o papel do ministério da saúde na p&d em doenças...

O papel do Ministério da Saúde na P&D em Doenças Negligenciadas

Perspectiva do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos

Estratégicos (SCTIE) Departamento de Ciência e Tecnologia

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Ministério da Saúde

São Paulo, 28 de agosto de 2012

CT&I no Contexto do Ministério da Saúde

PESQUISA E

DESENVOLVIMENTO

PRODUÇÃO E

INOVAÇÃO

INCORPORAÇÃO

DE

TECNOLOGIAS

ATENÇÃO ,

VIGILÂNCIA,

PROMOÇAO

Produção e inovação do complexo industrial Incentivos e Poder de Compra

Produção e fomento de estudos/redes de pesquisa em saúde e gestão do conhecimento

Promoção do acesso de medicamentos, vacinas e reagentes

Recomendação para incorporação

ou retirada de tecnologias do

SUS

RE

GU

LA

ÇÃ

O

Pesquisa Translacional

Serviços de Saúde Pesquisa biomédica e biotecnologia

Fases pré-clínicas

Indivíduo

Regulação

Pesquisa e desenvolvimento de produtos e insumos

Produção

Pesquisa Clínica

Sociedade

Acesso

Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde

Finalidade - produção de evidências científicas para solucionar os principais problemas de: • gestão; • regulação; • atenção à saúde prestada á população brasileira.

Possui diversas linhas de pesquisa relacionadas às doenças

negligenciadas, principalmente na sub-agenda de doenças

transmissíveis.

Pesquisas Estratégicas para o

Sistema de Saúde

PESS contempla 151 pesquisas estratégicas

Todas as Secretarias do MS, Anvisa, ANS e Fiocruz possuem temas de pesquisa priorizados, assim como programas estratégicos (QualiSUS, Proadi)

Todos os objetivos estratégicos do MS foram contemplados

Expectativa é que a PESS direcione os investimentos do governo federal em temas de pesquisa articulados com as prioridades da Política Nacional de Saúde

Saúde e C&T: Sistemas Nacionais Estruturados prontos para dar o salto para o desenvolvimento

Padrão de Desenvolvimento

Econômico e Social

Sistema Universal de

Saúde

Sistemas Nacional de

C&T

Distribuição Geográfica das Instituições

580 instituições contempladas

27 estados (PPSUS)

133 municípios

R$ 919,3 milhões investidos (valor total com as parcerias)

R$ 492,5 milhões (53,5% do total )

Distribuição Geográfica das Redes de Pesquisa

Rede de ATS: 44 instituições em todas as regiões do país

• 24 núcleos em hospitais de ensino

• 15 institutos de ensino e pesquisa

• 5 instituições gestoras

Distribuição Geográfica das Redes de Pesquisa

SUL– 2 Centros R$ 3,0 milhões

CENTRO OESTE – 1 Centros

R$ 2,6 milhões SUDESTE – 8

Centros R$ 17,1 milhões

NORDESTE – 6 Centros

R$ 11,3 milhões

NORTE – 2 Centros

R$ 1,0 milhão

REDE NACIONAL DE PESQUISA CLÍNICA (RNPC) – 32 CENTROS

EDITAL FINEP 2005 - INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA: R$ 35 milhões

19 Centros integrantes da RNPC receberam recursos em 2009

Fomento em Pesquisa Clínica -Decit

R$10 milhões

R$35 milhões

R$10 milhões

R$25 milhões

NA

Chamada pública MCT/MS/FINEP – Ação Transversal – IMPLANTAÇÃO DE UNIDADES DE PESQUISA CLÍNICA – 04/2005 2005

Chamada pública MCT/FINEP/MS/SCTIE/DECIT – CT-SAÚDE e FNS PESQUISA CLÍNICA – 02/2007 2007

Chamada pública MCT/FINEP/MS/SCTIE/DECIT – CT-SAÚDE e FNS PESQUISA CLÍNICA – 02/2008

Edital MCT/CNPq/CT-Saúde/MS/SCTIE/Decit Nº 36/2008 2008

CRIAÇÃO DA COORDENAÇÃO DE PESQUISA CLÍNICA/DECIT

Ampliação da RNPC, conforme estabelecido no Programa Mais Saúde

2009

Edital MCT/CNPq/CT-Saúde/MS/SCTIE/DECIT Nº 67/2010 2010

Ensaios clínicos financiados pelo Decit e valor investido segundo modalidade de fomento, 2002-2011

Fonte: Pesquisa Saúde

4

21

26

1,50 1,20

24,50

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

Contratação Direta PPSUS Fomento Nacional

Número de projetos Valor (milhões)

Ensaios clínicos financiados pelo Decit e recursos investidos por região 2002 – 2011


3 3

7

12

26

R$ 0,30 R$ 1,20 R$ 0,69

R$ 4,60

R$ 20,40

0

5

10

15

20

25

30

NO CO SU NE SE

Número de projetos Investimentos (milhões - R$)

Foco Quantidade Sub-agenda Alvo

Tratamento* 44 Não Transmissíveis - 37 Terapia celular - 21 Cardiologia - 10

Diagnóstico 3 Transmissíveis - 3 Tuberculose - 2 Hanseníase - 1

Vacinas 2 Neoplasias - 2 Câncer de ovários - 2

Medicamentos 2 Fitofármacos - 2 Diabetes - 2

* Apresentados apenas os temas com maior representatividade na demanda geral.


Classificação dos ensaios clínicos fomentados pelo Decit, 2002/2011

Participação Percentual do Brasil na Produção científica mundial

Fonte: Base de dados Pubmed

0,00%

0,20%

0,40%

0,60%

0,80%

1,00%

1,20%

1,40%

1,60%

1,80%

2,00%

Publicações do Brasil Publicações de Ensaios Clínicos no Brasil

Distribuição de estudos registrados no clinicaltriasl.gov no Brasil e no Mundo – 1990 a 2011

Brasil x Mundo

Fonte: clinicaltrials.gov

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Mundo Brasil

Distribuição de estudos registrados no clinicaltriasl.gov no Brasil e no Mundo – 1990 a 2011


Brasil x Mundo

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Mundo Brasil

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

%Brasil

%Brasil

BRICS


Número total de estudos no BRICS registrados no clinicaltrials.gov

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Africa do Sul India Russia Brasil China

1432

1878 1951

2761 2861

Nú

mer

o d

e es

tud

os

Países do BRICS

0

100

200

300

400

500

600

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

China

Brasil

Russia

India

Africa do sul

Número de estudos registrados no Clinicaltrials.gov no BRICS por ano (1990 - 2011)

BRICS


Distribuição de estudos por tipo de fases no Brasil e no Mundo


Brasil x Mundo

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

0,6%

14,1%

5,0%

23,3%

2,6%

17,9%

12,6%

24,0%

0,6% 3,7% 2,7%

12,9%

3,4%

43,7%

15,1% 18,0%

% Mundo

% Brasil

Por meio de dados epidemiológicos, demográficos e o impacto da doença, foram definidas, entre as doenças consideradas negligenciadas, nove

prioridades de atuação:

Programa em Doenças Negligenciadas

Dengue

Chagas Leishmaniose

Hanseníase Malária

Esquistossomose

Tuberculose

OMS - Doenças negligenciadas: um conjunto de doenças associadas à situação de pobreza, as precárias condições de vida e as iniqüidades em saúde. Apesar de

serem responsáveis por quase metade da carga de doença nos países em desenvolvimento, os investimentos em P&D, principalmente pelo setor privado,

tradicionalmente, não priorizaram essa área.

GeoHelmintíases Tracoma


Tracoma

Esquistossomose

Dengue

Malária Chagas

Tuberculose Leishmaniose

Hanseníase

GeoHelmintíase

DNDi América Latina

Chagas

Leishmaniose Visceral

Doença do sono

HIV pediátrico Filarioses

Malária

NHI

Tripanossomíase Africana

Ancilostomose

Chagas

Leishmaniose

Filariose linfática

Malária

Oncocercose

Úlcera Buruli

Esquitossomose

Tracoma

Bouba

Úlcera Buruli

Chagas

Cistecercose/Teníase

Dengue

Dracunculose

Equinococose

Fasciolíase


Leishmaniose

Hanseníase

Filariose linfática

OMS

Oncocercose

Esquitossomose

Raiva

GeoHelmintíase

Tracoma

Bouba

DNDi


Chagas

Leishmaniose

Malária

HIV pediátrico

Infecções Helmínticas

PLOS NTD

Amebiase Balantidíase

Chagas

Leishmaniose

Miíase

Sarna

Paracoccidiomycosis

Micetoma

Tuberculose, Bouba + 9 outras


10 tipos de infecções Helmínticas

Tracoma

Dengue + 6 infecções virais

Úlcera Buruli

Conceitos de Doenças Negligenciadas

Chagas

Ministério da Saúde NHI

OMS

PLOS NTD DNDi

DNDi América Latina


NHI Tracoma

OMS

PLOS NTD

Fonte: Base de dados Pubmed

Número de publicações de ensaios clínicos na base de dados do PubMed em Doenças Negligenciadas no Brasil e no Mundo.

2693

506 106

2421 2160

134 533 413

148

35

37

3

10

46

0

25 16

38

Mundo Brasil

Histórico de fomento à pesquisa em doenças negligenciadas pelo Decit/SCTIE/MS (2002 a 2012)

Chamadas/Contratações Diretas Investimento (R$) Nº Projetos

- Tuberculose 9,8 milhões 6

- Malária 12,6 milhões 16

- Dengue 945 mil 29

- Hanseníase 2,8 milhões 38

- Doenças negligenciadas 2006 21,4 milhões 80

- Doenças negligenciadas 2008 16,7 milhões 58

- Outros 26,6 milhões 254

TOTAL 91.118.713,86 milhões 481

26

Fonte: Pesquisa Saúde. http://pesquisasaude.saude.gov.br. Acesso em 27/08/2012.

Número de projetos financiados segundo doença negligenciada

21 (4%)

31 (6%)35 (7%)

57 (12%)62 (13%)

84 (17%)

90 (19%)

101 (21%)

0

20

40

60

80

100

120

Helmintíases Doença de Chagas

Mais de 1 tema

Malária Hanseníase Tuberculose Dengue Leishmanioses

Nú

me

ro d

e P

roje

tos

fin

anci

ado

s

Doenças negligenciadas

27

http://pesquisasaude.saude.gov.br/

Fonte: Pesquisa Saúde. http://pesquisasaude.saude.gov.br. Acesso em 27/08/2012.

Recurso financeiro (R$) investido segundo modalidade de fomento

5.0 milhões (6%)

21 milhões (23 %)

65 milhões (71 %)

0

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

Contratação Direta Fomento Descentralizado (PPSUS)

Fomento Nacional

Re

curs

o f

inan

ceir

o (R

$)

Modalidade de Fomento

28

http://pesquisasaude.saude.gov.br/

INCT de Gestão da Inovação em Doenças Negligenciadas Carlos Medicis Morel - CDTS (Fiocruz/RJ) R$ 3.097.258,00 INCT em Tuberculose Diógenes Santiago Santos - PUCRS R$ 8.429.560,00 INCT de Vacinas Ricardo Gazzinelli – CPqRR (Fiocruz/MG) R$ 8.128.000,00 INCT para Diagnóstico em Saúde Pública Samuel Goldenberg – ICC (Fiocruz/PR) R$ 6.837.615,00 INCT de Biotecnologia Estrutural e Química Medicinal em Doenças Infecciosas Richard Garratt – USP R$ 7.209.540,00

INCT de Biologia Estrutural e Bioimagem Jerson da Silva - UFRJ R$ 11.989.928,00 INCT de Fármacos e Medicamentos Eliezer Barreiro - UFRJ R$ 7.616.602,00 INCT de Tecnologia em Saúde Maurício Barreto - UFBA R$ 4.272.000,00 INCT para Avaliação de Tecnologias em Saúde Flavio Fuchs – HCPA R$ 3.768.115,00

Investimento Decit/CNPq/FAPs: R$ 61 milhões

Meta: PROMOVER A INOVAÇÃO em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país

Investimento: 12,6 milhões

Investimento: 8,4 milhões


Leishmaniose

ESTUDO MULTICENTRO DA EFICÁCIA E SEGURANÇA DOS FÁRMACOS RECOMENDADOS PARA O TRATAMENTO DA

LEISHMANIOSE VISCERAL DO BRASIL AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA E SEGURANÇA DA FARMACOTERAPIA DA

LEISHMANIOSE VISCERAL ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O ANTIMONIATO-N-

METILGLUCAMINA E O ISOTIONATO DE PENTAMIDINA EM LESÕES CUTÂNEAS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

FARMACOTERAPIA AS LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Recurso do Edital – R$10.000.000,00

9 projetos recomendados, destes 7 projetos de Pesquisa Clínica, 3 cujo tema foi cirurgia bariátrica e 4 sobre leishmaniose listados a seguir:

Recurso do Edital – R$15.000.000,00

8 projetos aprovados, sendo 4 sobre apneia do sono, 1 sobre hipertensão, 1 sobre osteoporose e 2 sobre hanseníase, listados a seguir:

HANSENÍASE

ESTUDO MULTICÊNTRICO: UFF, FIOCRUZ E USP-RB PARA O ESTUDO DA DOR NEUROPÁTICA NA HANSENÍASE

USO DE DROGAS ALTERNATIVAS PARA NEURITE HANSÊNICA CRÔNICA


“Utilização da bactéria Wolbachia para o bloqueio de dengue em mosquitos Aedes aegypti” Coordenador: Luciano Moreira – CPqRR - FIOCRUZ/MG Investimento: R$ 1,3 milhões (Decit/SCTIE/MS e Fundação Bill & Melinda Gates)

Objetivo: Usar Wolbachia como estratégia inovadora de controle biológico para diminuir a transmissão de dengue.

Picapessoainfectada

1

Mosquitoingeresanguecomvírusdengue-Wolbachiabloqueiaovírus

2

1

Essapessoanãopegadengue

MosquitoinfectadocomvírusdengueeWolbachia

picaoutrapessoa

3

4

B. Wolbachia bloqueia

o vírus dengue

Aedes aegypti com Wolbachia

34

Chamada Pública Pesquisa Clínica 2012

Bloco 2: Ensaios clínicos de fases I e II de medicamentos fitoterápicos, sintéticos e biológicos, equipamentos e dispositivos médicos de desenvolvimento nacional estratégicos para o SUS.

Valor: R$18 milhões

Agência de fomento: Cnpq

Objetivo: Selecionar propostas para apoio financeiro a projetos de pesquisa que visem a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do País com a realização de ensaios clínicos em fases I, II, III e

IV de âmbito nacional, com produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS.

3 blocos temáticos

Chamada de Doenças Negligenciadas 2012

R$ 18 milhões: Formação da Rede Nacional de Pesquisa em Doenças Negligenciadas;

Fomento em pesquisas que atendam aos objetivos estratégicos do Ministério da Saúde;

Doenças Negligenciadas: Dengue, Doença de Chagas, Esquistossomose, Hanseníase, Leishmaniose , Malária, Tuberculose, Helmintíases, Tracoma.

Gestão do Conhecimento a) Diagnóstico

- Validação de métodos de diagnóstico sorológico para LV humana e canina.

b) Clínica e Tratamento

- Avaliação da eficácia de novas estratégias para o tratamento da LV ou LV+HIV;

- Desenvolvimento clínico de novos tratamentos para Leishmaniose Tegumentar;

c) Vacinas

- Desenvolvimento de vacina para Leishmaniose Visceral humana;

d) Vetor

- Monitoramento da resistência de Lutzomyia longipalpis aos inseticidas;

e) Vigilância e Controle

- Avaliação do impacto das medidas de controle biológico e/ou controle químico e/ou manejo ambiental contra o vetor da Leishmaniose Visceral em termos da doença/infecção canina e humana.

Leishmanioses

Perspectivas

Criação de sub-redes de especialidades

Lançamento de novos editais em pesquisa clínica:

1 edital em 2012

Expansão da RNPC com a inclusão de novos centros de pesquisa clínica

Painel de especialistas da RNPC apoiando MS e Anvisa

Estabelecimento de parcerias entre a indústria farmacêutica e a RNPC

o papel do ministério da saúde na p&d em doenças...

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