o futuro dos helicópteros

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Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero Número 4 / 2009 abraphe.org.br ESPECIAL: O futuro do helicóptero Saiba mais sobre o Sikorsky S-92 Fittipaldi investe em rotores

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Page 1: O Futuro dos Helicópteros

Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero Número 4 / 2009 abraphe.org.br

ESPECIAL: O futuro do helicóptero

Saiba mais sobre o Sikorsky S-92

Fittipaldi investe em rotores

Page 2: O Futuro dos Helicópteros

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ÍndiceEditorial............................................................................................................Notícias............................................................................................................Fittipaldi Aircraft................................................................................................Go Air helicópteros...........................................................................................Sikorsky S-92...................................................................................................Especial: O futuro do helicóptero.....................................................................Entretenimento.................................................................................................Entrevista.........................................................................................................

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Nossa aviação sofre neste nos auxilia a nos localizar momento. Estamos pagando o geograficamente durante o vôo e preço da transição despreparada, outros equipamentos, que ficam que não se preocupou com suas nas prateleiras à espera de consequências. Temos colegas aprovação para a instalação. com dificuldade de exercer suas O prejuízo das empresas funções profissionais em virtude especializadas tem sido enorme. da demora inadmissível para que A continuar assim, de agora em seus cheques ou recheques diante muitas aeronaves serão entrem no sistema, com esperas equipadas fora do Brasil, pois acima de dois meses. Se não se vindo com os equipamentos pode voar sem estar no sistema, o certificados no exterior poderão que dizer aos proprietários, voar aqui, sem problemas. Será g e r a l m e n t e e m p r e s á r i o s exagero falar em empresas dinâmicos? brasileiras do ramo quebradas?

O sistema de aprovação e Acho que não.execução de instalação de Uma aeronave usada equipamentos (aviônicos) nas como táxi aéreo e que precise de a e r o n a v e s f o i m u d a d o dois tripulantes é obrigada a ter recentemente. Não houve d o i s t r i p u l a n t e s . Ma s a p r e o c u p a ç ã o c o m a s mesmíssima aeronave, se voada consequências para o usuário. p a ra t r a n s po r t e p r i va do Isto não poderia ocorrer sem que (executivo, corporativo), não quem cobra esteja preparado pode ter dois tripulantes. Se tiver para tal, que supra com agilidade (e será pela maior segurança do a sua parte nas mudanças e não voo), o copiloto não poderá crie situações inclusive de menor registrar as horas voadas. Ou segurança de voo. É isso o que seja, um copiloto em início de acontece quando se obriga carreira nessa determinada aeronaves até com equipamentos aeronave jamais conseguirá suas comprados a voarem com seus marcas de experiência para equipamentos primários de satisfazer as seguradoras e fábrica, já que há demora sem exigências em determinados previsão para aprovação, vistoria empregos. Qual é a lógica disto? e emissão do documento que Se não contarmos para o devolve a aeronave para o vôo. A helicóptero, ele não saberá em espera não atende a necessidade qual classificação voa, é a mesma de nossa numerosa aviação atual. aeronave no mesmo espaço Exemplos: o TCAS, que nos avisa aéreo!da presença de tráfegos em nossa Este editorial é um proximidade; um StormScope, desabafo e um apelo a quem que nos auxilia através de regula os tópicos expostos acima. cond i ções meteoro lóg i cas Por favor, façam a aviação parar adversas; um “Moving Map” que de sofrer.

Regular sem se importar com os regulados

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Diretoria

Presidente - Cmte. Cleber Teixeira Mansur

Vice-Presidente - Cmte. Sergio Lacerda

Secretária Geral - Cmte. Vera Berthault

Diretor Fin. & Adm - Cmte. Rodrigo Duarte

Dir. de Associados - Cmte. Ricardo F. Martinez

Dir. Comunicação - Cmte. João Theodoro

Dir. Seg. de Vôo - Cmte. Hoel T. de Carvalho

Dir. Instr. & Disc. - Cmte. Domingos de Souza

Dir. de Rel. Públicas - Cmte. Ruy Flemming

Dir. de Assuntos Off-shore - Cmte. Ismael Jr.

Prim. Supl. de Dir. - Cmte. Constandi Kardosh

Seg. Supl. de Dir. - Cmte. Edson Luiz Gaspar

Pres. Cons. Fiscal - Cmte. Geoci Leonar B.

Vice Cons. Fiscal - Cmte. Guilherme Pagotto

Rep. Regional RJ - Cmte. Gustavo Ozolins

Rep. Regional DF/GO - Cmte. Fersan Nassur

ABRAPHEABRAPHE

editorial

ABRAPHE

Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero

Av. Santos Dumont, 1979 Setor A - Campo de Marte

Santana - São Paulo - SP - CEP 02012-010 - Brasil

Tel: (11) 2221-2681 | Fax: (11) 2221-1348

e-mail: [email protected]

site: www.abraphe.org.br

Equipe

Thais de Faria - Secretária da Diretoria

Felipe Diniz - Comunicação

Karina de Oliveira - Assessoria Geral

DiretoriaCmte. Cleber Teixeira Mansur

Assistente EditorialCmte.Vera Berthault

Design & ProduçãoFelipe Diniz

CapaSikorsky S-92Foto: Sikorsky

Impressão: Gráfica Josemar - www.graficajosemar.com.br

Cmte. Cleber Teixeira Mansur

Jornalista ResponsávelDenise Bobadilha MTB: 26344

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EC 130EC 130

A Finmeccanica Company

www.agustawestland.com

A Líder Aviação divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2009, últimos meses antes da participação da britânica Bristow no capital do grupo. O faturamento bruto teve um aumento de 9,8%, comparado ao mesmo período de 2008, e alcançou R$ 147 milhões. Seguindo o crescimento da receita e devido a uma redução das despesas, o lucro saltou para R$ 28,8 milhões. Ou seja, teve um aumento de 237% em comparação ao ano passado. Em 2009, a empresa tem a previsão de entregar 40 aeronaves novas aos seus clientes, o que representa um crescimento de 8% nas vendas em relação a 2008. Até maio já foram entregues 13 aeronaves e outras 11 estão em andamento.

Líder mostra resultados pré-Bristow

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A Helibras entregou o primeiro EC 145 para nesse modelo se dá em função das agendas cada o Brasil durante a feira aeronáutica Le Bourget, vez mais atribuladas de seus executivos, que os em Paris, no dia 16 de junho. Configurada na faz exigir não apenas agilidade no transporte, mas versão stylence, a aeronave que começará a também um melhor aproveitamento do tempo operar em agosto voará principalmente na rota despendido em trânsito. Como ele transporta até Rio de Janeiro/São Paulo. O helicóptero vem oito passageiros e dois pilotos com bastante equipado com radar meteorológico, TAS, conforto, algumas reuniões podem ocorrer, navegador com mapas eletrônicos de ruas e GPS inclusive, durante o trajeto”, afirma Julien Negrel, integrado, entre outros dispositivos eletrônicos. diretor comercial da Helibras.Outra unidade com a mesma configuração já foi Com operação em 27 países, a frota vendida para outro cliente corporativo do país e mundial do EC 145 é composta por mais de 240 sua entrega está prevista para o final de 2010. helicópteros, com mais de 250 mil horas de voo. O

“O interesse das grandes corporações líder da frota já superou as 4.000 horas de voo.

O Cmte. Francisco Cardoso (ao centro) na cerimônia de recebimento em Le Bourget e o EC 145 em voo

Sai primeiro EC 145 brasileiro

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Piloto de Fórmula 1, aeroportos americanos, como empresário e dono da equipe de os das cidades de Chicago, F-1 Copersucar nos anos 80, Nova Iorque, Los Angeles e Emerson Fittipaldi está entrando também do Texas, com em mais uma disputa: a de uma hangares e escritórios. A fatia grande do mercado norte- Fittipaldi Aircraft também americano de helicópteros. O venderá peças e e serviços ex-piloto se associou ao banco c o m o m a n u t e n ç ã o e de investimento com sede em hangaragem de aeronaves, e Miami State Capital, que tem gradualmente pretende como integrante o brasileiro representar outras marcas Antonio Conte, para fundar a ligadas a aviação.Fittipaldi Aircraft. A expectativa da nova

A nova empresa irá companhia é de melhora no vender com exclusividade m e r c a d o d e a v i a ç ã o helicópteros da italiana Agusta executiva, um dos que mais nos Estados Unidos, trabalhando sofreu com a retração em coordenação com a econômica global e passou a AgustaWestland da Filadélfia, ser visto como um dos que uma linha de montagem dos símbolos de ostentação de modelos AW 139 e AW 119 Koala Wall Street. A diminuição da na cidade. Para concluir o oferta de crédito no mercado acordo, a Fittipaldi Aircraft se dificulta o financiamento de comprometeu a comprar 40 uma máquina que facilmente helicópteros nos próximos cinco supera os US$ 3 milhões. anos, com um investimento Sendo assim, a empresa inicial de US$ 250 milhões. A planeja criar a Fittipaldi expectativa é vender 15 Financial e proporcionar aos aeronaves já no primeiro ano e clientes acesso às linhas de se estabelecer nos principais créditos para aeronaves.Fittipaldi e Conte, do State Capital

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Fittipaldi investe em helicópteros

A Fitttipaldi Aircraft representará o fabricante do Agusta Grand nos Estados Unidos

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Depois de 20 anos trabalhando com Escola de Aviação, Táxi Aéreo e Oficina de Manutenção, a Master Aviação está mudando tudo. A começar pelo nome: a empresa se chamará Go Air. A estrutura no Campo de Marte, onde sempre operou, será ampliada e reformada até o final do ano. O responsável pela guinada é o Cmte. Sergio Zanchetta, piloto de helicóptero há mais de 30 anos que adquiriu a empresa em março desse ano.

Com a mudança, o piso térreo terá sala VIP e áreas relacionadas à oficina de manutenção. Logo à frente, o hangar, que terá sua área expandida. O primeiro piso será utilizado para atender a diretoria, a administração e empresas pertencentes ao grupo Go Air. Já no segundo andar se instalará a maior aposta da nova presidência: o Centro de Treinamento, com salas de aula e simuladores. A escola conta com três Robinson R22 e espera dobrar a frota em dois anos. No da empresa. “Pretendo esporadicamente voar com mesmo andar estarão distribuídas também salas os alunos, para poder acompanhar pessoalmente para locação. o desenvolvimento deles e as atividades da

Como Master Aviação, a empresa fundada escola”, diz o Cmte. Zanchetta. O centro de pelo Cmte. Laércio Lima (que serviu à Força Aérea treinamento também oferecerá cursos de ground antes de trabalhar na aviação civil) chegou a ser a school de vários helicópteros, como o do Agusta maior do mercado, com 180 horas por mês. Teve 109 Power e Robinson, além de um simulador de mais de 1500 alunos, entre eles a estrela da voo.Fórmula 1 Ayrton Senna. Lá também se formaram Com foco em segurança de voo, a nova mais de 400 pilotos, como o Major Peixoto do diretoria investe em encontros periódicos Grupamento Aéreo da Polícia Militar do Estado de relacionados ao assunto, como dois deles São Paulo. Para a Go Air, a proposta é não só realizados no dia 23 de junho (no auditório da formar pilotos, mas também doutrinar os novos Infraero). A Go Air continuará com o centro de aviadores com valores de segurança de voo e serviços Robinson e manutenção Bell, com o mantê-los próximos às atividades da profissão objetivo de homologar a oficina para outros como a oficina e a estágios mais avançados, como fabricantes. A empresa também investirá na um contato próximo com os helicópteros maiores venda de peças, apostando alto na linha Robinson.

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Go Air assumirá lugar da Master

montando uma equipe experiente na aviação. Começando pela área comercial, que será gerida por Everson Marin, que atua na área há 13 anos, tendo passado pelo DAC e grandes empresas aéreas. Já Silas Beltrão assumirá como técnico e inspetor de manutenção e agregará com a sua bagagem de 11 anos trabalhando em empresas dos segmentos off-shore, táxis aéreos e oficinas de aeronaves. Para completar o time, João Carlos Sabbatino, conhecido pela competência em máquinas Robinson. Para o CTM (Controle Técnico de Manutenção) foi convidado Marcos Para incrementar a prestação dos Oliveira, no setor há 20 anos, cujo trabalho se serviços de manutenção de helicópteros, estenderá da pré-compra ao suporte técnico assessoria aeronáutica, venda de peças, além de junto aos fabricantes.assistência 24 horas aos clientes, a Go Air está

Novo time

O Cmte. Sergio Zanchetta comandará a Go Air

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O crescimento da frota brasileira de grandes helicópteros é dado como certo, sobretudo depois da divulgação da descoberta de grandes volumes de petróleo na Bacia de Santos, com poços localizados a aproximadamente 300 km da costa. Entre os modelos dessa categoria, o Sikorsky S-92, lançado em 1992, atende muito bem aos requisitos das missões do novo pólo petrolífero.

Em sua configuração original, é uma aeronave com capacidade para 21 passageiros, um comissário de bordo e dois pilotos. Mas não é apenas a capacidade que se destaca: seu alcance é um ponto forte. Com o total de passageiros e bagagens, ele é capaz de voar 495 NM, isto é, 917. Se tiver instalado na aeronave o tanque auxiliar ele dispõe de cinco telas de cristal líquido nas quais é pode alcançar 712 NM ou 1319, sem contar com a possível visualizar os parâmetros mesmo com os reserva de 30 minutos mais 10% de combustível, raios de sol incidindo diretamente ou lateralmente previsto em normas de alguns países. sobre os visores. O conjunto de aviônica permite

Assim como o seu “irmão menor”, o S-76, o gerenciar o vôo, consumo de combustível e, em S-92 tem como principal uso as operações off- conjunto com a equipe de manutenção em terra, shore, mesmo em locais gelados, como o Mar do até monitorar a “saúde” dos componentes. Com Norte, já que possui sistema contra a formação de tanta eletrônica embarcada, o helicóptero tem um gelo nos rotores principais e de cauda. Uma prova dispositivo chamado de High Intensity Radiated da robustez foi a travessia entre os Estados Unidos Field (HIRF), que protege os sistemas críticos de e a Dinamarca, cruzando a Groenlândia, interferências eletromagnéticas.sobrevoando calotas polares e superando Tecnologicamente, é uma aeronave temperaturas de -20º Celsius e ventos de 50 nós. avançada. Já existe até uma versão do S-92, o H-

O S-92 teve seu desenvolvimento baseado 92 SuperHawk, com comandos fly-by-wire, onde no S-70. Ele mantém, inclusive, algumas partes do as superfícies aerodinâmicas são controladas seu predecessor e usa a mesma linha de através de sinais eletrônicos, e não por comandos montagem em Bridgeport, Connecticut, nos hidráulicos como a maioria dos helicópteros. Em Estados Unidos. 2004, as forças armadas canadenses compraram

O design da aeronave beneficia os pilotos 28 unidades desta versão. Como houve um atraso durante os pousos, decolagens e também em no programa, a previsão é que as entregas pairados, já que o formato e o posicionamento das comecem em novembro de 2010.janelas permitem uma grande área de visibilidade. Mesmo para um grande bi-turbina, os dois Para facilitar o trabalho da tripulação, o painel motores General Electric GE CT7-8A fornecem

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Helibus, fazendo jus ao apelido

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Passageiros embarcam no espaçoso S-92 Helibus; abaixo, o painel da aeronave

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força de sobra, sendo a potência máxima de reposição e treinamento para operação, ela supera os decolagem 2.520 SHP para cada um dos US$ 30 milhões. O helicóptero foi personalizado nos motores, possibilitando um peso máximo de Estados Unidos e já chegou ao Brasil com o padrão de decolagem de 26.500 libras. Quando leva carga pintura da empresa, amplo bagageiro para mais de 400 externa, ele fica limitado a 28.300 libras ou kg, com rampa de acesso, quatro saídas de 12.837 kg. A velocidade de cruzeiro é de 151 emergência, flutuadores, dentre outros acessórios.nós, alta se comparada aos outros modelos civis.

Chamado muitas vezes chamado de Helibus, o S-92 faz jus ao apelido: também é utilizado em outra configuração de alta densidade, a de linhas aéreas, como a que liga Manhattan aos aeroportos de Nova Iorque. É possível instalar até 23 assentos de passageiros mais um assento para comissário de bordo. A cabine de passageiros tem altura suficiente para uma pessoa andar pelo corredor sem a necessidade de se curvar.

O ar condicionado e o ar quente podem ser ligados mesmo quando os motores da aeronave ainda não estão acionados, já que usam o APU (Auxiliar Power Unit) para prover energia, como nos grandes aviões. O controle de temperatura pode ser operado pelos passageiros acima dos assentos. Há opções de instalação de entretenimento de bordo, como filmes e jogos, o que o praticamente iguala em conforto com os aviões comerciais

No BrasilEm julho último chegou ao Brasil o

primeiro S-92, para a Líder Aviação. Preparado para transportar funcionários para as plataformas petrolíferas, a aeronave custou US$ 27 milhões. Se considerado os ferramentais de manutenção, peças de

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Nas fotos menores, o S-92 da Líder; na foto maior, interior de aeronave do Mar do Norte

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Os helicópteros, especialmente os .“Os helicópteros são muito limitados para ir além militares, precisam evoluir de várias maneiras. de velocidades de cerca de 160 nós, têm limitado Quase todos do ramo concordam que, depois de raio de ação e limitada quantidade de carga”, oito anos de guerras intensas com aeronaves de afirmou Flater. Aeronaves de subida vertical asas giratórias no Afeganistão e no Iraque, a precisam “agir em velocidades acima de 200 nós, indústria e o setor militar estão focalizando em reduzir o consumo específico de combustível em novas tecnologias nessa área com maior urgência. até 30% e melhorar a segurança e a nossa

“Não há dúvida que eles estão prestando sobrevivência”, acrescentou. mais atenção às nossas necessidades”, afirmou Reth Flater, diretor-executivo da American V-22 OspreyHelicopter Society International. Os gastos do governo norte-americano em tecnologia em tecnologia de helicópteros, no entanto, são “ainda muito limitados”, nota Flater. Os cerca de US$ 100 milhões por ano não pagam o preço de um jato de combate F-22 Raptor da U.S. Air Force.

Mais especialistas concordam que a evolução na asa móvel está atrasada há muito tempo, especialmente entre os militares. Os helicópteros militares não estão muito melhores hoje do que estavam meio século atrás. São mais rápidos, mas não muito; são seguros, mas não o Imunes às pressões financeiras que as suficiente; são mais vulneráveis ao fogo inimigo companhias privadas sofrem (sobretudo nos que os aeronaves de asa fixa; são muito últimos tempos) e ávidos para arriscar e assim barulhentos; queimam muito combustível; e têm ganhar vantagens no campo de batalha, os problemas para pousar em poeira, areia ou neve militares são, há muito tempo, referência de

Os helicópteros evoluem... devagar

O projeto em testes da Piasecki Aircraft é o Speedhawk, com uma hélice na cauda para propulsão

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de tecnologia de ponta na aviação. Aqueles que helicóptero com a crise econômica e o déficit pensam como Flater, no entanto, notam que os federal no horizonte. A situação é ainda pior militares gastaram bilhões em asa fixa nas depois de gastar com custos embaraçosos e últimas décadas enquanto permitiram que a sofrer vários adiamentos, situações que forçaram tecnologia da asa móvel evoluísse em passos de o exército, no ano passado, a cancelar e reiniciar o bebê. programa Helicóptero de Reconhecimento

Desde a Guerra do Vietnã, as forças Armado. A situação também provocou o aéreas dos Estados Unidos lançaram várias cancelamento do novo helicóptero VH-71 do gerações de aviões de caça e melhoraram suas presidente Barack Obama. Ao mesmo tempo, o versões. F-16, AV8B, F/A-18, F-22... A lista é interesse político nos helicópteros parece ter longa e crescente. O multisserviço e multinacional aumentado.F-35 Joint Strike Fighter, atualmente em fase de Graças à linguagem incluída na conta da teste de voo, é a última e quinta geração desse defesa do ano passado pelo grupo de trabalho do caça. helicóptero no congresso, formado há quatro

Com exceção do tiltrotor V-22 Osprey, anos, o Pentágono colocou em curso o Plano com o qual a marinha norte-americana começou a Futuro para Subida Vertical Baseado em voar em 2007 no Iraque e o comando de Habilidades. Ele irá determinar quais aeronaves operações das Forças Especiais declarou pronto de decolagem e pouso vertical as forças armadas para serviço em março de 2009, os militares não precisarão, além dos que estão em uso ou em fizeram nada de novo no campo de helicópteros projeto.desde os anos 70. O exército dos EUA cancelou o As forças armadas e a Agência de Projetos RAH-66 Comanche em 2004. de Pesquisa de Defesa Avançada (DARPA) estão

O terceiro dos três esquadrões da marinha trabalhando numa grande variedade de que voa com o V-22 no Iraque desde outubro de programas para helicópteros mais robustos, 2007 está retornando para a Carolina do Norte. menos vulneráveis ao fogo inimigo, mais Os marines usaram o Osprey no Iraque para eficientes no uso do combustível, mais silenciosos carregar tropas, suprimentos e civis de um ponto e rápidos. a outro. Eles também o usaram, com menos O exército, que opera a maior parte dos frequência, para procurar insurgentes. Nesse helicópteros militares norte-americanos e tem verão, o esquadrão que levou o Osprey para o voado no limite no Afeganistão e no Iraque, tem Iraque, o VMM-263, irá embarcar num ambicioso uma lista de prioridades de aviação com foco na navio de assalto como parte da unidade disponibilidade operacional, confiabilidade da expedicionária da marinha.

A s g u e r r a s n o Afeganistão e Iraque estão mostrando nos Estados Unidos o quanto a falta de i n v e s t i m e n t o s e m helicópteros está custando, não só em dólares, como também em vidas. Um estudo de 2008 por uma empresa de consultoria mostrou que até 2005 (último ano de dados disponíveis) os militares haviam perdido 212 helicópteros na chamada Guerra Global Contra o Terrorismo, comparado com apenas 13 aviões. As perdas de helicópteros resultaram em 371 mortes; foram apenas sete na asa fixa.

O congresso não deve liberar muito dinheiro para novas t e cno l og i a s de

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missão e apoio logístico; operações mais seguras as barreiras aerodinâmicas que prendem os em mau tempo e terreno; novas tecnologias para helicópteros convencionais a velocidades de ajudar a tripulação no ar a reagir a ameaças mais cruzeiro bem abaixo de 200 nós: o recuo de stol de rapidamente; novos equipamentos de comunicação e sensores para identificar alvos.

Melhor desempenho (mais velocidade, mais autonomia, melhor subida, resistência mais longa) está bem abaixo na lista de prioridades do exército. Modelos totalmente novos nem estão nela, com a exceção do programa do exército e da força aérea de um novo pesado para todo tipo de serviço.

O projeto Join Future Theater está em seus estágios iniciais, e os serviços ainda debatem se uma aeronave assim poderá decolar e pousar verticalmente. A Bell Helicopter Textron Inc, do Texas, e Rotorcraft Division da Boeing, na Pensilvânia, que fazem o V-22 meio a meio, estão trabalhando em conceitos para um novo e grande tiltrotor, configuração que o exército diz preferir. Assim também estão a Sikorsky, em Connecticut, e a Karem Aircraft, da Califórnia.

X2

Enquanto isso, nenhuma das forças armadas têm financiado o desenvolvimento de um helicóptero “X”, um novo design experimental.

A indústria privada tem procurado superar

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O X2 da Sikorksky, com dois rotores coaxiais

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pás e a compressibilidade, na qual a velocidade de O Speedhawk, que usa rotores e motores ponta do rotor vai acima da barreira do som. do padrão Seahawk, voou 86 horas em 79 voos de

A Sikorsky começou a voar seu teste entre junho de 2007 e outubro de 2008 no demonstrador de tecnologia X2, um composto de centro de testes da Boeing, no New Castle Airport, helicóptero que funciona com dois rotores coaxiais em Delaware. Usando a hélice empurrada, atingiu girando em direções opostas e uma hélice uma velocidade de 180 nós, 47% mais rápida que empurrada para quebrar a barreira dos 200 nós. A um Seahawk não modificado, de acordo com John Sikorsky já pairou o X2, voando até 40 nós nos Piasecki, presidente da companhia. Regras da rotores e testando a hélice no solo. marinha impediram que a empresa voasse o

A Sikorsky planeja novos voos de teste do Speedhawk ainda mais rápido, mas a Piasecki X2, mais agressivos, durante o próximo ano em espera conseguir a permissão para fazer isso no West Palm Beach, Flórida, onde a empresa próximo ano.promete expandir seu alcance para uma velocidade de cruzeiro de 250 nós. Os rígidos Heliplane e DiscRotorrotores coaxiais que o X2 usa para combater o recuo de stol de pás também prometem reduzir A DARPA, cuja missão é chegar ao limite, muito o barulho e a vibração, enquanto um cockpit está financiando estudos de outras ideias para fly-by-wire diminui o trabalho do piloto, de acordo aeronaves com subida vertical mais rápida. Um com James Kagdis, gerente de programas dos programas da DARPA pretende projetar, avançados da Sikorsky. desenvolver e testar em voo um futurista

Segundo Kagdis, se os testes seguirem Heliplane para missões de combate de busca e como esperado a empresa começará a falar com salvamento. O Heliplane usaria um rotor para potenciais clientes comerciais e militares sobre o decolar e pousar verticalmente, mas pararia o que a tecnologia X2 pode fazer por eles. rotor no meio do ar para que um motor de jato

A divulgada habilidade do X2 de pairar e propulsionasse a aeronave a uma velocidade de manobrar como helicópteros tradicionais, em cruzeiro de 400 mph.baixa velocidade, faz dele um veículo ideal para A Boeing Co. está fazendo estudos de inserir certas tropas de operações especiais em projetos de um conceito similar chamado áreas urbanas hostis, de acordo com Kagdis. Uma DiscRotor, com um contrato de US$ 7,3 milhões artilharia X2, diz, seria capaz de escoltar o V-22 com a DARPA assinado em janeiro. A DARPA Osprey. O tiltrotor de transporte V-22, que pode descreve o DiscRotor como um jato de asa fixa voar em 250 nós ou mais, voa muito rápido para com pás de rotor que retraem depois da que helicópteros de artilharia de movimentos mais decolagem vertical para um alojamento circular lentos ou jatos mais velozes possam fazer a aerodinâmico montado sobre a fuselagem. Recuar escolta. as pás dentro desse disco reduziria a força de

Trabalhos comerciais do X2 incluem resistência, teoricamente permitindo que a serviços de emergência médica, transporte aeronave voasse a 400 nós ou mais para acima de executivo e carregamento de suprimento e 30 mil pés e, ainda, ao estender suas pás de rotor, trabalhadores para plataformas off-shore. pairasse e manobrasse a velocidades baixas como

Outro helicóptero X em ação é o X-49A um helicóptero.Speedhawk da Piasecki Aircraft Corp., que O u t r a s n o v a s t e c n o l o g i a s e m adiciona uma hélice de força propulsora vetorial desenvolvimento são menos exóticas, e incluem por um tubo na cauda e uma asa curta, de meia muitas que sairiam assim que financiadas. O fuselagem, para que o Sikorsky SH-60 Seahawk exército, serviço primariamente responsável por consiga fazer o recuo de estol de pás. A marinha pesquisa de helicópteros militares, “está lutando providenciou a aeronave e o exército financiou o bastante, fazendo um trabalho duro, para programa, embora tudo tenha sido comandado equilibrar suas contas no combate próximo e de pelo congresso. Os apoiadores do projeto no longo prazo”, disse o coronel Steve Kihara, congresso adicionaram US$ 5 milhões aos US$ 2,8 comandante do serviço de diretoria de tecnologia milhões que o exército planejava gastar no aplicada à aviação em Fort Eustis, Virgínia.programa no ano fiscal de 2009. Uma das prioridades é conseguir

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tecnologias que permitam desembarques esperando que essas tecnologias fiquem maduras seguros em meio a tempestades de areia ou antes de escolher uma. Como sempre na aviação, neve, quando a corrente de ar que deixa o uma grande questão é o peso adicional que um aerofólio expulsa nuvens de areia ou pó ou neve sistema novo irá acrescentar a uma aeronave. Por que tornam impossível ao piloto enxergar a área essa razão, o exército quer que qualquer pacote de de desembarque. Desembarques em meio a sensores “pense não apenas na tempestade de nuvens de areia causaram muitas das perdas no areia, mas em toda a operação visual”, opinou Iraque e no Afeganistão. Lakinsmith. “É difícil colocar um sensor com apenas

Dois sistemas que combinam múltiplas um propósito” num helicóptero do exército.tecnologias prometem superar o problema das tempestades de areia, dizem oficiais da indústria Capacidade de pairar e do setor militar.

Outra questão importante para o exército é Aviônicos a capacidade dos helicópteros de pairar. A falta de

estradas e o risco de explosivos improvisados A Sikorsky recentemente terminou uma naquelas que já existem tornam o helicóptero

demonstração de 18 meses para a DARPA de um essencial para movimentar, suprir e cobrir tropas sistema chamado Sandblaster. Ele combina nos dois países. Voar e combater em vales controles de voo automatizados, um radar de montanhosos valoriza aqueles que conseguem 94GHz que pode escanear uma zona de pouso em pairar em altas altitudes.meio à tempestade de areia, uma mapa digital O exército quer que seus helicópteros de com base de dados e um painel eletrônico de ataque UH-60 Black Hawks e AH-64 Apache sejam cockpit. Juntos, esses equipamentos dão ao capazes de pairar fora do efeito solo a seis mil pés piloto uma representação em 3D da área de num dia de 35 graus Celsius, um grande salto para pouso logo abaixo, com uma simbologia que o velho padrão de quatro mil pés. O serviço está mostra não apenas onde está a aeronave como lidando com o problema de duas formas.para onde ela está indo. A Sikorsky tem parceria das empresas Honeywell International e Sierra Nevada Corp. nesse projeto.

Três pilotos do exército convidados voaram demonstrações do Sandblaster em janeiro para a Aeroflightdynamics Directorate do exército em Moffett Field, Califórnia, com o sistema colocado no helicóptero de pesquisa RASCAL JUH-60 Black Hawk da Sikorsky. Os testes foram bem, afirma Brad Kronauer, diretor do programa Sandblaster na Sikorsky, e a DARPA e as empresas estão discutindo com o exército o que fazer agora com essa tecnologia. “Há muita gente trabalhando nesse assunto, com diferentes soluções”, contou Barry Lakinsmith, diretor da Aeroflightdynamics Directorate.

Uma alternativa é o Landsafe, sistema desenvolvido pela Optical Air Data Systems, de Manassas, Virginia, e licenciado para a Rockwell Collins, de Cedar Rapids, Iowa, para produção. Testado só uma vez pela marinha no Sikorsky CH-53E numa base em Nevada, o Landsafe usa o LIDAR, um sensor de procura a laser, que mede a altitude sobre o solo, velocidade de solo, velocidade no ar até zero, direção e vento relativo e natural. Um painel computadorizado deixa que o piloto veja o movimento do helicóptero relativo ao solo em tempo real conforme ele se aproxima da zona de pouso e deixa que o helicóptero desça com segurança.

Lanksmith afirma que o exército está

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Sob o programa de Advanced Affordable kdskjdsTurbine Engine, o exército fez contratos com a GE Aviation, unidade da General Electric Co., e com a ATEC, uma joint-venture que une a Honeywell e a Pratt & Whitney, para mostrar motores que possam gerar 3000 hp de potência no eixo. Entre outras coisas, o novo motor irá permitir um aumento de 65% na proporção força-peso do atual motor T700-GE-701D do Black Hawk e um corte de 25% no consumo específico de combustível (quantas libras de combustível um motor queima por hora para produzir uma determinada quantia de hps).

Kihara diz que o hp adicional, dos 2000 SHP produzidos pelo T700-GE-701D, irá levar o Black Hawk para as “as áreas mais altas e quentes que ele normalmente não pode ir agora”.

O exército também planeja incentivar a empresas para produzir rotores que podem capacidade de pairar do AH-64D Apache Longbow adaptar-se durante o voo. Pás de rotor que podem instalando um novo equipamento de transmissão se tornar maiores ou menores, mais largas ou de face de torque dividido que a Boeing está estreitas, ou mudar seu giro ou outras desenvolvendo para o upgrade de seus Block III características dependendo de mudanças das para artilharia. A nova transmissão fará com que o condições de voo podem oferecer grandes Apache use mais de seu motor sem adicionar peso mudanças na carga ou na autonomia e até mesmo à aeronave. diminuir barulho e vibração, de acordo com a

Muito da pesquisa feita em como melhorar DARPA.os helicópteros é voltada para os rotores, A indústria está trabalhando em meios especialmente em maneiras de mudar sua forma menos globalizantes para melhorar os rotores. A conforme se avança em aerodinâmica. O sucesso Karem Aircraft, por exemplo, desenvolveu o significaria grandes evoluções em velocidade, Optimum Speed Rotor, cujas rotações por minuto peso de carga, capacidade de manobra, barulho e podem ser ajustadas para eficiência máxima em vibração. diferentes altitudes e velocidades de cruzeiro.

Um dos primeiros grandes testes feitos no Rotores convencionais giram dentro de uma gama túnel de vento com dimensões de 40, 80 e 120 estreita de RPMs, o que não é o método mais pés no Ames Research Center no ano passado, eficiente em todos os estágios de voo, mas evita depois que a força aérea reabriu o local (fechado uma variedade de complexos desafios pela NASA em 2003 por razões econômicas), foi tecnológicos.com um rotor com flaps de bordo de fuga em suas O OSR da Karem tem sido usado no A160 pás que são controlados por ativadores Hummingbird, um helicóptero experimental não piezoelétricos. Materiais piezoelétricos flexionam tripulado de 35 pés que a Boeing está testando sob em resposta a descargas elétricas. um contrato com a DARPA e o exército. Usando

uma transmissão de duas velocidades para Tecnologia SMART compensar o aumento no torque do motor quando

um rotor é desacelerado, o operador do A Agência de Projetos de Pesquisa de Hummingbird pode variar a velocidade de ponta

Defesa Avançada (DARPA), a NASA, o exército, as de um único rotor de 100% abaixo para 65% RPM. força aérea e a Boeing estão estudando essa O veículo aéreo não tripulado (UAV) de 2,500 tecnologia como forma de melhorar a libras ficou voando por quase 19 horas num teste performance e reduzir substancialmente o barulho em maio de 2008, batendo um recorde mundial de e a vibração. Conhecido como SMART (Tecnologia permanência para um veículo não tripulado em de Rotor Acionada por Materiais Inteligentes), o sua categoria de peso. programa recebeu o prêmio Howard Hughes da AHS de 2009 por melhor a tecnologia básica de Pesquisa de rotorhelicópteros.

A DARPA também está nos estágios iniciais O exército está interessado em tais de um novo programa chamado Rotor Adaptável programas, mas sua pesquisa de rotor é focada de Missão, na qual está pedindo sugestões de em encontrar maneiras de tornas as pás mais

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Equipamento com tecnologia SMART, da NASA

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duráveis. A erosão provocada pela areia no Iraque e a vibração e melhorar a velocidade para frente e no Afeganistão e a dificuldade em funcionar ao tornar possível a emplumagem dos rotores sistemas de degelo através de slip-rings quando se recua parte de sua rotação.(instrumentos notavelmente não confiáveis A Sikorsky está usando seu contrato de usados para transmitir sinais elétricos e Durabilidade de Rotor com o exército para eletricidade da fuselagem para as pás do rotor investigar aerofólios de borda ativos e quando elas giram) são problemas prioritários. dominantes que poderiam diminuir o recuo do stol

A Sikorsky e a Boeing estão trabalhando de pás. Os aerofólios iriam estender no lado em soluções sob contratos de investimento retrátil das pás e retrair em seu lado de avanço em repartido que o exército concedeu no ano passado cada rotação. Com seu próprio dinheiro, a durante o programa Durabilidade de Rotor, cujos empresa também está estudando flaps ativos êxitos serão criar uma maneira confiável de para pás de rotor e, com um parceiro alemão, uma prever erosão da pá do rotor e então achar uma tecnologia chamada Controle Individual de Pá.solução permanente para o problema. Sob o De acordo com o diretor da AHS Flater, a mesmo programa, as empresas estão estudando indústria “está fazendo sua parte”, mas “coisas de tecnologias de “pás de rotor ativas” para reduzir alto risco, pelo menos para as empresas norte-barulho e vibração. americanas, têm de ser feitas com um

Pat Donnelly, diretor de sistemas investimento dividido entre o governo e a avançados de helicópteros da Boeing, disse que a indústria. Sem um aumento significativo de sua empresa também está usando o contrato para subsídios para a ciência e a tecnologia, as trabalhar em seu Rotor de Sustentação barreiras de tecnologia que limitam a perfomance Contrabalançada Descarregado, um projeto que irão permanecer.”irá colocar uma asa fixa levemente puxada sobre cada um dos rotores em tandem em seu CH-47 Matéria de Richard WhittleChinook. Em tese, a asa poderia reduzir o barulho Extraído da Rotor & Wing

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Entretenimento

1) São aeronaves que pertencem à aviação do exército brasileiro:A) AS350 Esquilo, AS365 Pantera (versão militar do Dauphin), Cougar (versão militar do Puma) e Black HawkB) AS350 Esquilo, Chinook, AS365 Pantera (versão militar do Dauphin) e Bell 206 Jet RangerC) AS365 Pantera (versão militar do Dauphin), Bell 407 Kiowa e AS725D) Cougar (versão militar do Puma), Black Hawk e EC 155

2) Qual helicóptero, muito usado no Brasil e no mundo, é conhecido nos

5) Como vantagem dos helicópteros com Estados Unidos como AStar ?configuração de rotores em tandem, A) Bell 407como o CH-47 Chinook, podemos citar:B) Bell 430A) Maior agilidade em curvasC) AS365 DauphinB) Sistema de transmissão simples e de fácil D) AS 350 Esquilo manutençãoC) Maior estabilidade longitudinalD) Sistema de comandos mais simples em comparação aos modelos com apenas um rotor principal

6) Já como desvantagem da configuração de rotores em tandem, podemos citar:A) Necessidade de rotações muito alta dos rotoresB) Sistema de transmissão complexoC) Capacidade de carga suportada pelos rotores proporcionalmente menor que nos modelos com apenas um rotor principal

3) Como características dos helicópteros D) Necessidade de maior potência no pairado com rotores coaxiais, como o Kamov Ka- em comparação aos modelos com rotor 32, podemos citar: principal simplesA) Sistema de rotores e comandos simplesB) Ausência de VNE 7) Podemos citar como quatro empresas C) Maior nível de ruído em operações fabricantes de motores para helicópteros:comparado aos modelos com rotor principal A) Lycoming, Turbomeca, Agusta e Pratt & simples WhitneyD) Baixa manobrabilidade B) Lycoming, Turbomeca, Rolls Royce e

Mitsubishi 4) Cidade com a maior concentração de C) Turbomeca, Rolls Royce, Robinson e helipontos do mundo, com mais de 300 Siemensem sua área metropolitana: D) General Electric, Siemens, Schweizer e A) Nova Iorque KawasakiB) ChicagoC) Hong KongD) São Paulo

Por Cmte. João Theodoro

Repostas: 1), 2), B, 4)D, C,¨6) B, 7) A D3) 5)B

CH 47 Chinook

Kamov Ka-32

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Entrevista Vitor Pontes, gerente de vendas da OceanAir Táxi Aéreo

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Há 18 anos na aviação, Vitor Pontes trabalha há 14 com vendas. Começou como vendedor e passou para a gerência em empresas de helicóptero, até chegar ao posto de gerente de vendas da divisão de helicópteros da OceanAir Táxi Aéreo. A empresa, do grupo Synergy Aerospace Corp., é distribuidora exclusiva da AgustaWestland no Brasil e na América do Sul há três anos. A OceanAir comemora uma subida nas vendas da marca, que até o final do ano chegará a 100 helicópteros somente no mercado civil. Nessa entrevista, ele fala das perspectivas da OceanAir e da AgustaWestland no mercado brasileiro.

ABRAPHE NEWS Como a crise Um fator que também tem contribuído para o econômica mundial atingiu o mercado de aumento das vendas dos helicópteros biturbinas leves helicópteros brasileiro e em que situação e médio-porte da AgustaWestland, os modelos estamos hoje? AW109S Grand, AW109E Power e AW139, é que a cada

Vitor Pontes - A crise que eclodiu em dia os compradores estão mais cientes da necessidade outubro do ano passado retraiu o mercado de operarem helicópteros com melhor relação somente até o início de 2009. O helicóptero peso/potência para ter segurança na operação em mantém sua posição de solução ágil, versátil e helipontos elevados, como é o caso da cidade de São segura para o transporte no Brasil, tanto pelo Paulo. fato de a crise não ter atingido tanto o país como pelas necessidades operacionais únicas Como a AgustaWestland pretende no mundo do comprador brasileiro. As vendas aumentar sua rede de manutenção no Brasil?seguem bem para o mercado executivo, off- A AgustaWestland do Brasil, que hoje tem suas shore e civil em geral. oficinas e escritório localizadas em Osasco (SP), está

triplicando a sua área total e no mínimo duplicando seu Os preços mudaram com a crise? espaço para manutenção e estoque de peças. Suas

Houve alguma influência do aumento da novas instalações devem ser inauguradas no primeiro oferta no mercado internacional? semestre de 2010 e ficarão perto do km 32 da rodovia

Os preços dos helicópteros novos não Castelo Branco, em Itapevi (SP). A OceanAir também é mudaram, estão mais estáveis e não há mais oficina autorizada para manutenção, com seus cobrança de ágio. A paridade entre o euro e o hangares e oficinas localizadas na capital, nos dólar caiu bastante, resultando num valor em aeroportos de Congonhas e Campo de Marte.dólares menor do que o que vinha sendo praticado. Não houve um aumento de oferta Quais as perspectivas de crescimentos dos modelos da AgustaWestland em função da para as operações off-shore na região do pré-crise. Não temos ocorrência de nenhum sal?comprador brasileiro que tenha desistido de No mercado off-shore as vendas continuam receber seu helicóptero. Pelo contrário: com o muito aquecidas e o AW139, nosso biturbina de médio mercado mais aquecido, temos vários clientes porte, foi o grande vencedor da ultima licitação da querendo antecipar a sua entrega. O que Petrobras. Até o final deste ano, teremos 11 unidades encontramos atualmente são situações voando no Brasil e várias outras chegando ao longo de pontuais, em outros países, de alguns 2010. Em função das atividades de produção da compradores que vendem suas posições logo camada pré-sal do nosso litoral, temos uma após receberem sua aeronave. expectativa concreta de que até 2011 teremos

aproximadamente 30 novas unidades do AW139 Quais são as tendências atuais operando nas atividades off-shore de transporte de

para helicópteros? Maiores ou menores e passageiros, o que representa um aumento de 200% mais econômicos? em dois anos.

Os helicópteros vêm evoluindo muito. Até cerca de 13 anos atrás não havia Em quais regiões do Brasil, além do helicópteros com turbinas e transmissões tão Sudeste, a aviação de helicóptero tem se potentes como as de hoje. Com materiais cada desenvolvido mais? vez mais resistentes, os helicópteros podem A região Sul. Temos crescido bastante no Rio decolar com muito mais peso, mais Grande do Sul e no Paraná. Nos próximos meses passageiros e combustível. Ou seja, eles vão vamos entregar vários helicópteros biturbinas dos cada vez mais longe e com muito mais modelos AW109S Grand e AW109E Power para esses segurança. Vale citar também a modernização estados. As regiões Nordeste e Centro-oeste também dos sistemas de navegação/comunicação, têm se desenvolvido bem, sendo que nos últimos dois radares e equipamentos. anos entregamos três helicópteros para essas regiões.