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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DO SUPERVISOR NO DESENVOLVIMENTO DO GOSTO PELA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL JANE MÁRCIA TEIXEIRA ORIENTADOR(A): PROFESSOR: ANTONIO FERNANDO VIEIRA NEY SÃO PEDRO-PI ABRIL / 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO SUPERVISOR NO DESENVOLVIMENTO DO GOSTO PELA

LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

JANE MÁRCIA TEIXEIRA

ORIENTADOR(A):

PROFESSOR: ANTONIO FERNANDO VIEIRA NEY

SÃO PEDRO-PI

ABRIL / 2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO SUPERVISOR NO DESENVOLVIMENTO DO GOSTO PELA

LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

JANE MÁRCIA TEIXEIRA

Trabalho monográfico apresentado como

requisito parcial para obtenção do Grau de

Especialista em Supervisão Escolar.

SÃO PEDRO-PI

ABRIL / 2009

AGRADECIMENTO

A toda as minhas amigas,

principalmente Lurdes Bernadete, Lucélia

Cardoso e Maria da Luz, pois junto divididos

as dúvidas, as ansiedades e incertezas e em

especial ao corpo docente do Instituto “A

Vez do Mestre” destacando o meu mestre

orientador Antonio Fernando Vieira Ney e os

demais alunos da instituição que direto ou

indiretamente contribuíram para a realização

desse trabalho.

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a

minha, família destacando a minha mãe e

irmã Socorro, que sempre acreditaram no

meu esforço e capacidade. Também a minha

mãe biologia Maria José que deu origem a

minha existência.

SUMÁRIO

Resumo Pág. 07

Metodologia Pág. 08

Introdução Pág. 09

Capitulo I – A concepção de criança Pág. 10

Capitulo II - O Professor de Educação Infantil Pág. 11

2.1 – O Perfil Professional Pág. 11

2.2 – O papel do adulto Pág. 12

2.3 - Qual o papel do Profissional da Escola Infantil? Pág. 12

Capitulo III – A leitura Pág. 14

3.1 – Origem e importância da leitura Pág. 14

3.2 – Quando é tempo de leitura? Pág. 19

3.3 – Sugestões para estimular a leitura Pág. 20

Capitulo IV – A importância da narração de histórias infantis Pág. 21

4.1 – O despertar do interesse da criança pela leitura Pág. 26

4.2 – A leitura começa em casa Pág. 28

4.3 – A importância de saber contar historia na educação infantil Pág. 29

4.4 – O que devemos ler para as crianças Pág. 30

Capitulo V – A importância do papel do supervisor na escola Pág. 35

Conclusão Pág. 37

Referência Bibliográfica Pág. 38

RESUMO A criança como todo ser humano, é um sujeito histórico e faz parte de uma

organização familiar que está inserida em uma sociedade. A criança tem na família

um ponto de referencia fundamental.

O professor de educação infantil tem que ter habilidade em nível superior e

competência polivalente refletindo sobre sua prática pedagógica proporcionando

experiências diversificadas e enriquecedoras.

A leitura tem um valor riquíssimo para o desenvolvimento psicológico

aproximando a criança do mundo letrado e por isso é fundamental organizar a hora

da leitura, desenvolvendo a linguagem oral, o relacionamento entre som e ritmo,

sugerindo algumas idéias pra estimular a leitura dentro de sala de aula.

Destacando a importância de narrar histórias infantis fazendo ligação com o

mundo real e o imaginário, despertando a importância da família para esta etapa de

desenvolvimento, valorizando a forma de saber contar história e selecionando

leituras adequadas.

Nesse contexto surge a importância do papel do supervisor dentro da escola

como membro essencialmente pedagógico, buscando meios de auxiliar o professor

na sua prática diária, acompanhando o rendimento dos alunos e buscando sempre

estratégias atuais que incentivem as crianças no gosto pela leitura.

METODOLOGIA

O procedimento metodológico desse estudo é de natureza bibliográfica,

onde aborda a questão da concepção de criança, o professor de educação infantil,

perfil profissional, qual o papel do profissional da escola infantil, a leitura com alguns

subitens onde constará questões que abordam no processo ensino-aprendizagem.

Especificamente destacando a questão de que a narração infantil entra como forma

de despertar interesse da criança pela leitura mostrando que através da leitura

diária, apresenta fatores que elevam a criança ao habito de ler. O outro tema

centralizado destaca a contribuição do supervisor como base de incentivo pra junto

ao professor transformar os métodos de ensino valorizando o conhecimento que a

criança trás de casa.

Foram consultados livros de FREIRE (2003), ABRAMOVICK (2003),

POÇAS (1995), referencial curricular para a educação infantil (1998), Educação

Infantil: pra que te quero? (2001)

Tendo com fonte de pesquisa, site da internet, revistas, artigos de

jornais, etc.

A pesquisa terá como foco principal a leitura dentro da educação

infantil e papel do supervisor no desenvolvimento do gosto pela leitura na educação

infantil.

INTRODUÇÃO

O Tema deste estudo é o papel do supervisor no desenvolvimento do

gosto pela leitura na educação infantil.

A questão central deste trabalho é em que a prática da leitura dentro da

educação infantil ajudaria no desenvolvimento do gosto pela leitura? Qual o papel do

supervisor no desenvolvimento do gosto pela leitura na educação infantil?

O Tema escolhido é de fundamental relevância pois é dever de todo

professor, desde a educação infantil, incentivar o desenvolvimento de

comportamento leitores antes mesmo de a turma aprender formalmente a ler.

Comentar ou recomendar algum texto, compartilhar a leitura de um livro, confrontar

idéias e opiniões sobre noticias e artigos com outras pessoas - tudo isso ajuda a

estabelecer gostos reconhecer finalidades de materiais escritos, identificar-se com o

autor ou distanciar-se dele, assumindo uma posição critica. No mundo todo, crianças

que vivem em ambientes alfabetizadores têm a oportunidade de construir esse

conhecimento naturalmente ao imitar as ações dos parentes e amigos. Já os que

não vivem cercados de “letras” precisam (e muito) da ajuda da escola.

Daí a importância de iniciar esse trabalho ainda na educação infantil.

Além de aproximar as crianças do mundo letrado, a leitura alimenta o imaginário e

incorpora essa experiência a brincadeira, ao desenho e as historias que todos os

pequenos gostam de contar.

Para formar futuros leitores é fundamental que a leitura faça parte da

rotina diária.

São, portanto, objetivos desta pesquisa analisar o papel do supervisor

nas praticas de leitura com intuito de enriquecer o conhecimento do alunado e

desenvolver nele o gosto pela leitura: compreender a importância da leitura como

forma de participação social.

Capítulo I - A Concepção de criança

De acordo com o referencial curricular nacional para educação infantil

por muito tempo a concepção de criança é uma noção historicamente construída e

conseqüentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de

forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época.

Boa parte das crianças pequenas brasileiras enfrentam um cotidiano

bastante adverso que as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida e

ao trabalho infantil, ao abuso e exploração por parte de adultos.

A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz

parte de uma organização familiar que está inserindo em uma sociedade, com uma

determinada cultura, em um determinado momento histórico. A criança tem na

família biológica ou não, um ponto de referencia fundamental.

As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como

seres que sentem e pensam o mundo de jeito muito próprio. Nas interações que

estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meios que

as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que

vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras,

explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos.

Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças

serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus

profissionais. A criança é um ser ativo, curioso, é imaginativo, criativo. Por isso, é

essencial que nessa fase sejam desenvolvidas atividades para que ela interaja no

mundo social, físico e lógico. Nesse processo, a criança vive a partir da brincadeira

da oportunidade de movimento, do ambiente relacional, funcional, do jogo, vencendo

desafios propostos em relação á leitura do mundo que a cerca. Exercitar riscos,

rabiscos e desenhos é uma etapa importante antes do ensino da escrita.

Capítulo II - O professor de educação infantil

Embora não existam informações abrangentes sobre os profissionais

que atuam diretamente com as crianças nas creches e pré-escolas do país, vários

estudos (MEC/SEF/COEDI) têm mostrado que muitos destes profissionais ainda não

tem formação adequada, recebem remuneração baixa e trabalha sob condições

bastante precárias. Debates a respeito das diversas concepções sobre criança,

educação, atendimento institucional e reordenamente legislativo que devem

determinar a formação de um de um novo profissional para responder as demandas

atuais de educação da criança de zero a seis anos. As funções deste profissional

vêm passando, portanto, por reformulações profundas.

Conforme a LDB dispõe, no titulo VI, art.62 que: “A formação de

docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior em curso de

licenciatura, de graduação plena, em universidades e instituições superiores de

educação, esta mesma Lei dispõe no titulo IX, art.87, §4º que: “até o fim da década

da educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou

formados por treinamento em serviço”.

A tarefa de investir de maneira sistemática na capacitação e

atualização permanente e em serviço de seus professores, aproveitando as

experiências acumuladas daqueles que já vem trabalhando com crianças há mais

tempo e com qualidade.

Nessa perspectivas, faz-se necessário que estes profissionais, de

educação infantil, tenham ou venham a ter uma formação inicial sólida e consistente

com permanência atualização em serviço.

2.1 - O perfil profissional

O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha

uma competência polivalente. Este caráter polivalente demanda, por sua vez, uma

formação bastante ampla do profissional que deve tornar-se, ele também, um

aprendiz, refletindo constantemente sobre sua pratica, debatendo com seus pares,

dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias

para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para a reflexão sobre

a pratica direta com as crianças a observação, o registro, o planejamento e a

avaliação.

A implementação e/ou implantação de uma proposta curricular de

qualidade depende, principalmente dos professores que trabalham nas instituições.

Por meio de suas ações que devem ser planejadas e compartilhadas com seus

pares e outros profissionais das instituições, pode-se construir projetos educativos

de qualidade junto aos familiares e as crianças. É preciso ter professores que

estejam comprometidos com a pratica educacional, capazes de responder às.

2.2 - O papel do adulto

A atitude do professor é, sem duvida, decisiva no que se refere ao

desenvolvimento do faz-de-conta. Destaca três funções diferenciadas que podem

ser assumidas pelo professor, conforme o desenrolar da brincadeira.

A primeira delas é a função de “observador”, na qual o professor

procura intervir o mínimo possível, de maneira a garantir a segurança e o direito à

livre manifestação de todos. A segunda função é a de “catalisar”, procurando,

através da observação, descobrir as necessidades e os desejos implícitos na

brincadeira, para poder enriquecer o desenrolar de tal atividade. É, finalmente de

“participante ativo” nas brincadeiras, atuando como um mediador das relações que

se estabelecem e das situações surgidas, em proveito do desenvolvimento saudável

e prazeroso das crianças.

2.3 - Qual o papel do profissional da Escola Infantil?

A perspectiva teórica do sociointeracionismo destaca o papel do adulto

frente ao desenvolvimento infantil, cabendo-lhe proporcionar experiências

diversificadas e enriquecedoras, a fim de que as crianças possam fortalecer sua

auto-estima e desenvolver suas capacidades.

A auto-estima refere-se à capacidade que o individuo tem de gostar de

si mesmo, condição básica para sentir confiante, amada, respeitada. Tal

capacidade, porém, não se instala no individuo como num passe de mágica, mas faz

parte de um longo processo, que tem sua origem ainda na infância. Cabe ao adulto

ajudar na construção da auto-estima infantil, fornecendo à criança uma imagem

positiva de si mesma, aceitando-a e apoiando-a sempre que for preciso. No entanto,

algumas práticas podem ser prejudiciais ao bom andamento desse processo, como

por exemplo, a colocação de apelidos pejorativos nas crianças (“manhosa”,

“maluco”, “burro”, etc.) Os/as profissionais das escolas infantis precisam manter um

comportamento ético para com as crianças, não permitindo que estas sejam

expostas ao ridículo ou que passem por situações constrangedoras. Alguns adultos,

na tentativa de fazer com que as crianças lis sejam obedientes, deflagram nelas

sentimentos de insegurança e desamparo, fazendo-as se sentirem temerosas de

perder o afeto, a proteção e a confiança dos adultos.

Outro aspecto a ser considerado diz respeito às simpatias que os

adultos desenvolvem em relação a algumas crianças. Estas por sua, também têm as

suas referências, identificando-se mais com algumas pessoas do que com outras.

No entanto, o/a profissional da educação infantil deve tratar a todas com igual

distinção. As atenções e os elogios devem ser dados a todos, não importando a cor

da pele, a condição social, se são meninos ou meninas, se têm este ou aquele credo

religioso ou ainda se pertencem a determinada família. Os adultos também devem

evitar qualquer fala ou ação que possa dar margem a atitudes preconceituosas ou

discriminação em relação a pessoas ou grupos.

Capítulo III - A LEITURA

“A leitura é sempre apropriação, invenção, produção de

significados(...) Apreendidos pela leitura, o texto não tem de

modo algum - ou ao menos totalmente - o sentido que lhe atribui

seu autor, seu editor ou seus comentadores. Toda história da

leitura supõe, em seu princípio, esta liberdade do leitor que

desloca e subverte aquilo que o livro lhe pretende impor”.

3.1 Origem e importância da leitura

Desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe

tornem mais útil a vida em sociedade e que lhe possam tornar mais feliz. A criação

de mecanismos que possibilitassem a disseminação de seu conhecimento tornava-

se um imperativo de saber/poder, que ensejava respeito e admiração pelos

companheiros de tribo.

Daí o surgimento das inscrições rupestre, simbologia, posteriormente e

num estágio mais avançado das civilizações, os hieróglifos e as esculturas que

denotavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser.

Nesse contexto surge à escrita e a leitura como imanentes à própria

história da civilização.

A criação desta disponibilidade que chamamos escrita e leitura, cria

outras disponibilidade, pois ela é a básica, dela provém as demais. Através da leitura

e da escrita o homem conseguiu estreitar os laços de afetividade com seu

semelhantes, harmonizar os interesses, resolver os seus conflitos e se organizar

num estágio atual da civilização, com a abstração a que nominamos “Estado”. O

homem se organizou politicamente.

Mas voltando-nos ao campo do conhecimento humano, que é o que

por ora nos interessa, o mito poético que sempre embalou o homem, a fantasia dos

deuses, descortinaram as portas do saber, originando a busca da informação, do

saber humano, do seu prazer.

Com o desenvolvimento da linguagem, a força das mensagens

humanas aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível à sua própria existência, A

busca do conhecimento tornou-se imperativa para novas conquistas e para o

estabelecimento do homem como ser social, como centro de convergência de todos

os outros interesses.

Na busca desse conhecimento, que se perpetua ao longo da história da

civilização, percebe-se que quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo germinará

bons resultados. Ou seja, a infância como uma fase especial de evolução e

formação do ser, deve despertar-lhe para este mundo, o mundo da simbologia, o

mundo da leitura.

No dizer de Bárbara Vasconcelos de Carvalho:

“O conto infantil é uma chave mágica que abre as portas da

inteligência e da sensibilidade da criança, para sua formação

integral. O que fez Anderson o grande escritor universal e imortal

foram às estórias ouvidas quando criança.”

Por outras palavras, a imaginação humana é imperiosa para a

construção do conhecimento, e conhecimento também é a arte, daí a importância da

educação infantil para enriquecer essa imaginação da criança, oferecendo-lhe

condições de liberação saudável, ensinando-lhe a libertar-se no plano metafísico,

pelo espírito, levando-a a usar o raciocínio e a cultivar a liberdade e o hábito da

leitura.

Nessa caminhada na construção do conhecimento humano, não é de

se olvidar a relatividade da importância dos livros didáticos, muitas vezes o único

acesso disponível para a maioria do publico infantil, sobre o que passaremos a

discorrer nas próximas linhas.

Aprender a ler, portanto, faz parte de um longo processo, que tem na

Educação Infantil um espaço apropriado para intensificar a participação da criança

no mundo da leitura, para que no futuro possa tornar-se um cidadão letrado e capaz

de usar a linguagem oral para suprir suas necessidades no meio social.

A criança da educação Infantil está na fase da imitação, pois desde

muito cedo ela tende a captar como modelo do mundo o que lhe convêm e o que lhe

agrada. Dessa forma, elas vão adquirindo novos conhecimentos por meio da sua

zona proximal. De acordo com Ferreira e Teberosky (1999, p.166), nesse período,

“...a criança imita, e ao imitar aprende a compreender muitas coisas, porque a

imitação espontânea não é copia passiva, mas sim tentativa de compreender o

modelo imitado.

Na infância é primordial o desenvolvimento da imaginação. Na leitura ,

alem da sabedoria que adquirimos com ela, desenvolve o nosso raciocínio, pois

para interpretar ou compreender o que está escrito precisamos imaginar a

ocorrência dos fatos, que se passa na fonte de leitura. A leitura também beneficia o

nosso vocabulário, facilitando a capacidade de expressão segundo Rinaldi.

Para facilitar o seu aprendizado é extremamente importante que nos

momentos de leitura, a criança tenha contato com o material escrito e observe como

se utiliza um livro. Essa atividade faz com que a criança, mesmo antes de aprender

a ler e embora os símbolos ainda não sejam compreensíveis para ela, observe as

figuras formule hipóteses sobre o conteúdo da escrita, imagine o assunto que trata o

livro, e se conhece a historia é capaz de acompanhar o desenvolvimento da trama

pela sua memória.

Portanto, desde cedo, a leitura tem que estar presente na vida das

crianças, ainda pequenas elas fazem tentativa de leitura a seu modo; com isso não

fazendo sucessivas observações e experimentações até chegar a ler de forma

convencional.

O desenvolvimento da leitura e da escrita, segundo raciocínio de

Ferreira, começa muito antes da escolarização, o que precisa ser lembrado e

trabalhando no processo formal de alfabetização.

A produção sistemática de textos na escola segundo Teberosky, não

deve apenas ser gráfica, sobretudo no início do processo de alfabetização.

Sugerindo textos orais, em forma de relato podem ser construindo pelas crianças e

transformado em escrita por adultos, desde que o professor seja capaz de trabalhar

com ela a partir de estruturas narrativas, provocando situações dramáticas em que

seria necessário imitar personagens e, com isso, trabalhar pela ampliação do

vocabulário e a complexidade das sintaxis.

Segundo Isabel Alarcão, todos os professores inseridos em uma

comunidade de aprendizagem deve ampliar seus conhecimentos, com o auxilio dos

supervisores pedagógicos, para adquirir visão ampla de todos os processos

envolvidos no ambiente escolar.

De acordo com a LDB, antes da palavra escrita, ocorre a

representação que é simbólica, motora, expressiva. É preciso respeitar as

características do desenvolvimento infantil. O letramento é a aquisição da linguagem

requerem a construção para o código escrito. Não é pelo ensino mecânico de

símbolos escritos que se chegam a linguagem. É preciso que atividade simbólica

responsável pelas representações construídas nas brincadeiras e atividades, seja

experimentada para que a criança possa construir sua linguagem.

A Educação Infantil, a primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos em seus aspectos

físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da

comunidade (art.2, LDB).

Para Jeanete Beauchamp é preciso que a criança tenha contato com

os livros desde os primeiros anos de vida, que os pais façam leituras orais para seus

filhos. A escola também deve trabalhar atividades de leitura desde a educação

infantil, com a leitura oral, roda de leitura, roda de conversa, enfim reservando um

espaço para essas atividades.

Heloisa Luck (outubro 2006) demonstrou-se que as crianças lêem mais

rapidamente também entendem melhor o que lêem. Isso porque a fluidez na leitura

está relacionada com o desenvolvimento de agilidade mental e superação de

práticas mecânicas e inadequadas de aprendizagem da leitura. Conclui-se que todo

o esforço deve ser continuamente monitorado e seus resultados avaliados, sendo

útil ter padrões mínimos para o balizamento do desempenho de alunos, de modo a

promover os ajustes adequados no processo (gestão pedagógica). Esses padrões

estão associados a capacidade gradualmente aumentada dos alunos de ler com

fluidez e entender o que lêem, assim como aumentar o seu vocabulário como

condição de entender conceitos, idéias, situações e coisas relacionadas à realidade,

e desse modo alargar sua compreensão do mundo em que vivem.

Para a educadora Sandra Bozzer, ler é muito mais que um instrumento

técnico. “ler é estabelecer relações dá sentido, significar”. É preciso, sim, melhorar a

leitura mais que o problema não é da metodologia. “na verdade, as metodologias

que pregam o uso de textos reais foi mal aplicado no Brasil. Não há duvida de que é

eficiente, mais há um despreparo do professor”.

“O papel do professor é intermédiar o contato do aluno com a escrita e

a leitura, colocar o livro disponível e orienta-lá no seu uso, no convívio com o

material escrito”. As atividades são variadas contar e ler historias, folhear, mostrar o

material, buscar informações, usar material escrito de diferentes gêneros.

O medo de a criança rabiscar e rasgar os livros faz os professores

criarem dificuldades de acesso ao material esclarece Magda. Mas é também a

oportunidade de a professora ensinar a criança a respeitar o livro e como manipulá-

lo sem rasgar. “senti-lo como alguma coisa familiar”. Assim a criança entra no mundo

da literatura, da escrita do livro. “Todo suporte de texto é fundamental para a criança

de educação infantil”, diz Rosana.

De acordo com Edmir Perrotti. “A professora tem o papel essencial de

escriba e de leitor de estória para a criança”.

Como diz Humberto Maturano, biólogo do conhecimento: A maneira

como a família e a escola em suas séries iniciais, cooperam para essa pratica

marcara o futuro intelectual do jovem nas séries seguintes, no Ensino Médio e

Superior.

Quando a criança é pequena, a mãe coloca-a no colo e lê para ela

ouvir; a leitura vem associada a todo esse gesto de bem-querer. A família é um

ambiente de muita conversação e consenso, de partilha de emoções e de dialogo,

confidências; e a infância e a adolescência são o tempo de maior aceitação de

influência. Por isso a escola precisa das famílias, para que a atuem em favor da

valorização da prática da leitura diária (jornais, revistas, livros).

Se os pais derem as mãos aos professores aí sim, a escola se tornará

mais família e a família, mais escola. O resultado virá para todos os envolvidos.

3.2 Quando é tempo de leitura?

Pensando na leitura como algo prazeroso e cotidiano na vida da

criança do profissional de educação infantil toda hora é hora de leitura: na roda, num

canto, na biblioteca, em grupo, sozinho, ouvindo ou contando uma historia.

Se estivéssemos objetivando formar leitores competentes desde

pequenos, é preciso, desde muito cedo, estar atento ao fato de que leitura e

literatura deverão estar presentes em nosso trabalho diariamente.

Contar, ler e ouvir diariamente, forma este leitor competente. E forma a

medida que a criança vai se envolvendo e se dando conta do prazer que a leitura

pode nos dar. Para tanto, o professor precisa estar também realmente com o ato de

contar histórias, com a literatura.

Dificilmente conseguimos ensinar aquilo que não gostamos. E como

gostar de ler e também uma questão de hábito, nos professores se ainda não temos

precisamos adquiri-los.

A leitura acima de tudo, deve ser feita com prazer.

O preparo do professor para realizar tal leitura na Roda de História

também é importante. Conhecer a história que iremos ler para as crianças é

imprescindível. É através desta leitura previa que poderemos articular melhor a

pronuncia das palavras, acertar as pausas da pontuação e adequar nosso tom de

vez de acordo como o texto pede.

Precisamos sim repensar nosso encaminhamento na Roda de Historia,

Roda de Noticias, Contos, Varal de Poesias, Conto dos Trava-línguas, etc... É tempo

de leitura em sala de educação infantil a todo momento!

3.3-Sugestões para estimular a leitura.

-O cantinho da leitura, que e extremamente importante nas classes educação infantil

e ensino fundamental;

-Construção de uma biblioteca ou mini-biblioteca com a participação do próprio

aluno e professor trabalhasse no processo de catalogação, arrumação dos livros.

-Sugerir que os alunos falem sobre o livro que leram ou escrevam a respeito dele;

-Colocar em prática projetos como: pequeno escritor, onde os alunos podem

construir seu próprio livro com suas próprias produções;

-Produzir um jornal mural ou impresso da própria escola;

-Ler bastante e demonstre interesse pela leitura- exemplo começa em casa;

-Estimule a leitura dos livros indicada pela escola;

-Elogie a criança quando estiver lendo;

-Oferecer leitura diária, ler todos os dias aumenta o vocabulário e estimula a

inteligência e o desenvolvimento da fala e linguagem;

-Conte história para as crianças, depois de um tempo peça ajuda a elas para

completar e terminar as histórias;

-Peça as crianças para contar-lhe histórias infantis;

-Peça-lhe opiniões e comentário sobre a leitura;

-Converse bastante com a criança e incentive-a a contar os acontecimentos do dia.

Capítulo IV - A importância da narração de história infantis.

Para Abramovich (1997, p. 16);

Ah como é importante para a formação de qualquer criança

ouvir muitas, muitas histórias... escutá-las é o início da

aprendizagem para ser um leitor, e ser um leitor é ter caminho

absolutamente infinito de descoberta e compressão do mundo...

Segundo o autor, o livro tem o poder de desenvolver na criança leitora

a criatividade, a sensibilidade, o senso crítico, a sociabilidade e a imaginação

levando a criança a aprender. Sabendo-se que desde o início no ventre materno,

convivem com a magia das histórias, lendas, poesias. Aprendendo a gostar de ler,

antes mesmo de saber ler.

Para uma historia chamar a atenção de um leitor, ela deverá ter

componentes que despertem principalmente a sua curiosidade e imaginação,

desenvolvendo, em primeira instância, o seu intelecto como um ser envolvido de

sentimentos e emoções. Deverão ser apresentadas de maneiras simples, divertidas,

sem solicitação ao leitor, sem preconceitos ou normas, mas através de retratos feitos

com palavras.

Antes de aprender a ler a criança leitora precisa fazer uma idéia de que

é a leitura. Para isso a escola colabora no desejo de despertar o prazer concluindo-

se que sem prazer não se podem formar bons leitores.

Desta forma o narrador, antes de contar uma historia, precisa saber se

ela trata de um assunto interessante, se é rica em imaginação e se consegue

agradar as crianças. Conhecendo bem a história que conta, o narrador percebe as

reações da criança, podendo prolongar ou encurtar o final a fim de desenvolver

emoções gratificantes.

Todo tipo de leitura é valido – livros, jornais, revistas e até mesmo

historias em quadrinhos estimulando o hábito de ler.

Nesse aspecto poças (1995, p.15) salienta a importância da narração

de uma história:

O narrador ao contar uma história, dá oportunidade à criança

para projetar toda a sua subjetividade, através de dramatização,

desenho, pintura. A arte de contar histórias deve ser trabalhada

e desenvolvida. Os professores devem descobrir qualidades

novas em si mesmo, reacender a própria criatividade. Cabe ao

professor, encorajar, desafiar, para que a criança busque suas

histórias.

Com essa afirmação percebemos que através das nossas emoções,

forma-nos como seres pensantes, capazes de estabelecer pontes entre o possível e

o imaginário. Proporcionando um conhecimento sobre os nossos problemas

interiores e nos tornando capazes de estabelecer relações entre nossos

sentimentos.

O contar história deve servir para dar à criança, formas do expressar

suas idéias e seus sentimentos, ajudando-a se tornar mais crítica e criativa. O faz de

conta é muito importante para o desenvolvimento da criança, assim é preciso contar

histórias por meio da brincadeira, do movimento e da afetividade.

Para Abramovick (apud VIGOTSKY, 1991, p. 9) a criação de uma

situação imaginaria não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrario, é a primeira

manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais.

È importante ressaltar que o narrador deve-se deixar penetrar pela

historia, permitindo que ela desperte a emoção, tanto suas como as de seus

ouvintes, criando um clima de envolvimento e de encanto. O narrador deve variar a

forma de como contar a história usando além dos desenhos, dos livros, cartazes,

transparência, slides, massa de modelar, fantoches, bichos de pelúcia, etc. com

esses recursos além de prender a atenção do aluno propõem situações para o seu

desenvolvimento psico-social

Os parâmetros curriculares nacionais (PCN 1997, P.54) têm como

objetivo a pratica pedagógica no sentido de formar leitores competentes, dizendo

que:

Um leitor competente é alguém que por iniciativa própria é capaz

de selecionar dentro os trechos que circulam socialmente

aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que

consegue utilizar estratégias de leituras adequadas para abada-

las de forma a atender a essa necessidade.

Formar um leitor competente supõe formar alguém que

compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que

não está escrito, identificando elementos implícitos; estabeleça

noções entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba

que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que

consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de

elementos discursivos.

Um leitor competente só pode constituir-se mediante uma prática

constante da leitura de texto de fato, a partir de um trabalho que

deve se organizar em torno da diversidade de textos que

circulam socialmente. Esse trabalho pode envolver os alunos

inclusive aquele que não ler convencionalmente.

Comentando os parâmetros curriculares Abramovich (1997 p. 17) diz que:

É através de uma história que podem descobrir outros lugares,

outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra

ótica...È ficar sabendo Historia, Geografia, filosofia, política,

sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos

achar que tem cara aula... Por que, se tiver, deixa de ser

literatura, deixa de ser prazer e passa a ser didática, que é outro

departamento (não tão preocupado em abrir as portas da

compreensão do mundo).

Comparando-se as duas citações subentende-se que a historia é um

dos suportes básicos para o desenvolvimento do processo criativo porque ela

oferece à criança uma bagagem de conhecimento e informações.

As histórias são unidades narrativas. Têm uma forma clara com um

principio, meio e fim. A partir do “era uma vez” cria-se uma expectativa de que algo

aconteceu com alguém, num determinado tempo, espaço e lugar. Esse algo

aconteceu envolve um conflito que a historia irá desenvolver. Toda historia tem seu

ritmo que esclarece uma expectativa no inicio, que se elabora no meio e é satisfeita

no final.

Qualquer criança, ao ouvir uma historia, elimina aquilo que é irrelevante

e se concentra na lógica do conflito muito mais do que detalhes. Contada uma

historia para uma criança, ela a recontará, sintetizando-a sem se prender no

pormenores.

Uma aula que se baseia no princípio da narrativa das historias, tende a

obter sucesso. Cria-se a partir de qualquer tema, um conflito, trabalha-se a essência,

e não os pormenores, simplificando e clareando os conteúdos.

Um bom contador de histórias faz vibrar as emoções, no entanto, as

técnicas de ensino hoje, distanciam-se do emocional. Tudo é altamente lógico e

racional. Muitas vezes a escola mata a imaginação infantil. No entanto aprendemos

tanto cognitiva quanto afetividade. Apresentar conhecimentos separados de

intenções e emoções é tornar a realidade sem sentido e incompreensível.

Diferentes autores identificam algumas habilidades como básicas para

a compreensão da leitura. As listadas abaixo obtêm vários benefícios ao fazer a

leitura não esgotam a relação de habilidades.

1. Reconhecer palavras;

2. Permitir a integração da garotada com as práticas de leitura;

3. Aumentar a curiosidade pelos livros e outros materiais escritos;

4. Mostrar as diferenças entre a linguagem oral e escrita;

5. Reconhecer diferentes recursos literários;

6. Mostrar que a literatura é sempre fonte de prazer e entretenimento;

7. Inferir significados;

8. Identificar a intenção do autor, seus propósitos e ponto de vista;

9. Ampliar as referências literárias;

10. Identificar antecedentes que se refere a fatos, personagens, ligares em um texto;

11. Selecionar o principal assunto de um texto;

12. Estabelecer relações entre partes de um texto;

13. Construir novos significados a partir do texto.

Leitores com bom nível de leitura devem ser capazes de dominar

essas habilidades em textos de complexibilidade compatível com a série cursada.

Planejar com os alunos de leitura em que o professor também participe

com leitor, ou seja, também o professor deve levar o seu livro para a aula e ler

durante o período em que seus alunos lêem. Essa atitude significa para o aluno

simultaneamente respeito às regras de uma aula de leitura e criação de um exemplo

do leitor.

As estratégias sugeridas podem ser adotadas pelos professores para

tornar seu papel em sala de aula mais rico. Além delas, é preciso citar com certos

destaques que sob quaisquer circunstâncias, a figura do professor-leitor é das mais

necessárias para criar nos alunos o gosto pela leitura. Isso quer dizer que quando a

criança não tem contato com livros em casa, a escola tem por obrigação criar esse

contato.

De acordo com as palavras de Nelly Novaes Coelho, sem dúvida, tão

antiga como a humanidade é o ato de contar histórias. E também a sedução que as

narrativas maravilhosas exercem sobre os homens, da infância à velhice. É preciso

lembrar que tais narrativas se fundamentam em “lições de vida” dadas pela

sabedoria ancestral – a sabedoria dos povos, que, desde a origem dos tempos, vem

constituindo a humanidade em contínua evolução. A linguagem narrativa que os

contos de fadas e os “clássicos” estão novamente entrando nas escolas. Em um

mundo novo, dinamizado pelas multilinguagens visuais, sonoras e velozes, a leitura

da palavra, isto é, do texto (principalmente literário, poético), faz-se cada vez mais

necessário para que as novas gerações não se imobilizem como “gerações sem

palavras”, gerações sem consciência histórica e, consequentemente, sem

consciência crítica. A ausência de autoconsciência redunda em indivíduos sem

autonomia interior.

Um dos fecundos caminhos para essa auto-conscientização é a leitura.

De maneira inconsciente e divertida, a criança entra em contato com a sabedoria

humana que vem da origem dos tempos, foi guardada pela memória dos povos e

transmitida pelo contar histórias. Desse fenômeno tiramos uma lição: o “contar

historias” mais do que entretenimento prazeroso, é uma experiência vital, é um

exercício de viver. Como disse Cecília Meireles:

Os livros que tem resistido ao tempo são os que possuem uma verdade

capaz de satisfazer a inquietação humana, por mais que os séculos passem.

Nesta nossa época de contrastes e caos, é fundamental que os adultos

que lidam com as crianças (principalmente os professores) se dêem conta do valor

ético – existencial dos contos de fadas para o povoamento do imaginário infantil. É

preciso descobrir que os contos de fadas têm na base a vida real. E acima de tudo é

um excelente meio de educação a ser explorado.

4.1 - O DESPERTAR DO INTERESSE DA CRIANÇA PELA LEITURA

A curiosidade é um fator que contribui para o interesse da leitura. Ao ler

ou contar história, precisa tocar a imaginação dos alunos e ir além; precisa saber

como usar a voz, a expressão corporal, o ritmo e o gesto, a fim de prender a atenção

das crianças pelo encantamento da fantasia. O contato do professor diante do livro,

o seu entusiasmo pode contagiar a classe e fazer o aluno “viajar” com o livro. Mas

se o professor não sabe apreciar a obra, pode desestimular o aluno, mesmo

inconscientemente.

No decorrer do ano, o professor pode realizar várias atividades, a fim

de desenvolver na criança o gosto pela leitura e fortalecer o seu interesse pela obra

literária. Para que isso aconteça é preciso ter livre acesso aos livros, nas salas

devem contar com um cantinho aos livros, jornais, revistas, embalagens, etc.,

possam ficar expostas de forma a permitir-lhes fácil manuseio. Esse cuidado

contribui para criar, na sala de aula, um ambiente alfabetizador.

As crianças têm direito, antes de tudo, de viver experiências

prazerosas. Apud (Souza, 2002, p. 82). O prazer, a alegria de viver e ser feliz

parecem sentimentos incompatíveis com as ações de conhecer, aprender e estudar.

Hoje a necessidade de ler é fato presente no cotidiano de todos os

povos. Não há leitura sem leitor. Um texto nunca é o mesmo para todos que o lêem.

Uma boa leitura é como uma música que se vivência.

Assim, ler ou contar história deve ser uma atividade obrigatória na

programação diária das classes da Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino

Fundamental. Saber ouvir é um dos aspectos fundamentais na aprendizagem, e a

leitura da história é uma atividade que se desenvolve no aluno a capacidade de

ouvir. Essa atividade além alegrar, atende também a necessidade infantil de

fantasiar, se encantar, além de enriquecer o vocabulário.

Ludicidade foi uma fórmula que a Escola Alternativa, da cidade de

Arapiraca (Al) encontrou para envolver e aprender a atenção dos estudantes em

atividades que visam à formação escolar. Através de projetos a Escola além de

incentivar o relacionamento do aluno com o livro, como uma ferramenta condutora

de conhecimento oportuniza sua formação intelectual de modo lúdico despertando

os para o prazer da leitura, da escrita e da produção de várias formas de expressões

artísticas.

A literatura é uma expressão da criatividade, da cultura, com grande

importância para a historia cultural de uma nação, devendo ser trabalhada de modo

lúdico e principalmente interdisciplinar. No literativo essa referência é palavra de

ordem e o resultado é o envolvimento dos alunos, que ganham a oportunidade de

aprender mais em todas as áreas do conhecimento.

Para Ana Flávia Alonço Castanho a intervenção do professor deve

ressaltar que a interpretação oral é essencial para transmitir o sentido adequado do

poema. A entoação, a pontuação e o ritmo podem indicar tristeza, alegria,

questionamento ou indagação. Para perceber essa escolha, duas ações são

importantes. A primeira prévia á leitura em voz alta, é explorar o sentido do poema:

A segunda é a ressaltar as escificidades da poesia. É interessante comparar a

leitura d turma com a do próprio poeta. Além disso, levar os alunos a confrontar as

próprias estratégias de leitura (lerem mais de uma vez) e as dos colegas ilumina

semelhanças e diferenças sobre qual tipo de sentimento cada um quis transmitir

com seu tom de voz, por exemplo.

O professor também pode alterar elementos na leitura. Experimente ler

para a classe sem enfatizar as rimas. Deixando claro que o jeito como se fala é

essencial na poesia. De resto, é permitir que as crianças apreciem a beleza do

gênero.

4.2 - A LEITURA COMEÇA EM CASA

A família é decisiva para incentivar a leitura. Além do exercício

intelectual compartilhado, a leitura entre pais, filhos, irmãos, tios e avós agrega o

componente afetivo de maneira muito forte, fortalecendo o alto de ler. Ler junto é dar

afeto também. Nas famílias com poder aquisitivo para comprar livros e que já

estejam motivadas para ler com seus filhos e conversar com eles sobre os livros,

essa tarefa é mais fácil. Eles sabem o quanto esse ato é importante para a

educação dos filhos e para fortalecer os laços de amizade na família. Difícil é para

as famílias mais pobres que não podem comprar livros e que muitas vezes não são

elas mesmas leitoras. Nesses casos, temos conhecimento de ocorrência no sentido

inverso que são emocionantes. Os filhos de pais analfabetos levam a leitura para

seus pais que, orgulhosos e curiosos, partilham o ato de ler como um bem precioso.

Mesmo sem serem leitores, eles sabem que isso vai proporcionar uma vida com

mais oportunidade para seus filhos. O analfabeto percebe, melhor do que ninguém,

o que é estar alijado do mundo à sua volta por não saber ler é interpretar com

independência. Por isso, ele quer para seus filhos a condição de sermos leitores,

enfrentar os entraves criados por uma sociedade brasileira elitista e conservadora

para que todos tenham a oportunidade de trilhar o caminho da leitura e decidir, por

eles mesmos, se querem continuar nele ou não. Essa é uma decisão pessoal de

cada um desde que as condições sejam dadas e garantidas pelos governos com

bibliotecas escolares, públicas e professores e bibliotecários formadores de leitores.

4.3 - A IMPORTÂNCIA DO SABER CONTAR HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Ler histórias para crianças é poder sorrir, rir, gargalhar com as

situações vividas pelas personagens, é suscitar o imaginário, é ter curiosidade

respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar idéias para solucionar

questões. É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos

impasses, das soluções que todos vivemos atravessamos.

É ouvindo história que pode sentir emoções importantes como à

tristeza, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade e tantas outras mais.

“É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros

tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo

História, Geografia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e

muito menos achar que tem cara de aula...”. (ABRAMOVICH, 1995, p. 17).

A leitura é uma forma exemplar de aprendizagem, é um dos meios

mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade.

Favorece a remoção de barreiras educacionais, principalmente através da promoção

do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, aumentando a

possibilidade de normalização da situação pessoal de um individuo.

A exposição à leitura da história no seio familiar durante os anos pré-

escolares, leva muitas crianças ao sucesso escolar. As crianças que vivem num

ambiente letrado desenvolvem interesse lúdico com respeito às atividades de leitura

e escrita, praticadas pelos adultos que a rodeiam. Esse interesse varia de acordo

com a qualidade, freqüência e valor destas atividades realizadas pelos adultos que

convivem com as crianças. Se uma mãe ler para seu filho textos interessantes e com

boa qualidade, nota-se que estará transmitindo a ele informações variadas sobre a

língua escrita e sobre o mundo. Isso é de suma importância para a criança, pois irá

levá-la a interessar-se cada vez mais pela leitura das histórias ouvidas.

Ao adentrar no mundo escolar, a leitura não mais se realizará como na

família, devendo sofrer modificações que são vitais para o desenvolvimento da

aprendizagem. Para poder transmitir à criança uma visão clara do que se está lendo,

o professor deverá ter algumas atitudes, tais como:

• Visualizar o livro para a criança, através da exposição das gravuras;

• Ler de forma liberal, porém clara e agradável, atraindo a atenção da criança;

• Manter-se aberto para as perguntas das crianças, incentivando a troca de

comentários sobre o texto lido.

4.4 - O QUE DEVEMOS LER PARA AS CRIANÇAS

Nas transformações da leitura de histórias em atividades pedagógicas,

a nossa preocupação maior é com a qualidade da leitura que iremos realizar para as

crianças.

Assim, a escolar dos livros deve ter alguns princípios básicos que

possam garantir a eficiência do trabalho pedagógico, ou seja:

a) qualidade de criação;

b) estrutura da narrativa;

c) adequação às convenções do português escrito;

d) despertar o interesse da criança;

e) simplicidade do texto;

Isso nos garantirá, além de oportunizar o contato da criança com o uso

real da escrita, levar a mesma a conhecer novas palavras, discutir valores como o

amor e o trabalho, levá-los a usar a imaginação, tomando-os criativos e capazes de

pensar.

A leitura deve se transformar em atividade de rotina, pois o escutar

histórias desenvolve naturalmente um interesse cada vez maior em aprender

determinadas histórias e reproduzi-las oralmente.

O professor deve se transformar em atividade de rotina, pois o escutar

histórias desenvolve naturalmente um interesse cada vez facilitador e incentivador

da criança pela leitura à medida que não se comporta como leitor e sim como

expectador cada vez que são reproduzidas pelas crianças.

Contar histórias é a mais antiga das artes. Nos velhos tempos, o povo

assentava ao redor do fogo para esquentar, alegrar, conversar, contar casos.

Pessoas que vinham de longe de suas Pátrias contavam e repetiam histórias para

guardar suas tradições e sua língua. As histórias se incorporam à nossa cultura.

Ganharam as nossas casas através da doce voz materna, das velhas babás, dos

livros coloridos, para encantamento da criança. E os pedagogos, sempre à procura

de técnicas e processos adequados à educação das crianças, descobriram esta

“mina de ouro” as histórias.

Parte importante na vida da criança desde a mais tenra idade, a

literatura constitui alimento precioso para sua alma. É conhecendo a criança e o

mistério delicioso do seu mundo que podemos avaliar todo o valor da literatura em

formação. As crianças têm um mundo próprio, todo seu, povoado de sonhos e

fantasias.

A história é contada visando:

• Deleitar a criança;

• Infundir o amor à beleza;

• Desenvolver sua imaginação;

• Desenvolver o poder da observação;

• Ampliar as experiências;

• Desenvolver o gosto artístico;

• Estabelecer uma ligação interna entre oi mundo da fantasia e o da realidade;

No sentido da língua, particularmente, as histórias:

• Enriquecem a experiência;

• Desenvolvem a capacidade de dar seqüência lógica aos fatos;

• Dão o sentido da ordem;

• Esclarecem o pensamento;

• Educam a atenção;

• Desenvolve o gosto, literário;

As histórias são fontes maravilhosas de experiências. São meios

preciosos de ampliar o horizonte da criança e aumentar sue conhecimento em

relação ao mundo que a cerca. Mas é preciso saber usar as histórias para que dela

as se alcance retirar tudo o que podem dar à educação. Um dos principais

elementos a ser alcançado é o poder de imaginação que, tirando a criança do seu

ambiente, lhe permite ao espírito “trabalhar” a imaginação. As histórias têm como

valor específicos o desenvolvimento das idéias, e cada vez que elas são contadas

acrescentam às crianças novas conhecimentos.

“O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar,

o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de

novo (a mesma história ou outra). Afinal, tudo, pode nascer dum texto!”

(ABRAMOVICH, 1995, p. 23).

Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente

apresentada em seu enredo. Uma boa história é uma obra aberta, que permite

muitas leituras, muitos caminhos, muitas saídas.

Contar uma história é fazer a criança sentir-se identificada com os

personagens. É trazer todo o enredo à presença do ouvinte e fazer com que ele se

incorpore à trama da história, como parte dela.

As crianças agem, pensam, sentem, sofrem, alegram-se como se

fossem elas próprias os personagens. A história assim vivida pode provocar-lhes

sentimentos novos e aperfeiçoar outros. Por isso as histórias não devem ser

deprimentes. O final deve ser feliz, para transmitir aos ouvintes uma emoção sadia.

O principal na arte de contar histórias é saber despertar a emoção. Quando as

crianças nos pedem que lhes contemos histórias é porque sentem necessidade de

sair de si mesma, de experimentarem uma nova sensação. Para se contar bem uma

história é preciso possuir habilidade, treino e conhecimento técnico do trabalho, pois

os valores artísticos, lingüísticos e educativos dependem da arte do narrador. Os

segredos de um contador de histórias são:

a) Curta a história – o bom contador acredita na sua história, se envolve e vibra com

ela. Se o professor não estiver interessado, dificilmente conseguirá interessar as

crianças.

b) Evite adaptações – deve-se ler o que está escrito no livro. Não privar os alunos do

contato com o texto literário. Os velhos contos de fadas são histórias cheias de

fantasias e de poesia. Lidam com sentimentos fundamentais do ser humano: o

medo, a angústia, o amor. Permitem à criança exercitar através da imaginação,

soluções para problemas concretos da vida, que interessam ao adulto.

c) Não explique demais – a adaptação de histórias é uma descaracterização da

história na vida da criança. Muitas vezes, a história exerce a função de desenvolver

ou até prolongar o mistério. Ao fazer a tradução ou adaptação, o professor deixa

tudo muito bem esclarecido, não restando qualquer mistério. Ao ser encerrada, a

história realmente se encerra, deixando de existir para a criança.

d) Uma história é um ponto de encontro – ao entrar numa roda de história, a criança

participa de uma experiência comum que facilita o conhecimento e as ligações com

as crianças.

e) Uma história também é um ponto de partida – a parti de uma história é possível

desenvolver outras atividades: desenho, massa, cerâmica, teatro ou que a

imaginação sugerir.

f) Moral da história – nenhuma, ou melhor, várias. Essa história sobre os segredos

das histórias e os contadores de histórias é só o começo, o resto quem conta somos

nós, com a experiência, imaginação e bom senso.

g) Comentar a história – fazer perguntas diretas para a criança, verificando se ela

figurou bem cada um dos caracteres, se os moldou de acordo consigo mesma, se o

caráter que nos apresenta é o que pretendíamos transmitir.

h) Dar modalidades e possibilidades da voz – sussurrar quando a personagem fala

baixinho ou está pensando em algo importante, falar tão baixo de modo quase

inaudível, nos momentos de dúvidas, e usar humoradamente as onomatopéias, os

ruídos, os espantos, levantar a voz quando uma algazarra está acontecendo. Ë

fundamental dar longas pausas quando se introduz o “Então...”, para que haja tempo

de cada um imaginar as muitas coisas que estão para acontecer em seguida.

As histórias são expressões de uma mesma personalidade em

evolução, do princípio do prazer da realidade. Podem mostrar à criança que a

transformação, a mudança e o desenvolvimento são possíveis. Que o prazer não é

proibido.

Contar história é uma arte. Deve dar prazer a quem conta e ao

ouvinte. As histórias têm finalidade em si. Contadas ou lidas constituem sempre uma

fonte de alegria e encantamento. Por isso as atividades de enriquecimento devem

ser leves e espontâneas.

A dramatização é uma das melhores atividades de enriquecimento,

pois além de ser uma das preferidas pelas crianças, oferece valores imprescindíveis

ao desenvolvimento de um bom programa de literatura.

O objetivo da hora das histórias é a familiarização com a literatura.

Desde muito cedo, a criança gosta de ouvir a história da sua vida, a mais importante

para ela. À medida que cresce, começa a solicitar determinadas passagens que

deseja ouvir.

História sobre fatos reais são importantes, porque ajudam a criança a

entender sua origem e que tipo de relações existe entre elas, as pessoas e os

lugares.

Da mesma forma, as histórias inventadas são importantes. Desde

cedo à criança precisa saber de coisas que não fazem parte de sua experiência

cotidiana. É comum ela ter um amigo imaginário ou atribuir qualidades humanas e

sobrenaturais a um brinquedo ou a um animal.

As histórias lidas somam-se então às inventadas, passando a fazer

parte de um mundo onde a realidade e a imaginação se completam. Os livros

aumentam o prazer de imaginar coisas. A partir de histórias simples, a criança

começa a reconhecer e interpretar suas experiências de vida real. A hora de curtir

um livro juntos é a hora de partilhar: um livro de história curtas, cotadas com

palavras fáceis de ler e entender, ilustrado com imagens que falam da história, das

personagens e ações que estão sendo; lidas e mostradas, que pensar em coisas

novas, que informe, faça rir de verdade, que seja engraçado, que faça brincar com

as mãos, olhos e ouvidos. O importante é nessa hora não haja pressa, contando ou

levando tudo de uma só vez. É preciso respeitar as pausa, perguntas e comentários

naturais que a história possa despertar, tendo em que lê quanto em quem ouve.

Capítulo V - A Importância do Papel do Supervisor na Escola

Na nossa visão em relação ao papel do supervisor educacional passou

do tempo de deixar de atuar somente com o intuito de orientar os alunos para o

trabalho, passando a orientá-los para a formação humana.

Fica evidente que o supervisor educacional é um profissional

indispensável na organização de uma escola, pois ao desenvolver seu trabalho,

acaba tendo uma visão global da instituição escolar em que atua, uma vez que o

contato com a comunidade escolar é algo inerente ao seu papel de articular do

trabalho pedagógico na organização escolar.

Portanto, cabe ao supervisor educacional vencer os desafios com que

se depara no cotidiano da escrita, e na busca por sua identidade profissional supera

o conflito entre real e o possível, conquistando seu espaço e a valorização do seu

trabalho no ambiente escolar como um profissional habilitado para integração da

comunidade escolar em benefício do processo ensino-aprendizagem. Daí a

importância do comprometimento do supervisor educacional no desempenho do seu

papel como articulador de idéias e ação no cotidiano escolar.

A tarefa do supervisor é essencialmente pedagógico, na medida em

que ele se preocupa com o ensino buscando meios de auxiliar o professor a tornar

sua tarefa menos árdua.

O supervisor deve colaborar ainda com a definição e explicação da

proposta político-pedagógica em seus pontos considerados fundamentais e

assumindo pelo conjunto de educadores, bem como a integração da própria

integração pedagógica com os demais setores da escola.

O foco de atenção do supervisor no trabalho da formação é tanto

individual quanto coletiva: contribuir com a formação de cada professor e ao mesmo

tempo ajudá-lo a elevar o nível de consciência e constituí-lo enquanto grupo.

Hoje o bom profissional não é o que sabe, é o que está continuamente

aprendendo, renascendo e reformulando seu conhecimento. Às vezes, no dia-a-dia

da educação infantil esquecemos o quanto ouvir e contar estórias é importante.

Essa prática de ouvir e contar estórias, que surge a nossa relação com

a leitura e a literatura.

Assim cabe ao supervisor escolar despertar no professor o desejo de

atuar de forma eficiente construindo um trabalho inovador e criativo.

Segundo Paulo Freire, as experiências não se transplantam, realizam-

se. O supervisor sendo um agente de mudança deve acreditar no poder de criação

de cada professor, mantendo-se aberto às novas idéias, promovendo um ambiente

estimulador ao crescimento de todos, ajudando em suas dificuldades, assessorando

na efetividade da qualidade do ensino para todos. Por meio da leitura, o professor

levara o aluno a acumular subsídios para se situar melhor no mundo, compreender e

participar das revelações humanas, posicionar-se diante das diversas situações

cotidianas, interagir como individuo atuante e perceber de forma consciente sua

capacidade de decisão.

CONCLUSÃO

Ao longo dessas linhas buscou-se inspiração, sobretudo, na crença e

firme convicção como educadora, de que o futuro está na educação, principalmente

na Educação Infantil e Séries Iniciais.

O desafio do novo educador, daquele adequado ao mundo

contemporâneo, está justamente em fazer frente às ideologias dominantes que

insistem em práticas educativas tradicionais e descomprometidas com o objetivo

máximo da educação, centro para onde o deveriam convergir todos os interesses: o

aluno.

A concepção de criança como ser social, histórico e participativo da

sociedade faz com que o profissional da Educação reflita sua ação pedagógica

dando liberdade para modificação das práticas do dia-a-dia na sala de aula.

Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma

formação geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta

sociedade em constante mutação, seria a prática de leituras variadas.

É no contar uma história que estimulará seus filhos a fantasiar, e trazer

de alguma forma esta história para sua realidade.

Esta busca da literatura se faz em grandes livros infantis, escritos por

grandes autores que trazem lindas histórias com grandes morais e final. Mas não se

faz uma grande fantasia se não soubemos passar isto a criança. Este foi o grande

objetivo do trabalho, tentar de alguma forma ensinar educadores a contar história,

que a meu ver não é nada fácil. Sabendo o que ler, como ler, e entender sua

importância e a grande base da literatura.

Estimulando as crianças a imaginar, criar, envolver-se já é um grande

passo para sua carreira. A leitura na infância é o meio mais eficiente de

enriquecimento e desenvolvimento da personalidade: e um passaporte para vida e

para a sociedade. É na infância que se adquire o gosto de ler, pois isso que é de

suma importância o conto, pois a fantasia antecede a leitura.

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