o n~s7 patentes de invenÇÃo concedidas a … 87.pdf · informa

21
TEXTO PARA DISCl!SS..\O N~S7 PATENTES DE INVENÇÃO CONCEDIDAS A RESIDENTES NO BRASIL: Indirações da Eficiência dos Gastos em P. & D. Eduardo da i\lotta e Alhuquerque Paulo Brígido Rocha :\lacedo Setemhro de I YY5

Upload: doancong

Post on 24-Jan-2019

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

TEXTO PARA DISCl!SS..\O N~S7

PATENTES DE INVENÇÃO CONCEDIDASA RESIDENTES NO BRASIL:Indirações da Eficiência dos

Gastos em P. & D.

Eduardo da i\lotta e AlhuquerquePaulo Brígido Rocha :\lacedo

Setemhro de IYY5

I:icha calalogr;'llíca

347.77(S 1)A34.'\p

190.'\

.\U3l iC)lTRC)l íL Eduardo da \lotta e.

Patcnte, de in\'cIH;ão cOllCcdid:L' a re,identc, no Brasil:

indica,'(X:, da eficiência do, p,to, em P. & D. BeloI [orif(lIlte: eTDEPI.ARIl TFMei, !ll\).'\. 23p. (Texto para

discuS<IO: SI)I. l'atenlL', - Brasil. 2. Dircit(l industrial - Brasil. I.

\lacedo, 1':luio Brigido Rocila. 11. l'ni\'C['ldade Federal de

\lina, e icrai,. ('entro de [)c,en\(ll\llnento e 1'1:U1eialllt:1l10

Re~iollal 11I Título. 111. Série.

Versão preliminar não sujeita a revisão,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE \1INAS C;ER..'\ISfACULDADE DE ClI~NCIAS ITONÔ\llCAS

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO 1-: PL.-'\NE.lAMENTO RECiIONAI.

PATE!\TES DE I\'VENÇAO COI\CEDIDASA RESIDENTES 1\0 BRASIL:

Indicações da Eficiência dos Gastos em P. & D.

Eduardo da i\lotta e Alhurquerquel'esCJul,;}LÍur ;}'S,'ci;}LÍ(lIHI (TDEI'LAR e Mesll'eeIn I: " [)n ()ml;} I (' E I) EI' 1.:\ R-li 1'1\,1(; I.D\lU10r;}llcÍL' em I:CI1lJ(1Il1l;} rlU-l TRJI

Paulo Brígido Rocha i\lacedo1'1(lle",'r J;} 1-:\( '1':/( T.IJIJ'I ..-\I{

CEDEPLARlFACE/L'FMGBELO HORIZONTE

1995

SUMÁRIO

INTRODUC;r\O 7

2 (,ASTOS COM PES()L!ISA I--:DESENVOLVIMENTO E OI3TE:\(..\O DE PATENTES 7

.' UMA COMI'ARA<.,: ..\O LNTRI--: P.-\íSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1 ()

-+ DADOS ClERAIS SCH3RE AS P.-\TE:\TES I3RASILEIR.-\S .. . . . . . . .. 1.'

) A ()l!EM Sr\O CONlTDIDAS AS P ..\TENTES I3RASILEIRAS.' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 15

h PATENTES BRASILEIRAS: ..\Uit'\lAS QCESTC)ES E possíVI--:IS RESPOSTAS \7

7 CONCU'Sr\O

REFl--:IU~:l\iClr\S 13II3LI()(il{r\HC ..\S .

. . . . . . . . .. 2{)

. 21

1 INTRODUç.:\O

ExislC uma vasta litcratura internacional discutindo estatísticas sohre patentes como indicadores dc

progrcsso tecnollígico. C,mt'orme mcncionado em Griliches l 1990) no seu mais receI1le .\111"\'1'." sobre oassunto. n:J.o ohstante a heterogeneidadc da relevância tecnológica n:J.o estar expressa no simples registro

de uma dada patente. ele traz informal/lcs sohre seu detentnr que são extremamente v~lliosas ao melhor

entendimento da mudan<.;a tecnológica COIllO knômeno enchígeno à economia.() ohjetivo deste trahal110 é formular questões a respeitn do desempenho dos gastos em pesquisa e

desenvol vi mentn (P& D) no I3rasil a partir de um Ie\antament() inicial das estatísticas de patentes hrasi [eiras

do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (l:\PI). Estas estatisticas sugerem respostas. dentre outras.

à questão da eficiência dos gastos em P&D no pais. Por outm lado. dados sohre a evolu<.;ão recente dos

números de patentes concedidas a di krentes institui<.;ões (empresa pri \'ada nacional. uni versidades etc)

ajudam na a\'alia<.;:J.u do sistema hrasileiro de ciência e tecnulogia hem cumo na im1ica<.;:lo de op<;ües de

política tecnollígica.Apesar dtl cadter preliminar do le\'aI1lamento estatístico sohre patentes hrasileiras realilado aqui. lh

dados se revelam [1otl'ncialnlente hastante illfnrmalivos sohre a dinJmica de mudan<.;a teclloil'lgica no [1aís

e é surpreendente que eles tenham sidt) até agora t:J.Opouco e'[1lorados, Portanto. UIIl sl'gundu ohjetivu do

texto que se segue é cnfatilar a relcvJncia dos dados do Ii'\PI para a discuss:lo mL'ncionada acima.

A estrutura do tex[() é a seguintc: a parte 2 resume a literatura pertinente que relaciona patentes e

gas[()s em P& (). a parte .1compara dados internacionais. as partes .:+ e 5 descrevcm e anal isam dad()s sohrepatentes hrasileiras. a parte (1 [1ropüe questl-les e possíveis resposlas sugeridas pelu e,ame daqueles dados

e. t1nalmenle. a parte 7 apresenla as ohserva<.;ões tinais.

2 GASTOS COl\l PESQUISA E DESE:'\VOL\T\lE:\TO E OBTE:\ç.:\() DE PATENTES

De uma fnrma hastante simplitlcada pode-se atlrmar que os gastos U1(11 pcsquisa e desel1\'()l\'imel1lo

s:lo o insumo que produzirá conhecimentos nO\'L1Sou l1(1\'as inform3<.;C)es (uma il1\'cn<.;:lo é uma nova

informa<.;àol. que puderàu em algum momcnto se traduzir em patentes (O regislro da inven~'ão e o direito

de usufruir por um cer\(1 tempu do monopCllio de sua utiliza<;ào econ(mlÍca l.Conforme discutido extensivamente na literarura. a rela<.;ào entre gastos em P&D e a cria<.;ão de novos

conheci mentos é complexa. Em particular 3 especificidade da rela<.;ão entre a ali vidade i11(\valiva e patentcs

é ohjeto de formula<.;ões teóricas e análises empíricas di versas.Em pri meiro Iugar. é necessário compreender que a ati vidade inovaI i \'a se realiza. lksde o início. em

presen<.;a de incerteza. Por exemplo. Arrow ( 1971) argumenta do ponto de \'iSla da economia da informação

para demonstrar como a incerteza inerente à geração de inovaçües afeta a alocação de recursos para a

atividade inovativa. Freeman (1982. Capítulo 7) enfatiza a existência de diferenles graus de incerteza.

sendo que os níveis seriam lanto maiores quanto mais básica a pesquisa.

7

Em scguml(1 lugar. :.lSpatcntcs sã(1 P:.lrtc dc um c(1njunt(1 m:.Uor dc mec:mism(1s de apropriação das

inovações geradas (!)osi. 1988. p. 11 '9: Scl1crcr. 1~J7(). pp. 38-l-39()). Akm das patentcs. csta apropriação

podc scr realizada rclos seguintes mecanismos: segredo. vantagem temporal Jo introdutur da inova~'ãu.

custos c tcmro requerido r:.lra a c(ípia e a imitação,'" efeitos relacionados 3. curva dc aprendizado.

es! orços dc vcndas dc serviç(1s etc.

Conformc discu! ido em Lnin ( 19861. (1SmccanisnHls de apropriação \'ari am de acordo cum os setores

dc atividade considerados. sendo que as patentes são mais importantes em determinados setores. Em

trabalho anteriur. Pavitt ( ll)S-l) apunta um papelmaim do mecanismo das patentcs para as Iirmas "baseadas

na ciência". Pm (lutro lado. Col1en e Levin (Il)Sl)) relatam diferentes "prorenS(-lCS a ratentear". segundo

Ih diferentes setures industriais: as im'eIH.,-úes na área farmaccutica c química scriam as que mais

dCpénderiam dll mecanisnHl palentári(1, \ tais reccntemente Nelsun ( Il)l)~.p. (1.~) afirma serem as patentes

I) principal mecanisllHl de apropri:.l~'ão apenas par:.l lll)is grupos de imlústri:.ls: :.ll.Juelas onde a composiçãu

ljuÍmic:.l dllS produlllS ~ imp(1nante c aljuclas que prOllulem instrumentos,

Em terceirll lugar. dikrentes Icgislac(-)es p:Hentárias afetam de manein lii\'ersa a atividade inovativa

c()nforme analisad() em (lrdu\'er I Il)l) I).

Em quartll lugar. não Ilj qualquer gar:.lnti:.l lk estabilidade 11:.1relaçãu elllrc g:.lS1l1Sem P&D e número

dc patentes registradas ao longu do temru, j'm exemrlu. (jrilicl1es I 199-l) rel:.lta uma !cndência declinante.

Os pun!os Illencionadus acima colocam em persrectiva os prohlem:.ls d:.l relação entre produção de

novoS conhecimentos c número de patcntcs registradas. deixando claras as limita~'(-)es du usu não crítico

daqueles números como indiC:.ldm de atividade inuvativa. Algumas destas limita~.úcs são levadas em conta

por (iriliclles ( ll)l)()) n() seu nHldel() de prlldu(,;à() de CIlnl1ecimen!() quc c(1nsidera :.l interdcpendência de um

clln.lunt(1 de f:.ltmes não Ilhservad(1s e variáveis alcatiÍrias, A reprcsentaçãll eSljucmjtiC:l deste modelo é

l'errodulida na Figura I.

Mansfield, Schwartz e Wagner (198t1. em wn estudo empírico. encontraram que os custos de imitação são substanciais.cerca de 6S<:l dos custos da inovação. na amostra analisada,

FIGURA I

Função Produção do Conl1et:imento

li

FONTE: (jRILICIIES. I')')(). p. 1()71

LE(;ENJ):\: R ,:aslus e/ll resljulsaK .lUmentu ao conhecunentu C(l/ll valor econômicu

I' patentes. um indicador quantllatlvu do nLimem de InVell(;CleSZ's Indicadores dos henefícios esperados ou realizados da invençãoX's . ()utras vari;íveis uhservadas influenciando os I:su.v - outras influências nào ohservadas. definidas como aieatrina-; e mutuamente não cOlTeiaclonadas.

9

o esquemJ rropilstll ror Cirilicl1es é did:ítico na demonstra~':1o de drios elementos que interferem

na relJ<;ão entre llS gastos Cl'm resquisa e II ntÍmero de patentes, ."'qui. llutras limitJ<;iil'S desta rdação

dcvem ser indicJdJs, l'mJ dl'iJS é a incJrJcilbde lb merJ contagem de rJtentes carJctl'rinr SUJ utilidade

riltencial p:lra o rrocesso rroduti\'ll ~: f:ícil comrreendcr J diferença econ(llllica cntre a im'e!H.;ão de uma

nova arquitetura de um Cllmrutadllr c um IH)\'11hrinqucdo: produ\l1s muilO diferentes e de \'~lior e impaclU

inteiramente dilàl'nciados s~10 contados Cllmo uma unidadc,:' hso é uma limitJç:1o inescap:ívcl das

estatísticas do número dc ratcntcs,Estas ohse[\'açC)es enfatizam a nccessidade de cuidado nas análiseS das estatísticas numéricas de

ratentes e, ronanto, de sc qualillcar mel110r as ratcntes em ternws de \'alor. signillcado lL'Cl1olúgico etc.

Quan\l1 mais detJll1adas as inlorm:.Jl'('les ohtidas atra\'és do rnlcesso de patcnteal11ento, maior c mais rrecisa

~Isua contrihui~':1l1 para a an:.íiise L'Cl1l11'lnlica.Cirilicl1es conclui () "L'UI[(n'('\ afirmaI1ljo ljue "Jpesar de todas as ditlculdJdes, ~l estatística de

patentcs continuJ como uma 111(11L' línica par~1 ~j ~lf1:.ílisedll processo de mudanca teLnoil"~iL'a" lp. 17{)2),

() autm considcra quc'L'ntrc Ih maimL's acl1:1dlls ,>tj J dcscoherta da fortc reLIdo L'I1lrL'II número de

patentcs e llS gastlh L'I111\\:1) na dinlenS:lll ,I'(lII'I('['{IO//III, li quc implica "L'rel11 ~h patcntcs um hllm

Indicador das dilcrL'ncas na ali\id~llk ÍrHI\'ali\a cntre dilcrentes tirmaS' IpI', I ;()1-17()2).

3 UMA C01\lPARAç..\O E:\TRE PAÍSES

Dada a conclus:1o dc Cirilicl1cs s()hre a corrcla<;:1o patentes X gastos cm P&U na dimens:1o

lmSS-,\l'lriO//1I1 (cmte trans\'l'ls~li) para lirmas, cahe indagar sohre llS P(lssÍ\'eis rl'suitados de an:ílise

L'"tatÍStic.l semelllantes CISO dilcrentes paÍSes sejam cl1l11rarados. ;Quando SL'comrara raÍses, dc\'e-"L' lL'r em perspéCli\a a existência de signillcatins dikren~'as

nas legislaçl-1cs nacionais sohre r:.Jtentcs, nas m()li\~j(';('lCSc incenti\'os para patcntear c nos rcS(lS dos sctmes

ecoo\"ll11iC(lScom maim (lU mcn(lr "prorens:111 a patentear", L'ma dikren~'a hásic;.l exislL', p(lr exemplo. entre

" sistema japonês e II rraticadl1 n(l rcstante da OCDE: nu Japão é adotado o sistcma "(i'rsl-w-ji'!c". enquanto

nos demais países industrializados o direito à patente é garantido ao "jirsl-IO-lIl\'C//I",

Para as comparaçC1cs internacilll1ais que Se seguem llS dados do Grasil utilizad(ls s:1o aljueles

relativ(ls às patentes de in\'en~':1(l (que C(lITeSpllndem a(lS dad(ls que são c(lmputados IHl itcm ratentcs pela

\\'orld Intelectual Propeny OrgJnilJli(lnl.

Cohcn c I.c"in ll');.\'l) rc,,~lt~lIn c()mo "() ,,~dor cl'lllllimico d~s p~lcntcs c ~Il~mellle hclCr()~<:neo" 1[' lU(,3),

A cXlsl<:ncla de hases para J compJfação dos dados sohn: patentes Cnlre paises é defendida por E"enson ( 1l)~4, pp, 8')-90).tomando em conta uma certa padrol11l.ação de suas hJses legais a pJftir das convenções internacionJis c do alto grau de

patcnteJlnento ;rllel11Jcion~1.

10

TABELA I

Patentes cOIH:edidas. segundo a origem do titular(1991 )

País Residelllcs Não-Resid. Rcs./Total

hrados I!Ilidos ~ 1.1 S.+ .+"J30 O.~3

.Iarào ,O..+~3 ~.M7 ().S.+

R. F..\ km;ullla Ih7~() 26 ..+3.+ O.3l)

I:ra[1I,';\ l) .221 26.360 0.26

l{eillO l 'llido .+..+<)2 20 ..'iS2 n.l-,

SUÍÇI 2~.+O 1.+.26S lU~

Suél'i;1 I "71., I ~O~.+ (l.l O

I I IO(J 1.+.36.+I

i1.07( ';llladú i

Iloiallli;[ l)2() 16.óS,+ I ()J)~

l3 las il ql 2.07S I (l.l.+

Ilália .' 1 I 10.192 I 0.02

Um 1.'\;1l111.'da Tabl'!a I mostra ljUl.' apl.'nas dois paísl.'s t0m o núml.'ro dl.' patl.'ntes concedidas aus

n:sidl.'ntl.'s supl.'rim J metade do total dl.' patl.'ntes concl.'didas: Estados Unidos l.' JJpão. Esta é uma indicação

da capacidadl.' !eCnol(lgica destes d(lis paísl.'s e1l1relaç50 ao resto d(l mund() (ell1hma. para (1 caso do Japã(l

seia nl.'cessáril1 Cl\l1sidl.'rar peculiaridades dl) ll1ercal!ojaponcs e do SiSlell1J de patentes lo

Uma ml'!11m pL'rs[1écti\'a da p(lsiçãl1 relativa doS países em ternws de custos l.' benefícios de P&D

é ubtida ao se correlacionar l1 nLÍll1ero de patentes concedidas a residentes de vários países com os gastos

em P&D d(l respecti\'u país. Neste caso se considera o número de patentes concedidas a residentes Cllmo

o indicadm relevante. pois ele expressa melhor os resultados obtidos em função dos gastos com P&D

realizados internamente a cada país. Como não se espera que os gastos currentes em P&D aktem o número

de patentes correntes devido ao necessário processo de maturaç50 (testes im'estimenlos. us gastos em P& D

relevantl.'s para a análise devem ser considerados com uma defasagem temporal.'"'

:\ propost;} I(lici;}l ;}qui seria a adoção de uma defasagem de um ano. ou seja. os ~aslOs deveriam se referir sempre ao anode 1')')0. Entretanto. não foi possível ohter todos os dados para aquele ano. C,)mo os gastos em P&D têm uma certaregularidade e não há mudanças hruscas de um ano para outro. considera-se que as diferentes defasagens da Tahela II nãodistorcem significativamente a análise aqui desenvolvida.

II

TABEL\ 11Gastos em P&:D (em bilhões de dólares)

e de patentes. yúrios paíSt's1991

País

E,tados l'nil!os

.iari10

:\lcm:Ulha

I:rall~'a

Rcino l'nil!o

Itália

Ilol:Ull!:1

[kl~icl

('m0i:( L1\l Sul

hrad

(ia,IOS l:1l1P&D('" )

125.00 ( 1()<)())

~S.75 (I <.ISS)

2~ .RO ( I q<)())

1/.S5 ( 1<)()())

l.um ( Iqi\S)

\).1 S ( 1()<)())

,i .20 ( I ()SS)

2.S0 ( Jl)S6)

2.S0 ( l<lSq)

2.'70 ( I <I()(\)

1.70 ( I ()SS)

1,5.~ ( I ()S(»

1.:'iO ( I ()S<))

I 'all:lllCS Cone. a

RcsidCIlll:S

51.1 S4

30.453

16,756

(),221

(.126

:'i 24

FONTE: \\'11'0 ( I ')'i< I. (lI 'l)I: I 1<)'111. \ lC'I' I I<)'),' 1. Nchllll ( I '}'n I

I') O dllll rderentc dI' ~:hl,) elltre r:H.:ntese",

Os dados da Tahela 11 apresentam uma cllrTela<;J.o lIL ().l)5. signit'icati\'a a nívd de (J.()()() I. entre

IlS gastos C(1m P&D (ddasados) c (l númerolÍl.' patentes c(lncedidJs J residentes nos dikrentes países. Estenúmero elevado é l'(lnsistenll' ((li11 os rcsuitadl), empíric(ls e[1l'(\ntrados pllr (iriliclles (!l)l)(). p, 167~). que

rdata ter encontradu um I\~ médiu de (l.lJ J(l nível de "cone tr:.lns\'Crsai" il'ntre t'irmasl.Não (lhstante a~ limila<,'(-1esde c(\nleúJo in1'ormacionai das estatísticas de patentes. (1Sdados se

prestam a um exercício simples indicati\'o da "el1ci0ncia" dus gastos em P&D no Brasil. Para tanto.cunsidera-se a temkncia projetada na análise de regressãu do número de patentes cm 1'unt.;ãu dos gastosem P&D nos diferentes países, ()s dados da Tahela 11 indicam que o Brasil deveria produ/.ir um total de~()4."i patentes de im'enção. um número seis \'l~l.es maior do realizado pelu país. Se o Japão é reLirado da

amostra a currdaçãu entre JS variáveis aumenta e o \'alm esperado du número de patentes para o Brasilcai para 1315. magnitude ainda quase quatru \'czes superior àquda alcançada pdo país.'" De qualquer

Outras analises de regless:io foram kit;Js. a rartir de dados das ratentes de Il.lS'i. ell1 relaç:io a gastos de 1'&1) realizadosanteriurmente (éllu'e I'lS I e I')X-I, de acmdo com as estatisticas disrolllveis 1. () rrllneiro exerclcio registrou um R2 de0.772 e urna estatística t igual a 5.20, Retirando-se os Estados l !Ilidos da amostra ot>teve-se um R2 de 0.944 e umaestatística t de H\.S6, Retirando-se o Japão te recolocando-se os Estados Unidos) encontrou-se um R2 de O.l.l4Ó e uma

estatistica t de I 1.07-1,

12

forma. cste dado dcmonstra quc os gastos cm P&D rcalizados no Grasil têm uma "pr(\dUlividadc" muitll

haixa. ljuam!o comparado Clllll o rcstantc d(\s paíscs da all1l1stra.

Esta haixa prlll!uti\'idadc podc ser 1'11l1statada tamhém através dc uma comparaç~10 com a Suécia.

quI..:tl..:muma comunidadc dc pcsquisadorcs lk dimensão semcll1antl..: à hrasileira: 52.7(){) na Suécia (OCDE.

lYY I ). apruxi madamcnll..: :;" .()()() no £3rasi I (\ Iarti ns c Qudroz. IYS7. Schwartzman. ll)l) I ). A Suécia (como

uS países pCljuenos cm gcr:.lI I. possui um sistcma dc inovaç:1o lündamcntalmcntc \oltadll para a difusãu

de inuvaçl-lcs (Edquisl c LUI1lI\'all. 1\)l).,. p. ::'),'). caractcrísLica quc é igual a esperada dc um país periférico

como u £3rasil. '., F!llhora cum cumunidades cicntíficas de tamanho cumpar;Í\'el c cum invcstimcntos I..:m

P&D da mcsma magnitudc. a Suécia (Scgundll us dados da Tahda 11) l)htCH? um rcsultado. cm termos dc

patcntes. -.+()(l'?t supcrillr all d(\ Grasil.

-t DADOS CFR.\IS SOBRE ,\S P.\TE:\'TES BRASILEIRAS

I--:slas L'(lI11paraC(')cs inIL'rnacil)n~lis "ugcrcm a upur!unilbdc dc uma in\'cstigac~lu mais lkta1l1alb

suhrc as palCnll'S hrasileir:ls.

() InstitUIU \:aCi(lna! da I'r(\pnedJLk Industrial (\\:P() ruhlica lJS dadlls d,1 lutal de patentcs

slllicitauas c u ['llal das patcntcs c(\nccuidas. :\s patcntes sã(\ desdohradas cm quatro tipos diferentes: as

patentcs de ir1\'cnl;;lu (I'\). us modelos de ulililblk (MUl. os mlllle!os industriais I \11'1 e IJS desenhos

industriais (D(). As patentes de inven(;:1o s:lu as de maior conteúdo tecnológicu. "representando um

desenvul\imento 1'1.':11 da tecnologia. eIll rcl~lt,':1o~lS demais n~llurclas" (l\lPI. I\)SY. p. S l. ;-';as comparaçücs

intcrnaciunais quc SI.' scgucm sc utilila a quanlidadc dc palcntcs dc im'cnt,';lu cunccdidas .

.-'\s palenles s:1o dq)()sil:.Jdas pur L' ulIlCcdidas a residcntes e n:lu residenlL's IHI país. () Grasil

participa de ~lu)rdos inlern~lcillnais dc patentes (Cum'ençãu de Paris. por C\cmplul. LI que plJssibilita quc

indi víduus c emprL'sas lk uulros raíses s(li ici tcm ratentc l1lJ Grasi l. Os rcsidentes se di videm cntrc

indivídulls. empresas. univcrsidadcs. instituiçC1CS de pcsquisa, agências gu\'ernamentais. A Tabela (11.

ahai xu. discri m ina a origcm dus ti lularcs das ratentes.

Atem d"slJ. a SlI<'cia ll~lJ [' '''UI uma e,trlltllra mdlhU'lal corno a dJ Suíça. em ljue L' [lesll da Industn~l farmacêutica. deelevada "['lOl'cnsju" a [l~llentear. determll\;! um número de [lalentes acimJ da media.

Pude-se all:d~l cumparar ['~llses em lerllllJS de sua [lmducJo cientit'icJ. TlJmando ClJllll' referência br:lel. a sua comuni(bdecienllfica <' res[lunsavel ['lI' I.()Oq dlJS artl~()S ['urlicadlJs nLlmundo. ellljualltu a cornullldade brasileira alcançJ J marcaele O.)5rlr (Scbut!. I')'n \. N~o orstJllte isto. J Tabela 11rnosu'a ljue US ~Jstos com P&D du I3rasiI ,ào superiores JOS de

Israel.

13

TABELA IIIPatentes concedidas no Brasil.total e patentes de invenl,:ão.segundo a origem do titular

AnoTOlal

1<)8 1 11.538

1<)82 II.W.+

1<)83 / ..'3X1<)8-1 ".7-1<)

1<]85 -1.<)26

1<)86 ~.SO-l

I<JS7 ~. 1,2

I<)SS -1.230

It)S<) -Iq()~

l<i<)() -1.71-1

1<)()1 ~..~X)

I ()()2 2.577

1<)<)3 ,551

FONTE: 1\1'1

Pa(Cllte~Res. 0:. Res. rOlal

1.713 <1825 :-1.22<]

2.561 <1m3 10.mn

1.835 " 'i O.' 6.077

1.2<)3 -I.-I5ó -1893

1.-15-1 '.-172 ,.<) 3-1

llS<) 2.615 2.<)35

10ó<) 2.063 2.1 S-I

1-1" 2 2.778 ' .0-l0

1."67 ~. .1.16 '." 1o1.551 ~ I ()3 ~.-'~:;S81 2.5()-l 2-17<)

Só2 1.715 I.S22

1.03S 2'i 13 2.64<)

Patcntcs de In\TlHJloRes. :--;.Resid.

S-I-I 7.-1-18

1.31 S S.76577<) 5.298

"S-I -1.309

607 .'.327

-1-12 2.-193

2S<] 1895

-IS7 2.5.53

-li-l '.036-I(H 2.8<) 1

,-11 2.138

25-1 1.568

.,7X 2.271

I'::la Tabela III nola-se que a ra/:l() l'nlre residentes e (l total (residentes mais rüo residentes) é

11lenur qU:lf1do se trata apenas das patentes de in\'enl,::Io (média do período de l.'.l(/}) do que quando seconsidera as patentes de todos <lS tipos (média de 2).8)';'; 1. Isso inuicl uma participa~;1(l menor dosresidentes l'xalamente nas patentes de nlaillr conteúdo tecno/(')gico: (1S resid::ntes no l3rJsil têm suaaUvidade ClHlCentraUa nas in()\'a~(-)es de menllr cllnteúUo tecnoll\gico.

Analisando do ponto ue vista de sua e\()lu~;1o recente. o !l)tai de pat::nt::s (k in\'en~:Io conceuidasa r::sident::s no Grasil entre IllS I e Il}ll() se relaciona aos gas[t)s [()ta.is em P&D (ClHlI defasagem de umano I de torma estatisLieamente menos signi !"icaUva (ajustamento com R2 = ().25) do que aquclJ obtida noexercício comparati',o entre países mencionada Jnteriormente (ajustamento com R2 = (l.l)()). Este resultado

é consistente com J e"idência estJtística que J literatura internacional t::m apresentado. Pur exemplo.(irilicl1es (llll)(l) cita o estudo de Hall. (irilicl1es e Hausman (198.+1. cujos resultados dJ análise estatísticade séries !empurais de um número de tirmJs re\'C!am Jjustamentos bJstante mais !"rJcos do que aquelesencontrados nas análises de corte trJns"ersJI: () R2 médio naquele caso !"oida ordem de (U. Esse resultadoé explicado por (,rilicI1es: "a corrc!J\ão r::lJtivamente baixa nas séries temporais não deveria sersurpreendeme. mas elas implicam que as patentes são um indicador muito mJ.is p(lbre das mudanças decurto prazo no produto da atividade inventi\'J ou na 'fecundidade' do P&D" (pp. lóT'-!ó7.+).

1.+

5 A QUE[\l S..\O CONCEDIDAS AS PATENTES BRASILEIRAS ,)

o que se pretende discutir al1ui é como as patentes concedidas a residentes no Brasil s;}odistribuídas. segundo a nature/,a dos titulares da concess;}o,

O INPI n;}o produ/. estatísticas desta furma. limitando-se a identilicar se 11titular é residente ounào residente. cl1nforme \'isto acima. Para montar urna distrihuiç;}o segundll a nature/a do litular. "

necessário se recorrer aos dados uriginais da revista do Il\PI. RCl'isliI du Pmpricdudc Industri([1 eelahorá-los.'~1

() titular da patente pode ser uma pessoa t'ísica ou uma pessoa jurídica (sejam eles residentes llUnão no Brasill. Entre as pessoas jurídicls residentes no I3rasil. os titulares pl1dem Sér empresas privadasnacionais. empresas hrasileiras de capital estrangeif(). empresas estatais. universidades e institutos depesquisa. agencias gll\wnamentais. IUnda~'I-lcSsem tins lucrativos etc.

/\. TahcLl IV 11rg:ulIIa os dalh"'égundl) a classitical;;}ll acima.

TABELA I\'

Patentes de in\'l'n~'ào concedidas a residentes no Brasil.segundo a natureza do titular (vários anos)

ANO PF LPN EPCL LE I ( IIP 1\(; i l 1I:T: ( )[ rI' TOT:

]l)Ró I~S I~ 1 -lh I -l2 I I '\ () I() l) -lIl)

Il)89 l-l:-\ 172 -, 66 I I () 6 I () I, I -lR31- ..

1<)92 SI lJl ' , 27 I I) , I()

"I

I 236--~ .. ! -1('14 '\() ,,

I S I, , , 7 35:"]l)<)3 107 .'.' ,

I,

FONTE: INl't i"LJI'"r;I,';-j(J ['r "['I'1:J1:\'OT,\: 1'1' {'''''(J:J 11'1c';L

LI'N ,c'mpres:J r'I'1\':Jd:J n;Ic'Il111:J1.LI'CL - e'lI1preS:J pl'1\':Jd:J de' L';JpIl;ti L',lr;1I1~e'lru:LL - e'fl1pres:J e',slatJI.t 111' unlversldalk e' Instituiu ,k póquls:J::\( j .1~êrH":las ~l \\'l'rn:Jll1cntalS:

t IEE 'c'unv.:niu entre unlversld:lde e empresa:ot IT - \ 'lJll'OS:TOT I\\IJI.

A Rl'l'is/o do I'mpriedodl' 'Ildl/s/rio/ <.' uma publicJção semJnal. l'lJllstilUindu-,se num verdadellu Diário Oficial dasr:llentes. É em SUJS p:i~ln;h que são ruhlicJdos todos os rassos do rrocesso de c'1I1éessão de umJ ralente: ruhlicação (iJsolicitação da r:!tentc. exi~ências de exames t<.'cnicos pelo Instituto. defcrimento dJ ralenle le o resultado de rccursosimpetrados contra u deferimento ou u Indcferunento dJ ratente \. J ruhlicaçãu finJI da cuncessão da patcnte, Para esteJrtigo foram utilil.ados os seguintes nu meros ela revista: de 7'J4 a S45 (I'JS6l. de 1101 a 1152 (1')')2). ele 1153 a 1200(1'J93). Akm disso fui utilil.ado o Anuário htallstico de 1')S'J llÍnico ano cm ljue 1:11AnuJrio foi puhlicado relo INPI\.O levantamento foi realil.ado na Biblioteca do INPI (Rio) e na sua suh-sede cm Belo l!onZlJnte. O rrocessarncnto manualrealizado <.'resronsávcl por algumas diferenças de contagem que roderão ser identificados wmrarJnc!o-se os totais obtidosna Tabela IV com os dadus da Tabela m.

15

Quc uhscr\'aç(k~s podcm scr fcitas a partir dcstcs dados'?

Em primeiru lugar. lima elc\'ada participação de pcssoas físieas no conjunto das patentes

conccdidas: uma média dc ~~q,. le\'ando-se cm consideração os quatro anos c()mputados. I3arbieri (1988)

comenta que um índice em torno dc 159', seria compatí\'el com a média internacional. Portanto. isto pode

ser um indicador da haixa Ilwti\'ação a patentear das cmprcsas e institui<;ües J() pais,

Um exame mais detalhado dos dados do INPI sugere que esta participação elevada dos indivíduos

pode ser atrihuída a um númeru de patentes quc é solicitada por pessoas físicas ap()s tcrcm sido

dcscnvol\'idas cm uni\'ersidadcs c/ou outras instituiç(\cs públicas dc pesquisa. Isso é uma 11ipótesc que

podcria ser \'eriricada atra\'és dc uma pesquisa cuidadosa da origcm das in\'ençücs patcntcadas por

indi \'íduos no 13rasi 1.'"

Em segundo lugar. (1 conjunto do setor púhlico (emprcsas estatais. uniwrsidadcs instituiçiies dc

pesquisa púhlicas e agências go\'ernamentais) lui rcsponsá\'C1 por L~.13 c; das patentes em Il)Só. IS.22S

em 19S9. 1().S,~c.; em 1l)92 e 1~.2-F'Ir em Il)l)~ Esscs númerus estão ahaixo d,) que seria esperado. dado

,1 peso dus gastl1s em I'&D rc:lii/ados pelu .~elpr público, () setor púhlico seria respons:Í\'el por cerca de

~(l'lr d(ls gastlls tPlais do país em ci0ncia e lL'cnologia. ficando o setor pri\'JJo com (lS 2()c!" restantes.

Dalllman e Friscl1tJK ( 199,~) consideram ra/(l:Í\'e1 pensar até mesmo em uma altcrnativa onde o sctor

privado fosse respunsá\'cl por apenas I()':';,,j

Mcsmo se forcm tornadas em conta apenas as patentcs do setor produtivo (colunas EPN. EPCE

e 1-::1-:: da Tahela IV), (lS dados acima surpreendem, Scgundo o Ministério de Ci~ncia l' Tecnologia (1993).

durante toda a década de 19S0 as empresas estatais teriam gasto mais do que as cmprcsas privadas cm

ci0ncia e tecnoi(lgia (por excmplo. em Il)Sl) as estatais teriam gasto USS ~:;() mill1ües enquanto as

emprcsas pri\'adas emprcgaram USS !l)O mill1Cles com o mcsmo objcti\'ol. (jrosso modo. a correlação

posi ti \'a enlre gastos em P& I) e patcntes Ille ncionada cm (Jri Iichcs ([99()) não se sustcntaria para a

cU1I1omia hrasileira. desagregada setoriall1ll'nte de acordo com a origem Jn controle das emprcsas

hrasileiras. para os anos aLjui comentados: as empresas estatais gastaram mais do que as do setor privado

mas patentearam menos.

A similaridadc do númcro dc patcntes concedidas às empresas dc capital cstrangeiro c às de

controle estatal cl1ama a atençào. pois se o sctor privado corno um todo im'este menos que as estatais em

P&D. as empresas soh cnntro!e de capital cstrangeiro investcm uma parcela relativamente ainda mcnor.

Esta cun.lectura se baseia em observações da lista de patentes. ondc produtos d.: ,,'.:rta compkxidade podem seridentificad,J', Fsses produtos dificilmcnte seriam produzidos em condiçôcs "caseiras'. p~~S5upondo um certo investimentorealizadu em alguma instituição especializada,

10 Outra forma de constatar esse número de patentes abaixo do esperado é a distribuição do número total de pesquisadoresdo pais: segund,) Martins e Queiroz (1987). dos 52,863 pesquisadores brasileiros. apenas 997 foram encontrados eminstituições privadas (insti(uições privadas especializadas em ciência e tecnologia. empresas. funda~'ões etc).

16

6 PATENTES BRASILEIRAS: ALGC:\lAS QUESTÕES E POSSÍYEIS RESPOSTAS

A brcvc discussãll acima sobrc d:.luOS dc p:.llcntcs in{crnacionais c lbdos dcs:.lgrcgadlls sobrc as

patcntcs brasileiras sugcrc qucst(k~s quc mercceI11 exame m:.lis detall1adu,

A primeira pergunw é de ordem mais ger:.ll. ~ksmu le\'andu--;e em cunta tudas as ressalvas

apresentadas nu textll. seria pllssívcl reali/ar cllmparaç(ies internaciunais,' CllI1111um país periférico. nãu

gerador de iIH)Va(/les. nã() teria II l3rasil nc'cessariamente um:.l menor "pn)pcnsão a patentear" '?

Sem dLÍvi<.b. um país periférico se caracteri/a por um dinamismu tecnolôgicu mais baixo. Esta

condição. entretantll.jj estaria expressa n(\ haixo índice relativo de imcstimentos nacionais em P&D

apresentadu pelu l3rasil (um númcro em (()rnu dc (l.]!} du PIl3, cuntra \almes superiores a 271. nos paíscs

centrais l.r\ quest~111passa. entju. para a rc'!at;ju entre (1 gaSll\ c'm P&!) e II número de patentes. Partindu

de um mesmu gas{u agregadll absll!ut() CI11I'c\: D. de\'nia UI11pais produ/ir um número de patentes inferior

a llutrll. CI11l"und() da sua c(H1dicj() pcTiféric:.l na eU)nIH11ia mundial ,)

S:.lbe-sc' quc um pais que ":.l11Sl1r\L"lL'l'tl()i()gla <.k\c' rl':.l!i/ar g:.lSl(\Sem 1'&D que IÜtI se lraduzirà(l

el11 in()vat;(-lc's. C:.lS()pretenda re:.lli/:.lr uma l'leti\':.l :.lhs()r~'à() de lecnu!llgl:..l." Assim. espera-se que us

p:.líses ()nde a di lus~i(1 de iIHl\':.li./)es sela a característica pri nc ipal tenl1am g :.L'ilUSem 1'& D ~'speci Iicamente

\'()itadus para u desen\'()!\'imelllU de um:.lcapacidade naciullal de ahsurt;:1u {ecnu!(\gica", Pur outro ladu.

()S países geradores de in()va~'(-leS lecnull'lgic:.ls. au assumircm pesados gastos em pcsquisa básica (ondc a

incertcl,:.l é maior c :.l garantia de returnus de curto pr:.lzu menor). estj(1 incorrcndu el11 <.kspesas que

aparentementc nãu lerãu um retllrnu rápid(l em termos de ill\'cnçlíes patenteáveis, I:,

Purtantu. parcce mais adequad() c()mparar um pais perilúiu) dllllU (1 l3rasil cum países de

cumunidadcs cicntilicas c lccnul(')gicls de dimensão similar e \'olladus lundament:.llmelllC para dilusãu

lL'cno\(')gica, Lstc sc'ria () casu d:.l Suécia. c()mo já mcnciunad(l neste artigu: nesta cUI11par:.l~'ãua eliciência

du sistema hrasilcir(). medida peb rad(l gast()s agrcg:.ld()s em P&D/p:.llL'nIes de ill\'en~'àu de residentes. L'

haixa,

" :\0 Ill\'cl da lirmJ C"hcll c I.cvinthal Ill)SlJ, p, 5úl) di,,;utcITI " "duplo f'''pd'' d:b all\'ida,ks dc pcsquisa c,kSCIlVolvll11clltO. :lr~UI:lclltalld" l.juc JS lirmJ, lI11iIJd"rJs (Il~ll ~crJJorJs dc iIlOVJ';L'C, I dcvcm lIlL'OITcr cm ~Jstos dc 1'&1)apCIlJ' Ixu'J se capJCltJlem J apropnJrcm,se dc Ill"VJÇlics rcah/.ada, nternaJl1elllC <.'.'oell c I.cvill(I')S'), p. 10lJO) tambcmcomclltam as cOlldiç0c, para o dcscllvol\'lmcllto dc umJ "capJclda,k dc absorçã()" clUC SilllctiLaria u p:ll'd do "imitador"mcncion:ld,) :Icima, DiscUlllldu os "c'lhtus ,iJ imitaç:io". ~lansliclJ, Schwartz ~ \\'agncr ,I ')S I) CllconU'JraJl1 cm umkvanlamcntu cmplrico quc taIs custos ChC~:l\':lm a (,'ic:'; dos cust"s ,iJ iIH)Va",'~v.

Essc aspccto talvcl. cOl1lribuJ pJra cxplicar urna paJ.tc das dikrcn",'J cntrc os ESLJdos Unidos c o .Iap~o. cujos ~astos cmpcsl.juisa i':i,iCJ S:IO Inknores aos aJl1ericanus, () .Iap~o cstana. a,sim. em co:ldiçõ~s de sc aproveitar ao rn:iximo dasinova",'(-)es descnvolvldas no sIstema dc II](lVa",'~Oamericano sem InClJlTCr em uma parte SIgnificativa de,s gastos, Ivlansl'icld(llJlJ3, P ,\31) comenta isso em rclaç~o a indústria de mhi)s, lJnde os induslnais americanos gastaram qualltias

si~nificalivJ,s c IIS Ja[Xmcscs. partindo do P&D previamcntc gasto nl'S Estados I 'nidos, conquistaram importantcs vitóriasno mcrcado, posslvelmclltc rc~istrando patentcs dc produtos "proxirnos" dos ongJl1:lÍs. Nesta linha. um país com umacapacidadc dc assimilação c difusão tccnológicJ clevada. tcoricamente scria capaz dc produLir J pJrtir dc uma l.juJntidJdcrncnor dc I'&D um mOlltantc superior de patcntes,

17

A segunda pergunta é sohre a qualidJde das estatÍsticJs hrJsileirJs de ci0ncia e tecnologia. Ela

se desdohra em duas questlies: ai estariam elas captJndo os valores cmretos dos gastos re:.tis em P&D? h)

seriam todos os \'almes computados como g:.lSIOSem P&D utilizados ektivamente para :.ts atividades

pré-determi n:.tdJs'?

Para i\1anins ( 11)l)3. p, 171.questlics rélJtivas al'S pesquisadores engajados em ati\'idades de P&D

e aos nú meros reais dos di sp0ndil)s púhlicos e pri vados em C& T .,seguramente. não encontr:.lfão respostas

com razoável precisão e contiahilidade", ..••.Iiás. ilOje. 11:í uma constatação quase unânime de que a

desinformação sohrc nossa reJlidade de C&T é hastante grandc", i"

SCh",arllman ( ll)l).,. p. 17) também registra dúvidas sohre o destino dos rccursos que estão na

ruhrica "ci0ncia e tecnologia" incluindo desfX.'s:.ts :.tdministrati\'as du Ministério de Ciência e Tecnologia.

que (l)[1sumiriam 2.':::' r,; dl)S gast(lS deste ministLTJl', entre os itens que os dados glohais n;Jo ml'stram. Para

f~nio Candolti, l'\-presidenle da S13PC. "é interior a 509r () percentual de aplicacãu ellcu Jos recursos

destinados ao desen\'(ll\'imentl) cicntÍllco e Il'Cnol('lgico no país" (Fo//1iI de Súo PUII/O .. ' 1/7/9.+1. Além

disso. l'utra r:tne dus rl'cursus aiucad()s IHl ill'm ciL'ncia e leCnl)logia são destinadllS p:.tra pmgramas de

Pl'ls-graduacJll. II quc nas estatÍSticas dlls paf~es Ja ()C[)E l'slaria na ruhrica ensino superior.

As eSlatÍSticas dos gastllS d,l Sl'tur pri\':ld(l são ainda mais dilíceis de C(lntahili/:.lf CUlll segurança.

Pmtal1lll. COlllOos valurl'S agregados d,ls gastos hrasileirl's cm ciência e tl'Cnoiogia dependem de

in!ormaç(les predrias Jos setores púhlico e pri\'aJo des devem ser lidus c()m c:.tulela ...••. llip\'itese de que

os gastos ekli\'()s elll I'&D são inkriures al) anunciado nos documentos oticiais p:.lfece rundamentada. Caso

l'sta tliplÍtese seja c()nlirmada. II diagn(ístico ,1csra\'(lrjvel sohrc a "eticiência" du sistema hrasileiro de

ci0ncia e tecnologia seria atenuado. pois um gastll menur em P&D result:.lfi:.t no mesmo nÚlIlero de patentes

concedidas,A terceira pergunla se rl'iaciona com a "propensão a patente:.lf" hrasIleira, '", Seriam as patentes

lllenos utili/adas nll país. dadas as condil;lies lI..: c()mpetil,;ão interna. decorrentes Ja pnltl'(,;:lll caractcrÍstica

do grau de .ecl1amcnto c(lmercLtI d(l país em rl'iacãll J economia mundial,' Percira ( 11)l).,lo Lucndo uma

rcvisão da hihliogralia sohre II tema. lllllSlra que 11:íque se destacar que as empresas hrasileiras considcram

mais importante c()[1seguir pmte(,';Jll gl)vernameI1lal do que g:.lfantir sua patente (p. (7), Esses elementos

talvez tcnham impacto sohrc a decisào de il1\'estir cm P&D. Entretanto não há raLào para sc acrcditar que,

uma \'ez desel1\'()I\'il!a uma ino\':l(,'ào. as empresas não tomem medidas pJra patentcá-Ia, Isto pode ser

I)Jdo quc o ,clor publico c rcspollsivcl por ccrl'J dc SOe;( do gJSlO t'lul cm 1'&1) do pJIS. J IIlf<nlluc:-IO :lc'lmJ sobre J,ilUaç~o dJS eSlJLisllcJS braslieirJSFi e. por SI 'o. um rndicJdllr dJ hJixa c!lclênciJ do SISlema: e IimiladJ a consciênciade como CSlao sendo empregados estcs recursos quc são hastaIlle escas:;ns.

18

:. Invertendu o raciocinio, Sherw""d 11')')2) \'ê os h:lIxos gaslos em P&D eXlslel1les no pais como umJ conseqüência da"fraca proteçao" existenle a propnedade irlleicclual no paIS, Ele encontrou. em entrevI:;lJS com elllpresJri,)s hrasileiros.uma idenlillcaç~ll generJlil.ada de "perdas tecnológicas" que teriam ocorrido em tUIlÇ~O (kSlJ frJC:I pmled,' Ji o trabalhoteórico de !lelpmJn I 1')')3) apresenta uma VIS~O oposta. fundamentando a hipótese de que os palses em desenvolvimento(o Sul) nao se heneficiariam de direitos de propriedade intelectual mais rigorosos Ip. 127.t). Scherer 11')70. p, 390)considera que os beneficios de um pais subdesenvolvido com um sistema de patentes cÇvem ser pequcllllS.

ponderado por duas razCJes.Em primeiro lugar porque as empresas teoricamente mais protegidas I as

estatais) utilizaram-se regularmente do sistema de patentes: a Petrohrás e a USIMI0:,-\S estão enlre as

empresas que imlividualmenle mais concess(ies de patentes de invenção 11htiveram nos anos de I<JSóe

1989,' " Em segundo lugar. muitos analistas têm associado urna maior propensão a investir em P&D

com a implementação de atividades exponac1oras. Estas empresas conhecem hem a situação elo mercado

mundial e cCJmoele \'aloriza ratentes. Portanto. elas sahem que. tendo desenvolvido uma inovação. o seu

registro n(l Brasil é o primeiro rasso [Iara a solicitação de patentes em qualquer um dos [laíses signatáriosda Convenção de Paris.,I'"

() !"alll mais rele\'ante em relação à "rropensão a patentear" dClsresidentes no Brasil é a pequena

presença do setor industrial do raís nas áreas onde ~l "rrorensão a raténtear" é mais alta. como as

indústrias t"armacêutica (que. [I(Jr sinal. n(l C('ldigo de Propriedade Industrial lk I <J7() n;}o têm direilll a

[latente) e químiC!,

Tal\'el l'xista o prohkma irn'erS(l: (l Brasil tl'm (lU eSlá cksl'f1\'(Jj\endo) uma maiur capacitado

tl'cnol"lgica l'm árl'as (lf1lk uu as ratl'ntl's n~l(l são rl'le\'antes (as if1\'l'nCCll'S<lo \'l'rdadl'iros hl'ns públiCI)SI

,lU não 11j u direi{() ~lrJtl'nll' (l'm t"unç~lc)di) C('llligo dl' Pro[1ricdadl' Industrial \igl'ntel. Dois casos podem

ser ml'rll'i(Jnad(I~, () [)riml'inl eXl'mpl(J l' n~ltirl'J Jgrícoia: a 1-::-'1BI<AP.-\tem rl'gistrado P~lll'ntl'S em paísl's

que têm UIIla kgisL1C~-}(lqUl' g~lrantl' pnlll",;;!U a microurganismllS uhtid(lS pc)r [lrocess(J~ hiotecnol()gico~

(PereirJ, ll)l)~, p, 7-+ ljj que rÚl é [lUSSí\'l'l tJI [lJtl'nll' n(l Brasil. () sl'gundo l'\l'mrl(l <111 as empresas da

jrea dJ hiotl'cn(JiugiJ modl'rna qUl'. ~llrJ\'és dJ ABI<AOI delenlkm que I' nO\,(J Cúdigll dl' Propriedadl'

Industrial l'stJheleçJ ratenll'S [Iara us novos produtos d(J Sl'tur: os rrimeiros [1rodutl's da engenhariJ

genéticJ hrJsileira lk\'em ser lançJdos IH) mercado externo nus pr<'Jxin](lsd(lis anos (CJl\'~1I110. 1(9)). Esse

selllr nJturJlmentl' l'(Jnsidera que umJ nova legislação de ratl'ntes vai t"a\'(lreCl'r UIllJ JIll[1liação do número

de patentes a partir das empresas de hase hiotecnológica.

A quartJ [ll'rgunla Sl' relerl' J(l peso d(Js "imlivíduus" (das [1l'SSPJ.st"ísicas) n(J t(lla!das patentl's

concedidas a residl'ntes. Essl' dadu tJh'el seja uma indicaç~10 segura di) JtrJSI) lill sistema cientíl"ic() l'

recnoi"lgicu hrasikim ((JU da ausência dl' um vl'rdal1eir(J "sistema nacil'nJi de in(\\~ll:ão"l. Conforme

menci,lf1adu. uma lIlédia aceit~ível seria a ml'tade daquela rl'gistrada n(J [I~lls, I-:spcra-sl' que UIll sistema de

irHlva<.;ãomais deSel1\'IJi\id() ilIlrlique uma maiur r~u-ticipa~';}odas l'Illprl'SJ~ ,de qUl'm S,-',-'spera umJ mai(Jr

motiva<.;ãu pJra inovafl' e de instilui~'Cles governamentais (universidades l' instituil;Cles de pesquisa) 11(J

total das [1Jtentes c(Jncedidas.

I' Em I')S<) a lISIt-,tlNAS. clll:IO cstalai. f"i rcsronsjvcl ror .lO ratenles, e a l'etrohrJ...-; rur 15.

110 t Im kvanlalTIcnt" rc:duad" cntre 102 emrresas. alravcs de ljucstlun:u'im cm I'.I~ 1. Icustmu quc (,I)0( das emprcsasnaclllnais c ,~(~ da, cstran~elras nã" haviJm re~lsu'ad" qualljuer patentc. Ncste ~ruru (,7 'i; da', naciunais e 63'1( da,eSlran~eiras dcclararam ljue não registraram [latentes [Xlfljue não haviam realizaJI) ljualquer IIHJvaçãu ratenteáve1. Dasbraslleiras I se} prderi:un manter si~lIu s"bre a IIH)va~'ão. enquaI1lu 25~'< das estr:ln~elrJS que nãu re~istraram ratentesnão viam utilidade pratica na medida. Dificuldades hurocráticas f"ram arullladas •...,'lTIU razãu para nãu re~istrar pateI1le.-;por 70 das naClunalS e 12'."; das estran~elras (Cruz e Maculan. I ')S I L Deste kvalll~nenl" dedu/.-se que a m:lÍoria da,empresas nada p:ltenleou Simplesmente porque nada inveI1lou.

" Utilizando os dados du Censu Industrial de I<)S5, Matescu (1')<)4) arresenta dadus convincentes s"l'rc a haixa "motivadopara inovar"' das empresas hrasileiras: apenas 1.2o/c das emrresas recenseadas declararam ~astos cum ciência e tecnolo~iarp.3<)7).

19

A quinta pergunta diz respeito à discrepância entre a participaçãu rel:niva do sctl)r público emtermos dc gastos em P&D e número de patentes a ele concedidas. () que pode rd:.llivizar tal discrepânciaé a importância de um setor onde as patentes internacionalmente tem pouco peso como é o caso daagricultura tradicional. Por exemplo. a EMGRAPA (que consumiu em 1988 quase 121'-,( dos recursosorçamcntários destinados à ciencia e tecnologia) gera mais im)\'ações do que patentes. 0:este setor existeum consenso sobre a presen~'a de um sistema de inovação funcionando (Dahlman c FrisclHak. 1993: \lauro

G. Lemos. 1992).ema explicação alternativa para a "ineticiência" (número de patentes de invenção/gastos em

P&D) dos investimentos das estatais seria a sua alocação para inovações incrementais. de menm conteúdotecnológico (que apareceriam nas estatísticas d()s outros tipos de patentes nãu analisados aljui. como os"modelos de utilidade". IIS "nwdelos industriais' e ()S desenhos industriais). Isso éxige uma pesquisa mais

lktall1ada daqueks 11'lpic()s.Finalménté cahé indagar se a inlra-é~trutura púhlica para a ciência é a técn()!ogia éstaria gerando

as "externalidadés' quI.' 1111.'cahe produ/ir (IIU alI ménos uma parte délas). é ~c cssas'éxtérnalidades"éstariam séndo lkspérdi~'adas pélo Sétor prllduli\'(l Ipri\'ado é éstatal), A réspllsta tal\'\.~z ~éja alirmativa.dados os enllfl1leS prohkll1as ilJéntillcJd()s n~j \inculação entre a c()munidade CiéntíllCJ é lI sét()r produtivo,A lalta de \'ínculos mais slilidos é rl-'CIJnt1CcidJtJnto pelllS diagnl'lsticos realizad\ls ~egundo II ponto de \'islada comunidadé cÍl'!1lílica (Scll\\'an/mJn. Ilil)~l. CI1l110pm aljuéks ki[os scgunoll (I P()!1l0 lÍ•...\'ista do sl'torprodutivo (Cuutinl1(). l-érraz. 1l)9.~),

Tomando c(lmo éXémp!o a Física. I lS Estadus Unidos têm :,()'/( dus doutllféS trahalhando naindústria enljuanto () Grasil tém apenas Y( (RéSende. IY93. p. 22). Esses números sugerem ser plausívela llipótese de que () setm produti\'() éstaria 'lksperdiçando" I) conl1ecimento gérad() ém C\.'flnS sétmes dacomunidade cientitica hrasileirJ, () hom nÍ\el da Física hrasileira é évidenciadu em Scl10tt ( 1993) ljue.anal isando a part ici pação hrasi ki ra n() tII[ ai lk an igos cientíticos internacionais. éncontrou para estadisciplina um ní\'el correspondente J() dohro da médiJ dJ produção ciemítica hrasilcirJ geral (a

subdisciplina da "Física do Estado SI\lido' 11.'111uma parIicipJ~'ão que é ljuatro \l'Ies superior à média geral

du Grasi I).

7 CONCLUSÃO

Este estudo cxamina dados de paténles concedidas a rcsidentes no Grasil e formula questões sobrco sistema hrasilciru de ciência e lccnologia. A hipótese de incl1ciência do sistema é corroborada pclosdados ljuando o pruduto é avaliado pelo númeru de patentes de invenção e o insumo pclos gastos em P&D.Adicionalmcntc. o estudo (Jéixa claro II pOlcncial incxplorado nos dados Jo !nsLitu[o Nacional de

Propriedade Industrial.Há indicações de que a conclusão acima se sustenta independentemente das circunstâncias

atenuantes identil1cadas no texto: I) a hipótese provável dos gastos reais cm P&D serem inferiores aosdeclarados: 2) o fato da ahsorç50 de tecnologia implicar gastos em P&D não traduzívcis em invenções:3) a existência de pequena propensão a patentear no setor agrícola. onde o sistema brasileiro de ciênciac tecnologia é particularmente ativo,

20

REFERÊ~CIAS BlBLlOGR..\FICAS

ARRO\\'. K. Econoll1ic wclLm: aml tl1e allocation 01' resources ror invention. LAMI3ERTON. D, (eu).ECOl/omics of il/(oml{ilio// (///(/ k//O\de{(,-?e. Harrll0nUS\\'onI1: Penguin Buuks. IlJ71.

BAR[3[ERI. .I. C. Utiliza<;ãt) de [lalentes {1() Brasil: silua<;ão atual e tenuências. Re/o/(jrio de Pesqllisa(Pesquisa n" '+.\fll):-\:-\), Sã() l'aulo: 1-:.\(iESP/HJV. agosw ue Il)RíI,

COHEi\. W, M.: (J":VIN. R. C, EInpirical sludies (lI innovalion anu lllarket structure, SCHMALENSEE.R.: \\'ILLICl. R,D, (eLl)' Ha//dhook or if/(ItI,IIrlO/ orgal/i~olio//. EIsevier Scicnce PlIhlisl1ers. 19~N.

COHEi\. \\" \1.: [J-:VINTHAL. D, A, lnno\'alion anu Icarning: tl1e t\\'() races or R&U. TI/e Eco//olllic.101tr//(//. \', l)l). n.. ,l)/. Sl'rlClllher Il):-\l),

COUTI:\H( l. I ..: FERRAI .. .I C, (c()()nh,) Esludo sohre o c{)J1//J1'l/lil'f(/ode do il/d/ísll'lO hrosi/eim:Rclalt')ri() Final. ClIlIrinas: If-:-L:nicalllr. IlJL}",

CI{L'/ FI! ,HO. \1. I-- : \lAlTI :\\.;.;\.\1. I'r0l'nedw/e i//d/(slrio/ e II'{{I/.I/(',úlcio de ICCI/%gi{/, Brasília:CNl'q. ll):-\ I

DAUI\1.-'\\';. C..I.: FRISCIIT;\I\.. C R, "\.;~llitl[lal Systel1ls Surp()ning Teclmical All\'ar1l'L' in lnullstry: Tl1eBrazilian ExperiL'nce", \'1~LS()N. R, kd}, SOliol/u/ illI/ololiol/ S\'SI('l1/S: A COII/pol'{/Iin' AI/a/ysis. NcwYork. (Jxrord: (Jxrord llni\l'rsilY I'ress. Il)l)~,

DOSI. (i, S()urces. rnlceuures anLl lllicroec()n()lllic ctlects ()r innuvation, .1olln/{// oI EUJl/olllic Lilerolllre.v. 27. Sep!. !l)SS,

EDQUIST. c.: [,UNDVAI,L. B-A, Curnraring 111eDanisl1 anLlS\vellisl1 syslems oI innO\'alion. NELSON.R. (cu l. ,VaI/oI/o/ /I///(}I'{/Iio// S\.\lelll.\: :\ COIi//iomlil'e A//o/nis. Nev.,:'{()rk. Oxloru: Oxroru Universiryl'rcss. Il)l) \

I-:VENSO\:. R, Internali()nal ill\l'Illions: irnrlicaliuns ror recl1nology lllarkel analysis, (iRILlCHES. Z. (cli),R&/), {)(II('//[I UI/d prod/(CI/lIl\, Cllicag(): Tl1e Lniversity (lI' Cl1icago !'ress. 1l):-\4.

FRI-J-:MA\i. c. Tlw Eco//o/l/lcs ol///d/l.llria/ /l/l/o\'(lIiol/. Lunuon: Frances Pinter. llJR2.

(iRILlCHI-::S. /., Patel1l stalisrics as ec()numic inoicalOrs: a survey . .101tr//{/{ o(Eco//oJ71ic Lilemlllre. v. 2í1,f)ec. !l)l)(),

(iRILlCHES. Z. Prnouctivity. R&D. anu L1JtaconslrJinl. Americol/ Ecollol11ic Rel'ieH'. \', R4. n. I. 1l)l)4,

HAUStv1AN. J.: HALL. B. GRILlCHES. L Econometric models for count oata witl1 Jn application lO tl1epatentes- R& D reiatlonslú [I, Eco//omel rica, v, :'i2. nA. J uI. 1l)84

HELPMAN. E. Innovation. imilalion. aml intelectual propeny rigl1ts. Ecollomelrico. v, Ó I. n. 6. Nov. IlJ93.

INPI. Rn'is{(/ do Propriedade l//d1Islriol. Vários números.

21

INPI. Os de:.oilO UI/OS do INPI (IY71-\YSS). s/l: \IIC-I0:I'1. \')S9

LEMOS. \1. 13.Tlle ugro}ood syslelll il/ sellli-il/dIlSlriu/i:.ed COI/I/lries: l!le 13m:.iiiol/ cose. I.()nu()n. PI1. D.

1l1éSis. 1992.

LEVIN. R. A né\\' I()()k aI ll1é ralcm SYSICI11.Allwricul/ ECOI/Olllic RCl'ie\l. \. -;-6. n. 2. llJS().

\lANSFIELD. 1--:.C()l11l11cnts:ml1 Discussil1[1. Rrookil/gs popers 011 ecollolllic (;!inlY. \'. 2. 19':13.

\lANSFIELD. E. SCH\VART/ .. \1. \\'A(J:\ER. S. Il11iwlilll1 CO~ISanu ralénls: an él11rirical SIUUY.TlleECOIwI11ic .1oIlnwi. n. l) I. [l)S 1.

\lARTINS. Ci. \1. c 0UEIROl.. R. "O pérlill1() rcsljuisal1m hrasikiw". Rens/(/ 13msi/eim de Tccll%gio.

Vol. 1S. n" 6. selel11hw [\)S7.

\lARTI:\S. (i. \1. SilflOCÚO c /J('r.\'[Jeuil'ils d"s CSlilll\!icos l/ilciOl/ilis de CÚ'llcio c leCl/%~w. I3rasília:1131CT. I\)\)<

\1:\ TESCO. \' "Ali\idade tl'l'n()I(')~ica das l'l11rrl'sas hrasikiras: dl.'sel11!'enI1t)é l11oli\'at.:~i()para inovar'Per.\'[Jcclil'l/s dil flOI/Olllio RrosIIcim !')lJ-J. Rio lk Janeir(): II'I--:A. It)\)\

\llN 1ST}~R 1() I ).'\ C 1f~::\CIA 1-:TEC:\ OLO( d .-\. Si.IICII/lI de CÚ;I/cio e lecll%.,-:U; 1/0 13m.li/. I3rasília: \lCT.1l)93.

M OWER Y. D.: ROSEN I3ER(;. N. Tec!lll%gy (///{I l!le pflrsll/l o( ccollomic gro\lI!I. C :.!l11hridgc:C:.!l11briugeUnivcrsilY Prcss. I\)S9.

NELSON. I~. Wl1al is "COl11l11crcial" ano wl1al is "public" about tecl1l1ology. ano wl1al sl1oulo be '!ROSENI3ERCi. i\.: LANDAU. IL \10\\'I--:I~Y.D. (eLil Tl:'c!IIlO/O.,-:y{///{I l/i(' \Ieo/l/l O/I/OflOI/.I. Stanlmo:Stanlml1 Uni\'crsily Prcss. [\)l)2.

:\ELSON. I~. (Cl1l. No 110110/ il/I/()\'([{iol/ SI'IICII!S: a c()l11parali\'e analysis. :\e\\' Ymk. ()\I()ru: OxforoUnivcrsilY Prcss. I ')l).,.

OEC D. Tcc!lll%gy il/ (/ c//(/I/gillg Il'IJr/d. Paris: OECD. 1991.

ORDOVER. J. A. A palénl syslél11 lor hOll1 dillusion ano éxclusion. lUIlfl/(// o( Ecol/oJllic jJerspt'clil't's.

v. 5. n. 1. Winler 1L)l)1.

I'AVITT. K. Sccloral rallérns (lllecl1nicai clwngc. RCSt'llrc!l PoliC\'. n. 13. \9~-+.

PEREIRA. L. V. SiSlt'l11(/ de proprit'(/(/(ie illdllslria/ flO COfll(;'XIO illlenwciOI/(//. 1993

REZENDE. S. Avali:.H.;ão d:.! árca é pwposit;Ciés para a tísica no I3rasil. São Paulo: EAESP-FCiV. 1993.Série Ci~ncia é Tecnologia no I3rasil.

SCHERER. f. Illdlülria/ m(/rk(;'l SlntClllr(;' I/fld ecollomic performance. Chicago: Rand McNally. 1970.

22

SCHOTI. T. Performance. specialil.ation and international inlegraüon of science in Gral.il: cl1anges andcomparisions \\'itl1 otl1er I.aün America and Israel. SCHW ARTZ\1.-\:\. S. (coonl.l. CiJ/lcio «:Tecl/%gil/ 110 nrusi/: uma nova política para um mundo glohal. São P:.lUln: EAESP-FCiV. )09:1.

SCHWAI~T/:"IAN. S. (cooru.l. Cit;l/cil/ «: /cclI%gio /lO nmsi/: uma nm'a pnlítica rara um mundo global.Sãn Paulo: EAESP-FCiV. 100:1.

SHFRW()()I). R. \1. Prorlrlct/i/{/c ill/('/cC!/lI// c t/c.\cl/l'Oivil//(,1/1O CC(!I/()II/1CO. Sãn Pauln: h1usr. I c)92

WORI.D I0:TEI.lTTUAI. PI~()PFRTY (lRCiANI/ATIOl\. /1I/crl/oIio/loi propcrt\' s:l//i.\Iics 1,1(91).Cicne\'a: WII'(). ll)l).,.

23