o medianeiro para a luiz...

O Medianeiropara a Luz

Nei Leite Mendonça

1ª Edição

Goiânia2018

Copyright © 2018 by: Nei Leite Mendonça

CapaRicardo Mendonça Oliveira de Queiroz

DiagramaçãoEdileizer Muoio Pereira

Impressão e AcabamentoGráfica e Editora Aliança Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP

M539m Mendonça, Nei Leite.

O Medianeiro para a Luz/ Nei Leite Mendonça – 1. ed. - Goiânia : Gráfi ca e Editora Aliança, 2018. 104 p.: 14x20cm

1. Literatura religiosa. 2. Literatura espírita. I. Título.

CDU: 821.134.3(81)-133.9

Índice para catálogo sistemático

O Medianeiro para a luz..............CDU: 133.9

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil2018

SUMÁRIO

Apresentação ..........................................................................7Prefácio ..................................................................................91. A Alma é a Responsável ...................................................112. A Felicidade em Dois Estágios ........................................123. A Jornada ..........................................................................134. A Justiça Divina ...............................................................145. Amar e Instruir-se.............................................................156. Amar-se ............................................................................187. Amor à Vida .....................................................................198. Aplicativos às Leis Naturais .............................................209. Aprimoramento Espiritual ................................................2110. Aspiração do Ser ............................................................2311. Atração e Repulsão .........................................................2412. Auspiciosa Felicidade ....................................................2513. Bem Estar .......................................................................2614. Bens Espirituais .............................................................2715. Capital ............................................................................2816. Caráter ............................................................................2917. Caridade de São Paulo ...................................................3018. Caridade para Consigo ...................................................3019. Compulsão .....................................................................3120. Crescimento Virtual .......................................................3221. Criar o Destino ...............................................................3322. Cuidar da Alma ..............................................................3423. Cumprir a Jornada ..........................................................3524. Cumprir a Justiça Divina ...............................................3625. Cumprir as Leis ..............................................................3726. Currículo Moral .............................................................3827. Direitos e Obrigações .....................................................39

28. Diretriz Exemplar ...........................................................4029. Diretrizes ........................................................................4230. Diretrizes para a Alma ...................................................4331. Elucidar ..........................................................................4432. Enfermidades Sugestionadas .........................................4533. Elucidação ......................................................................4734. Fator Emocional .............................................................4935. Impressões Somáticas ....................................................5036. Incrédulos .......................................................................5137. Infl uência Espiritual .......................................................5238. Laços Perispirituais ........................................................5339. Lapidação da Alma ........................................................5440. Lei do Progresso Universal ............................................5541. Lei do Progresso ............................................................5742. Leis Naturais Adaptadas ao Orbe Terrestre ....................5743. Libertação Moral ............................................................5844. Luz para a Alma .............................................................6045. Natureza Humana ...........................................................6246. Normas da Vida ..............................................................6247. Objetivo da Reencarnação .............................................6348. O Grau de Evolução .......................................................6449. O Mestre .........................................................................6550. Onda de Paz e Bem-Estar ..............................................6651. Oportunidade de Labor ..................................................6752. Os Distúrbios .................................................................6853. Os Percalços ...................................................................6954. Passado Comprometido .................................................7055. Patrimônio ......................................................................7156. Paz Consciencial ............................................................7257. Pensamento é da Alma ...................................................73

58. Pensamento Laborioso ...................................................7459. Pensamentos Imunizados ...............................................7660. Perdoar é ser Feliz ..........................................................7761. Portar-se .........................................................................7862. Presente e Bem-Estar .....................................................7963. Progresso Moral .............................................................8164. Proteção de Jesus ...........................................................8265. Reencarnação .................................................................8366. Reencarnações Indefi nidas .............................................8467. Saber Amar é a Luz do Espírito .....................................8568. Ser Forte .........................................................................8669. Ser Laborioso .................................................................8770. Serra do Lajeado ............................................................8871. Sintonia Mental ..............................................................9172. Tornar-se Puros ou Anjos ...............................................9273. Tribunal da Consciência .................................................9374. Uma Bengala para Dois .................................................9475. Valorizar a Vida ..............................................................9576. Vencer os Obstáculos .....................................................9677. Vida na Erraticidade .......................................................9778. Vínculo Orgânico ...........................................................9879. Virtudes Morais ..............................................................9980. Volta ao Sofrimento .....................................................10081. Volta à Espiritualidade .................................................101Sobre o autor ......................................................................102

O Medianeiro para a Luz | 7

APRESENTAÇÃO

O livro O Medianeiro para a Luz representa mais um esforço de seu autor, Nei Leite Mendonça, no sentido de proporcionar a todos nós, que nos encontramos em mais uma jornada evolutiva na Terra, a oportunidade de refl etir a respeito das nossas vitórias e decepções ao longo do caminho, à luz da Doutrina Espírita.

O confrade Nei Mendonça, espírita de longa data, carrega na sua bagagem de homem íntegro e comprometido com seus deveres e direitos, experiências de vida que merecem ser compartilhadas com jovens e adultos de todas as idades que buscam o equilíbrio emocional e a conscientização de suas responsabilidades com vistas ao uso de seu livre arbítrio e das decorrentes consequências em resposta à soberana lei de Causa e Efeito.

Na verdade, a leitura deste livro, singelo e despretensioso, certamente nos conduz a interessantes momentos de meditação e autocrítica que, certamente, serão de grande utilidade a todos aqueles que tiverem o interesse de pautar suas vidas à luz dos ensinamentos de Jesus. Temos, portanto, nas páginas dessa preciosa obra, as diretrizes seguras para o exercício individual na busca da renovação de atitudes e hábitos com vistas à construção de uma vida plena e mais feliz.

Nei Leite Mendonça nos chama a atenção para o fato de que o acaso não existe e que o sofrimento, a dor e a doença são difi culdades que, se apreciadas com discernimento e resignação, representam oportunidades ímpares de reajuste e de fortalecimento de nossos propósitos no bem.

8 | O Medianeiro para a Luz

As sábias considerações do autor nos induzem a esse entendimento e nos fazem compreender o erro que se instala em nós quando teimamos em opor-nos aos desígnios do Criador, fi xando-nos em desvios ilusórios que nos levam, com certeza, a distrairmo-nos totalmente da verdadeira fi nalidade de nossas existências na Terra.

Acredito, pois, seja este o objetivo do autor, Nei Leite Mendonça, que, de forma honesta e despretensiosa, nos brinda com mais essa contribuição originada de suas vivências de espírito em processo evolutivo, alertando-nos para o que o Cristo Jesus espera de nós e nos ajudando a disciplinar nossos impulsos na busca da própria edifi cação.

Noris Regina de Almeida VieiraGoiânia, fevereiro de 2018


PREFÁCIO

Apresentamos, ao caro leitor, “O Medianeiro para a Luz”, exemplar de cultura e moral da ciência e filosofia da Doutrina Espírita, o qual deve concorrer para elucidar dúvidas do leitor.

Esta obra, humildemente apresentada, interpreta os en-sinos do Mestre inseridos na literatura da Doutrina Espírita.

Submetemos à leitura e crítica do amigo leitor, que sa-berá apreciar o teor de “O Medianeiro para a Luz” a fim de contribuir para o seu progresso moral e espiritual. São modes-tos conhecimentos da cultura espírita que deverão ajuizar a valorização da vida.

O Autor.


1 - A ALMA É A RESPONSÁVEL

Todo homem tem por dever procurar a sua independên-cia financeira e social.

Tudo está interligado à sua vontade de superar os obstá-culos surgidos na grande viagem, cujo fim é a vida extrafísica.

Vencer na vida não é somente nas atividades físicas, mas, sobretudo, por meio de um bom suporte espiritual que gera luzes para a alma, facilitando a jornada. Mas, para que isto ocorra é indispensável a fé e a esperança, com manuten-ção da caridade.

Há estreita ligação entre as atividades materiais e as de ordem espiritual, pois não há vida orgânica sem a alma ou es-pírito, como este não prescinde da matéria para se manifestar.

Quando o homem fala, sente, pensa e se emociona, com-porta-se bem ou mal, a responsável é a sua alma, não o corpo em si, que é apenas instrumento para que ela se manifeste.

O espírito está ligado ao corpo por um laço fluídico ou perispírito, membrana que o envolve. “Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substân-cia que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito” (Livro dos Espíri-tos, pergunta 93).

A felicidade almejada pelo homem está em suas mãos, pois ele tem livre arbítrio. Saber usá-lo seguindo as normas preconizadas por Jesus Cristo é o ideal.


2 - A FELICIDADE EM DOIS ESTÁGIOS

Devemos rejuvenescer a vida com satisfação e alegria pelo brilhar festivo em que se rememora o nascimento do Mestre Jesus Cristo, o qual veio dar à humanidade o exemplo da humildade, devotamento e abnegação, e ensinar ao povo o caminho que conduz à felicidade.

O mestre asseverou que ninguém vai a Deus se não cumprir os seus ensinamentos, bem assim as Leis que regem a vida.

O vocábulo feliz refere-se a um estado subjetivo de equilíbrio emocional, de que se acha imbuído o homem de bem, estado este que, pela vontade de Jesus, deveria ser per-manente, uma vez condicionado ao pleno cumprimento das Leis Naturais ou Divinas.

Ser feliz é a aspiração de todo ser humano; porém, a fe-licidade está submissa às leis de Deus. Como nos ensinam os Espíritos, “a lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta” (Livro dos Espíritos, pergunta 614).

As Leis Naturais morais têm a sua ascendência também na vida espiritual; são ativadas com mais ênfase, pois que é lá que se tem a real vida. Ante o exposto podemos classifi -car a felicidade em dois estágios: uma verdadeira, por aquele que sabe cumprir as Leis Naturais ou Divinas; e outra fi ctícia, quando o indivíduo, usando o livre arbítrio com paixões en-fermiças e hábitos perniciosos, julga-se feliz.

Essa felicidade efêmera está subjugada às Leis Naturais


e, oportunamente, será afetada pelos dissabores e sofrimen-tos, estados que simbolizam ajuste para o progresso moral dos seres.

3 - A JORNADA É no amálgama da vida que o ser encontra as fórmulas

precisas para o burilamento das imperfeições íntimas.É nessa jornada que as pessoas se servem da inspiração

para as rotas que os levam à caridade e à assimilação das vir-tudes morais.

Cuidado para não confundir virtudes que edifi cam com paixões ilusórias que escravizam a alma. O homem que infrin-ge as Leis que regem a vida torna-se escravo de si mesmo pela acusação pertinaz da sua consciência.

As pessoas vinculadas a deslizes fi cam sujeitas a res-gates compulsórios, até o retorno ao caminho do bem. É na estrada da vida que o homem de bem sensibiliza-se ao encon-trar, à margem da estrada, sofredores de toda espécie, vítimas de si mesmo pela inércia à aceitação e cumprimento das Leis que regem a vida, muitos dos quais em resgate de compromis-sos pretéritos, outros pelas enfermidades da alma.

O destaque é para os espíritos que reencarnam em pro-vação, cuja tarefa estimula a agilização do aprimoramento espiritual, sem considerar os missionários que também terão difi culdades no cumprimento da tarefa, submissos às exigên-


cias da vida física.Para que o homem seja feliz, é necessário saber condu-

zir a sua cruz nos parâmetros que as Leis impõem, conhecen-do a si mesmo para eliminação das suas imperfeições. Assim progride a humanidade, cada qual em seu patamar, na remo-ção dos desafi os a superar.

4 - A JUSTIÇA DIVINA O homem escravo das paixões telúricas não valoriza as

oportunidades que lhe são oferecidas para o progresso moral, alimentado pelo orgulho, egoísmo e vaidade.

Grande parte da humanidade torna-se sentenciada pelo tribunal de sua consciência, vítimas que são pelos deslizes praticados.

A natureza impõe-lhes a reparação das faltas, submissos que estão à Lei de Causa e Efeito.

O homem jamais poderá furtar-se ao cumprimento das Leis. As pessoas por ignorância ou prevalência de sentimen-tos inferiores, cometem os mais variados tipos de crimes que lhes custam reencarnações dolorosas.

Esse mesmo homem, com a consciência comprometida, terá que cursar a escola da vida tantas vezes quanto necessário, para sanear suas imperfeições, até que o débito seja resgatado.

O sofrimento pelo qual passa o homem ameniza os compromissos, mas não o isenta, cumprindo-se, assim, a Jus-


tiça Divina na reparação do mal provocado, pela ação da Lei de Causa e Efeito.

5 - AMAR E INSTRUIR-SE

As pessoas têm de superar os fatos indesejáveis que ocorrem alhures, como forma de burilarem o seu estado ín-timo.

É notório que essas ocorrências estão presas à evolução moral de cada pessoa.

Sem que haja desenvolvimento intelectual, não se pode medir a investidura moral, uma vez que há dependência da moral com o conhecimento.

Jesus Cristo valoriza ambos predicados, quando reco-menda “amai-vos e instrui-vos”, destacando prioritariamente a caridade como norma de vida.

Como demonstração de que o amor deve imperar na so-ciedade dos povos, reportamos à seguinte estória:

Dois espíritos amigos, afi nizados pelos pensamentos, sentimentos e hábitos na erraticidade, trocavam ideias do fu-turo que lhes estava reservado para a próxima reencarnação.

Eram dotados de um grau de evolução bem avançado. Um deles, porém, tinha compromissos de existências passa-das a resgatar. Dada a amizade que imperava entre ambos, desejavam continuar com o mesmo relacionamento na vida física.


Reencarnaram em famílias de bom poder econômico que “por obra de destino”, residiam bem próximas uma da outra.

Nasceram crianças fortes e sadias, criadas com todo ca-rinho e esmero pelos progenitores; sendo um menino e uma menina, desde crianças já nutriam o laço de amizade que no futuro deveria uni-los ainda mais fortemente.

Foram educados com zelo, cursaram a faculdade, o jovem formou-se em medicina e a moça em enfermagem; o prêmio pela formatura foi o pedido de casamento aceito com prazer pelas famílias que aguardavam por este acontecimento.

Em comemoração foi preparado um banquete à luz de velas com convidados especiais, inclusive colegas de trabalho do noivo. O tempo passou. No dia do casamento, ao saírem da igreja, um fato inusitado aconteceu. Os noivos foram cer-cados por um mascarado simulando embriaguez, que dizia: “Que vocês sejam felizes!” Cantando parabéns aos noivos, o indivíduo insistente foi retirado à força. Ele apelou: “Não fa-çam isto comigo!” Quando retirou a máscara, foi identifi cado como um amigo íntimo e colega de trabalho do noivo. Em seguida houve os cumprimentos e alegria geral.

Começou uma vida nova do casal, residindo bem pró-ximo dos pais.

Dizia o Dr. Facuri, o recém-casado: “Vida nova, traba-lho dobrado, pois tenho mais responsabilidades e uma família para cuidar”.

Amélia, esposa de Facuri, em existência passada, havia adotado uma criança, mas, sem preparo para a missão, amea-lhou sérios comprometimentos pelo mau trato dado ao garoto


que era malcriado, pirracento e teimoso. Por isso, ela o co-locava constantemente de castigo, batia e judiava do meni-no, que dizia: “Você não é minha mãe”. Assim, tornou-se um adulto que, sem uma educação condizente, aliou-se às más companhias, responsabilizando a mãe pela sua desdita. Esta, por sua vez, consternada e arrependida amargou uma consci-ência comprometida até o seu desencarne, em idade avançada.

Como as existências se ligam, hoje Amália, que era mãe adotiva, está gestante do fi lho menosprezado para resgatar o seu débito: criá-lo como fi lho legítimo com todo amor e ca-rinho. Nasceu o bebê, sadio e forte. Redimido pelo sofrimen-to, tornou-se uma criança de bom temperamento e um adul-to bem-educado. Formou-se em medicina e, com isso, o pai abriu uma clínica, para trabalho em conjunto.

Também na direção do ressarcimento de dívidas pas-sadas, Dr. Jair, o fi lho de Facuri, tinha suas pretensões de ter um lar e constituir uma família. Casou-se sem estardalhaço; Jair, que fora morto em existências passadas em desavenças de opinião, recebe para educar, como fi lho, seu antigo algoz, tratando-o com carinho e amor. Por expiação, essa criança vi-ria sem o braço direito.

As existências passadas são ocultas aos espíritos encar-nados, porem são lembradas na erraticidade.

Na vida física os fatos ocorrem segundo o carma de cada pessoa, cujo resgate é regulado pelo grau da imperfeição. É notório que a Lei do Amor deve imperar em todos os lares, segundo a compreensão de cada pessoa.


6 - AMAR-SE

Educar-se no “amai-vos e instruí-vos” para vencer os desafios que o homem encontra na estrada da vida, essa é a tarefa. Os desafios são os obstáculos ou as pedras do caminho, que, quase sempre, são lançadas pelos desajustes psicossomá-ticos do próprio homem.

Para sanear os distúrbios é necessário, primeiro, curar as enfermidades da alma e, segundo, praticar a “Lei da Justi-ça, Amor e Caridade”, sem ostentação, para não estimular o orgulho e a vaidade.

A recomendação preliminar de Jesus é que se deve cul-tivar, verdadeiramente, o amor universal.

Reverter situações desagradáveis e superficiais em bom estilo de vida, exige do homem desprendimento, interesse e boa vontade em atender os ensinos evangélicos da doutrina espírita.

É dever do ser aprender a amar a si próprio, vivendo em consonância com as Leis Divinas, evitando excessos, liber-tando-se de hábitos e vícios nocivos de qualquer natureza e assegurando a manutenção da saúde psicossomática e de seu próprio bem-estar.

Assumir as virtudes nobres e praticá-las é saudável, é recomendação divina; o homem virtuoso colherá no futuro os frutos da semeadura em paz e felicidade.


7 - AMOR À VIDA

Amor à vida traz satisfação, prazer e felicidade. Somen-te com a tarefa cumprida é que o homem demonstra superação dos desafios vencidos, desafios que surgem na estrada da vida.

Há na vida de toda pessoa, obstáculos a serem supe-rados, muitos dos quais são por ela mesma, provocados em função de seu orgulho e egoísmo, sérias enfermidades de sua alma, que impedem o seu progresso espiritual.

É dever de todo ser humano ativar os recursos para o seu aprimoramento moral a fim de alcançar a luz para a alma, cumprir integralmente a Lei de Justiça, Amor e Caridade e as demais Leis Naturais ou Divinas.

O homem que é levado por suas imperfeições à prática de deslizes que comprometem a sua consciência, terá que usar a escola da vida para, através do sofrimento, aprimorar o seu íntimo e adquirir as virtudes indispensáveis à sua felicidade.

Todos querem o bem estar! Para alcançar esse objetivo, trabalham; sem lembrar, porém, que a felicidade está vincula-da ao aprimoramento íntimo. Não há bem estar sem equilíbrio espiritual.

8 - APLICATIVOS ÀS LEIS NATURAIS

Ninguém deve furtar-se ao cumprimento das Leis Natu-rais ou divinas, uma vez que o homem, dotado de razão, está consciente de sua obrigação e de que muito lhe será exigido


na erraticidade, por ocasião de sua prestação de contas. O homem não ignora que a prática do bem, como a do

mal, regula o seu bem-estar ou sofrimento. Deve ter ciência de que não deve desejar ao próximo o que não quer para si próprio; com essa norma, estabeleceu-se que os direitos do ci-dadão vão até onde começam os direitos do semelhante, por-tanto o respeito mútuo é Lei Natural.

As Leis Divinas são eternas e imutáveis, e sua prática está sujeita a interpretações inerentes ao grau de progresso do homem e sua cultura, sendo que a aplicação das Leis está na consciência de cada pessoa.

Essas Leis são sagradas; é por meio delas que o homem deve nortear a sua caminhada evolutiva. As Leis que regem a vida em nosso Planeta regulam a vida em outros mundos, adaptadas segundo a evolução dos seus habitantes (Perguntas 617 e 618 de O Livro dos Espíritos).

A Lei de Justiça, Amor e Caridade regula todos os apli-cativos das leis morais na vida física e, bem assim, na vida es-piritual na erraticidade (Pergunta 617 do Livro dos Espíritos).

Os aplicativos à Lei de Justiça, Amor e Caridade são a Lei de Causa e Efeito, Ação e Reação e as leis morais, com o desenvolvimento e aprimoramento das virtudes, como: a in-dulgência, o perdão, a humildade, a paciência, a resignação, etc.


9 - APRIMORAMENTO ESPIRITUAL

Na existência material, muitos nascem mutilados, em consequência de dívidas adquiridas em vida pretérita, quando usaram mal o livre arbítrio e negligenciaram o cumprimento das leis que regem a vida. Via de regra, ignoram os motivos das deficiências que os afligem, curtindo a vida cada um de seu jeito. Alguns resignam-se com os sofrimentos, outros re-voltam-se, alegando-se injustiçados por Deus.

Vejamos a seguinte situação: ante esses questionamen-tos, várias pessoas reuniram-se para conversar sobre acon-tecimentos da vida. Dois mudos palestravam sobre assuntos pessoais. O mais velho, Pedro, conhecia bem a linguagem de sinais para mudos, o que não acontecia com Joaquim, o mais novo, que tinha menos cultura e a desconhecia, o que dificul-tava seu entendimento sobre o que Pedro lhe dizia.

Pedro, homem bom, humilde, calmo, desculpava sem-pre a ignorância de Joaquim, que era pouco educado, sem virtudes morais, irritado, impaciente, entrando em atritos fre-quentes com Pedro.

Certa feita, não compreendendo o que o outro lhe dizia, Joaquim irritou-se com expressões grotescas, julgando que Pedro o havia ofendido com palavras injuriosas, surgindo uma discussão calorosa, quase às vias de fato.

Para apaziguar os ânimos, surgiu Vicente, um gago por natureza que, com dificuldade de expressar-se, disse a Joa-quim que seu amigo o havia elogiado e não desprezado, e que seria incapaz de ofendê-lo.

Para amenizar o ambiente, Teodoro, contador de anedo-


tas, narrou-lhes o seguinte episódio: Duas pessoas, que mal se conheciam, trocavam farpas

no consultório médico-dentário, com palestra inconveniente:- Quê que o senhô vai consultá?- Num é da sua conta – responde o segundo mal-humo-

rado.- No meu caso, tenho um dente encavalado, que pula o

dia inteiro. Dói muito e não dá sossego. O outro resolve responder: - Vô consultá com o dr. Bonfim. Meu ‘figo’ num tá bão,

e minha barriga dói muito. O sinhô não sabe o que eu tenho passado, pois o ‘figo’ não aceita queijo, que eu muito aprecio.

Alega o outro:- Antes isso que um dente inflamado e encavalado... E

também, quem gosta de queijo é rato, seu fígado não é ratoei-ra, por isso não aceita.

- Sê gentil e educado não custa nada, eu gosto. E sou fã de queijo, - diz o enfermo do fígado. Seu caso é fácil, tira o cavalo da garagem, extrai o dente, e tá resolvido. Meu caso, só cirurgia resolve.

Diz o primeiro paciente: - É coisa simples. São dois pequenos buracos na barriga

e pronto.Diz o enfermo:- Num é ocê que vai dormi anestesiado e não acordá

mais; tenho medo da morte, por isso tô estudando pra sê me-lhor e praticá a caridade.

Moral da estória: Deus, que é bom e justo, dá a todos, independente de suas limitações físicas, a oportunidade do


aprimoramento íntimo indispensável à vida espiritual, na qual há a prestação de contas dos atos de cada um, os quais devem ser pautados de conformidade com os ensinos de Jesus Cristo.

10 - ASPIRAÇÃO DO SER

As pessoas, no afã de vencer na vida, buscam adquirir bens, estudar, constituir um lar, trabalhar, ter saúde e ser feliz.

Todos esses interesses são lícitos, porém os homens se exacerbam na introspecção aquisitiva, munidos pelo egoísmo, e esquecem seus semelhantes.

É aconselhável introduzir no coração os preceitos de Jesus, que visam à prática do bem, no amor a si próprio e ao próximo.

O homem esquece que o corpo físico é perecível e que necessita o monitoramento da alma para ter uma vida plena e saudável; para manter-se nesse parâmetro, é aconselhável manter pensamento higienizado, cumprir as Leis Naturais e civis, evitando excessos e hábitos perniciosos, vícios que ma-culam a alma. É notório que todo terráqueo é enfermo.

O homem deve conscientizar-se, que é um espírito en-carnado, e que com a morte física, retorna à verdadeira vida.

Assim, é importante preparar-se com conhecimentos relativos à vida futura, contidos em O Livro dos Espíritos e na rica literatura espírita disponível, buscando o cumprimento das Leis Naturais ou Divinas, e sabendo-se submisso à Lei de Causa e Efeito.


O regresso à vida extrafísica deve ser enriquecido de mais amor e sabedoria.

O nosso destino é consequência dos nossos pensamen-tos, sentimentos e emoções, resultando na nossa personali-dade e na expressão do nosso comportamento. A vida atual espelha o que fomos na vida passada e a futura é reflexo da vida presente.

11 - ATRAÇÃO E REPULSÃO

A assimilação espiritual do homem com os espíritos está regulada por uma Lei Natural de Atração e Repulsão; essa lei faculta ao homem ter como assistentes boas ou más energias espirituais.

Tudo é facultado ao ser segundo o seu grau de evolução moral, partindo do princípio de que semelhante atrai seme-lhante.

Os pensamentos, sentimentos, emoções e hábitos exer-cem um poder de ação na maleabilidade espiritual; não obs-tante a Lei da Semelhança que regula a ação do espírito sobre o homem, temos, ainda, a modular esses fatos, a submissão à Lei de Causa e Efeito, que expressa a Justiça Divina.

Todas essas ocorrências dependem do progresso moral do ser humano e do desejo profícuo de ser feliz; ele, entretan-to, desconhece o poder que tem em suas mãos, de cultivar essa aspiração.


Para ser feliz, que é um estado de tranquilidade cons-ciencial relativo, o homem tem que buscar os ensinamentos de Jesus Cristo, inseridos no Evangelho da Doutrina Espírita e praticá-los, utilizando bem o seu Livre Arbítrio. Somente assim, estará assegurado o seu bem estar.

Não fazemos apologia somente à Doutrina Espírita, mas sim a todos os conceitos “religiosos” que buscam elevar seus adeptos a Deus, através de ensinos e interpretações capazes de gerar o bem estar e a felicidade.

A Doutrina Espírita nos assevera que fora da caridade não há salvação, ensino este que está ao alcance de qualquer crença religiosa. O importante, segundo os ensinos de Jesus, é amarmos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

12 - AUSPICIOSA FELICIDADE

O ser humano está premido entre escolher, na estrada da vida, a bifurcação que o leva a desfrutar de um bem-estar duradouro ou à exaltação de paixões inferiores, que acarretam dissabores e infelicidade.

Compete ao homem, antes de qualquer decisão, analisar as rotas a seguir e suas consequências; observar com a certeza de que o destino é por ele mesmo criado.

As difi culdades e sofrimentos que o homem suporta na sua trajetória estão em consonância com a sua evolução espi-ritual.


Toda pessoa sofre, pois a Terra é de provas e expiações, motivo pelo qual não se pode deixar derrotar-se pelas difi cul-dades; para vencê-las, o ser necessita persistência e dinamis-mo.

A pior derrota é de quem desanima. Seja forte, porque a vitória é para aqueles que não param no meio do caminho.

Ser feliz é o objetivo de todo ser humano; muitos, po-rém, se perdem no percurso da caminhada por infração às Leis Naturais e mau comportamento por causa das enfermidades da alma.

13 - BEM ESTAR Sem os predicados das virtudes morais, o homem não

consegue viabilizar os horizontes para uma vida feliz. As virtudes morais contidas nos ensinos de Jesus Cristo

devem ser a norma a seguir pelos homens que buscam o seu bem estar.

Há situações que prendem as pessoas à constância de atividades físicas que nem sempre produzem o bem estar al-mejado, requerendo o controle emocional e sentimentos no-bres.

Servir a Deus deve ser o objetivo de toda pessoa, aman-do-O acima de todas as coisas e ao próximo como a si mes-mo. As distorções provindas dos sentimentos negativos torna o homem submisso à rota da vida para aquisição da constância do cumprimento das Leis Divinas ou Naturais.


Para vencer os obstáculos na caminhada da vida, o ho-mem necessita ter fé e esperança, alimentando os princípios da solidariedade no “amai-vos e instruí-vos” para atingir o bem estar.

14 - BENS ESPIRITUAIS

No fulgor da vida, as pessoas no afã de constituir bens materiais negligenciam os de ordem espiritual.

Todos os bens são importantes, os materiais são emprés-timos que Deus concede aos usuários para que deles façam bom uso.

Importante ressaltar que os bens espirituais pertencem aos usuários, que jamais os perdem, uma vez que façam bom uso do livre arbítrio.

A liberdade que as pessoas desfrutam é uma dádiva Di-vina, para que através dela consigam manter a sua evolução moral e intelectual.

Nas prédicas de Jesus Cristo, Ele recomenda que bus-quemos o amor e a instrução. E com a prática dos ensinos do Mestre Jesus, inseridos no Evangelho da Doutrina Espírita, o ser humano pode alcançar o seu progresso moral.

Todo ser humano possui instintivamente a vontade de ser feliz, entretanto esquece de que o bem estar está em suas mãos e só depende do seu esforço de comportar-se dentro dos preceitos de Jesus.

Em suas prédicas, Jesus alerta às pessoas de que são ju-


ízes em causa própria, pois, por si mesmos, julgam-se, através da consciência dos bons ou maus comportamentos.

15 - CAPITAL

O capital humano consiste nos bens de ordem material, por empréstimo da natureza. O patrimônio físico está sujeito a oscilações, dependendo do bom uso que se lhe der. O maior bem do homem é a saúde orgânica e a paz, para os quais é ne-cessário ter bons pensamentos e controle emocional, uma vez que há dependência entre ambos.

É necessário que o homem cumpra as Leis Naturais ou Divinas e, bem assim, os preceitos inseridos no Evangelho da Doutrina Espírita, com base nos ensinos de Jesus Cristo.

A constituição física do homem terráqueo predispõe a maleabilidade assimilativa de enfermidade para cujo diagnós-tico e tratamento exige os cuidados da medicina convencional.

As distorções de ordem moral residem no mau compor-tamento mental do homem que, invigilante, absorve as ener-gias mentais negativas, injetando no corpo físico doenças de longa duração.

O tratamento sintomático do ser está na mudança da maneira de pensar e comportar-se, no controle das emoções, não desprezando a assistência médica.

Portando, para que o homem seja feliz, cumpre-lhe a


apossar-se das virtudes morais com a prática da Lei de Justiça, Amor e Caridade, com o apoio da Lei de Causa e Efeito.

16 - CARÁTER

Furtar a vida é um ato de covardia às Leis da Natureza, pois que ninguém tem este direito.

Conciliar a vida aos bons sentimentos, com propósito de angariar assistência de energias similares de espíritos afi ns é o ideal.

Não se pode avaliar o caráter de uma pessoa pelas apa-rências. É necessário analisar os sentimentos, o comporta-mento e as qualidades morais.

Conjugar forças em detrimento do progresso é uma he-resia do homem que, habituado aos prazeres materiais, não o considera. Uma vez que a Lei de Progresso é divina e so-berana, queira ou não, essa lei se cumpre, à qual o homem é submisso.

Toda a criação no Universo está na dependência das Leis Naturais ou Divinas, adaptadas ao progresso de cada mundo.

A evolução atinge todos os reinos da natureza. Se tudo no Universo progride, os espíritos não fi cam à parte, eles evo-luem de forma gradativa até atingirem a angelitude na condi-ção de pureza.


17 - CARIDADE DE SÃO PAULO

Os louros colhidos na jornada terrena só são atribuídos àquele que cumpre com as Leis Naturais ou Divinas. Abenço-ado é o homem que nutre em sua consciência a Lei de Justi-ça, Amor e Caridade, sendo indispensável a sua ação ou sua prática.

A prática da Lei do Amor torna o ser maleável à assimi-lação dos bons espíritos que o auxilia em sua tarefa. A prática do bem requer amor, humildade, devotamento e interesse na eliminação das imperfeições da alma. Não foi em vão que São Paulo sintetizou com lucidez uma norma de vida, segundo a qual a felicidade do homem está vinculada à prática do amor.

Jesus Cristo foi tácito ao afi rmar que fora da caridade não há salvação, condicionando a entrada feliz na erraticidade à prática da Lei do Amor.

18 - CARIDADE PARA CONSIGO

Inspirados nas prédicas evangélicas, os habitantes do planeta Terra devem cultivar a prática dos seus ensinos. O estado de felicidade só é conseguido com o saneamento das imperfeições da alma e o cumprimento das Leis Naturais ou Divinas.

Jesus Cristo deseja que todos os irmãos sejam felizes, para o qual recomenda o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.


A humanidade não sabe se amar pois, a todo momento, infringe as Leis Divinas que regulam a existência no planeta. Quando a dificuldade e o sofrimento chegam pela má gestão do destino, recorre a Deus, Jesus Cristo e aos santos, que são os bons espíritos, suplicando socorro sendo que nada fez para merecer essa dádiva. Entretanto é atendida, pois que Deus é misericordioso, servindo-se do próprio homem para ajudar o semelhante.

A humanidade, infelizmente, valoriza mais os seus pre-dicados infaustos e paixões enfermiças, oriundos das enfermi-dades da sua alma: orgulho, egoísmo e vaidade.

O destino é resultado de um estado simbólico emotivo da alma, que pode ser bom ou ruim, dependendo da sua for-malização, materializado com o comportamento. O homem só não é feliz por negligência; a felicidade está ao seu alcance. Ao cumprir com as Leis Divinas, ele se apodera das virtudes morais que são: humildade, paciência, resignação, indulgên-cia e caridade para consigo mesmo, ao saber se amar.

19 - COMPULSÃO

A compulsão está condicionada ao estado emocional do homem e inspira o seu comportamento à repetitividade. É um estado de alma cuja aplicação lhe dá uma sensação fugidia de satisfação e prazer.

Os pensamentos representam o querer e a vontade da alma do indivíduo e retratam com eficiência o grau de sua


evolução moral, que pode ser confirmada pelo seu compor-tamento.

É com esforço de vigilância mental que o ser humano pode abster-se do hábito compulsivo, tão prejudicial à sua vida, sem perder o instinto de satisfação e alegria.

As determinações das Leis Naturais devem ser cumpri-das com persistência, pois a sua infração deixa o ser vulnerá-vel à advertência compulsória pela mãe natureza.

A compulsão está inserida na maioria dos atos do ho-mem pelo excesso dos prazeres, com transgressão às leis que regem a vida.

O homem, pela sua astúcia, orgulho e vaidade, come-te atos compulsivos nos vários setores de atividade, pois os encontramos na sociedade, na propaganda, nos esportes, na gastronomia, etc.

Assim vive o homem, ávido pelo bem-estar que está em suas mãos, sem saber desfrutar. Pela ignorância ao cumpri-mento das Leis Naturais, comete deslizes que comprometem a sua alma e a felicidade.

20 - CRESCIMENTO VIRTUAL

O labor, a que está sujeito o homem, é necessário para atingir suas necessidades biológicas. O crescimento virtual das pessoas está vinculado ao ajuste mental associado ao bom sentimento.

A aquisição de luzes do conhecimento moral e intelec-


tual abre um leque de informações que permite ao homem ajuizar o próprio comportamento inserido em sua consciência.

Muitas pessoas, levadas pela compulsão e hábitos, co-metem crimes infringentes às Leis Divinas e sociais, cujos deslizes fi cam gravados na sua consciência. Para amenizar a acusação consciencial, submetidas à Lei de Causa e Efeito, devem cursar a escola da vida onde aprimorarão os seus sen-timentos com os sofrimentos a que fi zeram jus.

21 - CRIAR O DESTINO

A tarefa destinada a cada pessoa nunca é homogênea entre os homens, pois está submissa ao seu grau de evolução. Assim, cumpre ao homem habilitar-se à sua trajetória terrena nos parâmetros ensinados por Jesus Cristo, inseridos no Evan-gelho.

Aquinhoar-se das virtudes que condicionam o progresso espiritual é necessário, para quando chamado à prestação de contas na outra vida, ter algo a apresentar.

Não ignora o homem o fato de que estamos todos em viagem e que a morte física pode chegar de surpresa.

Assim, compete ao leitor agir com presteza, na manipu-lação das virtudes que o torna feliz na outra vida.

O fenômeno morte, como o nascimento, são situações biológicas naturais na vida de cada pessoa, que deve agilizar bons pensamentos, para constituir um destino feliz.

Ninguém pode fugir à ação do destino, criado por nós


mesmos em função dos pensamentos projetados; pelos bons pensamentos e a prática da Lei do Amor e Caridade, se cria a paz e saúde do homem; todavia, quando o pensamento é negativo e mal direcionado é sinal de imperfeição do cidadão, predispondo a dores e sofrimentos.

22 - CUIDAR DA ALMA

Saber se amar é fator importante ao bem-estar, porém, é de difícil aplicação pelas facilidades da vida física, que ini-bem os propósitos da Lei do Amor.

Os homens, com a vida fácil que lhes impõe caprichos a cumprir, dificilmente conseguem seguir os aplicativos que lhes dão a diretriz segura para a conquista da felicidade.

O respeito e cumprimento às Leis Naturais ou Divinas é uma das normas para amar a si, ao próximo e, consequente-mente, amar a Deus.

A alma ou espírito é imortal, com personalidade indi-vidual, responsável pelos destinos do corpo físico, para cuja manifestação plena necessita que ele seja sadio.

O progresso moral se faz pelo fenômeno da reencarna-ção, quando se tem que dar testemunho do aprendizado por meio das provações a suportar, não obstante o espírito alcan-çar evolução também na erraticidade.

Quando uma pessoa não é aprovada no curso da vida por deslizes praticados, ficam suspensos temporariamente os méritos alcançados até a sua recuperação, com o resgate dos


compromissos.Assim, vive a humanidade em busca da felicidade que

está ao seu alcance, que consiste no aprendizado e exercício dos ensinos de Jesus Cristo e cumprimento das leis que regem a vida.

23 - CUMPRIR A JORNADA

Contornar situações que exigem precaução é de suma importância para que o homem possa cumprir a jornada que lhe é atribuída.

O caminho da estrada da vida é longo e imprevisível, e pode ser interceptado a qualquer momento por dificuldades, sofrimentos e, fatalmente, pela morte.

É necessário que o homem saiba comportar-se com dignidade ante situações de dor e angústia, pois contribuem para a agilização do aprimoramento de sua alma. E usando as forças mentais para a prática do bem se consegue cumprir a jornada feliz.

O homem é, na realidade, um espírito reencarnado em busca do seu aprimoramento interno. Muitas pessoas falem ou se perdem no meio do caminho, ficando à margem da estrada, pela prática maléfica de atos delinquentes. Em vez de sanea-rem suas imperfeições, essas pessoas aumentam seus débitos.

Ser bom e caritativo é a senha para uma jornada ben-fazeja, pois libera os miasmas negativos, permitindo o surgi-mento de energias contemplativas que auxiliam o homem a


transpor os obstáculos da estrada da vida com satisfação. A Lei Natural ou Divina de Causa e Efeito representa a

Justiça Divina que regula o comportamento de todos os seres, quer reencarnados ou não.

Muitas pessoas praticam atos dolosos, movidas por pai-xões más, sob a alegação de que a carne é fraca, mas esque-cem de que a alma é responsável pelos deslizes praticados para cujo aprimoramento passa pela escola da vida terrena, uma vez que tem consciência do que faz.

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo é a maior recomendação de Jesus Cristo para a nossa salvação.

24 - CUMPRIR A JUSTIÇA DIVINA

Usufruir das benesses que Deus dá a todos os filhos é fator exuberante na vida das pessoas.

Para que haja precisão, “perfeição” no “concerto fluídi-co” procedente da natureza, mister se torna que os homens se mantenham vigilantes nos pensamentos, para que os seus atos atendam o perfil da moral cristã.

Devem saber valorizar a vida, que deve ser de gratidão e satisfação com agradecimento ao Criador – pela doação do tô-nus orgânico com saúde, mantenedor da felicidade almejada.

A saúde psicossomática está condicionada à forma de pensar e sentir, bem como ao cumprimento das Leis Naturais associadas à absorção e prática das virtudes da moral evangé-


lica. Os sofrimentos cármicos são relativos ao resgate de

compromissos do passado, a exigir do homem muita fé em Deus e aceitação das virtudes da humildade, paciência, resig-nação, indulgência e da caridade ensinada por Jesus Cristo, segundo o qual fora do amor caritativo não há salvação.

A justiça divina se faz presente pela Lei de Causa e Efei-to, a monitorar os atos do ser humano na análise do bom ou do mau comportamento, classificando as qualidades morais das pessoas.

25 - CUMPRIR AS LEIS

É na prática das virtudes morais que o ser encontra os meios definidos para eximir-se da encruzilhada dos caminhos tortuosos.

As rotas não previstas ocorrem compulsoriamente em virtude da displicência à recomendação consciencial e da in-fração às leis que regem a vida.

As leis, quer Divinas ou civis, devem ser cumpridas a fim de evitar dissabores, angústias e sofrimentos.

O homem portador das imperfeições morais, que não se ama e nem ao próximo, está sujeito a represálias. Gasta o tem-po em excessos de toda espécie culminando com a infração às Leis Naturais, tornando-se passível à advertência, submisso que é à “Lei de Causa e Efeito”.

A sociedade participa com ênfase na busca de prazeres


e sensações emocionais ilusórias, que podem comprometer o seu futuro moral.

Seguir as recomendações evangélicas da Doutrina Espí-rita exige dedicação, boa vontade e desprendimento. Os pre-ceitos de Jesus Cristos recomendam que fora da caridade não há salvação, motivo pelo qual o homem deve amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.

26 - CURRÍCULO MORAL

No currículo da trajetória de vida de cada pessoa deve fi car expresso, em sua consciência, todos os seus procedimen-tos, que tiveram a participação dos sentimentos e emoções.

Toda pessoa participa da sua formação curricular, que pode ser nobre, o que é ideal. Há, porém, os delitos cometidos pelas pessoas que se perdem na estrada da vida com procedi-mentos extemporâneos maléfi cos. Para esta pasta de informa-ções, o indivíduo deve trabalhar no seu aprimoramento íntimo e na aquisição das virtudes morais.

Partindo da premissa de que os espíritos interferem na vida cotidiana em razão direta da sua evolução moral e espi-ritual, toda pessoa deve ter por norma cumprir os preceitos de Jesus Cristo, recomendados na Doutrina Espírita, para contar com a assistência dos bons espíritos.

Para que o homem supere as difi culdades na estrada da


vida, tem que munir-se da fé e esperança em Deus e contar com a assistência de Jesus Cristo, sem o que não há felicidade.

27 - DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Refutar o cumprimento do dever leva o homem a pre-

dispor-se a distúrbios emocionais causando-lhe enfermidades e dores morais.

É pela ação do cumprimento das tarefas a que estão sub-missos que os homens aprimoram a alma e arquitetam seus próprios destinos.

Sujeitar-se a manter as próprias imperfeições, sob a ale-gação de improbidade em administrar o curso da vida, induz o homem à falência moral.

É sabido que ninguém ignora as Leis a que estão sub-missos, partindo da premissa de que todo cidadão tem direitos e deveres mútuos, que devem ser respeitados.

Essas obrigações norteiam o comportamento na convi-vência social, cabendo à sociedade comportar-se de acordo com as leis civis e com base nos princípios morais elucidados por Jesus Cristo, nos quais o respeito à vida e a prática da ca-ridade são fatores preponderantes.

Todo cidadão, do mais simples ao mais suntuoso, tem que cumprir os mesmos preceitos, uma vez que todos são es-píritos em fase de aperfeiçoamento, sujeitos às mesmas Leis que regem a vida.


As leis, quer sejam civis, Naturais ou Divinas, são so-beranas, e exigem seu respeito e acatamento, sem as quais há o caos social.

A disciplina tem que ser mantida entre os povos, para que haja progresso e respeito, a fim de que as pessoas tenham oportunidade de cumprir os seus deveres para com a vida; por isso reencarnaram em busca do aprimoramento íntimo e do resgate dos compromissos do pretérito.

Compete aos seres no atual estágio, ter fé e esperança na solução dos problemas que os atordoam, associando-se às virtudes da humildade, paciência, resignação, indulgência e ao amor e caridade, que os induzem à felicidade.

28 - DIRETRIZ EXEMPLAR

No curso da vida, as pessoas que se nutrem de pensa-mentos negativos tornam difícil a conquista do bem-estar. Se trabalhassem em favor de sua elevação moral, as dificuldades tornar-se-iam mais suaves, as pedras do caminho seriam re-movidas com mais facilidade.

É, pois, muito importante que o homem higienize seus pensamentos e alimente sentimentos nobres, assimilando, as-sim, o pensamento e as intuições dos bons espíritos para que a vida se torne mais suave e gratificante.

A propósito, conta-nos a lenda da existência de um ca-sal de jovens com dois filhos. José, homem de bom caráter,


trabalhador e honesto, mantinha o lar com dificuldade pela escassez de recursos financeiros. Não obstante muito labor, José mantinha fé e esperança em dias melhores.

Na vida cotidiana praticavam a caridade com amor e dedicação. Mantinham um pequeno restaurante, do qual pro-duziam marmitas para venda aos operários das fábricas ad-jacentes. Certa feita, Joaquim, um homem esperto e egoísta, notando futuro nos negócios, propôs a José uma sociedade.

José que mantinha o negócio com dificuldades, sem analisar o caráter de Joaquim, aceitou a proposta. Firmaram contrato; Joaquim ficou com a parte financeira e José com a industrial. José não sabia das intenções do sócio, mesmo assim franqueou-lhe a sua casa para ampliação do restaurante.

O negócio foi promissor, as retiradas dos sócios eram normais; decorridos seis meses, as retiradas de José tornaram-se difíceis, pois tinha que humilhar-se, implorando a Joaquim o pagamento de sua retirada.

Joaquim regateava alegando falta de dinheiro, não obs-tante o restaurante ser bem concorrido. José acostumado a ter o minguado dinheiro com independência, sentia-se constran-gido com a situação de ter que humilhar-se para Joaquim.

A situação foi se tornando difícil para José que pediu o término da sociedade. Desfeita a firma, José passou a ser empregado de Joaquim. Joaquim, orgulhoso, egoísta e esper-talhão, conseguiu o seu ideal; no entanto, a sua convivência com José, virtuoso e honesto, o tornou mais afável e menos egoísta.

José, por sua vez, conseguiu o emprego almejado e um salário que atendia suas necessidades para cuidar da família e


ser feliz.José agradeceu a Deus pelo bom emprego e a Jesus

Cristo pela paz e saúde no lar; é um verdadeiro cristão, pois cumpre as Leis Naturais como meta de vida.

29 - DIRETRIZES

As diretrizes de vida cumpridas pelo ser humano repre-sentam suas boas ou más escolhas para a rota terrena, as quais influenciam diretamente seu grau de progresso moral.

O bem se distingue pelo comportamento ilibado, ex-pressões lastreadas nos ensinos de Jesus Cristo.

O detentor das enfermidades da alma pratica o mal por ignorância dos conhecimentos espirituais e morais, priorizan-do suas paixões grotescas; este ser é susceptível de sofrimento compulsório para correção de suas imperfeições.

Os erros praticados são plantações espontâneas, porém a colheita é obrigatória, submetendo o homem à Lei de Causa e Efeito.

Aquele que segue os ensinos de Jesus Cristo, embora não esteja isento das dificuldades e do sofrimento, sabe supor-tá-los com fé, resignação e esperança de dias melhores.

Sendo o planeta Terra de provas e expiações, todos os seus habitantes estão comprometidos com débitos de existên-cias passadas.

Para o resgate desses compromissos, Deus dá a todos os filhos o mesmo direito à reencarnação, que é uma viagem temporária na qual lhes compete pagar seus débitos sem re-


clamar, adquirindo e praticando os ensinamentos de Jesus e os aprimorando com os conhecimentos do Livro dos Espíritos da Doutrina Espírita.

30 - DIRETRIZES PARA A ALMA

As forças provindas da natureza abrem ao homem um leque de opções que o permite transpor e remover as pedras na estrada da vida, com mais facilidade. As pessoas devem tra-balhar para aquisição do poder econômico, mas valorizar com ênfase as qualidades morais na aquisição de luz para suas al-mas lastreadas nos ensinos evangélicos da Doutrina Espírita.

É importante adquirir conhecimentos relativos à vida espiritual contidos em O Livro dos Espíritos. Jesus Cristo alerta a humanidade para amar e instruir-se, enfatizando que fora de caridade não há salvação. Valorizar a vida em todas as circunstâncias é embasá-la na Lei de Amor.

O homem consciente de suas obrigações para com as leis que regem a vida, não deve se entregar às paixões enfer-miças com a prática de atos maléficos, sob pena de sofrer com mais rigor a correção de seus maus atos do que aqueles que se encontram na ignorância.

Portanto, mais vale analisar e vigiar os pensamentos sob a ótica da razão, acatando os bons e eliminando os inferiores.


31 - ELUCIDAR

As virtudes inerentes à doação caritativa estão consig-nadas nos ensinos dos bons espíritos, que visam cumprir os preceitos de Jesus Cristo.

A felicidade é direito de todo cidadão, porém não a aguarde sem o esforço próprio, pois que nada conseguirá gra-ciosamente, requerendo do leitor coragem, labor e boa vonta-de, para a conquista de sua regeneração.

Há na vida do homem dificuldades e dores pela sua con-dição física e ausência do progresso moral; todavia, a alma que o dirige é portadora dos princípios geradores do bem-es-tar e da fraternidade que deverá imperar futuramente entre to-dos os povos.

Ressurge o mote da felicidade, para a qual o pensamento higienizado é fator preponderante na construção dos destinos do homem. Suportar com humildade, paciência e resignação os revezes da vida, a dor e o sofrimento, demonstra elevação espiritual.

Não deve o homem pré-julgar o semelhante que não co-munga com seu ideal, uma vez que cada pessoa deve conduzir sua cruz diferenciada segundo seu grau de progresso moral.

Aguardar para a vida futura os recursos adquiridos de progresso na atual existência é de suma importância para a elucidação do espírito na erraticidade.


32 - ENFERMIDADES SUGESTIONADAS

A falta de percepção e sensibilidade emocional do ser é a origem do sofrimento que impera na coletividade humana; geram enfermidades da alma que se refletem no corpo físico através do sistema nervoso. Os pensamentos são fontes de re-cursos inebriantes quando bem higienizados; todavia, quando divorciados das regras do bom comportamento são focos de destruição e sofrimento do ser. Denotam que a alma está en-ferma e necessita de recursos curadores, com manifestações dolorosas corpo físico.

O bom comportamento é o reflexo de pensamentos ele-vados com base na moral evangélica, sendo indispensável à ação e à prática do amor sentimental.

A propósito conta-nos a lenda de que duas pessoas su-postamente enfermas, encontraram-se no consultório médi-co: Pedro, homem petulante, orgulhoso e sistemático e José, vulgo Zeca, indivíduo humilde, simples, caipira, virtuoso por natureza.

Sentaram-se no mesmo sofá; Pedro arguiu Zeca sobre o que ele veio fazer.

- Vim fazer consulta com o Dr. Marcondes. Pedro, indiscreto, perguntou-lhe o que sofria. - Dizem que estou tuberculoso, pois quando engasgo,

tusso muito. Pedro argumenta:- É uma doença grave e contagiosa! - E você Pedro, veio fazer o que?- Vou consultar com o Dr. Marcondes, acho que estou


com lepra, pois coça muito e dói a pele. - Sua doença pega? perguntou Zeca. - Sim, por contato. Ambos foram se distanciando; Zeca pensou de si para

si - Se essa tal já começa me pegar, estou perdido!Nesse momento, o médico convidou Pedro a entrar.

Após medir sua pressão, que estava normal, perguntou:- O que você sente? - Voltei! O senhor mandou que eu voltasse após 30 dias.Nesse instante, o médico bateu com força nas costas de

Pedro, obrigando-o a pedir por socorro. O Zeca que tudo ou-via, ficou assustado e com medo.

- Vou lhe receitar um banho geral com erva de Santa Maria, é milagrosa e cura tudo.

- Mas doutor, não tem outro remédio? Ela tem mau chei-ro!!

- O ruim é que cura! Volte em 30 dias. Até lá! O doutor chamou Zeca para a consulta, ele estava todo

choroso pela doença que supunha ter. Mandou que tirasse a camisa para medir a pressão.

- Está normal! Examinou os pulmões e pediu que falasse devagar: 33

por três vezes. Depois de ouvir, nada encontrou. - Doutor, não sei qual doença é esta. Sinto frio e treme-

deira. É a febre, agora eu sei. Quando engasgo, fico tossindo muito tempo e me dizem que é tuberculose.

- Puro engano, você não tem nada; mesmo assim vou lhe receitar chá da folha de maracujá, é um bom calmante.

Assim terminou o diálogo de dois cidadãos que, impres-


sionados, preocuparam-se e atormentaram-se julgando-se do-entes de males dos quais não eram portadores. Carregavam, na verdade, enfermidades da alma a exigir correção.

33 - ELUCIDAÇÃO

Servir-se dos predicados morais para sanear as infl uên-cias maléfi cas corresponde à vigilância mental constante a fi m de evitar o assédio de energias negativas.

Ser honesto consigo mesmo na escolha e formação do destino, na seleção de uma rota de vida digna e segura, e saber desvencilhar-se dos infortúnios que surgem no curso da vida, é demonstrar sabedoria dos ensinos de Jesus Cristo.

Os homens, nutridos pelo orgulho, egoísmo e vaidade, não reconhecem esses males da alma, dos quais tornam-se es-cravos, com falhas no comportamento que afetam seu bem estar. O aprendizado que a natureza oferece atinge a todos os seres humanos cujas experiências são lastro para sua própria evolução moral.

Curtir a vida sem cobertura moral e apoio nos ensinos do Mestre é o mesmo que transpor o oceano da vida sem um arrimo protetor.

A verdadeira moradia do espírito é a astral, durante o período de erraticidade, onde ele trabalha, estuda e progride, e desfruta de maior liberdade, segundo o grau de evolução.

Os espíritos comunicam-se pelo pensamento, não ini-


bindo a verbalização, quando necessário. Pela condição de trabalho, podem tornar-se invisíveis aos espíritos inferiores que, por sua vez, verbalizam os seus diálogos.

O espírito encarnado não tem lembranças das vidas pas-sadas, traz o carma que é o roteiro a cumprir sem que dele tenha ciência. Carrega o instinto, a vocação ou as tendências, que se confi guram com o desenvolvimento orgânico.

Com a morte do corpo físico, a alma, ou espírito, desli-ga-se da carne, carregando seu corpo fl uídico, ou perispírito, que é um protótipo do corpo físico, portando suas caracte-rísticas morais e a mesma aparência visual que tinha quando encarnado.

De nada adianta ao espírito suas reclamações sobre o que sofre pelo mau comportamento na vida pregressa. Cum-pre-lhe humildemente arrepender-se, rogando a Jesus em ora-ção, pedindo-lhe coragem, entendendo que será atendido se-gundo os seus merecimentos, pois todos estão sujeitos à Lei de Causa e Efeito.

Oração e vigilância sobre pensamentos e atos são im-prescindíveis para evitar quedas morais e sofrimento desne-cessários. “Vigiai e orai” é a orientação de Jesus; a dor é a companheira bendita do homem ainda inferiorizado, imper-feito e delinquente.


34 - FATOR EMOCIONAL Os recursos terapêuticos descobertos pela ciência me-

dicinal alternativa, nem sempre garantem os efeitos que se aguarda, não obstante serem bons; seus efeitos vinculam-se à realidade psíquica de cada paciente.

Nota-se que o fator emocional tem infl uência prepon-derante sobre a saúde psicossomática e que, via de regra, é o fator emocional o que mais afeta a humanidade; assim os medicamentos têm valia relativa, pois a enfermidade está na alma. Portanto, mister se faz curá-la, mantendo pensamentos elevados, bons sentimentos, controle emocional, mudança de hábitos e comportamento, e, se necessário, com auxílio de um psicoterapeuta.

É sabido que a doença psíquica tem origem nos pensa-mentos e sentimentos que desajustam o tônus orgânico, reque-rendo do paciente equilíbrio, fé, esperança e oração.

Está na forma de pensar e comportar-se a fonte de mui-tos males que atraem a assimilação de entidades imperfeitas a injetarem suas energias fl uídicas enfermiças no paciente ca-rente.

Para não tornar-se cúmplice de irmãos imperfeitos, é preciso orar em seu benefício, fazer leituras do Evangelho, isolar os maus pensamentos, não os retendo, procurando transformar-se moralmente, comportando-se bem e cumprin-do as Leis Divinas.

Sem que haja humildade e amor na doação caritativa, o gesto é de pouca valia para o doador que precisa de correção na forma de agir e pensar, para a verdadeira prática das leis de justiça, amor e caridade.


35 - IMPRESSÕES SOMÁTICAS

As impressões sensitivas, que o espírito leva para a erra-ticidade ao desencarnar, estão ligadas ao sistema de vida com-portamental. Quando o homem cumpre bem a sua trajetória terrena, as impressões pós-morte são temporárias e ligadas ao despertar da consciência.

O mesmo não ocorre com o homem que, por infantilida-de, compromete a vida com atos negativos, usando mal o livre arbítrio, comprometendo a consciência em atitudes delituo-sas. Nesse caso, as perturbações após o desencarne são mais duradouras, até que o espírito se aprimore pelo sofrimento a ser suportado na erraticidade.

Desligar plenamente das impressões da vida terrena é próprio das almas nobres, que souberam cultivar com sabedo-ria os ensinos de Jesus Cristo.

Há espíritos que, por sua evolução e merecimento, des-pertam a consciência logo após a morte física. O espírito é um ser inteligente, dotado de consciência, sentimentos, emoções e sentidos. Para manifestar-se ele se serve do seu perispírito, que é o seu corpo astral.

O desenvolvimento do ser humano está na dependência de sua boa vontade no cumprimento das Leis Naturais e de Justiça, Amor e Caridade; desprezando essa regra, o progresso humano se faz por circunstâncias dolorosas, vítimas que são das suas próprias imperfeições.

Os predicados virtuosos de que o homem deve dispor estão em suas mãos, depende de sua boa vontade e desprendi-mento no cumprimento das Leis que regem a vida para tornar-


se feliz, uma vez que as Leis Divinas estão escritas na cons-ciência de cada um (pergunta 621 de O Livro dos Espíritos).

36 - INCRÉDULOS A falta dos recursos morais para desenvolver a fé e a

esperança leva os materialistas ao sofrimento somático, sem um arrimo de apoio.

São pessoas incrédulas, distanciadas dos ensinos evan-gélicos, nas quais somente a dor é capaz de levá-las ao cami-nho que conduz a Deus, não obstante algumas serem carido-sas, alimentadas pelo orgulho e vaidade.

As pessoas desse naipe, cedo ou tarde terão de acreditar na vida extrafísica, pois são espíritos imortais encarnados, em busca de seu progresso.

Os materialistas, embora enfermos, atribuem os seus males a um capricho da natureza; nunca se culpam pelos dis-túrbios que ocorrem no curso da vida.

As pedras do caminho são os obstáculos e as difi culda-des que ocorrem na vida das pessoas, vítimas de sua fraqueza e imperfeição.

As pessoas que só valorizam a vida tangível em detri-mento da existência espiritual devem menosprezar o seu orgu-lho e vaidade, e reconhecer a sua pequenez, ante a vida futura que é a verdadeira.

O progresso se faz presente nas almas, “espíritos”, quer


queiram ou não, pois é Lei Natural à qual todos estão sujeitos.

37 - INFLUÊNCIA ESPIRITUAL No curso da vida o homem muitas vezes deixa de cum-

prir seus compromissos, tolhido que é por energias espirituais assimiláveis, nem sempre satisfatórias. É de suma importân-cia ao homem manter os pensamentos e sentimentos em har-monia com os preceitos evangélicos ditados por Jesus Cristo, a fi m de sintonizar com os bons espíritos.

Na pergunta 181 de O Livro dos Espíritos, Kardec ques-tiona se os espíritos infl uenciam em nossos pensamentos e ações. Eles lhe respondem que, a esse respeito, a infl uência espiritual é muito maior do que possamos imaginar. Muitas vezes são os espíritos que nos dirigem.

Depende do gênio e da natureza do homem a sua sinto-nia espiritual, motivo pelo qual deve procurar ajustar-se à mo-ral evangélica, a fi m de evitar comportamentos desregrados, infringentes às Leis Divinas.

Todo o homem deseja ser feliz, porém há aqueles que pouco contribuem para a realização deste feito.

Muitos julgam a felicidade à sua maneira de proceder, cometendo infrações as Leis Divinas; os que assim procedem são candidatos à escola da vida, onde terão de reparar as faltas cometidas, no aprimoramento íntimo para, após sofrimento, obter as virtudes morais e conquistar o bem-estar com assimi-


lação dos espíritos nobres.

38 - LAÇOS PERISPIRITUAIS O desligamento do perispírito pela morte física, pelo

rompimento dos laços que prendem o espírito ao corpo, é um fenômeno mais ou menos lento, dependendo do grau de pro-gresso e merecimento do ser.

A condição do espírito na erraticidade, sua elevação, fe-licidade ou sofrimento, depende da faculdade de sentir e da percepção que desenvolveu, em função de sua elevação moral e do merecimento conquistado.

Nota-se que nas pessoas com difícil desprendimento, em virtude do apego aos bens materiais e a ignorância da vida extrafísica, esses laços não se rompem facilmente. O mesmo não acontece com aquele que está moralmente preparado para tal ocorrência, cujo desprendimento ocorre mais facilmente.

A perturbação que o espírito experimenta após a morte física é variável segundo o grau de desprendimento e evolu-ção espiritual; os espíritos libertos de suas imperfeições mo-rais se comportam como monitores auxiliares dos necessita-dos enfermos.

A morte súbita deixa o espírito atônito, não reconhe-cendo o seu verdadeiro estado, que é variável segundo seu progresso. Com a morte física, os espíritos são acolhidos na erraticidade por amigos ou familiares já desencarnados; ou-


tros, pelo seu comportamento nefasto, conquistaram inimigos que os aguardam no plano espiritual.

Volitar é o exercício da ação pela vontade do espírito, cujo desempenho deve estar em consonância com o seu pro-gresso, sendo sua locomoção instantânea, como a velocidade do pensamento.

No caso de espírito com débitos retidos à consciência, o seu perispírito pode sofrer mutações fi sionômicas pelos seus distúrbios mentais.

É necessário que as pessoas se preparem espiritualmen-te, a fi m de evitarem surpresas e chegarem à erraticidade de mãos vazias.

Em resumo: a alma é imortal, é um espírito encarnado.O perispírito é o corpo astral do espírito, cujos laços

com a matéria se rompem com a morte física, sendo ele um protótipo do corpo extinto, motivo pelo qual muitos espíritos não reconhecem estarem desencarnados, cujos ajustes estão submissos à evolução e merecimento do espírito.

39 - LAPIDAÇÃO DA ALMA É na vida espiritual que vamos sentir os refl exos da

existência levada a termo durante a vida terrena.O estado de sofrimento transitório que o espírito passa

na erraticidade é cruel para aquele que, na vida material, co-meteu deslizes e crimes e não cumpriu as Leis Divinas, uma


vez que esses atos fi cam gravados na consciência do espírito.O espírito culpado fi ca preso à lembrança dos maus

atos, que lhe acode ao pensamento, causando-lhe sofrimen-tos levados a efeito com o auxílio dos comparsas envolvidos, conduzindo-o às zonas de sofrimentos infernais.

Para isentar-se desse estado purgatorial, a alma (espíri-to) necessita adquirir as virtudes ensinadas por Jesus Cristo, cumprindo as Leis Divinas, valorizando a vida e amando a si próprio e seus semelhantes, extirpando, assim, as enfermida-des da alma.

Sofrer faz parte da vida de quem fez jus, pois lapida a alma pelos desvarios cometidos; Deus, que é amor e justiça, retira do sofrimento o medicamento que saneia a alma das im-perfeições, cabendo ao paciente absorver a experiência com fé e esperança para a solução dos problemas que lhe afl igem ao coração.

Deus, que é pai amoroso, dá a todo fi lho a mesma opor-tunidade de redenção, cabendo-lhe a escolha da rota a seguir.

40 - LEI DO PROGRESSO UNIVERSAL Surge no horizonte a luz que aquece e alimenta a vida

de todos os seres, organismos que a natureza sábia cria para deleite e progresso que deve ser realizado no orbe terrestre.

A Lei do Progresso impera em toda Criação Divina, é perfeita e exige de todos os seres orgânicos o seu cumprimen-


to.O homem, consciente dos seus deveres, não deve ne-

gligenciar o cumprimento das Leis que regem a vida e, bem assim, os espíritos na erraticidade, cujo atendimento promove o bem-estar e a felicidade sem os quais os homens não alcan-çam o objetivo da sua reencarnação.

Com a morte orgânica, o espírito retorna à vida extrafí-sica ou invisível, “o mundo dos espíritos”. É lá que terá que prestar contas, no tribunal de sua consciência, pelo bom ou mau comportamento; aquele que usou mal o livre arbítrio tor-na-se réu de si próprio.

Quanto mais ignorante e comprometido com a matéria é o espírito, mais acentuadas são suas ligações reflexivas com o corpo extinto, pois se julga encarnado, o que lhe causa sofri-mento e desajustes.

Os espíritos desencarnados estão presentes entre os homens e interferem em sua vida. A aparência do perispírito pode sofrer transformações temporárias de acordo com a mo-ralidade e vontade do espírito (Livro dos Espíritos).

O dever para consigo próprio está no cumprimento das Leis de Deus e das leis civis, além do atendimento aos ensi-nos de Jesus Cristo e da obrigação de adquirir conhecimentos científicos e filosóficos contidos na moral do Cristo, como os do Livro dos Espíritos da Doutrina Espírita.


41 - LEI DO PROGRESSO O entendimento da ciência e da fi losofi a se desenvolve

à medida que a Lei do Progresso for sendo conquistada pelo espírito.

Como lei natural, o desenvolvimento se faz presente em toda atividade humana e espiritual, assim como todos os rei-nos da Natureza, o mineral, o vegetal e o animal.

A Lei do Progresso, que é divina, impera em todo o uni-verso adaptada a cada orbe segundo o seu desenvolvimento.

A elevação moral consiste em superar os obstáculos que inibem a evolução gradual dos seres. O instinto de conser-vação constitui norma da vida a todos os seres orgânicos da natureza que procuram se defender, tanto quanto possível, da intromissão dos inconvenientes ambientais que os podem pre-judicar; no ser humano, denota esforço para manutenção da saúde, para a qual o fator pensamento higienizado é prioritá-rio.

Os espíritos, encarnados ou não, pela lógica e raciocí-nio, assumem compromissos relevantes com os ensinos de Je-sus Cristo, cuja prática os leva à felicidade.

42 - LEIS NATURAIS ADAPTADAS AO ORBE TERRESTRE

É dever de todo homem de bem ser solidário para com

o semelhante que suporta os revezes da vida com paciência,


humildade e resignação. Essas virtudes, quando espontâneas, são fonte de luz para a alma, pois promovem a prática da ca-ridade.

Como fonte de luz, deve ser extensiva a todos os ho-mens para que a paz se faça no planeta, favorecendo a rege-neração que se dará com a homogeneidade de pensamentos e sentimentos voltados à prática do amor ao próximo e da elimi-nação das imperfeições da alma.

Não importa a nacionalidade ou a religião envolvidas, pois a humanidade terrena, cônscia de sua responsabilidade, será solidária, uma vez que o orgulho, o egoísmo e a vaidade serão defi nitivamente banidos do planeta Terra.

Essa etapa de progresso da humanidade se dará com as futuras gerações que, mais aprimoradas, contribuirão para a regeneração planetária.

Tudo no Universo está submisso às Leis Naturais ou di-vinas que serão adaptadas à evolução de cada orbe. Somente assim as pessoas desfrutarão de bem-estar, com mais saúde e menos sofrimento pois, apoiados no ensino de Jesus Cristo e praticando a caridade, estarão cumprindo as leis divinas e civis.

43 - LIBERTAÇÃO MORAL

O Aglutinar conhecimentos espirituais egoisticamente é lacuna indefinível às pessoas que assim procedem.


É na instrução que o homem encontra os meios de tra-balho para subsistência da vida física, através do qual ele apri-mora a alma.

Salvaguardar as luzes de conhecimento com a elimi-nação das algemas da ignorância é dever de todas as pesso-as bem-intencionadas, cuja luz se adquire com a prática do “Amai-vos e Instruí-vos”, recomendado por Jesus.

Da vida atual nada se leva para o além, apenas reflexos físicos que devem ser esquecidos; carregamos somente as lu-zes das virtudes morais e dos conhecimentos adquiridos.

Os espíritos das pessoas que não aprimoram a consciên-cia com as experiências da reencarnação e com a eliminação de atos libidinosos, quando morrem, são acolhidos pelos ami-gos espirituais do mesmo padrão de comportamento.

No despertar de uma nova vida na erraticidade, o espíri-to infrator está sujeito à Lei de Causa e Efeito, cujo sofrimento resulta de sua consciência comprometida a ditar-lhe que o ar-rependimento sincero, com o auxílio da oração a Jesus Cristo, com fé e esperança, é a maneira certa para o alívio das dores.

Configura-se na erraticidade, o pensamento segundo o qual, o espírito tem oportunidade de promover a sua liberta-ção moral com o cumprimento das Leis Divinas e dos ensinos de Jesus Cristo.


44 - LUZ PARA A ALMA A reencarnação é a volta do espírito a um novo corpo,

carregando o carma a cumprir na nova existência, a qual con-siste em expiação ou provação para resgate dos débitos do passado. Muitos já nascem em corpos mutilados. Outros, no correr da vida, passam a experimentar sofrimentos angus-tiosos, que podem ser minorados quando, sem revolta e sem alarde, procuram o caminho do bem, a aquisição das virtudes morais e a prática da caridade.

Embora encarnados, temos o dever de pautar nossa vida como espíritos para que, ao retornar à verdadeira vida, não sejamos “pegos de surpresa”, por falta de conhecimentos da vida espiritual.

Cumprindo as etapas evolutivas, o homem adquire luz espiritual; aquele que negligencia a prática da caridade, que não redime suas imperfeições morais (orgulho, vaidade e ego-ísmo), que não tem as virtudes do bem (paciência, humildade, indulgência, resignação, etc), quando morre, o espírito fi ca envolto em trevas.

A morte e a reencarnação são condições indispensáveis para a evolução do espírito. Desde a sua mutação para a vida humana, a alma tem embutidos, em sua consciência, em esta-do latente, o gérmen de todas as faculdades que vão afl orando, na medida do progresso alcançado (Livro dos Espíritos).

Ninguém consegue crescer espiritualmente sem o resga-te dos débitos que tem retidos na consciência. As percepções do espírito estão condicionadas ao grau de sua evolução moral e intelectual, pois ele só sente e percebe o que lhe desperta o


interesse (Livro dos Espíritos).Quanto mais ignorante e imperfeito é o espírito, mais

acentuadas são as impressões refl exivas do corpo físico. Os refl exos das nossas ações são arquivados no subconsciente, que se torna consciente na vida espiritual. O gênero de vida que temos quando encarnados, determina a densidade do pe-rispírito na outra vida (Livro dos Espíritos)

A condição do espírito na erraticidade, sua evolução, felicidade ou sofrimento depende do grau de elevação moral e merecimento e, bem assim, do modo de vida quando encar-nado.

O espírito é uma energia, uma centelha, um ser inte-ligente, cujo corpo, na erraticidade, evidencia-se pelo peris-pírito, por meio do qual ele se manifesta. Todos os espíritos errantes são sujeitos à reencarnação.

Pela Lei Natural de “atração e repulsão” que há na con-vivência dos espíritos, a assimilação se dá por analogia de pensamentos, sentimentos, caráter e hábitos, constituindo as afi nidades ou as antipatias.

Os espíritos puros não reencarnam, pois alcançaram a perfeição que se lhes torna peculiar, trabalham como minis-tros de Deus no cumprimento das Leis Divinas ou Naturais.

Se quer o bem-estar e a felicidade, procure reformular seus pensamentos e sentimentos, apoiando-se na prática da caridade, no amor ao próximo, na correção das imperfeições íntimas, na aquisição das virtudes morais como a humildade, a paciência, a indulgência e a resignação, cujo conjunto de ações geram luz espiritual.

As virtudes do bem lastreadas nos ensinos de Jesus Cristo inseridos no Evangelho segundo o Espiritismo, como


normas de vida conduzem às ações morais e espirituais que iluminam a alma e geram felicidade para o homem.

45 - NATUREZA HUMANA

O gênio e a natureza de que o homem está investido são manifestações da alma, remanescentes de vidas pretéritas, submissos à correção. É o refl exo do estado evolutivo “moral e intelectual” de cada pessoa, com “bom ou mau gênio”.

O gênio, a natureza e o instinto são características ine-rentes a cada homem, as quais necessitam ser buriladas pelos ensinos de Jesus Cristo a fi m de não prejudicarem o progresso moral do ser.

Ante essas assertivas, o importante é que o homem co-nheça a si próprio e, por meio dessa análise de consciência do seu comportamento, identifi que suas limitações, procurando corrigi-las com base nos ensinos de Jesus. Todo homem quer ser feliz, o que está em suas mãos, porém está condicionado ao seu aprimoramento moral.

46 - NORMAS DA VIDA Amar e instruir, preceito recomendado por Jesus Cristo,

deve ser priorizado por toda pessoa que aspira o bem-estar. A


recomendação do Mestre refere-se à prática da caridade, alia-da ao conhecimento espiritual, não desprezando a educação curricular que é importante para o crescimento moral.

Sem a prática do bem, não há sementeira moral que prospere. O canteiro das virtudes que dão fl ores deslumbra o homem sugerindo a sua aquisição; colhê-las sim, cultivá-las em ação é necessário, sem o que se torna estéril o seu progres-so. A prática do bem é obrigatório a todo ser humano, aquele que negligencia a sua ação, comete falta injustifi cável.

Jesus Cristo nos legou uma norma de vida exemplar in-serida no seu Evangelho que, se cumprida, proporciona a tão almejada felicidade terrena.

47 - OBJETIVO DA REENCARNAÇÃO O homem é um ser vital, animado por uma alma imortal

criada por Deus, simples, inteligente, porém ignorante, para crescer e evoluir indefi nidamente. O objetivo da criação do espírito é para habitar o Universo infi nito de Deus.

A natureza, da qual Deus faz parte, é sábia; cria os es-píritos e dá-lhes os meios para progredirem através das reen-carnações sucessivas até atingirem a perfeição, como coadju-vantes da própria natureza; monitorando o cumprimento das Leis Divinas pelos espíritos submissos. Leis adaptadas a cada mundo segundo a sua evolução.

O fenômeno reencarnatório é limitado para o ser que purgou seus instintos maléfi cos e adquiriu as virtudes morais


e conhecimentos relativos ao planeta em que habita.Todavia, é ilimitada a reencarnação para o homem ocio-

so, negligente e rebelde, cujo comportamento negativo não condiz com a sua necessidade evolutiva.

O espírito, quando reencarnado, deve atuar no cumpri-mento das leis divinas, as quais contribuem para sua evolu-ção; já os bons espíritos desencarnados, monitoram a assimi-lação mental do homem e a consumação da aplicação das leis de Deus.

As difi culdades e sofrimentos que o ser experimenta no curso da vida, quando bem suportados, contribuem para o seu aprimoramento íntimo e consequente progresso.

Para que o homem possa contar com a assistência bené-fi ca dos irmãos do além, é indispensável manter uma vigilân-cia mental, cumprir as Leis Naturais, apossar-se das virtudes morais e cumpri-las; somente assim, o homem pode conside-rar-se feliz.

48 - O GRAU DE EVOLUÇÃO

O trânsito dos espíritos na erraticidade está submisso a uma ordem hierárquica, para a qual será considerado o grau evolutivo e o merecimento de cada ser.

Quanto mais imperfeito e comprometido é o espírito, maior é a sua vinculação com os refl exos da sua última exis-tência física; essa vinculação inibe o progresso moral do ser,


locando-o na zona de sofrimento, até que encontre uma sal-vação no oceano de dor, mediante o arrependimento sincero e o remorso pelos atos praticados, seguidos de muita oração de socorro a Deus e Jesus.

Jesus está sempre presente para todos os seres e lan-ça um convite aos estropiados e sofredores: “Vós que sofreis e aprendeis de mim, que sou brando e humilde de coração, achareis repouso para suas almas, pois é suave meu jugo e leve o meu fardo”. Isso consiste no aprendizado dos ensina-mentos do Mestre e na sua prática.

As reencarnações se sucedem até que os espíritos res-gatem seus compromissos e alcancem a evolução moral que, embora lenta, é indispensável à felicidade.

A reencarnação, necessária, é uma dádiva celeste por meio da qual espíritos colocam à prova os conhecimentos e experiências adquiridos, através das provações que suportam.

É vedado ao espírito virtuoso, quer encarnado ou não, cometer deslizes. Entretanto, se ocorrer uma falha por invi-gilância, os méritos e conhecimentos fi cam resguardados até sua recuperação moral. Os seres devem ter ciência de que a correção é mais acentuada para aqueles que não ignoram as Leis, pois muito será exigido de quem muito recebeu.

49 - O MESTRE

Ludibriar a vida ao cumprimento das Leis Naturais ou divinas que conduzem à felicidade é menosprezar a evolução


moral e espiritual do homem.A natureza proporciona, ao ser humano, as condições

principais para o cumprimento das diretrizes que levam o ser à obtenção do bem-estar; entretanto pela imperfeição egoística e orgulho, o ser desvia o curso da vida evolutiva e torna-se in-frator pelo mau uso do livre arbítrio, provocando sofrimentos e angústias, submisso que está à Lei de Causa e Efeito.

Deus criou a alma – “espírito” – para ser feliz enviando o Medianeiro Jesus Cristo para que, através dos ensinamen-tos, possam os homens alcançar a sua libertação; todavia, os interesses egoísticos os impedem de atingir a fi nalidade.

Jesus Cristo proclamou que, para evoluir, o homem deve cumprir o preceito de “Amar e Instruir-se”, suportes in-dispensáveis ao bem-estar na erraticidade.

O amor e a instrução, recomendados pelo Mestre Jesus, são condições necessárias para a obtenção da Paz e Felicidade entre os povos, segundo o qual, mister se faz cumpri-los.

50 - ONDA DE PAZ E BEM-ESTAR Para manter o equilíbrio mental e prevenir o assédio de

energias maléfi cas, é recomendável evitar comentários sobre assuntos que ferem a boa ordem natural; comente somente assuntos que dignifi quem o ego, que construam a moral; qual-quer palavra irradiada pelo pensamento produz vibração se-melhante absorvida pelo emissor.

A prudência nos pensamentos e atos envolve o ser por


uma onda de energias de paz e bem-estar.Se o pensamento dirige o comportamento do ser hu-

mano, é lógico que mantê-lo em harmonia com o sentimento emocional traduz resultado condizente com a diretriz dada a ele.

A alma é quem pensa e, para manifestar-se, serve-se do cérebro do homem, por meio do qual ela expressa a sua vonta-de; o pensamento idealiza, o sentimento estrutura, as emoções inspiram e os sentidos realizam os desejos da alma.

Assim funciona a atividade humana, no cumprimento de suas aspirações no bem em direção ao aprimoramento es-piritual; todavia há os insistentes à prática do mal, acentuando os seus débitos, em cujo retorno à erraticidade irão sofrer pe-los deslizes praticados.

Sem que haja harmonia entre o sentimento e as emo-ções, não há saúde orgânica capaz de suprir as defi ciências. A mente é a responsável por essas lacunas, pois uma mente sadia jamais produz enfermidades psicossomáticas.

Foi com base nos recônditos da alma em evolução, que Jesus Cristo asseverou no “amai e instruí-vos” como condição principal para a felicidade do ser encarnado ou não. Foi leva-do pelo amor, que Jesus Cristo consignou que fora da caridade não há salvação.

51 - OPORTUNIDADE DE LABOR No limiar de um novo dia, as pessoas se nutrem de oti-

mismo e esperança para o desempenho com sucesso no labor


da nova etapa, esquecendo-se de agradecer a Deus pela opor-tunidade de trabalho. A subsistência é indispensável ao ser hu-mano, todavia para o bom desempenho do labor este tem que ser inspirado nas boas ações, a fim de garantir a presença de Deus a indicar a boa rota de vida.

O homem batalha pela sobrevivência em diversas for-mas; quando bem-intencionado e apoiado pelas leis que re-gem a vida, está assegurado o seu triunfo. Há homens mal--intencionados, que se desvirtuam da rota com a prática de deslizes que comprometem a alma, vítima de suas imperfei-ções morais.

O homem que usa mal o livre arbítrio, com comporta-mento irregular, não obstante sofrer, não valoriza a evolução. Submissos à Lei de Causa e Efeito, que é a justiça divina, a humanidade tem por obrigação pautar a vida ajustada à con-duta moral recomendada por Jesus Cristo, inserida no evange-lho da Doutrina Espírita.

52 - OS DISTÚRBIOS Os distúrbios que eventualmente ocorrem na vida das

pessoas estão vinculados ao mau comportamento. Os pensa-mentos que dão origem ao mau uso do livre arbítrio são os responsáveis pelo estado emocional do homem e acarretam o comprometimento da saúde orgânica.

Para cumprir as obrigações sociais e a manutenção das


necessidades do lar, as pessoas reivindicam o poder econômi-co, negligenciando o agradecimento a Deus pelo curso da vida e a Jesus Cristo pela sua manutenção.

Os acontecimentos maléfi cos que se dão são decorren-tes da imperfeição do próprio homem, cujas pedras na estrada da vida são por ele mesmo projetadas pela falta de humildade e tolerância para com o próximo.

O curso da vida é áspero para todo o ser humano, consti-tuindo um aprendizado cujas experiências dignifi cam a razão de ser da vida, com novos conhecimentos sobre a ética e a moral dos ensinos de Jesus Cristo.

53 - OS PERCALÇOS Os percalços que o homem encontra na estrada da vida,

muitos são por ele mesmo praticados em virtude da sua im-perfeição moral, para cuja eliminação se acha encarnado na atual existência.

As condições estabelecidas no “Evangelho da Doutrina Espírita” devem ser apreciadas e cumpridas, pois traz ao ho-mem a felicidade almejada.

Não obstante, as difi culdades e sofrimentos por que pas-sa o ser, se resignado, oportuniza o seu crescimento por estar resgatando débitos do passado, aprimorando a alma com no-vas experiências e adquirindo luzes.

Jesus Cristo asseverou da necessidade do ser humano


cumprir o “amar e instruir”, condição para evolução espiritu-al, todavia a caridade é prioritária.

É condição intrínseca de Jesus a prática da Lei da Jus-tiça, Amor e Caridade para a salvação, isto é para o ingresso feliz do ser na outra vida.

Para o bem-estar do homem, há necessidade de manter pensamentos higienizados vinculados aos sentimentos nobres e emoções equilibradas, a fi m de assimilar boas energias, dis-sipando as trevas da ignorância, com a aquisição das virtudes morais.

54 - PASSADO COMPROMETIDO A vida é bela, tem que ser amada pelo seu portador, pois

é uma dádiva divina. É por meio dela que o espírito alcança o seu progresso.

Tudo que o homem faz na estrada da vida, obtém o re-sultado pela Lei de Causa e Efeito. Os efeitos têm sua origem na forma de pensar, sentir e comportar-se, formando o seu próprio destino.

Com o destino determinado, vêm as ações, cujo resulta-do é o bem-estar ou a dor e sofrimento.

É sabido que o pensamento é vida, força que atrai e re-pulsa; quando é bom, retrata alma elevada, ao contrário de quem pensa no mal. Quem impulsiona a vida com bons pensa-mentos, colhe os frutos correspondentes. Aquele de mau cará-


ter, que alimenta pensamentos inferiores e maus sentimentos, colhe os frutos que merece em dor e sofrimento, sem consi-derarmos os resgates cármicos, que é a reparação dos erros do pretérito.

Quem expia um passado comprometido, normalmente é uma alma imperfeita; se persistir alimentando pensamentos negativos e comportamentos correspondentes terá o sofrimen-to aumentado. Corretivos são necessários aos que praticam o mal; a pessoa que assim procede, além de não resgatar os débitos comprometidos, aumenta-os.

55 - PATRIMÔNIO Curtir a vida terrestre na conjuntura atual é uma tarefa

difícil, dadas as contingências da sociedade humana; contudo é necessário ao aprimoramento íntimo do cidadão. Só é vito-rioso aquele que, apoiado nos ensinos de Jesus Cristo, cumpre as Leis a que está submisso.

As pessoas devem se amar a fi m de manter uma saúde equilibrada, com pensamentos voltados a prática da caridade.

O maior patrimônio do homem é a vida física, contudo é um empréstimo divino, por meio da qual deve procurar evo-luir sua alma para uma convivência feliz na vida espiritual.

É sabido que a força do pensamento, quando direciona-da para o bem, é energia que produz a felicidade das pessoas; o homem que se dedicou a irradiar o pensamento para atos


maléfi cos está submisso a sofrimentos angustiantes. Portanto, o pensamento é tudo na vida, que pode construir como des-truir o bem-estar.

Aquele que no curso da vida não cultivar as virtudes da humildade, paciência, resignação, indulgência e a prática da Lei do Amor e Caridade, no cumprimento das Leis Naturais, está submisso a sofrer pela Lei de Causa e Efeito.

As enfermidades da alma induzem o cidadão a com-portamentos desregrados, causando sofrimento, sendo que o pensamento bom faculta a eliminação dessas doenças e o atin-gimento da libertação espiritual.

56 - PAZ CONSCIENCIAL

Sem que haja verdade no recôndito da consciência do ser humano, não prospera a paz desejada.

Na consciência do homem estão inseridos os diversos pensamentos que lhe ocorrem à mente, que nutrem o jorna-dear terreno, na formação do seu destino. O destino exerce infl uência no comportamento. Quando bom, é fruto de sen-timentos e pensamentos nobres, produz bem-estar; todavia, existem sentimentos nefastos, associados a pensamentos im-puros, resultando em sofrimento ao portador.

A dor porque passa o homem na Terra, é resultado dos vícios, paixões maledicentes e comportamento irregular. Se considerarmos as condições físicas das pessoas nem sempre


o sofrimento é sinônimo de imperfeição, é, sim, um estado de provação.

Há espíritos interessados em agilizar o seu progresso. Recorrem à reencarnação conscientes dos desafi os a superar; ao portarem-se como bons discípulos, terão alcançado a vitó-ria.

Para o espírito que sofre na erraticidade, vítima de si próprio, o melhor remédio é reconhecer os erros praticados e arrepender-se humildemente, embora isso não o isente da reparação das faltas praticadas.

57 - PENSAMENTO É DA ALMA Cada pessoa pode viver em seu mundo interior à sua

própria maneira, como lhe aprouver, lembrando, contudo, que todos os homens estão submissos às Leis Naturais ou Divinas, cientes de que o pensamento tem fator preponderante para construção de seus próprios destinos.

O fator pensamento, que é da alma, dependendo de seu teor, atrai para o emissor, em retorno, os refl exos bons e maus, correspondentes aos de sua origem.

A falta de vigilância mental faculta a oportunidade para assimilação de energias mantenedoras dos desvarios do ho-mem; a fi m de evitar o assédio de energias negativas, deve manter os pensamentos higienizados.

Os pensamentos do homem são expressões da sua alma,


a qual se serve do órgão cerebral como instrumento de traba-lho para sua manifestação.

Na erraticidade, o espírito tem a oportunidade de evo-luir com aprendizado e a prática do bem universal; todavia, pode estacionar cultivando a maldade, ciente de que todos es-tão submissos à Lei de Causa e Efeito.

Os espíritos que, na erraticidade, mantêm presos à cons-ciência as ligações refl etivas da vida física não progridem e sofrem o peso de suas faltas pelo mau procedimento.

Abençoadas sejam as pessoas que cumprem as Leis de Deus, que cultivam as virtudes morais preconizadas por Jesus Cristo, que valorizam a vida, amando a si próprios e aos seus semelhantes.

58 - PENSAMENTO LABORIOSO O homem necessita desvencilhar-se dos maus pensa-

mentos que lhe afl uem a mente diuturnamente.Os bons pensamentos são os que estão em harmonia

com as leis que regem a vida sob a tutela das Leis Divinas; já os que ferem essas normas devem ser repelidos com vee-mência.

É notório que o homem, possuidor de alto padrão moral, não é assediado por pensamentos negativos, uma vez que os repele.

Conta-nos a lenda da existência de duas pessoas amigas,


Paulo, homem de bons princípios, humilde, tolerante, indul-gente, desprendido e caridoso, médium curador que dava de si em favor do semelhante, cujos desafi os eram vencidos fa-cilmente. José, “vulgo Zé”, era uma pessoa de má índole, com enfermidades da alma, “orgulho, egoísmo e vaidade”, dado ao vício da embriaguez. Apesar de serem amigos, viviam em atrito. Paulo, conselheiro, insistia com Zé para mudar de vida e tornar-se um homem de bem, o que era negado, pois dese-java curtir a vida “que era uma só”; mal sabia Zé que a alma é imortal e vive para sempre em busca do aprimoramento ín-timo.

Certo dia ambos andando pela estrada da vida, encon-traram uma pessoa na calçada pedindo socorro, todo ferido com dores. Paulo, generoso, deu-lhe assistência, um passe com transfusão de energia curadoras e algumas moedas. Zé, que era maldoso, disse a Paulo: - Deixa sofrer, porque merece.

Continuaram o percurso e logo encontraram um reduto com uma festa popular regada a bebidas e a tóxicos. Paulo disse a Zé para continuarem o passeio, o que foi negado por Zé, pois queria participar do festim.

Zé, que apreciava bebidas alcoólicas, logo se embria-gou; os companheiros da festa dirigiam gracejos com palavras ferinas a Zé, que sentia o orgulho ferido e partiu para confron-to. Ficou ferido e foi expulso do ambiente...

Sentado sob a marquise de um edifício, embriagado e com dores generalizadas, sentia-se abandonado, sem ter a quem recorrer; os transeuntes, ao passarem, diziam-lhe pala-vras grotescas com a expressão “sofre porque merece”.

Na vida formamos nosso próprio destino cuja meta é


a felicidade, quando confi gurado em pensamentos higieniza-dos. Todavia é malfazejo o destino a partir de pensamentos invigilantes. A Lei de Causa e Efeito recomenda: não julgue para não ser julgado.

59 - PENSAMENTOS IMUNIZADOS

Quem pensa é a alma (espírito) que utiliza o cérebro do homem para manifestar a sua vontade e exprimir os seus sentimentos e emoções.

Os espíritos estão presentes na vida das pessoas mui-to mais do que se pensa, segundo o Livro dos Espíritos. O homem é constantemente assediado por espíritos infelizes e sofredores, que procuram infl uenciá-lo com suas energias en-fermiças, trazendo-lhe desconforto e insufl ando pensamentos levianos que devem ser rejeitados. É preciso vigiar os pensa-mentos e manter a prática da oração.

Para analisar se os pensamentos que nos assaltam são nossos ou de outrem (dos espíritos), verifi quemos o teor da mensagem. Se atenderem aos princípios morais e espirituais, aceitemo-los de bom grado; todavia, se ferirem a nossa ma-neira de pensar, de sentir e de agir, isolemos a mente com bons pensamentos, não aceitando interferências que prejudique a nossa paz.

O pensamento atrai energia idêntica à expedida, com velocidade superior à da luz. O pensamento é força magnéti-


ca; quando bem conduzido, é núcleo de saúde, paz e progresso para toda pessoa comprometida com a prática da caridade e o respeito às Leis Naturais.

Para que a felicidade se torne uma constante no habitat doméstico, é necessário cumprir as Leis Divinas ou Naturais, manter-se livre de infl uências maléfi cas da imprensa cujos refl exos produzem energias negativas mediadas por espíritos imperfeitos, que desestabilizam a paz do lar. O leitor deve analisar a lógica desse pensamento e utilizar-se dessa experi-ência, se lhe convier.

60 - PERDOAR É SER FELIZ Os conhecimentos contidos na literatura da Doutrina

Espirita dão ao leitor os meios necessários à aquisição de Luz espiritual, uma vez que o livra da ignorância sobre a vida es-piritual, pela certeza da imortalidade da alma.

Ter sabedoria é importante, todavia o exercício prático é indispensável como forma de colocar à prova tais albores do conhecimento.

O Mestre Jesus recomendou que o homem deve amar e instruir-se para que, através destas prédicas, evolua em moral e cultura.

Amar e instruir são dois suportes que o homem deve ter por norma de conduta para superar os empecilhos da existên-cia.


Sendo o orbe terreno de provas e expiações, o sofrimen-to, a dor, as dificuldades e as contrariedades, fazem parte da rota de vida de todo ser humano. Todavia, os conhecimentos morais facultam a transposição dos obstáculos com mais faci-lidade e eficiência.

A Natureza impõe regras a serem cumpridas que tra-zem bem estar; na sequência, o perdão das ofensas, como Lei Natural, deve nortear os destinos do homem. Todas as pes-soas são enfermas da alma, passíveis de erros; portanto, têm o dever de ser indulgentes para com o próximo, em situação recíproca.

Perdoar é demonstrar superioridade moral, é esquecer as faltas do próximo, usar de indulgência para com o algoz, de forma incondicional e ilimitada; sem isso o homem não será feliz. Guardar mágoa e ódio no coração, constitui sofrimento espiritual e orgânico.

O perdão deve ser precedido do desbloqueio do senti-mento emocional para atender os seus fins, que é a prática do amor, cujo mérito está no esforço empregado.

61 - PORTAR-SE Sendo Deus onisciente, onipotente e onipresente, disci-

plina todo o universo com suas Leis imutáveis, garantindo a harmonia que deve existir em toda criação. A assistência divi-na a todas as suas criaturas está condicionada ao cumprimento


das Leis Naturais e, bem assim, aos ensinos de Jesus Cristo, em se tratando de seres inteligentes.

Na vida dos terráqueos acontecem difi culdades e sofri-mentos, por meio dos quais as pessoas são capazes de aprimo-rar sua alma e adquirir novas experiências.

Os princípios elucidativos contidos na literatura espírita são importantes. O seu aprendizado e sua prática constituem luz para a alma; a luz do conhecimento torna o homem mais responsável, pois não ignora as leis divinas a que está submis-so.

Os miasmas que entretecem a vida das pessoas na atu-al existência são problemas de fácil solução para os que têm conhecimentos morais. Todavia, para aqueles que mantêm pensamentos e sentimentos negativos compactuados com es-píritos do mesmo jaez, a solução torna-se difícil, interferindo negativamente no progresso moral.

Manter-se vigilante e orar com fé e esperança para que a vida se reorganize e livre-se de atos comprometedores, é obrigação segundo a qual todas as pessoas devem portar-se em harmonia com as leis que regem a vida.

62 - PRESENTE E BEM-ESTAR A razão de ser da vida leva o homem a buscar a felicida-

de nas coisas fúteis, que alçam à consciência.Está presente o bem-estar naquele que atende com dig-

nidade o preceito de Jesus. O homem que, cônscio de sua responsabilidade, distan-


cia-se da prática do bem, sem valorizar a sua existência, tor-na-se presa de si mesmo pela consciência acusatória do mau comportamento.

Há homens que, envolvidos pelos prazeres materiais, dão vazão às paixões que comprometem a consciência e tor-nam-se vulneráveis às enfermidades pelos desajustes emocio-nais, implicados no descrédito dos ensinos de Jesus Cristo, tal a incursão de forças negativas.

A vida extrafísica que deve ser objeto de estudos e va-lorização é menosprezada pelo materialista, que só dá crédito à vida tangível pois, cego que está à vida moral, não acredita na vida espiritual.

As almas a caminho do aperfeiçoamento espiritual e moral que, transviadas, ingressam pela porta larga da vida, são obrigadas ao retorno compulsório, levadas que são pelo orgulho, egoísmo e vaidade.

Os males da alma quando acentuados, desequilibram o sistema límbico emocional, dando origem às enfermidades psicossomáticas.

O pensamento, que é a expressão da alma (espírito), é o responsável pelo bom ou mau comportamento do homem que, via de regra, acusa o destino por ele mesmo criado.

Como tudo na vida gira em torno do pensamento, pois é a alma (espírito) a geratriz do pensamento, a vida na errati-cidade não foge à regra; ter paz e ser feliz é o desejo de todo ser, quer encarnado ou não, porém, só consegue atingir esses estados de paz e felicidade, quando cumpre satisfatoriamente os preceitos postulados por Jesus Cristo.


63 - PROGRESSO MORAL A adesão às virtudes e leis que regem a vida mantém os

homens a caminho da perfeição moral. Os terráqueos devem assumir a reponsabilidade pelo seu próprio aperfeiçoamento, se desejarem ser felizes.

O estudo e as ações que condicionam o bem-estar estão nas mãos dos homens; falta-lhes interesse e boa vontade para a absorção das virtudes morais e o cumprimento das leis, nu-tridos que são pelas enfermidades da alma; devem manter os pensamentos sempre vigilantes para o bem, a fi m de evitar a assimilação de forças maléfi cas que incitam à maledicência.

Não há regra sem exceção; nem todos estão incursos às leis, grande parte dos homens são virtuosos e felizes na caminhada evolutiva, não obstante a moradia provisória ser de provas e expiações.

Todavia há aqueles que, por negligencia e ódio, não cumprem as leis, e respondem na justiça divina pelo mau uso do livre arbítrio.

As pessoas vitoriosas são agraciadas pelo bem-estar, fe-liz recompensa natural do trabalho esclarecedor, cujo fi m é o progresso espiritual e preparo para a vida na erraticidade, oportunamente.


64 - PROTEÇÃO DE JESUS Há pessoas que se nutrem das paixões da vida física

movidos pelas enfermidades da alma, tornando-as cegas aos ensinos de Jesus inseridos na literatura da doutrina espírita.

Tais recursos devem ser cultivados e, bem assim, o seu aprendizado, legando ao ser a experiência ilustrativa.

Existem pessoas que simulam aprendizado, todavia quando surgem sofrimentos e aborrecimentos, se rebelam im-pacientes, sem resignação, neutralizando os princípios do “se amar” e da “caridade”.

Subir a escada da vida rumo ao infi nito sem mácula é o ideal, porém é difícil, dado às imperfeições morais das pesso-as. Presas às vicissitudes da vida material, elas inibem o seu progresso moral e espiritual, requerendo dinamismo, determi-nação e boa vontade, para obter o êxito devido.

Sendo o orbe terreno de provas e expiações, portanto de sofrimento, cujos habitantes não correspondem às agruras das penas impostas por si mesmos, recorrem a Jesus aqui ou aco-lá como consolador. Porém se esquecem de que Jesus irradia seus pensamentos a todas as pessoas e espíritos, bem como os seus ensinos edifi cantes, estando permanentemente junto aos seus protegidos.

A remoção das pedras na estrada da vida requer do pa-ciente fé e esperança, aliados ao cumprimento das Leis Natu-rais e Sociais para a conquista da felicidade.


65 - REENCARNAÇÃO O fenômeno da reencarnação é alusivo à volta do espí-

rito a um novo corpo físico, cujo perispírito vincula-se ao feto desde o início da gestação.

Para que isso ocorra, o espírito passa por uma prepara-ção: esquecimento temporário de todos os seus atos pretéritos; redução perispiritual unicelular; armazenamento de todas as informações cármicas a serem expiadas ou provadas na nova existência física.

A tendência e a vocação inatas são remanescentes do passado que, por instinto, o homem tem pressentimento.

O retorno à vida física é a maneira pela qual o espírito é convocado a resgatar seus compromissos e cumprir suas ta-refas pendentes. Os espíritos missionários sofrem as vicissitu-des da vida física, porém sabem vencer os desafi os. Todavia, têm tarefas a cumprir que agilizam o seu desenvolvimento espiritual.

Para que o progresso se realize, o espírito passa pelo fenômeno do renascimento e o da morte física. “A alma é imortal”. O número de reencarnações é indefi nido, até que o espírito se despoje de todas as suas imperfeições morais e assuma os preceitos esposados por Jesus Cristo, contidos no Evangelho da Doutrina Espírita.


66 - REENCARNAÇÕES INDEFINIDAS Há homens que, em nome de Deus, praticam atos cri-

minosos e, por ignorância, perdem a valiosa oportunidade de progresso moral que a reencarnação lhes oferece; são pessoas que cultivam comportamentos infringentes à moral de Jesus.

Os homens que praticam a maldade voltam à erraticida-de em piores condições, num labirinto infernal; e, no retorno a uma nova encarnação, terão que resgatar os débitos adicionais assumidos.

Segundo os ensinos dos espíritos, aqueles que dedicam a vida à prática de atos ilícitos, maldosos, que infringem as Leis de Deus e as civis, deverão reencarnar indefinidamente até que, por meio de sofrimentos e dificuldades, aprimorem sua alma; para que as pedras do caminho se lhe tornem úteis é indispensável ter humildade, paciência, resignação e indul-gência, sem revolta.

Os homens não devem reclamar o destino a que estão incursos, pois pelos pensamentos impuros, sentimentos nega-tivos e descontrole emocional são os únicos responsáveis por esse destino.

Para que o homem se julgue feliz, é indispensável cum-prir as Leis que regem a vida e, bem assim, os ensinos de Jesus Cristo, cujos recursos existenciais nutrem as pessoas e os espíritos na outra vida.


67 - SABER AMAR É A LUZ DO ESPÍRITO

As pessoas, por ócio ou desprezo às prédicas de Jesus, comprometem o bem-estar, tendo que cursar a escola da vida sem direito a reclamar.

Ter uma consciência livre do mal e uma mente sadia, em harmonia com os bons sentimentos e controle emocional, é o ideal.

Todas as pessoas têm que se submeterem ao crivo da experiência no roteiro da vida; aperfeiçoarem-se intelectual e moralmente para que, ao partirem para a vida espiritual, con-duzam a luz de aprendizagem e do amor para serem felizes.

Resta ao espírito libertar-se do homem velho e deixar nascer o homem novo, com a sua transformação moral pela prática da Lei de Justiça, Amor e Caridade.

A luz que o espírito tem na erraticidade é o efeito dos seus conhecimentos e da evolução moral.

A pessoa que durante a vida dedicou-se à prática de atos malévolos e vícios contundentes e que, por imprevidência, não aprimorou conhecimentos nem a prática da caridade, após a morte física relega seu espírito às trevas, localizado nas zo-nas umbralinas, em sofrimento.

O homem é um espírito encarnado que volta à erratici-dade com o desencarne, levando na consciência o resultado bom ou mau da experiência a imprimir-lhe felicidade ou dor.

A fé e a esperança que nutrem os espíritos em ambas as situações são suportes de que valem aqueles que buscam o aprimoramento, a fi m de minorar seus sofrimentos; os bons valem-se da fé e da esperança como sustentáculo, para atingi-rem uma meta de vida.


68 - SER FORTE

Sejamos fortes para superarmos as defi ciências nostál-gicas que ocorrem durante a vida terrena.

Se algum habitante deste planeta julgar-se no direito de reclamar de seu destino, cumpre esclarecer que seus dissabo-res foram criados por ele próprio, em função de suas imper-feições morais.

Compreende-se que o desconhecimento das verdades espirituais constituem empecilho à evolução moral do ho-mem, cujo saber é necessário para sua libertação.

O homem não deve acovardar-se ante os sofrimentos que surgem no curso da vida. Deve ser forte, sem lamuriar; deve ter fé e esperança na solução dos problemas que o afl i-gem, uma vez que tudo é transitório. Tudo está condicionado à mudança de pensamentos, hábitos e comportamentos, no cumprimento das Leis Divinas e dos ensinos de Jesus.

Há espíritos que reencarnam em corpos mutilados para que resgatem compromissos do pretérito. Cumpre a esses es-píritos sofrerem com resignação e sem queixa, pois são res-ponsáveis por essas anomalias pelo mau comportamento em existências pretéritas, uma vez que todos estamos sujeitos à justiça Divina pela Lei de Causa e Efeito. Devemos, pois, re-conhecer nossas limitações e buscar a superação.


69 - SER LABORIOSO

O servidor fi el não é aquele que alimenta sentimentalis-mo ou frieza que em nada concorrem para o bem estar, mas sim o trabalhador honesto, que ajuda sem fugir ao equilíbrio necessário, com responsabilidade e determinação na prática da caridade.

O que torna o homem feliz é ter a sensibilidade de con-tribuir para a felicidade do semelhante, uma vez que todos são irmãos na família universal.

A responsabilidade do homem está em não ignorar o cumprimento das Leis Divinas e sociais; se transgredi-las tor-nar-se-á réu de si próprio, submisso que está à Lei da Justiça de Causa e Efeito.

O homem virtuoso mantém os pensamentos sempre em alerta para prevenir do assédio de espíritos inferiores.

A assistência maléfi ca induz o homem à prática de des-lizes que comprometem a consciência, bloqueando tempora-riamente os méritos de suas virtudes até que haja o resgate compromissado.

As virtudes adquiridas não se perdem, fi cam arquiva-das no subconsciente do espírito imprimindo-lhe maior res-ponsabilidade nos pensamentos e atos por eventuais deslizes cometidos.

A prática do bem e os conhecimentos intelecto-espiritu-ais adquiridos, asseguram ao homem a libertação da ignorân-cia e, bem assim, das injunções das paixões que a vida mate-rial oferece, pois saberá desviar-se.

Se todos os homens são espíritos encarnados, imortais,


é lógico que deveriam adquirir e cultivar conhecimentos mo-rais e espirituais para que, ao retorno à vida extrafísica, sejam mais felizes.

Jesus recomendou “Amar e Instruir” e, bem assim, a prática do bem, como condição indispensável à felicidade das pessoas.

70 - SERRA DO LAJEADO

É pelo caminhar na vida que o homem encontra os meios de corrigir as suas más inclinações procedentes das en-fermidades da alma.

As lutas cotidianas, difi culdades e sofrimentos que se superpõem à vontade do homem, constituem os meios efi ca-zes do aprimoramento íntimo.

As pessoas nunca devem dar-se por vencidas pelos em-pecilhos na vida, pois esses obstáculos são inerentes ao pró-prio destino. Portanto, de nada adianta reclamar, pois o pro-blema é pessoal.

Compete seguir em frente, com fé e esperança para transpor os obstáculos, com pensamentos higienizados e con-trole emocional.

As pedras do caminho (difi culdades) são, pelo homem, projetadas pela falta de humildade, paciência e tolerância, alimentadas pelos pensamentos desordenados e doenças da alma.

O pensamento do homem é o grande articulador do seu


destino, quer nesta vida como na espiritual. Ante essa pre-missa do pensamento, o bem-estar está nas mãos de todas as pessoas, que devem ter muita perspicácia na sua análise com-portamental, priorizando as boas ações, partindo do princípio de que devem desejar ao próximo apenas o que desejam para si próprios.

O bem-estar do homem está presente no seu íntimo, com a prática do amor e caridade em se amando e, bem assim, ao próximo.

Conta-nos a lenda que uma família de idosos, cansada da cidade grande, decidiu voltar às origens. Quando há méri-to, o curso da vida desempenha conforme planejado.

João e Maria eram pessoas virtuosas, de bom caráter, humildes, pacientes e indulgentes.

Comparam uma gleba de terras na encosta da Serra do Lajeado. Construíram uma casa de pau a pique no sopé da serra, à margem de um regato, na qual passaram a morar e observar a natureza da qual participavam; viviam felizes, a despeito de muito trabalho.

O que mais prendia a sua atenção era o calor solar que, da laje descoberta, projetava-se como espelho sobre a água do riacho, aquecendo-a; aquele fato era considerado um milagre da natureza.

Eram tranquilos e felizes até o surgimento de um ma-caco, atrevido, que subtraia às ocultas alimentos da família. Como não havia animais nas proximidades, resolveram do-mesticar o macaco, tratando-o com carinho e alimentando-o.

Sendo bem tratado, o macaco trouxe sua família e fi ze-ram a festa.

O velho João já estava cansado de ver os animais em sua


casa! O que fazer?Por sorte surgiu um cão vira lata faminto, grande e man-

so; foi bem tratado pelo velho, que o agasalhou e lhe deu co-mida e teto.

Quem não gostou do cão foram os macacos, pois o ca-chorro era o guarda mor da casa e impedia a entrada dos sí-mios.

Diante de empecilho, o macaco foi pedir socorro ao ve-lho João que não lhe deu atenção, pois desejava ver-se livre dele.

Certa noite, João foi acordado pelos latidos do cão que tocava os lobos que desejavam comer os frangos do velho. Quando tudo parecia tranquilo e em paz, eis que surge um jacaré do papo amarelo na banheira natural no sopé da serra, que impedia o velho de banhar-se; o recurso foi construir uma mini- represa no riacho, próximo a casa onde João passou a banhar-se.

Como se não bastasse a confusão, surgiu sobre a casa uma coruja a cantar.

Maria, supersticiosa, pediu em oração ao seu anjo da guarda que retirasse a ave, mas não deu resultado.

Com essa trabalheira, passaram muitos anos.Velhos, tornaram-se enfermos, vindo a óbito e deixando

seus bens para o Leão, o cão que ladrava pela morte do velho.O amor, que a natureza exige da vida, lembra as opor-

tunidades de praticar a caridade, que devemos não somente aos seres racionais, para o pleno no cumprimento das Leis Naturais.


71 - SINTONIA MENTAL

Sem a boa assistência espiritual, que orienta o homem no bom caminho, difi cilmente conseguirá ele vencer as barrei-ras que se antepõem à sua trajetória, necessitando munir-se da fé e da esperança.

Para assegurar essa assistência é indispensável manter uma sintonia mental ilibada, cumprindo as Leis Divinas e as-similando as virtudes morais.

Obstáculos na vida todas as pessoas têm, porém saber transpô-los sem macular a personalidade é o ideal.

Somente assim, com aperfeiçoamento moral, o ho-mem transporá os empecilhos na estrada da vida com mais satisfação. Ser feliz é o objetivo de todo ser que, para atin-gi-lo faz tudo ao seu alcance, sem, muitas vezes, observar as consequências de suas ações.

No entanto, para entrar no Reino dos Céus, que é aspira-ção de toda pessoa, terá, como condição, o cumprimento das Leis Divinas, amando a Deus e ao próximo como a si mesmo; só assim alcançará o bem estar.

Todavia há pessoas que praticam crimes, infringem as leis e entregam-se ao sofrimento. Com a morte do corpo físi-co, a alma, que é imortal, leva para a erraticidade esse estado subjetivo de “inferno e purgatório”, onde continuará sofrendo pelos deslizes praticados.

O estado subjetivo de “céu e inferno” está nas mãos de cada pessoa, basta cumprir as Leis Divinas ou transgredi-las, para evitar ou não o sofrimento. Porém, quando o indivíduo sofre por provação ou expiação, resta-lhe ter humildade, paci-


ência e resignação, ter fé e esperança em Deus para minimizar os sofrimentos, preparar-se na aquisição da experiência para o aprimoramento íntimo e evolução espiritual.

72 - TORNAR-SE PUROS OU ANJOS

Voltar a reencarnar é uma necessidade do espírito com-prometido com o seu progresso moral. É por meio das exis-tências sucessivas que os espíritos progridem a fi m de torna-rem-se espíritos puros, ou anjos.

A marcha do progresso é lenta, necessita de determina-ção, sensibilidade e boa vontade para crescer e compartilhar com a felicidade angelical. Para que isso ocorra, é indispensá-vel eliminar as imperfeições morais, conquistadas nas várias existências por infrações às Leis de Deus.

O Livro dos Espíritos da Doutrina Espírita afi rma que os espíritos foram criados simples e inteligentes porém ignoran-tes para que, ao despertar da consciência e da razão, assumam a responsabilidade por seus atos.

Os compromissos existenciais são relativos ao progres-so moral alcançado; a ignorância é eliminada pelo conheci-mento e prática dos ensinos de Jesus, que recomenda “Amar e Instruir”.

É dever dos homens amarem o próximo, partindo da premissa de que devem desejar a eles tudo o que querem para


si próprios e que os seus direitos vão até onde iniciam os dos semelhantes.

Estão contidos nas Leis Divinas os ensinos de Jesus Cristo, segundo os quais fora da caridade não há salvação.

73 - TRIBUNAL DA CONSCIÊNCIA

O espírito, na erraticidade, ao submeter-se a julgamento pelo tribunal da consciência, por si, absolve-se ou se condena, segundo o seu comportamento na vida anterior.

Se absolvido, demonstra elevação moral e vai colher os louros de uma vida pregressa condizente com os ensinos de Jesus Cristo; se condenado vai sofrer em zonas purgatoriais pelos deslizes praticados.

O sofrimento que o espírito culposo experimenta na er-raticidade é tenaz, o qual só é minorado com o arrependimen-to sincero e fi rme propósito de redenção e oração a Jesus, para que os mentores socorristas o atendam, de acordo com o seu merecimento; se socorrido, o espírito passa por tratamento em clínica de repouso, entretanto não fi ca isento de resgatar os compromissos contraídos.

O atendimento clínico na erraticidade pode ser rápido ou de longa duração, dependendo do próprio ser em melhorar sua condição moral.

Para o espírito que cumpriu bem a sua tarefa quando


encarnado e tem a consciência tranquila pelo dever cumpri-do, só resta agradecer a Deus pela experiência adquirida e o bem-estar feliz.

74 - UMA BENGALA PARA DOIS

Sem subterfúgios, o homem deve assumir de cabeça er-guida o resultado de suas ações as quais devem ser calcadas nos ensinos do Mestre. O destino projetado pelo homem é a consumação de seus ideais. Quando apoiado nos bons princí-pios, lhe dá o bem-estar almejado; todavia, quando mal dire-cionado sem o apoio moral, produz dissabores, angústias, etc.

Conta-nos a história de que um casal de idosos residen-tes no sertão nordestino convivia em atrito permanente. João, vulgo Jó, e Maria eram irmãos. Idosos, com difi culdade de locomoção, utilizavam-se de uma única bengala.

Pelas manhãs Maria pedia a Jó que levantasse para pro-videnciar o café e tratar dos animais. Jó vencido pela idade queria descansar mais e Maria argumentava:

- Velho é o corpo e não sua alma, que é sempre jovem e diligente.

- Já que você insiste, vou me levantar!Após se arrumar, não localizou a bengala, a qual estava

nos aposentos da Maria. - Preciso do reforço, pois sem ele não ando; você sabe

que estou reumático.


Ora, Maria também não se equilibrava sem a bengala, e precisou aguardar até ele voltar.

- Não demore, Jó, tenho que ir ao banheiro!Lá se foi Jó providenciar o café e outras obrigações.

Maria inquieta gritava: - Traga a bengala, tenho pressa! - Espere um pouco já vou, não tenho urgência. Ao retornar Jó tropeçou e caiu no chão, deixando Maria

em apuros.Maria habituada ao uso do suporte, não esforçava para

andar sem bengala; a necessidade faz a ocasião. Criou ânimo, esforçou-se e andou serenamente.

O hábito quando impregnado, cria vícios de difícil so-lução. Para tudo Deus dá alternativas para resolver os proble-mas, depende da boa vontade e interesse do indivíduo que cria o seu próprio destino.

75 - VALORIZAR A VIDA

Valorizar a vida, cultivando-a, é um ato de benemerên-cia e de submissão às Leis que as regem. Essa obrigação sa-lutar induz o homem ao progresso moral, ao aprendizado das prédicas de Jesus Cristo inseridas na literatura da Doutrina Espírita Cristã.

Somente através das boas ações, o leitor pode se julgar feliz, pois granjeará para si assimilação das boas energias.


Para transpor os obstáculos que surgem na estrada da vida, o homem tem que valer-se da humildade, paciência, re-signação, indulgência e amor, virtudes que condicionam sua evolução espiritual.

Há os que desvirtuam a caminhada, prestigiando o mau comportamento que os leva à falência moral; para esses ho-mens, é indispensável cursar a escola da vida, na qual sofre-rão as consequências dos deslizes praticados, cujo sofrimento terão de suportar.

Para as enfermidades da alma ou os inimigos íntimos, a correção se faz necessária compulsoriamente, para que o indi-víduo alcance o seu progresso espiritual.

76 - VENCER OS OBSTÁCULOS

A vitória e libertação do homem estão condicionadas ao cumprimento das Leis que regem a vida.

Vencer os obstáculos, “as pedras do caminho”, é um de-safi o que todo homem tem de transpor, se desejar o bem-estar.

No orbe em que habitamos, as difi culdades são constan-tes e constituem fatores preciosos para nosso aprimoramento íntimo.

Compete a todo cidadão procurar os meios de eliminar os inimigos íntimos sem cursar a escola da vida. Para tal é indispensável cumprir os preceitos de Jesus Cristo.

A recomendação do Messias está circunscrita no Amor


a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, segundo o qual ninguém vai ter o Reino de Deus sem cumprir este preceito.

Deus é todo amor, onisciente, onipresente, cujo Reino está permanentemente em nosso íntimo, a nos proteger, inspi-rando-nos à consciência dos deveres a serem cumpridos.

Não observamos a presença permanente do Criador de-vido à nossa imperfeição e falta de sensibilidade; somos pe-queninos ante o infi nito das perfeições.

Todavia há pessoas que não valorizam esse adjetivo, ali-mentadas pelo orgulho, pelo egoísmo e pela vaidade; julgam-se superiores aos semelhantes, desdenhando o Reino de Deus e, quando partem para a vida extrafísica, ante o sofrimento, reconhecem o seu erro. Apenas desfrutam do bem-estar, aven-turança prometida por Jesus Cristo, depois de aprimorarem seu íntimo.

77 - VIDA NA ERRATICIDADE

Solidifi car conhecimento relativo à vida espiritual é im-portante ao ser reencarnado e mesmo indispensável, uma vez que estamos em viagem, cujo destino é a volta à erraticidade, nossa verdadeira morada.

Os espíritos trabalham para adquirirem o bônus hora, por meio do qual possam adquirir uma habitação neoplásti-ca, constituída de energia cósmica. Nela se reúnem espíritos


bons, que têm os mesmos propósitos, alimentados pela assi-milação de pensamentos, sentimentos e hábitos, e tratam de assuntos relativos ao atual estágio, visando sempre o progres-so coletivo.

Para as reuniões, contam com espíritos laboriosos e de bons princípios.

Para que o espírito seja feliz na erraticidade, deve o ho-mem apossar-se dos conhecimentos relativos à vida extrafísi-ca, não negligenciando o cultivo da Lei do Amor e Caridade e o cumprimento das Leis Divinas e sociais, sob as quais está submisso.

78 - VÍNCULO ORGÂNICO

Todo homem é um espírito imortal reencarnado, em busca do aperfeiçoamento moral e espiritual.

Enfrentar as difi culdades faz parte da caminhada evo-lutiva, cujo desafi o consiste em removê-las. Habitamos um planeta de provas e expiações, o qual é um hospital e escola simultaneamente.

Para que aprimoremos a nossa alma enferma, passamos por situações de difícil solução, que, quando suportadas com resignação e humildade, poderão ser mais facilmente debela-das.

O vínculo à vida física traz ao espírito verdadeira angús-tia, quando ignora seu estágio atual.


A morte física não extingue a alma imortal; representa para o espírito a troca de uma veste rota por outra, bem mais sutil, que é o perispírito, o corpo astral do espírito.

Com a morte física nada se leva para a outra vida, ape-nas as qualidades morais pelo bem praticado, os conhecimen-tos espirituais, as experiências adquiridas no curso da vida e a consciência tranquila pelo dever cumprido. Aquele que negli-genciar o cumprimento das Leis Divinas a que está submisso, que fez mau uso do livre arbítrio, irá sofrer na erraticidade, vítima de si mesmo.

79 - VIRTUDES MORAIS

Feliz é o ser que, apoiado nas virtudes da humildade, paciência, indulgência e resignação, cumpre as leis que regem a vida, é afável aos ensinos de Jesus Cristo.

Ante a virtude da humildade de coração, sabe respeitar a personalidade do próximo, não procura ser maior do que o semelhante, não ignora que o orgulho é enfermidade que as-sola grande parte da humanidade terrena e, aliado ao egoísmo, impede a paz coletiva.

Referindo-se à paciência, compreende que a natureza não dá salto e que tudo virá oportunamente. Com referência à resignação, lustra o intelecto ao saber superar os empecilhos na estrada da vida, que contribuem para o aprimoramento ín-timo com a eliminação das imperfeições da alma, sem revolta


ou lamúria.A indulgência é digna das pessoas nobres, que sabem

tolerar as imperfeições do semelhante, perdoando os malefí-cios alheios, uma vez que todo ser tem imperfeições a corrigir e vivencia o mesmo destino com a volta à erraticidade.

Ante os assertivos aqui expressos, cumpre ao homem munir-se da fé e da esperança, alçar com carinho os ensinos de Jesus Cristo inseridos no Evangelho da Doutrina Espírita e cumpri-los para ser feliz.

80 - VOLTA AO SOFRIMENTO

No mundo em que se encontra a humanidade, é difícil desvencilhar-se dos obstáculos na estrada da vida, requerendo esforço e determinação.

É na caminhada que o homem apura o processo evolu-tivo a exigir-lhe atividade constante na prática do bem, via do qual pode alçar assimilação de energias espirituais nobres que contribuem para sua elevação moral. As virtudes que o ho-mem deve assimilar estão inseridas no Evangelho da Doutrina Espírita, segundo o qual não há salvação àquele que esquiva do seu cumprimento.

Ninguém morre, todos se salvarão (o espírito é imortal), porém Jesus condicionou a salvação ao cumprimento das Leis Naturais. A bagagem do espírito permite a ascensão à vida espiritual sem sofrimento, em cujo estágio pode desfrutar do


bem estar segundo seus merecimentos.Existem pessoas que ainda não estão preparadas para

receber o alívio dos sofrimentos, isso porque, após sanadas as dores, voltam a praticar os mesmos hábitos e comportamentos que deram origem às suas afl ições, não bastou a primeira ex-periência. A maior parte dos sofrimentos que passa o homem está nele mesmo; são enfermidades de sua alma a refl etir-se no corpo físico.

81 - VOLTA À ESPIRITUALIDADE

O bem-estar espiritual só é conseguido após a elimi-nação das imperfeições morais do homem, cumprimento das Leis Naturais e aquisição das virtudes.

O ser humano que cultiva paixões indecorosas está vul-nerável a represálias pela mãe natureza, submisso que está à Lei de Causa e Efeito.

As pessoas precisam convencer-se de que são espíritos reencarnados, temporariamente em busca do aprimoramento íntimo e de aquisições de experiências, após o que retornam à verdadeira vida, a espiritual. A consciência tranquila pelo dever cumprido é reservada àqueles que fi zeram bom uso do livre arbítrio, que tiveram bom comportamento, cumpriram as Leis Divinas e sociais e, bem assim, os preceitos de Jesus Cristo.

O fato de sermos espíritas ou professarmos qualquer


culto religioso é de grande valia, porém não diz que temos a salvação, mas sim os que praticam os ensinos de Jesus, segun-do os quais, fora da caridade não há salvação.

O amor a Deus consiste no amor ao próximo e a si mes-mo. A doutrina espírita nos desperta para as regras contidas no Evangelho de Jesus que, se cumpridas, trazem felicidade ao seu adepto; além disso, abre-nos um leque de informações relativas à vida extrafísica contidas no Livro dos Espíritos.

Se a morte é traiçoeira fatalidade, pois não avisa, cuidar da nossa alma para a viagem rumo à espiritualidade, é fator intrínseco para nossa felicidade.


Sobre o Autor

Natural de Franca (SP), nascido aos 22 de setembro de 1925 em berço espírita, sou filho primogênito de Antônio Ferrei-ra Leite e Maria Mendonça Leite.

Criado em um sítio a 5 km de Cristais Paulista com meus sete irmãos, completei o curso primário em 1938. Em 1939, fui morar com meu tio e padrinho Sebastião, em Franca (SP), para estudar Contabilidade no Colégio Ateneu Francano.

O curso era noturno. Durante o dia, trabalhava em um ar-mazém de gêneros alimentícios, porém desejava ser bancário.

Nos idos 1942, sofri uma crise de reumatismo localizado que me impediu de andar, o que me forçou a deixar os estudos e o trabalho.

Voltando para casa de meus pais em Cristais para trata-mento, obtive melhora. Assim que pude andar, fiz um curso prá-tico de Contabilidade com o Sr. João Caetano.

Em junho de 1943, toda a família mudou-se para Anápolis (GO), onde consegui um emprego em um escritório de contabi-lidade. Três meses depois, passei a trabalhar como office boy no Banco Comercial, permaneci ali até março de 1944.

Em 1º de abril de 1944, o grande sonho se realizou! Passei a trabalhar na Casa Bancária da Sociedade Imobiliária de Aná-polis Ltda. como encarregado de cadastro, sob a supervisão do Prof. Alfeu Medeiros, que se tornou um grande amigo.

Com a criação do Banco Imobiliário em 1946, que encam-pou a Casa Bancária, o meu ingresso nessa instituição foi au-tomático, no qual exerci vários cargos de confiança. Contando sempre com o apoio do presidente do Banco, Sr. Jonas Duar-te, que se tornou também um amigo especial, ali permaneci até 1955.

Em 10 de novembro de 1947, casei-me com Vicência Pe-


lhus, natural de Ituiutaba (MG), com quem convivi harmoniosa-mente durante 66 anos. Tivemos cinco filhos (um faleceu logo após nascer), oito netos e sete bisnetos (até o momento).

Em 1955, o Sr. Jonas Duarte, então governador do Estado, cria o Banco do Estado de Goiás (BEG) que encampou o Banco Imobiliário com seus funcionários. Durante a permanência no BEG, trabalhei em várias cidades sempre no cargo de gerência, vindo a aposentar-me em 1972.

A doutrina espírita sempre esteve presente em minha vida, desde criança em Cristais quando, ainda pequenino, frequentava com meu pai, o centro do Sr. Artur.

Os estudos doutrinários tiveram continuidade quan-do jovem em Anápolis, tendo como referência importante o Dr. Brasil Xavier, que muito contribuiu para a minha formação espírita, outro grande amigo! Seus escritos aprofundados sobre a doutrina espírita eram divulgados por mim na Rádio Carajá, um trabalho importante de propagação do espiritismo naquela cida-de. Desde então, os estudos e a prática espírita sempre fizeram parte de minha vida.

Com muita fé e esperança, superei todas as dificuldades da trajetória e aqui, cumpro nova tarefa...

Goiânia, março de 2018.

o medianeiro para a luiz...

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