o minuano 134

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Edição 134 de O Minuano, revista do Veleiros do Sul de Porto Alegre, RS, Brasil, publicada em setembro de 2014.

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Studios Marina Bracuhy - Loja E Porto Bracuhy - Rio Santos Km 500,5 - Angra dos Reis/RJ

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Prezados Associados

A capa desta edição é uma foto do trapiche de madeira do Clube em 1935, na antiga sede do bairro Navegantes. É a imagem dos primeiros meses de vida do Clube, fundado em dezembro de 1934. Com isso lembramos que daqui a três meses comemoraremos 80 anos do Veleiros do Sul. Assim, desde já convido os nossos associados e amigos a participarem conos-co dos festejos de aniversário em 13 de dezembro. Desejamos fazer um evento que marque esta data. O Veleiros do Sul surgiu do ideal de um grupo de velejadores e na sua primeira ata é mencionada a vela como ideia fundadora da associação. Passaram-se as gerações e esse legado foi transmitido até nós, e agora trabalhamos para que continue pelas gerações vindouras. Dentro dessa linha de pensamento, em junho, eu e o nosso gerente esportivo Odécio Adam estivemos no Congresso da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) - leiam a matéria na página 43 - e ouvimos mais de uma vez a citação do nome do Veleiros do Sul pelo velejador e grande dirigente esportivo Lars Grael. E esse é ponto que desejo enfatizar. Nossa imagem é consolidada como um clube de vela que goza de respeito e admiração em nível nacional. Tanto assim que agora passamos a integrar o Conselho de Interclubes da CBC, composto por tradicionais agremiações esportivas do país. Há uns cinco anos, o Clube tem feito parcerias com o Ministério do Esporte por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Tivemos todos os projetos executados e as contas aprovadas. Neste momento, iniciamos outro grande projeto, mas desta vez pela Lei Pelé, via Confederação Brasileira de Clubes. Conseguimos nos tornar aptos para encaminhar nossos projetos, diga-se de passagem, junto com um grupo restrito de 18 clubes que conseguiu se habilitar. Inclusive, em tempo recorde, adequamos o nosso Estatuto conforme a lei vigente. Fomentaremos a vela jovem e olímpica e esses recursos não ficarão só restritos ao Clube para aquisição de material, mas também serão repassados aos nossos atletas para suas campanhas esportivas. Enquanto isso nossa a vela vai de vento em popa. Neste ano continuamos a nossa trajetória de conquistas de títulos, destacando-se as classes Optimist e a 470. A Escola de Vela Minuano também atravessa um ótimo tempo. As crianças voltaram a frequentar as nossas instalações, por meio da colônia de férias e outras ações de interação com a vela, aumentamos o número da classe Estreante, com alunos oriundos dos cursos de Optimist e Pré-flotilha. O Clube ofe-rece uma excelente atividade esportiva e educacional para os filhos dos associados. Por isso convido a todos que participem da programação da nossa Escola.

O Clube como um todo vai bem. Algumas obras em andamento melhorarão muito a nossa estrutura patrimonial, destacando-se a reforma geral dos vestiários e banheiros da sede - que deixará as instalações adequadas ao nível do nosso Clube -, o prolongamento do trapi-che 1 e a reordenação das vagas molhadas e o início da construção de novo píer na marina. A nossa subsede ilha Chico Manoel também passou por limpezas e manutenção e com a chegada da primavera, mais florida. Nossa visão é voltada para o conjunto dos sócios. E até a nossa revista passou por um upgrade com novas colunas e assuntos.

Nessas oito décadas, muita coisa mudou na sociedade e consequentemente no esporte. Hoje não podemos conviver com fé no improviso, necessitamos nos adequar ao ritmo do tempo atual, e isso exige cada vez mais profissionalismo, planejamento e recursos. Manter a chama acesa é nosso dever imperativo, e no futuro, talvez, ao sermos lembrados, ouviremos das gerações que nos sucederam: “Eles tiveram a coragem de fazer”.

Boas navegadas a todos nós.Cícero Hartmann

EXPEDIENTEPALAVRA DO COMODORO

ComodoroCícero Hartmann

Vice-Comodoro EsportivoGuilherme Schramm Roth

Vice-Comodoro AdministrativoPaulo A. Hennig

Vice-Comodoro PatrimônioLuis Antonio SchneiderVice-Comodoro Social

Carlos Alberto TreinDiretor de Porto

Luiz Vinícius M. de MagalhãesDiretor de Monotipos

Kadu BergenthalDiretor de Oceano

Augusto MoreiraDiretor Motonáutica

Celestino GoulartDiretor de SUP

Geraldo G. Gomes da SilveiraEscola de Vela Minuano

Coordenador: Cássio do CantoPrefeito da Ilha Chico Manoel

Roberto A. SchmitzDiretor Jurídico

Lúcio Pinto RibeiroConselho Deliberativo

PresidenteNewton Roesch Aerts

Vice-PresidenteLuiz A. MorandiConselho Fiscal

Titulares: Newton R. Aerts, Luiz Alberto Morandi e Flávio Neumann

Suplentes: Ricardo Englert e Homero Jobim Neto

O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul.Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592

Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil

CEP: 91.900-420E-mail: [email protected]

Site: www.vds.com.br

Editor:Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS

Textos e Fotos:Ricardo Pedebos e Ane Meira

Foto Capa: Memória VDS/1935Projeto Gráfico e Diagramação:

Renato NunesFotolitos e Impressão:

Gráfica CalábriaTiragem: 1.300 exemplares

Distribuição: Sócios do VDS, diretorias dos clubes náuticos e marinas do Brasil. Clubes da

Argentina, Chile e Uruguai.

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Uma trajetória de vitórias na Optimist

Presença constante nos pódios, a flotilha Minuano do Velei-ros do Sul segue acumulando

bons resultados desde o início do ano. O destaque do grupo é Tiago Quevedo que chegou ao seu quarto título nesta temporada, entre eles o Brasileiro. Sua última conquista foi o 36º Campeo-nato Sul-brasileiro e a 11ª Copa Mer-cosul de Optimist, disputado em julho em Foz do Iguaçu, no Iate Clube Lago de Itaipu (ICLI). Na competição a flo-tilha Minuano ainda obteve o quinto lugar com Gabriel Lopes, Erik Hoff-mann foi o sétimo e Gabriel Rimoli o 28º. Participaram do campeonato 107 velejadores (44 veteranos e 63 estre-antes) do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, além dos velejadores da Argentina.

Em junho Tiago Quevedo e Ga-briel Lopes fizeram uma dobradinha na Búzios Sailing Week, no Armação de Búzios, e no Campeonato Brasil Centro da classe Optimist, na subse-de do Iate Clube do Rio de Janeiro, em Cabo Frio. Tiago ficou com o título e Gabriel em vice. Além deles, Erik Hoffmann terminou em 9º lugar e Ga-briel Rimoli, em 20º.

Flotilha Minuano no topo do pódio

Já Erik Hoffmann integrou a equi-pe brasileira que disputou em julho o Campeonato Norte-americano de Optimist realizado em Nayarit no México. Ele terminou em 46º lugar na flotilha Azul (equivalente à flotilha

Tiago Quevedo já ganhou quatro títulos neste ano

prata). A melhor colocação individual da flotilha brasileira foi de João Tats-ch em 26º lugar na flotilha amarela (ouro). A equipe brasileira conta com 16 velejadores, o team leader Cássio Lutz do Canto, do VDS, e os técnicos Átila Pellin e Lucas Mazim.

Em abril a flotilha Minuano dispu-tou o Campeonato Sul-americano de Optimist 2014, em Punta del Este. Ga-briel Lopes, campeão de 2013, ficou em quarto lugar geral e terceiro sul-americano, enquanto Tiago Quevedo finalizou na sexta posição geral e quinta no sul-americano. Erik Hoffman aca-bou em 45, após conquistar com o time BRA 1 o vice campeonato por equipes. A dupla Gabriel Lopes e Tiago Queve-do fará parte da equipe do Brasil no Mundial de Optimist em outubro, na Argentina. A flotilha Minuano conta com o trabalho dos técnicos Geison Mendes e Philipp Grochtmann.

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O ano tem sido promissor para a dupla Geison Mendes e Gus-tavo Thiesen. A mais recente

conquista dos atletas do Veleiros do Sul foi o bicampeonato Sul-americano da classe 470 ao superarem adversários de 13 países, inclusive de outros continen-tes, que vieram ao Brasil para o Aquece Rio International Regatta.

“Ficamos realmente surpresos com a vitória, pois competimos com gente de todo o mundo, atletas olím-picos que estarão no Aquece Rio e aproveitaram para correr neste sul-americano. Nossa meta era ficar entre os três primeiros. O crucial para essa conquista foi valorizar os treinos na raia do campeonato. Essa preparação com certeza nos garantiu grande van-tagem. A conquista mostra o quanto somos capazes de nos destacarmos no caso de obtermos a vaga olímpica”, afirmou Geison. Os norte-americanos Stuart Mcnay e David Hughes foram os vice-campeões gerais e os franceses

Geison e Gustavo são bicampeões Sul-americanos de 470Nesta temporada eles também venceram o Campeonato Italiano Open

Dupla está em campanha olímpica para os Jogos Rio 2016

Muito trabalho e confiança após bons resultados nas competições

Sofian Bouvet e Jeremie Mion ficaram em terceiro lugar geral.

Além do Sul-americano, Geison e Gustavo ganharam neste ano outro títu-lo internacional: o Campeonato Italiano Open de 470 de 2014.

Os gaúchos venceram a com-

petição ao ultrapassarem no dia fi-nal os italianos Francesco Falcetelli e Matteo Bernard, segundo colocados. “Foi um bom campeonato muito dis-putado, com 34 tripulações de quatro continentes. A Itália possui uma flotilha forte e isso eleva o nível da classe 470 no país”, disse Gustavo. O campeonato foi realizado no Fraglia Vela Riva, Lago Garda, nos dias 3 e 4 de maio.

Dias depois, a dupla participou da Semana Olímpica de Garda Trentino, primeira etapa da Eurosaf Campeões Sailing Cup, e terminou em 15º lugar. Em abril participaram da etapa final da Copa do Mundo de Vela da Federação Internacional de Vela (ISAF) em Hyè-res, França. Eles foram a melhor dupla brasileira na classe 470 masculina ao finalizar em 31º lugar entre os 81 bar-cos participantes na competição. As outras etapas da Copa do Mundo que a dupla competiu foram: Melbourne, Miami e Palma de Mallorca. Geison e Gustavo contam com o patrocínio do Banrisul e Corsan e o apoio do COB, CBVela, Veleiros do Sul, Matracafe e North Sails.

CLASSE 470

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ESCOLA DE VELA

Formatura das primeiras turmas deste ano de Optimist e Pré-flotilha

Alunos que concluíram os cursos em agosto

A classe Estreantes ganhou 11 velejadores que concluíram o curso de Pré-Flotilha da Es-

cola de Vela Minuano neste ano. Eles começaram a participar das regatas da FEVERS e representarão o Veleiros do Sul na Copa Brasil de Optimist (Estre-ante), em janeiro de 2015 no Rio de Janeiro, que antecede o Campeonato Brasileiro de veteranos. Todos os alunos passaram primeiramente pelo curso de Optimist (iniciação), para se habili-tarem na Pré-flotilha. Os cursos tive-ram a duração de três meses cada um e no final foram realizadas formaturas na sede da escola com a presença da comodoria, professores, pais e alunos. A EVM conseguiu montar a maior flotilha de Estreantes nos últimos anos graças às mudanças feitas em 2013, após uma reciclagem na es-cola que incluiu até uma nova sede. Esse trabalho contribuiu para a for-mação de velejadores como ressal-tou o comodoro Cícero Hartmann na formatura realizada em maio. “É com prazer que vemos essas crian-ças concluindo os seus cursos de vela. Elas são o futuro e não nos importa se seguirão o caminho da competição. O que vale é que sintam o gosto de na-vegar, de aprender com a vela muitas lições que lhes servirão para sua vida,

Vela e lições de vidaA formação de novos velejadores proporcionou número recorde na flotilha de Optimist

disse Cícero”. Na formatura de agosto o vice-

comodoro esportivo Guilherme Roth falou aos pais sobre o nível da EVM. “Hoje possuímos uma das melhores flotilhas de Optimist do país e temos campeões brasileiro e sul-americano da classe. Lembro que hoje o Clube destaca-se não só na vela de base mas começa despontar na vela olímpica”, finalizou Guili.

O reconhecimento da dedicação da EVM veio também da parte dos pais do alunos. Na formatura Jairo Martins agradeceu o Veleiros do Sul em nome de todos por proporcionar essa opor-

FORMANDOS

Pré-Flotilha: Felipe Gouvea, Gabriel Meneghetti, Fernando Englert, Lucas Mendes e Francisco Ruschel, Pedro

Henrique Amine, Leonardo Caminha, Guilherme Becker de Araújo Santos,

Germano Becker Santos, Erik de Mattos Carpes, Alexandre Becker Santos

e Luan Dullius Martins.

Optimist: Daniela Becker, Lucas Flores, Vicenzo Vecchietti, Pedro Henrique

Blanco, Eduardo Blanco, Gabriel Ramalho

tunidade aos seus filhos. “Estamos con-tentes de vermos nossas crianças vele-jarem, apreenderem lições para suas vidas e desfrutarem esse entrosamen-to social que o ambiente proporciona. Como militar gostaria ainda de des-tacar a liderança do Cássio, que sabe comandar com habilidade a escola.” Numa homenagem surpresa, Jairo Martins entregou três placas com di-zeres de reconhecimento dos pais e alunos pela “dedicação dispensada e conhecimentos transmitidos” ao pro-fessor Mauro Ferreira, ao coordenador da EVM Cássio Lutz do Canto e ao co-modoro Cícero Hartmann.

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Mostrar a vela como uma atividade de potencial es-portivo e de vivência social

levou o Veleiros do Sul a uma política de interação com as entidades de ensi-no. O contato inicial foi entre a Escola de Vela Minuano e o Colégio João XXIII, num evento realizado no dia 24 de agosto que também marcou o encerra-mento das festividades dos 50 anos de fundação do colégio.

A programação reuniu alunos sem experiência na vela e velejadores infan-tis da EVM, além de uma regata da clas-se Optimist do calendário da Federação de Vela do Estado do RS (Fevers). Na atividade dentro do Clube as crianças velejaram em grupos com os instrutores em quatro barcos Elliott 6M, classe que integrou as regatas na Olimpíada de Londres em 2012.

Descobrir o prazer de navegarEvento que homenageou os 50 anos do Colégio João XXIII proporcionou uma experiência de velejar no Guaíba

A experiência de navegar impul-sionado pelo vento no Guaíba foi mar-cante para os alunos. Da orla do Clube os pais acompanharam a movimenta-ção dos veleiros pela baía do Cristal. O comodoro Cícero Hartmann foi um dos timoneiros dos barcos e ficou en-tusiasmado pelo encontro que também contou com a presença das diretoras do João XXIII, Anelori Lange e Maria Tereza Coelho.

“A vela proporciona vida social desde cedo que poderá se estender por toda vida; estimula a autoconfiança, a força física, raciocínio rápido e amor pela natureza. É isso que desejamos passar para elas”, diz Cícero.

O projeto da EVM é manter uma relação com os colégios, com a pos-sibilidade da vela se tornar uma mo-dalidade extracurricular para crianças

Uma tarde de vela no Guaíba para os alunos do João XXIII As crianças experimentaram o trabalho de bordo

Divididos em grupos, os alunos velejaram nos quatro veleiros da classe Elliott 6M

Entrega de medalhas da Escola de Vela Minuano aos participantes do evento

porque alia esporte, diversão e conhe-cimento. O Clube também está em tratativas com o Colégio Leonardo da Vinci da zona sul para que a vela ve-nha a ser um turno estendido aos alu-nos que desejam participar da ativida-de. Para isso a EVM terá aulas em dias da semana, que serão estabelecidas conforme as demandas, além dos fins de semana.

“Não existe um tipo físico específi-co para praticar o esporte, é para qual-quer um - menino ou menina - e não precisa necessariamente se tornar um competidor. Queremos que a Escola de Vela Minuano seja mais uma porta de entrada para novos associados e tam-bém darmos a oportunidade para que as pessoas vejam a vela como uma ati-vidade bem mais ampla em suas vidas”, comenta Cícero.

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Vela Olímpica Veleiros do Sul

Processo: 58701.001898/2011-87Nº SLIE: 1102522-09Proponente: Veleiros do Sul Associação Náutica DesportivaTítulo: Vela Olímpica Veleiros do SulRegistro: 02RS013772007Manifestação Desportiva: Desporto de RendimentoCNPJ: 92.948.785/0001-47Cidade: Porto Alegre - RSDados Bancários: Banco do Brasil Agência nº 2822 DV: 3Conta Corrente (Bloqueada) Vinculada nº 28011-9Período de Captação: 31/12/2014

Tripulações do VDS contam com projetos aprovados pela LIEA Lei de Incentivo ao Esporte permite você ajudar nossos velejadores pelo abatimento de sua contribuição sobre a quantia do imposto devido

O Veleiros do Sul participa do ci-clo Olímpico para os Jogos do Rio de 2016 com as tripulações

nas classes Nacra17, Samuel Albrecht e Geórgia Silva, e 470, Geison Mendes e Gustavo Thiesen. As duplas fazem parte da Equipe Olímpica da CBVela e contam com projetos incentivados pelo Ministé-rio do Esporte abertos a captação para darem suporte as suas campanhas.

O projeto Vela Olímpica Veleiros do Sul destinado à classe 470 já rece-beu o aporte de R$ 272.000,00 e ain-

da está em execução, o seu período de captação vai até 31/12/2014. Partici-pam do projeto as empresas: Borrachas Vipal, Corsan, Metalúrgica Fallgatter e Banrisul Cartões.

O da Nacra17 foi aprovado recen-temente pelo ME com valor para cap-tação de: R$ 676.942,16. Empresários e pessoas físicas já podem investir no Projeto Olímpico Nacra17 pela lei de incentivo fiscal. Os projetos olímpicos têm como objetivo adquirir equipa-mentos, barcos e promover o programa

Veja como é fácil financiar o esporte pela Lei de Incentivo – Pessoa Física

Projeto Olímpico Nacra 17

Processo: 58701.009968/2013-15Nº SLIE: 1307060-60Proponente: Veleiros do Sul Associação Náutica DesportivaTítulo: Projeto Olímpico Nacra 17Registro: 02RS013772007Manifestação Desportiva: Desporto de RendimentoCNPJ: 92.948.785/0001- 47Cidade: Porto Alegre UF: RSValor aprovado para captação: R$ 676.942,16Dados Bancários: Banco do Brasil Agência nº 2822 DV: 3 ContaCorrente (Bloqueada) Vinculada nº 31079-4Período de Captação até: 31/12/2015

Entre no site do Ministério do Esporte: www.esporte.gov.br e dirija-se a parte esquerda > Programas e Ações, entre no link > Lei de Incentivo ao Esporte, depois > Pessoa Física. Nesta página você encontrará um simulador de Imposto de Renda no qual será feito o cálculo para o abatimento de sua contribuição sobre a quantia do imposto devido. Depois de calculado procure acima na mesma página o link: Consulta Projetos Aprovados Aptos à Captação e localize os projetos do VDS. Os dados estão em PDF e podem ser impressos. Na página da Pessoa Física também há um vídeo tutorial que ensina o passo a passo, é simples e rápido.

Ao ajudar o esporte da vela você terá a garantia que seu investimento estará sendo bem utilizado.

Projetos do VDS aprovados no Ministério do Esporte em fase de captação:

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OLIMPÍADA 2016

de treinamento para as tripulações. Regulamentada em 2007, a Lei de

Incentivo ao Esporte permite que em-presas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos nas áreas de ren-dimento, participação e esporte educa-cional. Pela Lei de Incentivo, as empre-sas podem destinar até 1% do valor do Imposto de Renda e ainda acumular com investimentos proporcionados por outros dispositivos legais. O teto para pessoas físicas é de 6% do IR.

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A beleza paisagística do Veleiros do Sul figura em um dos mais importantes registros fotográ-

ficos da Capital gaúcha da atualidade, o livro Porto Alegre, dos fotógrafos Le-onid Streliaev e Adriana Franciosi. O lançamento da edição foi em junho no Clube, nas vésperas do início da Copa do Mundo, com a presença de autori-dades, convidados, comodoria e asso-ciados.

O fotógrafo Leonid Streliaev, as-sociado do Veleiros do Sul, comentou que o Clube está bem retratado no li-vro, sendo sua fonte de inspiração ao seu trabalho, esse em especial já que a temática do Guaíba e a retomada do contato com o rio pelos porto-alegren-ses foi mais explorada. O comodoro Cí-cero Hartmann ainda colabora no livro com um texto sobre o Veleiros do Sul, introduzindo o capítulo que apresenta Porto Alegre e as águas.

Veleiros é inspiração para Leonid

“O VDS participou desta mag-nífica edição e sente-se honrado por isso. Quero agradecer ao Leonid e à Adriana (e também à Rita) por terem escolhido o Clube, por essa parceria. O livro ficou sensacional. Para nós, estar-

mos vinculados a esse projeto, e com o reconhecimento que ele está tendo é bárbaro”, comentou o comodoro Cí-cero que adianta: “no fim do ano os nossos associados terão uma grande surpresa”.

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O Raio de Luar, Delta 36, atracado no Veleiros do Sul à espera da cerimônia de batismo

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ntrei para o Veleiros do Sul no início de 1985, a partir de um conjunto de circunstâncias que iniciaram em minha adolescência (sonho de me tornar velejador a partir de livros e filmes) e me levaram do interior para o desejo do Mar.

Então cheguei no Clube pela mão do Edgar Kuhl, com um RD 16 que achava um iate, mas nunca tinha velejado quando comprei o barco, só tinha a grande expectativa e uma vontade ili-mitada, contando com a paciência do Edgar a me ensinar.

Nestes anos todos, pois estou quase me ju-bilando aqui no VDS, fiz no Veleiros maravilho-sos e eternos amigos, mas, principalmente, estes amigos e esta vivência no clube me levaram a de fato tentar materializar o sonho de velejar para muito longe, se e quando possível.

O desejo deste possível se consolidou como Projeto no feriado de 1º de maio de 2012, quan-do em um alegre grupo de família e amigos, alu-gamos dois barcos mais uma vez da Delta Yacht Charter em Angra, onde sempre fomos atendi-dos de forma VIP, e eu e o Luizinho Ungaretti resolvemos não somente voltar lá navegando, mas irmos além e até onde possível com nossos próprios barcos.

Assim, construímos a ideia de fazermos dois

Sonhos que se materializamPor Cylon Rosa Neto

veleiros Delta 36 irmãos para esta viagem, e por incrível que possa parecer... conseguimos!!!

Assim, em dezembro de 2013 zarpamos com o Projeto de subirmos a costa do Brasil até Fernando de Noronha e depois de lá fazermos a revisão de nossos planos ou retorno para Porto Alegre.

Esta matéria é o relato parcial deste cruzeiro, pois ainda estamos em parte do caminho, mas já realizamos o mais difícil, que é partir...

Partimos no dia 30 de novembro, uma be-líssima madrugada de primavera, um sábado, pois sair na sexta-feira poderia não trazer melhor sorte. A bordo, a Juliana Trein e o namorado Ra-fael, ambos amigos queridos, a “Juju” uma garo-ta muito especial que conheço desde pequena. Eles queriam conhecer a Lagoa dos Patos e eu precisava de companhia, já que a minha família neste período estava comprometida com final de ano escolar e vestibular. A previsão era de ventos amenos e uma navegada supostamente tranqui-la...Não foi bem assim, pois o vento “roncou” na Lagoa, mas era favorável, o Raio de Luar “de-colou” rumo a Rio Grande, a 9 felizes nós na Lagoa, surfando, com direito até a uma mareada ao amanhecer em razão da noite em claro. Já a Juju e o Rafa sempre sorrindo, sempre solíci-

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tos, tripulantes e amigos exemplares. Junto, todo o tempo, trocando ideias e estratégias, o 4Fun com o Luiz Ungaretti, a Suelen, e meus queridos primos Ike e Valéria, “roubados” pelo Luizinho como tripulantes oficiais do 4Fun.

Chegamos na Feitoria no final da tarde do dia 30, muito vento, aí entendo cometemos um erro, deveríamos ter dormido na entrada do ca-nal, pois talvez não desse tempo de chegar ao São Gonçalo antes de escurecer, mas apostamos no horário de verão e ...perdemos. Chegamos na foz com a escuridão, vendo que Deus man-dava e ausência de sinalização, havia uma draga saindo do canal, foi um stress desnecessário fa-zermos o acesso ao São Gonçalo naquelas con-dições, mas por outro lado um alento chegarmos as 22h no Saldanha da Gama e passarmos uma boa noite de sono após a noite anterior em cla-ro navegando, ainda mais com o vento uivando nos mastros...Como tínhamos de estar segunda em Porto Alegre, também entendo “forçamos a barra”, saindo para Rio Grande no domingo pela manhã naquelas condições, deveríamos ter aguardado mais um dia, assim, enfrentamos os canais não sinalizados, as estacas dos pescado-res, as condições desfavoráveis até Rio Grande, chegando após o almoço de domingo no RGYC com porto fechado e vento de até 34 nós nas rajadas. Mas, chegar no RGYC é sempre um pra-zer e fomos carinhosamente acolhidos pelo Guto e sua turma. Para mim, chegar e estar em Rio Grande é sempre uma enorme satisfação e um “astral salgado”, até quando vou a trabalho, des-ta forma, organizamos os barcos, conhecemos os outros barcos que esperavam frente para subir e voltamos para Porto Alegre para buscarmos nos encaixar na próxima janela de tempo.

Um registro é o estado lamentável de nossa sinalização náutica, todas as boias dos bancos da Lagoa dos Patos são virtuais, e os Canais entre a Feitoria e Rio Grande tem boias faltantes, ou apagadas ou deslocadas, além das estacas dos pescadores estarem novamente dentro dos ca-nais, também haver alteração das boias de aces-so ao São Gonçalo, em desacordo com as cartas. O descaso com o modal hidroviário é infeliz-mente somente mais um aspecto da decadência de nosso querido Estado na sua infraestrutura. Aliás, um dos objetivos desta nossa viagem, na minha condição de Engenheiro da área de in-fraestrutura, é avaliar o potencial e a situação de nossas hidrovias e portos, neste trecho inicial a decepção foi grande...já com a Juju e o Rafa,

nenhuma decepção, somente o agradecimento pelo talento deles como tripulantes e pela alegria da companhia, independentemente das condi-ções, só sorrisos de ambos.

Como temos estrela, esperamos somente três dias pela frente, já que haviam barcos es-perando há três semanas, assim, na quinta-feira dia 5 de dezembro, com o querido amigo Luiz Dahlem, com o Eduardo Ribas que migrou para o 4Fun, já que os Primos “roubados” ficaram im-pedidos, saímos cedo do RGYC com o Sul asso-prando com tanta vontade, que deixamos uma lembrança do Raio de Luar em um dos postes de amarração...um dos parafusos do motor de popa do bote torto sempre me deixa o recado desta saída um tanto desastrada...

Fomos avançando devagar com o vento na cara rumo a barra, pois sabíamos que nestas con-dições a saída seria um tanto “emocionante”. Li-guei para o Guto para confirmar a janela de tem-po, me lamentei um pouquinho das condições, ele riu muito e disse:

“Barra de Rio Grande é assim mesmo Ami-guinho” !!!

E lá fomos nós quase sendo engolidos pelas ondas na barra, uma embarcou e quase levou bote e galões e de diesel, assim, um tanto trêmu-los do susto, montamos a primeira boia depois do molhe leste, acertamos o rumo para o norte, o Raio de Luar salgou finalmente a quilha e saiu faceiro cavalgando aquele mar que não era nada amistoso, mas nos era favorável, aliás, a única forma de ir para Florianópolis, com a janela de tempo de sul.

Como estávamos somente dois a bordo, este início foi um pouco complicado, já que precisá-vamos nos organizar e concatenar nossa navega-

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Mergulhando no Arvoredo com a Gabi

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da com o 4Fun, por segurança e pelo prazer da companhia. Saíram conosco também o Oceano e o Bepaluê, este com o “outro” Luizinho, de Pe-lotas, mais 2 barcos Argentinos e 2 americanos, também o Muçum, soubemos depois, sendo que um dos argentinos, o New Life do Comandante Ernesto, tive o prazer de um contato mais próxi-mo e fizemos amizade. Esta talvez seja a maior riqueza da ideia de uma viagem de cruzeiro, as amizades que a gente constrói ou reforça, mais no nosso caso, a convivência familiar, prevista a partir de Florianópolis, é eu penso maior valor agregado previsto neste Projeto.

Com um sul estabilizado entre 20-25 nós lá fomos nós rumo a Florianópolis, pois depois de sair da barra de Rio Grande, não tem arrepen-dimento, só volta se a janela de tempo não se confirmar e o “nordestão” te mandar de volta...Como a janela se confirmou e Junção Rádio mais Osório rádio somente faziam previsões agouren-tas, nos restava rezar e desejar que estivessem errados e as coisas não tão ruins quanto eles pin-tavam nos avisos de mau tempo...

Cansados, um tanto estressados, não apro-veitamos muito este primeiro dia e primeira noite, nos alimentamos mal, estávamos um pouco ma-reados e a necessidade de atenção à noite com pesqueiros e redes, mais as incertezas do tempo, nos cobraram um tributo de desgaste que terí-amos de administrar. O Luiz é um grande cara, alto astral, mesmo mareado, sempre brincando, nós em contato permanente com o 4Fun trocan-do ideias, tivemos então de mudar de atitude, ao amanhecer sem dormir nos banhamos, nos ali-mentamos e mudamos de estratégia, afastando da costa, indo direto para Santa Marta, para não

termos outra noite embolados com pesqueiros, redes e luzes misteriosas ( depois descobri que a cidade alienígena a leste era a P68, que havia saído de Rio Grande 1 dia antes...). Com esta ação o astral mudou, recebi uma chamada de Osório rádio com o Primo Cylon de Florianópo-lis confirmando a previsão do tempo e preocu-pado porque não havia enviado sinal do SPOT durante a noite.

Nossa janela foi tão perfeita que pegamos nordeste na Ilha de Coral, assim, com este vento, foi tranquilo entrar na barra sul de Florianópolis e chegamos com direito a uma ótima acolhida no Veleiros da Ilha.

Passamos janeiro e fevereiro aproveitando os fins de semana, e, finalmente, no dia 1 de março, sábado de carnaval, zarpamos para nos-so objetivo de maio de 2012 que era voltarmos a Angra com nossos barcos, agora, com a famí-lia completa a bordo, mais o Primo Cylon e a Adriana, no 4Fun o Luizinho e a Suelen, mais os queridos “primos roubados”.

Fomos também muito felizes nesta etapa, pois além de velejarmos em família, tivemos muito sucesso com o tempo, pois pegamos mar difícil somente entre Paranaguá e Santos, em uma noite dura, com vento e corrente contra, porém, fomos tão bem acolhidos no Iate Clube de Santos, que ligeiro esquecemos as agruras deste trecho mais longo e sem paradas.

Este é um registro que merece ser feito, tive-mos acolhidas fantásticas no ICSC, no Capri Iate

Math e Gabi aproveitando até as redes sociais a bordo

Esta cavala estava uma delícia... de pescar e degustar!!!

CRUZEIRO

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O MINUANO 13

Clube, no Iate Clube de Santos, no Iate Clube de Ilhabela e no Iate Clube de Ubatuba. Na via-gem, conhecer estes lugares deixou um gosto de ter ficado mais e de aprofundar o conhecimento local e das pessoas. Infelizmente não tínhamos este tempo de nos inserir na vida de cada um destes lugares, ficou o gosto de querer mais...

Além de mares lindos das latitudes mais amenas a partir de Florianópolis, tivemos pesca-rias, golfinhos, paisagens belíssimas, encontros e conversas com navios, contato com pessoas que não conhecíamos e passamos a admirar, além do aprendizado que uma navegada longa assim nos traz, mas, especialmente, tivemos o privilégio de navegar em família e com amigos de toda uma vida. Até jogamos mensagens em garrafa no mar, a qual depois foi encontrada e fiz mais um ami-go...até uma tartaruga doente tentamos salvar, sem sucesso.

Quando montamos a ponta da Joatinga, até me emocionei, pois foi um desejo de tantos anos acalentado, desde a época da revista “4 Rodas Mar-década de 70”, e então, de repente, a gen-te o vê realizado. Também conhecemos alguns

Tripulações do Raio de Luar e do 4Fun desfrutando os prazeres da acolhida em Ilhabela

lugares surpreendentes como a Ilha Anchieta, com seu museu e parque estadual, São Francisco do Sul com suas peculiaridades, Santos com sua infraestrutura, Ubatuba com suas surpreendentes belezas, além dos recantos ainda desconhecidos e que aos poucos vamos tentando desbravar da Baía da Ilha Grande e Paraty, começando pelo Saco do Mamanguá, Ilha da Cotia e outros.

Chegamos por fim em Angra, na Marina do Bracuhy, para sermos calorosamente recebidos pelo Alexandre Northfleet da DYC, amigo que conquistamos ao longo dos anos de nossos “ape-ritivos” de cruzeiros anteriores de exploração da Ilha Grande nos veleiros alugados. Aliás, um con-vite aos nossos associados, se quiserem velejar na Baía da Ilha Grande, procurem o Alexandre.

Com esta atracação feliz em Bracuhy, con-cluímos a primeira parte deste cruzeiro planeja-do pela costa do Brasil, agora temos de trabalhar para viabilizarmos continuar a rota para o norte, até Fernando de Noronha e talvez além, mas esta etapa terá de ser em 2015, quando espero ter a honra de voltar a este espaço no nosso querido Minuano. Até lá!!!

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Quase pronto para navegarom o casco praticamente todo completo, o ve-leiro em construção do nosso associado Paulo Ju-lius chama atenção de quem passa pelo hangar de obras do Clube. O projeto feito por ele mes-mo em madeira deverá ficar pronto até o final do ano. Mas Paulo não gosta de colocar prazo certo, porque construir barcos de forma amado-ra é uma espécie de diversão que o acompanha desde cedo nos seus 80 anos de vida.

A obra teve início em maio de 2013 e está

andando conforme seu plano. “Irei completar o banheiro, cozinha, beliches, paiol de âncora e o berço do motor. Logo tudo ficará pronto e pode-rei fechar a parte de cima da cabine”, comenta o nosso navegador. Na segunda fase virá o aca-bamento externo, com a laminação do casco em fibra de vidro. E então, provavelmente, podere-mos ver o seu veleiro de 7m20 de comprimento por 3m30 de largura navegando pelas águas do Guaíba.

O MINUANO14

C

VELA

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Homem-âncora Por Capitão Ahab

O ocorrido se deu lá nos anos 70

em uma embarcação de madeira

entre 23 e 24 pés envolvendo três vele-

jadores. O rumo era a Ponta Escura, de-

fronte ao Farol de Itapuã (RS). Lá pela

terça-feira eles iniciaram a organização

da velejada traçando a rota e na sexta-

feira saíram lá pelo meio-dia, ávidos

pela aventura.

Era a primeira navegada do gru-

po naquela área e a chegada foi bem

Explosão Por Astélio Bloise dos Santos

Na Comodoria do Augusto He-

cktheuer (1976 - 1978) eu era o

vice-comodoro de Patrimônio. As esta-

cas originais da marina, em eucalipto,

não eram tratadas e estavam apodreci-

das. Então para substituí-las resolvemos

não cortar as antigas estacas abaixo do

nível do lodo para que não prejudicas-

sem uma futura dragagem. Para isso

contratamos um serviço de explosão

por cordéis detonantes e depois de ob-

termos todas as licenças e assinarmos

documentos de responsabilidade con-

forme as exigências de segurança, de-

estudada, já que próximo à Ponta Es-

cura há um baixio perto do canal, esse

bem profundo. No trajeto, os três fize-

ram uma reunião a bordo que definiu

o fundeio. Chegada a hora de fundear,

enquanto um cuidava do motor tempe-

ramental do barco, o segundo ficaria no

timão e o terceiro recebeu ordens de ir

para a popa e lançar a âncora.

Conforme combinado, o timoneiro

deu a ordem, o motor foi desligado e

mos início aos trabalhos.

Para isso, tivemos que suspender a

circulação de pessoas no Clube durante

a das detonações, alertando inclusive

com placas e avisando a todos. Mas ha-

viam sócios que tinham dificuldade de

seguir as regras.

Um dia, durante a execução do

trabalho, o mergulhador não pode

completar a explosão de duas esta-

cas no trapiche do meio, em razão do

adiantado da hora, deixando para reto-

mar a detonação daquelas estruturas no

dia seguinte. Essas estacas estavam lo-

O MINUANO 15

calizadas exatamente na proa do barco

de um desses sócios, chamado Vinícius

Maisonnave, que tinha por volta de 70

anos. Ele chegou ao Clube e foi dormir

no barco, ignorando todos os avisos.

No dia seguinte, por volta das sete

da manhã, tudo pronto para a retoma-

da do trabalho, e finalmente partimos

para a detonação daquelas estacas.

Booooooooom! Explodiram-se as esta-

cas. Nisto sai de dentro do barco o Mai-

sonnave, mais branco que papel, muito

bravo, xingando todo mundo. Tivemos

que rir!

assim que foi dado o ok para o lança-

mento da âncora, o terceiro tripulante,

que entendeu errado a combinação, se

lançou na água junto com a âncora. Os

outros dois tripulantes correram para

acudir o tripulante que emergia e sub-

mergia agarrado à âncora. O velejador

foi resgatado do canal e essa tentativa

de fundeio na Ponta Escura com um

homem-âncora virou uma grande his-

tória!

Desequilíbrio de sóbrio Por Roberto Schmitz

Num desses finais de semana estávamos com a família curtindo as delícias da

ilha Chico Manoel junto a outros associados. Chegou à noite e fomos para o

barco, que estava ancorado no trapiche. Enquanto nos preparávamos para dormir,

ouvimos um barulho forte, típico de algo que caiu na água. Saímos e começamos

a olhar em volta para vermos alguma coisa quando ouvimos uma pessoa gritar na

escuridão: “Aqui, aqui é o Morandi!”. Era o nosso ex-prefeito da ilha Chico, Luiz

Morandi, comandante do veleiro Chamonix que havia se desequilibrado e caído

na água. Corremos para ajudar, mas antes de qualquer reação, ele não deixou por

menos e se adiantou: “Mas vejam bem, eu não estou bêbado!”

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Passagem pelo Cabo HornO projetista naval argentino Néstor Volker conta sobre sua navegada pelo extremo sul do continente americano

VELAS LATINO-AMERICANAS

“Mesmo vivendo nestas latitudes, curiosamen-te, nunca tinha navegado pelo Cabo Horn e Antár-tida. A oportunidade que me havia surgido em altas latitudes foi percorrer a Northwest Passage, entre o Pólo Norte e Canadá, no outro extremo. Conforme escrevi no Minuano (nº 128 -2012).

Desta vez naveguei num catamarã à vela de 30 metros de comprimento por 13m10 de largu-ra, chamado Ice Lady Patagonia II, projetado por mim. Os donos deste grande catamarã decidiram se juntar ao Encontro Velas Latino-americanas 2014, ocorrido em março, onde participaram os navios veleiros das marinhas de alguns países sul-america-nos: Cine Branco (Brasil), Libertad (Argentina), Es-meralda (Chile), Simon Bolivar (Venezuela) Guayas (Equador) e Gloria (Colômbia).

Com só uma navegada científica relativamente longa no Atlântico, o novo catamarã teria sua prova de fogo pelas altas latitudes do Sul. Fui convidado para fazer as etapas de meu gosto, e assim não quis perder a perna de Ushuaia a Punta Arenas com o Cabo Horn, incluído. Pensei que o vento seria mais amigável nesta época, já que no outono/ inverno quase não há vento, ao contrário do verão, quando sopra muito forte.

Cheguei de avião a Ushuaia e me dirigi direta-mente ao barco que estava amarrado ao molhe junto dos navios escolas. Estes estavam abertos à visitação e havia muita gente dentro deles ou admirando-os do molhe. Cheguei perto do meio-dia e a bordo do Ice Lady ocorria um almoço para os comandantes de todos os navios, entre os quais o capitão do navio brasileiro Cisne Branco, com quem estabeleci uma boa amizade. De uma excelente simpatia. À noite tivemos outro encontro de muitas recordações no Libertad e na noite seguinte outro tanto no Cisne Branco, onde fui amavelmente recebido.

Na manhã seguinte partiram todos os barcos, sete e mais os de apoio, até o famoso e temido Cabo Horn, para desfilar ali com as velas enfuna-das e no dia seguinte serem filmados de um heli-cóptero. Partimos rumo ao Atlântico passando en-tre Puerto Williams e Estancia Harberton, deixando por boreste as ilhas Picton e Lennox, e uma vez no Atlântico rumo sul até a altura do Cabo Horn. Nesta parte, em que se encontravam ventos relativamente suaves com algumas rajadas mais fortes, só nós na-vegamos à vela. Dali até o Cabo Horn, nós decidi-mos seguir a motor passando de Leste a Oeste com vento de proa relativamente fraco.

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Reunidos os barcos a Oeste do Cabo Horn, todos içaram as velas e passamos enfileirados no-vamente pelo Cabo na direção Leste com vento de uns 20 nós de popa, enquanto éramos filma-dos de um helicóptero. Quem diria que passarí-amos por este lugar de tormentas com uma brisa e tempo excelente. Foi um presente!

Deste ponto tivemos que voltar pelo mesmo caminho que fizemos na ida, isso porque os chi-lenos, por algum motivo que desconhecemos, não permitiram que navegássemos pelo canal Murray, o que deixou mais demorada a nossa navegação. A volta foi de incrível calmaria, vol-tamos a passar por Ushuaia, dessa vez à noite, e continuando no rumo Oeste pelo Canal de Bea-gle, até o amanhecer, onde deslumbramos umas paisagens incríveis.

Montanhas com paredes altíssimas por nos-sos costados, incríveis geleiras com blocos de gelo que caem desde os picos até a água dos canais e alguns ficam como icebergs flutuantes. Para quem aprecia tanto a natureza, como eu, é um verdadeiro presente para os olhos. Tudo mui-

Navios atracados no porto de Ushuaia

Rota feita pelos barcos

to lindo até passar o meio-dia, quando terminou a calmaria e começou a soprar um vento, como de costume de proa, e de uns 40 nós de inten-sidade constante. Mas não foi só isso, as rajadas começaram a atingir 60 nós, em seguida 70 - e nesta condição já levantava uma neblina de água que voava pelo ar e anulava a visibilidade quase por completo. Sopraram rajadas de 80 e 90 nós e em seguida duas que passaram dos 100.

VELAS LATINO-AMERICANAS

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Veleiros navegam pelo Cabo Horn

Cisne Branco da Marinha brasileiraO Ice Lady Patagonia II, catamarã de casco de alumínio projetado por Volker

Os para-brisas do catamarã frequentemen-te congelavam e enxergávamos, se é que pode-mos dizer isso, somente pela parte central do disco que gira em alta velocidade para tirar fora a água ou gelo do vidro, por força centrífuga. Devo confessar que gostei disso. Éramos o único barco que podia avançar nas rajadas mais fortes – claro que com o motor acelerado no máximo e só navegando a 1,5 nós de velocidade. A ca-bine do timoneiro era bem fechada e tínhamos boa calefação. O barco, por ser catamarã, até podia deixar as garrafas em cima da mesa já que não caiam, diria que era maior o cabeceio que o rodeio.

Esclareço que essas rajadas são fenômenos térmicos locais, chamados Williwaws e que du-ram de 10 a 30 segundos, parece pouco, mas a sensação é de um tempo enorme. Em seguida vi-nha uma calmaria, porém logo se observaria que na verdade era porque a intensidade caia para 40 nós. Acostumamos com o relativo.

Ao anoitecer iam dois navios que haviam ficado para trás por não poderem avançar con-tra o vento, o Simon Bolivar e o Cisne Branco. Também passamos pelo Guayas. O Esmeralda ia à frente seguido pelo Libertad e Gloria. Quanto a nós, o nosso radar pifou e o ploter parecia ter enlouquecido às vezes nos indicava que navegá-vamos por cima da costa do lado Norte e outras, por cima do lado Sul do canal. Não sei se era um problema das cartas ou dos satélites com relação

a esta parte do planeta, já me comentaram que se um barco está fundeado nas altas latitudes a sua posição poderá apresentar diferença entre manhã e tarde.

Na falta do radar resolvemos que durante a noite seguiríamos a luz de alcançada do Gloria, porém, ao anoitecer nos veio uma dessas rajadas

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Anemômetro com a marcação da velocidade do vento

Gloria, da Colômbia, sendo empurrada pelo forte vento de costado

A beleza dos ventisqueros era apreciada durante a navegação

fortíssimas e a última coisa que enxergaríamos eram o Libertad e Gloria navegarem adernados levados pelo vento de costado. Justo ao entra-rem num estreito formou-se uma nuvem de água que voava pelo ar e não deixava vermos a luz de alcançada. Nesse momento propus não se-guirmos e passarmos à noite indo e vindo pelo mesmo trajeto dentro de um espaço de 8 a 4 milhas de distância que aparecia no ploter, e por sorte todos estavam de acordo. Navegamos as-sim a noite inteira.

Na manhã seguinte fomos pelo estreito pas-sando por lugares que à noite sem radar seria um total perigo. À tarde chegamos ao Pacífico, às ondas eram de 4 a 6 metros de altura, po-rém não nos afetava muito. Ali voltamos a pas-sar pelo navio Guayas que havia seguido toda à noite navegando e nos metemos no Estreito de Magalhães, seguindo para Punta Arenas. Como

o vento era firme, abrimos a traquete na proa e navegamos somente com essa vela. À noite che-gamos ao lugar de encontro, próximo a Punta Arenas, e onde há muito já estavam arribados o Esmeralda e o Libertad. Na manhã seguinte par-ticipamos do desfile em frente a Punta Arenas para finalmente fundear.

Punta Arenas é uma cidade extremamente organizada e com bom nível econômico. Antes de existir o Canal de Panamá era a passagem entre o Pacífico e o Atlântico. Fomos ao museu onde está a réplica do barco do navegador Fer-não Magalhães, que realizou a primeira circum-navegação ao globo de 1519 até 1522. Incrível que conseguiram passar com um barco daquele tipo nessa zona. Só a paciência de esperar pelo bom tempo poderia ter feito isso. Também está o barquinho com que Shackleton e sua tripulação escaparam da Antártida quando seu navio foi preso e esmagado pelo gelo e com ele chegou até as ilhas Geórgias, numa incrível façanha.

A Northwest Passage, se comparado com o Beagle, segue sendo a melhor aventura, e ainda vimos os ursos polares, por outro lado, aqui no Sul as paisagens são muito mais lindas. A primei-ra está a 75º de latitude Norte e aqui se está a 56º Sul, ou seja, bem mais longe do Polo. Espero que em outra oportunidade, não muito distante, possa contar sobre a Antártida.”

VELAS LATINO-AMERICANAS

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O MINUANO 21

Navios atracados em Punta Arenas

Navios seguindo pelo Canal de Beagle

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Sharpie 12m² internacional já foi uma classe de grande prestígio na vela e marcou sua presen-ça como um dos primeiros barcos monotipos do iatismo. O seu criador foi o projetista J. Kro-ger, vencedor entre 37 inscritos no concurso organizado pela Associação Alemã Yachting o Deutcher Segler Verband em 1931. Logo teve rápida aceitação entre outros países como, Inglaterra, Holanda, Austrália e Portugal. Em 1933 a classe Sharpie 12m² foi reconhecida como classe internacional pela Internacional Yate Race Union (IYRU) a federação interna-cional de vela na época.

No Brasil a Associação dos Veleiros da classe Sharpie comemorou os seus 80 anos de fundação. A Associação foi criada em 4 de

Sharpie: Lembranças de um passado de glória na vela

Veleiros do Sul foi o vencedor do primeiro Campeonato Brasileiro da classe Sharpie, em 1944, com a tripulação formada por Hugo Baumann e Arno Albino Eli.

agosto na sede do Clube dos Caiçaras. No en-tanto a classe Sharpie 12m² internacional sur-giu no Brasil um pouco antes. Em 1932 os pri-meiros barcos foram construídos no Iate Clube Brasileiro, em Niterói, e em 1935 começam surgir as primeiras flotilhas e regatas na Baía da Guanabara. O Clube dos Caiçaras, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ganhou mais adeptos por melhor se adaptar as condições de velejar em águas abrigadas. O barco nacional foi aprova-do pela Square 12 Association Class, com algu-mas modificações, em 1944, e foi autorizado a participar de competições internacionais.

O Veleiros do Sul nasceu no mesmo ano da AVCS e foi o precursor da classe no Sul. As experiências adquiridas com as primeiras rega-

As primeiras regatas da classe começaram em 1935 em Porto Alegre

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MEMÓRIA

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tas evidenciaram aos gaúchos a necessidade de adotar um monotipo e este foi o Sharpie 12m² Internacional. A construção dos Sharpies teve inicio com a aquisição do desenho do barco trazido da Alemanha por Roberto Bromberg, que integrou o grupo de fundadores do Clube, em 1934. A primeira regata da classe Sharpie foi organizada em abril de 1935. A raia foi de-marcada por três boias na zona portuária do Guaíba, uma em frente da sede do Frigorífi-co no cais do porto, a outra no aeroporto da Companhia Condor e a terceira na Ilha Gran-de dos Marinheiros. Roberto Bromberg foi o vencedor da competição.

Pouco tempo depois, nas comemorações da Batalha Naval do Riachuelo, foi realizada uma competição com o Yacht Club de Porto Alegre. Este clube, de efêmera existência, si-tuava-se na Tristeza. Leopoldo Geyer sempre teve o desejo de popularizar o esporte da vela. Preocupado com isso, criou, em junho de 1935, a “Caixa Cooperativista”, com o objetivo de proporcionar financiamento da compra de barcos visando a Regata Farroupilha, primeira competição interestadual de vela no país reali-zada em novembro do mesmo ano.

Walter Bromberg, primo segundo de Ro-berto, tem boas recordações do Sharpie. “Eu velejei nele quando jovem e na época era con-siderado um ótimo barco, porém não era es-tanque, em condições de ondas maiores a água entrava e precisava ser esgotada manualmente, senão, desestabilizava a embarcação. Acho que

Sharpies no trapiche do Clube sendo preparados para uma competição em 1935

Regata Bronze Amizade, competição entre velejadores gaúchos e catarinenses. Foto do torneio de 1943

se pudesse contar com uma armação moder-na, ao invés de mastro e retranca de madeira, teria superado até o 470 em rapidez. As velas, tipo carangueja, eram de algodão importadas da Alemanha e tinham um pano bem fecha-do e leve, porém havia a preocupação de não molhá-las para não ficarem deformadas”, con-ta Walter, que aos 83 anos continua a velejar. Na história do Veleiros do Sul, o Sharpie es-creveu nomes memoráveis como o de Hugo Baumann, Roberto Bromberg, Hugo Lemcke, Erwin Ettrich, Eberhard Herzfeldt, Alfredo Ber-cht, Frederico Cativelli, Bruno Richter, Man-fred Flöricke, entre outros. Estes foram respon-

O MINUANO 23

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sáveis por uma série de importantes prêmios e títulos nacionais, tanto individuais como por equipe.

A aprendizagem era longa e difícil, porém teve grande número de velejadores por conta da sua velocidade e sensibilidade. Chegou a ser a classe de monotipos mais numerosa por vários anos no país. No seu auge, entre a dé-cada de 40 e 50 haviam 175 barcos inscritos na AVCS. O Sharpie viveu seu bom momento quando passou a ser Olímpico, nos Jogos de Melbourne, em 1956. O Brasil foi representa-do pela dupla de gaúchos Alfredo Bercht e Rolf Bercht, que ficou em 12º lugar, e a conquista do título mundial por Fernando Melcher em 1957. Sua popularidade foi perdendo espaço para o Snipe, de custo mais barato e mais leve

Sharpies do VDS chegam de caminhão em Florianópolis para o campeonato Brasileiro de 1966

Barco Inca da dupla gaúcha Alfredo Bercht e Rolf Bercht que representou o Brasil na Olimpíada de Melbourne, em 1956

Flotilha velejando no Saco dos Navegantes no final da década 30

e para os barcos de casco de fibra.O Sharpie 12m² é um barco de meio con-

vés, com bolina móvel, armado em sloop com área de vela carangueja de (12m²). Construído com cavernas em V.

DADOS TéCNICOS:

Comprimento: 5,99mLinha d´água: 5,40mBoca: 1,40mCalado: N/DÁrea vélica: 12m²Deslocamento: 350KgProjetista: J. KrogerMaterial do casco: Madeira

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MEMÓRIA

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região alpina do norte da Itália abriga alguns dos mais belos lagos da Europa. O lago de Garda, com aproximadamente 50 km de extensão e mais de 369 km2 de área, é o maior do país, com profundidades que ultrapassam 340 metros em alguns pontos e água azul intenso. Ao seu redor estão mais de 45 povoados. No extremo norte, província de Trento, encontra-se Riva del Garda, local de partida da travessia; no extremo sul, província de Bréscia, está Sirmione, local da chegada.

O percurso foi de 49 Km, realizado em 7h20 min. Foi utilizada uma prancha race 14’ x 25”. Os primeiros 20 Km foram com vento de até 15 nós de través ¾ e ondinhas pequenas e picadas. Após, com a parada total do vento, o desafio passou a ser tolerar o calor, que chegou a 33°C. O ar bastante seco fez com que o consumo de líquidos para hidratação ultrapassasse os 6 litros,

Travessia do Lago de Garda

STAND UP PADDLE

Por Geraldo G. Gomes da Silveira

Riva de Garda, local de partida da aventura pelo famoso lago italiano

os quais foram levados em uma sacola estanque sobre a prancha.

O cenário é impressionante durante todo o trajeto! Cercado de penhascos rochosos debru-çando-se sobre as águas e montanhas que, mes-mo nos dias quentes de verão, têm seus cumes cobertos de neve, o lago de Garda é marcante! Os povoados incrustados entre os rochedos tam-bém chamam a atenção pela beleza. Na vegeta-ção da região destacam-se limoeiros e oliveiras, sendo que o azeite de oliva extra virgem e o limão são ingredientes indispensáveis na culinária local.

A sensação de remar com profundidades superiores a 300 metros é muito interessante! Na prática pode não fazer muita diferença 30 ou 300m, mas o sentimento é realmente estra-nho, algo meio maluco! O final da travessia foi no castelo Scaligero, na pitoresca península de Sirmione.

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Geraldo achou a experiência affascinante

Geraldo remou mais de sete horas para completar o trajeto de 49 km

A orla do lago é marcada por penhascos rochosos e mais de 45 pequenos povoados

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Mesmo nos dias quentes os cumes ficam cobertos de neve

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ma das equipes mais tradicionais, o Angela Star é estrela de primeira grandeza da vela nacional. O velejador Manfredo Flöricke, associado do Velei-ros do Sul veleja há quase 15 anos na tripulação do barco de Peter Dirk Siemsen, que hoje nave-ga sob o comando do neto Francisco Siemsen Bulhões C. da Fonseca.

Nesse período, Manfredo velejou em dois dos seis barcos Angela Star, no Angela Star V, um Beneteau 47.7, e no Angela Star VI, um Grand Soleil 46, barco italiano que chegou ao país em 2012. “No ano passado tivemos resultados bem significativos com ele. Fechamos o ano como campeões brasileiros do ranking ABVO na Clas-se ORC Internacional e IRC. No Rio Boat Show deste ano recebemos a premiação do Presidente da ABVO, Lars Grael”, comemora.

Lars inclusive já velejou com o Angela Star, assim como Torben Grael e Mauricio Santa Cruz e tantos outros importantes velejadores brasileiros, que no mês de abril reuniram-se para comemorar 30 anos da equipe, que traz na tripulação, além do comandante Pedro Siemsen, Ângela Siemsen (filha de Peter que originou o nome do barco),

A bordo de uma estrelaVelejador experiente, Manfredo Flöricke relata como é integrar a equipe Angela Star

Luis Fernando Fabbriani, Norman Macpherson, Andre Lekszycki, Luis Marcelo Maia, Carlos Mes-quita e Benedito Conceição dos Santos, marinhei-ro da série de barcos Angela Star há 30 anos.

“O Peter é um grande entusiasta da vela. Participamos de todos os circuitos de vela nos últimos anos, entre elas a Regata Recife - Fernan-do de Noronha e a Aratu Maragogipe, entre mais de 400 barcos”, relata Manfredo. Para o gaúcho, correr no Angela Star VI é estar em uma grande família. “Velejo com eles há muito tempo e al-guns tripulantes têm filhos da mesma idade dos meus, que estão grandes agora, mas que quando pequenos brincavam juntos”, diverte-se.

E como todo time vitorioso, o Angela Star também tem os seus rituais, conforme relata Manfredo. “No barco, depois das regatas, é feito um brinde com champagne, sempre! Tem uma placa no barco com a frase do Napoleão Bona-parte que diz ‘Champagne, na vitória merecemos e na derrota precisamos’. Essa confraternização é muito boa. O ambiente a bordo é maravilhoso, todos velejam pelo simples prazer de velejar”, afirma.

Manfredo trimando o balão do Angela

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GENTE NOSSA

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O Veleiros do Sul foi seu quintal e desde cedo aprendeu a navegar com o vento do Guaíba. Por isso, José Peña Távora,

40 anos, diz que mesmo quando viveu fora do país a lembrança do Clube sempre esteve em sua mente. E depois que voltou para o Brasil não mudou nada.

Zézinho ou Pepe Távora, como é conheci-do por todos, cedo começou a velejar incenti-vado pela família (ele é filho do associado José Pinto de Miranda Távora, o “Mãe” do Grupo dos Cruzeiristas). “Comecei na Escola de Vela Minuano na época do Carvalho Armando (pri-meiro diretor)”, conta. Depois de velejar na classe Optimist passou a se dedicar ao Pinguim, Snipe, Laser 470 e Oceano.

Além de velejar ele também começou a trabalhar com pequenos reparos em barcos. Em 1998 foi morar em Portugal e na Europa começaria sua trajetória profissional na vela, sendo tripulante e técnico de reparos de bar-cos. Construiu quatro Snipes com sua marca Brazilsailing Pepe Távora.

Como prestador de serviços - trabalha com compósitos - ou velejador, ele participou das mais importantes competições e circuitos de vela: Volvo Ocean Race, Barcelona World Race, Vendée Globe, Audi Med Cup - durante

O retorno para casa

Samuca e Zezinho no Open Nacional de Snipe na Espanha em 2012

quatro anos -, Copa Del Rey. “Fui proeiro do Aifos, TP52, comandado pelo Rei Juan Carlos”, conta Távora. Portugal era sua base, mas costu-mava se deslocar para a Espanha, Itália, França e Grécia. Em 2013 voltou ao Brasil, “estava já me sentindo um exilado”, diz Pepe Távora que busca dar continuidade ao seu trabalho aqui, e, claro, perto do Veleiros do Sul.

O associado Geraldo Sperb foi agraciado com a comenda de cavaleiro da Ordem do Mérito Naval, ao lado dos generais coman-dantes do Comando Militar do Sul e outras autoridades, no dia 11 de junho em Rio Grande, data que também é comemorada a Batalha de Riachuelo.

A aposição da medalha foi feita pelo al-mirante Leonardo Puntel, atual comandante do 5º Distrito Naval no Rio Grande RS. Ge-raldo Sperb é presidente da Sociedade Ami-gos da Marinha, Porto Alegre (SOAMAR).

Geraldo Sperb (C) recebendo a comenda no 5º Distrito Naval

Ordem do Mérito Naval para Sperb

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stamos vivenciando uma redescoberta do Guaí-ba. A cada dia mais pessoas encontram em suas água uma forma agradável de aproveitar a vida. Essa nova postura do porto-alegrense faz a ale-gria dos Schultz, família que encontrou na nave-gação o seu ofício.

Às vésperas de completar seus 40 anos a Sul Náutica, comércio de artigos náuticos fundado por Rudi Schultz, serve não só aos navegadores gaúchos como também a muita gente do resto do país que encontra na loja produtos e um jeito familiar de atender.

Rudi Schultz começou a velejar aos 14 anos. Hoje, com 70, relembra que descobriu a vela com dois ícones da vela gaúcha. “Eu jogava bola com o Dedá (Carlos Henrique De Lorenzi) e o Boris Ostergren era nosso colega. Um dia, está-vamos sem muito o que fazer, procurando por novidades. Boris nos convidou para conhecer a vela e desde então ela nunca mais saiu das nos-sas vidas”, contou o empresário.

Começou como lazer, mas ao perceber a oportunidade, Rudi transformou a navegação em negócio. “A loja iniciou simples, tínhamos

Uma história de famíliaRudi Schultz conta como a paixão pela náutica virou negócio

Danilo e Rudi, duas gerações unidas pela água

poucos fornecedores. A maioria do material era importado já que ferragens, moitões, quase não existiam por aqui. Quem fazia alguma coisa era o Romeu Gloor, fazia manilhas e moitões ar-tesanais, bons porém simples, não tinha nada roletado”. Daí em diante o empreendimen-to cresceu, chegando a representar estaleiros vendendo Laser, Hobie Cat e Prancha a Vela e posteriormente Day Sailer, Ranger e O’Day. “A gente sentia que qualquer coisa que fazíamos tinha retorno”, disse.

Nessas alturas Rudi passou a contar com a mão de obra familiar. Todos os filhos trabalharam na loja, mas Danilo, que trabalha com o pai des-de a adolescência e vem assumindo a gerência acompanhou mudanças de rumo na atividade náutica: as lanchas ganharam maior espaço.

“A correria do dia a dia influencia direta-mente no lazer. O cara, quando escolhe algu-ma coisa para se divertir, pensa que o veleiro vai precisar primeiro aprender e a lancha é como um automóvel,comprou, já sai usando”, avalia Danilo que assim como Rudi acompanhou o crescimento da motonáutica recreativa. “Foram criadas marinas, surgiram lojas náuticas, grandes investimentos. Os clubes também começaram a abrir mais espaço para as lanchas, visto que a demanda de espaço para elas cresceu. Isso evi-dencia um desenvolvimento grande na cidade, do poder aquisitivo das pessoas”, define.

Rudi e Danilo também têm percebido a busca por um contato mais intenso com a água. No último verão entrou em evidência o Stand-Up Paddle, esporte que já conta com inúmeros adeptos na orla da capital gaúcha e o caiaque também está retomando seu espaço, um cres-cimento, que segundo Danilo, se deu muito em função da chegada do SUP.

O relacionamento foi fundamental para o empreendimento chegar às quatro décadas. Além da venda, os Schultz também dão dicas aos clientes, desde onde navegar, o que usar. “Oferecemos a experiência que o cliente não tem e o conselho que ele precisa”, assegurou Rudi. A fraternidade é uma característica do na-vegador, correto? Pois os Schultz acertaram na mira ao agregar o espírito familiar na atividade profissional.

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GENTE NOSSA

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O visual estava fora de moda, mas o que impulsionou a Como-doria a promover uma refor-

ma completa nos vestiários e banheiros masculino e feminino foi à necessidade de deixá-los adequados as normas atuais de utilização social e a substituição total das colunas hidráulicas do prédio, que vinham apresentando vazamentos crô-nicos, alguns quase indetectáveis, e por outro lado exigiam a retirada de longos trechos de cerâmica.

Na repaginação foram acrescentados outros espaços que se integrarão a sua estrutura, como uma sauna mista - mas-culino e feminino - e banheiro familiar, destinado para crianças que precisam o acompanhamento dos pais, e fraldário. No banheiro feminino uma ante-sala com bancada e espelhos para retoque no vi-sual e maquiagem. As instalações dos banheiros terão ainda duchas íntimas, os chuveiros dos vestiários contarão com bo-xes de vidro. O segundo passo da obra será a criação de um vestiário para pesso-as portadoras de necessidades especiais.

“O projeto foi idealizado para deixar o espaço mais bonito, organizado com uma estrutura adequada ao nível do nos-so Clube. E também era uma necessidade, pois as instalações hidráulicas apresenta-vam constantes vazamentos. Uma refor-ma bem pensada faz toda a diferença”, salienta o comodoro Cícero Hartmann.

Mais obras - O Bar Náutico passa por uma reforma para deixá-lo atualiza-do, com nova pintura, remodelação na sua decoração, melhoria no espaço inter-no, entre outros detalhes. Pedimos a com-preensão dos associados pelo fechamento temporário do Bar Náutico. Em agosto ele já estará disponível.

Outra obra importante no Clube é o prolongamento do trapiche 1 e o novo ordenamento das estacas que ampliará o número de vagas molhadas na marina. Todas essas obras visam aperfeiçoar a es-trutura do VDS e melhor serviço aos nos-sos associados.

Upgrade nos vestiários

Vista superior geral dos vestiários, banheiros e sauna

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PATRIMÔNIO

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Uma festa de sabores e energia contagiante

A noite era de Queijos e Vinhos, mas foi muito mais. O show da Banda Dublê eletrizou o ambiente com ritmos dançantes

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uem esteve no Veleiros do Sul na noite de 28 de junho presenciou uma das festas mais anima-das já realizadas no Clube. Cerca de 400 pessoas participaram do Queijos e Vinhos, festa que ce-lebrou o inverno e abriu as comemorações dos 80 anos do VDS.

Na chegada associados e convidados pude-ram fazer uma foto com o icônico farol do Clube ao fundo. O salão aguardava a todos com uma decoração aconchegante. O Barcelos Gastrono-mia serviu com a qualidade de sempre os quei-jos sortidos, frios e massas que deliciaram a to-dos, harmonizados com os vinhos da Vinhos do Mundo, que sorteou mimos para seis sortudos entre o público.

No final do jantar, hora da festa. O palco se iluminou para a chegada da Banda Dublê que

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O salão recebeu uma estrutura suplementar especialmente para o evento que recebeu cerca de 400 pessoas

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trouxe a sua mistura pop e fez sacudir as estru-turas do Salão Social. O show foi um sucesso e todos dançaram contagiados pela animação do grupo. Após o show o DJ Pedro Martins Costa deu continuidade à noite com os hits do momento.

A comodoria do Clube recebeu muitos pa-rabéns dos associados pelo evento. Ao agradecer o apoio, o comodoro Cícero Hartmann salientou que a sua gestão propôs sair do convencional

para dar uma nova dinâmica ao Queijos e Vinhos. “Demos uma rejuvenescida na festa sem tirar a conexão com o tradicional. Nossa proposta é de um Queijos e Vinhos, leve e divertido e a respos-ta do corpo social foi muito boa. Nossa visão é que a festa de um clube é o momento de encon-tro de todos seus integrantes, assim como nos eventos esportivos, porque a comemoração faz parte de nossas vidas.”

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SOCIAL

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Cozinhar a Bordo é sempre uma delícia, pois o visual do restau-

rante muda a cada jornada, entretan-to alguns itens são muito importantes para se aproveitar ao máximo esses momentos em família ou entre amigos e o mais importante deles é ser práti-co na hora de escolher os ingredientes para se levar a bordo.

Os utensílios como fogão a gás ou elétrico, pelo menos dois tamanhos de panelas e travessas, pegadores, colhe-res para cozinhar que sejam em mate-rial que não risquem nem estraguem as panelas como os de silicone por

BOM A BORDO

Fagottini ao Quatro QueijosPor Vitor Pereira e Ana Mähler Pereira

exemplo, sem esquecer de ter pratos próprios para náutica. Nós usamos de material acrílico, emborrachados na parte de baixo.

Temos algumas receitas que são clássicas em nossos pernoites, seja em água doce ou navegando no mar.

Um desses roteiros foi num local lindo as margens do Guaíba que se chama Praia da Faxina, que, diga-se de passagem, o nome não condiz em nada com o lugar, pois é muito limpo e com um visual agradável, já que fica fora das correntezas que levam dejetos pelo nosso rio.

O cardápio escolhido foi Fagotti-ni recheado ao Quatro Queijos com molho de Tomate Pelado. A receita é simples.

Na panela menor, coloca-se o to-mate pelado mexendo até ferver, de-pois coloca-se o tempero, o sal mari-nho, pimenta e uma pitada de açúcar para tirar a acidez do molho.

Reserve com tampa e parta para ferver a água e cozinhar a massa.

Na panela maior com bastante água se ferve por 10 minutos o Fagot-tini.

Após os 10 minutos, escorra a água, de preferência sem utilizar a pia do barco. Eu sempre prefiro escorrer na plataforma para evitar danos na parte hidráulica da embarcação. Colo-que o molho já pronto na panela da massa e mexa com cuidado para não romper os Fagottinis.

Sirva em pratos fundos de pre-ferência ou os adequados para o seu barco com uma porção generosa de queijo Parmesão Gran Padano ralado na hora (nosso preferido).

Para esse prato acompanha bem uma taça de Vinho Tinto Carmênère, pois se trata de um vinho intenso e adequado a esse prato. Uma bela re-feição em 15 minutos que surpreende a todos que provam!

Cozinha a bordo na praia da Faxina, Guaíba

Preparando o molho de tomate

INGREDIENTES

• 350grdeFagottini• UmalatadeMolhodeTomate Pelado Motti (Italiano)•MeiocubodeTemperopara Legumes• SalMarinhoraladoàgosto• PimentadoReinoàgosto• Açúcar(umapitada)• QueijoParmesãoralado• AzeitedeOliva

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Já gostavas de cozinhar antes ou foram as navegadas que te levaram à cozinha?

As panelas, realmente sempre gostamos de nos divertir em volta de-las. Eu de descendência italiana e a Carmen alemã, só podia dar receitas. O cozinhar para nós faz parte de uma parceria, em que criamos lembrando sempre de algum amigo, de um prato, de um cozinheiro de renome, ou de uma invenção por falta de mais ingre-dientes. Durante anos estivemos no interior de Viamão, todos os finais de semana, as voltas com fogão à lenha, massas caseiras feitas com farinha cin-co zero, molhos que ferviam por cin-co horas, saborosas paellas, feitas por um amigo descendente de espanhol, sempre na companhia de grandes amigos.

Qual é a principal diferença entre cozinhar no barco e em casa?

Para nós é a mesma coisa, pois o “Cozinhando a Bordo” prima pela facilidade das receitas, sempre pen-sando nos nossos amigos a bordo, com suas limitações, sem espaço para grandes churrascos, mas pequenos as-sados com carnes ou frutos do mar, como uma bela lula recheada.

Como recebeste o convite do Popa para fazeres a coluna?

O começo do “Cozinhando a Bor-do” foi uma ideia do Danilo, editor do Popa. Há cinco anos mandei umas fotos de um camarão para ele, tipo: “dá uma olhada e vê como é fácil co-zinhar”. Ele curtiu muito, incentivou e aí fizemos uma parceria, onde o foco,

No comando das panelasNosso associado Luiz Morandi é um às no comando do seu Chamonix e também das panelas. O sucesso de suas receitas o fez receber um convite do site Popa.com.br para escrever uma seção culinária, o “Cozinhando a Bordo” que completou cinco anos com festa no VDS.

a missão e a razão de ser é a amizade com que chegamos a todos que cur-tem o site, e não são poucos.

E como foi a comemoração dos cinco anos do projeto?

A festa de cinco anos do “Cozi-nhando a Bordo” foi ideia do Dani-lo. Sentimos como o site é querido

e como através dele podemos regar nossas amizades, o que é uma receita de vida.

Qual foi a receita mais elogiada pelos leitores?

É difícil enumerar a receita mais famosa, mas, nos cumprimentos, mui-tas homenagens aos risotos.

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CINCO PERGUNTAS

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o dia 09 de maio congregamos um pequeno grupo de amigos, proprietários de lanchas do Veleiros do Sul, visando aproximar uns dos ou-tros. Esta foi a primeira experiência de uma série de encontros. Começamos com um evento que achávamos relativamente pequeno (apesar de termos juntado 12 barcos), nos flutuantes loca-lizados junto a piscina, onde foram contratados os serviços do nosso economato, que muito bem nos serviu de queijos, frios, pães, vinhos e etc.

A ideia era exatamente que todos os parti-cipantes pudessem estar confraternizando junto

Confraria das lanchasPor Luiz Vinícius Mallmann de Magalhães e Celestino Goulart

às suas embarcações, elo de nossa “convivência social náutica”. Como nosso encontro inicial foi de grande sucesso, para os próximos projetamos envolver a comunicação do clube, a fim de di-vulgar e convidar todos interessados em partici-par, adiantando que não ficaremos somente em nossa sede, pois também teremos encontros na bela Ilha Chico Manoel, dentre outros tantos re-cantos a serem explorados. Agradecendo mais uma vez a presença dos que já compareceram, contamos com mais e mais amigos. Aguardem o chamado!

A turma da lancha fez no Clube um Queijos e Vinhos embarcado

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MOTONÁUTICA

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SOLING

Com uma vitória tranquila na última re-gata do campeonato, a tripulação do barco Don’t Let me Down formada por

Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Re-nard conquistou o título Sul-americano da classe Soling de 2014 realizado de 17 a 20 de abril. Além dos campeões, o Veleiros do Sul comple-tou o pódio com a equipe do Bossa Nova, de

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Don’t Let me Down é bicampeão Sul-americano

George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Pin-to Ribeiro, segunda colocada, e a Equilibrium, de Nelson Ilha, Gustavo Ilha e Carlo De Leo. O Don’t Let me Down começou e terminou bem no campeonato. Teve apenas um dia ruim, quando caiu na classificação, mas se recuperou no final e voltou ao topo. Ao comemorar mais um título, Cícero disse que sua tripulação velejou praticamente sem erros e sem estresse. “Tivemos apenas um incidente no segundo dia, quando forcei uma passagem na terceira regata, fui pro-testado pelo Bossa Nova e acabei desclassificado da prova. Fora isso, tudo correu tranquilo”, co-mentou o comandante. Essa foi a segunda vez que a equipe do comandante Cícero Hartmann venceu o Sul-americano, a primeira ocorreu em 2010. No total foram realizadas sete regatas. O canadense bicampeão mundial de Soling (2011 e 2012) Peter Hall competiu na raia do Guaíba com uma tripulação mista composta pelos gaú-chos Marcus Silva e Régis Silva, e pelos Estados Unidos, Matias Colins. O Campeonato Sul-ame-ricano de Soling teve o apoio da Fundergs e con-tou com a participação de 13 barcos do Brasil, Argentina, Canadá e Estados Unidos.

Um campeonato “sem stress” para a tripulação de Cícero

Brasil, Argentina, Canadá e USA se enfrentaram no Guaíba

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Bossa Nova levou mais um título brasileiro

George, Marcos e Lúcio lutaram até o final pela vitória

A equipe do barco Bossa Nova composta por George Nehm, Marcos Pinto Ribei-ro e Lúcio Pinto Ribeiro foi a vencedora

do 44º Campeonato Brasileiro da classe Soling, de 7 a 9 de março no Clube. A disputa pelo tí-tulo foi muito parelha e precisou ser confirmada pelo critério de desempate entre o Bossa Nova e a tripulação do Don’t Let Me Down, de Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard, que terminou na segunda colocação. Em terceiro fi-cou o Equilibrium, de Nelson Ilha, Marcelo Jesus e Gustavo Ilha.

“O resultado foi justo porque confirmou o bom desempenho durante a competição, nosso pior resultado foi uma terceira colocação. Para um campeonato desse nível vale ressaltar”, comentou o tripulante Marcos Pinto Ribeiro, que junto com seu irmão Lúcio somam seis títulos brasileiros de Soling, e com o timoneiro George Nehm, quatro.

Competição reuniu 10 barcos na raia

O 44º Campeonato Brasileiro de Soling teve a participação de 10 barcos, do Veleiros do Sul, Clube dos Jangadeiros, Rio Grande Yatch Club e do Yatch Club Santo Amaro (SP).

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esportiva no estado e levou a fundação do Velei-ros do Sul em dezembro de 1934, o pioneiro na capital gaúcha.

No final houve a premiação para os vence-dores em cada classe. Os comandantes recebe-ram uma réplica da taça da regata de 1934 que hoje pertence ao acervo do Veleiros do Sul. O comodoro Cícero Hartmann disse que o evento foi “um momento de grande significado e boas recordações para os velejadores gaúchos”. E também destacou o patrocínio da Óptica Foern-ges que esteve no momento inaugural da vela e hoje ainda mantém sua solidez empresarial e vínculo com o Clube.

Regata 80 anos da Vela Gaúcha aliou competição e comemoração histórica no evento que marcou a disputa da primeira regata oficial realizada em 8 de abril de 1934 no rio Guaíba. À época, ela teve o apoio da Óptica Foernges. Oito décadas depois, a ótica foi novamente a patrocinadora. O Velejaço ocorreu no dia 6 de abril na baía do Cristal com a participação de 31 barcos da classe Cruzeiro.

O vento fraco de oeste fez os barcos nave-garem lentos pelo canal do Cristal, mas quando a Comissão de Regatas se preparava para encurtar a regata entrou o vento sul de cerca de 8 nós de intensidade que deu outro ânimo aos competi-dores. Com isso os barcos seguiram até o farol da Piava, onde foi montada a linha de chegada.

O veleiro da classe J/24 Bravíssimo, de Re-nato Plass, foi o fita azul ao cruzar a linha às 17h22min50s. “A regata precisou de técnica e também um pouco de sorte. O começo foi difí-cil, mas de maneira geral velejamos muito bem, sempre entre os cinco primeiros”, disse o co-mandante.

A primeira regata oficial realizada em Por-to Alegre ocorreu por iniciativa de um grupo de velejadores liderados por Leopoldo Geyer. A partir dela seria impulsionada como modalidade

Velejaço recordou a regata pioneira em 1934

Regata festejou os 80 anos da competição que impulsionou a vela gaúcha

OS VENCEDORES - CLASSES20’ - Águia Real, Rolf Peter Nehm (CDJ)23’ - Chinook, Daniel Weindorfer (VDS)

26’ - Glasgow, Artur Carpes (VDS)30 ‘ - Escapada, Fábio Santarosa (CDJ)

35’ - Pazzo Per Te, de Josiene Paim (CDJ)40’ - Macanudo, Person Thiesen (VDS)

D36 - Tramonto, Otto Luis Minelli (VDS)FL - Madrugada, Niels Rump (VDS)

J/24 - Bravíssimo, Renato Plass (VDS)MC - Charlie Bravo, Paulo Hennig (VDS)

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COMPETIÇÕES

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Uma nova fase para a vela do Clube está em andamento com aprovação do seu nome no Cadastro Geral de Entidades

de Prática Desportiva (EPDs), da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) e da Federação Na-cional dos Clubes (FNC), que lhe permitirá rece-ber recursos da Lei Pelé, após a aprovação dos seus projetos esportivos. Além dessa conquista, o Veleiros do Sul agora também faz parte do Conselho de Interclubes da CBC-FNC, órgão de planejamento estratégico e especializado com atribuições de fomentar a formação de atletas olímpicos e paralímpicos.

Até chegar a esse ponto, foram necessários alguns ajustes que colocaram o Clube em alinha-mento com a atual legislação e um árduo tra-balho na formatação de nossos projetos, que já receberam menções positivas pela apresentação. “Adequamos nosso novo Estatuto, conforme o Código Civil e as exigências da nova Lei Pelé. Agora estamos incluídos no Cadastro Geral de Entidades de Prática Desportiva - EPDs, foi uma vitória importante”, diz o comodoro Cícero Hartmann.

Na primeira reunião do Veleiros do Sul no Conselho de Interclubes, em agosto na Bahia, o comodoro Cícero Hartmann encaminhou a su-gestão de que os clubes gozem da isenção de impostos sobre material importado, da mesma maneira como atualmente se dá com os veleja-dores: “Quando um clube importa um barco, por exemplo, paga até mais de 100% do valor que a pessoa física pagaria, em impostos e taxas. Isso também provocaria uma economia de verba que poderia ser canalizada para outros projetos esportivos”, avalia.

O Veleiros do Sul já participou neste ano de dois congressos da CBC - FNC. O primeiro ocorreu em junho em Florianópolis, com a pre-sença do comodoro Cícero e Odécio Adam, ge-rente de Esporte do VDS, e no segundo, além do comodoro, estiveram Ricardo Pereira e Rafael

Formação de velejadores ganha reforço com apoio da CBCO VDS foi aprovado para encaminhar seus projetos de vela de base e olímpica com investimentos da Lei Pelé

Golebiowski da Costa, da Secretaria Esportiva, e Sérgio Rosa, da Secretaria Administrativa.

“A nossa presença foi importante para acom-panharmos esse processo. Entre centenas de clu-bes do País ficamos entre as 18 entidades aptas a lançar editais de chamamentos para compras de materiais para o esporte da vela, com recursos diretos da CBC-FNC. Isso contribuirá de forma substancial para a formação e o desenvolvimen-to de nossos velejadores”, avalia Cícero.

“A CBC está aparelhada com regras claras e determinada para receber esses projetos, e com isso permitirá o acesso aos recursos para fomen-tar as categorias de base e olímpica. Os clubes esportivos sociais são os maiores formadores de atletas do País. O foco das atividades está na gestão dos clubes, em proporcionar ferramentas que auxiliem e gerem uma melhor aplicabilida-de e o desenvolvimento das ações necessárias para resultados mais expressivos e eficazes”, afir-ma Cícero.

A nova Lei Pelé repassa à CBC o correspon-dente a 0,5% de toda a verba arrecadada nos concursos de prognósticos, loterias federais e similares, com destino único e exclusivo para formação de atletas olímpicos e paralímpicos, além de inserir e reconhecer a CBC ao lado do Comitê Olímpico Brasileiro - COB e do Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB no Sistema Nacional do Desporto, passando a representar o seu sub-sistema: os clubes esportivos sociais de formação de atletas olímpicos e paralímpicos.

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Cícero Hartmann, Lars Grael e Edison Antonio B. Garcia, comodoro do Iate Clube de Brasília

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A Tango Sailing Team represen-tou o Veleiros do Sul com três equipes na Regata Copa Mé-

xico 2014, tradicional competição in-ternacional da classe J/24 realizada em março em Nayarit no México.

O melhor colocado entre os três barcos foi o Tango/Hard Rock de Alex Luiz, Lucas Ostergren, Guilherme Roth e André Passow que ficou em 10° com 90,5 pontos, alcançando o seu objetivo. “Findamos heroicamente em décimo, isso porque corremos as últimas quatro regatas com os dois molinetes quebra-dos e perdemos muito rendimento”, comentou Guilherme Roth.

A equipe Tango 2/Hard Rock de Adriano Santos, Adrion Santos, Ader Santos, Cristian Franzen e Diego Faccio ficou em 13º lugar e a Tango Jr/Hard Rock de Bryan Luiz com Breno Osthoff, Daniel Paris e Rafael Paris, a única das três a vencer uma das regatas da com-petição, ficou em 26º lugar. O Tango Sailing Team contou com o apoio de Hard Rock Hotel Vallarta e Copa Airli-

Três Tangos na Copa México 2014

Presença marcante das três tripulações na Copa

nes na Regata Copa México.O vencedor da disputa, que tam-

bém valeu como norte-americano da classe e foi seletiva para o Pan-Ameri-cano de 2015 em Toronto foi o barco Digger (USA) do comandante Mike In-gham, com Tim Healy, Enrique Pirez-Ci-

rera, Marianne Schoke and Max Holzer. Ainda pelo Brasil, a equipe Bruschetta de Maurício Santa Cruz foi a quarta co-locada. Participaram da Copa México 37 equipes do Brasil, Alemanha, Itália, México, Mônaco, Peru, Suécia e Esta-dos Unidos.

COMPETIÇÕES

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O 34ª Campeonato Sudeste Bra-sileiro de Laser foi realizado em

julho no Rio de Janeiro. Representa-ram o Veleiros do Sul: Luiz Eduardo Sokolnik, classe Standard, e Mar-celo Galicchio, na Radial. Às vés-peras do Aquece Rio o campeonato contou com a participação de vele-jadores internacionais. Luiz Eduardo Sokolnik ficou em 22º e o campeão foi Robert Scheidt. Já na Radial, Mar-celo Galicchio terminou em 19º. Sokolnik analisou o campeonato: “foi uma disputa de alto nível técni-co, 15 dos melhores velejadores do ranking mundial estavam na raia. As regatas foram com chuva e vento de sudoeste que variou de 5 a 12 nós de intensidade. O campeonato teve 48 velejadores e eu terminei em 22 no geral e 9º entre os brasileiros.”

Sudeste Brasileiro do Laser

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O Veleiros do Sul se destacou na Copa da Juventude de 2014

ao terminar em vice como melhor clube de vela jovem no Brasil, en-tre os 13 clubes que participaram da disputa em abril, em Jurerê. O título foi conquistado pela soma dos resultados dos seis veleja-dores de Laser, 420 e Hobie Cat 16 que representaram o Clube. Na Laser Radial Antonio Cavalcanti ficou em segundo lugar e Marcelo Gallicchio em 10º. Na 420, Thiago Ribas e Phillip Rump ficaram em quinto lugar. E a dupla Ricardo Wel-ter Lis e Gustavo Balbela promessas do Hobie Cat 16 do VDS, foi vice. Ainda em abril eles competiram no 40º SulCat, em Camboriu, Santa Catarina e terminaram em quarto lugar.

VDS na Copa da Juventude

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O Crioula, sob o comando de Samuel Albrecht, venceu pelo segundo ano consecutivo a Búzios Sailing Week

na Classe Soto 40, sagrando-se bicampeão. A equipe gaú-cha, que teve entre os tripulantes, Renato e Eduardo Plass, Fabrício Streppel e Alexandre Rosa, liderou toda a com-petição, disputada no feriadão de Páscoa, no Iate Clube Armação de Búzios.

Crioula é bicampeão em Búzios

O Campeonato Mundial da classe 420 teve a participação da nos-sa dupla Thiago Ribas e Philipp Rump. A competição contou

com 10 regatas disputadas em Travemünde, Alemanha, em agosto. Eles ficaram em 40º lugar na flotilha ouro, entre 57 barcos de 27 países. “Nosso objetivo foi alcançado ao ficarmos na flotilha ouro, tivemos um avan-ço em relação ao Mundial do ano passado”, comentou Thiago. A equipe brasileira era composta por dez barcos e o nosso melhor resultado foi com os gaúchos Tiago Brito e Andrei Kneipp, 26º . O título na categoria Open ficou com Jose Manuel Ruiz/Fernando Davila (ESP) e no feminino com Carlotta Omari/Francesca Russo Cirillo (ITA).

Thiago e Philipp competiram no Mundial de 420

Equipe do VDS em Travemünde

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As duas tripulações da Nacra 17 do Clube participaram de importan-

tes competições no primeiro semestre. Integrantes da Equipe Brasileira de Vela de 2014, Samuel Albrecht e Geórgia Sil-va competiram no 45º Troféu Princesa Sofia - ISAF Sailing World Cup Mallorca 2014, em abril, em Palma de Mallorca na Espanha, e terminaram a etapa em 28º. A dupla, que conta com patrocí-nio da Wind Brasil, disputou em julho o Campeonato Europeu em La Grande Motte, na França. Encerrou a participa-ção em 36º na flotilha ouro que reuniu as 40 melhores equipes do campeonato. No Campeonato Brasileiro de Nacra

COMPETIÇÕES

Nossas equipes presentes nos campeonatos da Nacra17

Samuca e Georgia no Troféu Princesa Sofia

O 7º Mundial de Match Race Universitário foi realizado em julho no Lago Ledro, na Itália. Três equipes correram pelo Brasil e uma delas

obteve o bronze feminino. Na categoria masculina Open os represen-tantes foram Philipp Grotchmann, Frederico Sidou, Rodolfo Streibel e Vilnei Goldmeier, da equipe do Veleiros do Sul, eliminada na fase clas-sificatória. Na categoria feminina correram duas tripulações: a BRA1 de Marina Cardia Jardim, Adhara Ginaid, Ana Clara Mantovani e Mariana Gliesch Silva (velejadora do VDS) e BRA2 com Juliana Mota, Maria Ha-ckerott, Juliana Duque e Amanda Rodrigues, que conquistou a medalha de bronze na categoria feminina. Nelson Ilha chefiou a delegação.

17, que ocorreu no início de maio em Brasília, Marcos Pinto Ribeiro e Valéria Fabiano ficaram em terceiro lugar. “A expectativa de barcos era boa, mas na

última hora três deixaram de partici-par”, comentou Valéria. Conforme Va-léria, a disputa foi marcada por regatas de vento fraco no lago Paranoá.

Julia Fernanda Silva conquistou para o Brasil a medalha de bronze na classe

Sunfish feminino nos Jogos Sul-americanos de Praia realizados em março na Venezue-la. O Brasil obteve cinco medalhas: um ouro (RS:X Feminino, Bruna Martinelli), três pratas (Laser Radial, Maria Cristina Boabaid, RS:X Masculino, Albert Carvalho, e Snipe – Lucas Mesquita e Douglas Gomm).

Julia Silva ganha bronze nos Jogos Sul-Americanos de Praia

Júlia (VDS) em Vargas

Mundial Universitário teve equipe do VDS

Time brasileiro reunido na Itália

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