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VII ESOCITE.BR tecsoc - ISSN∕ 1808-8716 Dias. Anais VII Esocite.br/tecsoc 2017; 7(gt21):1-17
O GRAU DE SATISFAÇÃO COM A FORMAÇÃO NASENGENHARIAS
GT21 – Estudos CTS e educação CTS: articulações pertinentes
Maria Sara de Lima Dias
Resumo: Cada curso deve possuir um projeto pedagógico que demonstre que o seu conjunto dasatividades previstas garantirá o perfil desejado de seu egresso, deste modo é importante realizaravaliações sobre a formação do ponto de vista dos alunos. Na Universidade Tecnológica Federal doParaná, os cursos de bacharelado terão como perfil do egresso um profissional com formaçãogeneralista, humanista, crítica e reflexiva, capacitados a absorver e desenvolver novas tecnologias comvisão ética, humanística, criativa e empreendedora, em atendimento às demandas da sociedade. Apartir dos estudos sobre trabalho, educação e os estudos CTS o presente estudo pretendeu discutirresultados parciais de uma pesquisa sobre o perfil do egresso das engenharias, analisandoespecificamente como os conteúdos curriculares contribuem para a formação profissional segundo apercepção dos alunos. Utilizou-se da aplicação de um questionário on line via plataforma Google docs.que foi submetido à totalidade dos formados da área tecnológica, considerando os formados nasengenharias, civil, elétrica, mecânica, mecatrônica, eletrônica e engenharia de automação no períodoentre 2005 a 2015. Deste modo se levantou a percepção dos egressos dos últimos dez anos, os dadosforam submetidos ao tratamento estatístico descritivo e à análise de conteúdo. Os cursos debacharelados possuem uma estrutura curricular que contempla disciplinas de formação básica, deformação profissional, de cunho tecnológico e também conteúdos de formação complementar. Nasengenharias tem-se como diferencial 50% da carga horária são utilizadas em atividades de laboratório.Os resultados indicam que as dificuldades apontadas pelos engenheiros em sua trajetória profissionalapontam falhas no sistema formativo que dizem respeito à quantidade e qualidade das disciplinaspráticas e de conteúdos teóricos, a carga horária das disciplinas e ao relacionamento professor aluno.As crenças sobre o mercado de trabalho também permeiam os discursos dos egressos que aindapercebem a falta de conteúdo das ciências humanas na sua formação como uma deficiência. Enfatizama necessidade de obter informações sobre o perfil dos egressos para posteriores adequações entre ocurrículo e as expectativas das pessoas. Por parte das Instituições de Ensino, ainda não existe nenhumtipo de sistematização em se realizar avaliações da efetividade das políticas de educação.
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Introdução
Refletir sobre a formação nas engenharias é também pensar que cada curso deve
possuir um projeto pedagógico que demonstre que o seu conjunto das atividades previstas
garantirá o perfil desejado de seu egresso, deste modo é importante realizar avaliações sobre a
formação do ponto de vista dos alunos que passaram pelo processo formativo.
Segundo a Confederação Nacional de Engenheiros (Confea) o Brasil forma cerca de 40
mil engenheiros por ano, a Rússia, a Índia e a China formam 190 mil, 220 mil e 650 mil,
respectivamente. Entidades empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria, têm
feito estudos sobre o impacto da falta de engenheiros no desenvolvimento econômico
brasileiro. Contraditoriamente esta afirmação se impõe novos dados que afirmam que 58%
dos engenheiros brasileiros não trabalha em sua área de formação. Esta análise é feita pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) com base em estatísticas do Ministério da
Educação (MEC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim a
contradição entre o sistema formativo e as demandas do mercado de trabalho se aprofundam.
A história da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR teve início no
século passado e começou com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices em várias
capitais do país. No Paraná, a escola foi inaugurada no dia 16 de janeiro de 1910, em um
prédio da Praça Carlos Gomes. Antes dividido em ramos diferentes, em 1959 o ensino técnico
no Brasil foi unificado pela legislação. A escola ganhou, assim, maior autonomia e passou a
chamar-se Escola Técnica Federal do Paraná. Em 1974, foram implantados os primeiros
cursos de curta duração de Engenharia de Operação (Construção Civil e Elétrica).
Quatro anos depois (1978), a Instituição foi transformada em Centro Federal de
Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR), passando a ministrar cursos de graduação plena.
A partir da implantação dos cursos superiores, deu-se início ao processo de “maioridade” da
Instituição, que avançaria, nas décadas de 80 e 90, com a criação dos Programas de Pós-
Graduação. Em 1990, o Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico fez com que o
Cefet-PR se expandisse para o interior do Paraná, onde implantou unidades. Com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDBE), de 1996, que não permitia mais a oferta dos cursos
técnicos integrados, a Instituição, tradicional na oferta desses cursos, decidiu implantar o
Ensino Médio e cursos de Tecnologia. Em 1998, em virtude das legislações complementares à
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LDBE, a diretoria do então Cefet-PR tomou uma decisão ainda mais ousada: criou um projeto
de transformação da Instituição em Universidade Tecnológica. Após sete anos de preparo e o
aval do governo federal, o projeto tornou-se lei no dia 7 de outubro de 2005. O Cefet-PR,
então, passou a ser a UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
(UTFPR) – a primeira especializada do Brasil. Atualmente, a Universidade Tecnológica conta
com 13 câmpus, distribuídos nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio,
Curitiba, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina, Medianeira, Pato Branco,
Ponta Grossa, Santa Helena e Toledo.
As Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação da UTFPR, aprovadas pela
Resolução nº 009/12-COGEP de 01/06/2012, em seu Art. 21 estabelecem: Art. 21 - Os Cursos
de Bacharelado da UTFPR terão como perfil do egresso um profissional com formação
generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas
tecnologias com visão ética, humanística, criativa e empreendedora, em atendimento às
demandas da sociedade. Ao refletir sobre o objetivo da formação de alunos em uma
Universidade de cunho tecnológico, devemos pontuar sobre o papel social da tecnologia e da
ciência no desenvolvimento do país.
A tecnologia e a ciência dentro do modelo capitalista, não contribuem para a mudança
social uma vez que não atendem as demandas da sociedade como um todo e tampouco as
demandas da produção tecnológica para a indústria nacional. Segundo Dagnino “a
universidade tem uma visão de ciência muito semelhante àquela que há pouco critiquei. Ela
percebe a ciência como tendo um motor de crescimento que guiaria seu desenvolvimento de
acordo com leis próprias, definidas endogenamente” (2014a, p. 27) Esta endogenia não existe
uma vez que a ciência a tecnologia tem uma relação histórica cultural com a sociedade em
que se produzem.
A anomalia na política brasileira na implica em um projeto político que afeta desde
uma visão neoliberal toda a forma de distribuição de recursos de investimentos na política de
Ciência e Tecnologia para as universidades federais do país. Acaba por afetar direta e
inteiramente os atores sociais envolvidos nas instituições de ensino. Como uma política
anômala para Dagnino (2014b, p.48) “Ao contrário do que ocorre quando um dado ator social
materializa seu projeto político na sua agenda particular no âmbito de um processo decisório
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de uma política “normal”, quando ele se envolve com uma política anômala, a agenda
defendida não é coerente com seu projeto político.” Deste modo o aluno quanto adentra uma
universidade busca a realização de seus interesses e objetivos de vida e carreira. Algo que seja
coerente com os projetos de vida.
Para Dagnino (2014b, p.50) “Em consequência, acreditam que o conhecimento, para
servir à sociedade, tem que passar pela empresa e pelo mercado; tem que ser
“comercializável. E se a empresa for inovadora e competitiva, gerará empregos bem pagos,
produtos melhores e mais baratos; o empresário obterá mais lucro, investirá mais, os
trabalhadores ganharão mais e os consumidores serão mais bem servidos. Enfim, haverá
desenvolvimento econômico e social”. Por outro lado a Confederação Nacional das Indústrias
(CNI) defende mudanças nos cursos de engenharia, sendo que um dos motivos alegados para
tais mudanças é necessidade de inclusão de disciplinas no currículo de experiências práticas.
Deste modo reivindicam que haja uma aderência do ensino às demandas da indústria
Poucos são os estudos e intervenções que identificam fontes de satisfação com a
escolha profissional e analisam trajetórias profissionais e comportamento dos egressos.
Palharini & Palharini,,(,(2008) Bardagi, et al (2008) Ortigoza; Poltronieri; Machado (2012)
Reis, et al (2010) Teixeira & Maccari (2014) Bittar & Nogueira, (2015) Paul (2015). Entre
outros pesquisadores buscam avaliar os perfis dos egressos a partir de diferentes perspectivas
teóricas e metodológicas. No entanto o perfil do egresso nas engenharias apresenta poucos
estudos consistentes sobre o tema do grau de satisfação com a formação.
As instituições de ensino devem estar pensando a sua adequação às Diretrizes
Curriculares Nacionais que apontam diversas formas de avaliação da ação formativa. A
Constituição Federal de 1988 prevê a avaliação de qualidade dos cursos, assegurada
posteriormente pela Lei que Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
de número 9394/96. “Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES”
Medida Provisória número 147, de 2004, constituir-se no marco legal de maior importância: a
Lei de Avaliação Institucional número 10.861.
No entanto o processo de acompanhamento de egressos (PAE) é requisito
fundamental de avaliação das políticas educacionais, que ainda não foi implantado de forma
sistemática das universidades brasileiras. Segundo o ministério da educação o PAE é “uma
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das formas de avaliação da eficácia e da efetividade social de Políticas Públicas e Programas
de Educação profissional”. Contudo não existe nem a tradição, nem a sistematização, por
parte de Instituições de Ensino, em se realizar avaliações da efetividade das políticas de
educação.
Logo o perfil do egresso e a sua satisfação com a formação profissional obtida é
relegado a segundo plano pela grande maioria das instituições superiores de ensino. É
importante ouvir o egresso e se buscar evidências sobre a melhora contínua da qualidade dos
serviços educacionais prestados. Considerando-se ainda fundamental a visão dos dirigentes
das IES sobre a necessidade ou não de buscar a satisfação do egresso com o perfil profissional
propalado na graduação objetivou-se investigar as características desta população; e levantar o
grau de satisfação atribuído à formação acadêmica para o egresso;
Metodologia
A partir dos estudos sobre trabalho, educação, psicologia e os estudos CTS o presente
estudo pretendeu discutir resultados parciais de uma pesquisa mais ampla sobre o perfil do
egresso das engenharias, analisando especificamente o grau de satisfação para com a
formação profissional e suas relações com os conteúdos teóricos, técnicos e o preparo para o
trabalho.
Utilizou-se da aplicação de um questionário on line via plataforma Google docs. que
foi submetido à totalidade dos formados da área tecnológica (N=2.800). Considerando como
área tecnológica os formados nas engenharias, civil, elétrica, mecânica, mecatrônica,
eletrônica e engenharia de automação no período entre 2005 a 2015. Os participantes da
pesquisa são egressos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Campus Curitiba),
instituição de ensino de caráter tecnológico, localizada na cidade de Curitiba, que completou
em 2014 dez anos de sua transformação em Universidade. Foram tomados todos os devidos
cuidados éticos com os participantes no sentido do sigilo e proteção da informação, sendo
entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) a todos os participantes. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa segundo o CAAE número
48171015.6.0000.5547.
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Como análise os dados foram submetidos ao tratamento estatístico descritivo dos
dados, e as informações dissertativas foram analisadas na apreensão da dialética da
subjetividade-objetividade. Esse tipo de análise parte da maneira como o próprio sujeito
(re)produz de forma descritiva a sua história (Aguiar & Ozella, 2013).
Tanto o questionário, seguiu os seguintes eixos: dados de identificação com o objetivo
investigar as características dos participantes, com dados referentes à idade, sexo, situação
escolar, a escolha do curso superior; questões que permitam analisar a carreira dos egressos e
questões que permitam avaliar relações e contradições entre formação e carreira profissional
na área tecnológica. Para evitar a identificação dos nomes dos participantes na pesquisa cada
opinião será apresentada pela letra P seguida do número representativo do egresso.
Resultados
Os sujeitos pesquisados se referem a um conjunto que representava a totalidade dos
egressos, no entanto ao serem submetidos os questionários muitos foram devolvidos por não
alcançarem os e-mails atualizados. Assim a amostra de 2.600 egresso teve uma taxa de
recebimento efeito da pesquisa de 2.000 e-mails efetivamente enviados e destes resultaram em
respostas daqueles que receberam o mesmo instrumento de coleta de dados com perguntas
abertas e fechadas. Assim apresenta-se no gráfico a seguir um perfil dos participantes deste
estudo (N=240) distribuídos em cursos das áreas da engenharia. Cumpre resgatar que os
cursos tem períodos históricos diferentes de lançamentos, assim os cursos mais antigos
apresentam uma maior quantidade de egressos relativamente aos cursos mais recentes. O
enunciado proposto no questionário permitia que o egresso descreve-se livremente suas
percepções em relação ao item objetivamente avaliado.
Gráfico 1 – Tipografia dos cursos frequentados
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Engenharia Mecânica; 30,77%
Engenharia Elétrica; 25,10%
Engenharia Civil; 18,62%
Engenharia de Computação; 1,62%Engenharia Eletrônica; 17,81%
Engenharia de Contriole e Automação; 1,21%Outro; 4,86%
Fonte: Autoria própria (2017).
Os cursos de bacharelados possuem uma estrutura curricular que contempla disciplinas
de formação básica, de formação profissional, de cunho tecnológico e também conteúdos de
formação complementar em atividades complementares. Nas engenharias tem-se como
diferencial 50% da carga horária são utilizadas em atividades de laboratório, sendo que a
grande maioria dos cursos informa que uma “visão real de sua vida profissional,
proporcionada por um Estágio Curricular Obrigatório de no mínimo 360 horas” (site UTFPR).
Este dados refletem um perfil de formação profissional diferenciado entre as demais
universidades com uma marca de profissionalização obtida através de estágios que
configuram uma carga horária maior nas graduações em relação à UFPR por exemplo de até
400 horas de diferença.
O discurso dos egressos utilizados para ilustrar este artigo representam uma dimensão
do único e ao mesmo tempo do coletivo dos egressos, o que viabiliza a compreensão em uma
análise dos núcleos significativos. Compreendidos como eixos em torno dos quais o
pesquisador pode ir organizado os temas considerados relevantes. (Aguiar & Ozella, 2013).
Quando questionados sobre os motivos que os levam a escolher a área tecnológica
afirmam: afinidade, aptidão nas exatas, mercado de trabalho favorável, vocação, gosto,
identificação, remuneração, salário, curiosidade, interesse por máquinas, tecnologia e
máquinas. O trabalho ou o mercado de trabalho propriamente dito, se apresenta como
elemento central nos discursos dos egressos. Uma vez que em nossa sociedade a perspectiva
de trabalho e a possível forma de inserção pelo trabalho é considerada como fundamento da
vida social e repercute nas escolhas profissionais.
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Deste modo se pode afirmar que o projeto de futuro do jovem está relacionado
também a construção de uma identidade profissional posterior ao período formativo, no qual a
adoção de padrões e valores socialmente definidos também se faz presente nas escolhas do
curso superior e da graduação preterida ou preferida.
A profissão é motivo de preocupação constante posto que almejam em geral um ideal
próximo do que seus pais tiveram em termos de escolha profissional e carreira.
Apresentaremos agora em um conjunto amplo os resultados das diferentes perguntas feitas
com relação ao grau de satisfação com a graduação escolhida.
Os dados foram agrupados na tabela a seguir:
Tabela 1. Qual o seu grau de satisfação com relação à graduação escolhida?
Conteudo Tecnico
Prática
Prepara para o trabalho
Autonomia
Competencia tècnicas
Competêncvia humanas
Contrapartida social
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Fonte: Autoria própria (2017).
Quando questionados sobre o grau de satisfação com a escolha profissional afirmam
que a universidade prepara o conteúdo técnico e as competências técnicas em detrimento das
áreas de prática, de competências humanas e de qualquer contrapartida social. Talvez aqui
esteja uma das fortes razões para se discutir um pouco a escolha profissional propriamente
dita. As influências sociais moldam o comportamento de escolha dos jovens, assim o trabalho
futuro e as perspectivas relacionadas a este suposto trabalho são elementos que particulares
que aparecem no discurso sobre as escolhas. Quando o trabalho aparece em sua forma de
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emprego e surge na vida do egresso logo após o período formativo, estes apresentam uma
maior adesão a uma identidade profissional relacionada à engenharia. Quanto não obtêm
sucesso nesta inserção considera-se uma maior fragilidade para o estabelecimento de uma
identidade profissional na área formativa.
Assumir uma identidade profissional após a formatura depende fundamentalmente não
do saber mais do fazer, estar empregado resulta em uma maior satisfação com a escolha
profissional anterior. E provar que se trata de uma escolha bem sucedida e seu contrário estar
formado e desempregado, resulta em pôr em dúvidas o seu plano inicial.
Sobre se as competências técnicas e o conteúdo técnico suprem as expectativas dos
egressos. Ao longo do estudo devemos considerar que são as percepções e os sentimentos
também decorrentes das relações sociais e das condições culturais que perpassam os
discursos, no embate entre o que a universidade promete e o que a sociedade cumpre.
A pesquisa mostra que os jovens não são críticos em relação à tecnologia ou ao
discurso sobre as competências, revelando visões naturalizadas do impacto da atividade
formativa sobre o mundo material das relações de trabalho. Deste modo a percepção do
trabalho é convertida exclusivamente em sua forma de emprego. Como nesta
fala:-“Inicialmente, para a maior parte dos meus colegas de formação, não consegue-se
ganhar um salário condizente com o piso da categoria (as empresas pagam salários abaixo
do piso). Porém, com o tempo, há oportunidades para subir na carreira.” Em suma, ao
afirmar que possuem as qualificações que o mercado requer e que há oportunidades, tudo é
uma questão de tempo, conformando uma visão comum presente no discurso dos egresso que
já estão inseridos no trabalho. No entanto em um tipo de trabalho reconhecidamente precário,
a profissão de engenheiro e os ideais relacionados à escolha profissional inicial continuam
nutrindo visões de desenvolvimento e de perspectivas que permanecem em seu discurso,
Outros egressos com mais tempo de formados e que se submeterem a formas de
trabalho ainda mais precarizadas já demonstram em seu conjunto que se apropriaram de uma
outra visão, na qual uma só formação, ou seja, somente a própria graduação, não prepara para
a carreira do engenheiro. Neste caso consideram o fator experiência e a necessidade de
relacionamentos interpessoais como aspectos influentes na obtenção do trabalho, como nesta
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fala: - “Só o diploma de engenheiro não serve pra muita coisa. As empresas querem muita
experiência e sem uma indicação fica quase impossível arrumar um emprego na área”.
Assim ao afirmar o impossível do emprego aos poucos a visão clássica e naturalizada
das profissões das engenharias como profissões nas quais se obtêm sucesso no mercado de
trabalho vão sendo modificadas pelo próprio fator do (des)emprego do engenheiro.
Ao serem questionados sobre a satisfação com as atividades práticas relativas a sua
formação consideram-se: muito satisfeitos (N=73) 29.6%, satisfeito (N=140) 56.7%, pouco
satisfeito (N=26), 10.5%, insatisfeito (N=7), 2.8% e indiferente (N=1), 0.4%. Os resultados
indicam que uma das dificuldades apontadas pelos engenheiros em sua trajetória profissional,
são a falta de atividades práticas relativas ao seu campo de trabalho. No rol dos alunos pouco
satisfeitos existem aqueles que percebem que o atraso na área da engenharia não se refere
somente à aspectos da formação mais ainda a condições sociais do pais, como nesta fala: “A
construção civil, no Brasil está absurdamente atrasada. O país é extremamente carente de
infraestrutura de base, urbanização e moradia. O cenário do mercado de trabalho, na
construção civil, mudou consideravelmente neste último ano, as vagas abertas foram
encerradas, as vagas que estão sendo abertas exigem mais, o setor de projetos está quase
parando, obras muito pouco. Os investidores estão saindo do país e buscando mercados mais
seguros.”
Apesar de serem egressos de uma geração que vivencia rápidas mudanças no mundo
contemporâneo, as exigências de adaptação a uma realidade social e política do pais que está
dada afetam os discursos e as emoções dos egressos que passam a justificar a ausência de
postos de trabalho e sua relação sempre contraditória com uma formação para o trabalho. Para
Bardagi & Paradiso (2003) o grau de satisfação com a graduação tende a mudar no meio do
curso universitário.
Se por um lado o país não oferece oportunidades o egresso volta-se para aspectos e
características da formação, valorizando nesta retórica comum a grande parte dos egressos a
percepção de que existe uma grande possibilidade de campos de atuação profissional, como
nesta fala:- “Sou recém formada e estou sem perspectivas atualmente, pois como engenheira
posso atuar em várias áreas ou segmentos, porém ainda não consegui entrar no mercado de
trabalho.” Conforme Dias & Soares (2012) a orientação profissional pode auxiliar o jovem no
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planejamento de sua carreira após o período universitário. Carreira percebida pelo jovem
porém não ainda planejada como nesta fala: “O curso de engenharia mecânica nos dá a
possibilidade de atuar não apenas na área tecnológica, como na área administrativa
também.” A fragilidade identitária do egresso se configura em uma perspectiva de fase de
espera e de notória crença na formação. Assim se define o tempo de espera do ingresso como
uma fase na qual é natural uma fase de moratória e de espera e que no entanto permite
flutuações de estado de ânimo para a manutenção do comportamento de busca pelo emprego
na área.
Quando questionados sobre o preparo para o trabalho apresentam-se como muito
satisfeito (N=25), 10.1%, satisfeito (N=102), 41.3%, pouco satisfeito (N=80), 32.4%,
insatisfeito (N=38), 15.4% e indiferente (N=2), 0.8%. Ressalta-se que existe um padrão de
satisfação que se relaciona com o tempo de formado, como a pesquisa abrangeu os últimos
dez anos, em geral os que se dizem satisfeitos com o preparo para o trabalho são também os
que tem mais tempo de formado e que encontraram um mercado de trabalho aquecido.
A tendência é de que os egressos, que se deparam com o poucas oportunidades no
mercado, ou seja os formados nos últimos cinco anos, são aqueles que apontam falhas no
sistema formativo. Estas falhas dizem respeito diretamente ao não preparo para o mundo do
trabalho, e a uma percepção de que a graduação não tenha contribuído muito com os
conhecimentos que o mercado de trabalho está exigindo. De qualquer forma há uma grande
passividade na percepção de que as graduações não preparam para o mundo do trabalho,
remetendo ao sujeito, individual a responsabilidade sobre a sua carreira futura, como explicito
neste caso: “Infelizmente o mercado de trabalho está muito ruim para recém formados. Ainda
não consegui me inserir no mercado de trabalho.” Outros ainda apontam não entender o
mercado de trabalho e assim não compreender se existe ou não um preparo real para este
mercado, como nesta fala:-” Não entrei no mercado ainda”.
Por enquanto o que se justifica no discurso dos egressos é que e trata de uma fase
temporária e transitória, como nesta fala: “No que diz respeito ao mercado de trabalho atual,
não está fácil conseguir emprego. Eu, uma pessoa formada recentemente, encontro muitas
dificuldades, em como procurar emprego, onde procurar, sites, pessoalmente, rh's não
respondem. e ai o que fazer? Não adianta você generalizar demais seus conhecimentos,
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fazendo curso em todas as áreas pós faculdade, se cada vez mais as vagas de emprego
querem cursos específicos. Assim vejo, pois a oportunidade tem que ser dada, para que possa
ter um treinamento para desenvolvimento das funções. Mérito todos temos, basta as empresas
darem oportunidade, o que no momento atual não está fácil.” O tempo de experiência e/ou a
falta de experiência é valorizada no discurso como uma justificativa racional para o
desemprego. Como aponta Vigotsky (2001, p. 398), os significados são, “ao mesmo tempo,
um fenômeno de discurso e intelectual”. Eles são a unidade constitutiva da contradição entre
pensamento e linguagem. E esta contradição aparece mesmo no discurso daqueles que se
dizem satisfeitos com a formação obtida.
Muito embora a grande maioria dos participantes tenha afirmado que a universidade
possibilita o desenvolvimento da autonomia. Esta autonomia do aluno está focada em
conteúdos teóricos e principalmente nas disciplinas das áreas de exatas. Contraditoriamente
apontam falhas no sistema formativo em sua grande maioria relacionadas com a falta de
informação das áreas de humanas e ciências sociais.
O estudo com os egressos também aponta para a importância da formação superior
que seja voltada prioritariamente para as necessidades da sociedade, para além de uma
formação focada exclusivamente no trabalho. Para que hajam contribuições mais efetivas dos
estudos sobre egressos, existe a necessidade de ainda realizar pesquisas longitudinais sobre as
trajetórias, de modo a conhecer os motivos relacionados ao abandono do campo. Neste estudo
não era o foco principal no entanto pode-se observar uma fuga da área tecnológico, em alguns
egressos como neste caso:- “Sai da área tecnológica e estou fazendo mestrado em
administração”. Conforme Dias, M. S. L. & Soares, D. H. P. (2007) há que se pensar nos
limites e nas possibilidades da formação profissional.
Considerando as transformações da sociedade e do próprio campo de atuação
profissional, a segmentação do mercado é talvez uma das razões mais alegadas para o não
ingresso no mundo do trabalho na área das engenharias ou para uma fuga da área das
engenharias para a administração ou gestão.
De qualquer forma é preciso apontar que existe entre os egressos em geral uma visão
naturalizada de que a formação é para o trabalho, e também de que se ainda não encontraram
trabalho é porque lhes falta qualificação profissional ou experiência.
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Existe uma cultura de culpabilidade do indivíduo sobre as suas escolhas e uma auto
responsabilização pela condição de desemprego que são evidentes. Entre os egressos a crença
ainda é de que existe emprego para todos, desta forma entram em uma posição conflituosa em
relação aos seus projetos de vida e expectativas, como nesta fala: “Tive uma experiência em
uma área específica da engenharia e agora estou encontrando dificuldade em recolocação.
Atualmente minha carreira está totalmente parada.” A visão de que a situação de desemprego
é provisória perpassa a totalidade das respostas dos egressos, em busca de uma identidade
profissional na busca de reconhecimento e de independência financeira.
Considerações finais
Os resultados sobre o grau de satisfação com a formação na área das engenharias
indicam algumas das dificuldades apontadas pelos engenheiros em sua trajetória profissional.
O estar satisfeito ou não com o curso obtido tem relação direta e imediata com o período
histórico em que este participante se formou e com estar no mercado de trabalho exercendo a
profissão pela qual se qualificaram ou estar em situação de desemprego ou fuga da área.
Neste sentido os formados apontam falhas no sistema formativo que dizem respeito à
quantidade e qualidade principalmente das disciplinas práticas e das aulas de laboratório.
Quanto à qualidade dos conteúdos teóricos se confrontam em geral com uma carga horária
maior dedicada às disciplinas de exatas do que nas outras universidades em um mesmo curso.
O grupo de egressos ainda pontua a necessidade de melhoras no que se refere ao
relacionamento entre o professor e o aluno por vezes classificado como muito severo ou
ríspido. Contraditoriamente o excesso de carga horária das disciplinas de exatas e o perfil dos
professores também são valorizados pelos egressos como uma questão de autonomia no
processo de aprendizagem, principal fator de manutenção do status da instituição.
A conformidade com os modelos de profissionais das engenharias não obstante se
reflete em uma busca incessante por maiores qualificações. Muito embora o que o perfil do
mercado de trabalho está exigindo é desconsiderado pelos egressos. Existem características
importantes do mercado de trabalho e da relação entre emprego e desemprego que permeiam
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as avaliações subjetivas sobre o grau de satisfação que se estabeleceu entre a quantidade e
qualidade das disciplinas.
O efetivo aproveitamento das práticas formativas para o exercício profissional bem
como a realização pessoal e profissional tangenciam todo o discurso dos egressos. Quanto ao
retorno para a sociedade da formação apontam que com muitos conteúdos teóricos por vezes a
formação não alcança nenhum tipo uma prática de transformação social efetiva a não ser a
nível individual.
Os modelos de profissões e carreiras que os egressos das engenharia têm valorizado
são muitas vezes postos em dúvida quando entram em contradição com o tempo de formado e
demais condições sociais enfrentadas após o período formativo. Assim a escolha profissional
no momento do ingresso na universidade é valorizada e a transição e posterior inserção
profissional em geral são desconsiderados pela grande maioria das instituições de ensino.
As crenças e fantasias sobre o mercado de trabalho e de emprego também permeiam
os discursos dos egressos demonstrando certa ingenuidade em relação a uma visão ampla da
relação entre ciência, tecnologia e desenvolvimento do país. Com maior recorrência os
discursos apontam ainda para uma falta de conteúdo das ciências humanas na sua formação.
Uma deficiência que sobrecarrega de dificuldades o ingresso na carreira nas áreas
administrativas e de gestão. Enfatizam ainda que existe uma necessidade de que a instituição
obtenha maiores informações sobre o perfil dos egressos para posteriores adequações entre o
currículo e as expectativas das pessoas. Deste modo as instituições de ensino deveriam se
servir da possibilidade de ouvir os seus egressos que muito tem a contribuir com a melhora
nos processos formativos.
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