o direito ao aborto

2
 Monerg i smo .com– “AoSe nhorperte nceasalvaçã o”( Jonas2 :9) ww w.mone rgismo.com  1 O “Direito” ao Aborto Rev. Rousas John Rushdoony  Tra d ã o: Fe l ip eSa b i no d e Ar a ú jo Ne t o 1  Em a nos r ec e ntes, e m um pa í s a pós ou tr o, os tribuna i s do Esta do t ê m conce dido aos indiduos o tão desejado “direito” à prática do aborto medicinalmente, ou abortar o próprio filho. As forças retórica s do pr ó-aborto t ê m e nfa tizado for temente o as pe cto da e scol ha e l i be rd ade pe ssoa l . Essa ob se rva çã o te m a pel ado gra ndeme n te a os li bertaria no s também, que têm , po rt a nto, ecoado a lingua ge m pré- a borto de “l i be rais” e e sq ue rdista s. Al g uns conse rv adore s ta m bém têm concordado com o a borto sob a m e sm a prem i ssa, que a e sco l ha pes soa é o bem m aior , não im po r ta o que m ais estej a em consideração. I ro nica m ente, e ss a suposi çã o é particula rme nte vulne ráve l . O a bor to ata ca a prem i ss a cri stã que a l e i - palavr a de De us some nt e a pr es e nta as r e gras pe l a s quais a vi da pode se r t i rada , e o abo rt o n ã o tem luga r n a l ei de De us. O fato m a i s óbv i o sobre o aborto é que e l e é um a “escolha e l i berd a de pes soal” e sta be l ecida pe l os tribunais do Estado e por a tos de l eg i sl a dore s do Esta do. O Esta do, ao conce der a os indi víduos o “dire i to” de a bor to, e o “dire ito à e uta sia”, o u m orte de m i se ricór dia”, e stá através diss o a f irma ndo o “ direito” a nteri or do E stado tanto sobre De us como sobr e o hom em para tirar a vida hum a na. Ao i nvés de con fe rir uma no valiberdade ao ho m e m , o Esta do e stá tir a ndo a l i berdade dele. A vida do ho mem deba i xo d e De us é s a crossa nt a , da concepção até a m or te. O ho m e m po de ti rar a vida hum a na a pena s e m ci r cunstanci a s be m restr i tas, e sse ncia l m e nte por crime s ca pitais como e spe ci f i ca do n a l ei de De us, na a uto- defesa , e na gue rra . Onde quer que o Esta do ou o ho m e m vão a l ém da l e i de De us, tal a to estabelece o h ome m ou o Estado como se nho r ou sobe rano sobre a vid a . O direito de e xi stir torna - se e ntão um a conce ss ã o d o E sta do, que tam m tem e ntão o “direi to ” d e matar um ho mem à vont a de. Os Esta dos marxi sta s têm prontam e nt e conce dido o “ direit o” ao a borto q u ando e les escolh e m  , ma s ao m e sm o tem po têmmantido pa ra si me sm os o “d ireito” de tirar a vi da hum a na, se m pre que i ss o se rv ir aos pro pósitos do Esta do. Socia l i sm o, tra ba l ho e scra vo e campos de ex term í nio setorna ram si nôn i mos. Pe rmiti r ao Estado uma pa rtícul a de poder nã o perm i tida pe l a l e i de De us é dim i nuir a l ib erdade do ho mem sob De us. Pe rmit i r que o Estado l e g i tim e o ab or to é conce de r ao Esta do o poder de tirar nossas vida s à vontade do Esta do. As de ci sõe s e l e is de a bor to m feit o d ua s coisa s: prim e i ro , tem torna do l e g al o “direit o” de pe ss oas tirar a vida hum a na . Seg undo, o Esta do a g or a tem liberdade , à parte da l ei de D e us, para ti rar a vida huma na à vontade.  Todo o poder que o Estado ganha, eleusa. Como r esu lt ado, t emos ago r a um te rc e i ro   fator, e o dr. C ha rle s Rice , um profe ss or da l e i, tem a pon ta do: o Esta do ag or a , de acor do co m os tr i bunais, pod e de f i nir o que constitui um a pe ss oa. A de fi niçã o de um a pes soa o é m a i s teol ógi ca ou mé dica ; é civil e l e ga l . Pod e mos ser decl a rados como não- pes soas pelo Estado ou sua s cort e s, e ne ga r a vida. O “d i reit o” a o aborto, as sim, não aum enta a e scolha ou li be rd a de pe ss oal; el e o re str inge se ve rame nte, pois e sta be l e ce o direi to “ ant e rior” do Esta do para pe r m i tir o u ne g a r o direito de vive r à von ta de . Ta l passo, a l e ga l i zaç ão do a bor to, é o pri ncí pio da m or te da li be rdadee do h omem. Fonte:  Te x to or ig inal p ublicado no The Roo ts o f Chr i s ti an Re cons tr uc ti o n   [Vallecito, CA: Ross House Books, 199 1], 111 8 –11 1 9. Disponíve l em : http:/ / ww w .cha lce don.edu/  1  E-mail para contato: [email protected] . Traduzido em outubro/2007,

Upload: agnaldo-silva-mariano

Post on 08-Feb-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O Direito Ao Aborto

7/22/2019 O Direito Ao Aborto

http://slidepdf.com/reader/full/o-direito-ao-aborto 1/1

 

Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)www.monergismo.com 

1

O “Direito” ao AbortoRev. Rousas John Rushdoony

 Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1 

Em anos recentes, em um país após outro, os tribunais do Estado têm concedido aos indivíduoso tão desejado “direito” à prática do aborto medicinalmente, ou abortar o próprio filho. As forçasretóricas do pró-aborto têm enfatizado fortemente o aspecto da escolha e liberdade pessoal. Essaobservação tem apelado grandemente aos libertarianos também, que têm, portanto, ecoado a linguagempré-aborto de “liberais” e esquerdistas. Alguns conservadores também têm concordado com o abortosob a mesma premissa, que a escolha pessoa é o bem maior, não importa o que mais esteja emconsideração.

Ironicamente, essa suposição é particularmente vulnerável. O aborto ataca a premissa cristã que a

lei-palavra de Deus somente apresenta as regras pelas quais a vida pode ser tirada, e o aborto não temlugar na lei de Deus. O fato mais óbvio sobre o aborto é que ele é uma “escolha e liberdade pessoal”estabelecida pelos tribunais do Estado e por atos de legisladores do Estado.

O Estado, ao conceder aos indivíduos o “direito” de aborto, e o “direito à eutanásia”, ou mortede misericórdia”, está através disso afirmando o “direito” anterior do Estado tanto sobre Deus comosobre o homem para tirar a vida humana. Ao invés de conferir uma nova liberdade ao homem, o Estadoestá tirando a liberdade dele. A vida do homem debaixo de Deus é sacrossanta, da concepção até amorte. O homem pode tirar a vida humana apenas em circunstancias bem restritas, essencialmente porcrimes capitais como especificado na lei de Deus, na auto-defesa, e na guerra. Onde quer que o Estadoou o homem vão além da lei de Deus, tal ato estabelece o homem ou o Estado como senhor ousoberano sobre a vida. O direito de existir torna-se então uma concessão do Estado, que também tem

então o “direito” de matar um homem à vontade.

Os Estados marxistas têm prontamente concedido o “direito” ao aborto quando eles escolhem , masao mesmo tempo têm mantido para si mesmos o “direito” de tirar a vida humana, sempre que isso serviraos propósitos do Estado. Socialismo, trabalho escravo e campos de extermínio se tornaram sinônimos.

Permitir ao Estado uma partícula de poder não permitida pela lei de Deus é diminuir a liberdadedo homem sob Deus. Permitir que o Estado legitime o aborto é conceder ao Estado o poder de tirarnossas vidas à vontade do Estado. As decisões e leis de aborto têm feito duas coisas: primeiro, temtornado legal o “direito” de pessoas tirar a vida humana. Segundo, o Estado agora tem liberdade, à parteda lei de Deus, para tirar a vida humana à vontade.

 Todo o poder que o Estado ganha, ele usa. Como resultado, temos agora umterceiro 

 fator, e o dr.Charles Rice, um professor da lei, tem apontado: o Estado agora, de acordo com os tribunais, podedefinir o que constitui uma pessoa. A definição de uma pessoa não é mais teológica ou médica; é civil elegal. Podemos ser declarados como não-pessoas pelo Estado ou suas cortes, e negar a vida.

O “direito” ao aborto, assim, não aumenta a escolha ou liberdade pessoal; ele o restringeseveramente, pois estabelece o direito “anterior” do Estado para permitir ou negar o direito de viver àvontade. Tal passo, a legalização do aborto, é o princípio da morte da liberdade e do homem.

Fonte: Texto original publicado no The Roots of Christian Reconstruction  [Vallecito, CA: Ross House

Books, 1991], 1118–1119. Disponível em:http:/ / www.chalcedon.edu/ 

1 E-mail para contato: [email protected]. Traduzido em outubro/2007,