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Bernard William Snelgrove
O Filho
Pródigo
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Se você acompanhou minhas considerações sobre as duas
parábolas anteriores, lembra que me referi à parábola do Filho
Pródigo (Lucas 15), dizendo que ela trata de 'provisão'. Na
parábola da Dracma Perdida a mulher 'procurou diligentemente'
para restaurar a peça à honra; e, na parábola da Ovelha Perdida, o
homem 'foi atrás da ovelha' até a encontrar e levar de volta para
casa. Mas na parábola do Filho Pródigo, temos uma situação
diferente, pois estamos considerando a responsabilidade pessoal
em relação à provisão eterna.
Logo no início da parábola, Jesus disse que o pai "repartiu-
lhes (aos dois filhos) os haveres" (Lucas 15:12), isto é, o Pai deu
a cada um deles a condição de proceder na vida de duas maneiras
distintas: deu-lhes alma e espírito. A alma é a capacidade de
decisão própria, e o espírito é um meio para desfrutar de íntima
comunhão com o Altíssimo. Jesus fala sobre dois filhos
simplesmente porque deseja mostrar a diferença entre o viver 'em
espírito', segundo Deus - dentro da responsabilidade recebida – e
o viver 'na alma', segundo a sua própria inclinação - viver a seu
modo. O grande objetivo da parábola é mostrar como se vive
segundo Deus, como é viver 'em espírito' para todo o sempre,
segundo o que o pai provém. Viver ‘a seu modo’ foi a opção do
filho mais velho.
A parábola do Filho Pródigo enfoca a 'provisão' - a provisão
de Deus, que é eterna; e já observamos que Deus deu a cada um
de nós a condição de proceder 'em Deus' ou 'sem Deus'. Antes de
considerar isso, porém, convém observar que ao 'repartir-lhes os
haveres" o pai deu aos filhos Sua vida. Quando Deus me mostrou
a diferença entre o homem - você e eu - e todos os demais seres,
Ele me disse que só o homem pode receber o Seu amor e passá-lo
aos outros. E, se você quer saber o que significa 'receber o Seu
amor', preste bastante atenção nesta parábola, pois ela demonstra
a qualidade do amor de Deus e como Ele o passa para nós na
prática.
O cristão que deixa que o Espírito Santo lhe ensine o que é o
amor de Deus descobrirá que tal amor é, essencialmente, 'Deus
dando de Si sem reservas', como esta parábola demonstra. E Deus
nos dá livremente o Seu amor para que, através do nosso viver,
passemos tudo o que Ele é aos outros. Será que fazemos isso no
dia-a-dia? Como as pessoas ao nosso redor precisam disso! Elas
somente conhecerão a Deus e Seu grande amor eterno na medida
exata em que nós vivemos em Deus junto a eles. Você não deve
se tornar 'deus' para eles, procurando 'carregá-los', e sim mostrar a
eles como é glorioso viver em Deus, fazendo com que observem a
sua vida de fé.
Vejamos então o que o filho mais novo fez com o que
recebeu: "ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra
distante e lá dissipou todos os seus bens (tudo o que
era), vivendo dissolutamente" (v.13). Parece-me que a palavra
'bens' atrapalha o nosso entendimento, pois, ao viver
dissolutamente, ele não simplesmente gastou o que tinha; e sim,
destruiu sua condição de viver 'em espírito', 'desgastou a si
mesmo' - jogou fora tudo o que era, se destruiu. Sempre digo que
as pessoas não são capazes de vencer o pecado que porque não
sabem que ele sempre resulta em morte. O apóstolo Tiago explica
isso, ao dizer: "[...] cada um é tentado pela sua própria cobiça,
quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver
concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado,
gera a morte" (Tiago 1:14,15).
O interessante é que, entre os bens que o filho recebeu, não
havia nada que separasse ou pudesse distanciá-lo do pai. Mas
quando Adão se rebelou contra Deus, levou toda a humanidade a
um total desconhecimento sobre o que Deus nos dera na
criação. Ao 'repartir os Seus haveres' - Sua vida em espírito -
entre nós, Deus nos deu a condição de vivermos em íntima
comunhão com o Altíssimo. Foi isso que o homem abandonou -
deixou para trás - quando decidiu 'partir para uma terra
distante', para uma miserável existência sem Deus. E séculos e
mais séculos de vida natural nessa 'terra distante', têm nos
desgastado de tal forma que é muito difícil entendermos essa
herança que o Pai nos deu.
Jesus descreve a condição do homem sem Deus: "Depois de
ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e
ele começou a passar necessidade" (v.14). O filho mais novo foi
descobrindo, pouco a pouco, que o que recebera do pai estava
sendo roubado, minado, destruído, até que ele não tivesse mais
nenhuma concepção da grandeza da vida em espírito que
recebera. Por isso Paulo diz: "O deus deste
século (Satanás) cegou os entendimentos dos incrédulos, para
que lhes não apareça a luz do Evangelho da glória de Cristo, o
qual é a imagem de Deus" (2 Coríntios 4:4). Será que você é
capaz de imaginar a tristeza de Deus ao observar "que a maldade
do homem se multiplica na terra, e que é continuamente mau
todo desígnio do seu coração" (Gênesis 6:5)? O pecado, o ‘viver
dissolutamente' sem Deus reduz o homem à condição do animal,
que não tem espírito. E Jesus descreve a miséria dessa
existência: "Ele se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e
este o mandou para seus campos a guardar porcos.
Ali (procurando viver sem Deus) ele desejava fartar-se das
alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava
nada" (v.15,16). Será que você entende porque Jesus fez questão
de dizer que "ninguém lhe dava nada"? É disso que falarei a
seguir.
Você sabe por que, ao falar do filho pródigo, Jesus disse
que "ninguém lhe dava nada"? Porque só Deus é quem dá vida
para quem está morto. Por isso Jesus afirmou: "Quem ouve a
minha palavra e crê nAquele que me enviou tem a vida eterna,
não entra em juízo, mas passou da morte para vida" (João
5:24). Isso nos ajuda a entender porque esta parábola nos ensina
sobre a 'provisão de Deus' para a vida com Ele.
Observe o que aconteceu com o filho na 'terra distante'.
"Caindo em si, (o filho mais moço) disse: Quantos
trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro
de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e direi: Pai,
pequei contra o céu e diante de ti, já não sou digno de ser
chamado teu filho: trata-me como um dos teus
trabalhadores" (Lucas 15:17-19). Repare que, apesar de tudo o
que tinha lhe acontecido, ele ainda tinha um pai. É importante
entender que só há vida para nós junto ao nosso Pai celeste. Por
outro lado, mesmo tendo perdido sua oportunidade de viver 'em
espírito', o filho jamais seria tratado pelo pai como um
trabalhador. O trabalhador, por mais honrado que seja, é somente
um agregado; já o filho é ligado ao pai por um laço inquebrável,
desde o nascimento. Por isso Jesus disse: "Importa-vos nascer de
novo" (João 3:7), pois na 'terra distante' o homem 'morre de fome'
por Deus. E, se você descobrir através desta parábola como se
vive 'em espírito e em verdade" (João 4:24), entenderá que o
viver eterno no céu é 'em espírito', como Deus, e não à nossa
maneira.
É compreensível que, depois de tudo o que fizera, o filho
mais moço não tivesse ideia de sua condição como filho. Isso
mostra o quanto Satanás destrói os homens, roubando-lhes a
condição de vida 'em espírito'. Se o pecador arrependido não se
entregar aos cuidados do Espírito Santo - o hospedeiro da
parábola do Bom Samaritano -, jamais descobrirá como viver
como filho restaurado.
Deus fez o homem como Ele mesmo: ser espiritual. Foi isso
que Adão abandonou: a condição de viver como Deus vive. E foi
por abandonar o 'viver em espírito' que o filho mais moço passou
a viver dissolutamente. É fácil entender que tudo o que se passou
com ele foi consequência de sua vaidade - de imaginar que podia
viver muito bem sozinho em uma terra distante, longe do pai. O
que muitos não entendem é que, na criação, Deus nos deu o livre-
arbítrio para escolher nosso próprio caminho, "na esperança de
que (em algum momento da vida) a própria criação será remida
do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos
de Deus" (Romanos 8:21). ‘Viver dissolutamente em terra
estranha' levou o filho mais moço à beira do abismo da morte
eterna; mas 'o coração do pai' jamais o abandonou, pois "Deus é
longânimo convosco, não querendo que nenhum pereça, senão
que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9). Deus faz
o possível para estender a salvação a todos os homens. Mas, se os
homens não quiserem aceitar o que lhes é oferecido em Cristo,
Deus nada mais pode fazer por eles. Por isso Ele sempre
diz: "Convertei-vos dos vossos maus caminhos, pois, por que
haveis de morrer?" (Ezequiel 33:11).
Enquanto pensarmos nesta parábola em termos religiosos,
jamais teremos condição de conhecer a grandeza e a riqueza
da "liberdade da glória dos filhos de Deus", que é viver 'em
espírito' como Deus vive. Impressiona-nos a amorosa recepção do
pai, que superou todas as expectativas do filho arrependido; mas
precisamos considerar com muita atenção os acontecimentos que
se seguem a isso. Veja: "O pai disse aos seus servos: Trazei
depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e
sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado.
Comemos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto
e reviveu, estava perdido e foi achado; E começaram a
regozijar-se” (Lucas 15:22-24).
Você entende o que quer dizer o trecho "trazei também e
matai o novilho cevado"? Pensando nisso, logo identifiquei que
se referia à morte de Jesus, mas perguntei a Deus: por que
'novilho' e não 'cordeiro' segundo João 1:29? Compreendi então
porque Deus me mostrara no início que esta parábola enfatiza Sua
provisão. Sabemos que "sem o derramamento de sangue não há
remissão" (Hebreus 9:22); portanto, o 'novilho cevado
sacrificado' era uma condição necessária para a restauração do
filho. E por que um 'novilho cevado', uma criação especialmente
preparada para aquele momento? Quando eu morava na fazenda
meu pai sempre fazia isso quando nascia um bezerro; ele o
engordava ‘para um momento especial’. Em Efésios 1:4 lemos
que Deus preparou a nossa redenção em Cristo, antes da fundação
do mundo; e, falando de Jesus, o escritor aos hebreus diz: "Ao
entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um
corpo me formaste; (Hebreus 10:5). Por que não um cordeiro?
Porque o 'cordeiro de Deus' - Jesus - tem de ser 'oferecido pelo
pecador', como foi o caso de Abel (Hebreus 11:4). O ‘novilho
cevado', por outro lado, foi preparado por Deus, e simboliza a
'plenitude de Sua provisão em Cristo. E, sacrificado o novilho, o
pai disse: "Comemos e regozijemo-nos". Por isso Jesus
disse: "Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a
vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:54).
Jesus é a provisão ou plenitude de Vida de Deus para todos os
homens.
Na parábola da Dracma Perdida Jesus afirma que "há júbilo
diante dos anjos de Deus por um pecador que se
arrepende" (Lucas 15:10). E em Hebreus lemos que os anjos
são "espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos
que hão de herdar a salvação" (Hebreus 1:14). Será que você
tem ideia da alegria dos 'servos' ao ministrar para você, herdeiro
da salvação? "Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-
lhe um anel no dedo e sandálias nos pés": tudo isso era a
provisão do pai na expectativa desse momento - uma riqueza de
amor que o filho, certamente, levaria o resto dos seus dias para
compreender e aproveitar. Ser 'restaurado' é algo tão grandioso
que o apóstolo Paulo disse: "Habite Cristo em vosso coração,
pela fé, a fim de poderdes compreender com todos os santos,
qual é a largura, e o cumprimento, e a altura, e a profundidade
(...) para que sejais tomados de toda a plenitude de
Deus" (Efésios 3:17-19).
Dissemos que, certamente, o filho restaurado levaria o resto
de seus dias para compreender a riqueza da provisão do pai. Ele
dificilmente entenderia toda a magnificência da vida eterna que
recebeu. Da mesma forma, provavelmente nenhum de nós
entendeu ainda a grandeza da "melhor roupa", do "anel no
dedo", e das "sandálias nos pés", que são a forma como Deus
passa a nós a plenitude de seu amor eterno. Por que não
compreendemos isso? Porque somente descobrimos a riqueza e a
realidade da 'bem-aventurança' de filho restaurado na medida em
que vivemos no dia-a-dia "a liberdade da glória dos filhos de
Deus" (Romanos 8:21). As condições de 'vida em espírito' que
recebemos não são enfeites, mas glória verdadeira, pois "todos
nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho a
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na
Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Coríntios
3:18). E isso não tem fim.
O que precisamos observar é que não foi o filho que
conseguiu tudo isso para si. O filho que morrera se "reviveu" para
sempre porque "A lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, o
livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8:2). O pai
'estabeleceu' - proveu para o filho - uma nova condição em que
viver: a condição de 'filho' que vive como o pai vive, isto é, 'em
espírito'.
Você deve ter observado que ao longo dessas considerações
uso a expressão 'em espírito' destacada repetidamente. Faço isso
porque, mesmo se considerando 'reformados' ou 'pentecostais,
muitos cristãos não vivem 'em espírito', isto é, segundo a
operação do Espírito Santo no seu íntimo. Essas pessoas dão
importância à emoção e ao sensacionalismo, mas não ouvem a
voz do Espírito no íntimo. Por isso não vivem a grandeza de
serem "transformados de glória em glória na imagem do
Senhor". A “liberdade da glória", que é como se vive no Céu,
somente se torna a nossa realidade "pelo Senhor, o Espírito”, ao
atentarmos para que Ele diz.
A condição de vida 'em espírito' se desenvolve pouco a
pouco em nós, e sua grandeza se revela mais e mais mediante a fé,
na medida em que ouvimos o ensino do Espírito Santo em nosso
íntimo. Por isso o apóstolo João disse: "Quanto a vós outros (que
conhecem a operação do Espírito no cristão verdadeiro), a unção
que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade
de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a
respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa,
permanecei nele, como também ela vos ensinou” (1 João
2:27). Não se conhece a glória simplesmente decorando verdades,
procurando fazer com que se tornem realidade através de esforço
próprio. Proceder assim resulta em frustração contínua, pois é só
ao atentar para o Espírito que se vive nessa liberdade. Por isso
Paulo disse: "Desenvolvei (praticai) a vossa salvação com temor
e tremor, porque Deus é quem efetua em vós, tanto o querer
como o realizar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses
2:12,130).
A primeira grandeza da vida 'em espírito' que Deus 'efetua
em nós' é nos dar "a melhor roupa", descrita pelo profeta
Jeremias como "Senhor, Justiça Nossa" (Jeremias 33:16). Essa
provisão no íntimo do filho restaurado é a convicção daquele que
"não trabalha, porém crê nAquele que justifica o ímpio, pois a
sua fé lhe é atribuída como justiça" (Romanos 4:5). Ao chegar
na casa do pai, o filho pródigo se viu diante de uma situação
transformadora: sua morte foi transformada na vida de Deus. Veja
isso nas palavras do profeta: "Ora, Josué, trajado de vestes sujas,
estava diante do anjo. Tomou este a palavra, e disse aos que
estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis
que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade, e te vestirei de
finos trajes" (Zacarias 3:3,4). É dessa maneira que Deus passa o
Seu amor para nós.
E por que podemos ser justificados assim - totalmente
mudados sem mais nem menos - simplesmente por
crer? Porque "a melhor roupa" é a provisão do Pai em Cristo. "O
castigo que nos traz a paz estava sobre Jesus, e pelas Suas
pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). "Aquele que não
conheceu pecado, Deus O fez pecado por nós, para que,
nEle (Jesus) fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios
5:21). Incrível!? Difícil de acreditar? Talvez o filho também tenha
pensado assim - mas essa foi a realidade em que ele viveu a partir
daquele momento. Você e eu vivemos como filhos justificados -
"feitos justiça de Deus" - "não por obras de justiça praticadas
por nós, mas segundo Sua misericórdia, Deus nos salvou,
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito
Santo" (Tito 3:5). Fantástico, não? "Para viver livres foi que
Cristo nos libertou" (Gálatas 5:1). Quem pode sondar a
profundidade do amor de Deus? Que mudança! Você conhece a
Graça de viver 'em espírito', no cotidiano, a grandeza de usar 'a
melhor roupa'?
A segundo grandeza da vida 'em espírito' na casa do pai é
descrita por Jesus como "o anel no dedo (mão)". Em termos
gerais, na Bíblia, 'mão’ significa ‘poder'. O "anel no dedo" é a
restauração de vida 'em espírito' que Adão abandonou. No Jardim
de Éden não havia nada que pudesse se levantar contra Adão, pois
Deus lhe dera domínio sobre tudo (Gên.1:26 e Heb.2:7), em
virtude de ele ter sido criado 'ser espiritual'. Adão perdeu esse
'poder em espírito'. Mas, em virtude da obra redentora de Cristo
Jesus, Deus estabeleceu para você que: "Toda arma forjada
contra ti, não prosperará; toda língua que ousar contra ti em
juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e
o seu direito que de mim procede, diz o Senhor" (Isaías
54:17). O "anel no dedo" significa a nossa 'recriação' como 'seres
espirituais', que vivem segundo o Espírito. Por isso Paulo
afirma: "Se alguém está em Cristo, é nova criação; as coisas
antigas (da vida natural) já passaram; eis que se fizeram
novas" (2 Coríntios 5:17). E Jesus confirmou a realidade dessa
nova criação: "Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes
e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada
absolutamente vos causará dano" (Lucas 10:19). E Paulo
também se refere a isso, ao dizer: "Depois que ouvistes a palavra
da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também
crido (recebido a melhor roupa da Justiça em Cristo), fostes
selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da
nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da
sua glória" (Efésios 1:13,14). Esse poder não se refere à
autoridade, no mundo natural, nem à força física ou mental, mas à
operação do Espírito no íntimo. Por isso Deus diz a todo
filho: "Não por força, nem por poder, mas pelo meu
Espírito" (Zacarias 4:6). O poder que nos é conferido é Deus
passando o Seu amor para o homem através operação do Espírito,
e em toda situação. Temos de aprender dia após dia como viver
'em espírito', e não segundo os desejos da alma.
Se existe algo que Deus Pai adora fazer é incentivar o
cristão que sabe viver segundo a Palavra a explorar de toda a
provisão que Ele preparou para nós em Cristo. Eu descubro isso
dentro de mim todos os dias, e fico impressionado com a riqueza
do amor do meu Pai celeste. É por isso que Jesus disse que o pai
mandou colocar "as sandálias nos pés" do filho restaurado. Antes
de criar Adão, Deus preparou o planeta Terra para ele; antes de
livrar os hebreus do Egito, Deus preparou Canaã - terra que mana
leite e mel - para eles; e, antes de nos salvar, Ele preparou toda a
plenitude do Evangelho como herança para nós. "Todos nós
temos recebido da Sua plenitude, e graça sobre graça" (João
1:16). Mas muitos cristãos não vivem na plenitude da herança
porque não sabem que receberam 'sandálias': a condição de Paz
no íntimo (convicção) que os desafia a viver cada vez mais em
Deus, mediante a fé. Por isso Paulo recomenda: "Calçai os pés
com a preparação do Evangelho da paz" (Efésios 6:15), "...para
que sejais tomados (cheios) de toda a plenitude de
Deus" (Efésios 3:19). Quando Deus levou Abraão para a terra
que lhe deu por herança, sem nada fazer, Abraão "armou a sua
tenda" (Gênesis 12:8), satisfeito com a abundância da terra
recebida. Mas em Gênesis 13:17, lemos que Deus lhe
disse: "Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na
sua largura; porque eu ta darei". O filho restaurado
recebeu "sandálias nos pés" para andar e descobrir (possuir) todo
o 'comprimento e a largura' da herança que recebera, precisando
apenas aceitar tudo, mediante a fé. Jamais descobriremos a
realidade prática da riqueza do amor de Deus, "que excede todo
entendimento" (Efésios 3:19), se não andarmos, vivemos nele
por fé (Rom.1:16,17). Sempre dizemos que nós temos de Deus
apenas o que vivemos. A maioria dos cristãos vive como
'mendigo', com uma imensa fortuna trancada no baú da sua
incredulidade. Eles jamais conhecem a riqueza de vida de 'filho
restaurado'. Como necessitamos deixar Deus passar toda a riqueza
do seu amor para nós!
Para muitos, a 'melhor roupa', o 'anel no dedo', e as
'sandálias nos pés' são apenas 'ideias bonitas' contidas em uma
parábola, e não a realidade do filho restaurado. O salmista
disse: "Na tenda dos justos há voz de júbilo e de salvação: a
destra do Senhor faz proezas" (Salmo 118:15). Mas por que isso
não é a realidade de muitos de nós? Porque as pessoas não sabem
viver 'em espírito'. Fico cada vez mais impressionado como o
Espírito Santo desenvolve no meu espírito mais e mais da riqueza
da nossa herança eterna. Estou consciente de que somente consigo
viver nisso dia após dia porque resolvi "permanecer na Verdade,
como também ela - a unção do Espírito - me ensina" (1 João
2:27). E você? Está vivendo 'em espírito' na justiça, poder e
abundância em que viverá para sempre no céu?
Publicado em Junho de 2006.
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