o espanhol no ensino básico

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O Espanhol no Ensino Básico Os Desafios SEVFALE – 22/10/2009 Elzimar Marins Costa

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O Espanhol no Ensino Básico

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Page 1: O Espanhol no Ensino Básico

O Espanhol no Ensino BásicoOs Desafios

SEVFALE – 22/10/2009

Elzimar Marins Costa

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Elzimar Marins Costa - SEVFALE 22-10-2009

A lei 11.161 de 05/08/2005

Torna obrigatória a oferta da disciplina Língua

Espanhola, em horário regular, nas escolas

públicas e privadas brasileiras que atuam nesse

nível de ensino;

Faculta a inclusão do ensino da disciplina Língua

Espanhola nos currículos plenos do Ensino

Fundamental II

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As Orientações Curriculares para o Ensino Médio

Publicadas em 2006Além do capítulo “Conhecimentos

de Línguas Estrangeiras”, inclui o capítulo “Conhecimentos de Espanhol”

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Expectativas

Ampliação do mercado de trabalho para os professores de espanhol.

Realização de concursos para a rede pública estadual.

Expansão dos cursos de Letras/Espanhol Distribuição de materiais didáticos de

espanhol para as escolas públicas, como ocorre com outras disciplinas.

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A realidade

As SEE não estão tomando medidas concretas para a implantação do

espanhol no Ensino Médio.

Não se tem conhecimento de concursos para a contratação de

professores de espanhol.

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A realidade

Tem havido concursos em diversas universidades para professores de espanhol

(língua e literatura) Surgiram cursos novos de Letras/Espanhol

(ex. UNIFESP)

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A realidade

Está em curso o PNLD para seleção de livros de espanhol para o ensino

fundamental. Esses livros chegarão às escolas a partir de 2011.

Ano que vem será feita a seleção para o ensino médio. Esses livros chegarão às

escolas a partir de 2012.

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A surpresa

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Acordo vai permitir a difusão do idioma nas escolas públicas

“Mi palabra favorita en español es...”. A frase está estampada no mural da filial do Instituto Cervantes, em Brasília. Em breve, alunos de escolas públicas

brasileiras também serão capazes de

completar a sentença, graças a acordo para promover o ensino do idioma no país, celebrado nesta terça-feira, dia 4 [de agosto], pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pela presidente do Instituto Cervantes da Espanha, Carmen Caffarel.

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Acordo vai permitir a difusão do idioma nas escolas públicas

A carta de intenções (...) tem o objetivo de promover o ensino da língua espanhola no Brasil por meio da educação à distância. O Instituto Cervantes, centro de ensino com sede na

Espanha, com nove filiais no Brasil, será responsável por formar professores brasileiros e tornar disponíveis recursos didáticos e técnicos para o ensino do espanhol nas escolas públicas.

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Acordo vai permitir a difusão do idioma nas escolas públicas

“Com essa cooperação, a integração entre os países ibero-americanos se torna mais concreta”, afirmou Haddad. O ministro lembrou que, em 2005, foi sancionada a Lei nº 11.161, que torna o ensino do espanhol obrigatório para todos os brasileiros que desejam aprender o idioma. “Nos faltavam meios para isso.

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Acordo vai permitir a difusão do idioma nas escolas públicas

Mas, com as novas tecnologias da educação, será possível revolucionar o ensino de línguas no país”, disse, em alusão à implantação de laboratórios de informática em todas as escolas públicas, com internet banda larga, até o fim de 2010.

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Acordo vai permitir a difusão do idioma nas escolas públicas

Projeto-piloto — O acordo assinado entre os dois países nesta terça-feira, 11/8/09, começa com um projeto-piloto, a ser desenvolvido em três fases. A primeira se inicia este mês, com a capacitação de 30 professores, seis de cada região do país — eles se tornarão multiplicadores do conhecimento. Os professores estarão reunidos no Instituto Cervantes do Rio de Janeiro, com despesas pagas pelo Ministério da Educação, para aprender a metodologia do centro de ensino, por duas semanas. Em seguida, serão tutores de 600 alunos, em aulas a distância, até o fim do ano.

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Acordo vai permitir a difusão do idioma nas escolas públicas

A segunda etapa, paralela à primeira, consiste na utilização do material didático oferecido pelo instituto. Um dos exemplos se refere a programas que serão veiculados na TV Escola, canal da Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC. A terceira etapa será a utilização da tecnologia e do ambiente virtual criados pelo instituto.

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Acordo vai permitir a difusão do idioma nas escolas públicas

No fim do ano, representantes dos dois países vão se reunir na Espanha para avaliar o projeto-piloto e determinar os próximos passos, entre eles, o número de escolas e de alunos que poderão participar, inicialmente, das aulas e quando elas devem começar. Com a parceria, pretende-se alcançar desde os alunos do quinto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. (Leticia Tancredi)

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14072

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A Resistência

Associações, professores, pesquisadores, estudantes de diferentes lugares do país se

manifestaram publicamente contra o acordo MEC/IC.

Vários e-mails e cartas foram enviados ao MEC.

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Cartas

Da Associação Brasileira de Hispanistas

Das Associações de Professores de Espanhol de diversos Estados

Da Associação Argentina de Professores de Português e da Associação Argentina de Professores de Espanhol

Etc.

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Outras ações

Criação da lista “eledobrasil” Abaixo-assinado Criação da Comissão Permanente de

Acompanhamento da Implantação do Espanhol no Sistema Educativo Brasileiro (COPESBRA)

Criação da Plataforma Permanente para o Acompanhamento da Implantação do Espanhol no Sistema Educativo Brasileiro

http://espanholdobrasil.wordpress.com/

Reunião com representantes do MEC (28/08/2009)

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Reunião no MEC – 28/08/2009

Participaram da reunião:– Como representantes da Comissão:

Del Carmen Daher (UFF - UERJ) Eduardo Tadeu Roque do Amaral (APEMG - UFMG) Elzimar Goettenauer de Marins Costa (UFMG) Fernanda Castelano Rodrigues (ABH - UFSCar) Luciana Maria Almeida de Freitas (UFF – APEERJ) Mônica Ferreira Mayrink O’Kuinghttons (USP -

APEESP) Neide Maia González (USP - APEESP)

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Reunião no MEC – 28/08/2009

– Como representantes de órgãos do MEC: Leonardo Osvaldo Barchini Rosa - Assessor para Assuntos

Internacionais do MEC Demerval Guilarducci Bruzzi - Diretor de Produção de

Conteúdos e Formação em EAD como representante da Secretaria de Educação à Distância (SEED)

Carlos Artexes Simões - Diretor de Concepções e Orientações Curriculares para Educação Básica como representante da Secretaria de Educação Básica (SEB)

Alexandre... - Coordenador de Implantação do Projeto-Piloto Auriana Diniz - sub-chefe do Assessor Leonardo Rosa

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Reunião no MEC – 28/08/2009

Estiveram presentes ainda o professor Vanderlei Padilha Machado (presidente da APEDF) e a professora do DF Cibele, os quais, segundo relataram, foram convidados pelo MEC por haverem participado do treinamento oferecido pelo Instituto Cervantes (IC) no Rio de Janeiro.

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Reunião no MEC – 28/08/2009O que nos foi dito

Está fora de cogitação que o MEC atribua a formação de professores de espanhol ao IC, mas que não existe restrição alguma quanto à aplicação do capital estrangeiro na educação brasileira.

A ideia do projeto-piloto surgiu com uma reunião entre a diretora do IC, Carmen Caffarel e o Ministro Fernando Haddad, há aproximadamente quatro meses e que o MEC, preocupado com o conteúdo que seria disponibilizado no Portal do Professor, questionou o IC sobre o que este instituto poderia oferecer.

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Reunião no MEC – 28/08/2009O que nos foi dito

O MEC está preocupado com a Educação à Distância, existe um plano de implantação de tecnologia nas escolas públicas, e por isso foi criada a Plataforma Freire (Portal do Professor), onde se disponibilizam objetos educacionais, os quais constituem ferramentas para ajudar os professores da Educação Básica. O acordo prevê uma transferência de metodologia dentro de um ambiente de ensino à distância.

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Reunião no MEC – 28/08/2009O que nos foi dito

O MEC não estaria permitindo a entrada do IC na Educação Básica, mas apenas incluindo material do instituto que ficaria disponível gratuitamente a todos no Portal do Professor. O Assessor afirmou que o governo tem conhecimento da dificuldade para implantação do espanhol no país, que conta com 53 milhões de alunos no Ensino Básico, dos quais 10 milhões no ensino médio.

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Reunião no MEC – 28/08/2009Encaminhamentos

O Assessor Leonardo Rosa entregou cópia em português e em espanhol da Carta de Intenções entre o Instituto Cervantes e o Ministério da Educação da República Federativa do Brasil, assinada em 4 de agosto de 2009, e apenas em espanhol do Proyecto Ejecutivo entre el Instituto Cervantes y la Secretaría de Educación a Distancia del Ministerio de Educación Brasileño. Convidou a Comissão a ler os documentos, enviar suas observações por escrito para que fossem apreciadas pelo Ministro e voltar ao MEC para novas reuniões. Acenou com a possibilidade de mudanças na Carta de Intenções, caso fosse verificada a impropriedade de algum de seus itens. Ele e Demerval Bruzzi acrescentaram que a Comissão poderá acompanhar a avaliação do projeto-piloto.

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OS DOCUMENTOS

Quais as intenções?

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A Carta de Intenções

Fragmentos do texto IMPLANTAÇÃO DO ESPANHOL NA ESCOLA BRASILEIRA: POLÊMICA E DESAFIOS (Revista Eletrônica Linguasagem; autoras: Fernanda Castelano, Luciana Freitas, Elzimar Marins Costa)

– Com seu original certamente escrito em espanhol e com uma tradução para o português no mínimo questionável, a Carta de Intenções entre o Instituto Cervantes e o Ministério da Educação da República Federativa do Brasil afirma ter como objetivo "estabelecer projetos de colaboração que contribuam para promover a difusão e promoção do ensino do espanhol e da cultura que é comum aos países hispano-falantes".

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A Carta de IntençõesAspectos da atuação que o IC deseja ter no

Brasil

" Oferecer apoio técnico ao Ministério da Educação da República Federativa do Brasil para a formação em espanhol de professores e alunos no âmbito das competências e de acordo com as finalidades e recursos do Instituto Cervantes.

Cooperar na elaboração de materiais didáticos para o ensino de espanhol, colocando a serviço do Ministério da Educação da República Federativa do Brasil a experiência e os recursos do Instituto Cervantes.

Divulgar, promover e facilitar o uso de novas tecnologias aplicadas ao ensino e ao aprendizado do espanhol como língua estrangeira.

Apoiar o reconhecimento por parte das autoridades educacionais brasileiras dos diplomas de espanhol como língua estrangeira (DELE)."

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A Carta de IntençõesQuais as intenções?

É significativo que o MEC assine um documento que permita a uma instituição estrangeira que desconhece a realidade da escola brasileira dar "apoio técnico para a "formação em espanhol" de nossos professores e alunos. Aliás, o que significa dar "apoio técnico" para a "formação em espanhol de professores e alunos"? O que significa "formação em espanhol de professores e alunos"? Formar professores de espanhol? Atuar diretamente nas escolas para ensinar espanhol?

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A Carta de IntençõesQuais as intenções?

Se o Instituto Cervantes não é uma universidade ou um instituto superior de educação, não tem, portanto, competência legal para formar professores no Brasil. Se as universidades são autônomas, como o IC poderia dar "apoio técnico" para a "formação" de professores por intermédio de um acordo com o MEC, assinado à revelia das instituições que efetiva e legalmente formam professores no Brasil?

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A Carta de IntençõesQuais as intenções?

Outro item da Carta de Intenções que parece problemático é o que menciona "o reconhecimento por parte das autoridades educacionais brasileiras dos diplomas de espanhol como língua estrangeira (DELE)".

Que reconhecimento se está sugerindo? O de equivalência a um Bacharelado em Letras-Espanhol, curso que tem de 3 a 5 anos de duração, com disciplinas que vão da Língua Espanhola, analisada a fundo em seus aspectos comunicativos, gramaticais, discursivos e culturais, às Literaturas Hispânicas, passando, no mínimo, pela Linguística, pelo Latim, pela Teoria da Literatura e pela História da Língua?

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O PROGRAMA EXECUTIVO ENTRE O INSTITUTO CERVANTES E A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA (SEED)

Para concretizar a primeira das intenções manifestadas na Carta que referimos acima, foi realizado o Programa ejecutivo entre el Instituto Cervantes y la Secretaría de Educación a Distancia del Ministerio de Educación brasileño, que tem o objetivo de estabelecer as bases de uma experiência piloto com 30 professores e 600 estudantes brasileiros para a utilização de recursos didáticos virtuais do IC.

Em sua primeira fase, já ocorrida no último mês de agosto, 30 professores de cinco estados brasileiros receberam um curso, no IC do Rio de Janeiro, que os capacitaria a utilizar os recursos de Aula Virtual de Español (AVE) e Hola, amigos.

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O PROGRAMA EXECUTIVO ENTRE O INSTITUTO CERVANTES E A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA (SEED)

Na segunda fase, em implementação neste momento, os docentes envolvidos devem utilizar esses materiais de forma semi-presencial com grupos de 20/25 alunos pelo período de 3 meses.

Na terceira e última fase do projeto-piloto, o IC concederá informação e materiais relacionados com o ensino de espanhol.

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O PROGRAMA EXECUTIVO ENTRE O INSTITUTO CERVANTES E A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA (SEED)

Menciona-se nesse Programa também a possibilidade de que o Curso de Español a Distancia (CED), que o IC está preparando em colaboração com a RTVE, a Fundación SM e a SERVITECSA, seja cedido à SEED para utilização ainda nesta experiência piloto. O CED inclui programas de TV, material de áudio, livros de ensino de E/LE e guias didáticas.

Dessa forma, parece claro que, uma vez aprovada a experiência piloto, os métodos virtuais do IC passariam a ser oferecidos em todos as escolas públicas brasileiras. Métodos, cabe lembrar, preparados por uma instituição não escolar e estrangeira que formula seus materiais de acordo com os parâmetros do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, não com os nossos Parâmetros e Orientações Curriculares.

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O PROGRAMA EXECUTIVO ENTRE O INSTITUTO CERVANTES E A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA (SEED)

Também é importante ressaltar que essa experiência piloto já está sendo executada e que 600 alunos de escolas públicas das 5 regiões do país estão tendo aulas nas quais se utilizam conteúdos de um material de ensino virtual estrangeiro que ainda não passou pela análise de especialistas em ensino da língua espanhola a brasileiros, que deveriam ser convocados pelo MEC para avaliá-lo antes que ele tivesse “entrada franca” em salas de aula do nosso país.

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Os Desafios

Diante da proposta de utilização, nas escolas públicas da rede oficial de ensino do Brasil, do material virtual produzido pelo Instituto Cervantes e diante também de todas as possibilidades de “cooperação e colaboração” que a Carta de Intenções assinada pelo MEC e o IC nos colocam, cabe-nos indagar:

Quem realmente deve ter a responsabilidade de formar professores de língua espanhola no Brasil? As universidades e faculdades credenciadas pelo MEC, seguindo as orientações da LDB, ou quaisquer outras instituições não regulares de ensino superior, nacionais ou estrangeiras que, mediante pactos e acordos unilateriais se dispõem a "colaborar" com essa formação?

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Os Desafios

Que papel desempenhariam os professores das escolas públicas? Seriam meros aplicadores de um método (“tutores”) e perderiam sua função de agentes educativos envolvidos no planejamento das atividades docentes?

Como estaria presente, em dito curso virtual formulado por uma instituição forânea, o lugar educativo e formativo da língua estrangeira no currículo da escola básica, tão bem descrito nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio?

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Os Desafios

Que modelo de cidadão pode promover esse tipo de ensino que possui um público-alvo cujas realidades sócio-históricas, econômicas, culturais e mesmo linguísticas são tão diferentes das de nossos estudantes brasileiros?

Se a parceria com o Instituto Cervantes se deu devido ao interesse da Secretaria de Ensino a Distância de otimizar o uso das novas tecnologias nas escolas, estaríamos diante de uma iniciativa que estimularia o ensino de espanhol na modalidade não presencial?

Finalmente, a quem este tipo de ensino vai incluir? E a quem ele vai, certamente, excluir?

http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao10/espanholnaescbr.php

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E como fica o espanhol nas escolas?Perigo à vista

La enseñanza del español en el sistema educativo brasileño: situación y posibles

actuaciones (ARI) Álvaro Martínez-Cachero Laseca

(Administrador civil del Estado y director del Instituto Cervantes de Porto Alegre)

http://www.realinstitutoelcano.org/wps/portal/rielcano/contenido?WCM_GLOBAL_CONTEXT=/elcano/elcano_es/zonas_es/lengua+y+cultura/ari140-2009

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Elzimar Marins Costa - SEVFALE 22-10-2009

E como fica o espanhol nas escolas?Perigo à vista

“Partiendo de esta red existente –y, si considerásemos la expansión del español en Brasil como un asunto de importancia, entendiendo que constituye una cuestión educativa de interés estratégico para Brasil por facilitar y reforzar el proceso de integración regional que él lidera, y que al mismo tiempo España puede actuar como motor de esta iniciativa, promocionando lengua, cultura y productos educativos–, hay determinadas actuaciones que podrían realizarse, buscando coordinar la acción institucional y aprovechar las sinergias de cada organización.”

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E como fica o espanhol nas escolas?Perigo à vista

“Lo primero sería contar con un marco que proporcione la seguridad jurídica necesaria para el desarrollo de las actuaciones institucionales de España. Este es uno de los puntos fuertes de la Consejería de Educación, que, partiendo del Memorando de Entendimiento en Materia Educativa entre los Ministerios de Educación español y brasileño en 2005, ha suscrito acuerdos con la mayoría de las Secretarías de Educación estaduales, entidades competentes para la implementación de la Ley 11.161. Consecuencia de estos acuerdos, y de los cursos impartidos en la última década en la práctica totalidad de estados brasileños, es la amplísima red de contactos y conocimiento acumulado con que cuenta la Consejería.”

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E como fica o espanhol nas escolas?Perigo à vista

“Por lo que respecta a la educación reglada, sería conveniente impulsar nuestra presencia en la enseñanza virtual del español, campo con inmensas posibilidades en Brasil, tanto en la formación inicial y continua del profesorado como en la de los alumnos, respetando siempre el marco jurídico y competencial de Brasil y sin dejar de lado la formación presencial.”

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E como fica o espanhol nas escolas?Perigo à vista

Decreto 54758/09 | Decreto Nº 54.758, de 10 de setembro de 2009 do São Paulo

Artigo 5º - Esgotada a capacidade dos Centros de Estudos de Línguas - CELs de atender à demanda de alunos interessados na aprendizagem de uma língua estrangeira moderna opcional, a Secretaria da Educação poderá contar com instituições públicas e privadas que tenham por finalidade o ensino de idiomas, devidamente credenciadas para esse fim, observadas as disposições legais pertinentes.

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Elzimar Marins Costa - SEVFALE 22-10-2009

E como fica o espanhol nas escolas?O que reivindicamos?

a) a realização de concursos para professores de espanhol em todos os estados para suprir a demanda;

b) a parceria prioritária com as IES brasileiras e as Associações de Professores de Espanhol para formação inicial e continuada de professores, seja por meio de cursos presenciais ou à distância (considerar o programa já criado pelo próprio MEC para ensino à distância: a Universidade Aberta do Brasil), e para a seleção, elaboração e implementação de materiais didáticos para o ensino de espanhol nas escolas, de acordo com os Parâmetros Curriculares e com as Orientações Curriculares do Ensino Médio.

c) Participação da Comissão Permanente de Acompanhamento da Implantação do Espanhol no Brasil, no acompanhamento das ações relativas à implantação do espanhol;

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E como fica o espanhol nas escolas?O que foi/está sendo feito?

Análise da Carta de Intenções e do Programa Executivo

Análise da Plataforma AVE Publicação do texto na revista eletrônica

Linguasagem (UFSCar) Carta à SEE (MG e outros estados) Pedido de reunião com representantes da

SEE (MG e outros estados)

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Elzimar Marins Costa - SEVFALE 22-10-2009

E como fica o espanhol nas escolas?O que foi/está sendo feito?

Carta aos professores de espanhol (Grande BH) Carta aos Reitores das IES e aos diretores do

CEFET Solicitação de inclusão do tema na pauta da reunião

da ANDIFES Divulgação pela imprensa Discussão do assunto no Congresso Brasileiro de

Professores de Espanhol (JP)

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E como fica o espanhol nas escolas?O que foi/está sendo feito?

Divulgação de documentos na Plataforma Permanente de Acompanhamento e nos sites das Associações

Realização de Eventos em diversas universidades

Solicitação de reunião no MEC (SEB, SEED e Assessoria Internacional)

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Para informar-se

Plataforma Permanente para o Acompanhamento da Implantação do Espanhol no Sistema Educativo Brasileiro

http://espanholdobrasil.wordpress.com/ Associação de Professores de Espanhol de

Minas Gerais (APEMG)www.apemg.org

Associação de Professores de Espanhol do Estado de São Paulo (APEESP)

www.apeesp.com.br

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Elzimar Marins Costa - SEVFALE 22-10-2009

Para informar-se

Associação de Professores de Espanhol do Estado do Rio de Janeiro (APEERJ

www.apeerj.org.br http://apeerj.blogspot.com/

Implantação do Espanhol na Escola Brasileira: Polêmica e Desafios – Elzimar Marins Costa, Fernanda Castelano, Luciana Freitas

http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao10/espanholnaescbr.php

Formación/Formação: a serviço do/de que(m) está o jogo da (des)informação? – Neide Maia González

www.apeesp.com.brhttp://espanholdobrasil.wordpress.com/

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Elzimar Marins Costa - SEVFALE 22-10-2009

Para informar-se

A hora do espanhol (será mesmo?)Revista Educação – Edição 150

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12782 El español en Brasil: negocio o educación – Xoán Lagareshttp://espanholdobrasil.wordpress.com/2009/08/27/el-espanol-en-

brasil-negocio-o-educacion/ La enseñanza del español en el sistema educativo

brasileño: situación y posibles actuaciones - Álvaro Martínez-Cachero Laseca

http://www.realinstitutoelcano.org/wps/portal/rielcano/contenido?WCM_GLOBAL_CONTEXT=/elcano/elcano_es/zonas_es/

lengua+y+cultura/ari140-2009