal, restaurante que aprecio muito. A Pendura de 6 deagosto demos em 4 pessoas. J as diplomticas foram diversas. Lembrei-me deum fato curioso verificando minhas notas daquele ano de1992. Havia Penduras de sobremesa e de caf-da-manh.Sim, todas as refeies so objeto de Pendura, ainda que ssobremesa. Minhas Penduras diplomticas como calouroforam: Famiglia Mancini (5 pessoas); Belosguardo (7pessoas); Ofner para a sobremesa (4 pessoas); Hotel Bristolpara caf-da-manh (5 pessoas); Dom Pepe di Napoli (4pessoas); e Pizzaria Monteverde (6 pessoas). Duas curiosidades: no prpria dia XI noconseguimos dar Pendura, pois os donos de restaurantesficam alertas e acabamos almoando no Mac Donalds, semnenhum glamour. E a segunda e mais vergonhosa: demosum Pendura diplomtica no Habibs! Sim, fiz isto em 1992... Agora, duas mximas da Pendura seguamos risca. Jamais dar Pendura em Shopping Center, pois osseguranas so pessoas de difcil negociao. Nunca darPendura em restaurante vazio, pois o que nos absolve dopecado de pagar a conta o medo do dono de eventualescndalo dos franciscanos. Agora o velho dilema: e se der delegacia? Nuncapassei por esta experincia e dizem os penalistas que crime

    no h se voc tiver o dinheiro, mas se recusar a pagar aconta. No tenho conhecimento para sustentar essaafirmao. Agora, pagar na delegacia uma VERGONHAque desonra qualquer franciscano. Ainda no ano passado indiquei dois professores deDireito Penal para ajudarem os alunos com esteaborrecimento passageiro. Normalmente, os delegados nofranciscanos so mais duros. Talvez porque nuncapenduraram... Pagar jamais. Resistam. Mantenham atradio. E se tiverem medo que esta marca os prejudiquepara futuros concursos pblicos, esqueam. Alis, um BOpor Pendura deveria ser requisito para aprovao nosConcursos Pblicos! Aproveitem os tempos bons que novoltam e deixam uma saudades...

  • 8/22/2019 O Pteo Edio de Agosto

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    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA12

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 12

    ENTREVISTA

    ENTREVISTA COM DEP. ADRIANO DIOGO

    Nesta edio, O Pteo entrevistou odeputado estadual Adriano Diogo (PT), presidente da

    Comisso Estadual da Verdade Rubens Paiva, que

    gentilmente nos recebeu na Assembleia Legislativa do

    Estado de So Paulo. Adriano gelogo formado pela USP,

    foi vereador de So Paulo por quatro vezes, Secretrio

    Municipal do Verde e do Meio Ambiente e atualmente

    exerce seu terceiro mandato como deputado estadual.Deputado, como funciona uma Comisso da

    Verdade?

    Eu posso falar da experincia da Comissoda Verdade da Assembleia Legislativa de So Paulo. Uma

    Comisso da Verdade tem por objetivo esclarecer coisas e

    fatos que ocorreram no tempo da ditadura, coisas de 40 ou

    50 anos atrs. O principal script das Comisses da Verdade

    so os testemunhais. Ns adotamos como mtodo aqui a

    questo dos mortos e desaparecidos polticos de So Paulo

    ou que militaram em So Paulo. Ento uma Comisso da

    Verdade deve apurar as vtimas, os repressores, em quecondies esses fatos aconteceram e tentar a

    responsabilizao.

    Qual a importncia da participao dos rgos

    legislativos neste trabalho com suas prprias Comisses

    da Verdade, como a Comisso da Verdade das

    Assembleias Legislativas, do Senado Federal e das

    Cmaras Federal e Municipais?

    Na realidade quem deveria criar asComisses so os Poderes Executivos, os governos. Na

    ausncia do Poder Executivo, o Poder Legislativo tem a

    obrigao de fazer esse trabalho, alm das universidades,

    dos sindicatos e todos aqueles que foram protagonistas.

    Infelizmente esta no uma matria que est presente na

    agenda poltica do pas e nem dos partidos polticos.

    Embora o perodo da ditadura seja a matriz do perodo

    democrtico em que vivemos hoje, parece que todas as

    coisas que ocorreram na ditadura j esto esclarecidas, e

    no esto. No esto sequer contadas. S para se ter uma

    ideia, aqui na ALESP ningum sabe quantos deputados

    foram cassados, quantos vereadores foram cassados,

    quantos prefeitos perderam seus cargos e nem de quantas

    pessoas foram presas e punidas. Ento h umdesconhecimento at no arquivo, no acervo do material,

    que nunca foi compilado ou estudado. um assunto

    absolutamente importante e que as Cmaras e Assembleias

    deveriam adotar como matria bsica. s vezes h coisas

    apuradas sobre a ditadura Vargas, mas sobre a ditadura

    militar ainda h pouca coisa.

    Quais resultados o senhor espera da Comisso

    Estadual da Verdade Rubens Paiva?

    Espero que ela no decepcione. Espero quefaa seu trabalho, como at agora tem feito de uma forma

    exemplar mesmo que com muito poucas condies de

    trabalho, para ser sincero. Mas ela est vindo em um ritmobom e muito importante.

    Nota dO Pteo: At o dia 18/07/2013, mais de

    quatro meses depois da instalao da Comisso Estadual da

    Verdade de So Paulo, j haviam sido realizadas 56

    audincias pblicas e foram ouvidos cerca de 200

    depoimentos sobre 67 casos. Maiores informaes podem

    ser obtidas no site

    http://www.comissaodaverdadesp.org.br/

  • 8/22/2019 O Pteo Edio de Agosto

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    Associao Atltica Acadmica XI de Agosto

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA13

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 13

    ENTIDADES

    80 ANOS DA ATLTICA

    A A.A.A. XI de Agosto foi fundada em1833 e este ano completa 80 anos de histria. Vale

    ressaltar que a segunda atltica mais antiga do pas

    perdendo apenas para a ESALQ, a qual possui 110 anos de

    existncia. Sempre pioneira e inovadora, a scia

    fundadora n 1 da FUPE (Federao Universitria Paulista

    de Esportes) e, desde o incio, implementou modalidades

    femininas em seus quadros.Nos Jogos Jurdicos Estaduais ganhamos 24 das

    37 edies j realizadas sendo que o Mackenzie ganhou 12

    e a PUC 1. A maior sequncia de ttulos foi o

    eneacampeonato de 1998-2007 perodo de absoluta

    hegemonia franciscana. Os quatro anos negros de domnio

    wackenzista (2008-20XI) foi concomitante com a perda de

    receitas oriunda dos outdoors do Campo do XI. Entretanto,

    aps um processo de reestruturao interna voltamos a

    ganhar em 2012 e a fazer duelo parelho com os orelhudos.

    J no InterUSP o nvel competitivo mais alto e

    nossa melhor colocao foi um 3 lugar repetido algumasvezes no final da dcada de 90 e incio dos anos 2000.

    Todavia, a FEA teve um crescimento expressivo de uns

    tempos pra c e hoje em dia briga diretamente pelo ttulo

    com a Pinheiros e a Poli. Atualmente brigamos pelo 4 lugar

    com a Med-Ribeiro e esse ano fizemos uma excelente

    campanha estando presente em 10 semis e 4 finais. O

    intuito nos prximos anos ir galgando finais aos poucos e

    repetir a bela campanha de 97 quando chegamos ao ltimo

    dia com 8 finais para serem disputadas. Tudo isso

    possvel, basta os prprios atletas e torcidas acreditarem

    no prprio potencial.

    Outro campeonato que participvamos eram osJogos Jurdicos Nacionais, os quais foram fundados por ns

    em 1987. Devido a inmeros fatores como, por exemplo,

    rivalidades polticas e calotes financeiros a Gloriosa no

    participa mais dessa competio. Os Nacionais

    constantemente mudam de nome em virtude das

    dificuldades financeiras das atlticas e ano passado, por

    exemplo, contou apenas com faculdades do Rio e SP.

    Alm dos inters que so a nossa prioridade,

    participamos de campeonatos semestrais durante o ano.

    Nesse primeiro semestre tivemos a excelente campanha do

    Basquete Masculino que foi campeo da srie principal daCopa USP e repetiu os excelentes resultados alcanados nos

    ltimos 10 anos. Nessa mesma competio tivemos ttulos

    do Tnis Masculino (2003, 2004, 2005 e 2006), Futsal

    Feminino (2004), Jud (2005), Basquete Feminino (2005,

    2006 e 2007) e Rugby (20XI e 2012).

    Por fim fica o convite para aqueles que querem

    participar da AAA como atleta ou como diretor. Embora

    nosso foco sejam os campeonatos tambm h espao para

    aqueles que somente querem praticar uma atividade fsica.

    O horrio de treino no dos melhores (22-24), mas pode

    ter certeza que jogar pela da So Francisco um dos

    maiores teses da sua vida!

    ORTO MGIKO FRANCISCANOSoooooooooooooooouSo Fran-cis-coooooo

    Eu sou SanFran de coraoJogo com raa e com amorA So Francisco tradio

    Vamos SanFran, vamos ganhar

    A Gloriosa sempre vai ser campeVim pra torcer, vim pra lutar

    E por voc a vida inteira eu vou cantarVamos SanFran (vamos SanFran!)

    Vamos ganhar (Vamos ganhar!)A Gloriosa sempre vai ser campe ( campe!)

    Vim pra torcer (Vim pra torcer!)Vim pra lutar (Vim pra lutar!)

    E por voc a vida inteira eu vou cantar

    So Francisco, tradioEstar aqui um orgulho, um teso!

    No tem igual, nenhum lugar! So Francisco a vida inteira eu vou te amar!

    So Francisco ( So Francisco!) tradio ( tradio!)

    Estar aqui um orgulho, um teso! (Mas que teso!)No tem igual ( sem igual!)

    Nenhum lugar! (Nenhum lugar!)

    So Francisco a vida inteira eu vou te amar!

  • 8/22/2019 O Pteo Edio de Agosto

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    Beatriz Ricco (21-185)

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA14

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 14

    CULTURA

    ESTRANHO COMO OS SEGREDOS VIAJAMDEPRESA

    Esse filme mais conhecido porsuas origens alems e se passa na poca do estopim da 1GM. Seu narrador um de seus protagonistas, professor deuma pequena vila no norte da Alemanha, cujo principalmantenefor um Baro e a famlia, sendo as plantaes afonte de subsistncia

    Uma fita branca era colocada nos braos dos filhosdo Baro quando eles pecavam, no sentido de trair aconfiana de seus pais, externando-se o valor do branco:paz, lealdade e confiana. Ou seja, os pais colocavam essasfitas no brao de suas crianas para que elas nuncaesquecessem esses valores. Quando a confiana erarestabelecida, as crianas deixavam de usar a fita branca.Aparente mente, a vi la tranquil a, pa cata e semacontecimentos. Mas, s aparentemente.

    O tema principal de A fita Branca uma srie demortes, na qual no se descobre o responsvel, at umadeduo do professor, que silencia a vila. Surpreende-sepela brutalidade dosassassinatos, na qual oscadveres soexpostos de maneira impactante, ou foram encontradoscom sinais de agresso, fazendo-os sofrer at a morte, demaneira lenta, gradual e progressiva. H uma relao

    entre os assassinatos e a vila, no geral. As pessoasescolhidas como vtimas, passaram por algum episdiopolmico, ou eram envolvidas com as vtimas anteriores.Elas so encontradas ou em lugares ermos, ou onde maisconviviam, mostrando que os responsveis conheciam bema regio e aqueles que eles escolheram para matar.

    No entanto, tambm chama ateno, alm do temaprincipal, aqueles secundrios, que o rodeiam. Esse gnerode filme considerado Foggy. Vem do ingls fog, cujoum dos significados nevoeiro. Por exemplo, o critrio deseleo e o motivo de assassinarem as pessoas escolhidasfazem sentido, mas, para mim, um suspense. Ou seja, um filme parado, difcil de entenderem sua integralidade,sempre rodeado de mistrio. Ele muito mais satisfatrioquando visto pela segunda vez, atentando-se aos detalhes.

    Como um bom filme alemo, afora a tensorecorrente ao longo da estria, temos algumas quebras deexpectativas sinistras, como a decepo do Baro quandoseu canrio de estimao morre, ou o genuno romance doprofessor narrador do filme, com mais de 30 anos, comuma jovem de apenas 17, visitante da vila. Sem qualquerjuzo de valor, claro, mas um tanto surpreendente para apoca. H tambm o envolvimento de uma filha com seupai, que no fica claro se ela consente ou no, ou porque elaconsentiria.

    No fcil entender o significado de cada detalhedesse filme, para o que contribuiu inclusive com o seu

    tempo de durao:quase 2h30min de durao.Para os amantes de ttulos, pouco usual em nosso

    ambiente, o filme vencedor do Globo de Ouro, Cannes,concorreu a 2 Oscar, considerado um dos melhores filmesalemes, entre outros ttulos e nomeaes. Foi filmado empreto e branco e a lngua falada, como se supe, o alemo.No possui trilha sonora, os adultos do filme no tm nome,

    somente as crianas. Eles so reconhecidos pela sua funosocial.

    O diretor no sdico ou estranho, como algunspensariam, e no se incomoda com aqueles que noapreciaram o filme por muitos detalhes estarem nonevoeiro. Claramente, no sua inteno fazer filmesmastigados.Michael Heneke estudou filosofia e psicologiana Universidade de Viena e soube bem aplicar o seuc o n h e c i m e n t o n o fi l m e . E m s u a s p r p r i a s

    palavras, considera o cinema americano um imperialismocultural e odeia filmes que tornem as pessoas maisestpidas do que elas so.

    Para mim, o mais interessante desse filme no paraem suas telas. Seria essa fita branca, que representapureza e lealdade, o equivalente sustica nazista namanga dos uniformes, para que eles nunca esqueam seusvalores, diferenciando-os da estrela de Davi judaica,frequentemente usado para reconhecimento de raa deacordo com os juzos de valor moral da poca? Ser que soem detalhes como esse que comea o nazismo, ou osmovimentos totalitaristas, quando se adota um smbolo querepresente a ideologia totalitarista?Afinal, essas crianas,que durante o filme, mostram descaso com a educao quereceberam, inclusive com alguns valores de moral comunsem seu contexto, so os adultos do nazismo. Tomaramatitudes que definiram seu futuro, seu carter. Ou seja, essecarter dessas crianas pode ter contribudo para que elasaceitassem os conceitos do nazismo. Infelizmente, No hresposta para essa relao, e ela no dada como certa,depois da anlise do filme, mas ela possvel no contextoalemo.

    No s a fita branca possui imensa valorao,assim como o mtodo empregado por pelos assassinos paratirarem a vida de suas vtimas. O vnculo que o professorestabelece com sua amante, o vnculo do baro com ocanrio e as relaes entre pais e filhos, e entre as crianas,

    inocentadas pelo seu comportamento dcil, trapaceando osadultos.

    Recomendo o filme para aqueles que desejam fugirdos dramas hollywoodianos. uma imerso culturalvaliosa. Muitos valores so colocados em jogo, expondo arealidade em sua forma nua e crua. A escolha pelo preto ebranco, pela ausncia de trilha sonora, a ausncia de nomepara os adultos e as crianas como protagonistas, todos osdetalhes fazem sentido, ou foram pensados para fazeremsentido. Pode at no fazer, dependendo da interpretaode quem assiste aolonga, no entanto,creio que no essa a inteno deMichael Heneke.

    Ttulo em portugus:A fita branca

    Ttulo original:Das weie BandAno:2009

    Pas:Alemanha!Diretor:Michael Heneke

  • 8/22/2019 O Pteo Edio de Agosto

    15/16

    Luiz Prico, (23-186)

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA15

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA 15

    MURAL

    PORQUE VIRAMOS DIREITA.

    Quando comecei minha primeira faculdade, de

    Letras, em 2003, na FFLCH, direita era um termo

    diretamente associado ao nazifascismo e ditadura militar,

    uma verdadeira ofensa, um xingamento. Ningum se dizia

    de direita. At havia quem recusasse as ideias

    esquerdistas, mas ningum era direitista. Passados dez

    anos, me vejo dividindo a sala de aula e o ptio com

    moleques que se declaram de direita. Eu mesmo virei

    liberal. O que me faz perguntar: o que aconteceu nesses dez

    anos para que boa parte da juventude brasileira guinasse

    para a direita?

    certo que nesse nterim houve um desencanto

    com a esquerda aqui no Brasil. O lulismo, Mensalo

    proa, acabou no s com qualquer iluso quanto ao discurso

    tico petista, mas se mostrou to corrupto, populista,

    patrimonialista e autoritrio quanto os governos

    anteriores, at mesmo pior, e sua poltica econmica j

    apresenta seu esgotamento j faz algum tempo. Mas isso

    no suficiente para explicar a adeso direita, apenas o

    repdio esquerda.Apresentar um motivo universal que explique a

    adeso de todos os jovens que aderiram direita no pas

    seria uma generalizao rasa tpica da esquerda. Buscar

    entender a conjuntura, as circunstncias e o ambiente que

    permitiram a disseminao das ideias liberais entre nossa

    juventude, entretanto, parece-me um exe rcc io

    interessante e til.

    No comeo dos anos 2000, a internet popularizou-

    se no Brasil. Com isso, um nmero cada vez maior de

    jovens teve acesso a um mundo de infor mao e

    conhecimento ao qual no tinham antes. Jornais,

    enciclopdias, sites e blogs de especialistas, entre outros

    meios, estavam agora disponibilizados a quem tivesse

    interesse, ao alcance de um clique.

    Com isso, muitos jovens, vidos por ideais novas,

    por novos pontos de vista e modos de ver e entender as

    coisas encontraram as ideias liberais. Conceitos como livre

    mercado e indivduo, por exemplo, lhes eram apresentados

    de maneira bastante diferente da ensinada na escola e na

    universidade, onde so ensinados como o mal do mundo.

    Os problemas do intervencionismo, do socialismo e do

    Estado forte lhes foram explicados. E as explanaes que

    viam em sites como o pioneiro O Indivduo, o de Olavo deCarvalho (to mal quisto quanto mal lido), os dos institutos

    Ordem Livre, Mises Brasil e Millenium, da revista Dicta &

    Contradicta, entre outros, fora os estrangeiros (cuja

    traduo muito desses brasileiros tem se empenhado em

    fazer e que lhes so referncia), essas explicaes lhes

    pareciam muito mais racionais, claras, coerentes.

    A Web tambm abriu um ambiente de discusso

    muito mais livre, aberto a novas ideias, menos restrito e

    direcionado ideologicamente. A patrulha do politicamente

    correto, que sufoca o debate e a liberdade de expresso nas

    escolas e universidades e nas mdias tradicionais (rdio,

    TV, revistas e jornais), no consegue agir com a mesma

    eficincia na rede, embora tente. O territrio livre da web

    se tornou um livre mercado de ideias, onde qualquer um

    pode apresent-las e analis-las, aderir a elas ou refut-las,

    de forma independente da tal patrulha.

    Fora isso, o entendimento dos ideais liberais

    permitiu a essa nova direita ver que o intervencionismo

    das ditaduras militares, especialmente a da nossa, que,

    com o AI-5, suspendeu liberdades individuais, tem bem

    pouco a ver com o liberalismo, de forma que, se isso no

    serve para invalidar a classificao delas como de direita,

    deixa claro que a direita no se resume a ditaduras. Ao

    contrrio: no s os pases mais livres do mundo so pasescapitalistas e democracias liberais, como todos os pases

    socialistas so e foram ditaduras. Quanto ao nazifascimo,

    bom, o nacional-socialismo da sigla nazi explica tudo, pra

    no dizer que no tem nada a ver com as ideias liberais,

    obviamente.

  • 8/22/2019 O Pteo Edio de Agosto

    16/16

    Andr Ungaro (11-185)

    O PTEO - EDIO 1 - AGOSTO DE 2013 PGINA16

    MURAL

    TUMULTOS E REFLEXES

    Dentre os ltimos dois meses, oBrasil viveu um perodo incomum em sua histria.

    Enquanto muitos se incomodavam com o conformismo de

    sempre da grande maioria do povo brasileiro, houve uma

    certa onda de protestos ( pacficos e violentos ) repudiando

    a situao do atual cotidiano de nossa sociedade. A

    sociedade, perdoem o chavo, mas deu o incio para o basta,

    observou a diversas movimentaes pelo mundo ( Tunsia,Occupy Wall Street, Egito, Grecia, London Riots, dentre

    tantos outros que aderiram a situao semelhantes ) e

    tentou fazer a maneira a brasileira. No querendo adentrar

    no assunto das manifestaes, se suas causas so legtimas

    ou no, porque partimos do pressuposto de que a liberdade

    de reunio e expresso so direitos fundamentais que

    devem ser respeitados, at que seja observado questes

    como discursos de dio, e outras variveis diversas que

    devem estar previstas no texto constitucional que trata

    acerca da matria em questo.

    Meu questionamento: Qual seria a principalrazo do momento de tais manifestaes ser exatamente

    agora e porque o foco das mesmas diverso ( diversos

    grupos que no defendem uma mesma causa de raciocnio

    ideolgico )?

    Primeiramente, o combo FIFA( Copa das

    confederaes, em 2013, e do Mundo, em 2014) mais os

    Diversos escndalos de corrupo ( Mensalo, mensalinho,

    caso Orlando Gomes, entre outros ) mais o aumento das

    tarifas cobradas sobre as passagens dos transportes

    pblicos das cidades ( o vulgo movimento do No so s

    0,20 centavos coordenados de maneira um tanto

    perspicaz por um grupo de esquerda intitulado Passe Livreque defende uma causa ideolgica no aceita pela grande

    maioria dos manifestantes que participaram dos maiores

    tumultos televisionados por diversas emissoras de

    televiso e radio). Destes apontamentos, percebe-se que o

    fator visibilidade agregado com a gama de situaes

    determinantes para a insatisfao popular levou as massas

    s ruas.

    Segundo, assim como j comentei a respeito da

    divergncia de interesses nas movimentaes

    massificadas, desde cartazes risveis a criticas politico

    ideolgicas bem feitas, isso a simples amostragem de queo Brasil ainda no possui a devida maturidade politica para

    gerar protestos de tal magnificncia. No que as pessoas

    devam ser subordinadas aos interesses de poucos lideres

    com ideias utpicas, no voltar ao juvenismo dos

    i t i i 64 t d l t

    bandeiras e sarem as ruas protestar, devem tomar cuidado

    com os movimentos que aderem, pois podem levar a

    situaes indesejadas para a maioria da sociedade

    moderna que se insere no cosmopolitismo da globalizao.

    Todos os fatos e assuntos acima relacionados

    possuem uma raiz comum, a crise da representabilidade

    politica.

    Mudam-se os governos, os representantes

    populares, mas as estruturas de poder presentes no so

    alteradas, alteram-se as classes de poder, maneiras de

    poder, as ideologias dominantes, mas mantem as mesmas

    relaes de poder de tempos coloniais, onde havia o senhor

    e o dominado. Muitos podem erroneamente confundir as

    minhas falas, que coadunam em parte com o pensamento

    Faoriano, com um pensamento marxista baseado na luta de

    classes. Entretanto, a minha critica maior a este sistema

    que mudam as classes, mas no mudam a sistemtica que

    n o c o n s e g u e d a r a d e v i d a a t e n o p a r a a

    representatibilidade politica que o individuo da sociedade

    ps liberal quer almejar, assim como a critica de BenjaminConstant em A Liberdade dos antigos comparada a do

    modernos, onde o individuo moderno no possui mais a

    representabilidade que detinha na poca antiga, mesmo

    que de maneira arcaica pelo sistema de eleio majoritria

    das agoras gregas, onde as minorias nunca eram atendidas.

    No devemos pregar democracias diretas neste modelo

    atual, nada adiantaria alm de corromper ainda mais o

    sistema de representabilidade gerando destruio

    sistemtica. O individuo e seu povo no tem de enxergar

    todo direito alcanado como algo concedido pelo Estado, o

    Estado apenas mera construo que facilita a

    manuteno de uma sociedade, manuteno da liberdades

    individuais, no podemos continuar com as estruturas que

    prezam pelo paternalismo upside down percebido por

    diversas vezes nos momentos histricos de nosso pas.

    Por fim, os males do corporacionismo, da

    corrupo, da falta de interesse do brasileiro na politica

    no so nada mais do que a perpetuao de estruturas que

    prezam pela centralizao representativa e com o ritmo

    acelerado do capitalismo ps moderno, no conseguem

    atender devidamente aos interesses constantes, mutveis

    e dinmicos dos indivduos da sociedade ps moderna, mas

    no deixando de garantir que os valores morais de umasociedade consigam se estabelecer e no sejam fruto do

    esquecimento das instituies e valores.